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Resumo
Abstract:
The micro and small businesses contribute for our country growth and development. The small
businesses are responsable for great part of job offers and wealth production. even with all those
data, it´s still very large the number of businesses that can´t keep in the market due to the lack of
knowledge and inovation. the objective of this article, despite its limitation, is showing that the
businesses can become sustainable through an entrepreneurial spirit that is attributed to that
sustainability.
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Graduanda em Administração, pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo, U.E. de Lorena.
rojuquim@hotmail.com
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Orientadora do artigo; Doutora em Sociologia -Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; docente da
disciplina Saúde Mental e Trabalho, UNISAL, U.E. de Lorena. uriosterosso@uol.cm.br
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Introdução
Muito tem-se discutido a respeito das micro e pequenas empresas, entretanto um uma questão nos
preocupa: muitas empresas nascem todos os anos e poucas conseguem sobreviver. Este trabalho
tem como propósito demonstrar a importância do empreendedor frente às pequenas empresas,
que a sustentabilidade da mesma pode ter como base a forma de administração de seus
proprietários e gerentes.
Sustentabilidade é um termo relativamente antigo, originário do saber técnico da
agricultura no século XIX (SUNKEL, 2001 apud DALMORO, 2009, p.89).
Um outro conceito muito importante para este estudo é o de empreendedorismo
A idéia de empreendedorismo sustentável tem emergido recentemente e seus parâmetros
ainda não estão completamente definidos pela literatura(DALMORO, 2009, p.92).
Sobre empreendedorismo pode-se dizer que trata-se de uma dimensão significativa
quando aborda-se o tema “sustentabilidade” porque pesquisas acerca do tema de
empreendedorismo sustentável têm ganhado espaço na interação dos campos de
empreendedorismo e desenvolvimento sustentável por ligar o nível micro das atividades
empreendedoras, com as mudanças no nível macro do sistema social-ecológico (TILLEY, 2007,
apud DALMORO, 2009, p. 88).
Este artigo pretende abordar o empreendedorismo como o grande fator responsável pela
sustentabilidade das pequenas empresas no Brasil. O administrador do pequeno negócio precisa
ser um empreendedor, inovador, capaz de se adaptar às mudanças rápidas no cenário econômico.
Sendo as micro e pequenas empresas mais preocupadas com o empreendedorismo
econômico, o papel do empreendedor inovador é de fundamental importância para tornar o seu
negócio competitivo e sobrevivente no mercado atual.
A sustentabilidade econômica e financeira é elemento essencial para o sucesso da
organização. O desenvolvimento sustentável de uma pequena e média empresa requer a definição
de uma política realista, focada nas condições do mercado(ANTONIK, 2004, p. 4).
O objetivo deste artigo é demonstrar a importância da administração sustentável de uma
pequena empresa para o crescimento e desenvolvimento econômico e social de nosso país.
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1 O empreendedor e o empreendedorismo nas pequenas empresas
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Visão global – a satisfação do “cliente” é a chave do sucesso para qualquer empresa, no caso o
cliente não é só o cliente externo, mas os funcionários, os fornecedores e toda a sociedade na qual
a empresa está inserida.
Atualização - estar disposto a aprender sempre, buscando o conhecimento dentro e fora de seu
ramo de atividade, inovando sempre que possível.
“O empreendedorismo é um fenômeno cultural, ou seja, empreendedores nascem por
influência do meio em que vivem. Pesquisas mostram que os empreendedores tem sempre um
modelo, alguém que os influencia”(DOLABELLA, 2006, p.11).
“O empreendedorismo exige devoção, comprometimento de tempo e esforço para que o
negócio possa se transformar em realidade e crescer” (CHIAVENATO, 2008, p.22).
O empreendedor apesar de ser dono de seu próprio negócio está longe de ser
independente, pois trabalha em parceria com sócios, empregados, clientes, fornecedores e sua
própria família. Trabalham muito mais tempo do que se fossem empregados e experimentam um
nível de estresse mais elevado. Porém a maioria considera seu trabalho gratificante e poucos
querem se aposentar.
“O empreendedor se faz por meio de acumulação de habilidades, know how, experiência e
contatos, é possível aprender a ser empreendedor” (DOLABELLA, 2006 ).
Numa pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM-2003), são comparados o grau
de empreendedorismo de cada povo. As porcentagens da população entre 18 a 64 anos que se
dedicam ao empreendedorismo são:
México 18,7
Austrália 15,6
Nova Zelândia 15,2
Coréia do Sul 15.
Brasil 14,2
Irlanda 12,2
Estados Unidos 11,7
Cingapura 5,2
Japão 5,1
Bélgica 4,6
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No Brasil , como mostra a pesquisa, mais de 14% da população adulta está envolvida em
alguma atividade empreendedora. Seja por independência financeira ou por simples
sobrevivência, entre 1985 e 2001, mais de oito milhões de empresas foram registradas nas juntas
comerciais do país.
“O mercado recompensa o empreendedor que tem visão estratégica, criador de soluções e
inovações, zeloso no atendimento ao cliente e que sabe como gerir o negócio com
profissionalismo e seriedade” (CHIAVENATO, 2008, p.14).
Quando se pensa em empreendimento de sucesso, há uma busca incessante em definir
uma estratégia eficaz para obtê-lo.
No Brasil, a partir de 1990, com a abertura do mercado brasileiro à competição
estrangeira, são observadas transformações na estratégia mercadológica das empresas nacionais.
O mercado globalizado impõe novos desafios para as empresas que tentam sobreviver na
atualidade: desenvolver vantagens competitivas e sustentáveis, ou seja, algo que o consumidor
perceba como um diferencial entre um produto de uma empresa e o da concorrência.
“Segundo recentes pesquisas, o atendimento de qualidade ao cliente é o que determinará o
crescimento das empresas na próxima década” (ABDALLA, 2006).
O empreendedor geralmente escolhe seu ramo de atuação de acordo com suas afinidades,
habilidades e experiência profissional, fazendo do seu negócio o melhor para ele, pois consegue
juntar a experiência e seus conhecimentos com as necessidades do mercado.
As empresas de hoje precisam aprender a administrar para empreender, hoje é
responsabilidade social fazê-lo.
A liderança numa empresa de pequeno porte, muitas vezes é exercida pelo proprietário, já
que as empresas são menores e suas estruturas muito simples. O empreendedor precisa estar em
busca de atualizações constantes , procurando a satisfação de todos os envolvidos nos negócios,
os chamados stakeholders.
“Os líderes devem ser estudantes vitalícios, a procura de novos meios de aprender,
acreditam e investem nas pessoas. Organizam equipes com enfoque no cliente, celebrando os
sucessos e encorajando a colaboração, lideram pelo exemplo.”(WHITELEY, 1999, p.16).
A Administração moderna precisa ser empreendedora, conforme relata Drucker:
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A Administração empreendedora exige administração diferente daquela que existe. Mas,
como a existente, ela requer administração sistemática, organizada e deliberada. E
embora, as regras básicas sejam as mesmas para qualquer organização empreendedora, a
empresa em atividade, a instituição de serviço público e as novas iniciativas de risco
apresentam desafios diferentes, tem problemas diferentes e precisam se resguardar de
tendências degenerativas diferentes. E há necessidade também de que todos os
empreendedores, enfrentem com determinação decisões sobre seus próprios papéis e seus
próprios compromissos (DRUCKER 1998, p.197).
A cada ano que passa, aumenta o nível de escolaridade dos profissionais que trabalham
em micro e pequenas empresas. Segundo os dados, entre os anos 2002 e 2006, houve um
crescimento significativo nas contratações de profissionais com Ensino Médio e Superior
Completo. Foi constatada entre estes trabalhadores ainda uma grande redução do analfabetismo.
Alguns dados do Serviço Brasileiro de Apoio a Pequenas e Micro Empresas (Sebrae)
mostram que, em 2002, as microempresas do País registravam que, do total de empregados
(5.238.031), 28% tinham o Ensino Médio completo, o que corresponde a 1.466.649 trabalhadores
com esse nível de escolaridade. Já em 2006, essa proporção aumentou para 37,9% de um total de
6.179.810 empregados, o que corresponde a 2.342.148 pessoas.
O número de profissionais com Ensino Superior completo nas microempresas também
aumentou. Em 2002, apenas 3,8% do quadro de funcionários tinham faculdade. Em 2006, o
percentual subiu para 4,7%, o que equivale a 290.451 empregados com Ensino Superior
completo.
A contratação de mão-de-obra mais qualificada pode indicar a preocupação por parte dos
microempresários em relação ao nível de competitividade, cada vez maior.
A busca por profissionais qualificados também reflete o aumento no número de
empreendedores no País com nível superior completo e incompleto. O empreendedor que
procura se qualificar e está aberto a inovações tem maiores chances de estar atualizado, de
procurar soluções baseadas em estudos e não em suposições, aumentando suas chances de
sobrevivência num mercado cada vez mais exigente. A informação reduz a incerteza e melhora o
desempenho. Ela é arma estratégica da empresa moderna e o empreendedor deve saber utilizá-la.
Um administrador experiente, com boa instrução que utiliza procedimentos gerenciais
sistemáticos certamente tem maiores chances de obter sucesso em seu empreendimento.
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A classificação das pequenas e micro empresas, segundo a Lei Geral das Micro e
Pequenas empresas (2006), toma como critério o faturamento bruto anual; para ser considerada
micro empresa, seu faturamento bruto anual deve ser igual ou inferior a R$ 240.000,00 ( duzentos
e quarenta mil reais); já as pequenas empresas o faturamento bruto anual deve ser superior a R$
240.000,00 ( duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 ( dois milhões e
quatrocentos mil reais).
A Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas dá um tratamento especial a estas empresas,
facilitando sua gestão, diminuindo a burocracia e contribuindo para o desenvolvimento
econômico do país.
Faz-se necessário um pequeno comentário da lei para a compreensão de alguns aspectos
importantes da mesma.
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2.1.1 Principais pontos da Lei Geral
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A sustentabilidade econômica e financeira é elemento essencial para o sucesso da
organização. O desenvolvimento sustentável de uma pequena e média empresa requer a definição
de uma política realista, focada nas condições do mercado (ANTONIK, 2004, p. 4).
Considerações Finais
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Referências
LOPES JR, Gumercindo Sueiro. SOUZA, Eda Castro Lucas de.Atitude Empreendedora em
Proprietários-Gerentes de Pequenas Empresas. Construção de um instrumento de
medida.
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Disponível em:REAd-Revista Eletrônica de Administração, 2005 –www.read.adm.ufrgs.br
Data do acesso:11/07/2009
OLIVEIRA, Leandro Dias de. A ideologia do desenvolvimento sustentável, notas para reflexão.
Disponível em :www.unicamp.br/cemarx/.../comunica%E7%F5es/.../gt3m1c3.pdf
Data do acesso:07/09/2009
WHITELEY, Richard C. A empresa totalmente voltada para o cliente. Rio de Janeiro, Campus,
1999.
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