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O Rei Faz de Conta!

O maior e mais antigo


escândalo de Portugal!
8ª Parte
Verdades e mentiras na Casa Real Portuguesa!
Operação: Rasura Histórica D. Maria Pia

Sob a existência e os direitos de nascimento de SAR.


D. Maria Pia, formaram-se ao longo de décadas
muros de silêncio e cumplicidades verdadeiramente
escandalosas, no entanto muitos documentos
ficaram para a posteridade e por eles podemos
seguir o rasto desta conspiração do silêncio:
O memorando desaparecido do Testamento de D. Manuel II.

Ponto nº 7 do testamento:
SAR. D. Maria Pia, sempre reclamou que neste memorando o seu
irmão D. Manuel lhe deixava um conjunto de bens. Dos vários
testamentos que pudemos ler publicados na “íntegra” em vários
livros não consta o dito memorando. Não podemos pois afirmar
das razões invocadas por D. Maria Pia, mas também achamos
suspeita esta ausência do dito memorando que como o Rei diz,
faz parte integrante do testamento e por esse motivo deveria ser
público.

Uma estranha carta de Alfredo Pimenta à rainha D. Amélia.

D. Maria Pia recebe este bilhete acompanhado de uma cópia de


uma carta/livro de Alfredo Pimenta à Rainha:
E a carta segue por ai fora até que na pág.13 e 14…
Se o rei D. Manuel já estava morto esta alusão de
obediência a duas monarquias a duas cortes indicia
o claro conhecimento por parte de Alfredo Pimenta
e dos Integralistas Lusitanos de uma outra linhagem
real obviamente em D. Maria Pia.

Mas na pág.11 dessa mesma carta Alfredo Pimenta


lembra à Rainha que os reis de Portugal têm uma
descendência digna tentando desta forma captar o
apoio da rainha para a sua causa, uma vez que a
outra descendência resultava do fruto do adultério
do Marido da rainha, o Rei D. Carlos I, coisa que
mulher alguma suporta de bom grado…
E ainda se alegra por a “providência” ter extinguido
o ramo reinante na pessoa dos dois filhos da rainha,
D. Luís Filipe assassinado a tiro no regicídio e D.
Manuel II provavelmente envenenado.

E a carta termina assim:


Esta carta é de 1945.
No livro:

Pág. 133

Em 19 de Outubro de 1932…proclama “ Rei Legitimo de Portugal


Sua alteza Real o Senhor Dom Duarte de Bragança”

O Governo faz silencio sobre estes acontecimentos e não virá a


referir-se a D. Duarte Nuno como duque de Bragança, por
entender que esse título, privativo do herdeiro do Trono está
vacante….D. Amélia se apressaria a informar Salazar,
especificando que não dera ao seu primo visitante o tratamento
de duque de Bragança…ela que em tudo foi grande, teve
igualmente dificuldade interior em ultrapassar a já centenária
querela de família.
Pág.169

Ressalta à evidência que, tanto com as rainhas como com os


príncipes do tronco miguelista, as relações da Família Real
Portuguesa com o Governo da República, são sob Salazar as
melhores, independentemente do que pudesse acontecer com
os monárquicos. Presos ou deportados, perseguidos ou
marginalizados, tudo isso deixava aparte, perante o Governo a
Sereníssima Casa de Bragança.

Pág. 212

D. Amélia colabora como madrinha por procuração….e muito


mais seguramente da consideração da Rainha por Salazar.

Pág. 215

…e a frieza glaciar da Rainha a escrever então ao Pretendente


“Meu Primo”. E vê na Monarquia a solução adequada para o
País. Mas dir-se-ia que, sendo Rainha contempla a instituição
Real “ do lado de fora”…. Pois parece muito mais “salazarista”
do que monárquica

Pág.261

Olhe: Diga ao Sr. Presidente do Conselho que pelo País, sim


porque é governado por ele, alguma coisa farei.
Nota: referia-se a Rainha ao pedido de Salazar para deixar alguns
bens ao Eng. Duarte Nuno para que vivesse destes rendimentos.

Pág.263

Não se sabe se o testamento foi ou não feito antes da


congestão cerebral que a Senhora D. Amélia sofreu.

Pág. 272

…quero participar-lhe que acabo, conforme então prometi, de


fazer um “addendum” ao meu testamento deixando tudo
quanto tenho em Portugal ao meu afilhado D. Pio Duarte de
Bragança…se fiz o que cabo de fazer, foi única e exclusivamente
porque o senhor mo pediu

Nota: é interessante verificar que não só a Rainha não sabe o


nome do afilhado que troca Duarte Pio por Pio Duarte, como a
evidência de ter feito o frete de alterar o testamento por
consideração a Salazar.
“Assim o perigo de uma restauração da monarquia em Portugal
aparece hoje definitivamente afastado – não só porque não há
monárquicos, isto é monárquicos capazes de se bater pela
monarquia, como porque o pretendente oficial, Duarte Nuno de
Bragança, é um personagem medíocre comprometido como
regime, dos pés à cabeça, que no fundo o subsidia, sem rasgo
nem coragem para suscitar um movimento restaurador entre os
seus desalentados partidários”

Pag.275
Maria Pia tornou-se mais tarde grande apoiante do
general Humberto Delgado e a este prestou grande
apoio e assistência nas amargas horas do exílio até
ao assassinato:

“ no dia seguinte ao das eleições recebi uma visita de Dona Maria Pia de Saxe Coburgo, filha
legítima de Carlos I, assassinado em 1908.Viera de Roma e fizera imediatamente uma visita a
minha mulher. Tratava-se de uma encantadora mulher de princípios liberais, e eu disse-lhe que
muito embora fosse republicano e portanto contrário à Monarquia, podia mesmo assim
conceber um Portugal onde ela pudesse entrar livremente. Acrescentei que me solidarizava com
a sua posição, pois fora privada dos seus direitos e tivera de vir a minha casa de óculos escuros
para passar despercebida. Repeti-lhe que, na nossa democracia, isso não seria preciso.

Enquanto escrevo estas linhas, a Princesa acaba de ser entrevistada pelo jornal «La Suisse», de
Genebra, no qual ataca o ditador Salazar, a quem também ela considerava antes um Messias.
Veio a mudar a sua opinião quando regressou a Portugal durante a campanha eleitoral e viu a
miséria, tuberculose e analfabetismo, sob um severo e implacável regime. Neste país,
vergonhosamente pobre, nem sequer tivera a satisfação de ver palácios como o das Carrancas
do Porto, ou de Vila Viçosa, convertidos em hospitais.

Ante a indevida apropriação da fortuna por parte de seu irmão, Dom Manuel II, deposto em
1910 pelo Governo Republicano, decidiu reclamar os seus direitos que soube terem sido
transmitidos para Dom Duarte Nuno, descendente estrangeiro, através de Dom Miguel do ramo
Absolutista, banido do país há um século. Considera-se a verdadeira Duquesa de Bragança e,
num memorando entregue aos delegados numa reunião em Genebra, em Maio de
1961,convocada por causa do problema do Laos, pediu que apoiasse a sua causa”.
(Humberto Delgado -Memorias pp. 233,234)
Depois deste apoio declarado a Delgado o regime
fecha definitivamente as portas a D. Maria Pia:
Como já se provou pela extensa documentação a
filiação de D. Maria Pia foi creditada pelo mais
exigente tribunal do Mundo, o da Rota Roma e esta
declaração do secretário de Salazar comprova mais
uma vez, quanto o regime acobertava Duarte Pio e
Duarte Nuno e expurgava indecentemente com
falácias D. Maria Pia.
Fotos de SAR. D Maria Pia Saxe

Coburgo e Bragança

Filha de SM. El Rei D Carlos I


Um Caso Extraordinário

Uma das questões que todos os leitores, todas as pessoas que


tomam conhecimento desta situação vergonhosa, da
USURPAÇÃO de Duarte Pio e da realidade histórico legal, isto é
da legitimidade de SAR. D. Maria Pia Saxe Coburgo e Bragança,
filha de SM. O Rei D. Carlos I, colocam é de saber se D. Rosário é
filho, foi marido ou qual é a ligação que D. Rosário tem a D.
Maria Pia ou quais os fundamentos que lhe dão o direito de ser o
verdadeiro e único duque de Bragança.

Como já vimos nos referidos capítulos toda esta história começa


por um lado pelo reconhecimento de facto de D. Carlos I da sua
filha com a concessão de uma mercê real que a torna Infanta da
Casa de Bragança e por esse motivo a 3ª princesa na linha da
sucessão.

Morto D. Carlos e D. Luís Filipe no Regicídio e em 1932 D. Manuel


II sem filhos os direitos sucessórios recaem logicamente na irmã
do rei, D. Maria Pia e jamais na linha Usurpadora de Duarte Pio,
que à face da lei dado o grau de parentesco afastado, nem
familiares já poderiam ser considerados, pois o grau de
parentesco estava perdido ao 4º grau e Duarte Nuno era primo
do rei em 6º grau, para além de não ser português, estar banido,
excluído da linha sucessória, etc.

D. Maria Pia tinha em 1932, 25 anos de idade quando o seu


irmão D. Manuel II morreu, quando começou a tomar
consciência daquilo que representava, imediatamente se criou
uma barreira de resistências contra ela que tudo fizeram para a
escorraçar.
Pag.275

Mário Soares pág. 276

“Escorraçada por Salazar, combatida asperamente pelos


monárquicos do regime” sic.
A luta de D. Maria Pia durou toda uma vida, a sua filha que em
solteira ainda participou em algumas das actividades da mãe,
viria contudo a afastar-se progressivamente e efectivamente já
depois de casada. Deve ter percebido que era uma luta
desgastante e o inglório exemplo da sua mãe, fê-la com toda a
certeza, não querer para si uma luta que lhe traria muitos
amargos de boca e dificilmente o sabor da vitória.

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