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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA I - 216

TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM CORPOS SUBMERSOS

EQUIPE 2: BIANCA LIBERATO RA: 98881

JÉSSICA VIEL RA: 91652

LARISSA PIANHO RA: 98776

TURMA: 005

PROFESSOR: LUIZ MÁRIO

MARINGÁ – PR, 25 DE SETEMBRO DE 2018.


SUMÁRIO
1. Introdução .................................................................................................................................. 3
2. Objetivos .................................................................................................................................... 4
3. Fundamentação teorica ............................................................................................................. 5
4. Materiais e Metodologia ...........................................................Erro! Indicador não definido.13
5. Resultados e Discussões ........................................................................................................... 14
6. Conclusão ................................................................................................................................. 28
7. Referências bibliográficas ...................................................................................................... 299

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1. Introdução

A transferência de calor pode ocorrer por três formas: condução, convecção e


radiação. A forma de propagação focada neste relatório é a convecção, que se dá
por meio do movimento de um fluido e pode ser forçada ou natural: esta ocorre
devido às diferenças de densidades ocasionadas por gradientes de temperaturas,
enquanto aquela ocorre por ação de bombas, ventiladores, que causam
movimento do meio.

O estudo da transferência de calor por convecção é importante na engenharia


devido ao fato deste fenômeno influenciar o funcionamento de muitos
equipamentos encontrados em indústrias, como trocadores de calor, reatores,
secadores, entre outros, sendo indispensável o conhecimento deste fenômeno no
projeto destes equipamentos. O parâmetro mais importante e, muitas vezes, o
controlador do processo, é o coeficiente de transferência de calor, que depende
do escoamento, das características do fluido e da geometria da tubulação. Muitas
correlações são previstas na literatura para se calcular este parâmetro e neste
relatório é abordado um método experimental para se obter o mesmo.

3
2. Objetivos

O objetivo deste experimento foi o de determinar o coeficiente de transferência


de calor para corpos sólidos em três geometrias diferentes: cilindro, placa plana e
esfera, de um mesmo material (cobre) e comparar os valores obtidos com as
correlações da literatura.

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3. Fundamentação teórica

Para melhor entender o experimento deve-se deixar claro os conceitos de


condução e convecção.
Condução é o modo de transferência de calor em que a troca de energia tem
lugar da região da alta temperatura para a região de baixa temperatura pelo
movimento cinético ou pelo impacto direto de moléculas, no caso de fluidos em
repouso, e pelo movimento de elétrons no caso de metais.

A lei empírica da condução de calor – Lei de Fourier – estabelece qual o


fluxo de calor por condução, em uma dada direção do fluxo e ao gradiente de
temperatura naquela direção. Se o fluxo de calor for na direção de “x”, a Lei de
Fourier é dada da seguinte forma:

(1)

ou

Onde, “Qx“ é a taxa de fluxo de calor através da área “A” no sentido positivo
do eixo “x”; qx é o fluxo de calor no sentido positivo do eixo “x” e “K” é a
condutividade térmica do material.
Deste modo pode-se determinar a distribuição de temperatura nos sólidos.
O uso da Lei de Fourier tem como requisito o conhecimento da
condutividade térmica (k). Esta propriedade, classificada como uma das
propriedades de transporte da matéria, fornece uma indicação da taxa segundo a
qual a energia é transferida pelo processo de difusão. Para um dado gradiente de
temperatura, o fluxo térmico condutivo aumenta com o aumento da condutividade
térmica.

A condutividade térmica de um sólido é maior do que um líquido que por sua


vez é maior do que a de um gás.

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A convecção ocorre sempre que um fluido escoar sobre uma superfície
sólida que está a uma temperatura diferente do fluido.

Se o movimento do fluido for induzido artificialmente, por alguma força


externa, diz-se que a transferência de calor se processa por convecção forçada.
Se o movimento do fluido resultar dos efeitos da ascensão provocada pela
diferença de densidade causada pela diferença de temperatura no fluido sobre a
superfície, a transferência de calor é chamada de convecção natural.

A determinação da distribuição de temperatura e a transferência de calor na


convecção são complicadas.

Nas aplicações da engenharia, para simplificar os cálculos da transferência


de calor entre uma superfície quente, a “Tw” e um fluido que está escoando sobre
ela a uma temperatura “Tf”, define-se um coeficiente de transferência de calor
como:
q = h.(Tw – Tf) (3)

Onde “q” é o fluxo de calor expresso em W/m 2 da parede quente para o


fluido.

Ou:

q = h.(Tf – Tw) (4)

A equação (4) é utilizada quando a transferência de calor se dá do fluido


quente para a parede fria.
O coeficiente de transferência de calor (h), varia com o tipo de fluxo (laminar
ou turbulento), com a geometria do corpo e a área de escoamento, com as
propriedades físicas do fluido, com a temperatura média e com a posição ao
longo da superfície do corpo, e ainda, depende do tipo de convecção (forçada ou
natural).

A determinação do coeficiente de transferência de calor é a chave para a


análise da distribuição da temperatura em um corpo que está exposto a
convecção. E é justamente a determinação deste coeficiente o objetivo deste
experimento.

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Sistemas com Condução e Convecção

O calor conduzido através de um corpo deve ser frequentemente removido


(ou fornecido) por algum processo de convecção. O calor é conduzido através do
material e finalmente dissipado no ambiente por convecção.

Para o estudo de sistemas que combinam condução e convecção, deve-se


fazer o uso do número de Biot.

Número de Biot

O número de Biot (Bi) é um parâmetro adimensional e representa a razão


entre o coeficiente de transferência convectiva de calor na superfície do sólido e a
condutância específica do sólido.

A hipótese de temperatura uniforme no interior do sólido é válida se a


condutância específica do sólido for muito maior do que o coeficiente de
transferência convectiva de calor.

(5)

Onde: Ls = comprimento característico; Ls = V/A (volume/área)

h = coeficiente convectivo de calor

Ks = coeficiente condutivo de calor

O Biot é usado para definir o método a ser utilizado na solução de problemas


de Transferência de calor transiente.

- Se Bi  0,1 : usa-se as cartas de temperatura transiente

7
Se Bi < 0,1 : usa-se a análise global,

Emprego das Cartas de Temperatura Transiente

As cartas de temperatura transiente são empregadas quando os gradientes


de temperatura não são desprezíveis e não é aplicável a análise global do
sistema.

Neste caso, a análise dos problemas de condução de calor envolve a


determinação da distribuição de temperatura no interior do sólido em função do
tempo e posição.

Para a esfera usa-se as seguintes cartas:

Análise Global:

Na análise global, admite-se que a distribuição de temperatura dentro do


sólido, em qualquer instante seja suficientemente uniforme, de tal modo que a
temperatura do sólido possa a ser considerada função exclusiva do tempo, isto é,
T(t). A equação da energia na transferência de calor no sólido pode ser escrita
como:

Taxa de T.C. por convecção no Aumento da energia Interna do


volume V do sólido = sólido

h . A . ( T - To) = .Cp.V dT/dt (6)

(7)

onde: To = é a temperatura inicial

T = é a temperatura do fluido

Cp = é a capacidade calorífica do sólido

 = é a massa específica do sólido

8
Apresentaremos, a título de exemplo, correlações aplicáveis à transferência de
calor por convecção forçada.

a) Placa Plana:

Laminar:

Turbulento:

0.6≤ ≤60

5×105≤ ≤107

Combinado: ( −871)

0.6≤ ≤60

5×105≤ ≤107

b) Esfera

>0,2

c) Cilindro

3.5≤ ≤80,000

9
0.7≤ ≤380

Modelagem matemática

Considere um corpo sólido inicialmente a uma temperatura uniforme T colocado


subitamente no interior de um fluido em estagnação, a uma temperatura uniforme
∞.

Admitamos as seguintes hipóteses:

 A temperatura é uniforme no interior do sólido (incluindo a superfície),


durante todo o tempo de experimentação (Bi < 0,1);

 Na superfície do sólido o fluido assume a temperatura do sólido;

 As propriedades físicas do sólido são constantes.

Tomando o sólido como volume de controle e escrevendo a primeira lei da


termodinâmica em termos de fluxos, temos:

(8)

Ou seja, a taxa de variação da energia interna no interior do sólido é igual a taxa


líquida de transferência de calor.

Por outro lado, temos:

(9)

(10)

Tomando-se como temperatura de referência a temperatura do fluido no infinito e


lembrando que na superfície sólida a temperatura do fluido é a mesmo do sólido,
temos:

=±∫ ( − ∞) (11)

10
Considerando como constante e igual ao coeficiente médio de temperatura de
calor a equação (11) resulta em:

( (12)

Levando as equações (9) e (12) em (8), temos:

* * * =± *( − ∞) * * (13)

Separando as variáveis e integrando entre os limites,

=0→ = 0

=→ =

Temos:

(14)

Onde = / (comprimento característico).

Obs: o sinal da equação (14) foi escolhido de forma a tornar positivo.

Definindo:

(15)

Temos que,

ln (16)

11
A equação (16) estabelece uma relação linear entre o logaritmo da temperatura
adimensional e o tempo. Assim a determinação de h poderá ser obtida através de
uma simples regressão linear a partir de dados experimentais de temperatura e
tempo.

12
4. Materiais e Metodologia

4.1 Materiais
 Cronometro;
 Banho termostático;
 Cilindro, esfera e placa plana de cobre;
 Termômetro.
4.2 Métodos
Colocou-se o corpo de prova no banho termostático na temperatura T e
registrou-se a temperatura do sólido Ts de 5 em 5 segundos, no primeiro minuto,
de 10 em 10 segundos do segundo ao quarto minuto e de 1 em 1 minuto do
quinto minuto em diante até que a temperatura atingisse o regime permanente.

Figura 1- Esquema de montagem do experimento.

13
5. Resultados e Discussões

As dimensões referentes a cada corpo de prova estão anotadas nas tabelas 1,


2 e 3.

Tabela 1 – Dados relativos à dimensão do cilindro

Comprimento
2 3
Diâmetro (mm) Altura (mm) Área (m ) Volume (m ) Característico
(m)

50,3 136.3 2,55  10-2 2,71  10-4 1,06  10–2

Tabela 2 – Dados relativos à dimensão da placa

Compri- Largura Espessura Comp. Carac.


Área (m2) Volume (m3)
mento (mm) (mm) (mm) (m)

147,2 76,1 12,6 2,80  10-2 1,41  10-4 5,04  10–3

Tabela 3 – Dados relativos à dimensão da esfera

Comprimento
Diâmetro (mm) Área (m2) Volume (m3)
Característico (m)

47.0 6.94  10-3 5.44  10-5 7.84  10–3

Os corpos de prova que foram mergulhados no banho termostatizado na


temperatura T∞ tiveram sua temperatura registrada em um intervalo pré-
determinado pela apostila, que era 5 em 5 segundos, no primeiro minuto, de 10
em 10 segundos do segundo ao quarto minuto e de um em um minuto do quinto
minuto em diante até que foi alcançada a condição de regime permanente, ou
seja, até que a temperatura se estabilizou. A única tabela com intervalo de tempo
diferente foi a Tabela 4, cujas temperaturas foram registradas de 5 em 5
segundos. Os dados obtidos experimentalmente estão anotados nas Tabelas 4, 5,
6 e 7. Além disso, também foi calculado  e o seu ln utilizando a equação (15).

14
Tabela 4 – Temperatura do cilindro de cobre medida em intervalos de 5s.

t(s) T(oC) t(s) T(oC) t(s) T(oC)


0 26 110 51 220 51
5 28 115 51 225 51
10 33 120 51 230 51
15 37 125 51 235 51
20 41 130 51 230 51
25 44 135 51 235 51
30 46 140 51 240 51
35 48 145 51 245 51
40 49 150 51 250 51
45 49 155 51 255 51
50 50 160 51 240 51
55 50 165 51 245 51
60 50 170 51 250 51
65 50 175 51 255 51
70 51 180 51 260 51
75 51 185 51 265 51
80 51 190 51 270 51
85 51 195 51 275 51
90 51 200 51 280 51
95 51 205 51 285 51
100 51 210 51 290 51
105 51 215 51 295 51

15
Tabela 5 – Temperatura do cilindro de cobre medida em intervalo variado.

t(s) T(oC)  ln

0 28 1 0
5 29 0,956522 -0,04445
10 34 0,73913 -0,30228
15 39 0,521739 -0,65059
20 43 0,347826 -1,05605
25 45 0,26087 -1,34373
30 47 0,173913 -1,7492
35 49 0,086957 -2,44235
40 49 0,086957 -2,44235
45 50 0,043478 -3,13549
50 50 0,043478 -3,13549
55 50 0,043478 -3,13549
60 51 0 -
70 51 0 -
80 51 0 -
90 51 0 -
100 51 0 -
110 51 0 -
120 51 0 -
130 51 0 -

16
140 51 0 -
150 51 0 -
160 51 0 -
170 51 0 -
180 51 0 -
190 52 -0,04348 -
200 52 -0,04348 -
210 52 -0,04348 -
220 51 0 -
230 51 0 -
240 52 -0,04348 -
300 51 0 -
360 51 0 -

Tabela 6 – Temperatura da placa plana de cobre medida em intervalo variado.

t(s)  ln
T(oC)
0 25 1 0
5 30 0,807692 -0,21357
10 34 0,653846 -0,42488
15 40 0,423077 -0,8602
20 44 0,269231 -1,31219
25 46 0,192308 -1,64866

17
30 47 0,153846 -1,8718
35 48 0,115385 -2,15948
40 49 0,076923 -2,56495
45 49 0,076923 -2,56495
50 49 0,076923 -2,56495
55 49 0,076923 -2,56495
60 49 0,076923 -2,56495
70 49 0,076923 -2,56495
80 50 0,038462 -3,2581
90 50 0,038462 -3,2581
100 50 0,038462 -3,2581
110 50 0,038462 -3,2581
120 50 0,038462 -3,2581
130 50 0,038462 -3,2581
140 50 0,038462 -3,2581
150 50 0,038462 -3,2581
160 50 0,038462 -3,2581
170 50 0,038462 -3,2581
180 50 0,038462 -3,2581
190 50 0,038462 -3,2581
200 50 0,038462 -3,2581
210 50 0,038462 -3,2581

18
220 50 0,038462 -3,2581
230 50 0,038462 -3,2581
240 50 0,038462 -3,2581
300 50 0,038462 -3,2581
360 51 0 -
420 51 0 -

Tabela 7 – Temperatura da esfera de cobre medida em intervalo variado.

t(s)  ln
T(oC)
0 25 1 0
5 25 1 0
10 25 1 0
15 25 1 0
20 25 1 0
25 25 1 0
30 25 1 0
35 25 1 0
40 26 0,961538 -0,03922
45 26 0,961538 -0,03922
50 26 0,961538 -0,03922
55 26 0,961538 -0,03922
60 26 0,961538 -0,03922

19
70 26 0,961538 -0,03922
80 27 0,923077 -0,08004
90 27 0,923077 -0,08004
100 28 0,884615 -0,1226
110 26 0,961538 -0,03922
120 28 0,884615 -0,1226
130 29 0,846154 -0,16705
140 29 0,846154 -0,16705
150 29 0,846154 -0,16705
160 30 0,807692 -0,21357
170 30 0,807692 -0,21357
180 30 0,807692 -0,21357
190 30 0,807692 -0,21357
200 31 0,769231 -0,26236
210 31 0,769231 -0,26236
220 31 0,769231 -0,26236
230 31 0,769231 -0,26236
240 31 0,769231 -0,26236
300 32 0,730769 -0,31366
360 33 0,692308 -0,36772
420 33 0,692308 -0,36772
240 31 0,769231 -0,26236

20
300 32 0,730769 -0,31366
360 33 0,692308 -0,36772
420 33 0,692308 -0,36772
480 34 0,653846 -0,42488
540 35 0,615385 -0,48551
600 36 0,576923 -0,55005
660 36 0,576923 -0,55005
720 36 0,576923 -0,55005
780 36 0,576923 -0,55005
840 37 0,538462 -0,61904
900 37 0,538462 -0,61904

A partir dos dados das tabelas, foram plotados gráficos da temperatura


pelo tempo. Por meio desses gráficos, foi possível verificar que o regime
permanente realmente fora alcançado, pois a temperatura atingia um valor
constante após um intervalo. No caso da esfera, a temperatura ficou oscilando
entre 36oC e 37oC, por isso foi considerado ela também entrou em regime
permanente. Outro critério avaliado comparando os gráficos 1 e 2 foi que o
intervalo de tempo variado determinado pela apostila satisfazia as necessidades
do experimento e apesar de não ter a mesma precisão que os registros de
temperatura em intervalos menores, os resultados foram igualmente bons.

21
Gráfico 1 – Temperatura x tempo do cilindro utilizando o intervalo de 5 em 5
segundos.

Gráfico 2 – Temperatura x tempo do cilindro utilizando o intervalo variado.

22
Gráfico 3 – Temperatura x tempo da placa plana utilizando o intervalo
variado.

23
Gráfico 4 – Temperatura x tempo da esfera utilizando o intervalo variado.

Foram plotados os gráficos de ln pelo tempo e para isso foram


desprezados os dados que forneciam uma região do gráfico não linear.

Gráfico 5 – ln x tempo do cilindro.

24
Gráfico 6 – ln x tempo da placa

Gráfico 7 – ln x tempo da esfera.

25
Pela literatura, temos que a densidade do cobre é de 8,95  103 kg/m3, seu
Cp é de 3,8  102 J/kgK e seu K=386,0 J/smK.

Pelo gráfico 5, temos que o coeficiente angular da reta é α=-0,0718.


Substituindo os valores da Tabela 1 e o α na equação 15, calcula-se o coeficiente
médio de temperatura de calor e o número de Biot:

O mesmo foi feito para os demais corpos de prova. Os valores estão


anotados na Tabela 8.

Tabela 8 – Valores calculados.

Corpo de prova h Bi
Cilindro 2588,33 0,071
Placa plana 2343,29 0,064
Esfera 31,75 8,72 . 10-4

Como para todos os casos foi obtido Bi < 0,1 pode-se considerar que a
distribuição de temperatura é uniforme nos corpos de prova. Foi possível observar
por meio dos valores calculados que a geometria dos corpos influencia na
quantidade de calor trocado, assim como a sua temperatura inicial e a do banho.
Além disso, conclui-se que a hipótese de que a resistência à condução no interior
dos corpos de prova era desprezível, visto que o número de Biot é menor que 0,1
para todos. Assim, a análise concentrada pôde ser utilizada, pois as forças

26
condutivas não representavam nem 10% das trocas de calor realizadas pelos
corpo, ou seja, conclui-se que a sua temperatura se distribuía uniformemente.

A geometria com o maior coeficiente de transferência de calor foi a


cilíndrica, seguida pela esférica e por último a de placa.

27
6. Conclusões

Foi possível determinar o coeficiente de transferência de calor em diferentes


corpos de prova submersos em água. Além disso, concluiu-se que formato dos
corpos influencia na determinação de seus coeficientes de transferência de
calor. Como o valor experimental de Biot foi menor do que 0,1 para todos os
casos, pode-se considerar que apenas a convecção interfere na transferência
de calor e que a resistência referente a condução é desprezível.

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7. Referências bibliográficas

1. SISSOM, L.E. & PITTS, D. “Fenômenos de Transporte”, Editora Guanabara


Dois, 1979.

2. JAKOB, M. & HAWKINS, G.A. “Elements of Heat Transfer”, Wiley Internacional


Edition, New York, 3rd ed., 1957.

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Editora da Universidade de São Paulo, 3ª Edição, 1969. 4. BENNETT, C.O. &
MYERS, J.C. “Fenômenos de Transporte”, Editora McGraw-Hill do Brasil Ltda.,
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5. MIKHEYEV, M., “Fundamentals of Heat Transfer”, Peace Publishers, Moscou,


1975

6. CENGEL, Y.A., “HEAT TRANSFER – A Practcal Approach”, 2ª Edição.

7. BIRD, R. B. Stewart, W. E. Lightfoot, E. N. Transport. Phenomena. John &


Sons. Inc. Co. Ltda. (1960).

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9. INCROPERA, Frank P. Fundamentops de Transferência de Calor e de


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10. OZISIK, M. Necati. Transferência de Calor: um texto básico. Bogotá: McGraw-


Hill,1990.

11. SCHMIDT, Frank W. Introdução às ciências térmicas. 2ed. São Paulo: Ed.
Edgard Blücher,1996.

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