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Cultural
Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua própria produção ou a sua
construção.
Paulo Freire
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Índice
Índice de Figuras ............................................................................................... - 3 -
Introdução ......................................................................................................... - 5 -
II - Diagnóstico Estratégico............................................................................. - 26 -
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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Extensão Territorial da província do Zaire .............................................. - 15 -
Figura 2 – Modelo de crescimento sustentado do INSPOTEC................................... - 34 -
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1 - Distribuição Da População Por Municípios (Censo 2014) ..................... - 16 -
Quadro 2 - Distribuição da População Estudantil do ensino secundário, na província
do Zaire em 2016 ........................................................................................................ - 17 -
Quadro 3 - Distribuição da População Estudantil do ensino secundário, no Soyo em
2016 ............................................................................................................................ - 18 -
Quadro 4 - Distribuição de alunos pelas Escolas Secundárias de II Ciclo ............... - 20 -
Quadro 5 - Análise SWOT do INSPOTEC .................................................................. - 30 -
Quadro 6 - Objectivos da implementação de uma biblioteca no INSPOTEC ............ - 47 -
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INTRODUÇÃO
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2. Fase de experimentação. Esta fase serviu para aplicar experimentalmente os
novos planos e programas curriculares e os materiais pedagógicos em escolas
seleccionadas.
3. Fase de Avaliação e Correcção. Esta fase serve para identificar insuficiências
e a adequação dos currículos.
4. Fase de Generalização. Esta fase traduz-se na aplicação dos novos currículos
(perfis de saída, planos de estudo, programas de ensino e materiais pedagógicos) em
todos os estabelecimentos de ensino não superior do País.
5. Fase de Avaliação Global. Nesta fase procede-se à avaliação de todo o
sistema.
Incorporado numa das grandes metas, existe uma necessidade constante de se
evoluir ao nível da governação, pois este é um requisito indispensável para diminuir a
pobreza e assegurar o desenvolvimento sustentável. Com as sucessivas legislações sobre
Governação Local em Angola, a província de Zaire deve adoptar cada vez mais, novas
estratégias integradas para que esta governação a nível local possa ajudar a resolver os
grandes desafios que são o desenvolvimento, a fim de poder promover o
desenvolvimento sustentável. Tudo isto tem envolvido os demais estabelecimentos
activos bem como as suas parcerias com os actores incluindo órgãos do Estado, o sector
privado e as comunidades, para que se possa cumprir com as suas responsabilidades.
Assim sendo, o Plano de Desenvolvimento Integrado (PDI) incide sobre
centralizar o novo sistema de desenvolvimento do Governo Local e, representa ainda,
uma base principal para se adoptar mais estratégias que levem à inclusão e que se torne
responsável pela satisfação das necessidades dos seus munícipes.
A elaboração deste Plano tem como objectivo principal reforçar a necessidade
de elaboração de um modelo de gestão e promoção do desenvolvimento local centrado
no combate à pobreza sendo este articulado com as directrizes da Estratégia de Combate
à Pobreza do Executivo Angolano, como se pode ler no Decreto- Lei n.º 1/07, do
Conselho de Ministros. Este decreto orienta que todos os municípios devem ser
transformados em unidades orçamentais autónomas. Este foca também que é atribuída
uma maior autonomia das diversas administrações municipais do país, que embora
ainda sem autoridade para gerir receitas locais, transforma-as também em unidades
orçamentais autónomas.
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De acordo com a LBSE (2001) os níveis do Sistema de Educação em Angola
são:
-Nível Primário,
-Nível Secundário
- Nível Superior(LBSE, art.º.10º-2).
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universidade pública. Este Instituto Politécnico será criado na Região académica III e
constituiu um exercício de descentralização e de autonomização administrativa e
pedagógica deoutros Núcleos Universitários situados em outras províncias.
O Plano de Desenvolvimento Provincial do Zaire (2013/2017) orientador das
políticas de actuação do Governo Provincial e dos seus Serviços Executivos,
dosserviços da Administração Local do Estado, assim como das Administrações de
Municípios eComunas. Este documento deve servir ainda de referência para outros
agentes dedesenvolvimento em actividade na Província do Zaire.
Este plano abrange uma realidade que pode ser encarada sob diversas formas,
tais como um exercício obrigatório do Sistema de Planeamento Nacional (Lei nº 1/11)
que obrigaà sua execução.Nessa acepção formal teremos de referir que será elaborado
em consonância com opreceituado na lei e nas regras ditadas pelo Sistema Nacional de
Planeamento, cumprindoo estipulado nas orientações que foram sendo dadas
relativamente à sua elaboração.Cumpre também referir que na sua elaboração será
levada em linha de conta a EstratégiaNacional, inserindo‐se assim todas as medidas
preconizadas dentro das PolíticasEstratégicas Nacionais, evidentemente com as nuances
próprias da Província, como nãopodia deixar de acontecer e que, estamos certos, vão
constituir um contributoenriquecedor para pluralidade do todo Nacional. E também uma
agregação ordenada de medidas de políticas concretizadas em Projectos quantificados e
programados temporalmente. Esta agregação, só por si, constituirá uma mais‐valia para
quem quiser perspectivar a evolução da Província até 2017, com intuitos económicos ou
de análise social, numa visão que se pode entender como executiva e que nos dá uma
reflexão estratégica sobre os caminhos a trilhar para o desenvolvimento desta província
tendo em conta uma análise SWOT1, de forma a promover através de umaumento da
equidade de rendimento e pela promoção do emprego, numa óptica de Crescimento
Económico diversificado tendo em conta as suas potencialidades, e ao mesmo tempo as
suas debilidades. Os programas para o desenvolvimento definidos passam pela
consideração deobjectivos que dinamizem a excelente posição geográfica da Província e
a cultura comercialdas suas gentes, ao mesmo tempo que cuidam das problemáticas da
falta de rendimentoadequado e do desemprego de grandes franjas da população.
1
ou Análise FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) (em português) é uma ferramenta utilizada para
fazer análise de cenário (ou análise de ambiente), sendo usada como base para gestão e planeamento estratégico de
uma corporaçãoou empresa.
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A criação do Instituto Superior Politécnico “NimiYaLukeni” (INSPOTEC)
enquadra um plano de desenvolvimento do sector que contempla a formação de quadros
docentes e pessoal técnico da IES e o incentivo à pesquisa científica como medidas
políticas necessárias para a melhoria da qualidade da gestão dos Estabelecimentos de
Ensino Superior (ES) em Angola. Neste sentido, desenvolvemos este projecto que
integra melhoramento e construção de novas infra-estruturas (instalações, bibliotecas,
lares, laboratórios, equipamentos, investigação científica, formação e aumento de
quadros docentes diferenciados) de acordo com o estipulado pelo MESCT (2010).
No que respeita à nomeação do gestor (Director geral) desta instituição
seguiremos o previsto no exercício democrático, o que confere à Assembleia da UO
competências para a eleição de três candidatos (artº. 1º, alínea g) do Decreto n.º 90/09,
de 15 de Dezembro). Este acto legislativo simboliza a afirmação do poder central sobre
a universidade e pode-se considerar o ponto de viragem para os ES em Angola.
O Projecto Educativo (PE) é um documento elaborado para toda a Comunidade
Educativa, que tem por objectivo organizar a acção educativa da instituição.
Contextualiza a missão, a visão e os valores orientadores que suportam as finalidades e
os objectivos operacionais da instituição que somos, retratando assim a
sua identidade. É o instrumento de planeamento estratégico da instituição e organizador
das metas pedagógicas que deverão ser referências e compromissos de toda a equipa
educativa.
Assenta numa prática pedagógica baseada em modelos de educação activos,
dinâmicos e positivos, numa atitude construtiva de diálogo e parcerias.
“A função do projecto educativo é servir de referência a uma dinâmica de
transformação do estabelecimento educativo que visa em última instância, o benefício
dos alunos” (DEB p.109).
É um meio de projecção de uma imagem que pretendem ser de organização,
qualidade e competência.
Os actuais desafios sociais exigem uma resposta adequada e coerente com as
medidas propostas para educação sendo, portanto, imperativo que sejamos capazes de
garantir a eficácia pedagógica e social através do empenho, esforço e trabalho de todos
os membros da comunidade educativa para que assim se constituam responsáveis pelas
boas práticas da instituição.
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Como tal, neste Projecto Educativo (PE) são indicadas as linhas gerais de
actuação, que incluem o Projecto Curricular (PC). O PC será o padrão de referência do
nosso instituto e assentará num eixo comum do currículo nacional.
É importante que cada escola construa o seu próprio projectoeducativo no
contexto da comunidade em que se insere, ao invés de se focar num modelo único e
uniforme de gestão.
No campo da educação o projecto educativo e projecto pedagógico estão na
origem de outros projectos, com significados diferentes e campos de aplicação distintos.
É nele que são previstos todos recursos necessários como: recursos materiais, humano e
financeiro, e possíveis previsões futuras de actuação, com o objectivo de melhorar a
qualidade do ensino.Para que um projecto educativo possa ser um instrumento
operatório, torna-se indispensável que o mesmo integre, no seu processo de elaboração,
a mais ampla participação da comunidade educativa relativamente aos diferentes
aspectos da educação e formação, nomeadamente organização escolar, relação
pedagógica, recursos humanos e materiais, a fim de que todos os seus membros sintam
que o projecto lhes pertence e façam dele um instrumento de trabalho contínuo.
Considerando que o projecto educativo deve servir também para chamar os
empregadores a colaborar no desenvolvimento do processo formativo, no sentido de
melhor responder às necessidades locais de formação, devem estes ser ouvidos sobre os
cursos necessários para responder a essas necessidades. Finalmente, dado que os pais e
encarregados de educação necessitam de escolher a escola onde vão colocar os seus
educandos e os cursos que melhor garantam o seu futuro, devem aqueles ser inquiridos
no desenvolvimento do processo sobre o tipo de educação e formação que gostariam de
ver para os seus filhos, a fim de que se possam conhecer as suas aspirações e
preocupações.
O Projecto Educativo de Escola enquanto instrumento de planificação da acção
educativa e de construção da identidade própria de cada estabelecimento de ensino
obriga a uma concepção da escola como uma “organização que continuamente se pensa
a si própria.
Ao definir a visão estratégica do que se pretende e a visão interpretativa da sua
missão, este Projectotem essencialmente o objectivo de criaro Instituto Politécnico
deNimiYaLukeni, e explorar a sua capacidade de implementação naprovíncia do Zaire,
de modo a que seja feita uma reflexão sobre as suas funções, os seus problemas e as
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formas de os solucionar. Só nesta concepção o Projecto Educativo de Escola fará
sentido e permitirá ao Instituto alcançar a sua autonomia. Nesta perspectiva o processo
de concepção e implementação do Projecto Educativo deste Instituto é um processo de
implicação de pessoas que, em colectivo, de uma forma permanente e contínua que
efectuam uma constante análise dos seus objectivos e decidem sobre as soluções de
continuidade ou de mudança e avaliam as consequências das suas decisões.
A metodologia de trabalho deve ser participativa e desenvolveu-se numa
perspectiva ascendente e descendente. Ascendente quando se tratou de recolher
informação e opinião, descendente quando se tratou de traçar as orientações essenciais
para o desenvolvimento do projecto educativo e de submeter as conclusões e linhas
orientadoras do projecto a um processo de validação e aprovação. O processo esteve
centrado na auscultação da comunidade, mediante a produção de instrumentos de
recolha de informação (inquéritos) com os diferentes membros da comunidade, bem
como em reuniões alargadas com Directores das escolas secundárias e dos Institutos
Médios de Educação e Formação, para discussão e validação de uma estratégia de
implementação.
Numa fase preliminar constituiu-se um grupo de trabalho e reunião da equipa do
projecto educativo onde se discutiu e definiu o caminho a seguir, do modelo de projecto
a desenvolver, da metodologia de trabalho a utilizar, dos recursos disponíveis, das
pessoas a ouvir, dos documentos de recolha de informação a elaborar. Num 2.º
momento foram recolhidas as informações nas bases de dados existentes (internas e
externas), análise documental, elaboração de inquéritos e outros documentos para
recolha de informação e por último desenvolvido o tratamento dos dados obtidos,
elaboração do diagnóstico estratégico e uma reflexão para que possa ser submetido a
aprovação pelo órgão competente.
Sendo assim, o projecto que apresentamos está estruturado da seguinte forma:
(i) Diagnóstico estratégico tendo em vista a implementação do projecto
educativo;
(ii) Visão e Missão, além das finalidades educativas definidas pela
legislação e pela política governativa, uma vez que esta instituição
têm filosofias próprias, e dotadas de uma cultura específica por se
encontrar situado numa localidade com problemas sociais
particulares;
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(iii) Objectivos e Metas orientadores da sua acção, para que se possa
avaliar do grau de execução e eficácia do projecto. Para tal foi
fundamental construir indicadores de medida para aferir os resultados
obtidos e o grau de consecução dos objectivos;
(iv) Caracterização da Organização Educativa através de um organigrama
da organização e do modo como se processa a comunicação entre os
diferentes sectores da instituição. Bem como serão elaborados os
critérios de constituição de turmas, bem como da organização dos
horários de alunos e professores e do calendário escolar e uma
distribuição lectiva diferenciada;
(v) Parcerias e Protocolos, pois o sucesso da educação depende, cada vez
mais, da existência de parcerias com outras instituições, sejam elas
operadoras de educação e formação, sejam instituições públicas
locais, sejam empregadores. A existência de redes, de parcerias de
formação, de protocolos de cooperação é indispensável para o
sucesso do projecto educativo. As redes podem desenvolver-se quer
no plano nacional quer no plano internacional. A aprendizagem e o
emprego desenvolvem-se cada vez mais num plano transnacional.
Não se trata de apresentar uma lista exaustiva dos possíveis
parceiros; mas sim uma breve referência aos que consideramos mais
significativos;
(vi) Áreas e Mobilidades de Qualificação que deem uma perspectiva da
oferta educativa generalista e mostrar que se teve um cuidado grande
na articulação destes factores para apresentar uma oferta consistente
e coerente. A oferta formativa,apresentada está dependente de
factores externos à escola, tais como a empregabilidade dos cursos, a
oferta da rede e a autorização ou o financiamento para a abertura de
novas turmas. Como tal, não apresentamos uma oferta formativa
concreta, pois esta não consta do documento do projecto educativo,
porque não é um elemento estratégico, mas sim a aposta numa
determinada área de especialização, bem como tipologia de ensino.
Assim, a oferta escolar e formativa será elaborada pelos futuros
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coordenadores pedagógicos, de cada área específica e remetida para
os planos de actividade.
(vii) Monitorização e Avaliação do Projecto Educativo para aferir como
será analisado o seu grau de eficácia e retroagir no sentido de
estabelecer as necessárias correcções e aperfeiçoamentos. Em
qualquer projecto educativo deve definir-se a forma do seu
acompanhamento e monitorização da execução, bem como da sua
revisão. (viii) Estratégia de Comunicação e de Divulgação que
apresenta e promover este projecto educativo junto dos diferentes
segmentos de público-alvo, de modo a que se conheçam melhor as
profissões e as actividades desenvolvidas em cada curso e se possa
avaliar a oferta existente e assim tomar uma decisão mais consciente
e eficaz para o seu futuro.
Constarão como elementos complementares deste projectoa legislação referente
à criação deste instituto.
Depois de aprovado este projecto será divulgado através da internet, edição
impressa para distribuição, acções públicas de divulgação, etc.
Contudo, será feito um acompanhamento através da avaliação do grau de
execução do projecto educativo através de mecanismos de auto-avaliação, a fim de
proceder aos respectivos ajustamentos no decorrer do processo, com vista à preparação
da sua futura revisão.
Este trabalho poderá ser desenvolvido no âmbito da equipa de auto-avaliação da
escola, quando formada, competindo a esta equipa de criação doprojecto educativo a
análise dos resultados apresentados.
Nesse sentido, desenvolvemos umprojectoque contivesse os elementos
essenciais que permitam dar a conhecer não só a cultura e identidade próprias da
organização educativa a que nos propomos criar em concreto, mas também a sua
estratégia tendente à execução de uma oferta curricular coerente no sentido de satisfazer
as necessidades do meio económico e social em que o estabelecimento será inserido.
A elaboração deste projecto não pode deixar de assentar numa ideia de
universidade. Uma tal ideia, em que a Instituição no seu conjunto se deve reconhecer,
há de incidir sobre os princípios, o posicionamento, a cultura institucional, a
organização e o modelo de gestão.
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I
1.1.1 Geografia
A Província do Zaire situada na região Noroeste do território Nacional, do oeste
a leste, a província estende-se por três zonas fisiográficas, nomeadamente a pene
planície litoral, o sub planalto do Congo e a Serra de Canda.
Tem a sua capital na cidade de M’Banza Kongo, dividindo-se
administrativamente em 6 municípios que, por sua vez, se subdividem em 25 comunas e
711 aldeias.
Situada no extremo noroeste de Angola, a província do Zaire tem uma superfície
de 40.130 quilómetros quadrados.
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Figura 1 – Extensão Territorial da província do Zaire
1.1.2 Demografia
A província do Zaire caracteriza-se pelo efectivo populacional. Hoje com o novo
censo realizado pelo Executivo Angolano através do Instituto Nacional de Estatística-
INE, em 2014, aprovíncia do Zaire conta com mais 570.000 habitantes.
Dados actuais indicam que os municípios mais populosos são os de M'Banza-
Congo e do Soyo, com aproximadamente 23% e 32%, respectivamente, da população
global da província.Tal como se pode verifcar no Quadro 1.
MF F MF F
ESCOLAS PÚBLICAS
II CICLO DO 10ª CLASSE 15 894 318
ENSINO 11ª CLASSE 11 767 254
SECUNDÁRIO 56 3 19
12ª CLASSE 8 617 322
SUB TOTAL 34 2278 894 56 3 19
ESCOLA DE 10ª CLASSE 7 339 98
FORMAÇÃO
11ª CLASSE 8 356 86
DE 47 5 13
PROFESSOR. 12ª CLASSE 6 210 39
MBANZA
KONGO 13ª CLASSE 5 158 33
SUB TOTAL 26 1063 256 47 5 13
ESC. DE 7ª CLASSE 1 37 15
ADMINISTRAÇ 8ª CLASSE 2 64 32
ÃO E 9ª CLASSE 2 73 30
GESTÃO 10ª CLASSE 10 489 228 63 11 17
11ª CLASSE 10 434 180
12ª CLASSE 9 365 153
SUB TOTAL 34 1462 638 63 11 17
ESCOLA DE 10ª CLASSE 11 575 341
FORMAÇÃO 11ª CLASSE 7 370 203. 58 3 7
DE TÉCNICO
DE SAÚDE
SUB TOTAL 18 945 544 58 3 7
TOTAL ESCOLAS PÚBLICAS 944 38.179 16.784 995 156 465
(incluindo ensino básico e pré
escolar)
ESCOLAS COMPARCIPADAS
II CICLO DO 10ª CLASSE 242 79 7 3 0
ENSINO SUB TOTAL 242 79 7 3 0
SECUNDÁRIO
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Quadro 3- Distribuição da População Estudantil do ensino secundário, no Soyo
em 2016
MF F MF F
ESCOLA PÚBLICA
I CICLO DO 7ª CLASSE 26 1320 659
ENSINO 8ª CLASSE 30 1181 594 121 121
SECUNDÁRIO 41
9ª CLASSE 24 836 405
SUB TOTAL 80 3337 1658 121 48
II CICLO DO 10ª CLASSE 29 1362 504
ENSINO
11ª CLASSE 25 1458 754
SECUNDÁRIO 78 3 29
12ª CLASSE 16 973 407
SUB TOTAL 69 3793 1665 78 3
ESCOLA DE 10ª CLASSE 8 555 296
FORMAÇÃO
11ª CLASSE 7 465 252 45 9 12
DE
PROFESSORES 12ª CLASSE 6 369 188
13ª CLASSE 5 204 100
SUB TOTAL 26 1593 836 45 9
INSTITUTO 10ª CLASSE 5 452 144
POLITÉCNICO 11ª CLASSE 3 155 49 19 3 12
SUB TOTAL 8 607 193 19 3
TOTAL ESCOLAS PÚBLICAS 670 28.431 13.684 627 284 348
(incluindo ensino básico e pré
escolar)
SOYO ESCOLAS COMPARCIPADAS
7ª CLASSE 29 1273 606 96 33 58
I CICLO DO 8ª CLASSE 27 1166 598
ENSINO
SECUNDÁRIO 9ª CLASSE 14 841 424
SUB TOTAL 70 3280 1628 96 33 58
II CICLO DO 10ª CLASSE 7 416 172
ENSINO 11ª CLASSE 5 219 87 9 2 20
SECUNDÁRIO
SUB TOTAL 12 635 259 9 2 20
7ª CLASSE 2 97 62
ENSINO DE 8ª CLASSE 5 207 113 8 2 0
ADULTO
9ª CLASSE 6 243 125
SUB TOTAL 13 547 300 8 2 0
TOTAL ESCOLAS 225 10.199 4.981 225 119 151
COMPARCIPADAS (incluindo
ensino básico e pré escolar)
ESCOLAS PRIVAS ESCOLAS COMPARCIPADAS
I CICLO DO 7ª CLASSE 2 62 34
ENSINO 8ª CLASSE 1 42 36 15 1 0
SECUNDÁRIO
9ª CLASSE 2 48 31
SUB TOTAL 7 152 101 15 1 0
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via da instabilidade nos países vizinhos, seja por via da atracção económica que exerce,
é facto que é crucial dispor-se de dados rigorosos que permitam indicar a dimensão e as
características dos agregados populacionais alvo.
De notar que a população com idade inferior a 18 anos é mais de metade e que por
outro lado, fruto das movimentações populacionais ocorridas, o Município de Cabinda
agrega 80% da população total da Província e a Comuna Sede de Cabinda, 76% do mesmo
total.
É uma concentração fortemente distorcida, que deverá ser ditada pela falta de
oportunidades de trabalho e renda no interior, sobretudo no ambiente rural, bem como pela
atracção da cidade sede da província. Embora seja universal a tendência de concentração da
população nas maiores cidades dos países em desenvolvimento, revela-se estratégico que a
nível de Cabinda, se desenvolvam acções que contrariem esta tendência, promovendo
acções de fixação de população no interior, como a criação de emprego para jovens,
desenvolvimento de projectos que modernizem as urbes do interior, deslocalização de
serviços e eventos para fora da sede provincial, bem como incentivos que conduzam à
instalação de novas indústrias no interior, sem menosprezar a modernização das práticas
agrícolas, o desenvolvimento de serviços públicos, a implantação de níveis escolares mais
elevados, etc..
No II ciclo do ensino secundário, os dados do ano lectivo 2012, em termos de défice
de salas é razoável, como se pode verificar no Quadro 4, em 2 das 11 unidades escolares
existentes:
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Quanto ao apetrechamento, o Governo Provincial tem garantido o mobiliário
escolar, sempre que se necessita e quando se constrói uma escola.
Nota-se quase a ausência total das salas de informática nas escolas do ensino
primário, excepto em quatro escolas no município de Cabinda.
A inexistência de laboratórios em todas as escolas do I ciclo. Os existentes no
ensino secundário II ciclo, a sua maioria não funcionam por falta de reagentes, técnicos e
professores habilitados.
Em horário laboral, o instituto superior, ISCED tem inscritos um total de 1.257
alunos, com a seguinte distribuição: Pedagogia (235), Psicologia (219), Matemática (179),
História (211), Biologia (182), Língua Portuguesa (142) e Língua Inglesa (89). Por outro
lado, a Faculdade de Economia tem 722 alunos, a Faculdade de Direito 355, a Faculdade de
Medicina tem 365 alunos e o ISPC tem 225 alunos. E em horário pós-laboral, tem um total
de 1.149 de alunos inscritos, dos quais: Pedagogia (368), Psicologia (268), Matemática
(136), História (208) e Biologia (169), Nesse mesmo horário, a Faculdade de Economia tem
561alunos, a Faculdade de Direito 232 e o ISPC tem 115 alunos.
Face à procura destes estabelecimentos de ensino, a Província de Cabinda não
consegue dar resposta a esta massa estudantil. E necessita de reforçar a oferta destes
serviços, havendo expectativas que a Iniciativa Privada possa responder a esta procura não
satisfeita. Uma vez que ainda não houve investimento privado nesta área, contamos que
entre 25% a 35% da população estudantil que frequenta o ensino secundário, se desloquem
para o INSIPTEC, de modo a concluírem o seu ciclo de estudos.
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investigaçäo ciêntifica e prestaçäo de serviço á comunidade atraves da promoçäo,
difusäo, transmissäo da ciência e cultura, bem como a promoçäo e realizaçäo da
investigaçäo ciêntifica nas diversas areas do saber. E é tutelado pela Promotora,
AFRAKOMA, LDA, que se encarreguará do planeamento, orientaçäo, coordenaçäo,
supervisäo do processo de formaçäo e implementaçäo da política regional para o
desenvolvimento do ensino superior em Angola. O poder de tutela é exercido nos
termos da legislaçäo em vigor.
Este Instituto Politécnico Superior assume-se neste contexto como uma
Instituição de Educação do ensino superior que institui como âmbito de acção um leque
de áreas científicas e de formação, abarcando as ciências sociais e humanas e as
tecnologias. Isto é, como uma universidade que considera a produção de conhecimento
científico essencial para o desenvolvimento da sua missão, não só porque essa é a
vocação irrecusável da instituição do ensino superior, mas também porque é no
conhecimento novo que deve ser ancorado o ensino e a interacção com a sociedade bem
como uma instituição do ensino superior da educação integral, ou seja, como uma
universidade que se assume como espaço de educação de todos os seus membros e que
tem da acção educativa, designadamente a que se orienta para os seus estudantes, uma
visão não unidimensional, antes sensível à formação do sujeito humano nas dimensões
cognitiva, social, moral, ética, relacional e física.
O INSPOTEC foi construído pela empresa AFRAKOMA, comércio Geral,
Construção Civil e Prestação de Serviços, cuja planta e legenda e reportagem
fotográfica se encontra em anexo II.
Para a criação do INSPOTEC, foi também criado um logótipo que representa,
nas suas cores as riquezas da província: Agricultura, Pesca e Minerais.
Isto é, um instituto em interacção com a sociedade, como uma universidade e
que, não colocará em causa aquilo que representa a sua identidade institucional, não
recusará a abertura às suas múltiplas envolventes, mantendo um diálogo aberto com os
actores económicos, culturais e sociais, valorizando, no horizonte da sua acção, a
necessidade de resposta aos desafios que aqueles lhe colocam.
Será também um instituto de ensino superior em que não recusará a sua inscrição
num contexto regional e nacional específicos, assuma que é inerente ao cumprimento da
sua missão e ao desenvolvimento da sua acção, promovendo a estreita articulação dos
seus projectos com os de instituições de referência.
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Também será um institutoparticipado e descentralizado, ou seja, como uma
universidade ao promover, no quadro estatutário, a intervenção de todos os seus
membros e corpos, no debate e escolha das opções que melhor se adeqúem à
prossecução da sua missão e por outro lado serão valorizadas uma gestão eficiente e
eficaz, isto é, que orienta a gestão dos seus recursos humanos, materiais e financeiros
segundo princípios que permitam maximizar os contributos deles derivados para a
realização da missão e dos seus objectivos.
Um outro princípio de referência será o de reconhecer a diversidade daqueles
que a compõem, e que fará uma previsão explicitamente a rejeição de práticas
discriminatórias e promoverá políticas activas de integração das pessoas,
independentemente da sua raça, género, orientação sexual, língua, cultura ou condição
económica e social.
Esta universidade será um instituto de educação superior sustentável que procura
uma utilização equilibrada dos recursos que estão colocados ao seu dispor e que assume
o desenvolvimento de tais práticas como componente da sua acção educativa.
A atractividade de estudantes estrangeiros exige um programa de promoção
internacional, a desenvolver em articulação com universidades de Portugal e Brasil,
entre outras.
O crescimento do número de estudantes há-de ser também conseguido na pós-
graduação, através de cursos, para os quais é expectável um aumento da procura,
embora muito dependente da existência de bolsas de estudo e da formação especializada
e de estudos avançados, em áreas específicas (p. ex., Negócios/Empreendedorismo).
O desenvolvimento dos projectos de ensino no quadro antes referido não deixará
de assumir matizes diferenciados consoante as especificidades dos tipos de projectos a
valorizar, dos públicos-alvo a considerar, das estratégias de promoção, das parcerias
(nacionais e internacionais) sobre as quais ela se estruturará e sobre a língua de ensino a
adoptar.
Os Cursos a abrir deverão ser alvo de análise pelos órgãos de gestão pedagógica
respectivos e decisão de eventual descontinuação, tendo em conta critérios como:
empregabilidade; desempenho científico do departamento/centro associado; custos de
funcionamento; natureza da formação. Não devendo o instituto prescindir da sua
capacidade instalada, por vezes excelente, em áreas de formação que se encontram,
eventualmente de modo episódico, em crise, não deve porém persistir, sem mais, a
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oferta de cursos nessas áreas; identificados cursos nestas circunstâncias, devem, em
primeiro lugar, as estruturas de gestão e, depois, o Senado Académico propor ao Diretor
Geral, a descontinuação desses projectos de ensino ou um plano para a sua reconversão
ou promoção.
As iniciativas de interacção com a sociedade deverão ser desenvolvidas em torno
de cinco eixos principais: o crescimento da valorização económica do conhecimento e
da inovação, realizado através da prestação de serviços especializados, do
desenvolvimento do ecossistema de inovação e empreendedorismo, do reforço do
número de patentes, spin-offs2, start-ups3, com expressão no emprego e no volume de
negócios gerado; o aumento da capacidade de incubação empresarial, que implica
parcerias com investidores; a colaboração com escolas secundárias, na promoção da
cultura científica; a interacção cultural, desenvolvida preferencialmente através das
unidades culturais e da sua estrutura de coordenação, o Conselho Cultural; a
diversificação dos mecanismos de interacção com a sociedade, através da actividade
directa, no quadro institucional e do universo das entidades participadas/interfaces, nas
suas múltiplas formas: associações privadas sem fins lucrativos, sociedades
anónimas/sociedades por quotas, cooperativas, fundações, cuja estratégia, actividade e
aspectos financeiros hão-de ser objecto de sistemática avaliação.
No domínio da investigação, este instituto assumirá um quadro orientador que
privilegie a multidisciplinaridade e a agregação da massa crítica para resposta a
problemas da sociedade e a constituição de parcerias nacionais e internacionais bem
como a coordenação e articulação de políticas científicas, a promover no âmbito do
Senado Académico e do desenvolvimento de iniciativas integradas de investigação e o
desenvolvimento de iniciativas integradas de investigação, que garantam que a sua
afirmação como protagonista de respostas aos grandes desafios sociais contemporâneos,
em articulação com as estratégias inteligentes de desenvolvimento regional, envolvendo
aspectos sociais, económicos e tecnológicos associados à saúde, ao envelhecimento e
aos padrões de vida, cidades inteligentes, mobilidade e território, as comunicações e
odesenvolvimento sustentável, considerando questões de energia, construção, utilização
de recursos e aeducação para o desenvolvimento, incluindo os novos desafios e modelos
2
também chamado de derivagem, é um termo utilizado para designar aquilo que foi derivado de
algo já desenvolvido ou pesquisado anteriormente. É utilizado em diversas áreas, como em negócios, na
média, em tecnologia, etc.
3
significa o ato de começar algo, normalmente relacionado com companhias e empresas que
estão no início de suas actividades e que buscam explorar actividades inovadoras no mercado.
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de educaçãoao longo da vidarelevando a cidadania, desafios da política e da
comunicação bem como doempresarialismo e da exportação/importação em diversos
sectores.
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II
DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO
- 27 -
com as grandes linhas de desenvolvimento de longo prazo, que por sua vez tiveram em
conta as potencialidades intrínsecas da Província. Em 2015 no Soyo abriu uma das mais
modernas fábricas de processamento de Gás Natural Liquefeito e existem actualmente
12 empresas de exploração de inertes em funcionamento na Província, estando a
decorrer a montagem de mais 6 unidades que dão e são um forte factor dinamizador das
restantes actividades económicas dando maior potencial à província. No domínio das
telecomunicações, a extensão da fibra óptica a todos os Municípios da Província tem
sido alvo de um acompanhamento de proximidade.
A telefonia fixa foi alvo de uma extensão da sua rede nos Municípios de
M’banza Congo, Soyo e Nzeto. De igual modo, estão já em curso operações
semelhantes nos Municípios do Cuimba, Nóqui e Tomboco. Há contudo ainda muito a
fazer nesta área.Principalmente na criação de novos postos de trabalho, maiores
rendimentos e no combate à desertificação populacional, uma vez que promovem o
desenvolvimento expectável da província e o espírito empreendedor da população e daí
o nosso interesse em investir em educação superior nas áreas sectoriais que as integram,
tais como a gestão e as tecnologias.
O turismo, apesar de parco, é também um setor com potencial. A transformação
desse potencial turístico em verdadeiros fluxos turísticos é cada vez mais exigente, em
virtude do desenvolvimento turístico internacional, motivo pelo qual temos interesse na
abertura de cursos na área do turismo.
É ainda de referir que a malha rodoviária da Província do Zaire, com mais de
2.700 kms, está a sofrer uma grande mudança, com o intuito de se colmatarem as
insuficiências sentidas pelas populações a este nível. Assim, há um enorme esforço que
está a ser levado a cabo ao nível de todos os Municípios, de modo a garantir uma
melhor circulação de pessoas e veículos, factor indispensável para o desenvolvimento
da região, merecendo particular destaque, as áreas da educação e da saúde.
Estas empreitadas estão a ser levadas a cabo procurando envolver os empresários
da região, tendo presente a preocupação de aumentar e melhorar o nível técnico da mão‐
de‐obra localligada à construção civil. Contudo, a falta de técnicos qualificados de
construção civil e áreas afins é aliás uma das maioresdificuldades sentidas ao nível deste
sector, pelo que uma apostas do INSPOTEC seja na área das Engenharias e
Tecnologias.
.
- 28 -
Se tivermos presente a importância que as cidades têm, enquanto pólos de
desenvolvimento das regiões, torna‐se essencial garantir que há uma projecção
antecipada das suas zonas deexpansão, de modo a assegurar a continuidade do
desenvolvimento da região potenciadopelas suas cidades. Assumem assim particular
importância os Planos Directores, tantoProvincial, quanto os Municipais, cuja
actualização se encontram em curso, assim como asactividades de cartografia das
regiões.Deste modo, na Província do Zaire há já uma grande ponderação em torno das
questõesurbanísticas, em particular no Soyo, cidade que regista maior potencial de
desenvolvimento.As obras de infra‐estruturas integradas que estão em curso nos
Municípios de M’banza Congo,Soyo e do Nzeto são também exemplo de uma
preocupação com a vertente urbanística queestá presente na Província.
Contudo, voltamos a apontar que a falta de técnicos qualificados é uma das suas
debilidades, apesar de a urbanização estar em constante crescimento e terem sido
criados e conservados diversos imóveis não se constata entre eles a edificação de um
instituto do ensino superior.De acordo com o Plano de Desenvolvimento da província
do Zaire no que concerne á educação, esta é considerada de crucial importância para o
desenvolvimento sustentável da província, onde os cidadãos se caracterizam por uma
baixa média faixa etária.
Um factor bastante positivo é o de que a população já têm bem enraizada esta
visão, e encaram o ensino e a formação profissional como uma forma de melhorar o seu
nível de vida, através da abertura de novas oportunidades profissionais. Nesta província,
apesar de muito ter sido feito pelas entidades oficiais, ainda não se conseguiu
ultrapassar as insuficiências de infra-estruturas escolares de modo a evitar a contínua e
progressiva migração para os centros populacionais.
Hoje a Província conta com 284 escolas, incluindo um Instituto Médio de
Administração e Gestão, uma Escola de Formação de Professores e uma Escola de
Professores do Futuro, e não obstante o facto de já existir um Instituto Superior
Politécnico no Soyo, não existe nenhum instituto superior politécnico na área da gestão
para que os alunos prossigam com os seus estudos na região, considerada como Região
Académica III.Oscursos ministrados na Escola Superior Politécnica em M’banza Congo
e no Instituto Superior Politécnico no Soyo são: Física, Gestão Empresarial,
Matemática, Psicologia e Química e no Instituto Superior Politécnico os 4 cursos
ministrados são: Engenharia Informática, Manutenção Industrial, Matemática e
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Pedagogia.Tendo em conta esta nova realidade, no que concerne à implementação de
um instituto politécnico do ensino superior de tecnologias e gestão, passa por definir
estratégiasque em torno da ambiência interna e externa da província do Zaire, tendo em
atenção aos seus pontos internos, fortes e fracos, assim como eventuais oportunidades e
ameaças que, embora externas, o possam afectar o seu funcionamento através da
projecção de uma análise SWOT do INSPOTECe, face ao desenvolvimento estatístico
que a Província apresenta. Esta parece-nos ser a forma mais adequada de levar por
diante o nosso projecto educativo, tal como passamos a especificar no Quadro 4.
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Oportunidades Ameaças
4
captação de recursos.
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imagem do instituto. Estas orientações carecem de aprofundamentos nas áreas da
definição estratégica e da gestão das estruturas, designadamente: a definição de
estratégias científicas e respectivas parcerias; a gestão integrada e articulação das
subunidades; a gestão integrada do portfólio de projectos de ensino. Este esforço de
consolidação da coesão institucional deve implicar também as unidades culturais e
diferenciadas, envolvendo, nomeadamente: o desenvolvimento de estratégias de
afirmação na área de actividade; o reforço da interacção com a sociedade nos domínios
intervenção da unidade; a gestão e a avaliação dos recursos humanos da unidade; a
promoção de projectos específicos no quadro da imagem do instituto. As unidades de
serviços são também um lugar construção da coesão institucional, desiderato para que
poderão contribuir o aprofundamento da gestão das actividades da competência da
unidade, no âmbito da estrutura orgânica do instituto, da gestão e avaliação dos recursos
humanos da unidade e da gestão de orçamental dos recursos alocados à unidade.
Neste contexto, o INSPOTEC tem uma enorme probabilidade de crescimento,
uma vez que, em linha com os objectivos assumidos, é preciso mais ensino superior na
região e no país (LBSE, 2001); deve crescer, porque é a esperança maior da região em
que se insere, que necessita de um Instituto Superior forte; e quer crescer, de forma
sustentada, por vontade de afirmação institucional.
Tal será possível se o Instituto garantir e for capaz de aprofundar uma educação
superior, diferenciada e de qualidade, uma investigação reconhecida pelas comunidades
científicas de referência, uma interacçãoefectiva com a sociedade.
Em suma, conseguir afirmar-se como referência nacional e internacional e
agente socioeconómico e cultural da região, pela atracção, geração e fixação de talento,
pela indução de um novo tecido económicoprodutivo, pela criação de emprego.
Deste modo será cumprido o compromisso com o conhecimento, a educação e o
desenvolvimento económico, cultural e social, tornando-se um instituto voltado para a
concretização dos objectivos, nacionais e da resposta às expectativas da região e de
meio de afirmação institucional.
O modelo de crescimento proposto, esquematizado na figura 1, assenta
necessariamente na realidade actual.
De facto, o INSPOTEC permitirá aspirar à consecução destes desígnios,
nomeadamente: porque será detentor de recursos humanos, docentes e não docentes,
qualificados epossuiráinfra-estruturas ao nível dos equipamentos administrativos,
- 33 -
pedagógicos e laboratoriais de reconhecida qualidade. Por outro lado abrangerá um
importante património intelectual, que incluiráprojectos de ensino, resultados de
investigação, modalidades de interacção com a sociedade e uma cultura institucional
própria. Esta realidade poderá trazer um enorme potencial de desenvolvimento no
quadro dos valores e princípios da instituição, Tal como apresentamos na Figura 1.
• Internacional • Relacionamento
• Nacional institucional
• Regional • Interação com a sociedade
envolvente
• Compromisso com o
desenvolvimento
económico social e cultural
Reconhecimento pelas
entidades ciêntificas de Ensino diferênciado
referência
• Parcerias e redes
• Exigência
• Trânsferencia de
conhecimento • Valorização dos recursos
humanos
• Afirmação
• Sustentabilidade financeira
• Relevância para a
sociedade
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da manutenção e reforço do compromisso com o desenvolvimento económico, social e
cultural da Região.
O desafio que se coloca é o de definir as estratégias, prever as práticas e
identificar os instrumentos que permitam desenvolver esta ideia no contexto Angolano,
Brasileiro, Português e europeu ao longo da década em curso. Desafio de tanto maior
magnitude quanto são largamente reconhecidas as dificuldades em formular cenários de
desenvolvimento a médio prazo em tempos tão conturbados quanto são os que
atravessamos.
No entanto, é também por isso, e pelo que tal representa como condição de
reflexão sobre o posicionamento presente e futuro pretendido para do instituto, que
ganha sentido o aprofundamento da ideia que se assume e que sepretende perseguir. É
por isso que sugere a necessidade de elaborar este projecto e conferir particular atenção
ao papel de cada uma das unidades orgânicas, identificando o contributo que delas se
pode esperar para a missão institucional, mas reconhecendo também a natureza
especializada do seu projecto, dotado, por isso, de autonomia.
A tensão natural entre a missão comum e o projecto especializado obriga a uma
clarificação das principais orientações que devem subordinar a acçãoque sepretende
desenvolver, numa aposta prioritária na geração de conhecimento científico como factor
principal de afirmação da sua relevância nacional e internacional. A produção e
conhecimento novo sustentarão a diferenciação da oferta educativa e deverá estruturar a
interacção com a sociedade. Um desígnio desta natureza supõe a existência de estruturas
de investigação robustas e de condições para a geração e desenvolvimento de projectos
multidisciplinares, permitindo também a partilha de recursos que promova e pratique
um forte envolvimento dos seus investigadores, e por isso será necessário o
desenvolvimento de uma unidade de investigação com uma capacidade real de atracção
de estudantes de pós-graduação, oriundos de outras regiões do país, pois com este
desígnio certamente virá a assumir um quadro de referência para avaliação do
desempenho da sua produção científica como um polo de referência internacionalmente
aceite, acomodando também as especificidades das diferentes áreas do conhecimento.
A concretização deste modelo de instituto politécnico supõe a existência de
recursos humanos qualificados e a existência simultânea de recursos materiais e
financeiros adequados, requerendo igualmente estratégias partilhadas orientadas para a
captação de financiamento de projectos e para a constituição de grupos e investigação
- 35 -
dotados de massa crítica suficiente, que não deve, porém, iludir a necessária adoptam de
critérios de pertença selectivos.
Para se afirmar como locus de educação integral, o INSPOTEC deve assumir um
projecto educativo próprio baseado na valorização das dimensões individual, social e
profissional dos seus estudantes, na disponibilização de experiências educativas não
restritas ao quadro curricular, na valorização de conhecimentos académicos e
profissionalmente relevantes, na opção pela existência de componentes de formação de
base, transversais a todos a projectos de ensino, e na criação de condições que permitam
a interiorização de princípios éticos.
A oferta educativa preservará as especificidades dos campos científicos e
evitando uma sobredeterminação estrita pelo campo económico-social, há-de ser, no
entanto, articulada com oportunidades e necessidades identificadas nos domínios da
economia, da sociedade e da cultura, apostando em áreas emergentes, num quadro de
grande atenção às transformações no mercado de trabalho.
A prossecução de objectivos desta natureza obrigará a uma forte integração do
ensino com a investigação, a uma concepção da gestão coerente e integrada de cada
curso como um projecto com objectivos específicos, ainda que partilhando componentes
de formação com os outros cursos, e a uma monitorização continuada dos projectos de
ensino, no âmbito do sistema interno de garantia da qualidade do Instituto. A
operacionalização desta orientação obriga a instituir a formação de cidadãos como
tarefa essencial, a combinar a formação científica e profissional com o desenvolvimento
pessoal e social, a propiciar a exposição à multidisciplinaridade e a prover experiências
culturais, desportivas, etc., diversificadas.
Para que a interacção com a sociedade seja efectiva, deve valorizar a relação
com a sua envolvente nos contextos regional, nacional e internacional, promover uma
interacção multidimensional com os tecidos económico-produtivo, cultural e social, e
desenvolver uma estratégia própria de valorização do conhecimento, de incubação e
promoção do empreendedorismo, de promoção cultural e de intervenção efectiva na
esfera social.
A procura de respostas para problemas/interrogações da sociedade e o
compromisso com o desenvolvimento socioeconómico da Região em que está inserido,
nas suas múltiplas esferas – económica, social, cultural -, requer posições de abertura ao
exterior por parte do Instituto e o desenvolvimento de estratégias de proactividade
- 36 -
capazes de gerar transformações qualitativas na envolvente. Será uma Instituição que
perspectiva a sua actividade num quadro de relações com parceiros institucionais de
outros países. A internacionalização revestirá necessariamente diferentes
materializações consoante a área científica ou se trate da investigação, do ensino ou da
interacção com a sociedade, seja ao nível dos parceiros, seja das modalidades
seleccionadas. Marcas indissociáveis da internacionalização são a assunção de quadros
de referência internacionalmente reconhecidos para avaliação das suas várias
actividades e a efectiva capacidade de atrair docentes, investigadores, estudantes e
técnicos de outras instituições. A mobilidade de estudantes, de docentes e
investigadores, a atribuição de graus conjuntos ou duplos, o desenvolvimento de
projectos em parcerias internacionais supõem a participação sistemática em redes
internacionais e a consolidação da atractividade internacional da Instituição. Que
primará pelaeficiência e eficácia, como se pretende e na gestão dos seus recursos
humanos e financeiros, dotada de fontes de financiamento diversificadas, com
capacidade de adequação ao contexto político-económico e serão
adoptadosprocedimentos de coesão transparentes para assegurar a sustentabilidade
financeira das suas diferentes unidades, integra e gere adequadamente as suas unidades
de serviços, adopta ferramentas de gestão apropriadas, suportadas por sistemas de
informação integrados e amigáveis e, finalmente possuirá um sistema interno de
garantia da qualidade devidamente acreditado.
Um Instituto Politécnico Superior de educação superior com estas características
será sem dúvida uma instituição eficaz e eficiente na operacionalidade das respostas que
é capaz de encontrar para fazer face aos desafios com que se confronta, pois sendo uma
instituição participada e descentralizada em que as características essenciais à sua
valorização são a autonomia e da responsabilidade dos seus membros, estruturas e
órgãospromoverão certamente o equilíbrio entre colegialidade e operacionalidade, a
valorização do desempenho individual e colectivo.
Dada a sua estrutura organizacional garantirá uma articulação efectiva entre as
entre as unidades culturais e diferenciadas e as entidades participadas. Esta articulação
será essencial à prossecução dos objectivos institucionais e condição da coesão
institucional, sobretudo relevante tendo em conta a diversidade interna da Instituição.
Neste caso específico a descentralização de poderes tem na sua multipolaridade
uma modalidade essencial de concretização. Este é um modelo inclusivoque acolherá e
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integrará a diversidade, que responde de modo efectivo à diversidade etária, de género,
étnico-linguística e cultural, que acolhe e integra os estudantes com deficiência ou
necessidades educativas especiais e que implementa práticas de acção social e de
solidariedade.
No preenchimento destes requisitos, há de mover-se num quadro de valores e de
cultura institucional sensível à especificidade dos diferentes grupos que a constituem
como comunidade académica.
Nas sociedades contemporâneas, a ecos sustentabilidade tornou-se indissociável
da responsabilidade social das instituições. Uma instituição do ensino superior
eco(sustentável) há-de promover e adoptar boas práticas neste domínio ao nível das
formas de organização que assume e dos projectos internos que desenvolve, nas acções
educativas que realiza, seja no quadro da educação formal, seja no quadro da educação
não formal, nas actividades de investigação que leva a cabo, na procura e validação de
novas soluções, na divulgação regular de indicadores de sustentabilidade. Estas
orientações serão assumidas por todos os níveis de decisão da instituição e praticadas
por toda a comunidade académica. Os objectivos definidos impõem a existência de uma
vasta equipa de meios humanos e organizativos para que possam ser eficientemente
concretizados. Para além do considerável investimento físico a realizar, acresce que o
presente projecto incide fortemente na vertente de Capital Humano, o que o torna um
forte investimento em diversos sectores. Tendo presente a importância de se dotar a
Província de meios humanos e organizativos robustos, para que seja possível
concretizar o projecto proposto, para que se possa garantir a existência de condições
efectivas para a sua exequibilidade, nomeadamente no que concerne ao reforço de
pessoal técnico superior de acordo com as necessidade de Formação e Capacitação dos
Técnicos do Sector, sendo Plano Plurianual de Investimento Público de Âmbito
Provincial para o Município(PIP)do Soyo em 2017, cerca de 6.137.830.923,17 kz para a
Educação, Ensino Superior e Formação de professores.
A ideia de universidade plasmada nestes princípios resulta, pois, do cruzamento
entre aqueles que são os eixos de missão do instituto, aqui objecto de uma interpretação
específica como instituto de investigação, de educação integral, em interacção com a
sociedade e um conjunto de vectores que exprimem a valorização de dimensões
específicas de instituição de ensino superior participado e descentralizado, eficiente,
eficaz, inclusivo e sustentável.
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- 39 -
III
3.1 Visão
Para enunciar uma visão para a um Instituto Superior Politécnico e gerar
princípios estratégicos com eles coerentes não pode deixar de ter em conta os objectivos
definidos para o ensino superior (LSB, 2001) e com os dados do Relatório de
Monitorização Sobre Educação para Todos (2014), perspectiva-se que no ano em
referência que 7,4 milhões de alunos matriculados estão todos os Níveis de Ensino não
Universitário, dos quais 5,1 milhões no Ensino Primário e 2,3 milhões no Ensino
Secundário. O número de professores é de 278 mil, dos quais 153 mil no Ensino
Primário e Classe de Iniciação e 125 mil no Ensino Secundário.
Situa-se no meio-percurso da Estratégia Nacional de Desenvolvimento de Longo
Prazo“Angola 2025”, na fase de Modernização e de Sustentabilidade do
Desenvolvimento, centrada na Estabilidade e Crescimento e na valorização do Homem.
Esta valorização assenta, em primeiro lugar, na alfabetização e escolarização de toda a
população, que são a base para a formação e qualificação técnico-profissional e
formação superior dos seus Quadros, essenciais ao Desenvolvimento Sustentável,
Equitativo de Angola.A Estratégia Integrada para a Melhoria do Sistema de Educação
para o período de 2001-2015 constituiu um instrumento de orientação estratégica do
Executivo de Angola para o Sector da Educação no sentido de direccionar, integrar e
conjugar o esforço nacional na perspectiva de uma educação pública de qualidade para
todos nos próximos 15 anos.
Numa perspectiva de educação para todos, apesar de existirem vários centros de
formação profissional em todo país, esta área representa ainda um dos maiores deficits
de formação. O grande objectivo do Executivo para o período 2012-2017 é
fundamentalmente o da formação da mão-de-obra e a valorização dos recursos
humanos. Neste sentido, um maior investimento deve ser feito para que as metas e
objectivos possam realmente ser atingidos. Para além da baixa cobertura de formação
profissional, deve ser analisada a problemática da insuficiência na formação técnica.
Apenas 24.943 alunos estiveram matriculados no ensino técnico em 2012 (MED, 2013,
online). As necessidades de formação de técnicos médios precisa de ser reforçada.
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Conforme está previsto no Plano Nacional de Formação de Quadros, até 2015, Angola
deverá atingir a meta de 1,6 milhões de Quadros, dos quais, 425 mil serão Dirigentes,
Gestores e Quadros Superiores (o que representará 27,2%) e 1,175 milhões de Quadros
Médios (72.8%). Haverá uma acréscimo de 370 mil quadros em relação ao ano de 2010
(Casa Civil, Plano Nacional de Formação de Quadros, 2012; 8132). Em relação á
equidade, deve-se constatar que o acesso ao ensino secundário não é suficientemente
inclusivo. A taxa de participação líquida é muito baixa, sendo uma das mais baixas de
toda região Austral. A taxa de frequência do ensino secundário não ultrapassa os 20,6%.
Analisando este dado, nota-se que cerca de 80% das crianças que concluem o ensino
primário não continuam para o ensino secundário, e isso representa um grande desafio
para o sistema de educação.
3.2 Missão
Uma das áreas prioritárias de actuação do Programa “Educação para todos”
assenta em 3 pilares básicos: Melhoria da qualidade da educação em Angola,
desenvolvendo acções que visem o reforço da equidade e o acesso a um ensino pré-
escolar e primário de obrigatório, gratuito e de boa qualidade; Reforço do sistema de
formação vocacional e profissional e do ensino politécnico que viabilize o
desenvolvimento de habilidades para a vida e das competências profissionais
necessárias;e enfatizar no reforço dos mecanismos e sistemas de gestão escolar, de
modo a tornar a escola o centro da actividade educativa e o centro de mudanças na
sociedade.
Assim, torna-se imperativo encontrar uma relação entre a missão do INSPOTEC
e o seu posicionamento face à sociedade e à economia do país e da região. Tendo como
objectivo dar resposta a questões como: Quais são as áreas de desenvolvimento
regional? Qual a natureza da coordenação entre instituições de ensino superior? Que
estratégias de atracção de talento e investimento? Que articulação com estratégias
nacionais?
Apesar de algumas indefinições relativamente a factores relevantes para a
definição de um projecto de criação de um Instituto Politécnico do Ensino Superior a
formulação de um princípio estratégico implica um enunciado de visão, assente nas
orientações estatutárias que a Instituição oportunamente irá assumir e na análise que
realiza das condicionantes da sua acção.
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Perspectivamos que em 2026 este Instituto já seja um centro de educação, de
criação e de valorização do conhecimento com grande atractividade nacional, com base
no desempenho dos seus centros de investigação e na qualidade e diferenciação do seu
projecto educativo, tendo como marcas identitárias dos seus estudantes o saber, a
criatividade e a ética, constituindo-se como agente promotor do desenvolvimento
económico, social e cultural.
Os objectivos nacionais, as expectativas da região, as motivações internas e a
afirmação institucional tornam imperativo o crescimento desta Instituição. Este
crescimento terá como pressupostos a oferta de uma educação superior diferenciada e de
qualidade, uma investigação reconhecida pelas comunidades científicas de referência,
uma interacção efectiva com a sociedade, como referência nacional e agente da
transformação socioeconómica e cultural da região do Soyo e Cabinda, através da
atracção e geração de talento, da indução de novo tecido económico-produtivo e da
criação e emprego. A atracção e a geração de talento deverão assentar em investigação
de referência internacional, respondendo a necessidades da sociedade, e na atractividade
da envolvente de proximidade. O ensino de qualidade e diferenciado, formando
cidadãos e potenciando criadores, líderes e empreendedores, basear-se-á na valorização
do papel dos estudantes como sujeitos da aprendizagem e na assunção de uma
orientação para a educação integral. A indução de um novo tecido económico envolverá
uma estratégia de valorização sistemática do conhecimento, práticas de incubação
empresarial e uma atenção particular à produção cultural e artística. O compromisso
com o conhecimento, com a educação e com o desenvolvimento económico, cultural e
social é a resposta da Instituição às exigências internas e externas que lhe são colocadas.
Em síntese, o crescimento do INSPOTEC deve assentar num conjunto de
princípios estratégicos em que relevam:
- A centralidade do estudante e das actividades educacionalmente
relevantes;
- A qualidade e exigência;
- O reconhecimento e valorização das actividades dos docentes,
investigadores e funcionários;
- A sustentabilidade financeira, com diversificação das fontes de
financiamento;
- A relevância para a sociedade;
- 42 -
- A avaliação e a prestação de contas;
- A coesão, a participação e a descentralização.
A prossecução da missão da Instituição será regulada por diversos factores
contextuais entre os quais as políticas Europeias de educação, ciência e inovação, a
evolução do quadro político-legal do ensino superior em Angola e, ainda, a realidade
socioeducativa e económica, nacional e da região em que o Instituto se inscreve. Estes
factores, de natureza exógena, coexistem, na definição dos caminhos a seguir pelo
Instituto e nos modos de os percorrer, com a visão e a ambição próprias da comunidade
que este representa.
São hoje reconhecíveis tendências, em múltiplos contextos nacionais, para a
generalização do ensino superior, como resposta a necessidades social e
economicamente determinadas de aumentar o nível de qualificação das pessoas, para a
melhoria da qualidade das acções desenvolvidas nos vários vectores de missão das
universidades, com expressão mais visível em acções de auditoria e monitorização e na
avaliação do desempenho, e para a adoçam de lógicas de internacionalização, como
condição de afirmação da relevância das instituições, tudo isto num quadro de
diminuição das contribuições financeiras do Estado, que suscita a busca de fontes de
financiamento alternativas. Tais tendências, que são configuradas essencialmente por
políticas europeias de educação, ciência e inovação e que encontram acolhimento no
quadro político-legal do ensino-superior em Portugal e no Brasil, surgem associadas a
uma crescente lógica de regulação externa, de escrutínio e de prestação de contas, com
expressão mais visível em acções de auditoria e monitorização e na avaliação do
desempenho, que, por sua vez, induzem práticas de planeamento cada vez mais
detalhado, aos diversos níveis da organização.
Em síntese, as instituições de educação superiores encontram-se numa tensão
forte entre o aprofundamento da sua autonomia institucional, organizacional, financeira,
de gestão de recursos humanos e académica, e um enquadramento regulador complexo e
multifacetado, como tal, a missão deste instituto é fundamentalmente a de gerar,
difundir e aplicar conhecimento, assente na liberdade de pensamento e na pluralidade
dos exercícios críticos, promovendo a educação superior e contribuindo para a
construção de um modelo de sociedade baseado em princípios humanistas, que tenha o
saber, a criatividade e a inovação como factores de crescimento, desenvolvimento
sustentável, bem-estar e solidariedade.
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O INSPOTEC ambiciona ser uma instituição global e reconhecida pela
qualidade nas diferentes dimensões da sua actividade: investigação, ensino e
transferência de conhecimento. Procura, para isso, dispor dos recursos humanos com as
mais elevadas qualificações e visa um público-alvo não apenas português, mas de todas
as partes do mundo.
Ou seja, de uma forma sucinta, a sua missão é fundamentalmente a de contribuir
para o progresso do saber e para o desenvolvimento humano, através da produção e da
transmissão de conhecimento, assim como da prestação de outros serviços à
comunidade.
Esta missão é prosseguida através de diversos objectivos:
i. Realização de investigação em busca da excelência, da criatividade e de
soluções inovadoras para os grandes desafios da sociedade;
ii. Promoção ou participação em eventos científicos de âmbito nacional ou
internacional, a fim de potenciar a actividade de investigação;
iii. Formação humana ao mais alto nível, nas suas dimensões científica,
profissional, ética, cultural, e técnica;
iv. Transferência de conhecimento para empresas, instituições públicas e
outras organizações, e prestação de outros serviços à comunidade;
v. Realização de acções de formação contínua e promoção do
empreendedorismo;
vi. Intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições e organismos
nacionais e estrangeiros, através da mobilidade de estudantes, docentes e
investigadores;
vii. Realização de programas educacionais e de investigação em parceria
com outras instituições, nacionais ou estrangeiras;
viii. Cooperação estreita com os países de língua oficial portuguesa para a
realização de programas comuns de formação, de desenvolvimento da
investigação e da prestação de serviços.
ix. Contribuição para o desenvolvimento social e económico da região em
que se insere e para o conhecimento, defesa e divulgação do seu
património cultural e natural.
x. Cooperação estreita com empresas, instituições públicas e outras
organizações, para promover a empregabilidade dos seus diplomados.
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3.3 Valores
O instituto pauta-se por um conjunto de valores académicos e humanos que
definem a sua identidade e promovem a sua eficiência:
- Liberdade intelectual, proporcionando um ambiente de criatividade e de
inovação e propiciando a mudança e a adaptação;
- Integridade académica, garantindo independência intelectual e moral ao ensino
e à investigação;
- Diversidade, promovendo uma consciência que valorize a tolerância, o respeito
mútuo e a diferença;
- Excelência, prosseguindo os mais elevados padrões de ensino e de investigação,
com base num modelo de gestão orientado para a valorização do mérito;
- Responsabilidade social, fomentando a consciência colectiva de compromisso
com o bem-estar social nas suas dimensões social, ambiental e cultural;
- Aprendizagem para a vida, promovendo o esforço individual e a valorização
contínua;
- Eficiência na gestão, através da avaliação permanente das actividades da
universidade e das suas unidades e serviços. Cada membro da universidade é
responsável pela melhoria contínua do Sistema de Gestão da Qualidade,
tornando esta uma responsabilidade partilhada por todos.
- 45 -
IV
OBJECTIVOS E METAS
4.1 Objetivos
Os objectivos estratégicos, metas e indicadores do INSPOTECa atingir em 2026
são de 15.000 estudantes em regime presencial, 45% dos quais estudantes de pós-
graduação, incluindo 10% de alunos estrangeiros; a concretização de uma aposta no
ensino a distância, que se traduza na existência de 5 000 alunos envolvidos nesta
modalidade; tornar-se uma referência internacional na investigação, nomeadamente no
desenvolvimento da investigação aplicada; constituir-se como a universidade
portuguesa com maior impacto no desenvolvimento socioeconómico, através da e da
actividade das unidades de interface, da promoção do empreendedorismo, do
envolvimento activo em estratégias regionais e da consolidação de parcerias
estratégicas; A consecução destes objectivos estratégicos obrigaa que sejam atingidos os
seguintes objectivos específicos:
(i) Formar profissionais altamente qualificados no domínio científico da gestão,
saúde e das tecnologias com preparação nos aspectos cultural, científico,
pedagógico, técnico e ético, criando, organizando e ministrando ciclos de
estudos visando a atribuição de graus académicos, bem como de outros cursos
pós secundários, de cursos de formação pós-graduada, mestrados, ou outros, de
acordo com a legislação em vigor;
(ii) Implementar estratégias que estimulem a formação humana, cultural, científica,
pedagógica e técnica de todos os seus membros;
(iii)Realizar actividades de investigação visando a produção, aperfeiçoamento,
desenvolvimento e difusão do conhecimento no domínio científico da saúde;
(iv) Promover a prestação de serviços à comunidade no âmbito da sua actividade
como contributo para o desenvolvimento regional, nacional e internacional;
(v) Promover o intercâmbio cultural, científico e técnico com outras instituições,
quer públicas, quer privadas, nacionais ou estrangeiras.
4.2 Metas
Tendo em consideração os objectivos a que nos propomos acreditamos que esta
intervenção no domínio da educação (licenciatura e pós-graduação), potenciará o
crescimento do número de alunos a frequentar o ensino superior na região de Cabinda e
poderão ser potenciadas a estabilidade demográfica regional nos escalões etários
relevantes, quer pelo alargamento da escolaridade obrigatória (cuja consecução
assentará necessariamente no aumento do numeri clausi, quer pelo aumento da
atractividade da Instituição, traduzida no aumento da quota nacional, pelo lançamento
de novos projectos em áreas emergentes, pelo aumento do número de estudantes
estrangeiros, através de novos mecanismo de recrutamento que um novo enquadramento
legal deverá assegurar, e pelo reforço da oferta educativa em língua inglesa.
Uma das metas estratégicas traçadas para o INSPOTEC é a criação de uma vasta
biblioteca em parceira com outras bibliotecas universitárias, nacionais e internacionais,
alojada também em base de dados, em que os objectivos são os apresentados no Quadro
6.
Quadro 6 - Objectivos da implementação de uma biblioteca no INSPOTEC
- 47 -
Melhorar a Rácio entre o Aumento de Compra de
indexação; número de 0,2% no rácio equipamentos
Melhorar os utilizadores e o entre apropriados;
meios de número de utilizadores e Mobilização por
consulta; equipamentos, equipamentos, contrato de docentes para
Aumentar o Aumento do face ao ano 0; a indexação;
apoio ao leitor. número de Aumento em Realização de
Processo Interno descritores; 50% no número inquéritos de satisfação a
Averiguar a de descritores; cada 3 meses.
satisfação dos Numa escala
utilizadores de 0 a 5,
através de conseguir
inquéritos. alcançar no
primeiro ano
uma média de
3,7 de pontuação
de satisfação.
Captar verbas Verbas No primeiro Captar patrocinadores;
do orçamento de captadas na ano 60%; Cuidado no
funcionamento; relação do que é No segundo planeamento;
Financeiro necessário e o ano 30%; Diálogo consistente
que é suprido; No terceiro com as entidades
Patrocinadores. Taxa de ano 10% financiadoras.
execução de
100%
Aumentar o Por Face ao ano 0, Estabelecer parcerias
conhecimento amostragem, um aumento de com editoras;
de que o citações em 25% em Organização de
instituto artigos citações; Conferências;
Inovação e necessita. científicos de Face ao ano 0, Intensa divulgação
Aprendizagem documentos um aumento de bibliográfica.
existentes na 90% em
biblioteca; bibliografia;
Listas Ao fim dos 3
bibliográficas anos de projecto.
por cadeiras, de
livros existentes
na biblioteca.
- 48 -
V
PREÂMBULO
Capítulo I: Disposições Gerais
Secção I: Enquadramento
Artigo 1º: Natureza
Artigo 2º: Objecto
Secção II: Princípios Fundamentais
Artigo 3º: Designação, Natureza Jurídica, Âmbito e Sede
Artigo 4º: Missão, Visão e Valores
Artigo 5º: Princípios Específicos
Artigo 6º: Finalidades
Artigo 7º: Atribuições
Artigo 8º: Tutela
Artigo 9º: Competências da Entidade Promotora
Secção III: Autonomias
Artigo 10º: Autonomia Científica e Pedagógica
Artigo 11º: Autonomia Financeira
Artigo 12º: Autonomia Administrativa
Artigo 13º: Autonomia Disciplinar
Artigo 14º: Autonomia Patrimonial
Secção IV: Gestão Financeira e Patrimonial
Artigo 15º Receitas
Artigo 16º: Natureza e Gestão
Artigo 17º: Organização Contabilística
Artigo 18º: Património
- 49 -
Secção V: Gestão de Recursos Humanos
Artigo 19º: Atribuições
Artigo 20º: Regulamentação
Capítulo II: Organização Interna da Instituição
Secção I: Normas
Artigo 21º: Manuais de Organização
Artigo 22º: Normas Disciplinares Gerais
Artigo 23º: Normas de Segurança
Artigo 24º: Espaços
Artigo 25º: Identificação
Secção II: Estrutura Orgânica
Artigo 26º: Natureza
Artigo 27º: Composição
Secção III: Órgãos Executivos
Subsecção I: Director Geral
Artigo 28º: Competências
Artigo 29º: Duração do Mandato
Artigo 30º: Incapacidade do Titular do Órgão Executivo de Gestão
Artigo 31º: Exoneração do Titular do Órgão Executivo de Gestão
Subsecção II: Órgãos Auxiliares do Órgão Executivo de Gestão
Artigo: 32º: Director Científico e de Extensão
Artigo 33: Competências da Direcção Científica e de Extensão
Artigo 34º: Composição da Direcção Científica e de Extensão
Artigo 35º: Director Académico
Artigo 36º: Competências da Direcção Académica
Artigo 37º: Composição da Direcção Académica
Artigo 38º: Secretário-geral
Artigo 39º: Competências da Secretaria geral
Artigo 40º: Composição da Secretaria geral
Subsecção III: Serviços de Apoio Técnico
Artigo 41º: Gabinete do Director Geral
Artigo 42º Assessorias
- 50 -
Secção IV: Órgãos Colegiais
Artigo 43º: Definição
Subsecção I: Conselho de Direcção
Artigo 44º: Natureza
Artigo 45º: Composição
Artigo 46º: Competências
Artigo 47º: Funcionamento
Subsecção II: Conselho de Gestão:
Artigo 48º: Natureza
Artigo 49º Composição
Artigo 50º Competências
Artigo 51º Funcionamento
Subsecção III: Conselho Científico
Artigo 52º: Natureza
Artigo 53º: Composição
Artigo 54º: Competências
Artigo 55º: Funcionamento
Subsecção IV: Conselho Pedagógico
Artigo 56º: Natureza
Artigo 57º: Composição
Artigo 58º: Competências
Artigo 59º: Funcionamento
Subsecção V: Conselho Universitário
Artigo 60º: Natureza
Artigo 61º: Competências
Artigo 62º: Composição
Artigo 63º: Competências do Presidente do Conselho Universitário
Secção V: Unidades Orgânicas
Artigo 64º: Natureza
Capítulo III: Certificações, Distinções e Símbolos
Artigo 65º: Diplomas
Artigo 66º: Certificados
- 51 -
Artigo 67º: Títulos honoríficos
Artigo 68º: Símbolos
Artigo 69º: Trajes Académicos
Artigo 70º: Cerimónias Académicas
Capítulo IV: Disposições Finais e Transitórias
Artigo 71º: Revisão do Estatuto
Artigo 72º: Dúvidas e Omissões
Artigo 73º: Entrada em vigor
- 52 -
PREÂMBULO
- 53 -
Capítulo I: Disposições Gerais
Secção I: Enquadramento
Artigo 1º
(Natureza)
Artigo 2º
(Objecto)
1. O presente Estatuto estabelece as normas fundamentais de organização interna
no plano científico, pedagógico, financeiro e administrativo bem como o regime das
autonomias das respectivas unidades orgânicas.
Secção II
Princípios Fundamentais
Artigo 3º
(Designação e Natureza Jurídica, Âmbito e Sede)
- 54 -
2. INSPOTEC é nos termos da lei, uma instituição de ensino superior privada
tendo como entidade promotora a AFRAKOMA, LDA pessoa colectiva de direito privado
com capitais privados.
Artigo 4º
(Missão, Visão e Valores)
Missão
Visão
Valores
Artigo 6º
(Finalidades)
- 56 -
e) A prestação de serviços à comunidade local, regional, bem como nacional, numa
perspectiva de valorização recíproca e de desenvolvimento da sociedade
angolana;
f) A actualização e compatibilização permanente dos currículos académicos, com
base nos avanços conceptuais, metodológicos e científicos;
g) O intercâmbio cultural, científico, tecnológico e profissional com instituições
públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras que tiverem objectivos
semelhantes, mediante acordos, convénios ou protocolos de cooperação e
parcerias;
h) A contribuição, para a criação de uma estrutura intelectual sistematizadora do
conhecimento de cada geração;
i) A aproximação a outros povos por via académica e científica, especialmente os
de língua oficial portuguesa, assim como os distintos países do continente
africano e com a restante comunidade internacional;
j) A estimulação do conhecimento do mundo actual conducente à promoção e
divulgação do saber científico e técnico através do ensino, de publicações ou de
outras formas de comunicação;
Artigo 7º
(Atribuições)
- 58 -
Artigo 8º
Tutela)
Artigo 9º
(Competências da entidade Promotora)
- 59 -
i) Decidir sobre a proposta de criação de cursos submetidos pela direcção da
instituição;
j) Aprovar os instrumentos de gestão operacional da instituição;
k) Realizar o acompanhamento periódico da instituição, bem como proceder à acção
fiscalizadora sistemática da sua gestão patrimonial e administrativa;
l) Definir os Instrumentos de orientação e supervisão estratégica da instituição;
m) Outras competências que lhe forem acometidas por lei.
- 60 -
n) Desenvolver mecanismos de avaliação do desempenho dos docentes e não-
docentes do Instituto Superior Politécnico, com vista a promoção da qualidade
dos serviços;
o) Conferir graus, diplomas, certificados, títulos e distinções universitárias, de
acordo com a legislação vigente;
p) Estabelecer anualmente o calendário académico segundo a legislação em vigor;
q) Exercer outras atribuições e competências definidas por Lei e regulamentos.
Artigo 11º
(Autonomia Financeira)
Artigo 12º
(Autonomia Administrativa)
- 61 -
b) Elaborar, rever e aprovar os regulamentos das unidades funcionais;
c) Dispor de verbas do orçamento geral do estado, anualmente;
d) Recrutar, formar e promover e/ou dispensar os seus docentes e investigadores,
bem como o restante pessoal, nos termos da lei e dos Estatutos do Instituto
Superior Politécnico;
e) Propor o recrutamento de pessoal não docente necessário à prossecução dos seus
objectivos;
f) Alterar o quadro de pessoal e promover a sua revisão periódica;
g) Atribuir responsabilidades e tarefas ao pessoal não docente e proceder à sua
distribuição pelos serviços, de acordo com as normas gerais aplicáveis;
h) Assegurar a gestão e o normal funcionamento do Instituto Superior Politécnico,
sem prejuízo da competência própria dos órgãos do Instituto Superior
Politécnico.
Artigo 13º
(Autonomia Disciplinar)
- 62 -
Artigo 14º
(Autonomia Patrimonial)
- 63 -
2. O Regulamento para a utilização dos fundos extra orçamentais é aprovado em
Conselho de Direcção.
Artigo 16º
(Natureza e Gestão)
Artigo 17º
(Organização Contabilística)
- 64 -
c) A prova das despesas realizadas;
d) A tomada de decisões, nomeadamente quanto a afectação de recursos.
e) Os resultados das auditorias interna e externa.
Artigo 18º
(Património)
- 65 -
e) Desenvolver as acções necessárias ao serviço social e de saúde do pessoal;
f) Efectuar todo o expediente relativo à efectividade e férias do pessoal da
instituição incluindo o pessoal docente;
Artigo 20º
(Regulamentação)
Artigo 22º
(Normas Disciplinares Gerais)
Artigo 23º
(Normas de Segurança)
Artigo 24º
(Espaços)
- 67 -
Os locais pertencentes ao Instituto Superior Politécnico, onde se desenrolam
actividades docentes, educativas, de investigação ou de extensão cultural e comunitária,
compreendem todo o espaço, interno à vedação e espaços sem vedação, compreendendo
os edifícios, os terrenos ajardinados ou não, as estradas e os passeios que não se incluam
nos edifícios.
Artigo 25º
(Identificação)
Artigo 27º
(Composição)
- 68 -
1. A estrutura orgânica do Instituto Superior Politécnico compreende o Órgão
Executivo de Gestão, os Órgãos Auxiliares do Órgão Executivo de Gestão, os Órgãos
Colegiais os Serviços de Apoio Técnico e as Unidades Orgânicas:
a) Órgão Executivo de Gestão:
I. Director Geral do Instituto
b) Órgãos Auxiliares do Órgão Executivo de Gestão:
I. Director Académico
II. Director Científico e de Extensão
III. Secretário Geral
c) Órgãos Colegiais:
I. Conselho de Direcção
II. Conselho Gestão
III. Conselho Científico
IV. Conselho Pedagógico
V. Conselho Universitário
- 69 -
2. No exercício das suas funções o Director Geral coordena, orienta e fiscaliza
todas as actividades do Instituto cabendo-lhe designadamente:
a) Velar pela observância da lei e dos regulamentos;
b) Responder perante o órgão de tutela e a Promotora pelo funcionamento da
instituição;
c) Dar cumprimento às orientações do órgão de tutela;
d) Comunicar ao órgão de tutela todos os dados indispensáveis ao exercício da
tutela;
e) Elaborar e submeter ao Órgão de Tutela do Ensino Superior o Plano de
Desenvolvimento Institucional, com base nas políticas do Estado para o sector;
f) Após auscultação da entidade Promotora nomear e conferir posse aos titulares de
cargos de direcção e chefia dos serviços intermédios do Instituto;
g) Nomear e conferir posse aos titulares de gestão das unidades orgânicas;
h) Admitir e demitir o pessoal docente e não docente do Instituto, nos termos da
legislação em vigor;
i) Exercer o poder disciplinar sobre o pessoal docente e não docente, assim como
sobre os discentes do Instituto, nos termos da lei;
j) Submeter à apreciação e pronunciamento do Ministério de Tutela, à Promotora e
os Órgãos Colegiais do Instituto o projecto ou as alterações do Estatuto Orgânico,
o Plano de Desenvolvimento Institucional e os projectos ou alterações de
regulamentos de funcionamento;
k) Declarar, no relatório de actividades e contas, as receitas extraordinárias
provenientes do exercício da actividade bem como todas as receitas
extraordinárias e doações aceites pelo Instituto;
l) Submeter ao Conselho de Direcção as linhas gerais de orientação do
funcionamento do Instituto;
- 70 -
p) Encomendar a avaliação da instituição e prever acções de aproveitamento dos
resultados;
q) Propor ao órgão de tutela a criação de um fundo de desenvolvimento da
instituição;
r) Velar pela formação e desenvolvimento do corpo docente;
s) Realizar as demais acções que, por lei ou pelo estatuto, não sejam deferidas aos
outros órgãos da instituição e as que lhe forem superiormente acometidas.
6. O Director Geral deve delegar nos órgãos de gestão das unidades orgânicas as
competências que se revelarem necessárias a uma gestão mais eficiente e
descentralizada.
7. O Director Geral, nas suas ausências ou impedimentos, designará um dos
Directores ou Secretário-geral que o substitui em conformidade com o presente Estatuto
Orgânico.
Artigo 29º
(Duração do Mandato)
- 71 -
Artigo 30º
(Incapacidade do Titular do Órgão Executivo de Gestão)
Artigo 31º
(Exoneração do Titular do Órgão Executivo de Gestão)
- 72 -
Científicas, de Extensão e de Pós-Graduação do Instituto Superior Politécnico,
designadamente: a investigação, a extensão, a formação e a especialização tanto dos
discentes como dos docentes no quadro de metodologias específicas de investigação, de
pós-graduação e de extensão.
Artigo 33º
(Competências da Direcção Científica e de Extensão)
- 73 -
d) Elaborar, coordenar e avaliar as políticas de capacitação docente e discente do
Instituto Superior Politécnico no âmbito da Investigação Científica e formação
contínua;
e) Elaborar e coordenar as políticas de produção científica e divulgação dos
trabalhos desenvolvidos;
f) Elaborar e coordenar as políticas de promoção e de apoio à carreira do
investigador no Instituto Superior Politécnico;
g) Representar o Instituto Superior Politécnico nos eventos e fóruns oficiais
associadas às áreas de Investigação científica, de Extensão e de Pós-graduação;
h) Coordenar as políticas de Gestão de Laboratórios do Instituto Superior
Politécnico;
i) Coordenar os processos de recrutamento e contratação de docentes, assim como
de enquadramento dos mesmos nas áreas e linhas de investigação científica do
Instituto Superior Politécnico e no plano de carreira;
j) Desenvolver um modelo de cooperação, ao nível da investigação, entre as várias
áreas científicas do Instituto Superior Politécnico e outras Instituições do Ensino
Superior;
k) Desenvolver outras atribuições conferidas pelo Estatuto e pelo Regimento do
Instituto Superior Politécnico;
l) Desempenhar as demais funções que lhe forem incumbidas pelo Director Geral.
Artigo 34º
(Composição da Direcção Científica e de Extensão)
Artigo 35º
(Director Académico)
- 74 -
2. O Director Académico será escolhido dentre os docentes nacionais e/ou
estrangeiros em tempo integral com grau de Doutor e excepcionalmente de Mestre e
com categoria de Professor.
Artigo 36º
(Competências da Direcção Académica)
- 75 -
g) Organizar e processar todo o expediente, nomeadamente o que concerne às
certidões que a lei preveja;
h) Preparar tecnicamente as decisões que devem ser tomadas pelos órgãos de
direcção e gestão do Instituto, no domínio da sua actividade;
i) Preparar tecnicamente os processos disciplinares dos estudantes para decisão
superior;
j) Desempenhar as demais funções que lhe forem incumbidas pelo Director Geral.
Artigo 37º
(Composição da Direcção Académica)
Artigo 38º
(Secretário Geral)
Artigo 39º
(Competências da Secretaria Geral)
- 76 -
a) Prever, organizar, dirigir e controlar as actividades dos serviços nas áreas
administrativa, financeira, patrimonial e de recursos humanos, bem como
superintender o seu funcionamento, no quadro das orientações fixadas pela
direcção do Instituto Superior Politécnico;
b) Assistir tecnicamente os órgãos de gestão e dar-lhes apoio logístico;
c) Elaborar e promover a realização de estudos de natureza administrativa,
relatórios, pareceres e informações relativos à gestão do Instituto Superior
Politécnico;
d) Participar nas reuniões do Conselho de Direcção do Instituto Superior
Politécnico;
e) Dispor e dirigir o pessoal administrativo não docente consoante as suas
responsabilidades;
f) Manter actualizada a colecção de leis, regulamentos, resoluções, instruções,
despachos, ordens de serviço e livros de actas;
g) Acompanhar a elaboração de relatórios mensais, trimestrais, semestrais e anuais;
h) Planear, desenvolver, controlar e avaliar a administração orçamental e financeira
do Instituto Superior Politécnico, assim como proceder ao controlo das receitas e
despesas do Instituto Superior Politécnico;
i) Supervisionar os planos de formação do pessoal não-docente;
j) Elaborar a proposta de alteração das dotações orçamentais, abertura de créditos
adicionais e criação de fundos;
k) Recolher, sistematizar e divulgar legislação com interesse para a actividade do
Instituto Superior Politécnico;
l) Elaborar a proposta do orçamento e da carteira de investimentos do Instituto
Superior Politécnico e acompanhar a sua execução;
m) Supervisionar ou fiscalizar execução das obras do Instituto Superior Politécnico;
n) Acompanhar o registo contabilístico da execução do orçamento;
o) Orientar e supervisionar as actividades referentes à administração do património
e materiais do Instituto Superior Politécnico;
- 77 -
q) Organizar e manter actualizado os inventários de bens móveis e imóveis do
Instituto Superior Politécnico;
r) Proceder periodicamente à verificação dos fundos financeiros em cofre e em
depósito e fiscalizar a escrituração da contabilidade e de tesouraria;
s) Pronunciar-se sobre a contratação, promoção, afectação e avaliação do pessoal;
t) Arrecadar, distribuir e controlar os recursos financeiros e fiscalizar a execução do
orçamento;
u) Pronunciar-se sobre a aquisição dos imóveis necessários à prossecução das
actividades do Instituto;
v) Adjudicar e controlar estudos, obras, trabalhos, serviços, fornecimentos de
material e equipamentos;
w) Administrar os bens, velando pela conservação e conveniente aproveitamento dos
edifícios, terrenos e equipamentos pertencentes ou afectos ao Instituto;
x) Verificar a legalidade das despesas e autorizar o seu pagamento;
y) Exercer as demais competências que lhe sejam atribuídas por lei ou delegadas
superiormente pelo Director Geral ou pela Promotora.
Artigo 40º
(Composição da Secretaria Geral)
- 78 -
1. O Gabinete do Director Geral é o serviço de apoio directo e pessoal que
assegura a actividade do Director Geral, no relacionamento com os diferentes órgãos e
serviços do Instituto, e com as demais entidades públicas e privadas.
2. O Gabinete do Director Geral é dirigido por um responsável, nomeado pelo
Director Geral, dispondo dos recursos humanos e materiais necessários ao seu cabal
funcionamento.
3. Compete ao Gabinete do Director Geral:
a) Assessorar a Direcção Geral na implementação do Plano de Desenvolvimento
Institucional, para o efectivo funcionamento da Instituição;
b) Auxiliar nos processos de cumprimento das actividades diárias e na gestão do
planeamento e coordenação das actividades propostas para a Instituição;
c) Fortalecer o relacionamento com todos os níveis da administração interna e com
o público externo;
d) Contribuir para o desenvolvimento administrativo da Instituição, no intuito de dar
celeridade aos processos;
e) Acompanhar e registar as reuniões de trabalho realizadas pelo Director Geral;
f) Administrar a agenda do Director Geral;
g) Coordenar e orientar as audiências do Director Geral;
h) Auxiliar o Director Geral na análise e encaminhamento dos assuntos da sua
atribuição;
i) Coordenar o controlo de correspondências e expedientes oficiais da Direcção
Geral;
j) Transmitir a todas as áreas da instituição as determinações, ordens e instruções
do Director Geral;
k) Assistir o Director Geral no despacho do expediente;
l) Coordenar a elaboração do Relatório Anual do Instituto;
m) Representar o Director Geral quando por este for designado;
n) Exercer as demais competências que lhe sejam atribuídas por lei ou delegadas
pelo Director Geral.
Artigo 42º
(Assessorias)
- 79 -
1. As Assessorias são serviços de apoio técnico, sob dependência do Director
Geral, que exercem as suas acções nas áreas jurídica, relações institucionais,
planeamento e estatística, comunicação e imagem e qualidade e segurança e outras que
venham a ser criadas.
- 80 -
1.O Conselho de Direcção é o órgão colegial de apoio deliberativo do Instituto
Superior Politécnico, cabendo-lhe emitir pareceres, pronunciar-se sobre todos os
assuntos relacionados com a direcção e gestão administrativa, financeira e patrimonial
do Instituto Superior Politécnico, e sobre os demais assuntos que lhe são submetidos
pelo titular do cargo executivo de gestão.
Artigo 45º
(Composição)
Artigo 46º
(Competências)
1. Compete ao Conselho de Direcção:
- 81 -
a) Apreciar e aprovar o Plano de Desenvolvimento Institucional do Instituto
Superior Politécnico;
b) Apreciar e aprovar a carteira de investimentos e o orçamento do Instituto
Superior Politécnico;
c) Apreciar o Relatório Anual de actividades e contas do Instituto Superior
Politécnico;
d) Decidir sobre a organização dos espaços físicos das várias unidades funcionais,
bem como dos serviços executivos e de apoio;
e) Definir a política de concessão de bolsas de estudo aos docentes e discentes;
f) Decidir sobre o mapa de distribuição do serviço docente;
g) Apreciar e aprovar a criação, modificação ou encerramento de cursos do
Instituto Superior Politécnico;
h) Promover alterações ao Estatuto Orgânico do Instituto Superior Politécnico;
i) Decidir sobre a oportunidade de realizar a avaliação institucional do Instituto
Superior Politécnico;
j) Decidir sobre a nomeação dos gestores para os órgãos colegiais do Instituto
Superior Politécnico;
k) Pronunciar-se sobre a criação, modificação e extinção de serviços;
l) Decidir sobre a pertinência e relevância científica, cultural e pedagógica dos
projectos do Instituto Superior Politécnico;
m) Fomentar o estabelecimento de laços de cooperação entre o Instituto Superior
Politécnico com outras Instituições de Ensino Superior e com as organizações
profissionais, empresariais, culturais e outras de âmbito regional, nacional, ou
internacionais relacionadas com a sua actividade.
- 82 -
serviços de natureza científica que envolvam recursos humanos ou materiais do
Instituto Superior Politécnico;
e) Os programas, convénios, protocolos e acordos de cooperação com instituições
ou organizações nacionais ou estrangeiras que o Instituto Superior Politécnico se
proponha realizar, bem como as acções que nesse âmbito se vierem a
desenvolver;
f) Os projectos de orçamento com verbas da Promotora alocadas ao Instituto
Superior Politécnico;
g) O programa da utilização de verbas extra-orçamentais;
h) A instituição de prémios académicos;
Artigo 47º
(Funcionamento)
- 83 -
Subsecção II: Conselho de Gestão
Artigo 48º
(Natureza)
Artigo 49º
(Composição)
Artigo 50º
(Competências)
1. Compete ao Conselho de Gestão:
2. O Conselho de Gestão pode, nos termos definidos neste Estatuto, delegar aos
outros órgãos próprios e dirigentes dos serviços as competências consideradas
necessárias a uma gestão eficiente.
- 84 -
Artigo 51º
(Funcionamento)
Artigo 53º
(Composição)
Artigo 54º
(Competências)
- 85 -
1. São competências do Conselho Científico as seguintes:
a) Definir as linhas gerais de políticas a seguir pelo Instituto Superior Politécnico no
campo da investigação científica, acompanhado pelo seu desenvolvimento e da
observância ao princípio da autonomia científica;
b) Elaborar e propor alterações do regulamento interno do Conselho Científico e
submetê-lo à sua aprovação;
c) Aprovar os programas das disciplinas que constituam os currículos do curso e
propor a sua reestruturação;
d) Apreciar o relatório das actividades científicas do ano transacto;
e) Deliberar sobre os conteúdos dos planos curriculares e de estudos;
f) Aprovar em primeira instância e propor o plano de formação da pós- graduação
os projectos a eles inerentes e os cursos de superação e de especialização;
g) Fazer propostas para acordos, convénios e protocolos de cooperação com outras
instituições, no âmbito da investigação científica e de extensão;
h) Avaliar o desempenho científico dos docentes;
i) Definir o número de vagas para os cursos de especialização e/ou pós-graduação;
j) Pronunciar-se sobre a participação do Instituto Superior Politécnico em acções de
carácter científico-investigativo com associações ou empresas com ou sem fins
lucrativos, desde que as actividades sejam com as finalidades e interesses da
Promotora;
k) Elaborar propostas de alteração ao quadro docente e propor a distribuição do
serviço docente ao Conselho de Direcção, ouvido os Departamentos de Ensino;
l) Propor a abertura de concursos públicos para admissão de candidatos a docência
e pronunciar-se sobre a sua admissão;
m) Emitir parecer sobre as propostas de provimento definitivo de professores
titulares, associados e auxiliares;
n) Propor a criação, alteração e extinção de áreas científicas, cursos e departamentos
de ensino e investigação, centros de investigação científica e pós-graduação e
Programas de Iniciação à Investigação Científica;
- 86 -
p) Emitir pareceres sobre as actividades de carácter científico enquadradas nos
programas de extensão universitária;
q) Deliberar sobre composição das áreas científicas e dos Departamentos de Ensino
e Investigação, bem como da afectação de docentes e investigadores;
r) Pronunciar sobre os pedidos de docentes para bolsas de estudos e dispensas de
prestação de serviço docente efectivo;
s) Pronunciar-se sobre a aquisição ou alienação do equipamento científico,
bibliográfico e a sua utilização;
t) Emitir pareceres sobre os convites a individualidades para desempenharem as
funções de professores convidados e respectivo enquadramento;
u) Pronunciar-se sobre as condições de admissão dos candidatos às provas de
doutoramento e mestrado e designar os orientadores das dissertações de mestrado
e doutoramento;
v) Emitir pareceres sobre as propostas de provimento definitivo dos investigadores
não docentes e de pessoal técnico adstrito às actividades científicas;
w) Definir a composição dos júris para o trabalho de fim de curso na graduação e
propor a composição de júris para provas de pós-graduação;
x) Homologar os planos anuais de actividade científica dos Departamentos de
Ensino e Investigação;
y) Pronunciar-se sobre quaisquer outros assuntos que lhe venham a ser atribuídos
por lei ou submetidos pelos órgãos da Promotora;
Artigo 55º
(Funcionamento)
- 88 -
Subsecção IV: Conselho Pedagógico
Artigo 56º
(Natureza)
Artigo 57º
(Composição)
Artigo 58º
(Competências)
- 89 -
d) Coordenar e harmonizar as actividades pedagógicas referentes aos diversos
cursos, bem como viabilizar a articulação interdisciplinar;
e) Fazer propostas para optimizar a utilização dos diferentes cursos, bem como
propor a aquisição de material didáctico e bibliográfico;
f) Organizar em colaboração com outros órgãos, conferências, seminários e outras
actividades de interesse pedagógico;
g) Promover acções de formação e a realização de novas experiências no domínio
das tecnologias de ensino;
h) Elaborar, aprovar e propor alterações ao Regulamento Académico da instituição
no quadro da legislação em vigor;
i) Apreciar o relatório anual da situação académica dos estudantes;
j) Propor o número máximo de vagas existentes por Curso para cada ano;
k) Acompanhar a actividade pedagógica dos docentes;
l) Adaptar e velar pela execução do regime académico e do regime disciplinar dos
discentes em vigor;
m) Elaborar propostas relacionadas com a acção social destinada aos estudantes;
n) Dinamizar iniciativas de promoção da mobilidade discente;
o) Apreciar as queixas e reclamações relativas a problemas pedagógicos e propor as
providências necessárias;
p) Pronunciar-se sobre qualquer outro assunto de carácter pedagógico que venha a
ser atribuído por lei ou submetido pelos órgãos da Promotora;
Artigo 59º
(Funcionamento)
- 90 -
4. A Comissão referida no número anterior será constituída nos termos e
condições a definir pelo plenário.
Artigo 61º
(Competências)
Artigo 62º
(Composição)
Artigo 63º
(Competências do Presidente do Conselho Universitário)
- 93 -
Capítulo III: Diplomas, Certificados e Títulos
Artigo 65º
(Diplomas)
Artigo 66º
(Certificados)
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Instituto Superior Politécnico, que seja de distinguir pela sua actuação em favor
da ciência, das letras, das artes ou da cultura em geral.
Artigo 68º
(Símbolos)
Artigo 69º
(Trajes Académicos)
1. O traje académico bem como as insígnias doutorais são fixados pelos órgãos
competentes da instituição e são de uso obrigatório em cerimónias académicas.
2. Em actividades académicas, na instituição, não são permitidos o uso de
insígnias e trajes próprios, excepto os professores e doutores de outras instituições de
ensino superior que podem usar trajes e insígnias próprias.
- 95 -
Artigo 70º
(Cerimónias Académicas)
- 96 -
Artigo 72º
(Dúvidas e Omissões)
Artigo 73º
(Entrada em vigor)
- 97 -
estudantes; propor ou autorizar a aquisição ou alienação de património imobiliário da
instituição, bem como as operações de crédito.
O conselho geral reunir-se-á quatro vezes por ano. O presidente pode ser
convidado para as reuniões, sempre que se entenda que a sua presença é relevante, mas
não tem direito de voto.
O organograma da Instituição será composto por:
- 98 -
VI
PARCERIAS E PROTOCOLOS
Portugal
- 99 -
Brasil
Espanha
- 100 -
VII
- 102 -
Plano de Estudos - 2018/2022
Iniciativas Internas
Conferências, seminários e workshops;
Programa de estágios curriculares.
Saídas Profissionais
Técnicos Oficiais de Contas
Controlo Interno
- 102 -
Auditores Financeiros
Gestores de Empresas
Quadros de Instituições Financeiras
Consultores Financeiros e Fiscais
Docentes de Contabilidade e Gestão
Técnicos Superiores de Administração Pública
- 103 -
Licenciatura em Gestão Comercial e Marketing
Iniciativas Internas
- 104 -
• Conferências, seminários e workshops;
• Programa de estágios curriculares.
Saídas Profissionais
- 105 -
Licenciatura em Gestão Hoteleira e Turismo
Iniciativas Internas
Programa de Estágios Curriculares e Profissionais;
Conferências e Seminários Temáticos.
Saídas Profissionais
Distribuição de Produtos Alimentares;
Restauração Pública e Colectiva;
Produção e Realização de eventos;
Assessoria e auditoria técnica em serviços turísticos, hoteleiro e restauração;
- 106 -
Organizações de apoio à indústria turística (Informação, Animação e
Operadores);
Actividade docente e formação profissional.
- 107 -
Licenciatura em Enfermagem
Iniciativas Internas
• Conferências, seminários e workshops;
• Programa de estágios curriculares.
Saídas Profissionais
Todas as Instituições prestadoras de cuidados de saúde públicas e privadas
Hospitais
Centros de Saúde, Clínicas
Lares de idosos
Instituições de ensino, Instituições desportivas e Departamentos de
investigação
- 108 -
Engenharia Informática e Multimédia
- 109 -
Conhecer e aplicar as diferentes formas de fornecer qualidade de serviço a
aplicações;
Ter capacidade para trabalhar individualmente ou como elemento duma
equipa;
Ter capacidade de se adaptar a mudanças tecnológicas de forma autónoma;
Ter capacidade de comunicar eficazmente de forma oral e escrita.
Iniciativas Internas
Programa de Estágios Curriculares e Profissionais;
Conferências e Seminários Temáticos.
Saídas Profissionais
Projeto e desenvolvimento de software e de sistemas de informação
multimédia;
Projeto e desenvolvimento de aplicações multimédia interativas,
nomeadamente para a Internet;
Produção de modelos e animações 3D para a indústria de entretenimento e
do audiovisual;
Produção de conteúdos multimédia para distribuição pela Internet e outros
suportes digitais;
Desenvolvimento de aplicações para suporte ao ensino à distância e ao
comércio eletrónico;
Projeto de redes e serviços multimédia;
Desenvolvimento, instalação, configuração e administração de redes;
Projeto e desenvolvimento de aplicações baseadas em tecnologias vídeo,
nomeadamente vídeo vigilância e controlo de tráfego rodoviário (e.g.
reconhecimento de matrículas, classificação de veículos, estatísticas de
tráfego e deteção de infrações);
Consultadoria na área das tecnologias de informação.
- 110 -
Plano de Estudos - 2019/2023
- 111 -
Desenvolver estudos, implementar e participar em programas de
investigação em saúde;
Inserir-se na profissão, participar no desenvolvimento da saúde e colaborar
na formação de profissionais.
Iniciativas Internas
Programa de Estágios Curriculares e Profissionais;
Conferências e Seminários Temáticos.
Saídas Profissionais
Hospitais públicos e privados
Clínicas privadas
Centros de saúde
Laboratórios universitários
Consultoria em entidades seguradoras
Empresas de comercialização de equipamento hospitalar
Centros de ensino e de investigação
- 112 -
Licenciatura em Análises Clínicas e Saúde Pública
- 113 -
Avaliar os resultados das análises e/ou ensaios realizados, detetando e
comunicando as anomalias/desvios relativamente ao estabelecido, caso existam;
Elaborar relatórios, efetuando cálculos e registando em tabelas e gráficos os
dados relativos às operações de controlo dos ensaios realizados;
Providenciar para que o equipamento esteja em boas condições de utilização.
Iniciativas Internas
Conferências, seminários e workshops;
Programa de estágios curriculares.
Saídas Profissionais
Unidades hospitalares públicas e privadas
Laboratórios de análises clínicas
Laboratórios de ensino e universitários
Laboratórios de saúde pública
Centros de ensino e de investigação
Clínicas privadas
Centros de diagnóstico
Centros de saúde
- 114 -
Plano de Estudos 2020/2024
Engenharia Biotecnológica
- 115 -
Processar as matérias-primas agroindustriais para obtenção de produtos finais de
uso químico;
Utilizar os resíduos agroindustriais provenientes das indústrias da região, para
extração de princípios ativos de interesse;
Diminuir as altas taxas de desperdício nas cadeias agroindustriais com o uso de
técnicas de controlo de qualidade ao longo das diferentes etapas do processo
produtivo; propor soluções em nível de gerenciamento;
Solucionar problemas logísticos, envolvendo armazenagem, distribuição e
balanceamento de insumos agroindustriais, usando técnicas da pesquisa
operacional;
Analisar com responsabilidade sócio-ambiental a viabilidade de projectos
vinculados à engenharia agroquímica; propor soluções para o tratamento de
resíduos da agroindústria.
Iniciativas Internas
Conferências, seminários e workshops;
Programa de estágios curriculares.
Saídas Profissionais
Instituições públicas e privadas como autarquias, direções regionais, hospitais e
empresas ligadas às ciências químicas, biológicas, agronómicas, da saúde e ambiente,
tais como:
Indústrias farmacêuticas;
Biotecnológica, alimentar e química;
Análises clínicas e agroquímicas;
Administração de serviços estatais e regionais;
Gabinetes de projeto e consultoria;
Ensino e laboratórios de investigação.
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Engenharia de Petróleos e Gás
Iniciativas Internas
• Conferências, seminários e workshops;
• Programa de estágios curriculares.
Saídas Profissionais
O engenheiro de petróleo poderá atuar em diversos sectores da indústria de
petróleo, realizando actividades tais como: a procura e análise de reservatórios; o
desenvolvimento de técnicas de recuperação de petróleo; o desenvolvimento de métodos
de perfuração de poços, a avaliação da exploração/produção de petróleo e gás; a
avaliação de riscos/impactos ambientais, o projeto de equipamentos; o desenvolvimento
de modelos computacionais para simulação de processos; a comercialização, o
- 117 -
desenvolvimento de projetos para o transporte e a distribuição de petróleo, e os seus
derivados e de gás natural.
Estágio Curricular
- 118 -
VI
MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO
- 119 -
Esta avaliação constitui um processo de aferição de resultados obtidos, de metas
alcançadas, de objectivos concretizados. A avaliação do projecto educativo contempla
um processo de retroacção e de regulação da actividade educativa que, em momentos
intercalares do seu percurso, solicitam a implementação de medidas de revisão do plano
de forma a superar problemas encontrados ou a ajustar alguns objectivos e estratégias a
novas circunstâncias ou contextos. Por outro lado, a avaliação do projecto educativo
visará a sua própria consolidação seguindo linhas orientadoras que constituem
elementos de análise, reflexão e promoção de boas práticas pedagógicas em torno dos
resultados dos alunos, dos processos pedagógicos, dos materiais didácticos e da
actividade da escola em geral.
A primeira razão que nos leva a definir um estratégia de avaliação do projecto
educativo da instituição de ensino superior, a que nos propomos criar refere-se à
necessidade de compreender, de um modo concreto e sistemático, o que está a resultar e
a falhar, quer na fase de avaliação inicial, quer intermédia, quer na fase de avaliação
final.
Sem a operacionalização de um processo de avaliação devidamente planificado
não podemos formular mais do que uma percepção sumária acerca do grau de realização
deste projecto.
Só a avaliação devidamente orientada pode providenciar dados concretos,
informação consistente e um conjunto de evidências que substanciem uma análise
fundamentada do nível de concretização do projecto.
Em suma, a avaliação do projecto educativo do INSPOTEC constituirá um
instrumento indispensável para o aperfeiçoamento e melhoria do próprio instituto.
Entre outras evidências e contributos a avaliação do projetopermitirá:
• Reconhecer os pontos fortes e os pontos fracos do projecto;
• Rever estratégias e métodos de trabalho;
• Perspectivar a regulação da acção educativa;
• Contribuir para a formação dos atores participantes.
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processo com alguma complexidade que permite reflectir sobre a eficácia das acções e
das medidas preconizadas. Como tal, tomaremos as seguintes medidas:
• Aferiremos se a sua formulação está ajustada aos objectivos preconizados;
• Acompanharemos a qualidade da sua execução;
• Verificaremos se os resultados e os objectivos propostos foram atingidos.
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VIII
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2. Definiçãodos alvos (já realizado):
É uma das etapas mais importantes na criação da estratégia de comunicação.
Como tal, tivemos em consideração os potenciais clientes (os alunos), os iniciadores (as
pessoas que podem iniciar o processo de decisão, mesmo que não tomem a decisão
final) e os influenciadores (os líderes de opinião que têm influência directa sobre o
processo de decisão).
Foi igualmente importante definir o segmento e dimensão dos alvos e as metas
atingir, tendo em conta os factores demográficos, sociais, económicos, comportamento
de consumo e estilos de vida e atitude perante o ensino superior.
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6. Elaboração de uma estratégia criativa e um plano de media
Nesta etapa será criada uma parceria com uma agência de comunicação e
publicidade conceituada. Nesta parceria serão definidos os eixos de comunicação: qual a
mensagem a divulgar e meios a utilizar.
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ANEXO I–LOGÓTIPO
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