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CHAPECÓ/SC, 2019
FACULDADE EMPRESARIAL DE CHAPECÓ - FAEM
CURSO Engenharia Civil
PERÍODO 9º
DISCIPLINA Estágio Supervisionado II
COORDENADOR DE CURSO Prof. Ailson Odair Barbisan
PROFESSORES DO ESTÁGIO II Prof. Juliana Eliza Benetti e Maico F. Wilges
Carneiro
CHAPECÓ/SC, 2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...............................................................................................................4
1.1 QUESTÃO PROBLEMA................................................................................................5
1.2 OBJETIVOS....................................................................................................................5
1.2.1 Objetivo Geral............................................................................................................5
1.2.2 Objetivos Específicos..................................................................................................6
1.3 JUSTIFICATIVA.............................................................................................................6
2 REVISÃO TEÓRICA....................................................................................................7
2.1 CONCRETO....................................................................................................................8
2.1.1 Concreto armado........................................................................................................9
2.1.2 Concreto protendido................................................................................................10
2.2 MATÉRIAS DO CONCRETO......................................................................................11
2.2.1 Aglomerante (cimento).............................................................................................11
2.3 AGREGADOS...............................................................................................................16
2.4 RELAÇÃO AGUA/CIMENTO.....................................................................................17
2.5 ADITIVOS.....................................................................................................................18
2.6 PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO............................................................19
2.6.1 Trabalhabilidade......................................................................................................19
2.6.2 Coesão e Segregação.................................................................................................20
2.6.3 Exudação...................................................................................................................21
2.7 HIDRATAÇÃO..............................................................................................................21
2.7.1 Calor de hidratação..................................................................................................21
2.7.2 Fatores que interferem no calor de hidratação...........................................................21
1 INTRODUÇÃO
1.2 OBJETIVOS
Neste momento do estudo serão apresentados os objetivos geral e específicos que irão
direcionar a pesquisa até a formulação do resultado final.
a) Crias 3 moldes para cada tipo de cimento utilizado (CP II, CP IV, CP V(ARI);
b) Comparar a influência de 3 métodos de cura sendo eles:( cura negligenciada;
c) Cura parcial “Aspersão descontinua de água”, Submerso em água);
d) Analisar realizando um comparativo entre as fissuras dos corpos de provas.
1.3 JUSTIFICATIVA
Segundo Vaz e Silva, a etapa da cura tem determinação direta com as propriedades de
resistência mecânica e durabilidade, podendo afirmar que é um procedimento é um
qualificador direto de desempenho de uma estrutura, evitando principalmente problemas
estruturais ligados a retração do concreto. O procedimento de cura não é algo padronizado e
variam de acordo com o ambiente, forma do elemento e o material e dosagem utilizados. Vaz
e Silva ainda ressaltam que cerca de 30% das obras não sabem informar ou não utilizaram
procedimento técnico na cura, 60% não fazem diferenciação nos processos de cura.
Estes dados trazem a tona a falta de preocupação com os procedimentos realizados na
hora da cura do concreto, que podem evitar diversos problemas. Os procedimentos de cura
são essenciais para qualquer obra, tanto de pequeno a grande porte e são essenciais para que o
concreto tenha um bom desempenho e vida útil.
Tenho como intuito mostrar as diferenças na performance do concreto quando
submetido a diferentes tipos de cura e também mostrar a diferença que existe na hora da
escolha de cada material e traço do concreto utilizado.
.
2 REVISÃO TEÓRICA
De acordo com Okamura apud Lisboa (2004) existe a necessidade de criar estruturas
duráveis e de confiança vem sendo uma necessidade no Japão, tendo que o pais sobre de
diversas experiencias de problemas de durabilidade nas construções devido ao tempo e
número reduzido de trabalhadores.
2.1 CONCRETO
O concreto é composto por água, agregado graúdo, agregado miúdo, e pode conter
adição de materiais como cinza pozolanas, sílica entre outros. Os aditivos adicionados tem são
adicionados com o intuito de melhorar o desempenho ou a finalidade das propriedades do
concreto.
O concreto utilizado de maneira estrutural é denominado como concreto estrutural, o
concreto estrutural se divide em outros três grupos: concreto simples sem armaduras, concreto
armado, no qual são adicionadas barras de aço e concreto protendido no qual a armadura
presente do concreto é pré-tracionada. Atualmente o concreto armado ainda é o mais utilizado,
principalmente em construções prediais que é utilizado na construção das vigas, lajes,
fundações, pilares, garantindo um bom desempenho para toda a estrutura.(COUTO et al,
2013).
Existem diversas variantes que influencia sobre a qualidade do concreto, tais como a
relação água/cimento, a composição química do cimento, o tempo de hidratação,
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O concreto é um material que apresenta altas resistência a compressão, pois seu bom
desempenho não é o mesmo quando falamos de tração, que é cerca de 10% de sua resistência
a compressão. O concreto armado tem intuído de vencer esses esforços de tração, e ele tem
essa denominação devido a inclusão de barras de aço então o concreto absorve os esforços de
compressão e o aço atua nos esforços de tração. No entanto também existe a necessidade de
aderência do aço ao concreto, que é imprescindível existir, pois para a existência do concreto
armado é necessário a colaboração dos dois materiais trabalhando de forma conjunta.
( BASTOS, 2006)
Mesquita Filho , (2008, p 8) cita as vantagens do concreto armado, sendo elas:
De Carvalho e Figueiredo (2010, apud CIOLA, 2012), o concreto vem sendo material
tão utilizado devido a sua facilidade de ser moldada e também por conseguir resistir aos
esforços solicitados com eficiência e segurança
maior produtor mundial, também é o pais que apresenta os melhores índices de crescimento, e
de consumo deste material. (ANDRADE, CUNHA, VIEIRA, S.A).
Com os dados do Sindicato Nacional da Industria do Cimento (Snic) é possível
verificar a produção e redução da produção de cimento a partir do ano de 2015 no cimento no
brasil conforme Figura 1:
Materiais Utilidade
Calcário O calcário é constituído basicamente de carbonato de cálcio (CaCO3), mas se
apresenta na natureza acompanhado de diversas impurezas como óxidos de ferro,
alumínio e silício, que são benéficos, e outros como o óxido de magnésio, sódio e
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potássio que são na maioria das vezes indesejáveis. A cal, que é a parte que
realmente interessa na fabricação do cimento, encerra apenas 56% do total da
matéria bruta, o que nos diz que de cada tonelada de calcário só se aproveitam 560
kg.
Argila A argila usada na fabricação do cimento é essencialmente composta de silicatos de
alumínio hidratados, óxidos de ferro, alumínio e silício, essenciais para fabricação
do cimento
Minério de São aditivos usados para suprir as deficiências da argila frente a alguns de seus
Ferro e componentes que se mostram insuficientes ao processo.
Areia
Gesso O gesso é usado no cimento para regular o tempo de pega, ou seja, mantê-lo
trabalhável por mais tempo e isto funciona na medida em que este forma uma
espécie de película ou membrana que envolve as partículas do cimento, retardando
seu endurecimento. É um produto de adição final do processo. O gesso está presente
em todos os tipos de cimentos portland: CPI; CPI-S; CPII-E; CPII-Z; CPII-F; CP
III; CP IV e CP V-ARI.
construção civil são: Cimento Portland Comum, Cimento Portland Composto, Cimento
Portland de alto-forno e cimento Portland pozolonico (ASSOSIAÇÃO BRASILEIRA DE
CIMENTO PORLAND (ABCP), 2008).
Os cimentos são classificados e divididos de acordo com sua função, sendo assim
apresentam grande diferença em seu resultado final, dependendo de seu objetivo, porém
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mesmo com essa grande diferença, sua composição química é quase a mesma em todos os
tipos de cimento ( NEVILLE, 1997).
Quando se pensa em um concreto com bom desempenho, a primeira escolha é o tipo
de cimento a ser utilizado. Cada cimento possui variações químicas e reológicas que
influenciam na mistura do concreto. Assim existem diversas variações que podem ser
observadas de acordo com o material escolhido.
A empresa Cimentos Itambé disponibiliza em seu website, por meio de uma
plataforma interativa, qual o tipo mais indicado de cada cimento para cada tipo de uso.
Conforme mostrado na Figura 3.
2.3 AGREGADOS
Oque dita a residência do concreto é sua relação entre agua/cimento, quanto menor a
quantidade de agua da mistura maior a resistência do concreto, porem o baixo consumo de
agua afeta diretamente as propriedades do concreto no estado fresco, principalmente sua
trabalhabilidade.(COUTO et al, 2013).
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A água usado para o amassamento dever ser pura, ela não pode conter impuresas que
possam prejudicar as reações dos compostos do cimento. Existem uma pequena tolerância de
impurezas que podem ser toleradas, e elas não podem ser aparentes (PETRUCCI, 1998).
2.5 ADITIVOS
.
Os estudos no concreto vêm se desenvolvendo cada vez mais, e um dos que mais
cresce é o uso de aditivos, ele tem o intuído de modificar uma ou mais característica do
concreto e argamassa, e começaram a ser utilizados até mesmo antes do cimento Portland. O
objetivo dos aditivos sempre foi adequar as características da mistura.
De acordo com Neville (1997, p. 251):
“Um aditivo pode ser definido como um produto químico que exceto em casos
especiais, é adicionado à mistura de concreto em teores não maiores do que 5% em
relação à massa de cimento durante a mistura ou durante uma mistura complementar
antes do lançamento do concreto, com a finalidade de se obterem modificações
específicas, ou modificações das propriedades normais do cimento.”
2.6.1 Trabalhabilidade
A dosagem do concreto não aposta serve apenas para chegar em uma resistência
esperada, mas sim em chegar ao concreto mais propicio para cada obra, levando em conta não
somente seu lado econômico, mas também seus aspectos no estado endurecido e fresco, o que
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traz um lado conflitante que nem sempre a maior economia é o melhor para a obra, também
devem ser levados em cona a trabalhabilidade e durabilidade na hora de sua dosagem
(RAZERA, 2012).
Duran e Fracaro complementam ainda que não existem ensaios específicos para medir
a coesão do concreto, o único método existente é o de visualização, o que torna
imprescindível sempre visualizar as características do concreto antes de utiliza-lo.
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A segregação é a separação dos componentes do concreto de tal forma que ele não
possua mais homogeneidade, os grãos maiores do agregado tendem a se separar da mistura, as
principais causas disso são o concreto mal dimensionado ou vibração de excessiva (METHA
& MONTEIRO, 1994).
2.6.3 Exudação
2.7 HIDRATAÇÃO
Nosso concreto é uma mistura de diversos agregados, mas seu principal agregado é o
aglomerante, sua mistura com a agua produz reações químicas, elas começam a acontecer
algumas horas depois da mistura. Uma destas reações é a hidratação, essa reação exotérmica
libera um calor que é influenciado por todos os agregados do concreto, mas também pelo seu
volume e outros fatores esternos, este calor pode ser dissipado na atmosfera ou absorvido pelo
concreto (ANDRADE, 1997)
A hidratação depende da finura do cimento, da relação agua e cimento, da sua
temperatura de cura de seus aditivos e seus minerais. A hidratação é iniciada na formação do
silicato de cálcio hidratado e do aluminato de cálcio hidratado. Os minerais com auto teor de
pozolana, são incorporados diretamente no cimento, tendo assim uma grande quantidade de
hidratos em sua base, estes hidratos ajudam a reduzir a porosidade no concreto a
permeabilidade assim aumentando sua durabilidade. No entanto se aditivos minerais com
baixa atividade são incorporados a massa do concreto ocorre menor eficiência de hidróxido de
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cálcio, que contribui para uma menor geração de hidratos (Gonçalves; Toledo Filho; Fairbairn
2006).
Figura 6 – Temperatura de hidratação
O conjunto de reações da hidratação do cimento passa por fazes não dependentes, que
variam de acordo com os matérias e suas reações, o desenvolvimento destas reações formas
partículas porosas que vão se complementando com água, e aumentando a resistência do
material. Estas reações de hidratação começam a gerar calor que influencia diretamente nas
respostas químicas de cada material, acelerando seu processo de endurecimento (FARIA,
2004)
De acordo com a NBR 7212/2012 a temperatura ambiente não pode ser menor que 5ºC
e a temperatura máxima não pode exeder seus 30ºC. Fora desta limitação de temperatura é
necessário tomar cuidados especiais para que o concreto não sofra fissurações pela
temperatura, e nem tenho seu desempenho comprometido.
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Cada vez mais a necessidade de grandes obras torna-se evidente devido ao aumento da
população, isto obriga a criação de edifícios mais altos obras mais robustas, grandes
quantidades de materiais. A produção de grandes volumes de concreto necessita de cuidados
especiais pois a temperatura interior do concreto não será dissipada em altas quantidades de
concreto, principalmente na execução de pontes barragens e outras obras que exigem volumes
e concretagens extremas (Carneiro, Gil, Neto; 2011).
Carneiro, Gil, Neto (2011) complementam, que é necessário tomar medidas
preventivas para evitar o grande aumento de temperatura do concreto quando se faz
concretagem em obras que exigem grandes volumes, um dos principais métodos é a
concretagem por camadas, ao criar diversas camadas para a concretagem o acúmulo de
energia causado pelas reações de hidratação do concreto são reduzidos, e também possuindo
menos volume a cima das camadas inferiores do concreto a troca de energia com a atmosfera
não será completamente destruída por um grande volume de concreto, assim reduzindo a
chance de possíveis patologias devido ao calor de hidratação.
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Existem diversos tipos de cimento, e de acordo com sua composição química seu calor
de hidratação pode ser maior ou menos de acordo com sua idade. O cimento branco tem uma
alta taxa de liberação nas primeiras idades por isso está mais sujeito a retração, a temperatura
pode chegar ao dobro em relação ao cimento CPII F 32 nas primeiras 12 horas, embora com o
passar do tempo suas temperaturas se estabilizem (GAMBALE 2008 apud Carneiro, Gil,
Neto; 2011)
Os cimentos tem basicamente 3 componentes químicos que variam em quantidade
para cada tipo de cimento, o silicato tricálcico que é responsável pelo calor gerando nas
primeiras idades, já o silicato dicálcico é responsável pela resistência em idades mais
avançadas e o aluminato tricálcico que libera muito calor nas primeiras horas, reagindo com a
água.
É possível verificar na Figura 9 a diferença de calor produzido por cada tipo de
cimento ao passar dos dias.
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Outro fator que influencia diretamente no calor produzido pela hidratação do concreto,
é o consumo de cimento utilizado no traço, portanto em obras que exigem concretos muito
específicos, de alto desempenho e auto adensáveis tendem a ficar suscetíveis a um auto
acumulo de energia gerando grandes quantidades de calor de hidratação, aumentando o risco
de problemas surgirem devido a estes fatores (GAMBALE, 2017)
3 METODOLOGIA
4 CRONOGRAMA
5 ORÇAMENTO
Tabela 1 - Orçamento
ITEM QUANTIDADE VALOR R$
Capa Aspiral 3 9,00
Capa Dura 2 50,00
Impressões 10 100,00
Combustível – Gasolina 81L 200,00
Materiais - pesquisa 1 250,00
TOTAL 609,00
Fonte: Elaborador pelo autor (2019)
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REFERENCIAS
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2019
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DESEMPENHO EM AMBIENTES COM BAIXAS TEMPERATURAS. Disponivel em :
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