Competências para as professoras do SEI (apontadas por elas mesmas)
1. Maternidade – ter o sentimento materno com relação ao cuidado e observação das
necessidades e riscos dos alunos, às vezes não precisa ter sido mãe para isso, mas ter passado pela experiência do cuidado, como irmã, tia, ou quaisquer outras vivências com o cuidado. Deve-se, porém, ter a prudência de não confundir os papéis, nem ser permissiva como às vezes o papel materno sugere. 2. Condicionamento físico e de saúde – devido ser necessário em alguns momentos prestar cuidados mais básicos para as crianças, as monitoras precisam fazer alguns movimentos e manipular alguns materiais, por isso, um condicionamento físico mínimo é importante. 3. Agilidade – na solução de problemas ou adaptação em lidar com situações inesperadas, que exigem da monitora uma resposta ágil e responsável. 4. Abertura para aprendizagem – estar disposta à troca de experiências, que faz crescer o trabalho, fortalece a equipe e gera segurança, sendo elemento importante para o SEI. Saber ouvir e aplicar as orientações tanto da coordenação como das colegas e outros profissionais é uma das competências esperadas das monitoras. 5. Equilíbrio emocional – saber que as crianças e os pais têm atitudes que vão testar a postura profissional e a professora deve perceber isso e não se deixar impressionar, sendo recomendável nesses momentos uma postura coerente, que não exponha a criança, a própria professora, nem a escola. Em alguns momentos, é necessário relevar algumas atitudes da criança para um bom desempenho dela e bom andamento do grupo. A confiança de um trabalho bem realizado dá respaldo profissional diante de situações de maior vulnerabilidade. 6. Comunicação – saber comunicar sua mensagem e ouvir o que é transmitido diante das crianças, pais, colegas, coordenação e direção, de maneira a evitar problemas de comunicação, pois às vezes uma palavra ou expressão mal compreendida pode implicar em problemas que seriam facilmente evitáveis. Com cada um desses públicos devemos saber nos comunicar efetivamente. Devem sempre estar claros os limites e alcances daquilo que deve ser tratado pelas professoras ou por outras esferas da gestão escolar, como coordenação e direção. Ser um bom ouvinte é o primeiro passo para ser um bom comunicador e evitar problemas de comunicação. 7. Flexibilidade/Sensibilidade com colegas – compreender que o cotidiano é dinâmico e a escola não é como um trabalho de linha de produção, pois mesmo havendo funções delimitadas para cada profissional, em algum momento pode ser necessário o apoio para demandas específicas, o que não implica em desorganização, mas em cooperação. A professora deve estar sensível a perceber quando a colega precisa desse tipo de suporte. Observando com atenção a rotina de trabalho, podemos estar mais atentos a essas necessidades. 8. Co-responsabilização/Sentimento de equipe – entender, e até mesmo aceitar, que todo o trabalho está integrado, logo, que um setor ou função específica não pode ser vista de modo isolado, mas seu funcionamento é sistêmico, no qual todos se sentem responsáveis não apenas em “fazer minha parte”, mas em preocupar-se com o todo, ao mesmo tempo não intervindo no trabalho da colega sem que seja necessário ou solicitado. A “sintonia” no trabalho depende muito da comunicação entre a equipe, pois podem acontecer momentos quando as respostas das professoras sejam colocadas à prova, principalmente pelos familiares, logo, é preciso falar a mesma linguagem, para que não surjam brechas na equipe. 9. Singularidade no relacionamento com as crianças – ter desenvolvido competências para a vinculação com crianças de modo afetuoso e coerente, respeitando o desenvolvimento infantil, evitando momentos de atitudes incoerentes com as características das crianças em geral e dos perfis de cada uma em particular. Através de uma vinculação interessada na criança, onde ela é o foco, mas não a que governa, podemos desenvolver bem essa competência. Cabe ressaltar que não deve haver preferências no tratamento com alguma criança ou grupo, nem no sentido de hostilização, nem de privilégios. Ou seja, não criar “marcação” com crianças mais desafiadoras ou apego excessivo com as mais carismáticas, que gere exclusão com os demais. É preciso manter unidade no trabalho.
Obs: As professoras sugeriram que fosse feito um levantamento de competências
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