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Projecto Educativo, Ciêntifico e

Cultural
Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua própria produção ou a sua
construção.

Paulo Freire

-1-
Índice
Índice de Figuras ............................................................................................... - 3 -

Índice de Quadros ............................................................................................. - 3 -

Introdução ......................................................................................................... - 5 -

I - Caracterização da Organização Educativa ................................................. - 14 -

II - Diagnóstico Estratégico............................................................................. - 26 -

III - Visão, Missão e Valores .......................................................................... - 40 -

IV - Objectivos e Metas .................................................................................. - 46 -

V - Estatuto Orgânico do Instituto Superior Politécnico NimiYaLukeni ....... - 49 -

VI - Parcerias e Protocolos .............................................................................. - 99 -

VII - Áreas Qualificação (cursos a abrir) ...................................................... - 101 -

VIII - Estratégia de Comunicação e de Divulgação ...................................... - 122 -

Anexo I–Logótipo ......................................................................................... - 125 -

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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Extensão Territorial da província do Zaire .............................................. - 15 -
Figura 2 – Modelo de crescimento sustentado do INSPOTEC................................... - 34 -

ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1 - Distribuição Da População Por Municípios (Censo 2014) ..................... - 16 -
Quadro 2 - Distribuição da População Estudantil do ensino secundário, na província
do Zaire em 2016 ........................................................................................................ - 17 -
Quadro 3 - Distribuição da População Estudantil do ensino secundário, no Soyo em
2016 ............................................................................................................................ - 18 -
Quadro 4 - Distribuição de alunos pelas Escolas Secundárias de II Ciclo ............... - 20 -
Quadro 5 - Análise SWOT do INSPOTEC .................................................................. - 30 -
Quadro 6 - Objectivos da implementação de uma biblioteca no INSPOTEC ............ - 47 -

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INTRODUÇÃO

Desde 1999 que o governo Angolano se dedica ao processo de descentralização


e desconcentração. Este processo tem como objectivo principal criar unidades de
governação local autónomas, designadas por autarquias locais. O Decreto-Lei n.º 2/07,
do Conselho de Ministros examina o processo de desconcentração ao considerar as
administrações municipais, unidades orçamentais institucionalizam os conselhos de
investigação e concertação social como espaços de consulta das administrações,
principalmente em relação às decisões sobre o desenvolvimento local.
Em 2001, deu-se uma mudança a nível legislativo em Angola. Criou-se a Lei de
Bases do Sistema Educativo Angolano e reiniciou-se a democratização política, e com
ela a democratização na administração do sistema educativo e dos estabelecimentos de
ensino não superior, bem como o reconhecimento do papel do líder na escola.
Em função das carências de ordem administrativa e pedagógica,
fundamentalmente, detectadas no actual Sistema de Educação, conceberam-se a luz da
Lei de Bases do Sistema de Educação aprovado pela Assembleia Nacional aos 31 de
Dezembro de 2001, novos materiais pedagógicos incluindo os Sistemas de Avaliação
das Aprendizagens que visam a substituição gradual dos actuais.
O Decreto nº2/05 de 14 de Janeiro aprova o plano de implementação progressivo
do novo sistema de educação. Conforme expressa o decreto, através do seu artigo 2º, a
implementação do novo sistema de educação far-se-á em 5 Fases:
1. Preparação
2. Experimentação
3. Avaliação e Correcção
4. Generalização
5. Avaliação Global
Podendo as mesmas coexistirem entre elas:
1. Fase de preparação. Com esta etapa pretendeu-se criar condições e realizar
actividades para a aplicação do novo sistema de educação, nomeadamente:
a)“Elaboração de novos planos e programas curriculares; b) Formação do pessoal
docente e gestores escolares; c) Aquisição de meios de ensino e de equipamentos
escolares; d) Adequação de sistemas de administração e gestão de instituições de
ensino; e) Construção e reabilitação de estabelecimentos de ensino” (Artigo 3º).

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2. Fase de experimentação. Esta fase serviu para aplicar experimentalmente os
novos planos e programas curriculares e os materiais pedagógicos em escolas
seleccionadas.
3. Fase de Avaliação e Correcção. Esta fase serve para identificar insuficiências
e a adequação dos currículos.
4. Fase de Generalização. Esta fase traduz-se na aplicação dos novos currículos
(perfis de saída, planos de estudo, programas de ensino e materiais pedagógicos) em
todos os estabelecimentos de ensino não superior do País.
5. Fase de Avaliação Global. Nesta fase procede-se à avaliação de todo o
sistema.
Incorporado numa das grandes metas, existe uma necessidade constante de se
evoluir ao nível da governação, pois este é um requisito indispensável para diminuir a
pobreza e assegurar o desenvolvimento sustentável. Com as sucessivas legislações sobre
Governação Local em Angola, a província de Zaire deve adoptar cada vez mais, novas
estratégias integradas para que esta governação a nível local possa ajudar a resolver os
grandes desafios que são o desenvolvimento, a fim de poder promover o
desenvolvimento sustentável. Tudo isto tem envolvido os demais estabelecimentos
activos bem como as suas parcerias com os actores incluindo órgãos do Estado, o sector
privado e as comunidades, para que se possa cumprir com as suas responsabilidades.
Assim sendo, o Plano de Desenvolvimento Integrado (PDI) incide sobre
centralizar o novo sistema de desenvolvimento do Governo Local e, representa ainda,
uma base principal para se adoptar mais estratégias que levem à inclusão e que se torne
responsável pela satisfação das necessidades dos seus munícipes.
A elaboração deste Plano tem como objectivo principal reforçar a necessidade
de elaboração de um modelo de gestão e promoção do desenvolvimento local centrado
no combate à pobreza sendo este articulado com as directrizes da Estratégia de Combate
à Pobreza do Executivo Angolano, como se pode ler no Decreto- Lei n.º 1/07, do
Conselho de Ministros. Este decreto orienta que todos os municípios devem ser
transformados em unidades orçamentais autónomas. Este foca também que é atribuída
uma maior autonomia das diversas administrações municipais do país, que embora
ainda sem autoridade para gerir receitas locais, transforma-as também em unidades
orçamentais autónomas.

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De acordo com a LBSE (2001) os níveis do Sistema de Educação em Angola
são:
-Nível Primário,
-Nível Secundário
- Nível Superior(LBSE, art.º.10º-2).

Ao nível do Ensino Superior os objetivos são:


(i) Preparar os quadros com formação científico-técnica;
(ii) Preparar em ramo/especialidade área do conhecimento;
(iii) Realizar a formação com investigação científica;
(iv) Realizar formação para desenvolvimento do País;
(v) Preparar/assegurar a reflexão crítica e da participação;
(vi) Realizar pós-graduação ou especialização;
(vii) Promover a pesquisa e a divulgação de resultados.
De acordo com os dados do NGRSES (Decreto n.º 7/09, de 7 de Abril) a
natureza e organização do subsistema de ensino superior é constituído por
universidades, academias, institutos superiores e escolas superiores
As Linhas Mestras para a Melhoria da Gestão do Subsistema do Ensino
Superior (Resolução nº 4/07, de 2 de Fevereiro) que visa promover a qualidade do ES e
na normalização do funcionamento das IES. Esta intervenção assentou em quatro eixos:
a) Consolidar a estratégia e a visão a privilegiar no ES;
b) Reforçar a base jurídico-institucional do subsistema do ES;
c) Melhorar os recursos humanos, materiais e financeiros do ES;
d) Promover a actividade académica e pedagógica e expandir a rede de ES a
todo o país.
A fundamentação teórica e estratégica destas Linhas Mestras delineou todo o
processo de reorganização da rede de IES, a criação de nova IES, bem como o
redimensionamento da UAN, implementada em 2009, segundo os Decretos n.º 5/09, de
7 de Abril e nº 7/09, de 12 de Maio. Este foi um ponto de viragem para o ES Angolano,
que passou a ter uma nova constituição e organização, baseados na distribuição da rede
de IES em sete Regiões Académicas, situando-se em cada uma das regiões uma

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universidade pública. Este Instituto Politécnico será criado na Região académica III e
constituiu um exercício de descentralização e de autonomização administrativa e
pedagógica deoutros Núcleos Universitários situados em outras províncias.
O Plano de Desenvolvimento Provincial do Zaire (2013/2017) orientador das
políticas de actuação do Governo Provincial e dos seus Serviços Executivos,
dosserviços da Administração Local do Estado, assim como das Administrações de
Municípios eComunas. Este documento deve servir ainda de referência para outros
agentes dedesenvolvimento em actividade na Província do Zaire.
Este plano abrange uma realidade que pode ser encarada sob diversas formas,
tais como um exercício obrigatório do Sistema de Planeamento Nacional (Lei nº 1/11)
que obrigaà sua execução.Nessa acepção formal teremos de referir que será elaborado
em consonância com opreceituado na lei e nas regras ditadas pelo Sistema Nacional de
Planeamento, cumprindoo estipulado nas orientações que foram sendo dadas
relativamente à sua elaboração.Cumpre também referir que na sua elaboração será
levada em linha de conta a EstratégiaNacional, inserindo‐se assim todas as medidas
preconizadas dentro das PolíticasEstratégicas Nacionais, evidentemente com as nuances
próprias da Província, como nãopodia deixar de acontecer e que, estamos certos, vão
constituir um contributoenriquecedor para pluralidade do todo Nacional. E também uma
agregação ordenada de medidas de políticas concretizadas em Projectos quantificados e
programados temporalmente. Esta agregação, só por si, constituirá uma mais‐valia para
quem quiser perspectivar a evolução da Província até 2017, com intuitos económicos ou
de análise social, numa visão que se pode entender como executiva e que nos dá uma
reflexão estratégica sobre os caminhos a trilhar para o desenvolvimento desta província
tendo em conta uma análise SWOT1, de forma a promover através de umaumento da
equidade de rendimento e pela promoção do emprego, numa óptica de Crescimento
Económico diversificado tendo em conta as suas potencialidades, e ao mesmo tempo as
suas debilidades. Os programas para o desenvolvimento definidos passam pela
consideração deobjectivos que dinamizem a excelente posição geográfica da Província e
a cultura comercialdas suas gentes, ao mesmo tempo que cuidam das problemáticas da
falta de rendimentoadequado e do desemprego de grandes franjas da população.

1
ou Análise FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) (em português) é uma ferramenta utilizada para
fazer análise de cenário (ou análise de ambiente), sendo usada como base para gestão e planeamento estratégico de
uma corporaçãoou empresa.
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A criação do Instituto Superior Politécnico “NimiYaLukeni” (INSPOTEC)
enquadra um plano de desenvolvimento do sector que contempla a formação de quadros
docentes e pessoal técnico da IES e o incentivo à pesquisa científica como medidas
políticas necessárias para a melhoria da qualidade da gestão dos Estabelecimentos de
Ensino Superior (ES) em Angola. Neste sentido, desenvolvemos este projecto que
integra melhoramento e construção de novas infra-estruturas (instalações, bibliotecas,
lares, laboratórios, equipamentos, investigação científica, formação e aumento de
quadros docentes diferenciados) de acordo com o estipulado pelo MESCT (2010).
No que respeita à nomeação do gestor (Director geral) desta instituição
seguiremos o previsto no exercício democrático, o que confere à Assembleia da UO
competências para a eleição de três candidatos (artº. 1º, alínea g) do Decreto n.º 90/09,
de 15 de Dezembro). Este acto legislativo simboliza a afirmação do poder central sobre
a universidade e pode-se considerar o ponto de viragem para os ES em Angola.
O Projecto Educativo (PE) é um documento elaborado para toda a Comunidade
Educativa, que tem por objectivo organizar a acção educativa da instituição.
Contextualiza a missão, a visão e os valores orientadores que suportam as finalidades e
os objectivos operacionais da instituição que somos, retratando assim a
sua identidade. É o instrumento de planeamento estratégico da instituição e organizador
das metas pedagógicas que deverão ser referências e compromissos de toda a equipa
educativa.
Assenta numa prática pedagógica baseada em modelos de educação activos,
dinâmicos e positivos, numa atitude construtiva de diálogo e parcerias.
“A função do projecto educativo é servir de referência a uma dinâmica de
transformação do estabelecimento educativo que visa em última instância, o benefício
dos alunos” (DEB p.109).
É um meio de projecção de uma imagem que pretendem ser de organização,
qualidade e competência.
Os actuais desafios sociais exigem uma resposta adequada e coerente com as
medidas propostas para educação sendo, portanto, imperativo que sejamos capazes de
garantir a eficácia pedagógica e social através do empenho, esforço e trabalho de todos
os membros da comunidade educativa para que assim se constituam responsáveis pelas
boas práticas da instituição.

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Como tal, neste Projecto Educativo (PE) são indicadas as linhas gerais de
actuação, que incluem o Projecto Curricular (PC). O PC será o padrão de referência do
nosso instituto e assentará num eixo comum do currículo nacional.
É importante que cada escola construa o seu próprio projectoeducativo no
contexto da comunidade em que se insere, ao invés de se focar num modelo único e
uniforme de gestão.
No campo da educação o projecto educativo e projecto pedagógico estão na
origem de outros projectos, com significados diferentes e campos de aplicação distintos.
É nele que são previstos todos recursos necessários como: recursos materiais, humano e
financeiro, e possíveis previsões futuras de actuação, com o objectivo de melhorar a
qualidade do ensino.Para que um projecto educativo possa ser um instrumento
operatório, torna-se indispensável que o mesmo integre, no seu processo de elaboração,
a mais ampla participação da comunidade educativa relativamente aos diferentes
aspectos da educação e formação, nomeadamente organização escolar, relação
pedagógica, recursos humanos e materiais, a fim de que todos os seus membros sintam
que o projecto lhes pertence e façam dele um instrumento de trabalho contínuo.
Considerando que o projecto educativo deve servir também para chamar os
empregadores a colaborar no desenvolvimento do processo formativo, no sentido de
melhor responder às necessidades locais de formação, devem estes ser ouvidos sobre os
cursos necessários para responder a essas necessidades. Finalmente, dado que os pais e
encarregados de educação necessitam de escolher a escola onde vão colocar os seus
educandos e os cursos que melhor garantam o seu futuro, devem aqueles ser inquiridos
no desenvolvimento do processo sobre o tipo de educação e formação que gostariam de
ver para os seus filhos, a fim de que se possam conhecer as suas aspirações e
preocupações.
O Projecto Educativo de Escola enquanto instrumento de planificação da acção
educativa e de construção da identidade própria de cada estabelecimento de ensino
obriga a uma concepção da escola como uma “organização que continuamente se pensa
a si própria.
Ao definir a visão estratégica do que se pretende e a visão interpretativa da sua
missão, este Projectotem essencialmente o objectivo de criaro Instituto Politécnico
deNimiYaLukeni, e explorar a sua capacidade de implementação naprovíncia do Zaire,
de modo a que seja feita uma reflexão sobre as suas funções, os seus problemas e as

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formas de os solucionar. Só nesta concepção o Projecto Educativo de Escola fará
sentido e permitirá ao Instituto alcançar a sua autonomia. Nesta perspectiva o processo
de concepção e implementação do Projecto Educativo deste Instituto é um processo de
implicação de pessoas que, em colectivo, de uma forma permanente e contínua que
efectuam uma constante análise dos seus objectivos e decidem sobre as soluções de
continuidade ou de mudança e avaliam as consequências das suas decisões.
A metodologia de trabalho deve ser participativa e desenvolveu-se numa
perspectiva ascendente e descendente. Ascendente quando se tratou de recolher
informação e opinião, descendente quando se tratou de traçar as orientações essenciais
para o desenvolvimento do projecto educativo e de submeter as conclusões e linhas
orientadoras do projecto a um processo de validação e aprovação. O processo esteve
centrado na auscultação da comunidade, mediante a produção de instrumentos de
recolha de informação (inquéritos) com os diferentes membros da comunidade, bem
como em reuniões alargadas com Directores das escolas secundárias e dos Institutos
Médios de Educação e Formação, para discussão e validação de uma estratégia de
implementação.
Numa fase preliminar constituiu-se um grupo de trabalho e reunião da equipa do
projecto educativo onde se discutiu e definiu o caminho a seguir, do modelo de projecto
a desenvolver, da metodologia de trabalho a utilizar, dos recursos disponíveis, das
pessoas a ouvir, dos documentos de recolha de informação a elaborar. Num 2.º
momento foram recolhidas as informações nas bases de dados existentes (internas e
externas), análise documental, elaboração de inquéritos e outros documentos para
recolha de informação e por último desenvolvido o tratamento dos dados obtidos,
elaboração do diagnóstico estratégico e uma reflexão para que possa ser submetido a
aprovação pelo órgão competente.
Sendo assim, o projecto que apresentamos está estruturado da seguinte forma:
(i) Diagnóstico estratégico tendo em vista a implementação do projecto
educativo;
(ii) Visão e Missão, além das finalidades educativas definidas pela
legislação e pela política governativa, uma vez que esta instituição
têm filosofias próprias, e dotadas de uma cultura específica por se
encontrar situado numa localidade com problemas sociais
particulares;

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(iii) Objectivos e Metas orientadores da sua acção, para que se possa
avaliar do grau de execução e eficácia do projecto. Para tal foi
fundamental construir indicadores de medida para aferir os resultados
obtidos e o grau de consecução dos objectivos;
(iv) Caracterização da Organização Educativa através de um organigrama
da organização e do modo como se processa a comunicação entre os
diferentes sectores da instituição. Bem como serão elaborados os
critérios de constituição de turmas, bem como da organização dos
horários de alunos e professores e do calendário escolar e uma
distribuição lectiva diferenciada;
(v) Parcerias e Protocolos, pois o sucesso da educação depende, cada vez
mais, da existência de parcerias com outras instituições, sejam elas
operadoras de educação e formação, sejam instituições públicas
locais, sejam empregadores. A existência de redes, de parcerias de
formação, de protocolos de cooperação é indispensável para o
sucesso do projecto educativo. As redes podem desenvolver-se quer
no plano nacional quer no plano internacional. A aprendizagem e o
emprego desenvolvem-se cada vez mais num plano transnacional.
Não se trata de apresentar uma lista exaustiva dos possíveis
parceiros; mas sim uma breve referência aos que consideramos mais
significativos;
(vi) Áreas e Mobilidades de Qualificação que deem uma perspectiva da
oferta educativa generalista e mostrar que se teve um cuidado grande
na articulação destes factores para apresentar uma oferta consistente
e coerente. A oferta formativa,apresentada está dependente de
factores externos à escola, tais como a empregabilidade dos cursos, a
oferta da rede e a autorização ou o financiamento para a abertura de
novas turmas. Como tal, não apresentamos uma oferta formativa
concreta, pois esta não consta do documento do projecto educativo,
porque não é um elemento estratégico, mas sim a aposta numa
determinada área de especialização, bem como tipologia de ensino.
Assim, a oferta escolar e formativa será elaborada pelos futuros

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coordenadores pedagógicos, de cada área específica e remetida para
os planos de actividade.
(vii) Monitorização e Avaliação do Projecto Educativo para aferir como
será analisado o seu grau de eficácia e retroagir no sentido de
estabelecer as necessárias correcções e aperfeiçoamentos. Em
qualquer projecto educativo deve definir-se a forma do seu
acompanhamento e monitorização da execução, bem como da sua
revisão. (viii) Estratégia de Comunicação e de Divulgação que
apresenta e promover este projecto educativo junto dos diferentes
segmentos de público-alvo, de modo a que se conheçam melhor as
profissões e as actividades desenvolvidas em cada curso e se possa
avaliar a oferta existente e assim tomar uma decisão mais consciente
e eficaz para o seu futuro.
Constarão como elementos complementares deste projectoa legislação referente
à criação deste instituto.
Depois de aprovado este projecto será divulgado através da internet, edição
impressa para distribuição, acções públicas de divulgação, etc.
Contudo, será feito um acompanhamento através da avaliação do grau de
execução do projecto educativo através de mecanismos de auto-avaliação, a fim de
proceder aos respectivos ajustamentos no decorrer do processo, com vista à preparação
da sua futura revisão.
Este trabalho poderá ser desenvolvido no âmbito da equipa de auto-avaliação da
escola, quando formada, competindo a esta equipa de criação doprojecto educativo a
análise dos resultados apresentados.
Nesse sentido, desenvolvemos umprojectoque contivesse os elementos
essenciais que permitam dar a conhecer não só a cultura e identidade próprias da
organização educativa a que nos propomos criar em concreto, mas também a sua
estratégia tendente à execução de uma oferta curricular coerente no sentido de satisfazer
as necessidades do meio económico e social em que o estabelecimento será inserido.
A elaboração deste projecto não pode deixar de assentar numa ideia de
universidade. Uma tal ideia, em que a Instituição no seu conjunto se deve reconhecer,
há de incidir sobre os princípios, o posicionamento, a cultura institucional, a
organização e o modelo de gestão.

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I

CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO EDUCATIVA

1.1 Enquadramento Territorial da Província do Zaire

O balanço do exercício com base no decreto nº64/01 de 26 de Outubro que rege


o processo de execução das acções inseridas no plano de desenvolvimento
socioeconómico do País traduzido pelos pressupostos dos Programas de melhoria das
condições básicas das populações, Combate a pobreza e do Programa de Investimentos
Públicos (PIP) do Governo Provincial do Zaire, instrumentos sobre os quais se guiou a
actividade governativa da província no ano 2012. Decorrente da exigência legal
estabelecida em matéria de gestão da coisa pública, cuja materialização ao longo dos
doze meses resultaram na compilação do presente relatório.

1.1.1 Geografia
A Província do Zaire situada na região Noroeste do território Nacional, do oeste
a leste, a província estende-se por três zonas fisiográficas, nomeadamente a pene
planície litoral, o sub planalto do Congo e a Serra de Canda.
Tem a sua capital na cidade de M’Banza Kongo, dividindo-se
administrativamente em 6 municípios que, por sua vez, se subdividem em 25 comunas e
711 aldeias.
Situada no extremo noroeste de Angola, a província do Zaire tem uma superfície
de 40.130 quilómetros quadrados.

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Figura 1 – Extensão Territorial da província do Zaire

Faz fronteira a norte com a República Democrático do Congo (150 km de


fronteira fluvial, pelo rio Zaire, e 180 km de fronteira terrestre) e a oeste com o Oceano
Atlântico numa extensão de 250 km de costa. No leste e no sul, faz fronteira com as
províncias do Uíge e do Bengo respectivamente. Geologicamente a Província do Zaire
localiza-se na bacia sedimentar do baixo Congo, que no contexto geológico regional
integra o Golf da Guine. Nesta bacia onde ocorre a exploração de importantes depósitos
de Hidrocarbonetos.
No interior da Província afloram diversas formações rochosas que compõem o
escudo cristalino da bacia sedimentar do baixo Congo, com a seguinte composição
litológica, areia, arenitos, basaltos, burgau, calcários tanto calicitos como dolomíticos,
dioritos, granitos, gnaisses, Sienitos, Alcali monzonitos, Alcali feldspatos granitos
mormente chamados por rochas ornamentais, quartzitos, lateritas, rochas asfálticas, e
minerais como, o quartzo, areias silicosas, a bauxite, cobre, mercúrio, pirita, calcopirita,
guano, chumbo, água mineral, fosfatos etc. Pela heterogeneidade litológica, químico-
mineral desse embaçamento cristalino, podemos aferir a ocorrência de vários depósitos
minerais, que carecem de uma prospecção geologia detalhada para definição dos tipos
de depósitos, reservas, teores dos mineiros e a viabilidade técnica económica.
A província enquadra-se na região de clima tropical quente, com duas estações
bem definidas: a estação de chuvas (Novembro – Maio) e a estação seca (Junho –
- 15 -
Outubro): A pluviosidade é mais elevada de uma maneira geral no interior (até 1.300
mm por ano em M’Banza Congo) do que na costa (cerca de 600 mm por ano).
Geologicamente, a zona noroeste da província é caracterizada pela bacia sedimentar do
rio Zaire e da plataforma continental ao longo da costa. Encontram-se aí importantes
jazigos de petróleo, que são de longe a fonte principal de riqueza da província. A
província possui um enorme potencial de águas constituído por 32 rios e 67 lagoas
permanentes durante todo ano.

1.1.2 Demografia
A província do Zaire caracteriza-se pelo efectivo populacional. Hoje com o novo
censo realizado pelo Executivo Angolano através do Instituto Nacional de Estatística-
INE, em 2014, aprovíncia do Zaire conta com mais 570.000 habitantes.
Dados actuais indicam que os municípios mais populosos são os de M'Banza-
Congo e do Soyo, com aproximadamente 23% e 32%, respectivamente, da população
global da província.Tal como se pode verifcar no Quadro 1.

Quadro 1 - Distribuição Da População Por Municípios (Censo 2014)

Município População % Sobre Total Densidades (hab/Km2)

Mbanza Kongo 173.850 31% 23


Soyo 218.193 38% 39
Nzeto 44.440 8% 4
Tomboco 43.303 8% 5
Nóqui 22.826 4% 4
Kuimba 64.613 11% 19

Total 567.225 100% 14

A densidade populacional é substancialmente mais elevada no município do


Soyo (cerca de 17 habitantes por Km2) relativamente aos outros municípios.
A densidade populacional é fraca, cifrando-se (segundo as fontes atrás referidas)
em 6,2 habitantes por quilómetro quadrado. Os povos da província - os Mussurongos e
Sorongos no litoral e Muxicongos no interior – fazem parte do grupo etnolinguístico
Bakongo. A população estudantil na Província do Zaire, a frequentar o ensino
secundário é de cerca de 45.000 alunos e no Soyo de 39.000 alunos, tal como
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apresentamos no Quadro 4 a distribuição da População Estudantil do ensino secundário,
na província do Zaire em 2016 e no Quadro 2 e 3 no Soyo. Pelo que a existência de dois
institutos superiores de educação, não conseguem de forma alguma dar resposta a esta
densidade da população estudantil.

Quadro 2 - Distribuição da População Estudantil do ensino secundário, na

província do Zaire em 2016

MUNICÍPIO NÍVEIS CLASSES TURMAS ALUNOS MATRICULADOS PROFESSORES SALAS

MF F MF F
ESCOLAS PÚBLICAS
II CICLO DO 10ª CLASSE 15 894 318
ENSINO 11ª CLASSE 11 767 254
SECUNDÁRIO 56 3 19
12ª CLASSE 8 617 322
SUB TOTAL 34 2278 894 56 3 19
ESCOLA DE 10ª CLASSE 7 339 98
FORMAÇÃO
11ª CLASSE 8 356 86
DE 47 5 13
PROFESSOR. 12ª CLASSE 6 210 39
MBANZA
KONGO 13ª CLASSE 5 158 33
SUB TOTAL 26 1063 256 47 5 13
ESC. DE 7ª CLASSE 1 37 15
ADMINISTRAÇ 8ª CLASSE 2 64 32
ÃO E 9ª CLASSE 2 73 30
GESTÃO 10ª CLASSE 10 489 228 63 11 17
11ª CLASSE 10 434 180
12ª CLASSE 9 365 153
SUB TOTAL 34 1462 638 63 11 17
ESCOLA DE 10ª CLASSE 11 575 341
FORMAÇÃO 11ª CLASSE 7 370 203. 58 3 7
DE TÉCNICO
DE SAÚDE
SUB TOTAL 18 945 544 58 3 7
TOTAL ESCOLAS PÚBLICAS 944 38.179 16.784 995 156 465
(incluindo ensino básico e pré
escolar)
ESCOLAS COMPARCIPADAS
II CICLO DO 10ª CLASSE 242 79 7 3 0
ENSINO SUB TOTAL 242 79 7 3 0
SECUNDÁRIO

TOTAL ESCOLAS 32 4.080 1.980 98 35 45


COMPARCIPADAS (incluindo
ensino básico e pré escolar)
TOTAL GERAL 45.237 20.000 1093 191 510

- 17 -
Quadro 3- Distribuição da População Estudantil do ensino secundário, no Soyo

em 2016

MUNICÍPIO NÍVEIS CLASSES TURMAS ALUNOS MATRICULADOS PROFESSORES SALAS

MF F MF F
ESCOLA PÚBLICA
I CICLO DO 7ª CLASSE 26 1320 659
ENSINO 8ª CLASSE 30 1181 594 121 121
SECUNDÁRIO 41
9ª CLASSE 24 836 405
SUB TOTAL 80 3337 1658 121 48
II CICLO DO 10ª CLASSE 29 1362 504
ENSINO
11ª CLASSE 25 1458 754
SECUNDÁRIO 78 3 29
12ª CLASSE 16 973 407
SUB TOTAL 69 3793 1665 78 3
ESCOLA DE 10ª CLASSE 8 555 296
FORMAÇÃO
11ª CLASSE 7 465 252 45 9 12
DE
PROFESSORES 12ª CLASSE 6 369 188
13ª CLASSE 5 204 100
SUB TOTAL 26 1593 836 45 9
INSTITUTO 10ª CLASSE 5 452 144
POLITÉCNICO 11ª CLASSE 3 155 49 19 3 12
SUB TOTAL 8 607 193 19 3
TOTAL ESCOLAS PÚBLICAS 670 28.431 13.684 627 284 348
(incluindo ensino básico e pré
escolar)
SOYO ESCOLAS COMPARCIPADAS
7ª CLASSE 29 1273 606 96 33 58
I CICLO DO 8ª CLASSE 27 1166 598
ENSINO
SECUNDÁRIO 9ª CLASSE 14 841 424
SUB TOTAL 70 3280 1628 96 33 58
II CICLO DO 10ª CLASSE 7 416 172
ENSINO 11ª CLASSE 5 219 87 9 2 20
SECUNDÁRIO
SUB TOTAL 12 635 259 9 2 20
7ª CLASSE 2 97 62
ENSINO DE 8ª CLASSE 5 207 113 8 2 0
ADULTO
9ª CLASSE 6 243 125
SUB TOTAL 13 547 300 8 2 0
TOTAL ESCOLAS 225 10.199 4.981 225 119 151
COMPARCIPADAS (incluindo
ensino básico e pré escolar)
ESCOLAS PRIVAS ESCOLAS COMPARCIPADAS
I CICLO DO 7ª CLASSE 2 62 34
ENSINO 8ª CLASSE 1 42 36 15 1 0
SECUNDÁRIO
9ª CLASSE 2 48 31
SUB TOTAL 7 152 101 15 1 0

TOTAL ESCOLAS 22 575 325 30 6 12


COMPARADAS (incluindo
ensino básico e pré escolar)
TOTAL GERAL (incluindo 917 39.205 18.990 882 409 511
ensino básico e pré escolar)
- 18 -
1.2 Caracterização da Província de Cabinda (Região Académica III)

A Província de Cabinda situa-se a Norte do território de Angola, constituindo


uma parcela descontinuada do País pela foz do rio Congo e por uma faixa de cerca de
40 km da República Democrática do Congo. A Província ocupa uma área de 7.283 km;
é limitada a Norte e a Nordeste pela República do Congo, a Este e a Sul pela República
Democrática do Congo e a Oeste pelo Oceano Atlântico. A Província de Cabinda
divide-se administrativamente em 4 municípios e 12 comunas, que são: Cabinda,
Cacongo, Buco-Zau, Balize.
A Província de Cabinda está localizada em uma área privilegiada do continente
africano. Banhada por quatro importantes bacias hidrográficas - Chiloango, Lubinda,
Lulondo e Lucola - Cabinda possui cursos de água espalhados em todo seu território,
facilitando os processos de irrigação.
A Província é dividida em duas regiões geomorfológicas principais, uma no
litoral e outra no interior. A primeira zona tem relevo plano, ligeiramente ondulado,
com lagoas e foz pantanosa nos principais rios. A maior parte da faixa litoral é
fragmentada, com penínsulas e baías de diferentes tamanhos, geralmente abertas para o
Norte-Nordeste. Nesta região estão os rios Chiloango, Lubinda, Fubo, LulondoLucola e
Nama. A segunda região morfológica caracteriza-se por altitudes que ultrapassam
400m, onde estão os rios Luali, Loango e Lombe, que formam a rede hidrográfica do rio
Chiloango.
Dos 7.105 Km2 de área, excluídas lagoas e rios, cerca de 64% do território é
formado por terras potencialmente agricultáveis, conferindo à região boas condições de
partida no domínio da produção agrícola.
Diversos estudos, planos e projectos efectuados nos últimos anos na Província
apresentam estimativas diferentes para a população, nenhum deles, como referimos,
com fundamentação estatística consistente. As estimativas em 2011 variavam de 298,9
mil habitantes a 619,5 mil habitantes, segundo dados recolhidos pelas Administrações
Municipais (Relatório de Actividades Anual do Governo Provincial de Cabinda).
Uma variação de mais de 100% para a mesma realidade populacional, induz uma
margem de elevado risco na formatação de políticas sociais e mesmo económicas;
embora a região de Cabinda seja dada a grandes acontecimentos migratórios, seja pela

- 19 -
via da instabilidade nos países vizinhos, seja por via da atracção económica que exerce,
é facto que é crucial dispor-se de dados rigorosos que permitam indicar a dimensão e as
características dos agregados populacionais alvo.
De notar que a população com idade inferior a 18 anos é mais de metade e que por
outro lado, fruto das movimentações populacionais ocorridas, o Município de Cabinda
agrega 80% da população total da Província e a Comuna Sede de Cabinda, 76% do mesmo
total.
É uma concentração fortemente distorcida, que deverá ser ditada pela falta de
oportunidades de trabalho e renda no interior, sobretudo no ambiente rural, bem como pela
atracção da cidade sede da província. Embora seja universal a tendência de concentração da
população nas maiores cidades dos países em desenvolvimento, revela-se estratégico que a
nível de Cabinda, se desenvolvam acções que contrariem esta tendência, promovendo
acções de fixação de população no interior, como a criação de emprego para jovens,
desenvolvimento de projectos que modernizem as urbes do interior, deslocalização de
serviços e eventos para fora da sede provincial, bem como incentivos que conduzam à
instalação de novas indústrias no interior, sem menosprezar a modernização das práticas
agrícolas, o desenvolvimento de serviços públicos, a implantação de níveis escolares mais
elevados, etc..
No II ciclo do ensino secundário, os dados do ano lectivo 2012, em termos de défice
de salas é razoável, como se pode verificar no Quadro 4, em 2 das 11 unidades escolares
existentes:

Quadro 4- Distribuição de alunos pelas Escolas Secundárias de II Ciclo

N/O Nome da Nº de Nº de Capacidade Alunos Necessidades


Escola Alunos salas da Escola Excedentes em salas
01 PUNIV 8358 30 4050 4308 48
02 IMEC* 3508 25 3375 133 02
TOTAL 11866 55 7425 4441 50

Fonte. IMEC (Instituto Médio de Economia de Cabinda)

À data, temos na Província de Cabinda, um total de 11 escolas com 177 salas;


como se prevê a existência de 35 mil alunos em 2017, será necessário construir mais 82
salas, pois a necessidade será de 259 salas.

- 20 -
Quanto ao apetrechamento, o Governo Provincial tem garantido o mobiliário
escolar, sempre que se necessita e quando se constrói uma escola.
Nota-se quase a ausência total das salas de informática nas escolas do ensino
primário, excepto em quatro escolas no município de Cabinda.
A inexistência de laboratórios em todas as escolas do I ciclo. Os existentes no
ensino secundário II ciclo, a sua maioria não funcionam por falta de reagentes, técnicos e
professores habilitados.
Em horário laboral, o instituto superior, ISCED tem inscritos um total de 1.257
alunos, com a seguinte distribuição: Pedagogia (235), Psicologia (219), Matemática (179),
História (211), Biologia (182), Língua Portuguesa (142) e Língua Inglesa (89). Por outro
lado, a Faculdade de Economia tem 722 alunos, a Faculdade de Direito 355, a Faculdade de
Medicina tem 365 alunos e o ISPC tem 225 alunos. E em horário pós-laboral, tem um total
de 1.149 de alunos inscritos, dos quais: Pedagogia (368), Psicologia (268), Matemática
(136), História (208) e Biologia (169), Nesse mesmo horário, a Faculdade de Economia tem
561alunos, a Faculdade de Direito 232 e o ISPC tem 115 alunos.
Face à procura destes estabelecimentos de ensino, a Província de Cabinda não
consegue dar resposta a esta massa estudantil. E necessita de reforçar a oferta destes
serviços, havendo expectativas que a Iniciativa Privada possa responder a esta procura não
satisfeita. Uma vez que ainda não houve investimento privado nesta área, contamos que
entre 25% a 35% da população estudantil que frequenta o ensino secundário, se desloquem
para o INSIPTEC, de modo a concluírem o seu ciclo de estudos.

1.3 Caracterização do INSPOTEC

O Instituto Superior Politécnico NimiYaLukeni, abreviadamente designado por


INSPOTEC é nos termos da lei uma pessoa colectiva de direito público/privado. Com
estatuto de estabelecimento privado, goza de autonomia científica, pedagógica,
administrativa, financeira, disciplinar, patrimonial e prestação de serviços a
comunidade, nos termos da legislação em vigor no subsistema de ensino superior.O
INSPOTEC é de âmbito regional e desenvolve as suas actividades na Região
Académica III, em que esta inserida na Província do Zaire, que terá a sua sede no
município do Soyo.
O INSPOTECserá uma instituiçäo de ensino superior integrado no subsistema de
ensino superior, que tem por objecto o desenvolvimento de actividades de ensino,

- 21 -
investigaçäo ciêntifica e prestaçäo de serviço á comunidade atraves da promoçäo,
difusäo, transmissäo da ciência e cultura, bem como a promoçäo e realizaçäo da
investigaçäo ciêntifica nas diversas areas do saber. E é tutelado pela Promotora,
AFRAKOMA, LDA, que se encarreguará do planeamento, orientaçäo, coordenaçäo,
supervisäo do processo de formaçäo e implementaçäo da política regional para o
desenvolvimento do ensino superior em Angola. O poder de tutela é exercido nos
termos da legislaçäo em vigor.
Este Instituto Politécnico Superior assume-se neste contexto como uma
Instituição de Educação do ensino superior que institui como âmbito de acção um leque
de áreas científicas e de formação, abarcando as ciências sociais e humanas e as
tecnologias. Isto é, como uma universidade que considera a produção de conhecimento
científico essencial para o desenvolvimento da sua missão, não só porque essa é a
vocação irrecusável da instituição do ensino superior, mas também porque é no
conhecimento novo que deve ser ancorado o ensino e a interacção com a sociedade bem
como uma instituição do ensino superior da educação integral, ou seja, como uma
universidade que se assume como espaço de educação de todos os seus membros e que
tem da acção educativa, designadamente a que se orienta para os seus estudantes, uma
visão não unidimensional, antes sensível à formação do sujeito humano nas dimensões
cognitiva, social, moral, ética, relacional e física.
O INSPOTEC foi construído pela empresa AFRAKOMA, comércio Geral,
Construção Civil e Prestação de Serviços, cuja planta e legenda e reportagem
fotográfica se encontra em anexo II.
Para a criação do INSPOTEC, foi também criado um logótipo que representa,
nas suas cores as riquezas da província: Agricultura, Pesca e Minerais.
Isto é, um instituto em interacção com a sociedade, como uma universidade e
que, não colocará em causa aquilo que representa a sua identidade institucional, não
recusará a abertura às suas múltiplas envolventes, mantendo um diálogo aberto com os
actores económicos, culturais e sociais, valorizando, no horizonte da sua acção, a
necessidade de resposta aos desafios que aqueles lhe colocam.
Será também um instituto de ensino superior em que não recusará a sua inscrição
num contexto regional e nacional específicos, assuma que é inerente ao cumprimento da
sua missão e ao desenvolvimento da sua acção, promovendo a estreita articulação dos
seus projectos com os de instituições de referência.

- 22 -
Também será um institutoparticipado e descentralizado, ou seja, como uma
universidade ao promover, no quadro estatutário, a intervenção de todos os seus
membros e corpos, no debate e escolha das opções que melhor se adeqúem à
prossecução da sua missão e por outro lado serão valorizadas uma gestão eficiente e
eficaz, isto é, que orienta a gestão dos seus recursos humanos, materiais e financeiros
segundo princípios que permitam maximizar os contributos deles derivados para a
realização da missão e dos seus objectivos.
Um outro princípio de referência será o de reconhecer a diversidade daqueles
que a compõem, e que fará uma previsão explicitamente a rejeição de práticas
discriminatórias e promoverá políticas activas de integração das pessoas,
independentemente da sua raça, género, orientação sexual, língua, cultura ou condição
económica e social.
Esta universidade será um instituto de educação superior sustentável que procura
uma utilização equilibrada dos recursos que estão colocados ao seu dispor e que assume
o desenvolvimento de tais práticas como componente da sua acção educativa.
A atractividade de estudantes estrangeiros exige um programa de promoção
internacional, a desenvolver em articulação com universidades de Portugal e Brasil,
entre outras.
O crescimento do número de estudantes há-de ser também conseguido na pós-
graduação, através de cursos, para os quais é expectável um aumento da procura,
embora muito dependente da existência de bolsas de estudo e da formação especializada
e de estudos avançados, em áreas específicas (p. ex., Negócios/Empreendedorismo).
O desenvolvimento dos projectos de ensino no quadro antes referido não deixará
de assumir matizes diferenciados consoante as especificidades dos tipos de projectos a
valorizar, dos públicos-alvo a considerar, das estratégias de promoção, das parcerias
(nacionais e internacionais) sobre as quais ela se estruturará e sobre a língua de ensino a
adoptar.
Os Cursos a abrir deverão ser alvo de análise pelos órgãos de gestão pedagógica
respectivos e decisão de eventual descontinuação, tendo em conta critérios como:
empregabilidade; desempenho científico do departamento/centro associado; custos de
funcionamento; natureza da formação. Não devendo o instituto prescindir da sua
capacidade instalada, por vezes excelente, em áreas de formação que se encontram,
eventualmente de modo episódico, em crise, não deve porém persistir, sem mais, a

- 23 -
oferta de cursos nessas áreas; identificados cursos nestas circunstâncias, devem, em
primeiro lugar, as estruturas de gestão e, depois, o Senado Académico propor ao Diretor
Geral, a descontinuação desses projectos de ensino ou um plano para a sua reconversão
ou promoção.
As iniciativas de interacção com a sociedade deverão ser desenvolvidas em torno
de cinco eixos principais: o crescimento da valorização económica do conhecimento e
da inovação, realizado através da prestação de serviços especializados, do
desenvolvimento do ecossistema de inovação e empreendedorismo, do reforço do
número de patentes, spin-offs2, start-ups3, com expressão no emprego e no volume de
negócios gerado; o aumento da capacidade de incubação empresarial, que implica
parcerias com investidores; a colaboração com escolas secundárias, na promoção da
cultura científica; a interacção cultural, desenvolvida preferencialmente através das
unidades culturais e da sua estrutura de coordenação, o Conselho Cultural; a
diversificação dos mecanismos de interacção com a sociedade, através da actividade
directa, no quadro institucional e do universo das entidades participadas/interfaces, nas
suas múltiplas formas: associações privadas sem fins lucrativos, sociedades
anónimas/sociedades por quotas, cooperativas, fundações, cuja estratégia, actividade e
aspectos financeiros hão-de ser objecto de sistemática avaliação.
No domínio da investigação, este instituto assumirá um quadro orientador que
privilegie a multidisciplinaridade e a agregação da massa crítica para resposta a
problemas da sociedade e a constituição de parcerias nacionais e internacionais bem
como a coordenação e articulação de políticas científicas, a promover no âmbito do
Senado Académico e do desenvolvimento de iniciativas integradas de investigação e o
desenvolvimento de iniciativas integradas de investigação, que garantam que a sua
afirmação como protagonista de respostas aos grandes desafios sociais contemporâneos,
em articulação com as estratégias inteligentes de desenvolvimento regional, envolvendo
aspectos sociais, económicos e tecnológicos associados à saúde, ao envelhecimento e
aos padrões de vida, cidades inteligentes, mobilidade e território, as comunicações e
odesenvolvimento sustentável, considerando questões de energia, construção, utilização
de recursos e aeducação para o desenvolvimento, incluindo os novos desafios e modelos

2
também chamado de derivagem, é um termo utilizado para designar aquilo que foi derivado de
algo já desenvolvido ou pesquisado anteriormente. É utilizado em diversas áreas, como em negócios, na
média, em tecnologia, etc.
3
significa o ato de começar algo, normalmente relacionado com companhias e empresas que
estão no início de suas actividades e que buscam explorar actividades inovadoras no mercado.
- 24 -
de educaçãoao longo da vidarelevando a cidadania, desafios da política e da
comunicação bem como doempresarialismo e da exportação/importação em diversos
sectores.

- 25 -
II

DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO

A afirmação do INSPOTEC tem como condição a coesão institucional, a qual


carece de uma adequada resolução da tensão entre: a estabilidade, necessária à
consolidação do conhecimento e aos mecanismos da sua transmissão, e a mudança,
indissociável do processo de produção do conhecimento e da natureza da sua relação
com os contextos; a autonomia, necessária para permitir a afirmação diferenciada e a
integração, capaz de potenciar projectos multidisciplinares e a optimização de recursos;
estratégias de grupo ou individuais, que consubstanciam a liberdade individual e as
iniciativas de grupos que se insiram nos quadros de referência da Instituição, e as
estratégias institucionais, necessárias para congregar massa crítica, obter economias de
escala e permitir a abordagem multidisciplinar de problemas complexos.
De acordo com o Plano de Desenvolvimento Provincial do Zaire (2013/2017)
Manteve‐se a correspondência terminológica com o Plano Nacional de
Desenvolvimento 2013‐2017, de forma a assegurar a fácil interacção com as Medidas
de Política já existentes, ou que venham a ser lançadas pelo Executivo nos diferentes
Sectores. Os Objectivos Estratégicos da Província inserem‐se na estratégia do Plano
Nacional de Desenvolvimento 2013‐2017, sendo fulcral em ambos o combate ao
Desemprego através do Crescimento e da Diversificação, em que os objectivos
principais são os de:
i) Estancar o fluxo migratório pela melhoria do rendimento familiar;
ii) Desenvolver capital humano para o crescimento diversificado;
iii) Fixar população e promover a cultura como factor de desenvolvimento.

As prioridades de intervenção da província no que concerne à Promoção do


Crescimento Económico, do Aumento de Emprego e de Diversificação Económica
concentram-se em cinco medidas de política: Formação profissional, Formação e
Empreendorismo, Incubadoras de empresas, Financiamento, e Reconversão de
informais.
A formação profissional assume uma importância vital no combate ao
desemprego de forma a capacitar os indivíduos e a inseri-los nas actividades
- 26 -
económicas existentes. Como tal é crucial formar em vários locais da província milhares
de pessoas, principalmente jovens à procura de inserção na vida activa, num conjunto
alargado de profissões e de saberes significativo.
No que concerne ao objectivo financiamentotem como fundamento facilitar o
acesso dos empresários ao crédito para a prossecução de actividades produtivas na
província, principalmente aos jovens que tenham tido um bom percurso de formação
profissional, tendo como medida fulcral a aposta no estudo de projectos para a
construção de Campus universitários, que promovam a investigação aplicada em
Empreendorismo e Desenvolvimento empresarial, nomeadamente no que respeita à
integração das tecnologias.
No Plano de Desenvolvimento Provincial do Zaire (2013/2017) é referenciado
que o número de alunos matriculados em todos os subsistemas de ensino não
universitário está a aumentar significativamente. Os sectores da Agricultura,
Silvicultura e Pecuária, numa lógica familiar de subsistência e de auto‐consumo,
congregam cerca de 80% da população activa da Província e encontra‐se actualmente
em fase de implementação um projecto agro‐industrial no Município do Tomboco.
Desde o início da década, uma sucessão de influxos do país em zonas mais
pobres constituem prova evidente dos problemas ambientais associados aos movimentos
maciços de população. O nossointeresse relativamente a esta questão é claramente
reforçado pelas tendências intelectuais mais abrangentes no combate á alta taxa de
abandono escolar, que provoca a saída de alunos dos vários níveis de ensino na
condição de adultos que, por sua vez, ficaram, portanto, impedidos de continuar a
escolaridade superior que lhes permita uma formação académica superior e a sua rápida
inserção laboral.
Indubitavelmente, nesta província tem-se formado poucos técnicos, tanto a nível
médio como a nível superior, para as necessidades quer de uma região quer de um pais
que pretende sair das garras do subdesenvolvimento e tem quase a dimensão da Europa
Ocidental, daí ser o sector da educação que em Angola, é o sector de eleição, em prol do
desenvolvimento. Como tal, a definição de programas que contribuam para o
desenvolvimento deste região é muito importante, pois sem um rumo bem definido
corremos o risco de adoptar políticas erráticas, que não conduzem a Província ao lugar
pretendido. Nesse sentido a definição de objectivos de desenvolvimento para a criação
do INSPOTEC, integra-se numa perspectiva de médio prazo, definida em coerência

- 27 -
com as grandes linhas de desenvolvimento de longo prazo, que por sua vez tiveram em
conta as potencialidades intrínsecas da Província. Em 2015 no Soyo abriu uma das mais
modernas fábricas de processamento de Gás Natural Liquefeito e existem actualmente
12 empresas de exploração de inertes em funcionamento na Província, estando a
decorrer a montagem de mais 6 unidades que dão e são um forte factor dinamizador das
restantes actividades económicas dando maior potencial à província. No domínio das
telecomunicações, a extensão da fibra óptica a todos os Municípios da Província tem
sido alvo de um acompanhamento de proximidade.
A telefonia fixa foi alvo de uma extensão da sua rede nos Municípios de
M’banza Congo, Soyo e Nzeto. De igual modo, estão já em curso operações
semelhantes nos Municípios do Cuimba, Nóqui e Tomboco. Há contudo ainda muito a
fazer nesta área.Principalmente na criação de novos postos de trabalho, maiores
rendimentos e no combate à desertificação populacional, uma vez que promovem o
desenvolvimento expectável da província e o espírito empreendedor da população e daí
o nosso interesse em investir em educação superior nas áreas sectoriais que as integram,
tais como a gestão e as tecnologias.
O turismo, apesar de parco, é também um setor com potencial. A transformação
desse potencial turístico em verdadeiros fluxos turísticos é cada vez mais exigente, em
virtude do desenvolvimento turístico internacional, motivo pelo qual temos interesse na
abertura de cursos na área do turismo.
É ainda de referir que a malha rodoviária da Província do Zaire, com mais de
2.700 kms, está a sofrer uma grande mudança, com o intuito de se colmatarem as
insuficiências sentidas pelas populações a este nível. Assim, há um enorme esforço que
está a ser levado a cabo ao nível de todos os Municípios, de modo a garantir uma
melhor circulação de pessoas e veículos, factor indispensável para o desenvolvimento
da região, merecendo particular destaque, as áreas da educação e da saúde.
Estas empreitadas estão a ser levadas a cabo procurando envolver os empresários
da região, tendo presente a preocupação de aumentar e melhorar o nível técnico da mão‐
de‐obra localligada à construção civil. Contudo, a falta de técnicos qualificados de
construção civil e áreas afins é aliás uma das maioresdificuldades sentidas ao nível deste
sector, pelo que uma apostas do INSPOTEC seja na área das Engenharias e
Tecnologias.
.

- 28 -
Se tivermos presente a importância que as cidades têm, enquanto pólos de
desenvolvimento das regiões, torna‐se essencial garantir que há uma projecção
antecipada das suas zonas deexpansão, de modo a assegurar a continuidade do
desenvolvimento da região potenciadopelas suas cidades. Assumem assim particular
importância os Planos Directores, tantoProvincial, quanto os Municipais, cuja
actualização se encontram em curso, assim como asactividades de cartografia das
regiões.Deste modo, na Província do Zaire há já uma grande ponderação em torno das
questõesurbanísticas, em particular no Soyo, cidade que regista maior potencial de
desenvolvimento.As obras de infra‐estruturas integradas que estão em curso nos
Municípios de M’banza Congo,Soyo e do Nzeto são também exemplo de uma
preocupação com a vertente urbanística queestá presente na Província.
Contudo, voltamos a apontar que a falta de técnicos qualificados é uma das suas
debilidades, apesar de a urbanização estar em constante crescimento e terem sido
criados e conservados diversos imóveis não se constata entre eles a edificação de um
instituto do ensino superior.De acordo com o Plano de Desenvolvimento da província
do Zaire no que concerne á educação, esta é considerada de crucial importância para o
desenvolvimento sustentável da província, onde os cidadãos se caracterizam por uma
baixa média faixa etária.
Um factor bastante positivo é o de que a população já têm bem enraizada esta
visão, e encaram o ensino e a formação profissional como uma forma de melhorar o seu
nível de vida, através da abertura de novas oportunidades profissionais. Nesta província,
apesar de muito ter sido feito pelas entidades oficiais, ainda não se conseguiu
ultrapassar as insuficiências de infra-estruturas escolares de modo a evitar a contínua e
progressiva migração para os centros populacionais.
Hoje a Província conta com 284 escolas, incluindo um Instituto Médio de
Administração e Gestão, uma Escola de Formação de Professores e uma Escola de
Professores do Futuro, e não obstante o facto de já existir um Instituto Superior
Politécnico no Soyo, não existe nenhum instituto superior politécnico na área da gestão
para que os alunos prossigam com os seus estudos na região, considerada como Região
Académica III.Oscursos ministrados na Escola Superior Politécnica em M’banza Congo
e no Instituto Superior Politécnico no Soyo são: Física, Gestão Empresarial,
Matemática, Psicologia e Química e no Instituto Superior Politécnico os 4 cursos
ministrados são: Engenharia Informática, Manutenção Industrial, Matemática e

- 29 -
Pedagogia.Tendo em conta esta nova realidade, no que concerne à implementação de
um instituto politécnico do ensino superior de tecnologias e gestão, passa por definir
estratégiasque em torno da ambiência interna e externa da província do Zaire, tendo em
atenção aos seus pontos internos, fortes e fracos, assim como eventuais oportunidades e
ameaças que, embora externas, o possam afectar o seu funcionamento através da
projecção de uma análise SWOT do INSPOTECe, face ao desenvolvimento estatístico
que a Província apresenta. Esta parece-nos ser a forma mais adequada de levar por
diante o nosso projecto educativo, tal como passamos a especificar no Quadro 4.

Quadro 5- Análise SWOT do INSPOTEC

Pontos Fortes Pontos Fracos

- Localização geográfica próxima de - Fracos recursos energéticos;


potenciais mercados de exportação; - Desertificação;
- Crescimento gradual do investimento; - Baixa média etária da população na
- Maior atractividade para os jovens que província;
pretendem frequentar o ensino superior; - Inexistência de agro-indústria;
- Combate à desertificação; - Baixos rendimentos (baixa produção nos
- Dinamização de actividades internas diversos sectores);
académicas; - – dificuldade de acesso à região (distância
- Corpo docente de qualidade; da capital angolana);
- Boas relações externas; - Deficit de transportes rodoviários;
- Reconhecimento; - Fraca manutenção das vias existentes;
- Rigor; - Ausência de caminhos-de-ferro;
- Multiplicidade cultural; - Falta de ligação da província á rede
- Estruturação dos serviços em nacional e fibra óptica, que dificulta o
departamentos; acesso á internet.
- Existência de uma rede de aeródromos e
aeroportos na província;
- Acordos com outras instituições
nacionais e internacionais;
- Biblioteca diversificada;
- Cursos bem ajustados ao mercado de
trabalho;
- Grande cobertura da integração da
mulher no mercado de trabalho;
- Elevada procura pelo ensino superior;
- Enorme potencial de desenvolvimento
na área das tecnologias.

- 30 -
Oportunidades Ameaças

- Localização; - Abandono escolar precoce;


- Facilidade de acesso; - Situação económica e financeira do país;
- Facilidade no pagamento de propinas; - Docentes pouco qualificados;
- Procura de pós-graduações; - Escassa capacidade financeira da
- Parcerias com outros institutos população;
superiores poelitécnicos e universidades - Escassez de locais de estágios
internacionais; profissionais.
- Recursos envolventes;
- Abertura do mercado de procura;
- Prestígio da Instituição
- Proliferação dos cursos politécnicos;
- Melhoria ao nível da qualificação
profissional;

Como se pode analisar na prospecção da análise SWOT para o INSPOTEC os


pontos fortes e as oportunidades que oferece são de todo mais que os seus pontos fracos
e as fraquezas que poderá vir a apresentar.A afirmação e a coesão desteinstituto serão
prosseguidas em contexto nacional que avulta a emergência de novas economias, entre
as quais o Brasil, que, juntamente com Portugal, vêm contribuindo para tornar
Angolanum dos paísesde referência no que respeita ao ensino superior. A existência de
iniciativas integradas e multidisciplinares no âmbito da investigação e do ensino, que
representam uma oportunidade para reposicionamento e afirmação deste Instituto,
através da resposta a problemas da sociedade.
O crescimento deste instituto há de ser um crescimento sustentado. Há um
conjunto de elementos contextuais que permitem antecipar este cenário. O Instituto
possuirá recursos humanos qualificados, infra-estruturas de ensino e investigação
adequadas, um significativo património intelectual uma sólida cultura institucional. O
- 31 -
crescimento sustentado que se visa exige, no entanto, no plano interno, uma melhoria
contínua da qualidade e desempenho dos estudantes, a contínua qualificação dos
recursos humanos e o aprofundamento do modelo de governação e de gestão, a nível
internacional, nacional e regional:
(i) Plano internacional há que buscar o aprofundamento do reconhecimento
da Instituição, através da consolidação de parcerias e de redes e da
transferência de conhecimento (patentes, spin-off).
(ii) Plano nacional torna-se necessário aumentar o reconhecimento
estudantes, o reforço dos recursos humanos, o aumento dos
financiamentos nacionais (públicos e privados), desenvolvendo também
estratégias de fundraising4.
(iii)Plano regional, enquanto agente socioeconómico e cultural relevante, em
ordem ao seu crescimento sustentado, deverá atrair e gerar talento,
induzir um novo tecido económico-produtivo, promover a criação de
emprego o desenvolvimento sociocultural.
O crescimento sustentado terá na coesão institucional, em simultâneo, um factor
relevante e um efeito desejado.
Há um amplo conjunto de dispositivos que podem, a este respeito, no plano da
Instituição, desempenhar um papel importante: uma política de qualidade; a avaliação
de desempenho; a existência de um quadro de referência ética; a alocação de recursos a
fundos de coesão; estruturas de gestão e suporte administrativo-financeiro; infra-
estruturas de qualidade; a promoção institucional; políticas de incentivo e mobilização;
uma política de incubação e valorização do conhecimento; um sistema de Informação
adequado; a existência de overheads institucionais; uma coordenação efectiva das
participadas; estratégias de fundraising; projectos mobilizadores transversaisatracção e
viabilização de investimentos.
No entanto, a coesão institucional há-depassar por: uma estratégia de afirmação
na(s) área(s) científica(s) correspondentes; reforço da gestão dos projectos de ensino ao
nível do respectivo conselho pedagógico; reforço da gestão dos centros de investigação;
aprofundamento da interacção com a sociedade nos domínios científicos e tecnológicos
da unidade; políticas internas de overheads; gestão e avaliação dos recursos humanos da
unidade; gestão orçamental integrada; promoção de projectos específicos no quadro da

4
captação de recursos.
- 32 -
imagem do instituto. Estas orientações carecem de aprofundamentos nas áreas da
definição estratégica e da gestão das estruturas, designadamente: a definição de
estratégias científicas e respectivas parcerias; a gestão integrada e articulação das
subunidades; a gestão integrada do portfólio de projectos de ensino. Este esforço de
consolidação da coesão institucional deve implicar também as unidades culturais e
diferenciadas, envolvendo, nomeadamente: o desenvolvimento de estratégias de
afirmação na área de actividade; o reforço da interacção com a sociedade nos domínios
intervenção da unidade; a gestão e a avaliação dos recursos humanos da unidade; a
promoção de projectos específicos no quadro da imagem do instituto. As unidades de
serviços são também um lugar construção da coesão institucional, desiderato para que
poderão contribuir o aprofundamento da gestão das actividades da competência da
unidade, no âmbito da estrutura orgânica do instituto, da gestão e avaliação dos recursos
humanos da unidade e da gestão de orçamental dos recursos alocados à unidade.
Neste contexto, o INSPOTEC tem uma enorme probabilidade de crescimento,
uma vez que, em linha com os objectivos assumidos, é preciso mais ensino superior na
região e no país (LBSE, 2001); deve crescer, porque é a esperança maior da região em
que se insere, que necessita de um Instituto Superior forte; e quer crescer, de forma
sustentada, por vontade de afirmação institucional.
Tal será possível se o Instituto garantir e for capaz de aprofundar uma educação
superior, diferenciada e de qualidade, uma investigação reconhecida pelas comunidades
científicas de referência, uma interacçãoefectiva com a sociedade.
Em suma, conseguir afirmar-se como referência nacional e internacional e
agente socioeconómico e cultural da região, pela atracção, geração e fixação de talento,
pela indução de um novo tecido económicoprodutivo, pela criação de emprego.
Deste modo será cumprido o compromisso com o conhecimento, a educação e o
desenvolvimento económico, cultural e social, tornando-se um instituto voltado para a
concretização dos objectivos, nacionais e da resposta às expectativas da região e de
meio de afirmação institucional.
O modelo de crescimento proposto, esquematizado na figura 1, assenta
necessariamente na realidade actual.
De facto, o INSPOTEC permitirá aspirar à consecução destes desígnios,
nomeadamente: porque será detentor de recursos humanos, docentes e não docentes,
qualificados epossuiráinfra-estruturas ao nível dos equipamentos administrativos,

- 33 -
pedagógicos e laboratoriais de reconhecida qualidade. Por outro lado abrangerá um
importante património intelectual, que incluiráprojectos de ensino, resultados de
investigação, modalidades de interacção com a sociedade e uma cultura institucional
própria. Esta realidade poderá trazer um enorme potencial de desenvolvimento no
quadro dos valores e princípios da instituição, Tal como apresentamos na Figura 1.

• Internacional • Relacionamento
• Nacional institucional
• Regional • Interação com a sociedade
envolvente
• Compromisso com o
desenvolvimento
económico social e cultural

Reconhecimento pelas
entidades ciêntificas de Ensino diferênciado
referência

Interação efetiva com a


Ensino de qualidade
sociedade

• Parcerias e redes
• Exigência
• Trânsferencia de
conhecimento • Valorização dos recursos
humanos
• Afirmação
• Sustentabilidade financeira
• Relevância para a
sociedade

Figura 2 – Modelo de crescimento sustentado do INSPOTEC

Estas características do ciclo interno do instituto, face à natureza da envolvente


internacional, nacional eregional, serão facilitadoras do incremento do reconhecimento
internacional, do aumento de parcerias e redes, do aprofundamento da transferência de
conhecimento, do reforço da afirmação e atractividadedo instituto, da consolidação do
relacionamento interinstitucional, do reforço da relação com a sociedade e envolvente,

- 34 -
da manutenção e reforço do compromisso com o desenvolvimento económico, social e
cultural da Região.
O desafio que se coloca é o de definir as estratégias, prever as práticas e
identificar os instrumentos que permitam desenvolver esta ideia no contexto Angolano,
Brasileiro, Português e europeu ao longo da década em curso. Desafio de tanto maior
magnitude quanto são largamente reconhecidas as dificuldades em formular cenários de
desenvolvimento a médio prazo em tempos tão conturbados quanto são os que
atravessamos.
No entanto, é também por isso, e pelo que tal representa como condição de
reflexão sobre o posicionamento presente e futuro pretendido para do instituto, que
ganha sentido o aprofundamento da ideia que se assume e que sepretende perseguir. É
por isso que sugere a necessidade de elaborar este projecto e conferir particular atenção
ao papel de cada uma das unidades orgânicas, identificando o contributo que delas se
pode esperar para a missão institucional, mas reconhecendo também a natureza
especializada do seu projecto, dotado, por isso, de autonomia.
A tensão natural entre a missão comum e o projecto especializado obriga a uma
clarificação das principais orientações que devem subordinar a acçãoque sepretende
desenvolver, numa aposta prioritária na geração de conhecimento científico como factor
principal de afirmação da sua relevância nacional e internacional. A produção e
conhecimento novo sustentarão a diferenciação da oferta educativa e deverá estruturar a
interacção com a sociedade. Um desígnio desta natureza supõe a existência de estruturas
de investigação robustas e de condições para a geração e desenvolvimento de projectos
multidisciplinares, permitindo também a partilha de recursos que promova e pratique
um forte envolvimento dos seus investigadores, e por isso será necessário o
desenvolvimento de uma unidade de investigação com uma capacidade real de atracção
de estudantes de pós-graduação, oriundos de outras regiões do país, pois com este
desígnio certamente virá a assumir um quadro de referência para avaliação do
desempenho da sua produção científica como um polo de referência internacionalmente
aceite, acomodando também as especificidades das diferentes áreas do conhecimento.
A concretização deste modelo de instituto politécnico supõe a existência de
recursos humanos qualificados e a existência simultânea de recursos materiais e
financeiros adequados, requerendo igualmente estratégias partilhadas orientadas para a
captação de financiamento de projectos e para a constituição de grupos e investigação

- 35 -
dotados de massa crítica suficiente, que não deve, porém, iludir a necessária adoptam de
critérios de pertença selectivos.
Para se afirmar como locus de educação integral, o INSPOTEC deve assumir um
projecto educativo próprio baseado na valorização das dimensões individual, social e
profissional dos seus estudantes, na disponibilização de experiências educativas não
restritas ao quadro curricular, na valorização de conhecimentos académicos e
profissionalmente relevantes, na opção pela existência de componentes de formação de
base, transversais a todos a projectos de ensino, e na criação de condições que permitam
a interiorização de princípios éticos.
A oferta educativa preservará as especificidades dos campos científicos e
evitando uma sobredeterminação estrita pelo campo económico-social, há-de ser, no
entanto, articulada com oportunidades e necessidades identificadas nos domínios da
economia, da sociedade e da cultura, apostando em áreas emergentes, num quadro de
grande atenção às transformações no mercado de trabalho.
A prossecução de objectivos desta natureza obrigará a uma forte integração do
ensino com a investigação, a uma concepção da gestão coerente e integrada de cada
curso como um projecto com objectivos específicos, ainda que partilhando componentes
de formação com os outros cursos, e a uma monitorização continuada dos projectos de
ensino, no âmbito do sistema interno de garantia da qualidade do Instituto. A
operacionalização desta orientação obriga a instituir a formação de cidadãos como
tarefa essencial, a combinar a formação científica e profissional com o desenvolvimento
pessoal e social, a propiciar a exposição à multidisciplinaridade e a prover experiências
culturais, desportivas, etc., diversificadas.
Para que a interacção com a sociedade seja efectiva, deve valorizar a relação
com a sua envolvente nos contextos regional, nacional e internacional, promover uma
interacção multidimensional com os tecidos económico-produtivo, cultural e social, e
desenvolver uma estratégia própria de valorização do conhecimento, de incubação e
promoção do empreendedorismo, de promoção cultural e de intervenção efectiva na
esfera social.
A procura de respostas para problemas/interrogações da sociedade e o
compromisso com o desenvolvimento socioeconómico da Região em que está inserido,
nas suas múltiplas esferas – económica, social, cultural -, requer posições de abertura ao
exterior por parte do Instituto e o desenvolvimento de estratégias de proactividade

- 36 -
capazes de gerar transformações qualitativas na envolvente. Será uma Instituição que
perspectiva a sua actividade num quadro de relações com parceiros institucionais de
outros países. A internacionalização revestirá necessariamente diferentes
materializações consoante a área científica ou se trate da investigação, do ensino ou da
interacção com a sociedade, seja ao nível dos parceiros, seja das modalidades
seleccionadas. Marcas indissociáveis da internacionalização são a assunção de quadros
de referência internacionalmente reconhecidos para avaliação das suas várias
actividades e a efectiva capacidade de atrair docentes, investigadores, estudantes e
técnicos de outras instituições. A mobilidade de estudantes, de docentes e
investigadores, a atribuição de graus conjuntos ou duplos, o desenvolvimento de
projectos em parcerias internacionais supõem a participação sistemática em redes
internacionais e a consolidação da atractividade internacional da Instituição. Que
primará pelaeficiência e eficácia, como se pretende e na gestão dos seus recursos
humanos e financeiros, dotada de fontes de financiamento diversificadas, com
capacidade de adequação ao contexto político-económico e serão
adoptadosprocedimentos de coesão transparentes para assegurar a sustentabilidade
financeira das suas diferentes unidades, integra e gere adequadamente as suas unidades
de serviços, adopta ferramentas de gestão apropriadas, suportadas por sistemas de
informação integrados e amigáveis e, finalmente possuirá um sistema interno de
garantia da qualidade devidamente acreditado.
Um Instituto Politécnico Superior de educação superior com estas características
será sem dúvida uma instituição eficaz e eficiente na operacionalidade das respostas que
é capaz de encontrar para fazer face aos desafios com que se confronta, pois sendo uma
instituição participada e descentralizada em que as características essenciais à sua
valorização são a autonomia e da responsabilidade dos seus membros, estruturas e
órgãospromoverão certamente o equilíbrio entre colegialidade e operacionalidade, a
valorização do desempenho individual e colectivo.
Dada a sua estrutura organizacional garantirá uma articulação efectiva entre as
entre as unidades culturais e diferenciadas e as entidades participadas. Esta articulação
será essencial à prossecução dos objectivos institucionais e condição da coesão
institucional, sobretudo relevante tendo em conta a diversidade interna da Instituição.
Neste caso específico a descentralização de poderes tem na sua multipolaridade
uma modalidade essencial de concretização. Este é um modelo inclusivoque acolherá e

- 37 -
integrará a diversidade, que responde de modo efectivo à diversidade etária, de género,
étnico-linguística e cultural, que acolhe e integra os estudantes com deficiência ou
necessidades educativas especiais e que implementa práticas de acção social e de
solidariedade.
No preenchimento destes requisitos, há de mover-se num quadro de valores e de
cultura institucional sensível à especificidade dos diferentes grupos que a constituem
como comunidade académica.
Nas sociedades contemporâneas, a ecos sustentabilidade tornou-se indissociável
da responsabilidade social das instituições. Uma instituição do ensino superior
eco(sustentável) há-de promover e adoptar boas práticas neste domínio ao nível das
formas de organização que assume e dos projectos internos que desenvolve, nas acções
educativas que realiza, seja no quadro da educação formal, seja no quadro da educação
não formal, nas actividades de investigação que leva a cabo, na procura e validação de
novas soluções, na divulgação regular de indicadores de sustentabilidade. Estas
orientações serão assumidas por todos os níveis de decisão da instituição e praticadas
por toda a comunidade académica. Os objectivos definidos impõem a existência de uma
vasta equipa de meios humanos e organizativos para que possam ser eficientemente
concretizados. Para além do considerável investimento físico a realizar, acresce que o
presente projecto incide fortemente na vertente de Capital Humano, o que o torna um
forte investimento em diversos sectores. Tendo presente a importância de se dotar a
Província de meios humanos e organizativos robustos, para que seja possível
concretizar o projecto proposto, para que se possa garantir a existência de condições
efectivas para a sua exequibilidade, nomeadamente no que concerne ao reforço de
pessoal técnico superior de acordo com as necessidade de Formação e Capacitação dos
Técnicos do Sector, sendo Plano Plurianual de Investimento Público de Âmbito
Provincial para o Município(PIP)do Soyo em 2017, cerca de 6.137.830.923,17 kz para a
Educação, Ensino Superior e Formação de professores.
A ideia de universidade plasmada nestes princípios resulta, pois, do cruzamento
entre aqueles que são os eixos de missão do instituto, aqui objecto de uma interpretação
específica como instituto de investigação, de educação integral, em interacção com a
sociedade e um conjunto de vectores que exprimem a valorização de dimensões
específicas de instituição de ensino superior participado e descentralizado, eficiente,
eficaz, inclusivo e sustentável.

- 38 -
- 39 -
III

VISÃO, MISSÃO E VALORES

3.1 Visão
Para enunciar uma visão para a um Instituto Superior Politécnico e gerar
princípios estratégicos com eles coerentes não pode deixar de ter em conta os objectivos
definidos para o ensino superior (LSB, 2001) e com os dados do Relatório de
Monitorização Sobre Educação para Todos (2014), perspectiva-se que no ano em
referência que 7,4 milhões de alunos matriculados estão todos os Níveis de Ensino não
Universitário, dos quais 5,1 milhões no Ensino Primário e 2,3 milhões no Ensino
Secundário. O número de professores é de 278 mil, dos quais 153 mil no Ensino
Primário e Classe de Iniciação e 125 mil no Ensino Secundário.
Situa-se no meio-percurso da Estratégia Nacional de Desenvolvimento de Longo
Prazo“Angola 2025”, na fase de Modernização e de Sustentabilidade do
Desenvolvimento, centrada na Estabilidade e Crescimento e na valorização do Homem.
Esta valorização assenta, em primeiro lugar, na alfabetização e escolarização de toda a
população, que são a base para a formação e qualificação técnico-profissional e
formação superior dos seus Quadros, essenciais ao Desenvolvimento Sustentável,
Equitativo de Angola.A Estratégia Integrada para a Melhoria do Sistema de Educação
para o período de 2001-2015 constituiu um instrumento de orientação estratégica do
Executivo de Angola para o Sector da Educação no sentido de direccionar, integrar e
conjugar o esforço nacional na perspectiva de uma educação pública de qualidade para
todos nos próximos 15 anos.
Numa perspectiva de educação para todos, apesar de existirem vários centros de
formação profissional em todo país, esta área representa ainda um dos maiores deficits
de formação. O grande objectivo do Executivo para o período 2012-2017 é
fundamentalmente o da formação da mão-de-obra e a valorização dos recursos
humanos. Neste sentido, um maior investimento deve ser feito para que as metas e
objectivos possam realmente ser atingidos. Para além da baixa cobertura de formação
profissional, deve ser analisada a problemática da insuficiência na formação técnica.
Apenas 24.943 alunos estiveram matriculados no ensino técnico em 2012 (MED, 2013,
online). As necessidades de formação de técnicos médios precisa de ser reforçada.
- 40 -
Conforme está previsto no Plano Nacional de Formação de Quadros, até 2015, Angola
deverá atingir a meta de 1,6 milhões de Quadros, dos quais, 425 mil serão Dirigentes,
Gestores e Quadros Superiores (o que representará 27,2%) e 1,175 milhões de Quadros
Médios (72.8%). Haverá uma acréscimo de 370 mil quadros em relação ao ano de 2010
(Casa Civil, Plano Nacional de Formação de Quadros, 2012; 8132). Em relação á
equidade, deve-se constatar que o acesso ao ensino secundário não é suficientemente
inclusivo. A taxa de participação líquida é muito baixa, sendo uma das mais baixas de
toda região Austral. A taxa de frequência do ensino secundário não ultrapassa os 20,6%.
Analisando este dado, nota-se que cerca de 80% das crianças que concluem o ensino
primário não continuam para o ensino secundário, e isso representa um grande desafio
para o sistema de educação.

3.2 Missão
Uma das áreas prioritárias de actuação do Programa “Educação para todos”
assenta em 3 pilares básicos: Melhoria da qualidade da educação em Angola,
desenvolvendo acções que visem o reforço da equidade e o acesso a um ensino pré-
escolar e primário de obrigatório, gratuito e de boa qualidade; Reforço do sistema de
formação vocacional e profissional e do ensino politécnico que viabilize o
desenvolvimento de habilidades para a vida e das competências profissionais
necessárias;e enfatizar no reforço dos mecanismos e sistemas de gestão escolar, de
modo a tornar a escola o centro da actividade educativa e o centro de mudanças na
sociedade.
Assim, torna-se imperativo encontrar uma relação entre a missão do INSPOTEC
e o seu posicionamento face à sociedade e à economia do país e da região. Tendo como
objectivo dar resposta a questões como: Quais são as áreas de desenvolvimento
regional? Qual a natureza da coordenação entre instituições de ensino superior? Que
estratégias de atracção de talento e investimento? Que articulação com estratégias
nacionais?
Apesar de algumas indefinições relativamente a factores relevantes para a
definição de um projecto de criação de um Instituto Politécnico do Ensino Superior a
formulação de um princípio estratégico implica um enunciado de visão, assente nas
orientações estatutárias que a Instituição oportunamente irá assumir e na análise que
realiza das condicionantes da sua acção.

- 41 -
Perspectivamos que em 2026 este Instituto já seja um centro de educação, de
criação e de valorização do conhecimento com grande atractividade nacional, com base
no desempenho dos seus centros de investigação e na qualidade e diferenciação do seu
projecto educativo, tendo como marcas identitárias dos seus estudantes o saber, a
criatividade e a ética, constituindo-se como agente promotor do desenvolvimento
económico, social e cultural.
Os objectivos nacionais, as expectativas da região, as motivações internas e a
afirmação institucional tornam imperativo o crescimento desta Instituição. Este
crescimento terá como pressupostos a oferta de uma educação superior diferenciada e de
qualidade, uma investigação reconhecida pelas comunidades científicas de referência,
uma interacção efectiva com a sociedade, como referência nacional e agente da
transformação socioeconómica e cultural da região do Soyo e Cabinda, através da
atracção e geração de talento, da indução de novo tecido económico-produtivo e da
criação e emprego. A atracção e a geração de talento deverão assentar em investigação
de referência internacional, respondendo a necessidades da sociedade, e na atractividade
da envolvente de proximidade. O ensino de qualidade e diferenciado, formando
cidadãos e potenciando criadores, líderes e empreendedores, basear-se-á na valorização
do papel dos estudantes como sujeitos da aprendizagem e na assunção de uma
orientação para a educação integral. A indução de um novo tecido económico envolverá
uma estratégia de valorização sistemática do conhecimento, práticas de incubação
empresarial e uma atenção particular à produção cultural e artística. O compromisso
com o conhecimento, com a educação e com o desenvolvimento económico, cultural e
social é a resposta da Instituição às exigências internas e externas que lhe são colocadas.
Em síntese, o crescimento do INSPOTEC deve assentar num conjunto de
princípios estratégicos em que relevam:
- A centralidade do estudante e das actividades educacionalmente
relevantes;
- A qualidade e exigência;
- O reconhecimento e valorização das actividades dos docentes,
investigadores e funcionários;
- A sustentabilidade financeira, com diversificação das fontes de
financiamento;
- A relevância para a sociedade;

- 42 -
- A avaliação e a prestação de contas;
- A coesão, a participação e a descentralização.
A prossecução da missão da Instituição será regulada por diversos factores
contextuais entre os quais as políticas Europeias de educação, ciência e inovação, a
evolução do quadro político-legal do ensino superior em Angola e, ainda, a realidade
socioeducativa e económica, nacional e da região em que o Instituto se inscreve. Estes
factores, de natureza exógena, coexistem, na definição dos caminhos a seguir pelo
Instituto e nos modos de os percorrer, com a visão e a ambição próprias da comunidade
que este representa.
São hoje reconhecíveis tendências, em múltiplos contextos nacionais, para a
generalização do ensino superior, como resposta a necessidades social e
economicamente determinadas de aumentar o nível de qualificação das pessoas, para a
melhoria da qualidade das acções desenvolvidas nos vários vectores de missão das
universidades, com expressão mais visível em acções de auditoria e monitorização e na
avaliação do desempenho, e para a adoçam de lógicas de internacionalização, como
condição de afirmação da relevância das instituições, tudo isto num quadro de
diminuição das contribuições financeiras do Estado, que suscita a busca de fontes de
financiamento alternativas. Tais tendências, que são configuradas essencialmente por
políticas europeias de educação, ciência e inovação e que encontram acolhimento no
quadro político-legal do ensino-superior em Portugal e no Brasil, surgem associadas a
uma crescente lógica de regulação externa, de escrutínio e de prestação de contas, com
expressão mais visível em acções de auditoria e monitorização e na avaliação do
desempenho, que, por sua vez, induzem práticas de planeamento cada vez mais
detalhado, aos diversos níveis da organização.
Em síntese, as instituições de educação superiores encontram-se numa tensão
forte entre o aprofundamento da sua autonomia institucional, organizacional, financeira,
de gestão de recursos humanos e académica, e um enquadramento regulador complexo e
multifacetado, como tal, a missão deste instituto é fundamentalmente a de gerar,
difundir e aplicar conhecimento, assente na liberdade de pensamento e na pluralidade
dos exercícios críticos, promovendo a educação superior e contribuindo para a
construção de um modelo de sociedade baseado em princípios humanistas, que tenha o
saber, a criatividade e a inovação como factores de crescimento, desenvolvimento
sustentável, bem-estar e solidariedade.

- 43 -
O INSPOTEC ambiciona ser uma instituição global e reconhecida pela
qualidade nas diferentes dimensões da sua actividade: investigação, ensino e
transferência de conhecimento. Procura, para isso, dispor dos recursos humanos com as
mais elevadas qualificações e visa um público-alvo não apenas português, mas de todas
as partes do mundo.
Ou seja, de uma forma sucinta, a sua missão é fundamentalmente a de contribuir
para o progresso do saber e para o desenvolvimento humano, através da produção e da
transmissão de conhecimento, assim como da prestação de outros serviços à
comunidade.
Esta missão é prosseguida através de diversos objectivos:
i. Realização de investigação em busca da excelência, da criatividade e de
soluções inovadoras para os grandes desafios da sociedade;
ii. Promoção ou participação em eventos científicos de âmbito nacional ou
internacional, a fim de potenciar a actividade de investigação;
iii. Formação humana ao mais alto nível, nas suas dimensões científica,
profissional, ética, cultural, e técnica;
iv. Transferência de conhecimento para empresas, instituições públicas e
outras organizações, e prestação de outros serviços à comunidade;
v. Realização de acções de formação contínua e promoção do
empreendedorismo;
vi. Intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições e organismos
nacionais e estrangeiros, através da mobilidade de estudantes, docentes e
investigadores;
vii. Realização de programas educacionais e de investigação em parceria
com outras instituições, nacionais ou estrangeiras;
viii. Cooperação estreita com os países de língua oficial portuguesa para a
realização de programas comuns de formação, de desenvolvimento da
investigação e da prestação de serviços.
ix. Contribuição para o desenvolvimento social e económico da região em
que se insere e para o conhecimento, defesa e divulgação do seu
património cultural e natural.
x. Cooperação estreita com empresas, instituições públicas e outras
organizações, para promover a empregabilidade dos seus diplomados.

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3.3 Valores
O instituto pauta-se por um conjunto de valores académicos e humanos que
definem a sua identidade e promovem a sua eficiência:
- Liberdade intelectual, proporcionando um ambiente de criatividade e de
inovação e propiciando a mudança e a adaptação;
- Integridade académica, garantindo independência intelectual e moral ao ensino
e à investigação;
- Diversidade, promovendo uma consciência que valorize a tolerância, o respeito
mútuo e a diferença;
- Excelência, prosseguindo os mais elevados padrões de ensino e de investigação,
com base num modelo de gestão orientado para a valorização do mérito;
- Responsabilidade social, fomentando a consciência colectiva de compromisso
com o bem-estar social nas suas dimensões social, ambiental e cultural;
- Aprendizagem para a vida, promovendo o esforço individual e a valorização
contínua;
- Eficiência na gestão, através da avaliação permanente das actividades da
universidade e das suas unidades e serviços. Cada membro da universidade é
responsável pela melhoria contínua do Sistema de Gestão da Qualidade,
tornando esta uma responsabilidade partilhada por todos.

- 45 -
IV

OBJECTIVOS E METAS

4.1 Objetivos
Os objectivos estratégicos, metas e indicadores do INSPOTECa atingir em 2026
são de 15.000 estudantes em regime presencial, 45% dos quais estudantes de pós-
graduação, incluindo 10% de alunos estrangeiros; a concretização de uma aposta no
ensino a distância, que se traduza na existência de 5 000 alunos envolvidos nesta
modalidade; tornar-se uma referência internacional na investigação, nomeadamente no
desenvolvimento da investigação aplicada; constituir-se como a universidade
portuguesa com maior impacto no desenvolvimento socioeconómico, através da e da
actividade das unidades de interface, da promoção do empreendedorismo, do
envolvimento activo em estratégias regionais e da consolidação de parcerias
estratégicas; A consecução destes objectivos estratégicos obrigaa que sejam atingidos os
seguintes objectivos específicos:
(i) Formar profissionais altamente qualificados no domínio científico da gestão,
saúde e das tecnologias com preparação nos aspectos cultural, científico,
pedagógico, técnico e ético, criando, organizando e ministrando ciclos de
estudos visando a atribuição de graus académicos, bem como de outros cursos
pós secundários, de cursos de formação pós-graduada, mestrados, ou outros, de
acordo com a legislação em vigor;
(ii) Implementar estratégias que estimulem a formação humana, cultural, científica,
pedagógica e técnica de todos os seus membros;
(iii)Realizar actividades de investigação visando a produção, aperfeiçoamento,
desenvolvimento e difusão do conhecimento no domínio científico da saúde;
(iv) Promover a prestação de serviços à comunidade no âmbito da sua actividade
como contributo para o desenvolvimento regional, nacional e internacional;
(v) Promover o intercâmbio cultural, científico e técnico com outras instituições,
quer públicas, quer privadas, nacionais ou estrangeiras.

Para os objectivos de coesão institucional e do cumprimento da missão deverão


concorrer também as unidades culturais e diferenciadas, que desenvolverão uma
- 46 -
estratégia de afirmação na respectiva área de actividade, promovendo a interacção com
a sociedade nos seus domínios intervenção, a gestão e avaliação dos recursos humanos
da unidade e a promoção de projectos específicos no quadro da imagem da
universidade. No caso das unidades culturais, esta estratégia continuará a ser
desenvolvida em estreita articulação com o Conselho Cultural.

4.2 Metas
Tendo em consideração os objectivos a que nos propomos acreditamos que esta
intervenção no domínio da educação (licenciatura e pós-graduação), potenciará o
crescimento do número de alunos a frequentar o ensino superior na região de Cabinda e
poderão ser potenciadas a estabilidade demográfica regional nos escalões etários
relevantes, quer pelo alargamento da escolaridade obrigatória (cuja consecução
assentará necessariamente no aumento do numeri clausi, quer pelo aumento da
atractividade da Instituição, traduzida no aumento da quota nacional, pelo lançamento
de novos projectos em áreas emergentes, pelo aumento do número de estudantes
estrangeiros, através de novos mecanismo de recrutamento que um novo enquadramento
legal deverá assegurar, e pelo reforço da oferta educativa em língua inglesa.
Uma das metas estratégicas traçadas para o INSPOTEC é a criação de uma vasta
biblioteca em parceira com outras bibliotecas universitárias, nacionais e internacionais,
alojada também em base de dados, em que os objectivos são os apresentados no Quadro
6.
Quadro 6 - Objectivos da implementação de uma biblioteca no INSPOTEC

Objectivo Indicador Alvo Medidas


Cativar  Número de  Aumento de  Renovação de stocks;
leitores/ pedidos; 20% nos  Criação do Direct
utilizadores.  Número de pedidos; mailing;
consultas;  Aumento de  Aquisição de livros
 Número de 30% nas segundo a orientação dos
Cliente frequentadores; consultas; docentes.
Aumento da  Aumento de
divulgação; 35% nos
 referentes ao frequentadores;
ano 0.  Aumento de
100% na
divulgação;
 referentes ao
ano 0.

- 47 -
 Melhorar a  Rácio entre o  Aumento de  Compra de
indexação; número de 0,2% no rácio equipamentos
 Melhorar os utilizadores e o entre apropriados;
meios de número de utilizadores e  Mobilização por
consulta; equipamentos, equipamentos, contrato de docentes para
 Aumentar o  Aumento do face ao ano 0; a indexação;
apoio ao leitor. número de  Aumento em  Realização de
Processo Interno descritores; 50% no número inquéritos de satisfação a
 Averiguar a de descritores; cada 3 meses.
satisfação dos  Numa escala
utilizadores de 0 a 5,
através de conseguir
inquéritos. alcançar no
primeiro ano
uma média de
3,7 de pontuação
de satisfação.
 Captar verbas  Verbas  No primeiro  Captar patrocinadores;
do orçamento de captadas na ano 60%;  Cuidado no
funcionamento; relação do que é  No segundo planeamento;
Financeiro necessário e o ano 30%;  Diálogo consistente
 que é suprido;  No terceiro com as entidades
Patrocinadores. Taxa de ano 10% financiadoras.
execução de
100%
Aumentar o Por  Face ao ano 0,  Estabelecer parcerias
conhecimento amostragem, um aumento de com editoras;
de que o citações em 25% em Organização de
instituto artigos citações; Conferências;
Inovação e necessita. científicos de  Face ao ano 0, Intensa divulgação
Aprendizagem documentos um aumento de bibliográfica.
existentes na 90% em
biblioteca; bibliografia;
Listas  Ao fim dos 3
bibliográficas anos de projecto.
por cadeiras, de
livros existentes
na biblioteca.

- 48 -
V

ESTATUTO ORGÂNICO DO INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO


NIMIYALUKENI

PREÂMBULO
Capítulo I: Disposições Gerais
Secção I: Enquadramento
Artigo 1º: Natureza
Artigo 2º: Objecto
Secção II: Princípios Fundamentais
Artigo 3º: Designação, Natureza Jurídica, Âmbito e Sede
Artigo 4º: Missão, Visão e Valores
Artigo 5º: Princípios Específicos
Artigo 6º: Finalidades
Artigo 7º: Atribuições
Artigo 8º: Tutela
Artigo 9º: Competências da Entidade Promotora
Secção III: Autonomias
Artigo 10º: Autonomia Científica e Pedagógica
Artigo 11º: Autonomia Financeira
Artigo 12º: Autonomia Administrativa
Artigo 13º: Autonomia Disciplinar
Artigo 14º: Autonomia Patrimonial
Secção IV: Gestão Financeira e Patrimonial
Artigo 15º Receitas
Artigo 16º: Natureza e Gestão
Artigo 17º: Organização Contabilística
Artigo 18º: Património

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Secção V: Gestão de Recursos Humanos
Artigo 19º: Atribuições
Artigo 20º: Regulamentação
Capítulo II: Organização Interna da Instituição
Secção I: Normas
Artigo 21º: Manuais de Organização
Artigo 22º: Normas Disciplinares Gerais
Artigo 23º: Normas de Segurança
Artigo 24º: Espaços
Artigo 25º: Identificação
Secção II: Estrutura Orgânica
Artigo 26º: Natureza
Artigo 27º: Composição
Secção III: Órgãos Executivos
Subsecção I: Director Geral
Artigo 28º: Competências
Artigo 29º: Duração do Mandato
Artigo 30º: Incapacidade do Titular do Órgão Executivo de Gestão
Artigo 31º: Exoneração do Titular do Órgão Executivo de Gestão
Subsecção II: Órgãos Auxiliares do Órgão Executivo de Gestão
Artigo: 32º: Director Científico e de Extensão
Artigo 33: Competências da Direcção Científica e de Extensão
Artigo 34º: Composição da Direcção Científica e de Extensão
Artigo 35º: Director Académico
Artigo 36º: Competências da Direcção Académica
Artigo 37º: Composição da Direcção Académica
Artigo 38º: Secretário-geral
Artigo 39º: Competências da Secretaria geral
Artigo 40º: Composição da Secretaria geral
Subsecção III: Serviços de Apoio Técnico
Artigo 41º: Gabinete do Director Geral
Artigo 42º Assessorias

- 50 -
Secção IV: Órgãos Colegiais
Artigo 43º: Definição
Subsecção I: Conselho de Direcção
Artigo 44º: Natureza
Artigo 45º: Composição
Artigo 46º: Competências
Artigo 47º: Funcionamento
Subsecção II: Conselho de Gestão:
Artigo 48º: Natureza
Artigo 49º Composição
Artigo 50º Competências
Artigo 51º Funcionamento
Subsecção III: Conselho Científico
Artigo 52º: Natureza
Artigo 53º: Composição
Artigo 54º: Competências
Artigo 55º: Funcionamento
Subsecção IV: Conselho Pedagógico
Artigo 56º: Natureza
Artigo 57º: Composição
Artigo 58º: Competências
Artigo 59º: Funcionamento
Subsecção V: Conselho Universitário
Artigo 60º: Natureza
Artigo 61º: Competências
Artigo 62º: Composição
Artigo 63º: Competências do Presidente do Conselho Universitário
Secção V: Unidades Orgânicas
Artigo 64º: Natureza
Capítulo III: Certificações, Distinções e Símbolos
Artigo 65º: Diplomas
Artigo 66º: Certificados

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Artigo 67º: Títulos honoríficos
Artigo 68º: Símbolos
Artigo 69º: Trajes Académicos
Artigo 70º: Cerimónias Académicas
Capítulo IV: Disposições Finais e Transitórias
Artigo 71º: Revisão do Estatuto
Artigo 72º: Dúvidas e Omissões
Artigo 73º: Entrada em vigor

- 52 -
PREÂMBULO

O Instituto Superior Politécnico “NimiYaLukeni” de que tem como entidade


Promotora AFRAKOMA, Lda foi institucionalizado ao abrigo do Despacho
Presidencial, no âmbito do Decreto-Lei nº de ___/___/____ sobre as Normas Gerais
Reguladoras do Subsistema de Ensino Superior e criado ao abrigo do Decreto Executivo
nº __ inserido no Diário da República de Angola I Série nº de ___/___/___ A
instituição assume como principais desígnios a produção e a difusão de cultura e de
conhecimento científico e a criação de um espaço dinâmico e aberto de formação de
profissionais correspondente às áreas destinadas ao ensino e investigação de
Engenharias e Tecnologias bem como das Ciências Sociais Aplicadas.
Na prossecução do seu objecto social e como instituição privada centrada na
geração e disseminação do conhecimento, se sustenta numa estrutura organizacional que
favorece a formação de novos homens de ciência e de cultura.
O Instituto Superior Politécnico define como rumo estratégico a prática duma
gestão moderna e eficiente, o ensino de qualidade, a investigação e o desenvolvimento
comprometida com o ser humano e o bem-estar da sociedade e a extensão como
actividade impulsionadora do desenvolvimento da sociedade. Nesta senda o Instituto se
orienta à cooperação activa com instituições de ensino e não só, a par da comunidade
em geral.
A ser assim, o actual Estatuto visadefinir e fortalecer um modelo de carácter
inovador, associado ao estabelecimento de bases de integração plena do Instituto
Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências na vida académica do país e com o
exterior, evidenciando-se assim como um instrumento orientador das acções
institucionais no presente e no futuro.

- 53 -
Capítulo I: Disposições Gerais
Secção I: Enquadramento
Artigo 1º
(Natureza)

1. O presente Estatuto configura disposições da legislação aplicável ao


Subsistema de Ensino Superior, expressas como normas fundamentais de organização
interna e funcionamento do Instituto Superior Politécnico.

2. Farão partes integrantes deste Estatuto, os manuais de organização aprovados


pelas deliberações dos órgãos colegiais do Instituto Superior Politécnico.

3. O disposto no presente Estatuto é aplicável a comunidade académica do


Instituto Superior Politécnico, designadamente docentes, não-docentes e discentes.

Artigo 2º
(Objecto)
1. O presente Estatuto estabelece as normas fundamentais de organização interna
no plano científico, pedagógico, financeiro e administrativo bem como o regime das
autonomias das respectivas unidades orgânicas.

Secção II
Princípios Fundamentais
Artigo 3º
(Designação e Natureza Jurídica, Âmbito e Sede)

1. O Instituto Superior Politécnico, abreviadamente e doravante designado por


INSPOTEC, é um estabelecimento de formação de nível superior, vocacionado para o
ensino, investigação e prestação de serviços especializados, assegurando a sólida
preparação científica, técnica, cultural e humanada comunidade, à luz do estabelecido
em apropriada legislação.

- 54 -
2. INSPOTEC é nos termos da lei, uma instituição de ensino superior privada
tendo como entidade promotora a AFRAKOMA, LDA pessoa colectiva de direito privado
com capitais privados.

3. INSPOTEC é dotado de autonomia estatutária, científica, pedagógica,


administrativa e financeira, destinada à formação de quadros superiores em distintos ramos
do saber, nos termos da legislação em vigor no Subsistema do Ensino Superior e do
presente Estatuto. Pode associar-se a outras pessoas colectivas, desde que as suas
actividades sejam compatíveis com as finalidades e interesses desta instituição de
ensino e nos termos definidos em Lei e no presente Estatuto.

4. O INSPOTEC é de âmbito nacional, ____________.

Artigo 4º
(Missão, Visão e Valores)

Missão

Formar profissionais qualificados e comprometidos com o desenvolvimento


sustentável de Angola, por meio da geração e disseminação do conhecimento.

Visão

Ser reconhecida como a Instituição de referência em Angola nas próximas


décadas.

Valores

 Ética, Honestidade e Justiça;


 Responsabilidade social e ambiental;
 Estímulo ao pensamento crítico e reflexivo;
 Gestão participativa da Academia e trabalho em equipa;
 Dedicação à investigação e desenvolvimento, ensino e extensão.
- 55 -
Artigo 5º
(Princípios Específicos)
Sem prejuízo dos princípios enunciados na Lei de Bases do Sistema de
Educação, o INSPOTEC rege-se, no seu funcionamento e gestão, pelos princípios de
Democraticidade e Participação de todos os seus membros, tendo em vista:
a) O favorecimento da livre expressão da pluralidade de ideias e opiniões;
b) A garantia de condições necessárias para a liberdade de criação científica,
pedagógica, cultural e tecnológica;
c) O estímulo do envolvimento de todo o corpo docente, discente, técnico e
administrativo nas suas actividades;
d) A promoção da estreita ligação com a sociedade na organização e avaliação de
suas actividades, visando, nomeadamente, a inserção de seus diplomados na vida
profissional;
e) A colegialidade, solidariedade universitária e bem-estar académico;
f) A abertura à mudança numa perspectiva de progresso social;
g) A equidade no acesso e na continuidade dos estudos.

Artigo 6º
(Finalidades)

1. O INSPOTEC prossegue os seus fins nos domínios do ensino superior e de


pós-graduação, da formação especializada e profissional, da investigação científica e da
extensão.

2. O INSPOTEC realiza os seus objectivos, visando:


a) A formação humana, cultural, científica e técnica;
b) A formação académico-científica conducente à obtenção dos graus de
Licenciado, Mestre e Doutor, orientada para a prestação de serviços profissionais,
em conformidade com a evolução nas suas áreas de estudo;
c) A realização de cursos de especialização devidamente certificados;
d) A realização de actividades académicas de pesquisa e investigação científica;

- 56 -
e) A prestação de serviços à comunidade local, regional, bem como nacional, numa
perspectiva de valorização recíproca e de desenvolvimento da sociedade
angolana;
f) A actualização e compatibilização permanente dos currículos académicos, com
base nos avanços conceptuais, metodológicos e científicos;
g) O intercâmbio cultural, científico, tecnológico e profissional com instituições
públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras que tiverem objectivos
semelhantes, mediante acordos, convénios ou protocolos de cooperação e
parcerias;
h) A contribuição, para a criação de uma estrutura intelectual sistematizadora do
conhecimento de cada geração;
i) A aproximação a outros povos por via académica e científica, especialmente os
de língua oficial portuguesa, assim como os distintos países do continente
africano e com a restante comunidade internacional;
j) A estimulação do conhecimento do mundo actual conducente à promoção e
divulgação do saber científico e técnico através do ensino, de publicações ou de
outras formas de comunicação;

Artigo 7º
(Atribuições)

1. As atribuições do INSPOTEC são as seguintes:


a) Ministrar, nos termos da lei, cursos para obtenção dos graus de Licenciado, de
Mestre e de Doutor;
b) Outorgar e atribuir títulos académicos ou honoríficos, certificados e diplomas,
nos termos da legislação em vigor;
c) Organizar e cooperar em actividades de extensão universitária, científica,
cultural, técnico-profissional, ética e cívica, bem como realizar projectos de
investigação científica e de desenvolvimento;
d) Assegurar a formação humana, cultural, artística, profissional, científica e
técnica;
- 57 -
e) Desenvolver actividades de investigação científica e tecnológica;
f) Prestar serviços à comunidade numa perspectiva de extensão universitária e de
valorização recíproca;
g) Colaborar com as entidades oficiais e particulares vocacionadas para o estudo das
políticas nacionais da educação, da ciência e da cultura;
h) Promover o intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições
congéneres, nacionais e estrangeiras, celebrando contratos, convénios, protocolos
e acordos com diferentes instituições públicas ou privadas nacionais e
estrangeiras;
i) Promover a mobilidade académica de docentes, investigadores e discentes, de
acordo com a legislação em vigor;
j) Assegurar uma perfeita articulação entre o estudo, a docência, a investigação
científica, a inovação tecnológica e científica e o desenvolvimento, com
integração na região académica em que exerce a sua actividade;
k) Garantir a liberdade académica de criação científica, cultural e tecnológica;
l) Atribuir prémios de incentivo às actividades de investigação científica,
tecnológica e de inovação.
m) Promover actividades de ensino extra-curriculares e de formação profissional;
n) Ampliar as fontes de financiamento para as actividades e iniciativas no âmbito do
ensino, investigação e extensão;
o) Criar e viabilizar, no seio dos estudantes, um espírito empreendedor orientado
para as necessidades do mercado de emprego;
p) Criar e participar em associações ou entidades empresariais com ou sem fins
lucrativos, desde que as actividades sejam compatíveis com as finalidades e
interesses do Instituto Superior Politécnico;
q) Desenvolver actividades de extensão, segundo os princípios e fins de formação
profissional e tecnológica, em articulação com os distintos segmentos sociais;
r) Exercer demais tarefas que lhe forem superiormente acometidas.

- 58 -
Artigo 8º
Tutela)

O INSPOTEC é tutelado pelo Ministério do Executivo responsável pelo Ensino


Superior, nos termos da legislação em vigor.

Artigo 9º
(Competências da entidade Promotora)

1. O INSPOTEC tem como entidade promotora a AFRAKOMA,LDA que é uma


pessoa colectiva de natureza privada com capitais privados.

2. A entidade Promotora enquanto detentora de pleno direito do INSPOTEC,


organiza e disponibiliza as verbas necessárias para o seu normal funcionamento, com
respeito ao disposto no presente Estatuto e demais legislação aplicável.

3. Compete em especial à entidade Promotora, o seguinte:


a) Velar pela observância da lei, dos regulamentos e das orientações do órgão de
tutela;
b) Assegurar a separação da gestão da entidade promotora da gestão da instituição de
ensino;
c) Criar, aprovar orçamentos e assegurar as condições financeiras e patrimoniais para
o normal funcionamento da instituição de ensino;
d) Arrecadar as receitas resultantes dos serviços prestados pela instituição de ensino;
e) Afectar à instituição de ensino um património específico em instalações e
equipamento;
f) Aprovar o Plano de Desenvolvimento Institucional, a carteira de investimentos e
os orçamentos elaborados pelos órgãos competentes;
g) Afectar um orçamento para o normal funcionamento da instituição;
h) Designar, nos termos do estatuto, os titulares dos órgãos de direcção da instituição
e submeter ao órgão de tutela para efeitos de homologação;

- 59 -
i) Decidir sobre a proposta de criação de cursos submetidos pela direcção da
instituição;
j) Aprovar os instrumentos de gestão operacional da instituição;
k) Realizar o acompanhamento periódico da instituição, bem como proceder à acção
fiscalizadora sistemática da sua gestão patrimonial e administrativa;
l) Definir os Instrumentos de orientação e supervisão estratégica da instituição;
m) Outras competências que lhe forem acometidas por lei.

Secção III: Autonomias


Artigo 10º
(Autonomia Científica e Pedagógica)

A autonomia científica e pedagógica do INSPOTEC envolve a capacidade para:


a) Propor ao órgão de tutela a criação, alteração, supressão e extensão dos
programas dos cursos superiores, nomeadamente Licenciatura, Especialização,
Mestrado e Doutoramento;
b) Assegurar a pluralidade de doutrinas e métodos que garantam a liberdade de
transmissão de conhecimentos;
c) Aprovar os planos de ensino para os cursos, bem como as necessárias alterações;
d) Aprovar os conteúdos dos cursos a ministrar;
e) Decidir sobre os projectos de integração a desenvolver;
f) Fixar anualmente o número de vagas para os cursos de licenciatura e pós –
graduação;
g) Estabelecer as regras de acesso, matrículas, inscrições, reingressos e mudanças
de curso;
h) Aprovar os regimes de frequência e avaliação de conhecimentos;
i) Definir condições e métodos de ensino e práticas;
j) Definir os serviços a prestar à comunidade;
k) Definir as demais actividades científicas e culturais a realizar;
l) Aprovar sobre equivalências e reconhecimento de graus, diplomas, cursos e
componentes de cursos
m) Definir programas e projectos de pesquisa científica;

- 60 -
n) Desenvolver mecanismos de avaliação do desempenho dos docentes e não-
docentes do Instituto Superior Politécnico, com vista a promoção da qualidade
dos serviços;
o) Conferir graus, diplomas, certificados, títulos e distinções universitárias, de
acordo com a legislação vigente;
p) Estabelecer anualmente o calendário académico segundo a legislação em vigor;
q) Exercer outras atribuições e competências definidas por Lei e regulamentos.

Artigo 11º
(Autonomia Financeira)

No âmbito da autonomia financeira, compete ao Instituto Superior Politécnico:

a) Elaborar, gerir e submeter aprovação o orçamento do Instituto Superior


Politécnico;
b) Executar o orçamento aprovado;
c) Elaborar os planos e programas de investimentos do Instituto Superior
Politécnico;
d) Depositar em instituições bancárias as receitas próprias;
e) Aceitar subvenções e doações, bem como quaisquer contribuições provenientes
de pessoas físicas ou jurídicas, nacionais e estrangeiras;
f) Elaborar os relatórios de execução do orçamento atribuído;
g) Administrar o património de acordo com a lei em vigor;
h) Exercer outras tarefas afins.

Artigo 12º
(Autonomia Administrativa)

A autonomia administrativa do Instituto Superior Politécnico envolve a


capacidade de:
a) Elaborar os seus estatutos, manuais e regulamentos;

- 61 -
b) Elaborar, rever e aprovar os regulamentos das unidades funcionais;
c) Dispor de verbas do orçamento geral do estado, anualmente;
d) Recrutar, formar e promover e/ou dispensar os seus docentes e investigadores,
bem como o restante pessoal, nos termos da lei e dos Estatutos do Instituto
Superior Politécnico;
e) Propor o recrutamento de pessoal não docente necessário à prossecução dos seus
objectivos;
f) Alterar o quadro de pessoal e promover a sua revisão periódica;
g) Atribuir responsabilidades e tarefas ao pessoal não docente e proceder à sua
distribuição pelos serviços, de acordo com as normas gerais aplicáveis;
h) Assegurar a gestão e o normal funcionamento do Instituto Superior Politécnico,
sem prejuízo da competência própria dos órgãos do Instituto Superior
Politécnico.

Artigo 13º
(Autonomia Disciplinar)

A autonomia disciplinar do INSPOTEC, implica:


a) O exercício do poder disciplinar sobre as infracções cometidas por docentes,
investigadores, técnicos de laboratórios, discentes, funcionários e agentes
administrativos, observando o regime apropriado e a legislação aplicável;
b) Instaurar processos disciplinares segundo o regime legal vigente;
c) Promover inquéritos e sindicâncias;
d) Informar a Promotora sobre a aplicação de medidas disciplinares;
e) Promover o procedimento criminal, nos termos legais;
f) Exercer o poder disciplinar, em geral, nos termos da legislação em vigor.

- 62 -
Artigo 14º
(Autonomia Patrimonial)

No quadro da autonomia patrimonial, compete ao INSPOTEC:


a) Adquirir bens móveis;
b) Gerir o património físico e intangível do Instituto Superior Politécnico;
c) Registar os direitos de autor e de organização em geral;
d) Promover a avaliação e o abate de bens móveis e imóveis nos termos da lei;
e) Realizar periodicamente, o inventário geral do património do Instituto Superior
Politécnico, nos termos legais;
f) Promover o registo dos bens e direitos adquiridos, marcas, inventos, entre
outros.

Secção IV: Gestão Financeira e Patrimonial


Artigo 15º
(Receitas)

1. Constituem receitas do Instituto Superior Politécnico:

a) As dotações que lhe forem concedidas pela Promotora;


b) As verbas resultantes de projectos nacionais e internacionais que o Instituto
Superior Politécnico se candidate;
c) As verbas resultantes de protocolos, acordos, projectos de investigação e de
prestação de serviços à comunidade;
d) Os rendimentos de bens que lhe estão afectados ou de que tenha a fruição;
e) As verbas provenientes dos pagamentos dos emolumentos e propinas;
f) O produto de vendas de publicações;
g) Os subsídios, subvenções, comparticipações, heranças e legados;
h) Os juros financeiros dos depósitos;
i) As taxas, os emolumentos e as multas;
j) Quaisquer outras receitas que legalmente possa arrecadar.

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2. O Regulamento para a utilização dos fundos extra orçamentais é aprovado em
Conselho de Direcção.

Artigo 16º
(Natureza e Gestão)

1. A gestão financeira do Instituto Superior Politécnico é efectuada por meio dos


seguintes instrumentos:
a) Orçamento decorrente da Promotora;
b) Planos e orçamento plurianuais;
c) Planos e orçamentos anuais, individualizando os de exploração, os de
investimentos, os financeiros, bem como as suas actualizações.

2. O plano e o orçamento anuais estabelecerão a estratégia a seguir pelo Instituto


Superior Politécnico durante o período em perspectiva devendo ser revistos sempre que
as circunstâncias o justifiquem e incluem:
a) O programa de investimentos e as respectivas fontes de financiamento;
b) A conta de exploração e o balanço financeiro;
c) Os planos anuais e os respectivos orçamentos serão preparados para cada ano
económico, nos termos da lei, os quais serão com os desdobramentos
necessários que permitam a descentralização de responsabilidade e o adequado
controlo de gestão.

Artigo 17º
(Organização Contabilística)

1. O Instituto Superior Politécnico deve organizar a sua contabilidade de acordo


com a legislação vigente, de modo a assegurar, no momento próprio:
a) A apresentação das contas nos termos da lei;
b) O conhecimento e controlo permanente, por parte dos órgãos e instituições
competentes, das existências de valor das obrigações perante terceiros, tendo em
vista a aferição da racionalidade e eficiência da gestão;

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c) A prova das despesas realizadas;
d) A tomada de decisões, nomeadamente quanto a afectação de recursos.
e) Os resultados das auditorias interna e externa.

2. Os planos sectoriais de contabilidade adoptados pelo Instituto Superior


Politécnico devem observar os requisitos necessários a organização global das contas da
Promotora.

Artigo 18º
(Património)

O património do Instituto Superior Politécnico é constituído por:


a) Conjunto de bens móveis e imóveis de que lhe forem disponibilizados pela
entidade Promotora;
b) Bens e direitos que sejam por si adquiridos na prossecução das suas atribuições;
c) Bens, equipamentos e direitos que tenham sido cedidos, doados ou afectados ao
Instituto, por organizações, universidades ou outras instituições públicas ou
privadas, nacionais ou internacionais.

Secção V: Gestão dos Recursos humanos


Artigo 19º
(Atribuições)

Aos serviços de Gestão de Recursos Humanos competem as seguintes


actividades:
a) Assegurar a informação necessária à correcta gestão do pessoal, submetendo à
aprovação os processos relativos ao recrutamento, selecção e provimento, bem
como as respeitantes à promoção, recondução, nomeação e aposentação dos
funcionários do Instituto Superior Politécnico;
b) Assegurar os planos de formação e aperfeiçoamento profissional dos
trabalhadores;
c) Elaborar e manter actualizado o cadastro do pessoal;
d) Acolher o pessoal a admitir no Instituto e desenvolver acções destinadas à sua
integração laboral;

- 65 -
e) Desenvolver as acções necessárias ao serviço social e de saúde do pessoal;
f) Efectuar todo o expediente relativo à efectividade e férias do pessoal da
instituição incluindo o pessoal docente;

Artigo 20º
(Regulamentação)

1.Existirá para os processos relativos ao recrutamento e selecção, promoção,


recondução, formação e aposentação dos funcionários, docentes e não docentes do
Instituto Superior Politécnico, regulamentação própria a constar no manual da área.
2. Para efeitos de provimento e de disciplina, todo o pessoal do Instituto
Superior Politécnico está sujeito ao regime jurídico de contrato.

Capítulo II: Organização interna da Instituição


Secção I: Normas
Artigo 21º
(Manual de Organização)

O Manual de Organização delineia os objectivos, atribuições de dependências


hierárquicas dos órgãos de gestão, unidades orgânicas e serviços executivos e de apoio
do Instituto Superior Politécnico, respeitando o presente Estatuto e demais regulamentos
aplicáveis.

Artigo 22º
(Normas Disciplinares Gerais)

1. Caberá ao Director Geral, Directores das Áreas e aos Chefes de Departamento, no


âmbito de suas respectivas competências, a responsabilidade pela observância dos
preceitos relativos á ordem, à disciplina e á dignidade que devem presidir as
actividades do Instituto Superior Politécnico.

2. O regime disciplinar a que ficarão subordinado o corpo docente, discente e


técnico-administrativo, constará em documento próprio e é determinado pela
- 66 -
3. legislação vigente no Subsistema de Ensino Superior e nas demais normas
aplicáveis em direito administrativo.
4. 4. Constituem Normas Disciplinares comuns à Comunidade do Instituto
Superior Politécnico:

a) Respeitar e tratar com civismo e lealdade todos os órgãos da Instituição, os


colegas e demais membros da Comunidade Académica,
b) Velar pela conservação e pela boa utilização de todos os recursos e bens do
Instituto Superior Politécnico;
c) Utilizar com o devido zelo todas as instalações do Instituto Superior Politécnico;
d) Não praticar actos lesivos ao Instituto Superior Politécnico;
e) Zelar pela idoneidade e bom nome do Instituto Superior Politécnico;
f) Não consumir bebidas alcoólicas no Instituto Superior Politécnico;
g) Cumprir as normas disciplinares e de segurança descritas neste Estatuto e
contribuir para que toda a comunidade educativa as cumpra;
h) Cumprir e fazer cumprir o disposto na lei, nos regulamentos e Estatuto do
Instituto Superior Politécnico;
i) Salvo imposição da lei, os actos praticados por qualquer membro da Comunidade
Académica da instituição não os vinculam como tal, se forem praticados fora dos
limites espaciais e funcionais do Instituto Superior Politécnico.

Artigo 23º
(Normas de Segurança)

1. As Normas de Segurança, relativas à segurança e saúde ocupacional, são de


observância obrigatória para toda a instituição e deverão contar em documento próprio.

2. As Normas de Segurança deverão descrever as posturas cuidadosas e


responsáveis durante a utilização dos laboratórios assim como a utilização da
informação de carácter docente e científica produzida pela instituição.

Artigo 24º
(Espaços)
- 67 -
Os locais pertencentes ao Instituto Superior Politécnico, onde se desenrolam
actividades docentes, educativas, de investigação ou de extensão cultural e comunitária,
compreendem todo o espaço, interno à vedação e espaços sem vedação, compreendendo
os edifícios, os terrenos ajardinados ou não, as estradas e os passeios que não se incluam
nos edifícios.

Artigo 25º
(Identificação)

1. Os docentes, investigadores, técnicos de laboratórios e o pessoal não docente,


os estudantes assim como os utentes regulares da Instituição devem obrigatoriamente,
exibir um cartão de identificação pessoal emitido pelos serviços competentes.
2. Aos visitantes será facultado um cartão-de-visita mediante depósito de um
documento de identificação pessoal.

5. O disposto no ponto anterior inclui visitantes pontuais, prestadores de serviços


pontuais e fornecedores.

Secção II: Estrutura Orgânica


Artigo 26º
(Natureza)

1. A Estrutura Orgânica do Instituto Superior Politécnico é definida como a


ordenação e agrupamento de actividades e recursos, visando o alcance dos objectivos
organizacionais.
2. O Instituto Superior Politécnico tem ser estruturado de acordo com as funções
exercidas pelos seus respectivos órgãos e do relacionamento hierárquico e funcional
entre eles assim como da sua estratégia organizacional.

Artigo 27º
(Composição)

- 68 -
1. A estrutura orgânica do Instituto Superior Politécnico compreende o Órgão
Executivo de Gestão, os Órgãos Auxiliares do Órgão Executivo de Gestão, os Órgãos
Colegiais os Serviços de Apoio Técnico e as Unidades Orgânicas:
a) Órgão Executivo de Gestão:
I. Director Geral do Instituto
b) Órgãos Auxiliares do Órgão Executivo de Gestão:
I. Director Académico
II. Director Científico e de Extensão
III. Secretário Geral
c) Órgãos Colegiais:
I. Conselho de Direcção
II. Conselho Gestão
III. Conselho Científico
IV. Conselho Pedagógico
V. Conselho Universitário

d) Serviços de Apoio Técnico:


I. Gabinete do Director Geral
II. Assessorias
e) Unidades Orgânicas:
I. Departamentos de Ensino

2. Os Órgão Executivo, Órgãos Auxiliares do Órgão Executivo de Gestão e os


Órgãos Colegiais, funcionam e organizam-se de acordo com o Manual de Organização.

Secção III: Órgãos Executivos de Gestão


Subsecção I: Director Geral
Artigo 28º
(Competências)

1. O Director Geral é o órgão executivo de gestão do Instituto, é designado pela


entidade Promotora, devendo ser homologado pelo Ministério que tutela o Subsistema
do Ensino Superior, com base nos requisitos previstos na legislação em vigor.

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2. No exercício das suas funções o Director Geral coordena, orienta e fiscaliza
todas as actividades do Instituto cabendo-lhe designadamente:
a) Velar pela observância da lei e dos regulamentos;
b) Responder perante o órgão de tutela e a Promotora pelo funcionamento da
instituição;
c) Dar cumprimento às orientações do órgão de tutela;
d) Comunicar ao órgão de tutela todos os dados indispensáveis ao exercício da
tutela;
e) Elaborar e submeter ao Órgão de Tutela do Ensino Superior o Plano de
Desenvolvimento Institucional, com base nas políticas do Estado para o sector;
f) Após auscultação da entidade Promotora nomear e conferir posse aos titulares de
cargos de direcção e chefia dos serviços intermédios do Instituto;
g) Nomear e conferir posse aos titulares de gestão das unidades orgânicas;
h) Admitir e demitir o pessoal docente e não docente do Instituto, nos termos da
legislação em vigor;
i) Exercer o poder disciplinar sobre o pessoal docente e não docente, assim como
sobre os discentes do Instituto, nos termos da lei;
j) Submeter à apreciação e pronunciamento do Ministério de Tutela, à Promotora e
os Órgãos Colegiais do Instituto o projecto ou as alterações do Estatuto Orgânico,
o Plano de Desenvolvimento Institucional e os projectos ou alterações de
regulamentos de funcionamento;
k) Declarar, no relatório de actividades e contas, as receitas extraordinárias
provenientes do exercício da actividade bem como todas as receitas
extraordinárias e doações aceites pelo Instituto;
l) Submeter ao Conselho de Direcção as linhas gerais de orientação do
funcionamento do Instituto;

m) Presidir o Conselho de Direcção;


n) Superintender a gestão académica, científica e de extensão, administrativa e
financeira, sem prejuízo da capacidade de delegação nos termos legais;
o) Nomear os júris para a outorga de grau académicos, nomeadamente licenciatura,
mestrado e doutoramento;

- 70 -
p) Encomendar a avaliação da instituição e prever acções de aproveitamento dos
resultados;
q) Propor ao órgão de tutela a criação de um fundo de desenvolvimento da
instituição;
r) Velar pela formação e desenvolvimento do corpo docente;
s) Realizar as demais acções que, por lei ou pelo estatuto, não sejam deferidas aos
outros órgãos da instituição e as que lhe forem superiormente acometidas.

4. O Director Geral no exercício das suas funções é coadjuvado pelo Director


Académico, pelo Director Científico e de Extensão e pelo Secretário-geral. Os
responsáveis destas áreas poderão ser escolhidos dentre os docentes nacionais e/ou
estrangeiros em tempo integral com grau de Doutor e excepcionalmente de Mestre.

5. O Director Geral pode delegar, pela forma e pelo processo legalmente


exigidos, competências à um dos Directores e/ou Secretário Geral.

6. O Director Geral deve delegar nos órgãos de gestão das unidades orgânicas as
competências que se revelarem necessárias a uma gestão mais eficiente e
descentralizada.
7. O Director Geral, nas suas ausências ou impedimentos, designará um dos
Directores ou Secretário-geral que o substitui em conformidade com o presente Estatuto
Orgânico.

Artigo 29º
(Duração do Mandato)

O mandato do Director Geral enquanto titular do órgão executivo de gestão do


Instituto tem a duração de quatro anos, podendo ser renovado mais de uma vez.

- 71 -
Artigo 30º
(Incapacidade do Titular do Órgão Executivo de Gestão)

1. Na situação em que se comprove a incapacidade temporária ou prolongada do


Director Geral por mais de 45 dias, assume as suas funções um dos Directores ou o
Secretário-geral. Não sendo possível a indicação de um dos três, a entidade Promotora
indica um dos Chefes de Departamento de Ensino para sua substituição.

2. Em caso de vaga do cargo ou reconhecimento da situação de incapacidade


permanente do Director Geral, deve a entidade Promotora designar um novo Director
Geral, seguida da respectiva homologação pelo Ministério de Tutela.

Artigo 31º
(Exoneração do Titular do Órgão Executivo de Gestão)

Em caso de grave violação das normas gerais reguladoras do subsistema para o


ensino superior, e demais legislação, o mandato do Director Geral pode ser suspenso ou
dado por findo pelo titular da entidade Promotora, ouvidos os órgãos colegiais do
Instituto.

Subsecção II: Órgãos Auxiliares do Órgão Executivo de Gestão


Artigo 32º
(Director Científico e de Extensão)

1. O Director Científico e de Extensão é o titular que coordena todas as


actividades

- 72 -
Científicas, de Extensão e de Pós-Graduação do Instituto Superior Politécnico,
designadamente: a investigação, a extensão, a formação e a especialização tanto dos
discentes como dos docentes no quadro de metodologias específicas de investigação, de
pós-graduação e de extensão.

2. O Director Científico e de Extensão será escolhido dentre os docentes


nacionais e/ou estrangeiros em tempo integral com grau de Doutor e excepcionalmente
de Mestre e com categoria de Professor.

3. O Director Científico e de Extensão é o responsável da Direcção Científica e


de Extensão que tem como missão promover a excelência profissional através da
investigação, da extensão e da pós-graduação, de forma a potenciar o desenvolvimento
humano, científico e tecnológico e qualificar os processos de investigação
desenvolvidos no Instituto Superior Politécnico.

4. O Director Científico e de Extensão depende hierárquica e directamente do


Director Geral que o nomeia, sob anuência da entidade Promotora.

Artigo 33º
(Competências da Direcção Científica e de Extensão)

São competências da área:


a) Analisar as tendências de desenvolvimento das áreas profissionais envolvendo a
necessidade de investigação científica e a procura de especialistas e a partir daí,
elaborar e promover as políticas e as directrizes para o desenvolvimento da
investigação científica, da extensão e da pós-graduação (Especialização,
Mestrado e Doutoramento);

b) Planear, implementar, coordenar e avaliar as políticas de investigação científica,


extensão e de pós-graduação;
c) Promover a indissociabilidade entre o Ensino, a Investigação & Desenvolvimento
e a Extensão;

- 73 -
d) Elaborar, coordenar e avaliar as políticas de capacitação docente e discente do
Instituto Superior Politécnico no âmbito da Investigação Científica e formação
contínua;
e) Elaborar e coordenar as políticas de produção científica e divulgação dos
trabalhos desenvolvidos;
f) Elaborar e coordenar as políticas de promoção e de apoio à carreira do
investigador no Instituto Superior Politécnico;
g) Representar o Instituto Superior Politécnico nos eventos e fóruns oficiais
associadas às áreas de Investigação científica, de Extensão e de Pós-graduação;
h) Coordenar as políticas de Gestão de Laboratórios do Instituto Superior
Politécnico;
i) Coordenar os processos de recrutamento e contratação de docentes, assim como
de enquadramento dos mesmos nas áreas e linhas de investigação científica do
Instituto Superior Politécnico e no plano de carreira;
j) Desenvolver um modelo de cooperação, ao nível da investigação, entre as várias
áreas científicas do Instituto Superior Politécnico e outras Instituições do Ensino
Superior;
k) Desenvolver outras atribuições conferidas pelo Estatuto e pelo Regimento do
Instituto Superior Politécnico;
l) Desempenhar as demais funções que lhe forem incumbidas pelo Director Geral.

Artigo 34º
(Composição da Direcção Científica e de Extensão)

1. A Direcção Científica e de Extensão compreende Departamentos.


2. O funcionamento e organização da Direcção Científica e de Extensão regem-
se pelo Manual de Organização do Instituto Superior Politécnico.

Artigo 35º
(Director Académico)

1. O Director Académico ocupa-se da gestão académica e pedagógica do


Instituto Superior Politécnico.

- 74 -
2. O Director Académico será escolhido dentre os docentes nacionais e/ou
estrangeiros em tempo integral com grau de Doutor e excepcionalmente de Mestre e
com categoria de Professor.

3. O Director Académico é o responsável da Direcção Académica que é o órgão


que garante a regularidade da gestão dos processos académicos dos estudantes dos três
períodos de estudos do ensino superior, desde o momento de ingresso até à data de
conclusão e respectiva certificação.

4. O Director Académico depende hierárquica e directamente do Director Geral


que o nomeia, sob anuência da entidade Promotora.

Artigo 36º
(Competências da Direcção Académica)

São competências da área:


a) Elaborar o calendário para cada ano lectivo;
b) Propor o número de vagas da Prova de Acesso e organizar todo o processo
relativo a realização das respectivas provas;
c) Organizar o registo central das matrículas nos diversos Cursos do Instituto, bem
como o cadastro geral de todos os alunos;
d) Organizar de forma integrada as unidades académicas que o compõem zelando
pelo cumprimento das directrizes que emanam dos Conselhos de Direcção,
Pedagógico e Científico, garantindo a aplicação de todas as normas e
procedimentos que decorram de regulamentos internos ou de normas
estabelecidas por legislação aplicável ao Ensino Superior;
e) Monitorizar as acções sistemáticas que constituem o quotidiano de
funcionamento do Instituto Superior Politécnico, designadamente, a gestão de
horários de aulas e marcação de exames, para além de iniciativas adicionais que
visam combater o insucesso escolar e promovam uma boa integração dos alunos
durante o seu percurso académico;
f) Coordenar a orientação académica e vocacional dos estudantes;

- 75 -
g) Organizar e processar todo o expediente, nomeadamente o que concerne às
certidões que a lei preveja;
h) Preparar tecnicamente as decisões que devem ser tomadas pelos órgãos de
direcção e gestão do Instituto, no domínio da sua actividade;
i) Preparar tecnicamente os processos disciplinares dos estudantes para decisão
superior;
j) Desempenhar as demais funções que lhe forem incumbidas pelo Director Geral.

Artigo 37º
(Composição da Direcção Académica)

1. A Direcção Académica compreende departamentos.

2. O funcionamento e organização da Direcção Académica regem-se pelo


Manual de Organização do Instituto Superior Politécnico.

Artigo 38º
(Secretário Geral)

1. O Secretário Geral é o titular do Órgão Auxiliar do Órgão Executivo de


Gestão encarregue de executar as directrizes e elaborar propostas para aprovação na
área administrativa, financeira, patrimonial e de recursos humanos.

2. O Secretário Geral será escolhido dentre os funcionários nacionais e/ou


estrangeiros em tempo integral com grau mínimo de Licenciatura.

3. O Secretário Geral é nomeado pelo Director Geral do Instituto Superior


Politécnico, sob a anuência da Promotora.

Artigo 39º
(Competências da Secretaria Geral)

1. Compete ao Secretário Geral:

- 76 -
a) Prever, organizar, dirigir e controlar as actividades dos serviços nas áreas
administrativa, financeira, patrimonial e de recursos humanos, bem como
superintender o seu funcionamento, no quadro das orientações fixadas pela
direcção do Instituto Superior Politécnico;
b) Assistir tecnicamente os órgãos de gestão e dar-lhes apoio logístico;
c) Elaborar e promover a realização de estudos de natureza administrativa,
relatórios, pareceres e informações relativos à gestão do Instituto Superior
Politécnico;
d) Participar nas reuniões do Conselho de Direcção do Instituto Superior
Politécnico;
e) Dispor e dirigir o pessoal administrativo não docente consoante as suas
responsabilidades;
f) Manter actualizada a colecção de leis, regulamentos, resoluções, instruções,
despachos, ordens de serviço e livros de actas;
g) Acompanhar a elaboração de relatórios mensais, trimestrais, semestrais e anuais;
h) Planear, desenvolver, controlar e avaliar a administração orçamental e financeira
do Instituto Superior Politécnico, assim como proceder ao controlo das receitas e
despesas do Instituto Superior Politécnico;
i) Supervisionar os planos de formação do pessoal não-docente;
j) Elaborar a proposta de alteração das dotações orçamentais, abertura de créditos
adicionais e criação de fundos;
k) Recolher, sistematizar e divulgar legislação com interesse para a actividade do
Instituto Superior Politécnico;
l) Elaborar a proposta do orçamento e da carteira de investimentos do Instituto
Superior Politécnico e acompanhar a sua execução;
m) Supervisionar ou fiscalizar execução das obras do Instituto Superior Politécnico;
n) Acompanhar o registo contabilístico da execução do orçamento;
o) Orientar e supervisionar as actividades referentes à administração do património
e materiais do Instituto Superior Politécnico;

p) Elaborar o relatório de contas do Instituto Superior Politécnico, encaminhando-o


à apreciação do Conselho de Direcção do Instituto Superior Politécnico;

- 77 -
q) Organizar e manter actualizado os inventários de bens móveis e imóveis do
Instituto Superior Politécnico;
r) Proceder periodicamente à verificação dos fundos financeiros em cofre e em
depósito e fiscalizar a escrituração da contabilidade e de tesouraria;
s) Pronunciar-se sobre a contratação, promoção, afectação e avaliação do pessoal;
t) Arrecadar, distribuir e controlar os recursos financeiros e fiscalizar a execução do
orçamento;
u) Pronunciar-se sobre a aquisição dos imóveis necessários à prossecução das
actividades do Instituto;
v) Adjudicar e controlar estudos, obras, trabalhos, serviços, fornecimentos de
material e equipamentos;
w) Administrar os bens, velando pela conservação e conveniente aproveitamento dos
edifícios, terrenos e equipamentos pertencentes ou afectos ao Instituto;
x) Verificar a legalidade das despesas e autorizar o seu pagamento;
y) Exercer as demais competências que lhe sejam atribuídas por lei ou delegadas
superiormente pelo Director Geral ou pela Promotora.

Artigo 40º
(Composição da Secretaria Geral)

1. A Secretaria-geral compreende Departamentos.

2. O funcionamento e organização da Secretaria-geral regem-se pelo Manual de


Organização do Instituto Superior Politécnico.

Subsecção III: Serviços de Apoio Técnico


Artigo 41º
(Gabinete do Director Geral)

- 78 -
1. O Gabinete do Director Geral é o serviço de apoio directo e pessoal que
assegura a actividade do Director Geral, no relacionamento com os diferentes órgãos e
serviços do Instituto, e com as demais entidades públicas e privadas.
2. O Gabinete do Director Geral é dirigido por um responsável, nomeado pelo
Director Geral, dispondo dos recursos humanos e materiais necessários ao seu cabal
funcionamento.
3. Compete ao Gabinete do Director Geral:
a) Assessorar a Direcção Geral na implementação do Plano de Desenvolvimento
Institucional, para o efectivo funcionamento da Instituição;
b) Auxiliar nos processos de cumprimento das actividades diárias e na gestão do
planeamento e coordenação das actividades propostas para a Instituição;
c) Fortalecer o relacionamento com todos os níveis da administração interna e com
o público externo;
d) Contribuir para o desenvolvimento administrativo da Instituição, no intuito de dar
celeridade aos processos;
e) Acompanhar e registar as reuniões de trabalho realizadas pelo Director Geral;
f) Administrar a agenda do Director Geral;
g) Coordenar e orientar as audiências do Director Geral;
h) Auxiliar o Director Geral na análise e encaminhamento dos assuntos da sua
atribuição;
i) Coordenar o controlo de correspondências e expedientes oficiais da Direcção
Geral;
j) Transmitir a todas as áreas da instituição as determinações, ordens e instruções
do Director Geral;
k) Assistir o Director Geral no despacho do expediente;
l) Coordenar a elaboração do Relatório Anual do Instituto;
m) Representar o Director Geral quando por este for designado;
n) Exercer as demais competências que lhe sejam atribuídas por lei ou delegadas
pelo Director Geral.

Artigo 42º
(Assessorias)

- 79 -
1. As Assessorias são serviços de apoio técnico, sob dependência do Director
Geral, que exercem as suas acções nas áreas jurídica, relações institucionais,
planeamento e estatística, comunicação e imagem e qualidade e segurança e outras que
venham a ser criadas.

2. A organização e o funcionamento das Assessorias regem-se pelo Manual de


Organização do Instituto Superior Politécnico.

Secção IV: Órgãos Colegiais


Artigo 43º
(Definição)

1. O Instituto Superior Politécnico tem, em função da sua especificidade, os


seguintes órgãos colegiais de gestão:
a) Conselho de Direcção;
b) Conselho de Gestão;
c) Conselho Científico;
d) Conselho Pedagógico;
e) Conselho Universitário.
2. Para além dos órgãos dispostos nas alíneas anteriores a instituição pode prever
outros órgãos no presente estatuto desde que respeite a legislação em vigor e as
necessidades da gestão institucional.

Subsecção I: Conselho de Direcção


Artigo 44º
(Natureza)

- 80 -
1.O Conselho de Direcção é o órgão colegial de apoio deliberativo do Instituto
Superior Politécnico, cabendo-lhe emitir pareceres, pronunciar-se sobre todos os
assuntos relacionados com a direcção e gestão administrativa, financeira e patrimonial
do Instituto Superior Politécnico, e sobre os demais assuntos que lhe são submetidos
pelo titular do cargo executivo de gestão.

2. O Conselho de Direcção do Instituto Superior Politécnico reúne


ordinariamente uma vez por mês, e extraordinariamente, sempre que convocado pelo
Director Geral.

Artigo 45º
(Composição)

1. O Conselho de Direcção é constituído por:


a) Director Geral, que o preside;
b) Director Académico;
c) Director Científico e de Extensão;
d) Secretário Geral;

2. Podem participar das reuniões do Conselho de Direcção outras entidades que o


Director Geral, por sua iniciativa ou por recomendação dos restantes membros do
Conselho, entenda convidar.

3. O funcionamento e organização do Conselho de Direcção rege-se por um


regulamento próprio.

Artigo 46º
(Competências)
1. Compete ao Conselho de Direcção:

- 81 -
a) Apreciar e aprovar o Plano de Desenvolvimento Institucional do Instituto
Superior Politécnico;
b) Apreciar e aprovar a carteira de investimentos e o orçamento do Instituto
Superior Politécnico;
c) Apreciar o Relatório Anual de actividades e contas do Instituto Superior
Politécnico;
d) Decidir sobre a organização dos espaços físicos das várias unidades funcionais,
bem como dos serviços executivos e de apoio;
e) Definir a política de concessão de bolsas de estudo aos docentes e discentes;
f) Decidir sobre o mapa de distribuição do serviço docente;
g) Apreciar e aprovar a criação, modificação ou encerramento de cursos do
Instituto Superior Politécnico;
h) Promover alterações ao Estatuto Orgânico do Instituto Superior Politécnico;
i) Decidir sobre a oportunidade de realizar a avaliação institucional do Instituto
Superior Politécnico;
j) Decidir sobre a nomeação dos gestores para os órgãos colegiais do Instituto
Superior Politécnico;
k) Pronunciar-se sobre a criação, modificação e extinção de serviços;
l) Decidir sobre a pertinência e relevância científica, cultural e pedagógica dos
projectos do Instituto Superior Politécnico;
m) Fomentar o estabelecimento de laços de cooperação entre o Instituto Superior
Politécnico com outras Instituições de Ensino Superior e com as organizações
profissionais, empresariais, culturais e outras de âmbito regional, nacional, ou
internacionais relacionadas com a sua actividade.

2. Compete ainda ao Conselho de Direcção, analisar e aprovar:


a) O quadro de pessoal e as políticas de gestão dos recursos humanos;
b) A distribuição do pessoal não docente;
c) As normas e regulamentos para o bom funcionamento do Instituto Superior
Politécnico;
d) As regras ou regulamentos para a celebração de acordos de cooperação na área
de investigação científica e de desenvolvimento ou de contratos de prestação de

- 82 -
serviços de natureza científica que envolvam recursos humanos ou materiais do
Instituto Superior Politécnico;
e) Os programas, convénios, protocolos e acordos de cooperação com instituições
ou organizações nacionais ou estrangeiras que o Instituto Superior Politécnico se
proponha realizar, bem como as acções que nesse âmbito se vierem a
desenvolver;
f) Os projectos de orçamento com verbas da Promotora alocadas ao Instituto
Superior Politécnico;
g) O programa da utilização de verbas extra-orçamentais;
h) A instituição de prémios académicos;

3. O Conselho de Direcção pode também reunir em Conselho de Direcção


Alargado, em que participarão os Chefes de Departamentos.

4. Em todas as reuniões do Conselho de Direcção, deverão ser elaboradas actas e


as decisões tornadas públicas em moldes a fixar pelo Regulamento Interno.

Artigo 47º
(Funcionamento)

1. As decisões são tomadas por consenso. No caso de falta de consenso, o


Director Geral tem o voto de qualidade.

2. O Conselho de Direcção poderá, no estrito cumprimento da lei, designar


elementos não pertencentes ao Instituto Superior Politécnico para assessorarem os seus
trabalhos.

- 83 -
Subsecção II: Conselho de Gestão
Artigo 48º
(Natureza)

O Conselho de Gestão é o órgão encarregue da gestão administrativa,


patrimonial e financeira do Instituto Superior Politécnico.

Artigo 49º
(Composição)

1. O Conselho de Gestão é composto pelo Director Geral do Instituto Superior


Politécnico, que preside, e ainda pelo Secretário Geral e pelos Departamentos da Área
Administrativa.

2. O Director Geral pode convocar para participar nas reuniões do Conselho de


Gestão, sem direito de voto, os Presidentes dos Conselho Científico e Pedagógico e os
responsáveis das unidades orgânicas.

Artigo 50º
(Competências)
1. Compete ao Conselho de Gestão:

a) Propor ao Conselho de Direcção os normas de organização e de funcionamento


dos serviços de natureza administrativa e de apoio técnico do Instituto Superior
Politécnico;
b) Propor à aprovação dos órgãos competentes a criação de estruturas institucionais
de apoio à concretização da política de garantia da qualidade, nomeadamente as
estruturas necessárias à execução da avaliação das actividades de ensino,
investigação e extensão;
c) Propor as taxas e emolumentos e autorizar o pagamento de remunerações
complementares previstas na lei;

2. O Conselho de Gestão pode, nos termos definidos neste Estatuto, delegar aos
outros órgãos próprios e dirigentes dos serviços as competências consideradas
necessárias a uma gestão eficiente.

- 84 -
Artigo 51º
(Funcionamento)

1. O Conselho de Gestão terá reuniões ordinárias mensais e extraordinárias,


sempre que forem convocadas pelo Director Geral e/ou a pedido do Secretário Geral.

2. As deliberações são tomadas por consenso e na ausência do consenso ou


empate, caberá ao Director Geral decidir e na sua ausência o Secretário Geral.

3. O Conselho de Gestão reger-se-á por um regulamento próprio.

Subsecção III: Conselho Científico


Artigo 52º
(Natureza)

O Conselho Científico é o órgão colegial relacionado com as áreas científicas, de


investigação e pós-graduação, em conformidade com o estipulado no presente Estatuto.

Artigo 53º
(Composição)

São membros do Conselho Científico:

a) Director Científico e de Extensão, que o preside;


b) Director Académico;
c) Os Professores e Investigadores com o grau de Doutor;
d) Poderão ainda participar dos trabalhos do Conselho Científico, sem direito a
voto quaisquer outras entidades que o Director Científico, por sua iniciativa ou
por recomendação dos restantes membros do Conselho, entender ou convidar.

Artigo 54º
(Competências)

- 85 -
1. São competências do Conselho Científico as seguintes:
a) Definir as linhas gerais de políticas a seguir pelo Instituto Superior Politécnico no
campo da investigação científica, acompanhado pelo seu desenvolvimento e da
observância ao princípio da autonomia científica;
b) Elaborar e propor alterações do regulamento interno do Conselho Científico e
submetê-lo à sua aprovação;
c) Aprovar os programas das disciplinas que constituam os currículos do curso e
propor a sua reestruturação;
d) Apreciar o relatório das actividades científicas do ano transacto;
e) Deliberar sobre os conteúdos dos planos curriculares e de estudos;
f) Aprovar em primeira instância e propor o plano de formação da pós- graduação
os projectos a eles inerentes e os cursos de superação e de especialização;
g) Fazer propostas para acordos, convénios e protocolos de cooperação com outras
instituições, no âmbito da investigação científica e de extensão;
h) Avaliar o desempenho científico dos docentes;
i) Definir o número de vagas para os cursos de especialização e/ou pós-graduação;
j) Pronunciar-se sobre a participação do Instituto Superior Politécnico em acções de
carácter científico-investigativo com associações ou empresas com ou sem fins
lucrativos, desde que as actividades sejam com as finalidades e interesses da
Promotora;
k) Elaborar propostas de alteração ao quadro docente e propor a distribuição do
serviço docente ao Conselho de Direcção, ouvido os Departamentos de Ensino;
l) Propor a abertura de concursos públicos para admissão de candidatos a docência
e pronunciar-se sobre a sua admissão;
m) Emitir parecer sobre as propostas de provimento definitivo de professores
titulares, associados e auxiliares;
n) Propor a criação, alteração e extinção de áreas científicas, cursos e departamentos
de ensino e investigação, centros de investigação científica e pós-graduação e
Programas de Iniciação à Investigação Científica;

o) Emitir pareceres sobre projectos de investigação científica, quer ao nível de


iniciação científica, trabalhos de fim de curso e pós-graduação;

- 86 -
p) Emitir pareceres sobre as actividades de carácter científico enquadradas nos
programas de extensão universitária;
q) Deliberar sobre composição das áreas científicas e dos Departamentos de Ensino
e Investigação, bem como da afectação de docentes e investigadores;
r) Pronunciar sobre os pedidos de docentes para bolsas de estudos e dispensas de
prestação de serviço docente efectivo;
s) Pronunciar-se sobre a aquisição ou alienação do equipamento científico,
bibliográfico e a sua utilização;
t) Emitir pareceres sobre os convites a individualidades para desempenharem as
funções de professores convidados e respectivo enquadramento;
u) Pronunciar-se sobre as condições de admissão dos candidatos às provas de
doutoramento e mestrado e designar os orientadores das dissertações de mestrado
e doutoramento;
v) Emitir pareceres sobre as propostas de provimento definitivo dos investigadores
não docentes e de pessoal técnico adstrito às actividades científicas;
w) Definir a composição dos júris para o trabalho de fim de curso na graduação e
propor a composição de júris para provas de pós-graduação;
x) Homologar os planos anuais de actividade científica dos Departamentos de
Ensino e Investigação;
y) Pronunciar-se sobre quaisquer outros assuntos que lhe venham a ser atribuídos
por lei ou submetidos pelos órgãos da Promotora;

Artigo 55º
(Funcionamento)

1. O Conselho Científico é presidido pelo Director Científico e de Extensão


competindo-lhe convocar e orientar as reuniões e assinar as actas, bem como representar
oficiosamente o Conselho, podendo a coordenação ser atribuída ao Director Geral
sempre que necessário.

2. Sob proposta do Presidente, o Conselho elege um Vice-Presidente e um


secretário, cujo mandato coincide com o daquele; o Vice-Presidente substituirá o
Presidente nas suas ausências, faltas e impedimentos.
- 87 -
3. O Conselho Científico reúne-se ordinariamente, no mínimo, duas vezes por
ano lectivo, e extraordinariamente por iniciativa do Presidente ou a requerimento de
pelo menos um terço dos seus membros efectivos.

4. O Conselho Científico pode também reunir em Comissão Permanente.

5. A Comissão referida no número anterior será constituída nos termos e


condições a definir pelo plenário.

6. Das reuniões do Conselho Científico ou, da respectiva Comissão Permanente,


deverão ser elaboradas actas e as suas deliberações tornam-se públicas.

7. Os actos do Conselho Científico ou da sua Comissão Permanente devem ser


expressos sob forma de deliberação.

8. Sempre que necessário o Conselho Científico deve ouvir os respectivos


Departamentos de Ensino.
9. As deliberações do plenário do Conselho Científico ou da respectiva
Comissão Permanente deverão igualmente ter divulgação pública em moldes a fixar
pelo manual interno, cabendo para o efeito ao Secretário a elaboração das respectivas
actas sintetizadas, bem como as deliberações em forma de resolução.
10. O Conselho Científico rege-se por um regulamento próprio aprovado pelo
próprio Conselho.

- 88 -
Subsecção IV: Conselho Pedagógico
Artigo 56º
(Natureza)

O Conselho Pedagógico é o órgão competente para apreciar e emitir parecer


sobre as questões pedagógicas e académicas e deliberar sobre matérias afins e conexas.

Artigo 57º
(Composição)

1. São membros do Conselho Pedagógico:


a) Director Académico, que o preside;
b) Director Científico e de Extensão;
c) Chefes dos Departamentos de Ensino, de Políticas Educacionais;
d) Coordenadores de Curso;
e) Docentes e Investigadores com o grau mínimo de Mestre;
f) Dois representantes dos estudantes.

2. O Presidente do Conselho Pedagógico poderá convidar, nos termos que forem


definidos no seu regulamento interno, sem direito a voto, membros de outros órgãos,
unidades, serviços ou personalidade cuja presença seja considerada útil.

Artigo 58º
(Competências)

São competências e atribuições do Conselho Pedagógico:


a) Analisar, aprovar e acompanhar as linhas gerais de orientação pedagógica,
designadamente os métodos de ensino, organização curricular, calendários e
horário escolar, regimes de frequências, avaliação e transição de ano académico;
b) Analisar e aprovar os programas e relatórios das actividades académicas e
pedagógicas;
c) Contribuir para o normal funcionamento dos cursos, procurando corrigir
eventuais dificuldades e informando as mesmas aos órgãos competentes;

- 89 -
d) Coordenar e harmonizar as actividades pedagógicas referentes aos diversos
cursos, bem como viabilizar a articulação interdisciplinar;
e) Fazer propostas para optimizar a utilização dos diferentes cursos, bem como
propor a aquisição de material didáctico e bibliográfico;
f) Organizar em colaboração com outros órgãos, conferências, seminários e outras
actividades de interesse pedagógico;
g) Promover acções de formação e a realização de novas experiências no domínio
das tecnologias de ensino;
h) Elaborar, aprovar e propor alterações ao Regulamento Académico da instituição
no quadro da legislação em vigor;
i) Apreciar o relatório anual da situação académica dos estudantes;
j) Propor o número máximo de vagas existentes por Curso para cada ano;
k) Acompanhar a actividade pedagógica dos docentes;
l) Adaptar e velar pela execução do regime académico e do regime disciplinar dos
discentes em vigor;
m) Elaborar propostas relacionadas com a acção social destinada aos estudantes;
n) Dinamizar iniciativas de promoção da mobilidade discente;
o) Apreciar as queixas e reclamações relativas a problemas pedagógicos e propor as
providências necessárias;
p) Pronunciar-se sobre qualquer outro assunto de carácter pedagógico que venha a
ser atribuído por lei ou submetido pelos órgãos da Promotora;

Artigo 59º
(Funcionamento)

1. A duração do mandato dos membros do Conselho Pedagógico é de quatro


anos para os docentes e de dois para os discentes.
2. O Conselho Pedagógico reúne-se ordinariamente, no mínimo, duas vezes por
ano lectivo, e extraordinariamente por iniciativa do Presidente ou a requerimento de
pelo menos um terço dos seus membros efectivos.

3. O Conselho Pedagógico pode também reunir em Comissão Permanente.

- 90 -
4. A Comissão referida no número anterior será constituída nos termos e
condições a definir pelo plenário.

5. Das reuniões do Conselho Pedagógico ou, da respectiva Comissão


Permanente, deverão ser elaboradas actas e as suas deliberações tornam-se públicas.

6. Os actos do Conselho Pedagógico ou da sua Comissão Permanente devem ser


expressos sob forma de parecer técnico.

7. Sempre que necessário o Conselho Pedagógico deve ouvir os respectivos


Departamentos de Ensino.

8. Os pareceres do plenário do Conselho Pedagógico ou da respectiva Comissão


Permanente, aprovados em Conselho de Direcção, deverão ter divulgação pública em
moldes a fixar pelo regulamento interno.

9. O Conselho Pedagógico rege-se por um regulamento próprio aprovado pelo


próprio Conselho.

Subsecção V: Conselho Universitário


Artigo 60º
(Natureza)

O Conselho Universitário é o órgão colegial consultivo e de aconselhamento do


Instituto Superior Politécnico para questões de natureza estratégica, pronunciando-se
também sobre assuntos de carácter pedagógico, científico e de interacção com a
sociedade.

Artigo 61º
(Competências)

1. Compete ao Conselho Universitário do Instituto Superior Politécnico:


a) Pronunciar-se sobre o Plano de Desenvolvimento Institucional;
b) Conhecer os projectos e programas curriculares da Instituição quando solicitado;
- 91 -
c) Inteirar-se dos empreendimentos, parcerias e actividades a serem desenvolvidas
com os diversos sectores das instituições públicas e da sociedade civil;
d) Pronunciar-se sobre a proposta de novos cursos;
e) Pronunciar-se sobre qualquer assunto que o seu Presidente entenda submeter à
sua apreciação;
f) Pronunciar-se sobre o relatório de avaliação institucional;
g) Elaborar e aprovar o respectivo regulamento interno;

2. O Conselho Universitário do Instituto rege-se por um regulamento próprio.

Artigo 62º
(Composição)

1. O Conselho Universitário é composto por três categorias de membros:


a) Membros por inerência de funções;
b) Membros eleitos no seio da comunidade académica;
c) Membros das instituições públicas, privadas e da sociedade civil.
2.São membros por inerência de funções os membros do Conselho de Direcção,
designadamente o Director Geral, que é seu Presidente, o Director Científico e de
Extensão, o Director Académico, o Secretário Geral, os responsáveis das Unidades
Orgânicas, os responsáveis dos Departamentos de Políticas Educacionais, Investigação
e Pós-Graduação, Extensão e de Gestão de Laboratórios assim como o Presidente da
Associação dos Estudantes.
3. São membros eleitos no seio da comunidade académica, os representantes do
corpo docente (professores e investigadores), discentes e os representantes dos não-
docentes, designadamente:

a) Dois (2) Docentes de cada Unidade Orgânica;


b) Três (3) colaboradores não-docentes;
c) Cinco (5) Discentes, sendo um representante de cada ano;

4. São membros das instituições públicas e sociedade civil os membros das


instituições públicas, privadas, associações e ordens profissionais, organizações não-
- 92 -
governamentais, organizações filantrópicas e religiosas, convidados pelo Instituto
Superior Politécnico:
5. Poderão ainda participar nas reuniões do Conselho Universitário do Instituto
Superior Politécnico outras entidades públicas ou privadas que o Presidente, por sua
iniciativa entender convidar;
6. O período de vigência para os membros representantes de docentes e não-
docentes eleitos, é de dois anos, renováveis, sendo a nova eleição realizada até ao mês
de Novembro do último ano de vigência;
7. Até ao final do mês de Novembro de cada ano, será promovida a eleição dos
representantes do corpo discente que iniciarão funções no ano lectivo seguinte.

Artigo 63º
(Competências do Presidente do Conselho Universitário)

Compete ao Presidente do Conselho Universitário:

a) Convocar as reuniões ordinárias e extraordinárias do Conselho Universitário,


nos termos do seu regulamento interno;
b) Presidir às reuniões do Conselho Universitário;
c) Convidar, para as reuniões, entidades públicas ou privadas que considere
relevantes.

Secção V: Unidades Orgânicas


Artigo 64º
(Natureza)

1. As Unidades Orgânicas são os Departamentos de Ensino que agrupam os


distintos cursos em obediência `as áreas destinadas ao ensino e investigação de
Engenharias bem como das Ciências Sociais Aplicadas.

2. Cada Unidade Orgânica toma a designação da área científica que engloba.

- 93 -
Capítulo III: Diplomas, Certificados e Títulos
Artigo 65º
(Diplomas)

1. O Instituto Superior Politécnico participa, de acordo com a legislação em


vigor, na atribuição de:
a) Grau de Licenciado, de Mestre, de Doutor e na obtenção de Diplomas de estudos
especializados;
b) Outros graus e diplomas, bem como títulos honoríficos.

2. Os diplomas de graduação e pós-graduação são assinados pelo Director Geral


do Instituto Superior Politécnico e pelo titular do órgão executivo da unidade orgânica
onde se realizou o curso conducente ao grau.

Artigo 66º
(Certificados)

O Instituto Superior Politécnico emite certificados de habilitações de cursos de


graduação e pós-graduação, de cursos de especialização e outros cursos, que são
assinados pelo Director Geral da Instituição e pelo responsável do respectivo
Departamento de Ensino.
Artigo 67º
(Títulos honoríficos)

O Instituto Superior Politécnico outorga os títulos honoríficos de Professor


Emérito e de Doutor Honoris Causa nos seguintes casos:
a) O título honorífico de Professor Emérito é concedido mediante proposta
fundamentada do Conselho de Direcção ou por uma unidade orgânica da
instituição, a Professores aposentados que se hajam distinguido no ensino ou na
investigação científica;
b) O título honorífico de Doutor Honoris Causa é concedido mediante proposta
fundamentada do Conselho de Direcção ou por uma unidade orgânica da
instituição, a eminentes personalidades nacionais ou estrangeiras, exteriores ao

- 94 -
Instituto Superior Politécnico, que seja de distinguir pela sua actuação em favor
da ciência, das letras, das artes ou da cultura em geral.

Artigo 68º
(Símbolos)

1. São símbolos do Instituto, os seguintes:


a) Selo branco;
b) Logótipo;
c) Emblema;
d) Hino;
e) Bandeira.

2. A caracterização heráldica, composição e demais elementos dos símbolos são


definidos em regulamento próprio.

3. As cores simbólicas do Instituto Superior Politécnico são o amarelo e


cinzento.

4. O Instituto Superior Politécnico adopta o dia ___/___/___, como data da


criação da instituição, por ter sido a data em que o Conselho de Ministros aprovou
através do decreto Executivo ____/___, a sua entrada em funcionamento, com três áreas
do saber ____

Artigo 69º
(Trajes Académicos)

1. O traje académico bem como as insígnias doutorais são fixados pelos órgãos
competentes da instituição e são de uso obrigatório em cerimónias académicas.
2. Em actividades académicas, na instituição, não são permitidos o uso de
insígnias e trajes próprios, excepto os professores e doutores de outras instituições de
ensino superior que podem usar trajes e insígnias próprias.

- 95 -
Artigo 70º
(Cerimónias Académicas)

1. Têm solenidade protocolar os seguintes actos:


a) Actividade de comemoração da data de fundação do Instituto Superior
Politécnico;
b) Tomada de posse do Director Geral;
c) Abertura e Encerramento do Ano Lectivo;
d) Cerimónia de outorga de diplomas.

2. O funcionamento e organização das solenidades protocolares a que se refere o


número anterior regem-se por um regulamento próprio.

CAPÍTULO IV: Disposições Finais e Transitórias


Artigo 71º
(Revisão do Estatuto)

1. O Estatuto do Instituto Superior Politécnico poderá ser revisto:


a) Quatro anos após a data de publicação ou da última revisão;
b) Em qualquer momento, por propostas de dois terços dos membros do Conselho de
Direcção do Instituto Superior Politécnico;
c) Sempre que necessário por força da alteração da lei ou por decisão da Promotora.

2. As alterações do Estatuto serão aprovadas por maioria de dois terços dos


membros do Conselho de Direcção, em reunião expressamente convocada para o efeito
com uma antecedência mínima de 15 dias úteis.

3. Não comparecendo o número de membros exigidos, será convocada nova


reunião, com intervalo de pelo menos vinte quatro horas, podendo o órgão deliberar,
desde que esteja presente um terço dos membros com direito a voto.

- 96 -
Artigo 72º
(Dúvidas e Omissões)

As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e aplicação deste


Regulamento serão resolvidas pelo Director Geral.

Artigo 73º
(Entrada em vigor)

O presente diploma entra em vigor na data da sua aprovação pelo Conselho de


Direcção do Instituto Superior Politécnico “NIMI YA LUKENI”.

O conselho geral é um dos órgãos de gestão do Instituto Politécnico. Constituído


por 33 elementos: 17 professores e investigadores; 5 alunos; 1 funcionário, e 10 são
personalidades externas convidadas. Promover a inserção na comunidade; ligação às
actividades profissionais e empresariais, correspondentes à área de actuação das escolas,
contribuindo para uma sólida formação profissional do ensino superior, são os
principais objectivos da presença destes membros exteriores.
Uma das funções mais importantes do conselho geral é a eleição do presidente.
Este órgão de gestão propõe iniciativas que considere necessárias ao bom
funcionamento da instituição; elege o provedor do estudante, mediante proposta da
federação académica e aprovará o regulamento das suas actividades; autoriza o
estabelecimento de consórcios; e homologa o regulamento disciplinar dos estudantes.
Sobproposta do presidente, o conselho geral aprovará e fiscalizará a
concretização do plano de actividades e o plano de acção para o quadriénio do mandato
do presidente.
Será ainda da competência do conselho geral a aprovação das linhas gerais de
orientação da instituição nos planos científico, pedagógico, financeiro e patrimonial;
pode ainda criar, transformar, cindir, fundir ou extinguir unidades orgânicas. É da
responsabilidade deste órgão de gestão a homologação da proposta de orçamento; as
contas anuais consolidadas. Terá competências para fixar propinas devidas pelos

- 97 -
estudantes; propor ou autorizar a aquisição ou alienação de património imobiliário da
instituição, bem como as operações de crédito.
O conselho geral reunir-se-á quatro vezes por ano. O presidente pode ser
convidado para as reuniões, sempre que se entenda que a sua presença é relevante, mas
não tem direito de voto.
O organograma da Instituição será composto por:

Organograma 1 – Organograma do INSPOTEC

Apresentamos em anexo (III) a proposta orçamental para o arranque do ano


lectivo, já subdividida em gastos com pessoal, onde se pode observar a divisão por
sectores.

- 98 -
VI

PARCERIAS E PROTOCOLOS

Estes protocolos visão promover a cooperação entre as instituições, nacionais e


internacionais, com o objectivo de realizar, conjuntamente, actividades de natureza
académica, científica, técnica, pedagógica e cultural, em áreas de interesse comum,
prestação de serviço docente e constituição de Júris para provas académicas e ensino
pós-graduado avançado. No que concerne a universidades e institutos nacionais serão
criadas parcerias e cooperações com: Universidade 11 de Novembro, Universidade
Católica de Angola, Universidade Agostinho Neto, Instituto Superior Técnico de
Angola, Universidade Gregório Semedo e com o Instituo Superior Politécnico
Metropolitano de Angola (IMETRO).
De forma a tornar mais exequível o funcionamento do instituto serão ainda
criadas parcerias e protocolos nomeadamente com Portugal, Brasil e ouros países da
Europa, em que numa fase inicial será a criação de protocolos com Espanha, mais
especificamente com as universidades de Sevilha e da Extremadura.Tal como
apresentamos:

Portugal

 Protocolo de colaboração entre o INSPOTEC e a Universidade de


Lisboa, (Portugal).
 Protocolo específico de colaboração entre o Instituto e Universidade de
Évora, (Portugal).
 Protocolo de cooperação entre o INSPOTEC e a Universidade do Minho
em Braga, (Portugal).
 Protocolo de cooperação entre o INSPOTEC e o Instituto Politécnico de
Beja e de Portalegre, (Portugal).
 Protocolo de cooperação entre o INSPOTEC e o Instituto superior de
Engenharia (ISEL), (Portugal).

- 99 -
Brasil

 Acordo de cooperação entre a Universidade Federal de Minas Gerais


(Brasil) e o INSPOTEC

Espanha

 Protocolo de cooperação entre o INSPOTEC e a Universidad de Sevilla


(Espanha).
 Protocolo de cooperação entre o INSPOTEC e a Universidad de
Extremadura (Espanha).

- 100 -
VII

ÁREAS QUALIFICAÇÃO (CURSOS A ABRIR)

Os cursos técnicos superiores profissionais, estão vocacionados para a formação


de quadros altamente qualificados em áreas deficitárias no país, nomeadamente desta da
região do Zaire. Com esta oferta formativa, pretende-se atrair para o ensino superior um
público não só de jovens, mas também de adultos que queiram agilizar a sua integração
no mercado de trabalho.
Estes cursos, para além de uma componente de formação geral e científica,
integram ainda uma componente de formação técnica e outra em contexto de trabalho.
De acordo com as necessidades da região, o INSPOTEC, até 2024 pretende
abrir seis Cursos nas seguintes áreas do saber:

Área da Economia, Gestão e Contabilidade


 Licenciatura em Gestão Financeira e Contabilidade
 Licenciatura em Gestão Hoteleira e Turismo
 Licenciatura em Gestão Comercial e Marketing

Com o objetivo de formar os técnicos de gestão e contabilistas que foram e


continuam a ser os pilares da actividade contabilística administrativa e financeira das
organizações nacionais. E promover a inovação científica e as tendências do mercado,
conjugando a componente conceptual com saberes pragmáticos, tecnologia e
experiências de cariz aplicado.

Área da Medicina e Saúde

 Licenciatura em Análises Clínicas e Saúde Pública


 Licenciatura em Imagem Médica e Radioterapia
 Enfermagem

Com o objectivo de promover o Ensino na área das ciências e tecnologias da saúde


para o exercício de competências no âmbito da prevenção da doença e promoção da saúde,
- 101 -
do diagnóstico e intervenção terapêutica e da reabilitação. Esta licenciatura dá competências
para o exercício de funções no âmbito da prevenção da doença e promoção da saúde, do
diagnóstico e intervenção terapêutica e da reabilitação.

Área das Tecnologias e Engenharias

 Engenharia de Informática e Multimédia


 Engenharia em Biotecnologia
 Engenharia de Petróleos e Gás

Com o objectivo de conferir aos licenciados em engenharia elevada capacidade


em áreas afins, assegurando assim uma especial flexibilidade no emprego.
De uma forma mais resumida, por fases, numa primeira fase de implementação,
até 2020, serão assegurados os seguintes cursos:

Ano Lectivo 2018/2022


Licenciatura em Gestão Financeira e Contabilidade
Licenciatura em Gestão Comercial e Marketing
Licenciatura em Gestão Hoteleira e Turismo
Licenciatura em Enfermagem
Engenharia de Informática e Multimédia
Ano Lectivo 2019/2023
Licenciatura em Imagem Médica e Radioterapia
Licenciatura em Análises Clínicas e Saúde Pública
Ano Lectivo 2020/2024
Engenharia em Biotecnologia
Engenharia de Petróleos e Gás

As licenciaturas em Licenciatura em Imagem Médica e Radioterapia, Licenciatura


em Análises Clínicas e Saúde Pública Engenharia em Biotecnologia e Engenharia de
Petróleos e Gás só estarão disponíveis nos dois anos seguintes, para que haja uma
preparação minunciosa de criação das instalações adequada e a montagem de
laboratórios como os matériais necessários ao arranque dos cursos.

- 102 -
Plano de Estudos - 2018/2022

Licenciatura em Gestão Financeira e Contabilidade

A Licenciatura em Gestão Financeira e Contabilidade assegurará uma formação


baseada na Gestão Financeira com uma forte especialização em contabilidade, capaz de
responder às exigências de mercados competitivos. Pretende-se preparar profissionais
qualificados, que sejam capazes de responder às necessidades de Gestão Financeira e
Contabilidade do tecido empresarial, nas áreas dos serviços ou da indústria. Assim, o
curso será desenvolvido na perspectiva de proporcionar aos discentes a prática aplicada
alicerçada numa componente teórica actual, não esquecendo a ligação entre os conceitos
académicos e as necessidades do meio empresarial.
Apostar-se-á também em unidades curriculares inovadoras com temáticas
actualizadas sobre as novas tecnologias ao serviço da contabilidade. Assim, os
principais objectivos serão:

 Preparação interdisciplinar no âmbito de um conjunto de matérias situadas nas


áreas científicas da contabilidade, gestão, matemática, direito, informática,
economia e auditoria;
 Especialização na área de Gestão Financeira aplicada à Contabilidade no âmbito
das Empresas e dos Serviços;
 Formação de técnicos superiores polivalentes, podendo estes abranger
segmentos variados do mercado de trabalho, para além dos inerentes à sua
atividade de base;
 Formação de técnicos de contabilidade para o exercício da profissão de Técnico
Oficial de Contas.

Iniciativas Internas
 Conferências, seminários e workshops;
 Programa de estágios curriculares.

Saídas Profissionais
 Técnicos Oficiais de Contas
 Controlo Interno
- 102 -
 Auditores Financeiros
 Gestores de Empresas
 Quadros de Instituições Financeiras
 Consultores Financeiros e Fiscais
 Docentes de Contabilidade e Gestão
 Técnicos Superiores de Administração Pública

- 103 -
Licenciatura em Gestão Comercial e Marketing

A Licenciatura em Gestão Comercial e Marketing assegurará uma formação


baseada na Gestão com uma forte especialização em Marketing, capaz de responder às
exigências de mercados competitivos. Pretende-se preparar profissionais qualificados,
que sejam capazes de responder às necessidades de gestão e marketing do tecido
empresarial, nas áreas dos serviços ou da indústria. Assim, o curso será desenvolvido na
perspectiva de proporcionar aos discentes a prática aplicada alicerçada numa
componente teórica actual, não esquecendo a ligação entre os conceitos académicos e as
necessidades do meio empresarial.
Apostar-se-á também em unidades curriculares inovadoras com temáticas
actualizadas sobre as novas tecnologias ao serviço do marketing. Assim, os principais
objectivos serão:
- Dotar os alunos dos fundamentos e de uma visão de gestão actual, um
conhecimento multidisciplinar e competências profundas nas áreas
relevantes do marketing;
- Proporcionar aos futuros licenciados uma visão operacional das várias
valências do Marketing, a capacidade de desenvolver instrumentos de
análise de mercado, de promover a divulgação e abordagem a diversos
mercados – nacional e internacionais – sempre numa perspectiva de
criação de valor para o cliente e de uma melhoria contínua da eficiência
organizacional;
- Instilar nos discentes uma opinião crítica, espírito de iniciativa e trabalho
em equipa, ferramentas de gestão e análise capazes de desenvolver a
aplicação de soluções rendíveis e criativas;
- Permitir a possibilidade de os discentes complementarem o seu plano
curricular com experiências de ensino internacional ao abrigo das várias
parcerias internacionais de mobilidade;
- Proporcionar uma experiência no mercado de trabalho no âmbito de um
estágio curricular que permitirá a aplicação prática dos conceitos
leccionados.

Iniciativas Internas

- 104 -
• Conferências, seminários e workshops;
• Programa de estágios curriculares.

Saídas Profissionais

A Licenciatura em Gestão Comercial e Marketing do INSPOTEC formará


alunos capazes de desempenhar funções nos seguintes âmbitos: Gestão de marketing,
gestão de produto, gestão da marca, gestão operacional, gestão de clientes, gestão
comercial, gestão de eventos e comunicação, planeamento de meios e estudos de
mercado. Estas competências permitem o desempenho de cargos de director na área da
direcção de marketing ou das vendas; gestor de produto, de marca, de comunicação de
marketing ou de trade-marketing; coordenador de estudos de mercado e consultor de
marketing.

- 105 -
Licenciatura em Gestão Hoteleira e Turismo

A licenciatura em Gestão Hoteleira e Turismo é orientada para a qualidade de


serviço, com foco no cliente, nas tecnologias de informação e na capacidade de
planeamento, de análise, de organização, mas também de gestão de tempo. E fortemente
orientada para a qualidade de serviço, com foco no cliente, nas tecnologias de
informação, na capacidade de planeamento, de análise, de organização, mas também de
gestão de tempo.
Em 4 anos o estudante pode terminar estas duas licenciaturas complementares
garantindo uma preparação que lhe irá abrir portas a um futuro com mais oportunidades.
A licenciatura pretende:
 Oferecer um percurso formativo com competências gerais e específicas no
domínio da gestão e da hotelaria;
 Promover a preparação no uso de tecnologias de informação e comunicação;
Oferecer conhecimentos no domínio de línguas estrangeiras;
 Desenvolver uma formação teórico-prática ao estabelecer uma relação
próxima com o mundo do trabalho;
 Estabelecer uma forte ligação e relacionamento institucional, materializada
em vários acordos e protocolos;
 Possibilitar uma boa inserção no mercado de trabalho fundamentalmente
através de um estágio curricular;
 Criar as competências teórico-práticas durante o 1.º ciclo (licenciatura) que
possibilitem evoluir para uma especialização ao nível do 2.º ciclo (mestrado).

Iniciativas Internas
 Programa de Estágios Curriculares e Profissionais;
 Conferências e Seminários Temáticos.

Saídas Profissionais
 Distribuição de Produtos Alimentares;
 Restauração Pública e Colectiva;
 Produção e Realização de eventos;
 Assessoria e auditoria técnica em serviços turísticos, hoteleiro e restauração;
- 106 -
 Organizações de apoio à indústria turística (Informação, Animação e
Operadores);
 Actividade docente e formação profissional.

- 107 -
Licenciatura em Enfermagem

Esta licenciatura é alicerçada por um projeto de qualidade com um corpo


docente altamente qualificado e um ambiente formativo que procura as melhores
condições de aprendizagem. O contacto com experiências reais em ambientes clínicos.
O curso de Licenciatura em Enfermagem confere uma formação científica,
técnica, humana e cultural, da mais elevada qualidade, no âmbito da prestação,
investigação e gestão de cuidados de enfermagem gerais à pessoa ao longo do seu ciclo
de vida, à família, grupos e comunidade, atendendo aos diferentes níveis de prevenção.
O Curso tem por objectivos assegurar a formação necessária à:
 Participação na gestão dos serviços, unidades ou estabelecimentos de saúde;
 Participação na formação de enfermeiros e outros profissionais de saúde;
 Participação e desenvolvimento da investigação no âmbito das suas
competências.
 Formação humana, cientifica, técnica e cultural para prestar cuidados de
enfermagem gerais ao ser humano, ao longo do ciclo vital, à família e
comunidade, aos diferentes níveis de prevenção
 Desenvolver a prática de investigação no âmbito da enfermagem em
particular e da saúde, em geral
 Participar na formação dos profissionais de saúde
 Participar na gestão dos serviços e unidades de saúde

Iniciativas Internas
• Conferências, seminários e workshops;
• Programa de estágios curriculares.

Saídas Profissionais
 Todas as Instituições prestadoras de cuidados de saúde públicas e privadas
 Hospitais
 Centros de Saúde, Clínicas
 Lares de idosos
 Instituições de ensino, Instituições desportivas e Departamentos de
investigação
- 108 -
Engenharia Informática e Multimédia

A Licenciatura em Engenharia Informática e Multimédia oferece, nesta área,


uma formação em oito semestres (quatro anos), sendo privilegiada uma sólida formação
em ciências de base, nomeadamente em Matemática e Ciências da Computação,
apostando-se na leccionação da formação de base em estreita articulação com as áreas
de especialidade do curso que são: os sistemas informáticos, as redes de computadores,
os ambientes multimédia interactivos, a inteligência computacional e os sistemas de
processamento multimédia. No último semestre, é oferecida uma unidade curricular de
Projecto, vocacionada para a realização de trabalho prático multidisciplinar, onde se
avalia a capacidade para planear e desenvolver projecto, de forma autónoma e criativa,
integrando competências adquiridas ao longo do curso.
Os licenciados em Engenharia Informática e Multimédia estão habilitados ao
exercício da actividade profissional em Engenharia Informática, podendo exercê-la
enquanto quadros técnicos em empresas ou enquanto profissionais liberais, estando
aptos a desenvolver actividades ligadas ao projecto e desenvolvimento, ao processo
industrial, à gestão, à qualidade e ao ensino e investigação.
O curso insere-se na área da Engenharia Informática, dando ênfase ao
desenvolvimento de aplicações multimédia interactivas com recurso a plataformas de
referência no software multimédia.
É objectivo do ciclo de estudos que o aluno fique habilitado a ingressar no
mercado de trabalho com as seguintes competências:

 Conceber e desenvolver software utilizando métodos atuais de modelação e


projeto;
 Desenvolver interfaces gráficas, interativas, para a web ou DVD, integrando
conteúdos de texto, de imagem, de áudio, de vídeo e de animação gráfica;
 Conhecer e utilizar de forma efetiva os vários tipos de conteúdos em projetos
multimédia;
 Conhecer e aplicar as principais normas utilizadas na indústria multimédia;
 Construir redes locais de débito elevado;
 Planear estruturas de encaminhamento de tráfego IP em redes locais e na
Internet;

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 Conhecer e aplicar as diferentes formas de fornecer qualidade de serviço a
aplicações;
 Ter capacidade para trabalhar individualmente ou como elemento duma
equipa;
 Ter capacidade de se adaptar a mudanças tecnológicas de forma autónoma;
 Ter capacidade de comunicar eficazmente de forma oral e escrita.

Iniciativas Internas
 Programa de Estágios Curriculares e Profissionais;
 Conferências e Seminários Temáticos.

Saídas Profissionais
 Projeto e desenvolvimento de software e de sistemas de informação
multimédia;
 Projeto e desenvolvimento de aplicações multimédia interativas,
nomeadamente para a Internet;
 Produção de modelos e animações 3D para a indústria de entretenimento e
do audiovisual;
 Produção de conteúdos multimédia para distribuição pela Internet e outros
suportes digitais;
 Desenvolvimento de aplicações para suporte ao ensino à distância e ao
comércio eletrónico;
 Projeto de redes e serviços multimédia;
 Desenvolvimento, instalação, configuração e administração de redes;
 Projeto e desenvolvimento de aplicações baseadas em tecnologias vídeo,
nomeadamente vídeo vigilância e controlo de tráfego rodoviário (e.g.
reconhecimento de matrículas, classificação de veículos, estatísticas de
tráfego e deteção de infrações);
 Consultadoria na área das tecnologias de informação.

- 110 -
Plano de Estudos - 2019/2023

Licenciatura em Imagem Médica e Radioterapia

A licenciatura em Imagem Médica e Radioterapia confere competências aos


futuros licenciados para realizarem exames de radiologia convencional, tomografia
computorizada, ressonância magnética, mamografia, osteodensitometria,
ultrassonografia, radiologia de intervenção, tomografia de emissão de positrões (PET) e
câmara gama, participando ainda na identificação, avaliação e monitorização das
doenças sistémicas, ósseas e dos tecidos moles.
O profissional de Imagem Médica e Radioterapia atua ainda no planeamento e
na administração de radiação para o tratamento de doentes oncológicos, nomeadamente
através da aplicação de técnicas de radioterapia.
Esta licenciatura confere competências profissionais em Medicina
Nuclear, Radiologia e Radioterapia.
Apostar-se-á também em unidades curriculares inovadoras com temáticas
actualizadas sobre as novas tecnologias ao serviço da saúde. Assim, os principais
objectivos serão:
 Desenvolver o espírito científico e o pensamento reflexivo;
 Compreender as bases teóricas dos procedimentos técnicos que efetua;
 Planear, executar e avaliar criticamente exames imagiológicos e tratamentos
radioterápicos, assumindo a responsabilidade pela qualidade dos resultados
obtidos;
 Aplicar normas de higiene e segurança inerentes à sua atividade profissional;
 Elaborar relatórios sobre os resultados da sua intervenção e ser capaz de os
comunicar e discutir;
 Avaliar o alcance e as limitações das várias técnicas utilizadas e interpretar
os seus resultados;
 Identificar e formular problemas em imagiologia médica e radioterapia,
desenvolver projetos, possuir um conhecimento profundo sobre investigação
científica relevante para a profissão e ser capaz de interpretar a informação
daí derivada;

- 111 -
 Desenvolver estudos, implementar e participar em programas de
investigação em saúde;
 Inserir-se na profissão, participar no desenvolvimento da saúde e colaborar
na formação de profissionais.

Iniciativas Internas
 Programa de Estágios Curriculares e Profissionais;
 Conferências e Seminários Temáticos.

Saídas Profissionais
 Hospitais públicos e privados
 Clínicas privadas
 Centros de saúde
 Laboratórios universitários
 Consultoria em entidades seguradoras
 Empresas de comercialização de equipamento hospitalar
 Centros de ensino e de investigação

- 112 -
Licenciatura em Análises Clínicas e Saúde Pública

A formação dos técnicos em Análises Clínicas e Saúde Pública centra-se no


estudo multidisciplinar da condição humana, na saúde e na doença, com os objetivos de
adquirir conhecimentos e competências sobre a forma como as doenças se desenvolvem
e de saber de que modo afetam as funções normais do corpo humano. Assim, as
diversas áreas do saber são integradas no plano de estudos, destacando-se as de
anatomia, fisiologia, bioquímica, genética, biologia molecular, biologia celular,
citologia, histologia, microbiologia, hematologia, patologia, farmacologia, imunologia,
imuno-hemoterapia e química clínica.
No final da formação, o licenciado em Análises Clínicas e Saúde Pública é um
profissional qualificado, que possui um elevado nível de competências, não só para a
recolha, processamento e análise de espécimes biológicas (fluidos orgânicos e tecidos),
mas também para a realização de procedimentos laboratoriais complexos, avaliação e
interpretação de resultados, integração de dados, resolução de problemas, aplicação de
princípios e procedimentos de garantia e gestão da qualidade, desenvolvimento de
novos métodos de análise e procedimentos diretamente associados à investigação
laboratorial.
O Técnico de Análises Clínicas e Saúde Pública necessita de adquirir um
conjunto de competências ao nível dos Saberes, dos Saber Fazer e dos Saberes Sociais e
Relacionais, que se adquirem na Escola e se consolidam ao longo da vida, através da
formação permanente. Para além das duas grandes áreas de intervenção que constituem
a essência da profissão, diagnóstico e prevenção, o Técnico de Análises Clínicas e
Saúde Pública pode também exercer a sua atividade no âmbito da terapêutica, da
investigação, da gestão e do ensino.
Apostar-se-á também em unidades curriculares inovadoras com temáticas
actualizadas sobre as novas tecnologias ao serviço da saúde. Assim, os principais
objectivos serão:
 Preparar os materiais e equipamentos necessários à realização de análises e/ou
ensaios, tendo em conta a natureza e os objetivos do trabalho;
 Realizar análises e/ou ensaios químicos, físicos e microbiológicos, de acordo
com o estabelecido;

- 113 -
 Avaliar os resultados das análises e/ou ensaios realizados, detetando e
comunicando as anomalias/desvios relativamente ao estabelecido, caso existam;
 Elaborar relatórios, efetuando cálculos e registando em tabelas e gráficos os
dados relativos às operações de controlo dos ensaios realizados;
 Providenciar para que o equipamento esteja em boas condições de utilização.

Iniciativas Internas
 Conferências, seminários e workshops;
 Programa de estágios curriculares.

Saídas Profissionais
 Unidades hospitalares públicas e privadas
 Laboratórios de análises clínicas
 Laboratórios de ensino e universitários
 Laboratórios de saúde pública
 Centros de ensino e de investigação
 Clínicas privadas
 Centros de diagnóstico
 Centros de saúde

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Plano de Estudos 2020/2024

Engenharia Biotecnológica

A Engenharia Biotecnológica aposta numa formação que privilegia o


aproveitamento dos recursos naturais. A via biotecnológica de produção de alguns bens
está a tornar-se cada vez mais competitiva, sobretudo em áreas como a indústria
farmacêutica, alimentar, agroindústria, agroquímica, e controlo ambiental, sendo as
empresas de base biotecnológica reconhecidas como polos fundamentais de
desenvolvimento sustentável.
O curso de Engenharia Biotecnologica possibilitará a formação de um
profissional apto a actuar na indústria química ligada à agroindústria: indústrias de
fertilizantes, conservantes, defensivos agrícolas, papel, celulose, resinas,
biocombustíveis etc, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento de pesquisas
aplicadas à agroindústria, objectivando o uso de novas matérias-primas;
desenvolvimento e transferência de novos processos e novas tecnologias para a
indústria.
Com esta engenharia pretende-se contribuir para a formação de profissionais em
biotecnologia, de modo a conferir-lhes uma perspetiva integrada e competências para a
resolução de problemas em processos biotecnológicos nas áreas de Química,
Agroquímica, Ciências da Saúde, Produção de Alimentos e Ambiente.
O curso proporciona afinidades com as ciências e a matemática; disposição para
actuar em equipas multidisciplinares; criatividade; poder de concentração; habilidade de
leitura em língua estrangeira; curiosidade científica; personalidade metódica e
detalhista; espírito de liderança e pró-atividade; capacidade de comunicação oral e
escrita; capacidade de desenvolver raciocínio lógico.

Assim, os principais objectivos serão:

 Aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à


engenharia agro-química; analisar as matérias-primas relacionadas com a cadeia
agroindustrial, com ênfase nos sectores agroquímico;

- 115 -
 Processar as matérias-primas agroindustriais para obtenção de produtos finais de
uso químico;
 Utilizar os resíduos agroindustriais provenientes das indústrias da região, para
extração de princípios ativos de interesse;
 Diminuir as altas taxas de desperdício nas cadeias agroindustriais com o uso de
técnicas de controlo de qualidade ao longo das diferentes etapas do processo
produtivo; propor soluções em nível de gerenciamento;
 Solucionar problemas logísticos, envolvendo armazenagem, distribuição e
balanceamento de insumos agroindustriais, usando técnicas da pesquisa
operacional;
 Analisar com responsabilidade sócio-ambiental a viabilidade de projectos
vinculados à engenharia agroquímica; propor soluções para o tratamento de
resíduos da agroindústria.

Iniciativas Internas
 Conferências, seminários e workshops;
 Programa de estágios curriculares.

Saídas Profissionais
Instituições públicas e privadas como autarquias, direções regionais, hospitais e
empresas ligadas às ciências químicas, biológicas, agronómicas, da saúde e ambiente,
tais como:
 Indústrias farmacêuticas;
 Biotecnológica, alimentar e química;
 Análises clínicas e agroquímicas;
 Administração de serviços estatais e regionais;
 Gabinetes de projeto e consultoria;
 Ensino e laboratórios de investigação.

- 116 -
Engenharia de Petróleos e Gás

O Curso de Engenharia de Petróleo e Gás do INSPOTEC pode ser realizado em


quatro anos e está estruturado em dois grandes ciclos: O Ciclo Básico e o Ciclo
Profissional. O Ciclo Básico tem como principal objetivo apresentar os fundamentos
teóricos clássicos de base físico-matemáticos e conhecimentos nas diversas áreas de
engenharia (mecânica, ambiental, de materiais, elétrica e produção). No Ciclo
Profissional é feita a abordagem nas seguintes áreas: Geologia, Engenharia de
Reservatórios; Engenharia de Poços/Perfuração, Engenharia de Poços/Completação;
Produção e Processamento; Economia do Petróleo; Tecnologia Offshore e Estratégias
Empresariais enfatizando as tecnologias de exploração e explotação de petróleo.
Acompanhando as inovações e procurando manter atualizado o currículo da
graduação e as metodologias de ensino, o curso de Engenharia de Petróleo e Gás
proporciona aos seus alunos visitas técnicas e aulas práticas em laboratórios de química,
física, além de meios de computação. Além disso, a matriz curricular do curso permite
ao aluno obter, por livre escolha, uma formação personalizada e adequada aos seus
propósitos específicos, ao matricular-se em disciplinas eletivas/optativas. Através de
parcerias, buscamos uma sólida e saudável integração entre empresas e o meio
academico. Mais do que apenas formar profissionais, a instituição está comprometida
com a inserção no mercado de trabalho.

Iniciativas Internas
• Conferências, seminários e workshops;
• Programa de estágios curriculares.

Saídas Profissionais
O engenheiro de petróleo poderá atuar em diversos sectores da indústria de
petróleo, realizando actividades tais como: a procura e análise de reservatórios; o
desenvolvimento de técnicas de recuperação de petróleo; o desenvolvimento de métodos
de perfuração de poços, a avaliação da exploração/produção de petróleo e gás; a
avaliação de riscos/impactos ambientais, o projeto de equipamentos; o desenvolvimento
de modelos computacionais para simulação de processos; a comercialização, o

- 117 -
desenvolvimento de projetos para o transporte e a distribuição de petróleo, e os seus
derivados e de gás natural.

Estágio Curricular

O estágio Curricular é obrigatório, no último ano de licenciatura, com a duração


mínima de oito semanas (podendo prolongar-se até final de setembro). Os estágios
antecipam, fomentam e desenvolvem a relação dos estudantes com o mercado de
trabalho.
O estudante assume um papel ativo na angariação do próprio estágio, pois é ele
que contacta as entidades formadoras. Aprende a dirigir-se às “empresas”, através da
carta de apresentação, do curriculum vitae e da preparação para a entrevista. Em
parceria com a entidade formadora, e tendo em conta as tarefas a desempenhar em
estágio, o estudante planifica o seu estágio curricular de forma individualizada. Delineia
as funções e tarefas que irá desempenhar e em que departamentos/setores da
empresa/instituição irão decorrer. O estágio é um momento privilegiado de
desenvolvimento vocacional, uma vez que permite a reflexão acerca do mundo do
trabalho e das próprias características pessoais: aptidões, interesses, estilos de vida,
valores. O estudante tem de ajustar de forma equilibrada as duas realidades: eu e o
mundo do trabalho, de maneira a realizar a melhor escolha possível em termos de
estágio.
Todos os estágios angariados pelos estudantes são validados pelo INSPOTEC,
de modo a verificar se as funções e tarefas a realizar estão relacionadas com os
objetivos da licenciatura. Todos os estágios são obrigatoriamente acompanhados por um
orientador de estágio que é docente no instituto. Por outro lado, a entidade formadora
terá que nomear um supervisor que orienta e acompanha o percurso do estudante,
nomeadamente o desenvolvimento das funções desempenhadas. A avaliação do estágio
é composta por dois elementos: relatório de estágio e desempenho das atividades
desenvolvidas.

- 118 -
VI
MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO

Avaliação do grau de execução da implementação e funcionalidade deste


institutoserá através de mecanismos de auto-avaliação, a fim de proceder aos
respectivos ajustamentos no decorrer do processo, com vista à preparação da sua futura
revisão.
Este projecto pode será desenvolvido pela equipa de auto-avaliação, depois de
formada, à qual competirá proceder à análise dos resultados apresentados.
Num contexto em que a formação profissional passou a integrar a oferta
formativa no ensino superior, o projecto educativo dessa instituição deve apresentar-se
como um elemento de referência da escola para o exterior.
Nesse sentido, tivemos como objectivo ao longo deste trabalho patentear os
elementos essenciais que permitam reconhecer não só a cultura e identidade próprias da
organização de educação, mas também a sua estratégia tendente à execução da oferta
formativa apresentada.
A avaliação do projecto educativo e a regulação da actividade da escola face às
dinâmicas atuais da sociedade e às permanentes exigências do sistema de ensino a auto-
avaliação de escola é um procedimento indispensável e incontornável.
A sua importância advém de ser um processo de regulação que requer a
implementação de estratégias que conduzam à melhoria da qualidade do serviço
prestado pela escola, quer ao nível da organização e do funcionamento do
estabelecimento, quer ao nível dos processos pedagógicos.
Daí que analisar e reflectir sobre a acção e o desempenho de uma instituição de
ensino deve ser um ato recorrente, sistemático e plenamente participado.
Enquanto ferramenta promotora da qualidade e da eficácia da acção educativa,
este projecto educativo será avaliado num processo que se constitui não só como um
meio de análise e de reflexão sobre esta organização, como também num veículo de
promoção de boas práticas pedagógicas, de melhoria de resultados e de constante
aperfeiçoamento do serviço prestado à comunidade.
A avaliação do projecto educativo visa medir o grau de realização das acções,
medidas e actividades consumadas no seu plano estratégico, através das quais o instituto
superior politécnico se propõe desenvolver a sua acção educativa.

- 119 -
Esta avaliação constitui um processo de aferição de resultados obtidos, de metas
alcançadas, de objectivos concretizados. A avaliação do projecto educativo contempla
um processo de retroacção e de regulação da actividade educativa que, em momentos
intercalares do seu percurso, solicitam a implementação de medidas de revisão do plano
de forma a superar problemas encontrados ou a ajustar alguns objectivos e estratégias a
novas circunstâncias ou contextos. Por outro lado, a avaliação do projecto educativo
visará a sua própria consolidação seguindo linhas orientadoras que constituem
elementos de análise, reflexão e promoção de boas práticas pedagógicas em torno dos
resultados dos alunos, dos processos pedagógicos, dos materiais didácticos e da
actividade da escola em geral.
A primeira razão que nos leva a definir um estratégia de avaliação do projecto
educativo da instituição de ensino superior, a que nos propomos criar refere-se à
necessidade de compreender, de um modo concreto e sistemático, o que está a resultar e
a falhar, quer na fase de avaliação inicial, quer intermédia, quer na fase de avaliação
final.
Sem a operacionalização de um processo de avaliação devidamente planificado
não podemos formular mais do que uma percepção sumária acerca do grau de realização
deste projecto.
Só a avaliação devidamente orientada pode providenciar dados concretos,
informação consistente e um conjunto de evidências que substanciem uma análise
fundamentada do nível de concretização do projecto.
Em suma, a avaliação do projecto educativo do INSPOTEC constituirá um
instrumento indispensável para o aperfeiçoamento e melhoria do próprio instituto.
Entre outras evidências e contributos a avaliação do projetopermitirá:
• Reconhecer os pontos fortes e os pontos fracos do projecto;
• Rever estratégias e métodos de trabalho;
• Perspectivar a regulação da acção educativa;
• Contribuir para a formação dos atores participantes.

Todavia, avaliar não se esgota nesta recolha e sistematização de informação


sobre o desenvolvimento do projecto. Avaliar é mais do que isso. Porque avaliar
preconiza a medição do grau de consecução de determinados objectivos e metas
consignados num plano estratégico, a avaliação implica a operacionalização de um

- 120 -
processo com alguma complexidade que permite reflectir sobre a eficácia das acções e
das medidas preconizadas. Como tal, tomaremos as seguintes medidas:
• Aferiremos se a sua formulação está ajustada aos objectivos preconizados;
• Acompanharemos a qualidade da sua execução;
• Verificaremos se os resultados e os objectivos propostos foram atingidos.

Qualquer tipo de avaliação é sempre um julgamento sobre uma


intervenção/acção, comparando os recursos utilizados e a sua organização com os
serviços e bens produzidos e os resultados obtidos com critérios e normas.
Tradicionalmente, a avaliação pode exercer-se em duas fases – fase ex-ante e fase ex-
post – e nos seguintes tipos:
a) Fase ex-ante (avaliação diagnóstica)
b) Fase ex-post (avaliação de resultados)

Para tal, serão tido em conta os seguintes critérios:


a) RELEVÂNCIA - Permite avaliar em que medida os objectivos
estabelecidos contribuem para resolver o problema ou
aproveitar uma oportunidade identificada.
b) COERÊNCIA - Permite avaliar em que medida a cadeia de
objectivos se articula numa lógica meio/fim; verificar se os
recursos humanos, materiais e financeiros disponíveis são
suficientes para fazer face aos objectivos; e aferir se o
calendário proposto é suficiente para a consecução dos
objectivos estabelecidos (coerência interna)
c) EFICÁCIA - Permite avaliar em que medida os resultados
previstos no projecto educativo foram atingidos, quais os
desvios verificados e sua justificação
d) IMPACTO - Permite avaliar em que medida o objectivo central
do projecto educativo foi alcançado.
e) EFICIÊNCIA - Permite avaliar a relação entre custos e
resultados obtidos.

- 121 -
VIII

ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO E DE DIVULGAÇÃO

A comunicação é um factor decisivo para a imagem que as empresas têm ou


querem alcançar no mercado. A forma como as empresas expõem os seus produtos ou
serviços, com o objectivo de conquistar novos clientes, designa-se de estratégia de
comunicação.É essencial ter uma estratégia de comunicação eficaz e adequada à
realidade de cada empresa, pois são os conjuntos de decisões integradas que permitem à
empresa atingir os objectivos esperados, bem como os meios a implementar para os
concretizar e conquistar o sucesso. Ou seja, a sua publicitação pelos meios mais
adequados: colocação online, edição impressa para distribuição, acções públicas de
divulgação, etc.
Como ferramentas de comunicação, pode-se citar vários tipos de canais, que
aliados irão contribuir para o desenvolvimento deste projecto:
1. Elaboração de um diagnóstico (já realizado) - Analisede todas as variáveis
internas e externas associadas à comunicação, tais como:
a) Estrutura e caracterização da empresa: história, missão, valores, parceiros
estratégicos, visão geral do negócio, processos internos e planos futuros;
b) Mercado: dimensão actual e potencial, estrutura de segmentação e
perspectivas futuras;
c) Clientes: quem são, qual o seu perfil;
d) Concorrência: quem são, qual o seu posicionamento e acções de
comunicação;
e) Produtos: caracterização, qual o papel nos resultados da empresa, as
vantagens comparativas em termos de oferta de valor, as inovações e as políticas de
preços fase à concorrência;
f) Distribuição: canais de distribuição e a sua importância para afacturação e
nível de eficácia;
g) Vendas: analise os objectivos, as previsões, os recursos humanos e financeiros
e mecanismos de avaliação;
h) Publicidade e Relações Públicas: historial das campanhas, os resultados
esperados, nível de eficácia e os resultados obtidos.

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2. Definiçãodos alvos (já realizado):
É uma das etapas mais importantes na criação da estratégia de comunicação.
Como tal, tivemos em consideração os potenciais clientes (os alunos), os iniciadores (as
pessoas que podem iniciar o processo de decisão, mesmo que não tomem a decisão
final) e os influenciadores (os líderes de opinião que têm influência directa sobre o
processo de decisão).
Foi igualmente importante definir o segmento e dimensão dos alvos e as metas
atingir, tendo em conta os factores demográficos, sociais, económicos, comportamento
de consumo e estilos de vida e atitude perante o ensino superior.

3. Definiçãodos objectivos (já realizado):


Os objectivos de comunicação foram coerentes com a estratégia geral do
instituto. Os objectivos de comunicação mais frequentes foram: o volume e
rentabilidade ou quota de mercado, a notoriedade e reconhecimento da marca,
demonstrar as vantagens face à concorrência e aumentar a satisfação.

4. Definiçãodas ferramentas/ o mix da comunicação:


Esta definição passará pela escolha das ferramentas adequadas ao investimento e
implementação eficaz da estratégia definida, nomeadamente:
- Publicidade ou Assessoria de Comunicação: eficazmente para objectivos
como a notoriedade, estímulo e/ou informação.
- Os principais suportes serão a televisão, a imprensa, os meios online, a rádio
e os outdoors (Website).
- Marketing directo para dar a conhecer informações sobre os cursose/ou
estimular os jovens a frequentar esta universidade com a vantagem do custo
ser mais baixo (Panfletos, cartazes, placards).
- Patrocínio: com efeitos de médio prazo (anuncio televisivo).
- Promoção: descontosnas primeiras inscrições.
- Relações Públicas: usada para grupos de influência.
- Força de vendas: demonstração credibilização sobre o instituto.

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6. Elaboração de uma estratégia criativa e um plano de media
Nesta etapa será criada uma parceria com uma agência de comunicação e
publicidade conceituada. Nesta parceria serão definidos os eixos de comunicação: qual a
mensagem a divulgar e meios a utilizar.

7. Implementação, avaliação e controle:


Nesta última fase implementar-se-á as acções definidas no plano, sendo
essencial uma avaliação e controlo da performance e eficácia da estratégia de
comunicação, que será ajustada sempre que necessário.
Uma boa estratégia de comunicação permite transformar os objectivos em
acções de comunicação, concretas e eficazes, e levar à conquista do sucesso.
Para orçamentar correctamente esta estratégia de comunicação teremos em
conta, não só os custos de produção e administrativos como também os custos com os
suportes (inserção de anúncios na imprensa, televisão, meios online, entre outros).

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ANEXO I–LOGÓTIPO

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