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1. Formação Acadêmica
• Eletrotécnica – IFPE
• Engenharia Elétrica – UPE
• Especialização em Gestão da Manutenção – UPE
• Mestrado em Engenharia Mecânica – UFPE
• Doutorado em Engenharia Mecânica – UFPE
2. Experiência Profissional
• CELPE
• ABB
• Energética Suape II
• ITEP
3. Linha de Pesquisa
• Desempenho de isoladores compósitos em linhas de transmissão, diagnóstico de
sistemas e máquinas por assinatura elétrica, técnicas preditivas de manutenção e
energia solar.
Apresentação da Disciplina
1. Carga Horária
60 horas.
2. Objetivo Geral
Apresentar noções de confecção de projetos e análise de instalações elétricas
residenciais e prediais com base nas normas em vigência.
3. Objetivos Específicos
• Elaborar projetos elétricos prediais residenciais e comerciais, aplicando os conceitos
fundamentais e em conformidade com a base normativa;
• Analisar um projeto elétrico predial e residencial utilizando as recomendações da
norma da ABNT NBR5410;
• Elaborar um projeto predial residencial com base nas Normas da ABNT, das
Distribuidoras de Energia e das Resoluções Normativas da ANEEL pertinentes;
• Elaborar um projeto luminotécnico, com base nas Normas da ABNT e nos catálogos
de produtos de iluminação dos fabricantes;
• Selecionar motores elétricos com seus elementos de comando e controle para
instalações de força motriz.
Apresentação da Disciplina
4. Conteúdo
• Sistema elétrico de Potência: Geração, Transmissão, Distribuição e utilização da
energia elétrica. Sequência básica do dimensionamento dos sistemas elétricos de
edificações residenciais e comerciais. Critérios de escolha de equipamentos e
materiais.
• Normalização: Conceito de normalização, Normas brasileiras, ABNT, principais
Normas aplicadas em projetos elétricos prediais. Normas: NBR 5410, Instalações
Elétricas de Baixa Tensão e NBR ;14039, Instalações Elétricas de Média Tensão.
• Fundamentos utilizados na elaboração de projetos elétricos: Circuitos elétricos,
Sistema elétrico, Instalação elétrica, Equipamentos elétricos. Conceitos de energia
elétrica, potência ativa, reativa e aparente, fator de potência. Valor eficaz.
• Simbologia gráfica aplicada em projetos elétricos prediais baseados na ABNT NBR
5444 de 1989 e as de uso consagrado. Condições básicas dos projetos, isolação e
os graus de proteção, proteção básica contra contatos diretos;
• Com base na NBR 5410: previsão de carga de Iluminação, tomadas de uso geral e
especifico, divisão em circuitos terminais, dimensionamento de condutores de acordo
com o método de instalação e dimensionamento de eletrodutos;
Apresentação da Disciplina
4. Conteúdo
• Utilização de fatores de demanda e diversidade, cálculo de demanda das
instalações. Dimensionamento da proteção de sobrecorrente e sobretensão. Efeitos
da corrente elétrica no corpo humano, dimensionamento da proteção contra choque
elétrico;
• Dimensionamento das proteções de sobrecorrente e sobretensão. Aplicação de
dispositivos de proteção: disjuntores termomagnéticos, Interruptores diferenciais
residuais, disjuntores diferenciais residuais. Aplicação de DPS;
• Localização dos quadros de distribuição, técnica de execução das instalações
elétricas. Esquemas do circuitos de fase, ligações monofásicas, bifásicas e trifásicas,
distribuição das cargas entre as fases disponíveis;
• Definição dos esquemas básicos de aterramento (TN, TT e IT), escolha e
dimensionamento dos condutores de proteção (terra). Equipotencialização das
edificações. Dimensionamento de sistemas de aterramento de edificações prediais.
• Entrada de energia das unidades prediais: normas das distribuidoras,
dimensionamento dos quadros de medição, dos circuitos de distribuição, dos
padrões de entrada, dos ramais de ligação e da proteção geral de sobrecorrente.
Apresentação da Disciplina
4. Conteúdo
• Dimensionamento de pequenas subestações prediais: potência dos transformadores,
esquemas de ligação dos transformadores, dimensionamento do barramento geral
de baixa tensão, da proteção geral de baixa tensão e da proteção geral de média
tensão;
• Métodos de correção de fator de potência. Aplicação de SPDA (Sistema de proteção
contra descargas atmosféricas) em edificações prediais. Dimensionamento dos
dispositivos de SPDA, do barramento de equipotencialização (BEP) e do
aterramento;
• Luminotécnica, conceitos, fundamentos, tipos de lâmpadas (incandescente,
fluorescente, vapor de mercúrio, LED). Método do cálculo de iluminação: método dos
lumens, método ponto a ponto. Cálculos práticos de iluminação interior;
• Seleção de motores elétricos, instalação de força motriz, esquemas típicos para
instalação de motores, dimensionamento dos alimentadores e quadros de comando.
Escolha e dimensionamento dos comandos para motores elétricos.
Apresentação da Disciplina
5. Bibliografia Básica
• COTRIM, Ademaro. Instalações elétricas. São Paulo: Prentice Hall, 2010;
• CREDER, Hélio Brasil. Instalações elétricas. São Paulo: LTC, 2010;
• NEGRISOLI, Manoel Eduardo Miranda. Instalações elétricas: projetos prediais. São
Paulo: Blucher, 2011.
6. Bibliografia Complementar
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: Instalações
elétricas em baixa tensão. Rio de Janeiro, 2004;
• CARVALHO JUNIOR, Roberto de. Instalações elétricas e o projeto de arquitetura.
São Paulo: Blucher, 2010;
• NASCIMENTO, G. Comandos elétricos: teoria e atividades. São Paulo: Érica, 2012;
• NERY, Norberto. Instalações elétricas: princípios e aplicações. São Paulo: Érica,
2011;
• PIRELLI. Manual Pirelli de instalações elétricas. São Paulo: Pini, 2003.
Estrutura do Sistema Elétrico
Estrutura do Sistema Elétrico
Estrutura do Sistema Elétrico
Geração ou Produção
A geração ou produção de energia elétrica é o segmento do setor elétrico onde ocorre o fenômeno de
conversão de outras formas de energia em energia elétrica. Durante muitos tempo no Brasil esta se deu
por meio do uso da energia potencial da água (geração hidrelétrica) ou utilizando a energia química dos
Com um sistema predominantemente hídrico, o Brasil apresenta sua matriz energética complementada
por uma geração térmica como base as quais podem advir de combustíveis fósseis (petróleo, carvão
mineral etc.), combustíveis não-fósseis (madeira, bagaço de cana, etc.), combustível nuclear (urânio
enriquecido). Em menor escala, mas em franca expansão, as formas de geração renováveis a partir sol(
energia solar) e do vento( energia eólica ) já são realidade, e portanto estão mudando a matriz energética
nacional.
geração ou produção de energia elétrica ainda são de caráter concentrado com estruturas robustas e de
grande porte.
Estrutura do Sistema Elétrico
Transmissão
Transmissão significa o transporte de energia elétrica gerada até os centros consumidores. Para que
seja economicamente viável, a tensão gerada nos geradores trifásicos de corrente alternada normalmente
de 13,8 kV deve ser elevada a valores padronizados em função da potência a ser transmitida e das
As tensões mais usuais em corrente alternada nas linhas de transmissão são 69, 138, 230, 400, 500 e
750 kV. A partir de 500 kV, somente um estudo econômico vai decidir se deve ser usada a tensão
alternada ou contínua, como é o caso da linha de transmissão de Itaipu, com 600 kV em corrente contínua.
Neste caso, a instalação necessita de uma subestação retificadora, ou seja, que transforma a tensão
alternada em contínua, transmitindo a energia elétrica em tensão contínua e, próxima aos centros
consumidores, de uma estação inversora para transformar a tensão contínua em tensão alternada outra
O objetivo principal da transmissão em tensão contínua será o da diminuição das perdas por efeito
corona que é resultante da ionização do ar em torno dos condutores, com tensões alternadas muito
elevadas.
Estrutura do Sistema Elétrico
Transmissão
Estrutura do Sistema Elétrico
Distribuição
A distribuição é a parte do sistema elétrico que conecta a transmissão ao consumo, ou seja, é o segmento
que promove a divisão e entrega da energia já dentro dos centros de utilização (cidades, bairros,
indústrias).
Nela o fluxo de potência começa na subestação abaixadora, onde a tensão da linha de transmissão é
baixada para valores padronizados nas redes de distribuição primária (11 kV; 13,8 kV; 15 kV; 34,5 kV
etc.). Das subestações de distribuição primária partem as redes de distribuição secundária ou de baixa
tensão. As redes de distribuição primária podem ser: radial, em anel ou radial seletivo.
A parte final de um sistema elétrico é a subestação abaixadora para a baixa tensão, ou seja, a tensão de
utilização (380/220 V, 220/127V – Sistema trifásico e 220/110V – sistema monofásico com tape). No
Brasil há cidades onde a tensão fase-neutro é de 220 V (Brasília, Nordeste, etc.) e outras em 127 V (Rio
suas diversas conversões e utilização, seja para fins residenciais, comerciais ou industriais. De outra
Diagrama
Estrutura do Sistema Elétrico
Diagrama
Organização do Setor Elétrico
Organização do Setor Elétrico
i) Eletrobrás
A Eletrobrás controla grande parte dos sistemas de geração e transmissão de energia elétrica
do Brasil por intermédio de seis subsidiárias: Chesf, Furnas, Eletrosul, Eletronorte, CGTEE
(Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica) e Eletronuclear. A empresa possui ainda
50% da Itaipu Binancional e também controla o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel),
o maior de seu gênero no Hemisfério Sul.
j) Agentes Setoriais
Agentes relacionados ao setor de energia elétrica. Ex.: ABRAGE, ABRATE e ABRADEE.
Matriz Elétrica Brasileira
O SIN – Sistema Interligado Nacional
O que é?
Sistema Isolado
(3% da cap. de produção do país)
Predominância: Termelétricas (óleo)
Sistema Interligado
Predominância: Hidrelétricas
O SIN – Sistema Interligado Nacional
elétrica;
e hidrologia.
Normalização
O que é?
Segundo a ABNT, normalização é a atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou
potenciais, prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva com vistas à obtenção do grau ótimo de
ordem em um dado contexto. Consiste, em particular, na elaboração, difusão e implementação das Normas.
problemas, com a cooperação de todos os interessados, e, em particular, para a promoção da economia global.
No estabelecimento dessas regras recorre-se à tecnologia como o instrumento para estabelecer, de forma
objetiva e neutra, as condições que possibilitem que o produto, projeto, processo, sistema, pessoa, bem ou
serviço atendam às finalidades a que se destinam, sem se esquecer dos aspectos de segurança.
Norma é o documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece
regras, diretrizes ou características mínimas para atividades ou para seus resultados, visando à obtenção de
A norma é, por princípio, de uso voluntário, mas quase sempre é usada por representar o consenso sobre o
estado da arte de determinado assunto, obtido entre especialistas das partes interessadas.
Normalização
Normatizar x Normalizar
Estes dois verbos por vezes são usados um pelo outro, indiferentemente, como sinônimos. Muito embora
Houaiss admita a sinonímia, outros lexicógrafos estabelecem uma diferença semântica entre eles.
Historicamente, ambos são de introdução relativamente recente na língua portuguesa, sendo normalizar mais
antigo do que normatizar. Mesmo sendo o mais antigo ele não é mencionado nos dicionários do século XIX, nos
quais encontramos tão-somente o adjetivo normal e, a partir de 1873, com o dicionário de Domingos Vieira,
O verbo normalizar só aparece no século XX, a partir do léxico de Simões da Fonseca. Normatizar, porém,
somente é encontrado nos dicionários mais recentes, como Houaiss, Aurélio Séc. XXI, Michaelis e o de
Francisco Borba. À exceção do dicionário Houaiss, que dentre as acepções de normalizar inclui a de
normatizar, os três outros léxicos citados estabelecem significados diversos para os dois verbos.
Normalização
Normatizar x Normalizar
Vejamos o que se lê no AURÉLIO:
Normalizar [De normal + izar]. V.t.d. 1. tornar normal; fazer voltar à normalidade; regularizar. 2. Submeter a
norma ou normas; padronizar. 3. Int. Retornar à ordem. 4. Voltar ao estado normal (Cf. normatização).
Normatizar [Do lat. normatus, p.p. de normare + sufixo izar. V.t.d. Estabelecer normas para. Submeter a
qualidade, segurança, confiabilidade, eficiência, intercambiabilidade, bem como respeito ambiental – e tudo
Quando os produtos e serviços atendem às nossas expectativas, tendemos a tomar isso certo e a não ter
consciência do papel das normas. Rapidamente, nos preocupamos quando produtos se mostram de má
qualidade, não se encaixam, são incompatíveis com equipamentos que já temos, não são confiáveis ou são
perigosos. Quando os produtos, sistemas, máquinas e dispositivos trabalham bem e com segurança, quase
Comitês técnicos
Os Comitês Técnicos são órgãos de coordenação, planejamento e execução das atividades de normalização
técnica relacionadas com o seu âmbito de atuação, devendo compatibilizar os interesses dos produtores e dos
consumidores, contando também com os neutros, que são os representantes de universidades, entidades de
Os Comitês Técnicos podem ser classificados, em função de sua estrutura e amplitude do âmbito de
atuação, em:
• Comitê Brasileiro: órgão técnico da estrutura da ABNT, formado por Comissões de Estudo;
credenciada pela ABNT para atuar no desenvolvimento de Normas Brasileiras do seu setor, também
• Comissão de Estudo Especial: órgão técnico da estrutura da ABNT, criado quando o assunto de seu
escopo não está contemplado no âmbito de atuação de outro Comitê Brasileiro ou Organismo de
Níveis
Normalização
Organismos
A ABNT
A ABNT é o Foro Nacional de Normalização por reconhecimento da sociedade brasileira desde a sua, em 28
de setembro de 1940, e confirmado pelo governo federal por meio de diversos instrumentos legais.
Entidade privada e sem fins lucrativos, a ABNT é membro fundador da International Organization for
Standardization (Organização Internacional de Normalização - ISO), da Comisión Panamericana de Normas
Técnicas (Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas - Copant) e da Asociación Mercosur de Normalización
(Associação Mercosul de Normalização - AMN). Desde a sua fundação, é também membro da International
Electrotechnical Commission (Comissão Eletrotécnica Internacional - IEC).
A ABNT é responsável pela elaboração das Normas Brasileiras (ABNT NBR), elaboradas por seus Comitês
Brasileiros (ABNT/CB), Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e Comissões de Estudo Especiais
(ABNT/CEE).
Desde 1950, a ABNT atua também na avaliação da conformidade e dispõe de programas para certificação de
produtos, sistemas e rotulagem ambiental. Esta atividade está fundamentada em guias e princípios técnicos
internacionalmente aceitos e alicerçada em uma estrutura técnica e de auditores multidisciplinares,
garantindo credibilidade, ética e reconhecimento dos serviços prestados.
Trabalhando em sintonia com governos e com a sociedade, a ABNT contribui para a implementação de
políticas públicas, promove o desenvolvimento de mercados, a defesa dos consumidores e a segurança de
todos os cidadãos.
Normalização
A ABNT
ABNT NBR 14039 - Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV;
.
.
.
Conceitos fundamentais para instalações elétricas
Circuito Elétrico – É conjunto de corpos, componentes ou meios no qual é possível que haja corrente
elétrica.
Instalação Elétrica – Inclui componentes que não conduzem corrente, mas que são essenciais ao seu
funcionamento, tais como condutos, caixas e estruturas de suporte. Enfim, uma instalação elétrica é um
sistema elétrico físico, ou seja, é o conjunto de componentes elétricos associados e coordenados entre
si, composto para um fim específico.
Componente – É um termo empregado para designar itens que, dependendo do contexto, podem ser
materiais, acessórios, dispositivos, instrumentos, equipamentos( de geração, distribuição, transformação,
armazenamento ), máquinas, conjuntos, ou mesmo segmentos ou partes da instalação. Assim, um
eletroduto e um conjunto de condutores isolados, são componentes de uma linha elétrica, uma vez que
esta é constituída de condutores isolados contidos em eletroduto.
Conceitos fundamentais para instalações elétricas
Equipamento Elétrico – É uma unidade funcional completa e distinta que exerce uma ou mais funções
elétricas relacionadas com geração, transmissão, distribuição e utilização de energia, tal como
máquinas, transformadores, dispositivos elétricos, aparelhos de medição e controle. De outra forma, o
equipamento elétrico visa converter a energia elétrica noutra energia diretamente utilizável( química,
mecânica, sonora, luminosa, etc ).
Aparelho Elétrico – É usado para designar equipamentos de medição e alguns de utilização. Como
exemplo cita-se os eletrodomésticos, eletroprofissionais( máquina de escrever, computador,
eletromédicos, ect ) e de iluminação.
Linha Elétrica – É conjunto constituído por um ou mais condutores, com os elementos de fixação ou
suporte e, se for o caso, de proteção mecânica, destinado a transportar energia elétrica ou a transmitir
sinais elétricos.
Carga Elétrica – Pode ser o conjunto de valores das grandezas elétricas( e mecânicas, no caso de
máquinas ) que caracterizam as solicitações impostas a um equipamento elétrico ou equipamento que
absorve potência ativa.
Potência Instalada – É soma das potências nominais dos equipamentos de utilização de uma instalação.
Falta Elétrica – É o contato ou arco acidental entre partes com potenciais diferentes, bem como de
uma ou mais dessas partes para terra, em um sistema ou equipamento energizado. As faltas são
geralmente causadas por falha de isolamento entre as partes, e a impedância entre elas pode ser baixa
ou desprezível, quando então é denominada falta direta. Quando uma das partes envolvidas é a terra,
tem-se a falta para terra.
Sobrecorrente – É uma corrente que excede o valor nominal, que, no caso dos condutores elétricos, é a
capacidade de condução de corrente. Esta pode ser de sobrecarga ou de falta.
Corrente de Fuga – É uma corrente muito pequena que percorre um caminho não previsto. Em
particular, a corrente de fuga de uma instalação ou de parte dela é a corrente que, na ausência de falta,
flui através do dielétrico do material isolante dos condutores, ou, em caso de rede de distribuição de
energia elétrica, flui sobre as saias dos isoladores, por exemplo.
Formas de onda de tensão
Corrente Contínua
É caracterizada pelo fluxo de elétrons em apenas uma direção, como é polarizada, os elétrons
sempre seguem o caminho do pólo negativo para o positivo e isso a torna muito eficaz para pilhas e
baterias. Diferente da corrente alternada, a corrente contínua não funciona com transformadores
para modificar sua voltagem.
Corrente Alternada
Essa corrente não tem uma direção única, ela é bi-direcional, por isso não trabalha com pólos
positivo e negativo. Ela não age de maneira constante por causa da troca de direção feita pelos
elétrons, logo a representação gráfica da voltagem pelo tempo é semelhante ao gráfico de seno,
com pontos altos e baixos. Para uma transmissão mais eficiente é necessário mais voltagem e para
isso é preciso recorrer aos transformadores, com o aumento dessa tensão quase não há perdas
durante a transmissão, o que faz dela muito eficiente para grandes distâncias.
Corrente Alternada
Formas de onda de tensão
CC X CA
Formas de onda de tensão
CC X CA
Aplicações
Para a corrente alternada, um dos mais práticos exemplos de uso é o recebimento da corrente
alternada por transformadores. A energia é gerada em usinas, e enviada através de linhas de
transmissão como corrente alternada, que permite a transmissão dessa energia por longas
distâncias. Ao chegar ao transformador, ela tem sua tensão reduzida, em geral para algo entre
127 ou 220 volts, e assim é enviada para as casas. Um dos principais motivos para essa redução é
impedir acidentes graves com choques elétricos fatais em residências.
Já a corrente contínua (tipo de tensão em que o fluxo de cargas elétricas vai do potencial mais
alto para o potencial mais baixo) por sua vez é utilizada geralmente em aplicações que se faz
necessária o uso de baixa tensão, em especial em aplicações que usam baterias, e que, alias, são
também um dos exemplos mais comuns para o uso de corrente contínua. Esse tipo de tensão é
comumente usado em circuitos eletrônicos, a corrente flui apenas quando o circuito está fechado,
porém, deixa de funcionar caso o mesmo esteja aberto.
Formas de onda de tensão
A Guerra das Correntes é um episódio na história da Física, tendo ocorrido nas últimas décadas do
século XIX. Mais do que uma batalha para se escolher o tipo de corrente elétrica a ser usada para
distribuição de eletricidade, foi uma digladiação envolvendo três dos mais importantes cientistas
que a humanidade já viu: Thomas Edison (defendendo a corrente contínua) de um lado, contra Nikola
Tesla e George Westinghouse do outro (representando a corrente alternada).
Por um grande tempo, acreditou-se que a corrente contínua defendida por Thomas Edison era o
método mais adequado. Porém, com as proposições mostrada por Tesla, tal feito só seria realizado
com a construção de diversas usinas a cada 2 ou 4 quilômetros de distância das cidades, além de que
seria necessário uma quantidade maior de fios para manter a voltagem.
Com a adoção da corrente alternada de Tesla, foi possível cobrir maiores distâncias sem perder a
voltagem, com uma menor quantidade de fios, distribuindo energia de uma forma mais simples e
barata. Pode-se dizer que esta história tem origem quando Tesla começou a trabalhar na empresa de
Edison, na França. Tesla cumpriu a promessa proposta pelo inventor a de, caso conseguisse melhorar
a capacidade dos dínamos em 25%, seria recompensado com cinquenta mil dólares. Edison, por sua
vez, temendo perder sua vantagem comercial, não cumpriu a promessa, e acabou difamando as ideias
de Tesla, realizando campanhas contra a utilização da corrente alternada.
Formas de onda de tensão
Após diversas competições envolvendo a aceitação pelo melhor tipo de corrente, como a invenção
da cadeira elétrica feita por Thomas Edison, Tesla realizou uma parceria com o engenheiro George
Westinghouse para promover a corrente alternada. A aceitação das empresas pela corrente de
Tesla foi unanime ao realizar o feito de utilizar das Cataratas do Niágara, junto com sua corrente
alternada, para gerar uma grande fonte energética capaz de abastecer as usinas de Buffalo. Assim,
Tesla conseguiu vencer o monopólio dominado por Edison, e a maioria das empresas passaram a
adotar a corrente alternada.
Mesmo possuindo diferentes personalidades e ideologias, é imprescindível afirmar que ambos os
inventores contribuíram fortemente para a sociedade atual com suas invenções revolucionárias, de
modo a continuarem a serem utilizadas até hoje para abastecer a população.
Formas de onda de tensão
Valor Médio
O valor médio é denominado componente CC de uma forma de onda e representa o valor que um
voltímetro ou amperímetro de corrente contínua mediriam para a onda. O valor médio é a média
aritmética dos valores instantâneos, calculada no intervalo de tempo de um período. Para isso,
determina-se a área formada entre a curva e o eixo dos tempos e divide-se esta área pelo período. Imd
é a corrente média ou componente CC forma de onda. A tensão média Vmd pode ser determinada pelo
mesmo processo.
Formas de onda de tensão
Valor Médio
Valor Médio
Exemplo:
Formas de onda de tensão
Valor Médio
Exemplo:
Formas de onda de tensão
Valor Médio
Exemplo:
Formas de onda de tensão
Valor Eficaz
O valor eficaz de uma forma de onda está relacionado com a potência dissipada num resistor pela
passagem da corrente alternada por ele. Supondo-se que por um resistor circule corrente alternada com
valor médio igual a zero, haverá dissipação de potência porque circula corrente por ele (geração de calor
por efeito Joule), não importando o sentido desta corrente. Portanto, o valor médio não é adequado para
cálculo de potência em corrente alternada. Para isto criou-se o conceito de valor eficaz.
Uma corrente alternada possui um valor eficaz I quando produz a mesma quantidade de calor por
efeito Joule em um resistor como a que é produzida por uma corrente contínua de intensidade I no
mesmo resistor, em um intervalo de tempo de um período
Formas de onda de tensão
Valor Eficaz
Considerem-se dois circuitos de iguais resistências elétricas R=100Ω, porém, um percorrido por
corrente contínua, de intensidade 1A, e o outro percorrido por uma corrente alternada senoidal de valor
máximo desconhecido.
Formas de onda de tensão
Valor Eficaz
Exemplo:
Uma tensão senoidal de 60Hz e 311V de pico é aplicada a um chuveiro de 11Ω. Pede-se:
a) A tensão contínua que deve ser aplicada ao chuveiro para que o aquecimento da água
permaneça o mesmo que em C.A..
b) Calcular a potência média dissipada na resistência do chuveiro.
Formas de onda de tensão
Valor Eficaz
Exemplo:
Formas de onda de tensão
Valor Eficaz
Exemplo:
Formas de onda de tensão
Constatações:
O valor eficaz é também conhecido como valor RMS ( Root Mean Square ), ou valor médio
quadrático;
Para medir o valor eficaz de uma forma de onda não perfeitamente senoidal deverá ser
utilizado um equipamento mais sofisticado, como o TRUE RMS o qual é capaz de fazer a
Para uma forma de onda contínua constante o valor eficaz é igual ao valor médio.
Fator de Potência
Potência ativa: Potência que efetivamente realiza trabalho gerando calor, luz, movimento,
etc. Esta é medida em kW.
Potência Aparente: Potência composta pela soma vetorial da potência ativa com a
potência ativa. Esta é medida em kVA.
Fator de Potência
magnético;
Acréscimo na conta de energia elétrica por estar operando com baixo fator de potência;
Utilização de capacitores.
Fator de Potência
VAr
Q Cap. Q
Ind. Ind.
P
P
Fator de Potência
S= Potência Aparente ( VA )
Q1 = VI1 sen o1
Q2 = VI2 sen o2
Fator de Potência
S= Potência Aparente ( VA )
S= Potência Aparente ( VA )
Capacitância do capacitor
Fator de Potência
Exemplo
Exemplo
Fator de Potência
Onde corrigir
Correção localizada;
O conceito de Projeto
O conceito de Projeto
Projeto de Instalações Elétricas
O conceito de Projeto em instalações elétricas
É a previsão escrita da instalação, com todos os seus detalhes, localização dos pontos de
utilização da energia elétrica, comandos, trajeto dos condutores, divisão em circuitos, seção dos
condutores, dispositivos de manobra, carga de cada circuito, carga total, etc. Ou seja, projetar
uma instalação elétrica de um edifício consiste basicamente em:
- Quantificar, determinar os tipos e localizar os pontos de utilização de energia elétrica;
- Dimensionar, definir o tipo e o caminhamento dos condutores e condutos;
- Dimensionar, definir o tipo e a localização dos dispositivos de proteção, de comando,
de medição de energia elétrica e demais acessórios.
O objetivo de um projeto de instalações elétricas é garantir a transferência de energia desde
uma fonte, em geral a rede de distribuição da concessionária ou geradores particulares, até os
pontos de utilização (pontos de luz, tomadas, motores, etc). Para que isto se faça de maneira
segura e eficaz é necessário que o projeto seja elaborado, observando as prescrições das diversas
normas técnicas aplicáveis.
O projeto de instalações elétricas pode ser dividido em categorias:
a) Residencial (único e coletivo);
b) Comercial;
c) Industrial.
Projeto de Instalações Elétricas
Partes componentes
ART;
Carta de solicitação de aprovação à concessionária;
Memorial descritivo;
Memorial de cálculo (cálculo da demanda, dimensionamento dos condutores, dimensionamento
dos condutos, dimensionamento das proteções);
Plantas (planta de situação, planta de pavimentos);
Esquemas verticais (prumadas);
Quadros (quadros de distribuição de cargas, diagramas multifilares ou unifilares);
Detalhes (entrada de serviço, caixa seccionadora, centros de medição, caixas de passagem,
aterramentos, outros);
Convenções;
Especificações;
Lista de materiais.
Simbologia gráfica
Itens da NBR-5444
3 Condições gerais
3.1 A planta de instalações deve ser executada sobre um desenho em vegetal transparente, levando em
consideração as recomendações da NBR 5984. Esse desenho deve conter os detalhes de arquitetura e
estrutura para compatibilização com o projeto elétrico.
3.1.1 Basicamente deve ser usada uma matriz para a instalação de cada um dos seguintes sistemas:
a)luz e força; que dependendo da complexidade, podem ser divididos em dois sistemas distintos: teto e piso;
b)telefone: interno e externo;
c)sinalização, som, detecção, segurança, supervisão e controle e outros sistemas.
3.1.2 Em cada matriz deve ser localizados os aparelhos e seus dutos de distribuição, com todos os dados e
dimensões para perfeito esclarecimento do projeto. Sendo necessário devem ser feitos detalhes, de maneira
que não fique dúvida quanto à instalação a ser executada.
3.2 Eletrodutos de circuitos com importância, tensão e polaridade diferentes podem ser destacados por meio
de diferentes espessuras dos traços. Os diâmetros dos eletrodutos bem como todas as dimensões devem ser
dados em milímetros.
3.3 Aparelhos com potência ou importância diferentes podem ser destacados por símbolos de tamanhos
diferentes.
Simbologia gráfica
Itens da NBR-5444
4 Símbolos
4.1 A construção da simbologia desta Norma é baseada em figuras geométricas simples como enunciado em
4.1.1 a 4.1.4, para permitir uma representação adequada e coerente dos dispositivos elétricos. Esta Norma se
baseia na conceituação simbológica de quatro elementos geométricos básicos:
o traço, o círculo, o triângulo equilátero e o quadrado.
4.1.1 Traço
O seguimento de reta representa o eletroduto. Os diâmetros normalizados são segundo a NBR 5626,
convertidos em milímetros, usando-se a Tabela 1 a seguir:
Simbologia gráfica
Itens da NBR-5444
4 Símbolos
4.1.2 Círculo
Representa três funções básicas: o ponto de luz, o interruptor e a indicação de qualquer dispositivo embutido
no teto. O ponto de luz deve ter um diâmetro maior que o do interruptor para diferenciá-los. Um elemento
qualquer circundado indica que este localiza-se no teto. O ponto de luz na parede (arandela) também é
representado pelo círculo.
4.1.4 Quadrado
Representa qualquer tipo de elemento no piso ou conversor de energia (motor elétrico). De forma semelhante
ao círculo, envolvendo a figura, significa que o dispositivo localiza-se no piso.
Simbologia gráfica
Tabela de símbolos
Simbologia gráfica
Tabela de símbolos
Simbologia gráfica
Tabela de símbolos
Simbologia gráfica
Tabela de símbolos
Simbologia gráfica
Tabela de símbolos
Simbologia gráfica
Tabela de símbolos
Simbologia gráfica
Tabela de símbolos
Simbologia gráfica
Tabela de símbolos
Criação de circuitos
Circuito Terminais
Criação de circuitos
Circuito Terminais
Criação de circuitos
Exercícios
Representação no diagrama unifilar
Exercícios
Representação no diagrama unifilar
Exercícios
Representação no diagrama unifilar
Exercícios
Representação no diagrama unifilar
Exercícios
Previsão de cargas
Iluminação
Os principais requisitos para o cálculo da iluminação são com a quantidade e qualidade da iluminação
de uma determinada área, quer seja de trabalho, lazer ou simples circulação.
Existem vários métodos para o cálculo da iluminação, os quais são:
Iluminação
Previsão de cargas
Iluminação
A NBR 5410 não estabelece critérios para iluminação de áreas externas em residências, ficando a
decisão por conta do projetista e do cliente;
Os valores apurados correspondem à potência destinada à iluminação para efeito de
dimensionamento dos circuitos, e não necessariamente à potência nominal das lâmpadas;
Para aparelhos fixos de iluminação a descarga (luminárias fluorescentes, por exemplo), a potência
a ser considerada deverá incluir a potência das lâmpadas, as perdas e o fator de potência dos
equipamentos auxiliares (reatores).
Com os valores das potências da iluminação obtidos, em VA, procede-se da seguinte forma:
1. Transferem-se as potências calculadas para a planta baixa;
2. As potências calculadas acima são a mínima adotada, podendo, quando for o caso, ser arredondada
para maior, de modo que corresponda a lâmpadas com potências iguais;
3. Nas dependências, como cozinha, área de serviço, banheiros, garagens, etc., as lâmpadas
incandescentes podem ser substituídas pelas fluorescentes, observando as devidas equivalências com
relação ao fluxo luminoso, em lumens, (lm) entre elas.
4. Em ambientes com grandes dimensões, ou quando o ambiente é estreito e longo, é necessário a
instalação de mais de um ponto de iluminação, como é o caso da sala de estar e garagem.
Previsão de cargas
Iluminação
Previsão de cargas
Tomadas
Entende-se por ponto de tomada o local de conexão do equipamento à instalação elétrica, onde
haverá uma solicitação de corrente.
Neste sentido nas unidades residenciais e nas acomodações de hotéis, motéis e similares, o
número de tomadas de uso geral deve ser fixado de acordo com o seguinte critério pré-
estabelecidos.
Previsão de cargas
Tomadas
Previsão de cargas
Quando um ponto de tomada for previsto para uso específico, deve ser a ele atribuída uma
potência igual à potência nominal do equipamento a ser alimentado ou à soma das potências
nominais dos equipamentos a serem alimentados. Quando valores precisos não forem conhecidos,
a potência atribuída ao ponto de tomada deve seguir um dos dois seguintes critérios:
o potência ou soma das potências dos equipamentos mais potentes que o ponto pode vir a
alimentar, ou
o potência calculada com base na corrente de projeto e na tensão do circuito respectivo.
Previsão de cargas
Tomadas
No caso de cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos todas as
tomadas devem ser médias (1,30 m), e deve ser prevista pelo menos um tomada acima de cada bancada
(balcão);
Em diversas aplicações é recomendável prever uma quantidade de tomadas de uso geral maior do que o
mínimo calculado, evitando-se, assim, o emprego de extensões e benjamins (tês), que além de
Para efeito de cálculo as tomadas duplas e triplas são contadas em número e potência como uma só;
É recomendável ter como distância máxima entre tomadas deve ser de 1,50 m para cada lado (3 m);
No caso de varandas, quando não for possível a instalação de tomada no próprio local, esta deverá ser
Em halls de escadaria, salas de manutenção e sala de localização de equipamentos tais como casas de
máquinas, salas de bombas, e locais análogos, deverá ser prevista no mínimo uma tomada.
Previsão de cargas
Tomadas
Todo ponto de utilização previsto para alimentar, de modo exclusivo ou virtualmente dedicado,
Os pontos de tomada de cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos
devem ser atendidos por circuitos exclusivamente destinados à alimentação de tomadas desses locais.
Em locais de habitação, admite-se, como exceção à regra geral de 4.2.5.5, que pontos de tomada, exceto
aqueles indicados em 9.5.3.2, e pontos de iluminação possam ser alimentados por circuito comum, desde
a) a corrente de projeto (IB) do circuito comum (iluminação mais tomadas) não deve ser superior a 16 A;
b) os pontos de iluminação não sejam alimentados, em sua totalidade, por um só circuito, caso esse
c) os pontos de tomadas, já excluídos os indicados em 9.5.3.2, não sejam alimentados, em sua totalidade,
por um só circuito, caso esse circuito seja comum (iluminação mais tomadas).
Previsão de cargas
Resumo
Previsão de cargas
Resumo
Previsão de cargas
Resumo
Previsão de cargas
Cargas especiais
Será necessário fazer a previsão das diversas cargas especiais que atendem aos sistemas de
utilidades dos edifícios. Podemos citar como exemplos os motores para elevadores, as bombas
para recalque d’água, bombas para drenagem de águas pluviais e esgotos, bombas para combate a
incêndio, sistemas de aquecimento central etc. Em geral, estas cargas são de uso comum, e
portanto chamadas cargas do condomínio.
A determinação da potência destas cargas depende de cada caso específico, e, geralmente, é
definida pelos fornecedores especializados dos diversos sistemas, cabendo ao projetista prever a
potência solicitada pelos mesmos.
Dimensionamento de condutores
Roteiro:
1. Tipo de Isolação:
2. Maneira de Instalar;
3. Corrente Nominal ou Corrente de Projeto (Ip);
4. Número de Condutores Carregados;
5. Seleção da Bitola do Condutor.
Dimensionamento de condutores
Devemos inicialmente escolher o tipo de isolação dos condutores. O tipo de isolação determinará a
temperatura máxima a que os condutores poderão estar submetidos em regime contínuo, em sobrecarga ou
em condição de curto-circuito.
Os valores de temperatura para condutores com isolação em PVC – Cloreto de Polivinila, EPR – Borracha
Etileno Propileno e XLPE – Polietileno Reticulado estão definidos na Tabela abaixo, sendo os condutores
com isolação em PVC os mais comuns em Instalações Elétricas Residências e Prediais.
Dimensionamento de condutores
A maneira segundo a qual os condutores estarão instalados (em eletrodutos embutidos ou aparentes, em
canaletas ou bandejas, subterrâneos, diretamente enterrados ou ao ar livre, em cabos unipolares ou
multipolares, etc.) influenciará na capacidade de troca térmica entre os condutores e o ambiente, e em
conseqüência, na capacidade de condução de corrente elétrica dos mesmos.
Dimensionamento de condutores
Exemplo:
(F/N) – circuito monofásico a dois
condutores – 2 condutores
carregados.
(F/N/T) – circuito monofásico a
três condutores – 2 condutores
carregados.
(F/F) – circuito bifásico a dois
condutores – 2 condutores
carregados.
(F/F/T) – circuito bifásico a três
condutores – 2 condutores
carregados.
Os condutores PEN são considerados como condutores neutros. (F/F/N) – circuito bifásico a três
condutores – 3 condutores
carregados.
Dimensionamento de condutores
Tendo-se definido os itens anteriores, isto é, o Tipo de Isolação dos Condutores, a Maneira de Instalar
do Circuito, a Corrente de Projeto, e o Número de Condutores Carregados do Circuito, deve-se verificar
nas tabelas seguintes qual será a bitola do condutor.
Dimensionamento de condutores
(1) Dimensionar os condutores para um circuito terminal (F-F) de um chuveiro elétrico, dados: Pn = 4500
W; V = 220 V; condutores de isolação PVC; eletroduto de PVC embutido em alvenaria; temperatura
ambiente de 30 ºC.
Solução:
Solução:
Fator de Correção de Temperatura FCA: Aplicável para circuitos que estejam instalados em conjunto
com outros circuitos em um mesmo eletroduto, calha, bloco alveolado, bandeja, agrupados sobre uma
superfície, ou ainda para cabos em eletrodutos enterrados, ou cabos diretamente enterrados no solo.
Dimensionamento de condutores
Corrente Corrigida: É um valor fictício da corrente do circuito, obtida pela aplicação dos
fatores de correção FCT e FCA à corrente de projeto. Como o valor da corrente corrigida
calculado pela expressão abaixo, entramos nas tabelas de dimensionamento para determinar a
bitola do condutor.
Dimensionamento de condutores
(1) Consideremos, agora, que o circuito terminal do chuveiro do exemplo anterior, esteja instalado em um
eletroduto, no qual, em certo trecho, também contenha mais três circuitos monofásicos (F-N). Determine
qual será a nova bitola do condutor do circuito que alimenta o chuveiro
Solução:
(2) Tomemos, agora, o circuito alimentador do exemplo 2 do item anterior. Consideremos que a
temperatura ambiente seja de 35 ºC e que na mesma calha estejam passando outros circuitos, conforme
ilustrado na figura abaixo. Determine a nova seção do alimentador do exemplo anterior.
Solução:
Condutor Fase
Dimensionamento de condutores
Condutor de Proteção
Dimensionamento de condutores
A queda de tensão provocada pela passagem de corrente elétrica nos condutores dos circuitos de
uma instalação deve estar dentro de determinados limites máximos, a fim de não prejudicar o
funcionamento dos equipamentos de utilização ligados aos circuitos terminais.
Os efeitos de uma queda de tensão acentuada nos circuitos alimentadores e terminais de uma
instalação levarão os equipamentos a receber em seus terminais, uma tensão inferior aos valores
nominais. Isto é prejudicial ao desempenho dos equipamentos, que além de não funcionarem
satisfatoriamente (redução de iluminância em circuitos de iluminação, redução de torque ou
impossibilidade de partida de motores etc.) poderão ter sua vida útil reduzida.
Dimensionamento de condutores
O roteiro descrito a seguir, determinará a seção nominal dos condutores Fase. O condutor
Neutro e o condutor de Proteção (PE) serão determinados em função dos condutores fase.
A sua execução segue o seguinte roteiro:
1. Dados necessários;
• Maneira de instalar do circuito;
• Material do eletroduto (magnético ou não-magnético);
• Tipo do circuito (monofásico ou trifásico);
• Corrente de projeto em ampères;
• Fator de potência médio do circuito;
• Comprimento do circuito em quilômetros;
• Tipo de isolação do condutor;
• Tensão do circuito em volts;
• Queda de tensão admissível.
2. Cálculo da Queda de Tensão Unitária;
3. Escolha do Condutor.
Dimensionamento de condutores
Notas:
1. O processo de cálculo indicado acima é usado para circuitos de distribuição e para circuitos
terminais que servem a uma única carga, sendo l o comprimento do circuito, desde a origem até
a carga (ou ao quadro de distribuição).
2. Em circuitos com várias cargas distribuídas, tem-se que calcular a queda de tensão trecho a
trecho, ou aplicar o Método Simplificado Watts*metros, conforme veremos adiante.
Dimensionamento de condutores
Consideremos que o circuito terminal do chuveiro do exemplo 1 do item anterior tenha um comprimento
de 15 metros (distância do Quadro de Distribuição do apartamento à tomada de ligação do chuveiro).
Dimensione o circuito.
Solução:
a) Maneira de instalar: eletroduto embutido em alvenaria;
b) Eletroduto: PVC (não-magnético);
c) Circuito: bifásico;
d) Corrente de projeto: Ip = 4500/220.1.1 => 20,45 A;
e) Fator de potência: 1,0;
f) Comprimento do circuito: l = 15m => 0,015 km;
g) Tipo de isolação do condutor: PVC (não-magnético)
h) Tensão do circuito: 220 V
i) Queda de tensão admissível: 2 % (ver Tabela 2.24);
j) Queda de tensão unitária: DVunit = 0,02 . 220 /20,45 .
0,015 => 14,34 V/A.km
Dimensionamento de condutores
Consideremos que o circuito terminal do chuveiro do exemplo 1 do item anterior tenha um comprimento
de 15 metros (distância do Quadro de Distribuição do apartamento à tomada de ligação do chuveiro).
Dimensione o circuito.
Solução:
Com este valor, entre na Tabela 2.25, eletroduto PVC, circuito.
monofásico, fator de potência 0,95, e encontraremos o valor de
10,6 V/A.km, imediatamente inferior ao calculado, que
determina a bitola do condutor de cobre de 4 mm2.
Conclusão:
OBS: Caso encontrem-se
Dimensionamento do condutor fase pela capacidade de
valores diferentes entre os
corrente: 4 mm2.
critérios, adota-se sempre a
Dimensionamento do condutor fase pela queda de tensão: 4
maior seção nominal.
mm2.
Condutor de proteção adotado: 4 mm2 (determinado a partir
da seção nominal do condutor fase, conforme Tabela 2.12).
Dimensionamento de condutores
Consideremos agora que o circuito alimentador do exemplo 2 do item anterior tenha um comprimento de
60 metros (distância do Quadro de Medição ao QL-101) e que a calha seja de perfis metálicos.
Dimensione o circuito.
Solução:
1. Maneira de instalar: calha fechada;
2. Material: magnético;
3. Tipo do circuito: trifásico;
4. Corrente de projeto: Ip = 114,10;
5. Fator de potência: f.p. = 0,90;
6. Comprimento do circuito: l = 60 m = 0,06 km;
7. Tensão do circuito: 220 V;
8. Isolação do condutor: EPR;
9. Queda de tensão admissível: 2 %;
10. Queda de tensão unitária: 0,02 . 220 / 114,10 . 0,06 => 0,64
V/A.km
11. Número de condutores carregados: 3
Dimensionamento de condutores
Consideremos agora que o circuito alimentador do exemplo 2 do item anterior tenha um comprimento de
60 metros (distância do Quadro de Medição ao QL-101) e que a calha seja de perfis metálicos.
Dimensione o circuito.
Solução:
Com este valor entramos na Tabela 2.26 e encontramos o valor de 0,62
V/A.km (imediatamente inferior ao calculado), que leva ao condutor de cobre
bitola nominal de 70 mm2.
Conclusão:
Dimensionamento do condutor fase pela capacidade de corrente: 95 mm2.
Dimensionamento do condutor fase pela queda de tensão: 70 mm2.
Condutor fase adotado: 95 mm2 (adota-se o maior valor).
Condutor neutro adotado: 50 mm2 (o condutor neutro é dimensionado a
partir do condutor fase, conforme a tabela Tabela 2.11).
Condutor de proteção adotado: 50 mm2 (o condutor de proteção é
dimensionado a partir do condutor fase, conforme tabela Tabela 2.12).
Dimensionamento de condutores
Podemos utilizar um método simplificado para calcular a queda de tensão em circuitos com pequenas
cargas. Este método pode ser aplicado a circuitos terminais de instalações de casas e apartamentos, nos
quais temos diversas cargas (lâmpadas e tomadas) distribuídas ao longo dos mesmos.
O método tem por base o emprego das Tabelas Watts*metros referentes respectivamente às tensões de
110 V e 220 V. O valor, Σ(P(Watts).l(metros)) representa o somatório do produto entre a potência da
carga P, em Watts, e a distância l, em metros, da carga ao quadro que alimenta a mesma.
Este método considera apenas a resistência ôhmica dos condutores, não considerando a reatância
indutiva, que também influi na queda de tensão. Também parte do princípio de que a corrente elétrica
distribui-se de forma homogênea pelo condutor, o que não ocorre na realidade, devido ao efeito pelicular,
criado pelo campo magnético gerado pela própria corrente elétrica que passa pelo condutor. Como
consequência do efeito pelicular, a densidade de corrente é maior na periferia do condutor. Para
condutores com diâmetros relativamente pequenos, a reatância indutiva e o efeito pelicular têm influência
limitada e este método produz uma aproximação aceitável.
Dimensionamento de condutores
Podemos utilizar um método simplificado para calcular a queda de tensão em circuitos com pequenas
cargas. Este método pode ser aplicado a circuitos terminais de instalações de casas e apartamentos, nos
quais temos diversas cargas (lâmpadas e tomadas) distribuídas ao longo dos mesmos.
O método tem por base o emprego das Tabelas Watts*metros referentes respectivamente às tensões de
110 V e 220 V. O valor, Σ(P(Watts).l(metros)) representa o somatório do produto entre a potência da
carga P, em Watts, e a distância l, em metros, da carga ao quadro que alimenta a mesma.
Este método considera apenas a resistência ôhmica dos condutores, não considerando a reatância
indutiva, que também influi na queda de tensão. Também parte do princípio de que a corrente elétrica
distribui-se de forma homogênea pelo condutor, o que não ocorre na realidade, devido ao efeito pelicular,
criado pelo campo magnético gerado pela própria corrente elétrica que passa pelo condutor. Como
consequência do efeito pelicular, a densidade de corrente é maior na periferia do condutor. Para
condutores com diâmetros relativamente pequenos, a reatância indutiva e o efeito pelicular têm influência
limitada e este método produz uma aproximação aceitável.
Dimensionamento de condutores
CD: 9 . 1,58 . 0,003 = 0,04 Volts máximo, então será adotado o condutor
O componente de uma instalação que propicia um meio envoltório, ou invólucro, aos condutores
elétricos é chamado conduto. Dentre os diversos tipos de condutos, destacam-se os eletrodutos,
como aqueles que têm maior aplicação nas instalações elétricas, sobretudo, podemos encontrar
outros tipos de condutos, tais como calhas, bandejas metálicas, prateleiras, blocos alveolados,
canaletas, etc.
Os eletrodutos têm as seguintes funções numa instalação elétrica:
• Propiciar aos condutores proteção mecânica;
• Propiciar aos condutores proteção contra ataques do meio ambiente, sobretudo contra
corrosão ou ataques químicos oriundos de ações da atmosfera ou agentes agressivos
dispersos no meio ambiente (sais, ácidos, gases, óleos, etc.);
• Fornecer ao meio uma proteção contra os perigos de incêndio resultantes de eventuais
superaquecimentos dos condutores ou arcos voltaicos;
• Proporcionar aos condutores um envoltório metálico aterrado (no caso de eletrodutos
metálicos), a fim de evitar perigos de choque elétrico.
Dimensionamento de eletrodutos
Dimensionamento de eletrodutos
Classificação
A) Quanto ao material:
• Não metálicos: PVC, plástico com fibra de vidro, polipropileno, polietileno de alta densidade e
fibrocimento;
• Metálicos: aço carbono galvanizado ou esmaltado, alumínio e flexíveis de cobre espiralado.
B) Quanto à flexibilidade:
• Rígidos;
• Flexíveis.
C) Quanto à forma de conexão:
• Roscáveis;
• Soldáveis.
D) Quanto à espessura da parede:
• Leve;
• Semipesado;
• Pesado.
Dimensionamento de eletrodutos
Instalação
Os eletrodutos, calhas e blocos alveolados podem conter condutores de mais de um circuito, nos
seguintes casos:
1. Quando as três condições seguintes forem simultaneamente atendidas:
- Os circuitos pertençam à mesma instalação, isto é, originem-se do mesmo dispositivo geral de
manobra e proteção, sem a interposição de equipamentos que transformem a corrente elétrica;
- As seções nominais dos condutores fase estejam contidas em um intervalo de três valores
normalizados sucessivos;
- Os condutores isolados e os cabos isolados tenham a mesma temperatura máxima para serviço
contínuo.
2. No caso dos circuitos de força e de comando e ou sinalização de um mesmo equipamento:
- Nos eletrodutos, só devem ser instalados condutores isolados, cabos unipolares ou cabos
multipolares, admitindo-se a utilização de condutor nu em eletroduto isolante exclusivo, quando tal
condutor destinar-se a aterramento.
Dimensionamento de eletrodutos
Dimensionar o trecho de eletroduto de PVC rígido roscável, mostrado na figura abaixo, no qual deverão
ser instalados os seguintes circuitos:
- Circuito 1: 2 # 4 mm2 T 4 mm2;
- Circuito 2: 3 # 6 mm2 (6 mm2) T 6 mm2;
- Circuito 3: 1 # 2,5 mm2 (2,5 mm2);
Solução:
a) Seção total ocupada pelos condutores:
Pela tabela 8.1 temos:
# 2,5 mm2: 9,1 mm2
# 4 mm2: 11,9 mm2
# 6 mm2: 15,2 mm2
Logo a área dos condutores vale 2 . 9,1 + 3 . 11,9 + 5 . 15,2 = 129, 9 mm2.
b) Diâmetro nominal do eletroduto. Entrando com o valor de 129,9 mm2 na tabela, coluna de 40 % de
ocupação, teremos o eletroduto de PVC de diâmetro nominal 25 mm2.
Fatores de Projetos Elétricos
Para a realizar um projeto elétrico, por vezes, é necessário a aplicação de alguns fatores de
projeto. Os mais utilizados são:
• Fator de Demanda;
• Fator de Carga;
• Fator de Perda;
• Fator de Simultaneidade;
• Fator de Utilização.
Fatores de Projetos Elétricos
Fator de Demanda
É a relação entre a demanda máxima (D.máx.) do sistema e a carga total conectada (P.inst.)
Fatores de Projetos Elétricos
Fator de Carga
Fator de Perdas
Fator de Simultaneidade
É a relação entre a demanda máxima do grupo de aparelho pela soma das demandas individuais
dos aparelhos do mesmo grupo.
Fatores de Projetos Elétricos
Fator de Utilização
É o fator aplicado a potência nominal do aparelho para se obter a potência média absorvida pelo
mesmo nas condições de utilização.
Fatores de Projetos Elétricos
A potência e a demanda de cargas podem ser calculadas a partir das seguintes equações:
Onde:
Considere uma indústria representada pela figura que segue, sendo os motores do grupo 1 de 75CV, os
motores do grupo 2 de 30CV e os motores do grupo 3 de 50CV , a iluminação da administração e
subestação é composta por 50 lâmpadas incandescentes de 100W e a Fábrica de 160 lâmpadas
fluorescentes de 40W, o total de TUG é de 54 tomadas com 200VA cada. Determine as demandas dos
CCM1, CCM2 QDL e QDF e a potência necessária do transformador da Subestação, considere os motores
como IV pólos. O total de circuitos de Iluminação e tomadas no QDFL é de 25circuitos, sendo 9 circuitos
de tomadas e 10 circuitos de iluminação fluorescente e 5 circuitos de iluminação incandescente. O QDFL
está sendo alimentado pelo CCM1 e o CCM’s alimentados pelo QDG.
Fatores de Projetos Elétricos
Exemplo:
Solução:
No quadro de Luz e Tomadas QDFL, temos:
• 160 Lâmpada fluorescentes de 40Wcom reator duplo (2x40)
• 50 lâmpadas incandescente de 100W.
• 54 Tomadas TUG de 200VA
Divisão dos circuitos para realizar o equilíbrio nas fases:
• Lâmpadas Fluorescentes = 10 circuitos
• Lâmpadas Incandescentes = 5 circuitos
• Tomadas monofásicas = 9 circuitos
Número de dispositivos por circuito:
• Fluorescentes = 16 lâmpadas fluorescentes por circuito
• Incandescentes = 10 lâmpadas incandescentes por circuito
• Tomadas = 6 tomadas por circuito
Fatores de Projetos Elétricos
Exemplo:
Fatores de Projetos Elétricos
Exemplo:
Fatores de Projetos Elétricos
Exemplo:
Solução:
Determinando o número de circuitos reserva no QDFL:
• Pela tabela 59 da NBR 5410, temos 24 circuitos, logo:
• Número de circuitos reserva = 4
Determinado o valor da corrente dos circuitos reserva:
Solução:
Assim temos que a potência do QDFL será:
Adotando o FP
médio de 0.9
Solução:
O cálculo do Fator de demanda para o QDFL é realizado para dimensionar o disjuntor geral do QDFL:
A NBR 5410 estabelece que os condutores vivos devem ser protegidos por um ou mais
ser devidamente coordenadas, de modo que a energia que o dispositivo de proteção contra curtos-
circuitos deixa passar, por ocasião de um curto, não seja superior à que pode suportar, sem danos,
Conforme a NBR 5410 devem ser previstos dispositivos de proteção para interromper toda
corrente de sobrecarga nos condutores dos circuitos antes que esta possa provocar um
Onde:
IB é a corrente de projeto do circuito;
IN é a corrente nominal do dispositivo de proteção;
IZ é a capacidade de condução de corrente dos condutores;
I2 é a corrente que assegura efetivamente a atuação do dispositivo de proteção; na prática, a
corrente I2 é considerada igual à corrente convencional de atuação para disjuntores.
Nota: A condição b é aplicável quando for possível assumir que a temperatura limite de
sobrecarga dos condutores não seja mantida por um tempo superior a 100 h durante 12 meses
consecutivos, ou por 500 h ao longo da vida útil do condutor. Quando isto não for ocorrer, a
condição b deve ser substituída por I2 ≤ IZ .
Proteção de Instalações
A NBR 5410 estabelece que devam ser previstos dispositivos de proteção para interromper toda
corrente de curto-circuito nos condutores dos circuitos, antes que os efeitos térmicos e
mecânicos dessa corrente possam tornar-se perigosos aos condutores e suas ligações.
As correntes presumidas de curto-circuito devem ser determinadas em todos os pontos da
instalação julgados necessários, nos quais serão aplicados os dispositivos de proteção.
Recomendações:
a. O dispositivo de proteção deve ter capacidade de ruptura compatível com a corrente de curto-
circuito presumida no ponto de sua instalação:
b. O dispositivo de proteção deve ser rápido o suficiente para que os condutores do circuito não
ultrapassem a temperatura limite:
Proteção de Instalações
Onde:
IR é a corrente de ruptura do dispositivo de proteção;
ICS é a corrente de curto-circuito no ponto da instalação do dispositivo;
TDD é o tempo de disparo do dispositivo de proteção para o valor de ICS;
T é o tempo limite de atuação do dispositivo de proteção, sem segundos;
S é a seção do condutor em mm2;
K é a constante relacionada ao material do condutor e da isolação do condutor, sendo:
K = 115 para condutores de cobre com isolação de PVC;
K = 135 para condutores de cobre com isolação EPR ou XLPE;
K = 74 para condutores de alumínio com isolação de PVC;
K = 87 para condutores de alumínio com isolação de EPR ou XLPE.
Proteção de Instalações
Dimensionar o dispositivo de proteção para o circuito abaixo, a seguir, sabendo que o mesmo é constituído
de condutores unipolares de cobre com isolação de PVC, está instalado em eletroduto de PVC embutido
em alvenaria e que a corrente presumida de curto-circuito no ponto de instalação do referido dispositivo
de proteção é de 2 kA.
Solução:
1. Sobrecarga:
a) IB ≤ IN ≤ IZ
IB = 24 A; IZ = 32 A (ver tabela) =>24 <= IN <= 32 => IN = 25 A (condição atendida).
b) I2≤1,45. IZ
Dimensionar o dispositivo de proteção para o circuito abaixo, a seguir, sabendo que o mesmo é constituído
de condutores unipolares de cobre com isolação de PVC, está instalado em eletroduto de PVC embutido
em alvenaria e que a corrente presumida de curto-circuito no ponto de instalação do referido dispositivo
de proteção é de 2 kA.
2. Curto-circuito:
a) IR≥ ICS
Para resolver este problema necessitamos recorrer às tabelas de fabricantes, onde estarão indicadas
as características nominais e curvas de atuação dos dispositivos de proteção. Utilizando, como
exemplo, disjuntores termomagnéticos do fabricante Bticino, linha supertibra 5, vemos que o
disjuntor monopolar de corrente nominal 25 A, 110 ou 220 V, apresenta uma capacidade de
interrupção de 5 kA (ver Tabela 2.37).
Dimensionar o dispositivo de proteção para o circuito abaixo, a seguir, sabendo que o mesmo é constituído
de condutores unipolares de cobre com isolação de PVC, está instalado em eletroduto de PVC embutido
em alvenaria e que a corrente presumida de curto-circuito no ponto de instalação do referido dispositivo
de proteção é de 2 kA.
Proteção de Instalações
Dimensionar o dispositivo de proteção para o circuito abaixo, a seguir, sabendo que o mesmo é constituído
de condutores unipolares de cobre com isolação de PVC, está instalado em eletroduto de PVC embutido
em alvenaria e que a corrente presumida de curto-circuito no ponto de instalação do referido dispositivo
de proteção é de 2 kA.
2. Curto-circuito:
b)
Consultando a curva característica do disjuntor supertibra (ver Fig. 2.34), observamos que para uma
corrente de curto-circuito presumida de valor igual a 2 kA, teremos:
Em seguida:
Parte viva é a parte condutora, pertencente à instalação elétrica, que em condições normais, apresenta
ou pode apresentar diferencial de potencial elétrico em relação à terra. O potencial da terra é, por
convenção, considerado zero. Nas linhas elétricas utilizamos a terminologia condutor vivo.
Massa é o conjunto de partes metálicas não destinadas a conduzir corrente, eletricamente interligadas
e isoladas das partes vivas. É a parte da instalação que pode ser tocada facilmente, e que em condições
normais não apresenta diferença de potencial em relação à terra, porém, em casos de faltas ou defeitos,
a massa pode vir a transformar-se em parte viva. São considerados massa, as carcaças e invólucros
metálicos de equipamentos elétricos, os eletrodutos metálicos etc.
Elemento condutor estranho à instalação é o elemento que não faz parte da instalação, mas que nela
pode introduzir um potencial elétrico, normalmente o potencial de terra. São exemplos: estruturas
metálicas de construções, as tubulações metálicas de utilidades (água, ar condicionado, gás etc.) e as
paredes e pisos não isolantes. No caso dos choques elétricos, o corpo humano constitui um elemento
condutor estranho à instalação.
Proteção de Instalações
Tetanização;
Parada respiratória;
Queimadura;
Fibrilação ventricular.
Proteção de Instalações
A compreensão dos aspectos conceituais da proteção contra choques elétricos é ponto-chave para
o entendimento das regras pertinentes da NBR 5410.
Assim, a regra fundamental da proteção contra choques — indistintamente, para produtos e
instalações é que:
• Partes vivas perigosas não devem ser acessíveis;
• Partes condutivas acessíveis( massas ) não devem oferecer perigo, seja em condições
normais, seja em particular, em caso de alguma falha que as tornem acidentalmente vivas.
Da regra fundamental exposta conclui-se, portanto, que a proteção contra choques elétricos deve
ser garantida através de duas disposições protetoras, ou duas “linhas de defesa”, quais sejam:
Proteção básica - que assegura a proteção contra choques elétricos em condições normais, mas
que é suscetível de falhar, devendo essa possibilidade de falha ser levada em conta;
Proteção supletiva - que assegura a proteção contra choques elétricos em caso de falha da
proteção básica.
Proteção de Instalações
Isolação básica – Isolação aplicada às partes vivas, destinada a assegurar proteção básica contra
choques elétricos. Ela não inclui, necessariamente, a isolação utilizada exclusivamente para fins
funcionais.
Dupla isolação – Isolação compreendendo, ao mesmo tempo, uma isolação básica e uma isolação
suplementar.
Isolação reforçada – Isolação única, aplicada às partes vivas, que assegura um grau de proteção
contra choques elétricos equivalente ao da dupla isolação. A expressão “isolação única” não implica
que a isolação deva constituir uma peça homogênea. Ela pode comportar diversas camadas
impossíveis de serem ensaiadas isoladamente, como isolação básica ou como isolação suplementar.
Proteção de Instalações
Eqüipotencialização de proteção – Num equipamento, significa que as partes que compõem a massa
do equipamento (já que raramente a massa é uma peça única) devem constituir um conjunto
equipotencial, provido, ademais, de meios para conexão a um condutor de proteção externo. Note-se
que, por definição, compõem a massa do equipamento todas as partes condutivas (de material
condutor!) que podem ser tocadas e que não são normalmente vivas, mas que podem se tornar vivas
em caso de falta. Deve também ser integrada a esse conjunto equipotencial qualquer blindagem de
proteção, se existente.
Separação de proteção – Separação entre circuitos por uma proteção básica e uma proteção
supletiva, ou solução equivalente. Isso significa que o circuito protegido deve ser separado de outros
circuitos alguns meios.
Proteção de Instalações
Blindagem de proteção – Blindagem condutiva interposta entre as partes vivas perigosas de uma
instalação, sistema ou equipamento e a parte (da instalação, sistema ou equipamento) objeto da
proteção. A blindagem deve integrar a eqüipotencialização do equipamento ou instalação e, portanto,
deve dispor de, ou estar ligada a, meios de conexão ao condutor de proteção. Enfim, quando uma
separação de proteção é realizada por meio de blindagem de proteção , os condutores dos circuitos
a serem separados devem sê-lo, por exemplo, por uma blindagem metálica.
Ligação Equipotencial
Proteção de Instalações
C) Circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam vir a alimentar
equipamentos no exterior;
Admite-se que sejam excluídos, na alínea a), os circuitos que alimentem aparelhos de iluminação
posicionados a uma altura igual ou superior a 2,50 m; e, na alínea d), as tomadas de corrente
claramente destinadas a alimentar refrigeradores e congeladores e que não fiquem diretamente
acessíveis.
Proteção de Instalações
A. Podem ser instalados dispositivos DR na proteção geral da instalação e/ou nas proteções
individuais de circuitos terminais;
B. Quando tivermos dispositivos DR na proteção geral e nos circuitos terminais, deverá ser
feita uma coordenação buscando a seletividade da atuação. O dispositivo de maior
sensibilidade de atuação ( I∆N ≤ 30mA ) deverá ser instalado no circuito terminal e o de maior
sensibilidade no circuito de distribuição, obedecidos os limites fixados em norma;
C. Recomenda-se o uso de dispositivos DR de alta sensibilidade, como medida adicional na
proteção contra contatos diretos;
D. Utilização de DR’s de alta sensibilidade na proteção de aquecedores elétricos de locais
contendo banheira ou chuveiro;
E. Utilização de DR’s de alta sensibilidade ( I∆N ≤ 30mA ) na proteção de circuitos em
eletrodutos metálicos embutidos em áreas de piscinas.
Proteção de Instalações
Principio de funcionamento
Proteção de Instalações
Como classificar?
Sensibilidade (baixa/alta);
Atuação (instantânea/temporizada);
O que é sobretensão?
É um pulso ou uma onda de tensão que se sobrepõe à tensão nominal da rede. Esta pertuba os
equipamentos e produz radiação eletromagnética. Além disso, a duração da sobretensão provoca um
pico de energia nos circuitos elétricos, o qual pode destruir equipamentos.
Proteção de Instalações
O que é sobretensão?
Os sistemas elétricos estão sujeitos a sobretensões tanto de origem externa ao sistema, como são
as sobretensões provocadas por descargas atmosféricas, quanto de origem interna, que são aquelas
originadas por uma manobra ou ocorrência na própria rede elétrica.
As sobretensões de origem atmosférica resultam da incidência direta de uma descarga atmosférica
ou através de um processo indireto por acoplamento ou indução nos condutores. Estas sobretensões
se propagam pelas por eles podem alcançar os equipamentos de uma instalação, dependendo de uma
série de fatores. Um aspecto marcante destas sobretensões é a sua duração (da ordem de
microssegundos), a qual, associada à velocidade de propagação, faz com que sobretensões de
magnitudes diversas apareçam nos diferentes pontos.
Já as sobretensões de origem interna resultam de alguma alteração na condição operativa do
sistema. Esta alteração pode envolver a abertura ou fechamento de alguma chave (secionadora ou
disjuntor), ou então uma ocorrência no sistema (curto-circuito, rejeição de carga, etc...).
Proteção de Instalações
Tipos de sobretensão?
Sobretensão temporária;
Sobretensão de manobra;
Sobretensão de atmosférica.
Proteção de Instalações
A proteção contra sobretensão numa instalação elétrica é feita através da adoção de um Sistema
de Proteção contra Descargas Atmosféricas – SPDA. Este pode ser dividido em dois outros
sistemas: i)Aqueles para proteção externa e ii)Aqueles para proteção interna.
O Sistema externo de proteção é utilizado para evitar os incêndios e as degradações que poderão
ser ocasionadas por um impacto direto da descarga atmosférica sobre a edificação (para-raio, gaiola
de Faraday).
O Sistema interno de proteção é utilizado para proteger a instalações elétrica e os equipamentos
eletroeletrônicos contra a incidência indireta da descarga atmosférica, isto é, tensões induzidas,
normalmente com o uso dos Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS) . Vale lembrar que tal
dispositivo não protege contra sobretensões temporárias, somente transitórias. A função do DPS é
escoar a sobretensão causada pela descarga atmosférica e limitar a sobretensão a um valor que não
seja perigoso para a instalação elétrica e equipamentos.
Proteção de Instalações
O SPDA externo é descrito pelas normas NBR-5419 e IEC-61024-1 para proteger as edificações
contra efeitos diretos dos raios. Entretanto, não evita danos elétricos aos equipamentos
instalados no interior da edificação. A função do para-raios é transferir o potencial do solo para a
parte superior, capturar e conduzir a corrente ao eletrodo de terra, que dependendo do volume de
material metálico e área dissipará a maior parte desta energia.
Proteção de Instalações
Subsistema Captor
Tem a função de receber os raios, reduzindo ao mínimo a probabilidade da estrutura ser atingida
diretamente por eles. Deve ter capacidade térmica e mecânica para suportar o calor gerado no ponto de
impacto, bem como os esforços eletromagnéticos resultantes. A corrosão pelos agentes atmosféricos
também deve ser levada em conta no dimensionamento, de acordo com o nível de poluição e o tipo de poluente
da região.
Subsistema de Descida ou Baixada
Tem a função de conduzir a corrente do raio recebida pelos captores até o aterramento, reduzindo ao mínimo
a probabilidade de descargas laterais e de campos eletromagnéticos perigosos no interior da estrutura.
Subsistema de Aterramento
Tem a função de dispersar no solo a corrente recebida dos condutores de descida, reduzindo ao mínimo a
probabilidade de tensões de toque e de passo perigosas; deve ter capacidade térmica suficiente para
suportar o aquecimento produzido pela passagem da corrente e, principalmente, deve resistir à corrosão
pelos agentes agressivos encontrados em diversos tipos de solos.
Proteção de Instalações
Captor tipo Franklin - Oferece um volume abrangido por um cone, tendo como vértice o ponto mais
alto do captor e a geratriz forma um ângulo com o eixo vertical. Este ângulo é escolhido de acordo
com o grau de proteção desejado;
Captor tipo Gaiola de Faraday - É formado por um fio captor que percorre toda a extensão da
instalação, envolvendo-a completamente;
Tipo Franklin
Proteção de Instalações
Gaiola de Faraday
Proteção de Instalações
Modelo Eletrogeométrico
Proteção de Instalações
B.1.1 Estruturas especiais com riscos inerentes de explosão, tais como aquelas contendo gases ou
líquidos inflamáveis, requerem geralmente o mais alto nível de proteção contra descargas
atmosféricas;
B.1.2 Para os demais tipos de estrutura, deve ser inicialmente determinado se um SPDA é, ou não,
exigido. Em muitos casos, a necessidade de proteção é evidente, por exemplo: a) locais de grande
afluência de público; b) locais que prestam serviços públicos essenciais; c) áreas com alta
densidade de descargas atmosféricas; d) estruturas isoladas, ou com altura superior a 25 m; e)
estruturas de valor histórico ou cultural.
Proteção de Instalações
B.1.3 Este anexo apresenta um método para determinar se um SPDA é, ou não, exigido, e qual o
nível de proteção aplicável. No entanto, alguns fatores não podem ser avaliados e podem
sobrepujar todas as demais considerações. Por exemplo, o fato de que não deve haver qualquer
risco de vida evitável, ou de que os ocupantes de uma estrutura devem se sentir sempre seguros,
pode determinar a necessidade de um SPDA, mesmo nos casos em que a proteção seria
normalmente dispensável. Nestas circunstâncias, deve recomendar-se uma avaliação que
considere o risco de exposição (isto é, o risco de a estrutura ser atingida pelo raio), e ainda os
seguintes fatores:
a) o tipo de ocupação da estrutura;
b) a natureza de sua construção;
c) o valor de seu conteúdo, ou os efeitos indiretos;
d) a localização da estrutura;
e) a altura da estrutura.
Proteção de Instalações
O que é um DPS?
O DPS ou Dispositivo Protetor contra Surto é o dispositivo preconizado pela norma ABNT 5410 e
5419 para proteger as instalações elétricas e os equipamentos eletroeletrônicos contra surtos,
sobretensões ou transientes diretos ou indiretos, independentemente da origem, se por descargas
atmosféricas ou por manobras da concessionária.
Os Dispositivos de Proteção contra Surtos são equipamentos capazes de permanecer invisíveis aos
circuitos quando em regime normal e atuar rapidamente abrindo um caminho de baixa impedância
assim que for detectada uma sobretensão.
Proteção de Instalações
O que é um DPS?
Proteção de Instalações
Tipos de DPS
Por comutação ou disparo. Neste caso, o elemento principal é o centelhador. Existem também modelos a
tiristor;
Por limitação. É a tecnologia mais popular: varistor ou diodos zener (ou tranzorb);
De tipo combinado. É obtido através da ligação dos dois primeiros em série ou em paralelo.
Proteção de Instalações
Classes de DPS
Classe I: os DPS Classe I permitem eliminar os efeitos diretos causados pelas descargas atmosféricas. O
DPS Classe I é instalado obrigatoriamente quando a edificação está protegida por um Sistema de Proteção
contra Descargas Atmosféricas (SPDA), conhecido como para-raios. Os ensaios do DPS Classe I são
realizados com uma corrente de choque impulsional (limp) de forma de onda 10/350 µs. Ele deve ser
instalado com um dispositivo de desconexão a montante (tipo disjuntor), cuja capacidade de interrupção
deve ser no mínimo igual à corrente máxima de curto-circuito presumida no ponto da instalação.
Classe II: os DPS Classe II são destinados a proteger os equipamentos elétricos contra sobretensões
induzidas ou conduzidas (efeitos indiretos) causados pelas descargas atmosféricas. Os ensaios do DPS
Classe II são efetuados com corrente máxima de descarga (Imáx) de forma de onda 8/20 µs. Ele pode ser
instalado sozinho ou em cascata com um DPS Classe I ou com outro DPS Classe II; também deve ser
instalado com um dispositivo de desconexão a montante (tipo disjuntor), cuja capacidade de interrupção
deve ser no mínimo igual à corrente máxima de curto- circuito presumida no local da instalação.
Classe I+II: Os DPS Classes I + II asseguram a proteção contra os efeitos diretos e indiretos causados
pelas descargas atmosféricas, no mesmo produto.
Classe III: os DPS Classe III são destinados à proteção fina de equipamentos situados a mais de 30 m do
DPS de cabeceira. O DPS Classe III é testado com uma forma de onda de corrente combinada 1,2/50 µs e
8/20 µs.
Proteção de Instalações
Instalação em situação AQ2, ou seja, instalações com alimentação por rede total ou
parcialmente aérea (risco indireto) e mais de 25 dias de trovoada/ano, ou;
Instalação em situação AQ3, ou seja, partes da instalação situada no exterior (risco direto)
Notas:
• Para edificações de uso individual (casa) existentes, com atendimento em baixa tensão, o DPS
pode ficar junto à caixa de medição, desde que a barra PE usada para conexão dos DPS seja
interligada ao BEP, conforme item 6.4.2.1, sendo que, a caixa de medição não deve estar a mais
de 10m do ponto de entrada;
• DPS adicionais para proteção de equipamentos sensíveis (TI) podem ser instalados, desde que
haja coordenação a montante e jusante;
• DPS não instalados em quadros de distribuição (isto é, incorporados à tomadas) devem ter suas
presença indicadas por meio de etiquetas ou similar, na origem ou o mais próximo possível da
origem do circuito no qual se encontra inserido.
Proteção de Instalações
Disposição de um DPS
Proteção de Instalações
Tensão Nominal(Un);
Corrente de Impulso(Iimp);
Corrente de Curto-circuito(Ik);
Esquema de aterramento.
Proteção de Instalações
Conceito
Classificação - Motores
Motores Elétricos
Partes Integrantes
Motores Elétricos
Configuração de ligação
b) Circuito de distribuição;
Configuração de ligação
i. Dispositivo de comando;
Tipos de Ligação
Triângulo – Maior tensão
Tipos de Ligação
Motores Elétricos
Tipos de Ligação
Tipos de Ligação
Motores Elétricos
Métodos de Partida
Corrente de partida é um termo técnico utilizado para designar a corrente elétrica demandada por
uma máquina elétrica (motor) no intervalo de tempo denominado de partida, que vai desde o instante inicial
em que a energia elétrica é conectada aos terminais da máquina elétrica e então o seu rotor principia o
movimento a partir da velocidade zero, até o instante final em que a plena velocidade correspondente é
atingida pelo rotor.
Esta comporta-se normalmente como um surto de valor elevado, mas que ao longo do intervalo de
tempo da partida varia, reduzindo ao final para um valor menor denominado corrente nominal. A corrente
de partida pode atingir um valor de pico que é várias vezes( até 12 vezes ) maior do que o valor da
corrente nominal e isso se torna um problema tanto do ponto de vista do custo da instalação elétrica
quanto do ponto de vista da qualidade e da eficiência energética.
Deve-se lembrar que à medida que o motor vai vencendo a inércia (resistência da carga) e
aumentando a rotação, a corrente vai diminuindo até chegar ao valor de regime permanente.
Alguns efeitos causados pela partida direta de um motor à plena tensão são citados abaix0:
a) Queda de tensão elevada;
b) Provável cintilação das lâmpadas;
c) Redução no conjugado do motor durante a partida;
d) Sistema de proteção superdimensionado.
Motores Elétricos
Métodos de Partida
Partida direta;
A maioria das concessionárias de energia elétrica exige dispositivo redutor de corrente de partida para
motores com potência superior a 5CV. No caso da Celpe este limite se estende até 7,5CV para tensões de
A Celpe não permite a ligação de motor trifásico com carga superior a 40CV, em tensão secundária de
distribuição.
Motores Elétricos
Métodos de Partida
Partida Direta
Métodos de Partida
Partida Direta
Motores Elétricos
Métodos de Partida
Este método é uma variação daquele utilizado como partida direta. Seu uso é basicamente
direcionado a necessidade de mudança de sentido de rotação de motores trifásicos, basta
inverterem entre si duas fases quaisquer que alimentam o motor. Isso às vezes é
necessário para que uma máquina ou equipamento complete o seu ciclo de funcionamento.
Podemos citar como exemplos portões de garagem, plataformas elevatórias de automóveis,
tornos mecânicos.
Motores Elétricos
Métodos de Partida
Métodos de Partida
Métodos de Partida
Métodos de Partida
Métodos de Partida
Métodos de Partida
Para a partida em série-paralelo é necessário que o motor tenha duas tensões nominais,
sendo a menor delas igual a da rede a outra duas vezes maior. Neste tipo de ligação, a tensão
nominal mais comum é 220/440 V, ou seja: durante a partida o motor é ligado na configuração
série até atingir sua rotação nominal e, então, faz-se a comutação para a configuração
paralelo.
Neste caso o motor parte com tensão reduzida em suas bobinas. A chave série paralelo
proporciona uma redução de corrente para 25% do seu valor de partida direta; sendo
apropriada para cargas necessariamente em vazio, pois o conjugado de partida fica reduzido a
¼ de seu valor para tensão nominal. É utilizada pata motores de 4 tensões e no mínimo 9
cabos.
Motores Elétricos
Métodos de Partida
Métodos de Partida
Métodos de Partida
Métodos de Partida
Métodos de Partida
Métodos de Partida
NOTAS:
1. Se o motor possuir fator de serviço declarado pelo fabricante e se for prevista a
utilização do motor explorando-se este fator, a corrente de projeto deve ser
considerada no mínimo igual à corrente nominal do motor, nas condições de utilização,
multiplicada pelo fator de serviço. O fator de serviço é sempre maior que um;
2. Para motores com mais de uma potência e/ou velocidade nominais, a corrente nominal do
motor a ser considerada é a que corresponde à maior potência e/ou velocidade.
Onde,
Iz = capacidade de condução de corrente do condutor;
Im = corrente nominal do motor;
fs = fator de serviço.
Motores Elétricos
O dimensionamento dos condutores que alimentam motores deve ser tal que, em regime
permanente, as quedas de tensão nos terminais do motor e em outros pontos de utilização
da instalação não ultrapassem os limites estabelecidos em 6.2.7.1.
Motores Elétricos
NOTAS:
1. O dimensionamento dos condutores que alimentam motores deve ser tal que, durante a
partida do motor, a queda de tensão nos terminais do dispositivo de partida não
ultrapasse 10% da respectiva tensão nominal, observados os limites de 6.2.7.1 para os
demais pontos de utilização da instalação.
2. Em certas aplicações, a queda de tensão nos terminais do dispositivo de partida do
motor pode ser superior a 10% da respectiva tensão nominal, de modo a não prolongar o
tempo de aceleração do motor.
3. Para cálculo da queda de tensão, o fator de potência do motor com rotor bloqueado pode
ser considerado igual a 0,3.
4. Para proteção contra quedas ou faltas de tensão, ver 5.5.
Motores Elétricos
Proteção
Sobrecarga
A proteção contra correntes de sobrecarga de circuitos que alimentam motores pode ser
provida por um dos seguintes meios:
a) dispositivos de proteção integrados ao motor, sensíveis à temperatura dos enrolamentos;
b) dispositivos de proteção externos ao motor, sensíveis à corrente do respectivo circuito.
Proteção
Curto-circuito
Quando os condutores dos circuitos que alimentam motores forem protegidos contra
correntes de sobrecarga por dispositivos que se limitem a essa proteção, como relés térmicos,
a proteção contra correntes de curto-circuito, conforme 5.3.5, pode ser assegurada por
dispositivo de proteção exclusivamente contra curtos-circuitos, observadas as disposições de
6.3.4.3.
NOTA: Dispositivos que provêm proteção exclusivamente contra curtos-circuitos podem ser
disjuntores equipados apenas com disparadores de sobrecorrente instantâneos ou dispositivos
fusíveis com característica gM ou aM.
Critérios de seleção
Potência;
Rendimento;
Frequência de alimentação;
Método de partida;
Grau de proteção( IP );
Classe de isolamento;
Agressividade do ambiente.
Motores Elétricos
Critérios de seleção
Placa de identificação
Esquemas de Aterramento
Introdução
A proteção por seccionamento automático da alimentação é a principal medida de medição
supletiva contra contatos indiretos, prescrita pela NBR-5410. Destina-se a evitar que uma tensão
de contato superior a uma tensão de contato-limite se mantenha por um tempo que possa resultar
em risco de efeito fisiológico adverso as pessoas. Tal proteção se baseia, fundamentalmente, em
duas condições:
a. Existência de percurso para corrente de falta fase-massa, o qual depende do tipo de esquema
de aterramento;
b. Seccionamento da corrente de falta por um dispositivo de proteção que atue no tempo
adequado.
Esquemas de Aterramento
Introdução
Conceito
Esquemas de Aterramento
Conceito
De acordo com a NBR 5410, as instalações elétricas de baixa tensão devem obedecer, quanto aos
aterramentos funcional e de proteção, a três esquemas de aterramento básicos (TT, TN e IT),
designados pela seguinte simbologia:
Tipos
Esquema TT
Esquemas de Aterramento
Tipos
Esquema TT - Considerações
O percurso de uma corrente fase-massa inclui a terra, o que limita em muito o valor da
corrente devido ao elevado valor da resistência de terra. Essa corrente é insuficiente para
acionar dispositivos de proteção (disjuntores ou fusíveis), mas suficiente para colocar uma
pessoa em perigo;
Esquemas de Aterramento
Tipos
Esquema TT - Considerações
Todas as massas protegidas contra contatos indiretos devem ser ligadas a um ponto único,
A proteção deve ser garantida por dispositivos DR pois representa o único meio adequado
Os condutores PE são separados dos condutores neutro e são dimensionados para a maior
Recomendado para sistemas onde a fonte de alimentação e a carga estiverem distantes uma
da outra.
Esquemas de Aterramento
Tipos
Esquema TN-C
Esquemas de Aterramento
Tipos
O condutor neutro é utilizado também como condutor de proteção e designado como PEN
As massas das cargas elétricas ficam submetidas a potenciais diferentes causadas pelas
tensões geradas devido ao desequilíbrio das cargas e das harmônicas geradas pelas cargas
não lineares;
do potencial zero (de terra, entrada) por conta da passagem de correntes de carga pelo
Tipos
Equipamentos ruidosos inserem no condutor de neutro ruídos que vão atingir equipamentos
sensíveis;
A desconexão automática por falha de isolação deve ser feita por disjuntores( de
ser usados por esta finalidade desde que uma falta de isolação para terra também constitui
um curto-circuito fase-neutro;
Esquemas de Aterramento
Tipos
Devido ao fluxo de corrente criado nas estruturas dos edifícios o risco de incêndio e
Esse tipo de esquema não é permitido para condutores de seção inferior a 10 mm² e para
equipamentos móveis;
Tipos
Esquema TN-S
Esquemas de Aterramento
Tipos
interliga todas as massas da instalação que são compostas, principalmente, pela carcaça dos
equipamentos;
O condutor de proteção é responsável pela condução das correntes de defeito entre fase e
massa;
Essa configuração traz um aspecto relevante para a segurança pessoal, pois como as massas
estão ligadas ao ponto aterrado da fonte diferente do neutro, elas mantêm o mesmo
potencial, que é zero, submetendo o operador do equipamento a uma tensão de toque nula;
O cabo de proteção (PE) fica imune aos resíduos elétricos gerados pelos desequilíbrios das
cargas e as harmônicas geradas pelas cargas lineares que escoam pelo condutor neutro;
Esquemas de Aterramento
Tipos
Embora não haja corrente de carga (retorno) circulando pelo condutor de terra, a elevação
de seu potencial também ocorre ainda que em menor grau. Basicamente isso é causado pelo
condutor de terra por ruídos. A solução para a situação consiste em aterrar o condutor de
A desconexão automática no evento de uma falha de isolação precisa ser proporcionada por
Tipos
Caso a proteção contra contatos indiretos seja fornecida por dispositivo de sobrecorrente
Tipos
Esquema TN-C-S
Esquemas de Aterramento
Tipos
A fonte de alimentação é aterrada, o equipamento tem o seu aterramento que usa um fio
alimentadas pela rede pública de baixa tensão da concessionária de energia elétrica e, quase
sempre, a instalação é do tipo TN-C até a entrada. Do ponto de entrada em diante, o neutro
é aterrado por razões funcionais e segue para o interior da instalação separado do condutor
de proteção (TN-S);
A proteção deve ser garantida por dispositivos DR pois representa o único meio adequado
Tipos
Esquema IT
Esquemas de Aterramento
Tipos
Esquema IT - Considerações
Normalmente utiliza-se uma impedância na ordem de 1000 a 2000 Ohms entre o neutro do
falta a um valor desejado, de forma a não permitir que uma primeira falha desligue o
sistema;
Os condutores PE são separados dos condutores N e são dimensionados para maior corrente
comprometida;
Esquemas de Aterramento
Tipos
Esquema IT - Considerações
A ocorrência de uma segunda falta deve ser tornada altamente improvável pela instalação
No geral, o uso dos sistemas IT fica restrito aos casos onde uma primeira falha não pode
Tipos
Esquema MISTO
Esquemas de Aterramento
Tipos
TN-C x TN-S
Esquemas de Aterramento
Condutor de proteção
O condutor de proteção tem por função o aterramento das massas metálicas de equipamentos
elétricos. O seu dimensionamento visa a proteção de pessoas contra choques elétricos devido a
contatos indiretos, bem como ao desempenho adequado dos dispositivos de proteção, sejam por
sobrecorrente (fusíveis e disjuntores) ou pela corrente diferencial-residual (dispositivo DR).
A seção mínima do condutor pode ser determinada pela expressão abaixo, aplicável apenas
para tempos de atuação dos dispositivos de proteção inferiores a 5 segundos.
Condutor de proteção
? ?
Esquemas de Aterramento
Condutor de proteção
NOTAS:
Conceito
Padrão de entrada
Conjunto de condutores, equipamentos de medição e acessórios compreendidos entre a
conexão com a rede da distribuidora e o circuito de distribuição após o dispositivo de proteção
da unidade consumidora.
Ponto de entrega
Ponto de conexão do sistema elétrico da distribuidora com a unidade consumidora,
caracterizando-se como o limite de responsabilidade de fornecimento.
Ramal de ligação
Conjunto de condutores e acessórios instalados pela distribuidora entre o ponto de derivação
de sua rede e o ponto de entrega.
Ramal de entrada
Conjunto de condutores e acessórios instalados entre o ponto de entrega e a medição.
Ramal de distribuição
Conjunto de componentes elétricos compreendidos entre a medição e o quadro de distribuição
geral da unidade consumidora.
Padrão de Entrada
Conceito
Conceito
Padrão de Entrada
Detalhe
Entrada de Serviço Monofásica Aérea com Travessia de Rua
Detalhe
Entrada de Serviço Monofásica Aérea com Travessia de Rua
Medição no Poste e Ramal de Distribuição Subterrâneo
Padrão de Entrada
Detalhe
Entrada de Serviço Monofásica Aérea com Travessia de Rua
Detalhe
Detalhe
Detalhe
Detalhe
Detalhe
Detalhe
Detalhe
N
A
B
C
IP
Padrão de Entrada
Detalhe
Monofásico Trifásico
Padrão de Entrada
Detalhe
Trifásico
Padrão de Entrada
Emquadramento