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AVALIAÇÃO FITOQUÍMICA E ANTIOXIDANTE DE PLANTAS MEDICINAIS DO


NORTE DO MATO GROSSO

Article · January 2013

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6 authors, including:

Naira Brito Gabriel Araujo da Silva


Universidade Federal do Rio Grande do Norte Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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AVALIAÇÃO FITOQUÍMICA E ANTIOXIDANTE DE PLANTAS MEDICINAIS DO
NORTE DO MATO GROSSO

Waldivia Queiroz Fernandes Lima (1)


Tatiana Caroline Dias Pereira (2)
Maíra Gabriela Martins Pereira (3)
Naira Josele Neves de Brito (4)
Rafaela Grassi Zampieron (5)
Gabriel Araujo da Silva (6)

RESUMO

A utilização de plantas medicinais no tratamento de diversas patologias é comum,


principalmente em determinadas regiões do país. O presente estudo foi realizado a
partir de dados de um levantamento etnodirigido na cidade de Colíder, região Norte
do Estado do Mato Grosso, Brasil. O questionamento inicial foi sobre quais plantas
eram utilizadas para o tratamento do câncer. Dentre as espécies citadas, nove
espécies foram selecionadas e submetidas às avaliações laboratoriais. O objetivo do
trabalho foi gerar conhecimento preliminar que embase o uso popular dessas
espécies. Para realização do estudo, foram feitas triagem fitoquímica, a
quantificação do conteúdo de compostos fenólicos nos extratos das plantas e a
avaliação da capacidade antioxidante pelo método de DPPH•. Os resultados obtidos
demonstraram a presença de fenólicos em todas as espécies estudadas, assim
como a presença de flavonoides, com exceção da Aloe vera. As espécies testadas
não apresentaram taninos. As maiores concentrações de fenólicos foram nos
extratos de Annona muricata (graviola), Cupressus sempervirens (cipreste),
Stachytarpheta cayennensis (gervão roxo) e Mangifera indica (manga). Nesses
extratos também se evidenciou a melhor atividade antioxidante pelo método de
DPPH•. Estudos futuros serão realizados para avaliar o potencial antioxidante in vivo
do extrato hidroalcoólico de folhas de avenca (Adiatium sp.), uma vez que essas
atividades já foram demonstradas em extratos de folhas de graviola (Annona
muricata).

Palavras-chave: Etnodirigido. Antioxidante. Fitoquímica.

ABSTRACT

The use of medicinal plants in the treatment of various diseases is common,


particularly in certain regions of the country. The present study was conducted using
data from an etnobotany and etnopharmacology survey in the city of Colíder,
northern Mato Grosso State, Brazil. The initial question was about which plants were
used for cancer treatment. Among the species cited, nine species were selected and
subjected to laboratory evaluations. The objective was to generate knowledge that
preliminary using these popular species. To conduct the study, were made
phytochemical screening, quantification of phenolic compounds in the plant extracts

1 – Faculdade de Colider, FACIDER, Colider – MT, Brasil. Discente do curso de Farmácia.


waldiviafernandes@hotmail.com
2 - Faculdade de Colider, FACIDER, Colider – MT, Brasil. Docente do curso de Farmácia.
tatianacdias@hotmail.com.br
3 - Faculdade de Colider, FACIDER, Colider – MT, Brasil. Docente do curso de Farmácia.
magabipe@yahoo.com.br
4 - Faculdade de Colider, FACIDER, Colider – MT, Brasil. Coordenadora do curso de Farmácia.
rafaelagrassi@hotmail.com
5 - Faculdade de Colider, FACIDER, Colider – MT, Brasil. Diretora do Núcleo de pesquisa/ Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, UFRN, Natal – RN, Brasil. Discente do PPgCS. nairanbrito@yahoo.com.br
6 - Faculdade de Colider, FACIDER, Colider – MT, Brasil. Docente do curso de Farmácia / Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, UFRN, Natal – RN, Brasil. Discente do PPgDITM. gabriel_ar4@yahoo.com.br
and evaluation of antioxidant capacity by DPPH• method. The results showed the
presence of phenolics in all species studied, as well as the presence of flavonoids,
with the exception of Aloe vera. The species tested showed no tannin. The highest
concentrations of phenolic extracts were in Annona muricata (graviola), Cupressus
sempervirens (cipreste), Stachytarpheta cayennensis (gervão purple) and Mangifera
indica (mango), these extracts also showed the best antioxidant activity by DPPH•
method. Future studies will be conducted to assess the potential in vivo antioxidant
extract of leaves of avenca (Adiatium sp.), since these activities have been
demonstrated in extracts of graviola leaves (Annona muricata).

Keywords: Etnophamacology. Etnobotany. Antioxidant and Phytochemical.

INTRODUÇÃO

O uso empírico de plantas medicinais por parte da população é milenar,


despertando o interesse de muitos pesquisadores com o objetivo de conhecer sobre
novas moléculas que possam ser usadas na terapêutica. O Brasil possui a maior
biodiversidade do planeta, que associada à rica diversidade étnica, torna o país o
cenário ideal para o desenvolvimento de estudos voltados à comprovação de usos
populares de plantas (FOGLIO, et al. 2006).
Pesquisas envolvendo plantas medicinais costumam relacionar a
etnofarmacologia, isto é, as informações adquiridas da população em comunidades
que fazem uso da diversidade vegetal local, com estudos químicos e/ou
farmacológicos. Este método permite a elaboração de hipóteses relacionadas às
atividades farmacológicas observadas pela população que fazem uso das mesmas
(ELISABETSKY & SOUZA, 1999).
O Brasil, mesmo privilegiado pelo fato de possuir enorme diversidade quanto
a espécies vegetais e amplo interesse no uso de plantas medicinais e fitoterápicos
como fonte de novos medicamentos, não desenvolve estudos suficientes, logo
pesquisas são necessárias para ampliar o conhecimento científico, integrando
segurança e eficácia à prática do uso de fitoterápicos (SANTOS, 2011).
Assim, para suprir as deficiências nos estudos de plantas, o governo instituiu
a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), objetivando
facilitar o acesso aos medicamentos fitoterápicos, bem como garantir a
sustentabilidade da biodiversidade brasileira, promovendo a valorização do
conhecimento tradicional e preservação de comunidades, associada ao
desenvolvimento industrial e tecnológico (BRASIL, 2007).
O desenvolvimento de pesquisas de base, como a avaliação fitoquímica, vem
sendo utilizado para identificar a presença dos compostos químicos em espécies
vegetais, identificando os grupos presentes em uma planta, dentre eles os fenólicos.
(FALKENBERG, SANTOS & SIMÕES, 1999).
Outra atividade atualmente muito estudada em plantas é o potencial
antioxidante em extratos e/ou substâncias que estejam isoladas. Os antioxidantes
naturais estão presentes em frutos, sementes, folhas e raízes de plantas, inibindo a
formação de espécies reativas de oxigênio (ERO), as quais estão implicadas em
várias fisiopatologias. Dentre os vários tipos de antioxidantes podem ser citados os
polifenóis, constituídos de ácidos fenólicos e flavonoides, substâncias bioativas de
grande ocorrência em vegetais (HALLIWELL & GUTTERIDGE, 2007; SOUSA, et al.
2007).
O presente estudo teve como objetivo avaliar a composição fitoquímica e
atividade antioxidante in vitro dos extratos de folhas de Cupressus sempervirens,
Maytenus ilicifolia, Vernonia condensata, Mangifera indica, Annona muricata, Aloe
vera, Stachytarpheta cayennensis, Plantago sp., Carduus benedictus.
Para tanto, foram realizadas triagem fitoquímica e quantificação de fenólicos
totais, assim como a determinação da atividade antioxidante pelo método de DPPH•.

1. HISTÓRICO

Em civilizações primitivas, o homem já despertava o interesse por plantas,


das agradáveis ao paladar às que apresentavam algum risco a saúde, até as que
apresentavam algum poder curativo. Essas informações eram passadas inicialmente
através da fala (oratória) e depois guardadas como arquivos após o surgimento da
escrita (CUNHA & ROQUE, 2010).
Com a evolução, houve também o aumento do interesse pelo conhecimento
sobre as plantas. Um exemplo são os chineses, que tem por cultura a utilização do
conhecimento popular de plantas medicinais, hábito que perdura nos últimos cinco
séculos, sendo atualmente introduzida como filosofia em princípios médicos
(FOGLIO, et al. 2006).
Essa riqueza de conhecimento popular no uso de plantas medicinais para o
tratamento de certas patologias está relacionada diretamente à biodiversidade da
região onde essas civilizações se desenvolveram, apresentando as mais variadas
formas de uso ao longo do século (FIRMO et al, 2011).
Na atualidade, este conhecimento popular é utilizado a fim de desenvolver
novos fármacos, com a descoberta de moléculas candidatas ao tratamento de
patologias emergentes, que ainda não possuem uma terapêutica vantajosa, ou ainda
patologias em que os tratamentos atuais são dispendiosos, tanto para qualidade de
vida do paciente quanto aos custos envolvidos (ELIZABETSKY, 2003).
Diante das necessidades atuais, foram organizadas novas áreas do
conhecimento que relacionam diretamente os conhecimentos populares do uso de
plantas medicinais as ciências biológicas, químicas e farmacológicas, sendo
intituladas de etnobotânica e etnofarmacologia (ELIZABETSKY, 2003).
Em um levantamento etnobotânico, associam-se os conhecimentos botânicos
de sistematização e identificação das plantas ao conhecimento popular de
denominá-las vulgarmente. Tem por finalidade o conhecimento do nome popular de
cada espécie vegetal, as partes que são utilizadas, a forma de preparo, quanto deve
ser a dose, como é realizada a administração, para que enfermidade é indicada e se
há restrições quanto ao uso (PINTO, AMOROZO & FURLAN, 2006).
Assim, a etnobotânica resgata conhecimentos tradicionais para os mais
diversos usos, sendo estes atribuídos aos vegetais, de forma a utilizá-los como
contribuição de um processo de desenvolvimento econômico. O estudo da
etnobotânica é voltado para saber quais plantas são mais utilizadas em determinada
região, como utilizá-las e a indicação no combate e/ou prevenção a que patologia
(SOUZA & FELFILI, 2006).
A etnofarmacologia é utilizada para construção de um arquivo sobre práticas
do conhecimento tradicional e o uso de plantas medicinais na produção de
medicamentos para o tratamento de enfermidades e por fim, as informações desse
arquivo são submetidas a estudos fitoquímicos, para comprovação ou não de
atividade biológica (GOMES, 2010).
Deste modo está relacionada à prática médica popular, mais precisamente no
uso de remédios utilizados em sistemas tradicionais e o estudo científico através de
ativos biológicos, ou seja, existe uma relação quanto às informações obtidas através
do conhecimento popular de plantas medicinais com análises fitoquímicas
(ELIZABETSKY & SOUZA, 1999).
Assim, para obter o aproveitamento de todos os ativos biológicos
apresentados em plantas medicinais, deve-se desenvolver um preparo correto e
usos adequados. Logo, a etnofarmacologia não trata de superstições, mas sim de
um sistema de medicina tradicional em conjunto com o conhecimento popular
(ARNOUS, SANTOS & BEINNER, 2005; ELIZABETSKY, 2003).
Contudo, existem muitas controvérsias associadas ao uso dos termos
etnobotânica e entofarmacologia, para tanto foi criado o termo “estudos
etnodirigidos”, que consiste em uma abordagem para ambas as formas de estudo,
que objetivem contribuir com a descoberta de novos fármacos de interesse
farmacêutico ou que tenham potencial aplicação nesse setor (ALBUQUERQUE &
HANAZAKI, 2006).

2. TRIAGEM FITOQUÍMICA
A triagem fitoquímica possibilita conhecer os compostos químicos e avaliar a
presença dos mesmos em uma determinada espécie vegetal. Para dar continuidade
à descrição de um grupo de compostos químicos presentes em uma planta,
primeiramente faz-se a extração de substâncias químicas com um determinado
solvente, logo conhecido em extrato (FALKENBERG; SANTOS; SIMÕES, 1999).

3. COMPOSTOS SECUNDÁRIOS

As plantas possuem compostos que não são essenciais à sua sobrevivência.


Esses, por sua vez, são conhecidos por metabólitos secundários. Esses compostos
são responsáveis por ajudarem na adaptação das plantas em ambientes que se
encontrem, sendo responsáveis por fontes de substâncias biologicamente ativas
(FUMAGALI, et al. 2008).
Os metabólitos secundários têm como característica uma grande capacidade
em relação à produção de substâncias quanto à diversidade contida em uma mesma
espécie vegetal. Esses metabólitos logo não são essenciais, mas atribuem
vantagens como a perpetuação da espécie e melhora quanto à sobrevivência.
(SANTOS, 1999).
A avaliação fitoquímica é responsável pelo estudo e análise de metabólitos
secundários e a descoberta das funções que os mesmos desempenham nas
plantas. Esses metabólitos secundários são constituídos de micromoléculas
complexas e diversas (VIEGAS, BOLZANI & BARREIRO, 2006).

4. FENÓLICOS TOTAIS

Um conceito básico quanto a compostos fenólicos é que todas as estruturas


devem possuir no mínimo um núcleo aromático. Este, por sua vez, estando ligado a
uma ou mais hidroxilas livres ou em forma de compostos como ésteres, éteres ou
até mesmo heterosídeos (CUNHA & ROQUE, 2010).
Os polifenóis oxidam facilmente por serem substâncias redutoras. As plantas
possuem compostos fenólicos, tais como taninos, flavonoides, saponinas. Esses
compostos possuem ação antioxidante, em consequência da sua estrutura química
e de suas propriedades redutoras (SOUSA, et al. 2007).
Os compostos fenólicos estão fortemente dispersos pelo reino vegetal e
também se encontram em microrganismos, participando do metabolismo animal.
Porém, os animais não são capazes de sintetizar o anel aromático, utilizam os que
encontram inseridos na dieta alimentar (CARVALHO, GOSMANN & SCHENKEL,
1999).
5. FLAVONOIDES

O grupo mais importante representando os fenólicos é a classe dos


flavonoides, por possuírem uma vasta diversificação quanto a produtos de origem
natural. Sendo estes flavonoides mais distribuídos pelo reino das plantas, podem ser
encontrados nas mais diversas formas estruturais, mas o seu núcleo fundamental
possui 15 átomos de carbono que forma um composto tricíclico. Os flavonoides
possuem atividade antioxidante e podem interferir na produção de radicais livres
(ZUANAZZI & MONTANHA, 1999).
Essa classe de metabólitos secundários possuem inúmeras atividades
biológicas e diversas funções na natureza. Os flavonoides, por sua vez, são
moléculas que apresentam baixo peso molecular e encontram-se distribuídos de
uma forma ampla pelo reino vegetal, as funções biológicas dos mesmos se
modificam de acordo com a sua estrutura química (CAMPOS, 2010).
Os flavonoides são utilizados na terapêutica de diversas patologias, dentre
eles pode-se destacar os usos de silimarina, um extrato biflavonoídico do Silybum
marianum, comercializado sobre a marca de Legalon®, para o tratamento de
alterações hepáticas, de hepatites leves até o tratamento de cirroses (SALLER et al,
2008).
A diosmina, um flavonoide comercializado sobre a marca de Daflon®, é
utilizado para o tratamento de insuficiência venosa crônica, elevando o tônus
venoso, a drenagem linfática e ativando a resposta imunológica, assim como
protegendo contra os efeitos deletérios das espécies reativas de oxigênio
(STRUCKMANN & NICOLAIDES, 1994; RAMELET, 2001).
Outros flavonoides também são comercializados apresentando considerável
eficácia e segurança no tratamento de diversas patologias, que possuam o estresse
oxidativo como etiologia, como o caso da rutina, um flavonol utilizado no tratamento
de varizes e hemorroidas, por apresentar efeitos antiexsudativo, antiinflamatório,
normalizador da permeabilidade capilar e sequestrante de radicais livres (SALVIANO
& FIOCCHI, 2001).

6. TANINOS

Plantas ricas em taninos, historicamente, são importantes, por permitirem a


transformação de pele animal no couro. Logo, confirma-se através desse fato que os
taninos precipitam proteínas, pectinas e celulose. Esses compostos têm por
característica a adstringência de frutas e/ou produtos de origem vegetal. Possuem
duas classificações: taninos hidrolisáveis e taninos condensados (SANTOS &
MELLO, 1999).
Os taninos encontram-se quase que de forma geral em plantas
vascularizadas, em diferentes concentrações. Esses metabólitos são encontrados
em diversos órgãos das plantas, tais como: madeira, folha, fruto e casca. São
substâncias solúveis em água, em álcoois e acetona. Estes têm função de proteção
da planta (CUNHA & BATISTA, 2010).

7. ATIVIDADE ANTIOXIDANTE

Cerca de 5% do oxigênio utilizado pelos seres aeróbios como aceptor final de


elétrons na cadeia respiratória é convertido às espécies reativas de oxigênio (ERO),
que podem ser classificados como radicalares, ou radicais livres, e não radicalares
(HALLIWELL & GUTTERIDGE, 2007).
Os radicais livres atuam de forma a danificar as biomoléculas,
comprometendo algumas funções do organismo humano, assim como agem em
plantas e em alimentos, modificando a cor e o aspecto do alimento. Sobretudo, as
pesquisas em volta desse assunto vêm crescendo juntamente com o surgimento de
inovações para determinação de atividades antioxidantes (ALVES, et al. 2010).
Nos últimos tempos, percebe-se que existe um interesse exacerbado quanto
ao conhecimento dos antioxidantes, em contrapartida pela descoberta da ação que
os radicais livres desempenham no organismo (BARREIROS, DAVID & DAVID,
2006).
A determinação da atividade antioxidante em extratos de plantas e/ou
substâncias que estejam isoladas é realizada através de vários métodos, mas o
método mais utilizado é o por DPPH•, que avalia a capacidade de sequestrar o
radical livre 2,2-difenil-1-picril-hidrazila (DPPH•) que absorve um comprimento de
onda de 515 nm possuindo uma colação púrpura. Contudo, a porcentagem da
atividade antioxidante equivale à quantidade de consumo do DPPH• pelo
antioxidante (SOUSA, et al. 2007).

8. ESPÉCIES REATIVAS DE OXIGÊNIO

Esses radicais livres são produzidos naturalmente pelo próprio organismo,


porém ao serem produzidos e ao encontrar átomos oxigênio, formam Espécies
Reativas de Oxigênio (ERO). A ação de ERO sofrida pelo organismo humano é
decorrente de processos inflamatórios ou causados pela alimentação, tendo como
consequência o comprometimento à saúde humana, sendo os mais graves agravos
relacionados a danos nas moléculas de DNA (Ácido Desoxirribonucleico) e RNA
(Ácido Ribonucleico), caracterizado como fisiopatologia base do câncer
(BARREIROS, DAVID & DAVID, 2006).
As espécies reativas de oxigênio (ERO) são produzidas de forma natural no
organismo, até mesmo para a manutenção da vida, na produção de energia, no ato
da respiração celular, que dão origem a esses radicais de oxigênio. O estresse
oxidativo pode ser decorrente do aumento expressivo de EROs, logo ocasionado
pelo desequilíbrio quanto à formação e neutralização dos mesmos (SANTOS, et al.
2011).
Existem ácidos graxos na membrana plasmática das células nas quais as
EROs vão reagir, causando uma diminuição na fluidez da membrana pelo fato que
produzirem peróxidos lipídicos. Essas espécies também são reativas com proteínas,
o que causará danos às bases do DNA, pois há uma ligação cruzada entre colágeno
e DNA, logo a explicação de serem prejudiciais às células (DALLAQUA &
DAMASCECO, 2011).

9. ESTRESSE OXIDATIVO

O combate para o aumento excessivo de radicais livres no organismo


acontece devido aos antioxidantes produzidos pelo próprio organismo ou através da
ingestão na dieta alimentar. As EROs podem ser altamente reativas no organismo,
podendo ter efeito maléfico em proteínas, lipídios e na molécula de DNA. Quando a
cadeia do DNA for interrompida, ela pode voltar a conectar-se, porém altera a ordem
das bases e isso leva a uma alteração dos aminoácidos de uma enzima e o acúmulo
desses aminoácidos danificados leva ao surgimento de uma oncogênese
(BARREIROS, DAVID & DAVID, 2006).
As Espécies Reativas de Oxigênio são possuidoras de um elétron
desemparelhado, por isso a necessidade de atacar moléculas como proteínas,
ácidos nucleicos e lipídios. Esse ataque a biomoléculas pode levar a muitos
distúrbios, tais como: envelhecimento precoce, comprometimento da função
cerebral, pode gerar processos inflamatórios, doenças cardiovasculares e até
mesmo o câncer (NEGRI, POSSAMAI & NAKASHIMA, 2009).

10. METODOLOGIA - COLETA E PROCESSAMENTO

As folhas foram coletadas em maio de 2012 na macrorregião do Norte do


Mato Grosso. Parte do material vegetal foi destinada à confecção de excicatas, uma
para cada espécie, posteriormente enviadas para identificação botânica pela Prof.ª
Msc. Maíra Gabriela Pereira, Universidade de São Paulo. Realizou-se secagem à
temperatura ambiente e ao abrigo da luz por 3 dias. Após a secagem, as folhas
foram trituradas em moinho de Willys, e o pó, submetido à extração com solução
hidroalcoólica (1:25) e água (1:25), por decocção durante 10 min.

10.1 Triagem Fitoquímica

10.1.1 Fenóis

Para a detecção de fenóis foram utilizados 1ml da solução hidroalcoólica e


algumas gotas de solução de cloreto férrico. O surgimento de coloração esverdeada
confirma a presença de fenóis (COSTA, 2000).

10.1.2 Flavonoides

A 1 ml da solução hidroalcoólica, foram adicionados 1 cm de magnésia em fita


e 0,1 ml de ácido clorídrico concentrado. O surgimento de coloração rósea indicou a
presença de flavonoides (COSTA, 2000).

10.1.3 Taninos

Foram retirados 2 ml da solução aquosa e foi adicionada, gota a gota,


albumina a 2,5%. O desenvolvimento de precipitado mostrou a presença de taninos
(COSTA, 2000).

10.1.4 Determinação de polifenólicos

O teor de fenóis totais foi determinado por interpolação da absorbância de


amostras contra uma curva de calibração construída com ácido gálico (11,2 - 112
ng/ml), utilizando-se o reagente de Folin-Ciocalteau, conforme o procedimento
descrito por Georgé (2005). O resultado foi expresso em mg de equivalentes de
acido gálico por 100 g de massa seca.

10.1.5 Capacidade de sequestro de radicais livres pelo teste do DPPH•∙

O sequestro de radicais livres (SRL) foi avaliado pelo método do DPPH•,


baseado no descoramento de uma solução de DPPH• (cor violeta) que, ao ceder um
átomo de hidrogênio, estabiliza o oxidante (CUENDET et al., 1997).
Resumidamente, 3,9 ml de DPPH• 60µM em etanol foram misturados com 0,1 ml de
amostras e padrões (várias concentrações), a reação incubada no escuro à
temperatura ambiente durante 30 min e a absorbância lida a 500 nm. C. marianus e
hidroxitolueno butilado (BHT) foram utilizados como controles positivos. As análises
foram realizadas em triplicata e os resultados expressos em %SRL, através da
seguinte equação:

Onde AC = Abs do controle (DPPH• sem substância-teste); A am = Abs da


solução teste após 30 min.

11. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Esse trabalho teve início a partir de um levantamento etnodirigido na cidade


de Colíder, região norte do Mato Grosso, Brasil. O levantamento foi realizado com o
intuito de saber quais plantas eram utilizadas para a prevenção e/ou tratamento do
câncer, independente do tipo. Ficou evidente no momento da entrevista que
nenhuma das plantas que foram utilizadas pelas pessoas nem seus resultados
foram estudados cientificamente.
Os extratos aquosos e hidroalcoólico foram submetidos à triagem fitoquímica
para determinação da presença de fenólicos totais, flavonoides e taninos, obtendo
os resultados descritos na tabela 1.

Tabela 1. Triagem fitoquímica dos extratos de folhas de plantas nativas do norte do


Mato Grosso.
Espécie Fenólicos Flavonoides Taninos
Cupressus sempervirens ++ + -
Maytenus ilicifolia + + -
Mangifera indica +++ +++ -
Annona muricata ++ + -
Aloe vera + - -
Stachytarpheta cayennensis ++ +++ -
Plantago sp. ++ + -
Carduus benedictus ++ + -
Adiantium sp. ++ + -
(-) reação negativa;(+)reação positiva fraca;(++)reação positiva moderada;(+++)reação positiva forte.

Para a determinação de fenólicos totais, foi confeccionada uma curva de


calibração de seis diferentes pontos, com faixa linear de 11,2 – 112 ug de ácido
gálico/ml, na qual observou-se linearidade satisfatória com um bom coeficiente linear
(R2=0,9992), assim como foi possível a obtenção da equação da reta,
posteriormente utilizada para determinação do conteúdo de fenólicos totais nos
extratos hidroalcoólicos das espécies estudadas, resultados esses expressos no
Gráfico 1.
Gráfico 01 – Curva de calibração com a correlação das concentrações de ácido
gálico (x) e as absorbâncias (y), apresentando equação da reta e coeficiente de
correlação.

ABS = Absorbância a 640 nm; R2 = coeficiente linear; Equação da reta (y=0,0269x+0,024).


Os extratos hidroalcoólicos foram utilizados na análise quantitativa do
conteúdo de fenólicos totais, e entre as espécies que apresentaram as maiores
concentrações de fenólicos estão Annona muricata, Cupressus sempervirens,
Mangifera indica e Stachytarpheta cayennensis, como demonstrado na tabela 02.
Tabela 2. Quantificação do conteúdo de fenólicos totais dos extratos de folhas de
plantas nativas do norte do Mato Grosso.
Fenólicos totais
Espécie
(µg Eag/mg extrato)
Cupressus sempervirens 167,29 ± 2,18
Maytenus ilicifolia 34,93 ± 1,35
Mangifera indica 159,60 ± 7,88
Annona muricata 223,57 ± 3,94
Aloe vera 37,26 ± 0,92
Stachytarpheta cayennensis 142,49 ± 1,38
Plantago sp. 94,91 ± 1,97
Carduus benedictus 50,63 ± 2,55
Adiantium sp. 64,59 ± 1,02
Resultados expressos em Média ± Desvio padrão.

Em sua grande maioria, os vegetais superiores tem a capacidade de sintetizar


metabólitos secundários em quantidade significativa que podem exercer várias
funções como proteção. São agrupadas em terpenos, fenólicos e flavonoides, estes
considerados como potente antioxidante natural (LEMOS, et al. 2011).
Os flavonoides são fenólicos que possuem uma estrutura perfeita para
sequestrar radicais livres, pois agem como antioxidante de forma mais efetiva do
que algumas vitaminas, tais como a vitamina C, E e A. O poder dos flavonoides
agirem como antioxidante está ligada ao poder de oxidação dos mesmos
(BARREIROS, DAVID & DAVID, 2006).
A ausência de taninos é justificada pela parte das plantas que foram utilizadas
no presente estudo, uma vez que não é comum a identificação destes compostos
secundários em folhas e outras partes áreas das plantas. Sendo mais comum o
acúmulo de taninos em frutas, sementes e cascas lenhosas (SANTOS & MELLO,
1999).
Os compostos fenólicos estão relacionados com a atividade antioxidante, que
no presente trabalho foi avaliada pelo sequestro do radical livre DPPH•∙, e expressa
em índice de sequestro de 50% deste radical numa solução de 60µM, para tanto foi
elaborada uma curva de calibração com diferentes porcentagens do radical livre
DPPH•∙, como expresso no gráfico 02.
Gráfico 2 – Curva de calibração com a correlação das concentrações de DPPH• (x) e
as absorbâncias (y), apresentando equação da reta e coeficiente de correlação.

ABS = Absorbância a 500 nm; R2 = coeficiente linear; Equação da reta (y=0,0055x+0,046).

Os extratos hidroalcoólicos foram utilizados na análise da atividade


antioxidante e os resultados obtidos foram comparados aos do padrão de Carduus
marianus. Entre as espécies que apresentaram as menores IC50, ou seja, os
melhores potenciais antioxidante, estão: Adiantium sp. e Annona muricata, como
demonstrado na tabela 3.
Tabela 3. Avaliação antioxidante dos extratos de folhas de plantas nativas do
norte do Mato Grosso.
Espécie IC50 (mg/ml)
Carduus marianus (Padrão) 0,77 ± 0,016
Cupressus sempervirens 1,00 ± 0,054
Maytenus ilicifolia 1,08 ± 0,062
Mangifera indica 2,09 ± 0,068
Annona muricata 0,92 ± 0,025
Aloe vera 2,53 ± 0,071
Stachytarpheta cayennensis 1,66 ± 0,050
Plantago sp. 1,28 ± 0,066
Carduus benedictus 4,06 ± 0,042
Adiantium sp. 0,71 ± 0,035
IC50, concentração onde houve o sequestro de 50% do DPPH• 60µM, resultados expressos em
média ± desvio padrão. *Apresentaram diferença estatística quando comparados ao padrão.

Adiantium sp., conhecido popularmente como avenca, apresentou uma


atividade antioxidante comparável ao controle, devido ao elevado conteúdo de
fenólicos, resultados esses que são similares aos obtidos por YUAN, WANG &
RUAN (2012), ao avaliarem outra espécie do mesmo gênero, A. capillus-veneris L.,
também evidenciaram a presença de flavonoides por análise cromatográfica,
principalmente de canferol-3-O-glicosídeo, um flavonol glicosilado com alto potencial
de sequestro de radicais livres (OKAWA, 2001; TSIMOGIANNIS & OREOPOULOU,
2006).
Outra espécie que apresentou bons resultados de fenólico e potencial
antioxidante foi a Annona muricata, ou graviola, amplamente estudada quanto a esta
e outras propriedades biológicas. BASKAR, RAJESWARI & KUMAR (2006), ao
estudarem espécies do gênero Annona, demonstraram atividade antioxidante nas
três espécies testada, incluindo a graviola. Associada à avaliação antioxidante, já
foram realizados estudos para a determinação da atividade antiproliferativa sobre
células cancerosas e potencial antineoplásico evidenciando bons resultados (MELO
et al., 2010; GEORGE et al., 2012).
Ao avaliar os extratos de folhas de cipreste, Cupressus sempervirens, foi
identificada a presença de fenólicos e flavonoides por triagem fitoquímica, resultados
complementados ao revisar a literatura, em que para esta espécie já foram isolados
e identificados alguns fenólicos simples (ácido cafeico e cumarínico) e flavonoides,
de duas classes flavonóis (rutina, quercetina) e flavonas (cupressuflavona e
amentoflavona) (IBRAHIM, EL-SEEDI & MOHAMMED, 2007). Quanto às
propriedades biológicas, já foram evidenciados potenciais antioxidante, anticâncer,
antimicrobiano e hepatoprotetora (ALI, ATIA & IBRAHIM, 2012; MOTHANA, et al.,
2012), resultados que corroboram os obtidos no presente trabalho quanto À
atividade antioxidante, quantificação e identificação de compostos fenólicos.
Segundo Negri, Possamai & Nakashima (2012), as partes aéreas da
espinheira santa (Maytenus ilicifolia) apresentaram polifenóis, sendo esses
responsáveis pelo potencial antioxidante desta espécie, por sequestrar radicais
livres, minimizando os efeitos do estresse oxidativo, resultados que também
corroboram com os obtidos na triagem fitoquímica.

CONCLUSÃO

Os resultados obtidos nesse trabalho demonstram que ocorre uma ampla


variação da composição química das espécies estudadas, evidenciada pelos
diferentes resultados na triagem fitoquímica e determinação da concentração de
fenólicos. Assim, o uso popular para o tratamento de diversos tipos de neoplasias
poderia ser justificado por diferentes composições.
Levando em consideração a composição química dessas espécies, foi
possível identificar a presença de fenólicos, da classe dos flavonoides, que
certamente apresentarão atividade antioxidante.

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