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Sobre alinhamento com Deus

LEITURA E PRÁTICA DE ENSINAMENTOS

O fracasso também é importante

Meishu-Sama sempre dizia: “Quando digo para fazer algo, é para fazer imediatamente ” ou
“Basta que pratique fielmente o que digo. Isto é Ensinamento .”
Quando Lhe fazíamos um relatório dizendo: “Fracassei” – Ele nos respondia: “Está certo. O
fracasso também é uma das coisas importantes da vida.”
Naquela época, quando via alguém sendo advertido por Meishu-Sama, até sentia inveja.
Isto porque eu entendia, profundamente, que, por trás daquela censura, Meishu-Sama estava
ensinando com todo carinho.
Um Ministro

Não se deve interpretar os Ensinamentos de modo vago

Ouvi dizer que Meishu-Sama, quando escrevia os Ensinamentos, esmerava-se nisso e, em


alguns casos, revisava até mais de vinte vezes o mesmo texto. Portanto, é importante que
tenhamos sempre em mente que eles foram escritos com toda alma e estuda-los com esse mesmo
espírito.
Quando cometíamos alguma gafe, era comum sermos censurados por Meishu-Sama – isso
era uma constante, principalmente quanto aos dedicantes que serviam a seu lado. Nessas
ocasiões, Meishu-Sama sempre indagava: “Está lendo os Ensinamentos?” Se a pessoa respondia:
“Sim, estou lendo”, Ele perguntava: “Quantas vezes?” Se a pessoa estudava os Ensinamentos de
modo vago e respondia com palavras vacilantes: “É, uma ou duas vezes”, era severamente
admoestado: “Desse modo, você está em falta, por completo, quanto à leitura.”
Kantyo – (Presidente)

Por mais atarefados que estejam, leiam no mínimo trinta minutos por dia

Na época em que se dedicava próximo a Meishu-Sama e se cometia alguma falha, era


comum ouvir a indagação: “Está lendo os Ensinamentos?” Principalmente nos seus últimos anos,
por volta de 1954, Ele se tornou mais severo e mesmo que a falha fosse insignificante, chamava a
atenção: “Você está lendo os Ensinamentos?”
E por qualquer motivo, logo dizia: “Como a purificação está se tornando mais intensa, por
mais atarefados que estejam, leiam pelo menos trinta minutos por dia.”
Um Servidor

Usar a inteligência para receber os Ensinamentos

Há uma frase de Meishu-Sama que diz: “Compreenderemos os Ensinamentos de acordo


com o nosso nível espiritual .” Desde que o Ensinamento é a verdade absoluta ( A Verdade é o
Caminho e também a Lei de Deus), algo de profundidade infinita, só poderemos entende-lo de
acordo com o nosso grau de compreensão. É exatamente como a capacidade para apreciar obras
de arte. Por mais maravilhosa que seja a obra, sua beleza só pode ser captada de acordo com o
nível de compreensão da pessoa que a vê. Sobre este assunto, há um caso que até hoje vem à
minha mente com nitidez.
Era tarde da noite, quando fui ao HEKIUN-SO, Solar da Nuvem Esmeralda cumprimentar
Meishu-Sama. Depois que O cumprimentei, Meishu-Sama virou-se para trás e, olhando o quadro
pendurado na parede, perguntou-me: “O que acha disto ?”
Eu, que não entendia nada de pintura, sem saber o que dizer, apenas olhei para a obra e
respondi evasivamente. “Não entendo bem.” Aí, Meishu-Sama disse-me pilheriando: “É como diz o
ditado, „jogar pérolas a porcos‟, não ?”
Posteriormente, vim a saber que aquela era a obra-prima de Hayami Guiyoshi. Acredito que
algo análogo ocorre quando se trata de compreender os Ensinamentos de acordo com a
Inteligência de Percepção Verdadeira.
Creio que a isto se referem as suas palavras: “O segredo para elevar o nível da capacidade
de apreciar obras de arte é ver o maior número possível de obras de arte de primeira categoria .”
Kantyo – (Presidente)

Leia com o coração, avidamente

Por me faltar seriedade, um dia aconteceu o seguinte:


Por volta de 1948, na época em que a Sede Provisória era no bairro de Shimizu, em Atami,
procurei Meishu-Sama para tratar de alguns assuntos. Após conceder-me várias orientações,
Meishu-Sama me perguntou:
- Você está lendo o „Alicerce do Paraíso‟?
- Sim, estou lendo.
- Estranho, acho que você não está lendo .
Como eu lia com afinco, achei esquisito e retruquei:
- Li várias vezes.
Então, Ele me perguntou:
- Com que parte do corpo, você lê?
Ante uma pergunta tão estranha, pois só podia ser com os olhos, por um momento não
entendi o significado da pergunta e, sem jeito, respondi:
- Leio com os olhos.
- Então está lendo com isto – apontou o alto – não é?
- Sim, senhor.
- Assim não adianta. Você diz que está lendo, mas não vejo isso se manifestar na prática. Se
você não aplica o que lê, é como se não estivesse lendo. Portanto, não adianta ler só com a
cabeça. Leia com o coração, avidamente.
Kyokaityo – (Um Dirigente do Templo)

Ensinamento, Johrei e Dedicação

Sempre que acontecia algo, Meishu-Sama logo perguntava:


- Está lendo os Ensinamentos?
- Está ministrando Johrei?
- Está dedicando?
Desejo devotar-me à Fé, tendo estas palavras enraizadas fortemente no coração.
Kantyo – (Presidente)

As falhas também ocorrem por falta de leitura dos Ensinamentos

Como Meishu-Sama trabalhava sempre alerta, em união com Deus e estado de plenitude,
quando nós, os dedicantes, saíamos de sintonia por um mínimo que fosse, logo Ele nos chamava a
atenção.
Nesses momentos, o que Ele infalivelmente perguntava era sobre o curriculum da nossa Fé:
“Quantos anos faz que se tornou membro? Quem lhe outorgou o Ohikari? Já dedicou na difusão
da Fé?”
Caso fosse membro novo (de mais ou menos um ano de ingresso), perdoava-o, tomando
atitudes grosseiras. Mas quando a pessoa respondia: “Sou membro há cinco anos”, ou “já
dediquei na difusão da Fé”, advertia com adversidade: “Que tipo de Fé veio professando nestes
cinco anos?” E completava: “O que digo e faço está tudo escrito nos meus livros, portanto, se
vocês cometem erros, é porque estão em falta com a leitura. Leiam mais e mais.”
Meishu-Sama vivia sempre nessa atitude, nesse estado de união com Deus, portanto, nós
também, observado-O, procurávamos dedicar sintonizados Nele.
Um Servidor

Elevação da fé mediante leitura dos Ensinamentos

Quando Meishu-Sama concluía o texto de um Ensinamento, logo recorria a algum


expediente para testa-lo.
Quando concluiu o texto “O hábito de mentir”, Ele me perguntou: “ Você leu aquele
Ensinamento?”, e afirmou a seguir: “As pessoas da atualidade vivem mentindo e só se apercebem
disso quando são prensadas contra a parede.” Ao mesmo tempo que Ele me testava, também me
incentivava à leitura dos Ensinamentos.
Quando, cometíamos alguma falha, logo perguntava: “Você está lendo os Ensinamentos?”
Por mínima que fosse a falha, logo dizia: “Leia os Ensinamentos.” Realmente, quando faltávamos
com a leitura, o nosso sentimento se obscurecia e, evidentemente, cometíamos erros. Toda vez
que isso acontecia, Meishu-Sama, infalivelmente, indagava: “Você está ledo os Ensinamentos?
Quantas horas por dia?”
Um Servidor

Leia os Ensinamentos, mas também as publicações em geral

Convém lembrarmos que, impressionados, e porventura demasiadamente, com os


Ensinamentos, quase sempre reagíamos tendendo a depreciar as coisas relacionadas a épocas
passadas como algo pertencente à Era da Noite.
Ater-se, demasiadamente ao pé da letra, ao incentivo para ler repetidas vezes os Ensinamentos
era motivo para adquirir o pensamento restrito de que, ler os Ensinamentos j á bastava. E, então,
se passava a não mais apreciar outras leituras. Há pessoas que chegavam ao extremo e usavam
tal pensamento restrito como útil pretexto pra ocultar a própria indolência.
Todos surpreendiam-se com a vasta erudição e extraordinária memória de Meishu-Sama,
que sempre nos incitou a procurar ampliar nosso campo de conhecimento. Principalmente a sede
de aprender, Ele apreciava como “Virtude divina que o homem possui.” Ele próprio, nos seus
últimos anos de vida, mesmo no período mais atarefado, não só ouvia rádio, como lia mais de dez
jornais por dia, e livros sobre assuntos os mais diversos – arte, arquitetura e outros – com
inigualável entusiasmo.
Uma ocasião ocorreu o seguinte. Entre os dedicantes, havia um que vinha agindo
estranhamente. Então, indagado por Meishu-Sama se estava lendo os Ensinamentos, ele
respondeu:
- Sim, leio diariamente, repetidas vezes.
- E tem lido outros livros?
- Não, não tendo lido muito.
Então, Meishu-Sama disse-lhe: “Já sabia! Mas não deve ser assim. Você deve ler, em primeiro
lugar, os livros em geral a, em segundo, os Ensinamentos?
Kantyo – (Presidente)

Não deve ouvir com leviandade as minhas palavras

Quando tive permissão de dedicar junto a Meishu-Sama, a princípio ouvia todas as Suas
palavras com seriedade e dedicava seguindo-as à risca. Mas, infelizmente, com o passar do
tempo, à medida que ia me acostumando, havia momentos em que, inadvertidamente, deixava de
ouvi-Lo com atenção. Numa dessas ocasiões, Meishu-Sama me disse: “Por mais triviais que
possam parecer minhas palavras, não deve ouvir o que eu digo com leviandade. É só ouvir e
obedecer. Segundo fielmente o que digo, mesmo que os outros o ofendam ou odeiam, não deve
ficar agressivo .”
Um Servidor

Ao invés de praticar com ímpeto, praticar com obediência

Dedicando junto a Meishu-Sama, quando cometíamos algum erro, éramos logo advertidos
severamente. Certo dia, quando Lhe disse: “Sinto muito, de agora em diante farei tudo com maior
ímpeto” – Ele me respondeu: “Essa impetuosidade é que é o problema. Deve fazer tudo
normalmente. Basta que obedeça ao que digo .”
Um Servidor

A Fé não enraizada não é verdadeira

Certa vez Meishu-Sama nos disse: “Em vez de orar e fazer preces com afinco, fico mais feliz
se praticarem pelo menos a metade do que digo ”, e recebíamos sempre o seguinte Ensinamento:
“A fé deve ser bem enraizada, ou seja, devemos enraíza-la em nós, a ponto dela aflorar
naturalmente, senão não é verdadeira. ”
Um Servidor

Praticando de acordo com as palavras de Meishu-Sama,


dobrou o número de Frequentadores

Uma vez fui severamente repreendido por Meishu-Sama, numa entrevista coletiva que
tivemos no KANZAN-TEI, Solar da Contemplação da Montanha.
Isto porque, quando o preço de tratamento (gratidão pelo Johrei) era de 1 iene, Meishu-
Sama disse para passarmos a cobrar 2 ienes e eu não o fiz. Acontece que a minha Difusão
localizava-se no interior, e pensei que, se elevasse o preço, as pessoas poderiam imaginar que a
nossa religião era interesseira. Assim, continuei cobrando apenas 1 iene.
Após uns três meses, num dia em que os participantes da entrevista eram poucos, Meishu-
Sama, repentinamente, virou-se para mim e disse: “Há um erro nos seus cálculos!” Na época,
apresentávamos, mensalmente, um relatório de Johrei a Meishu-Sama, mas, como não podia
relatar mentiras, calculei tudo na base de 1 iene. Fui, então, advertido por Ele. Pensei comigo:
“Fui descoberto”, e fiquei cabisbaixo. Então, Ele me disse: “Se 30 pessoas receberam Johrei e
constam aqui 30 ienes, dá 1 iene por pessoa. Não lhe disse para passar a cobrar 2 ienes? Deve
fazer como lhe disse. Assim, você está menosprezando Deus .” E acrescentou: “Pode elevar o
preço. Quanto mais caro, mais sara. Como você ainda não entendeu isso, está agindo de acordo
com a sua convicção, mas, doravante, tome cuidado .”
Assim, logo em seguida me corrigi, mas continuei pensando se não iria diminuir a
frequência. Entretanto, pensando bem, como eram palavras de Meishu-Sama, manifestante de
inigualável força, decidi agir obedientemente e já, a partir do dia seguinte, passei a cobrar 2 ienes.
O que eu pensava estava totalmente fora de propósito, pois, agindo conforme Sua
orientação, dobrou a freqüência, e os milagres também ornaram-se constantes, deixando-me
surpreso quanto a diferença entre a inteligência divina e a humana.
Um Ministro
As palavras de Meishu-Sama são absolutas

Quando fui pela segunda vez à entrevista coletiva, Meishu-Sama disse-me: “Você deve ir
para Quioto.” Assustado, pensei: “Por que devo ir para Quioto? Que inconveniência há de eu ficar
em Ashiya? Não vejo necessidade de ir para Quioto.” Mas, como Meishu-Sama me havia dito:
“Procure uma casa em Quioto ”, mesmo sem entender o porquê, como na época minha irmã
residia lá, pedi a ela que procurasse uma casa para mim. Minha irmã também parece ter achado
estranho, mas, sem mais delongas, encontrou várias casas. Assim, foi uma ou duas vezes para vê-
las, mas, como na época ainda não entendia que as palavras de Meishu-Sama eram absolutas,
dizia comigo: - Não gostei desta -, e deixava o tempo correr.
Nesse ínterim, por três ou quatro vezes, Meishu-Sama perguntou-me: “Achou a casa? Não
vai se mudar?” Porém, infelizmente, continuei menosprezando as suas palavras. Nisso, ocorreu
uma das devastações de guerra e, como conseqüência, tive de mudar, forçosamente para Quioto.
Relembrando, vejo que, se na ocasião tivesse aceito, obedientemente, as palavras de Meishu -
Sama, e de imediato tivesse procurado uma casa e me mudado, não teria sofrido com os danos da
guerra. Seja como for, eu era um tolo, que não entendia que as palavras de Meishu -Sama eram
absolutas.
Kyokaiyo – (Um Dirigente do Templo)

O que me causa maior incômodo é a falta de obediência

Meishu-Sama dizia freqüentemente: “Uma pessoa de memória fraca é fácil de curar, mas as
que não são obedientes é que me causam maior incômodo. Por exemplo, na construção há
pessoas que não fazem conforme instruo. Então, ordeno que refaçam e elas fazem justamente o
contrário. Fazem e refazem diversas vezes. É realmente um jogo de paciência. Dependendo do
caso, desisto e deixo assim mesmo .”
Um Servidor

Fazer cerimônia também pode causar máculas

Aconteceu após uma entrevista coletiva. Logo depois de uma aula de iniciação, meishu-
Sama convidou-me para fazer uma refeição com Ele. Como de costume geral, recusei,
agradecendo. Aí, Ele me advertiu: “Se estou convidando, não é para manter as aparências,
portanto, deve aceitar obedientemente. Fazer cerimônia significa estar recusando mérito divino.”
Um Ministro

Faça obedientemente conforme lhe foi dito

Certo dia, no HOZAN-SO, Solar da Montanha Preciosa, Meishu-Sama ordenou ao jardineiro:


“Pode essa árvore.” Entretanto, sendo um profissional, ele não conseguiu podar com entusiasmo,
conforme a instrução que recebera.
Aí, Meishu-Sama virou-se para um dedicante e disse: “Pode você.” Este, como não era
jardineiro, podou-a imediatamente, tal como lhe foi dito. meishu-Sama, vendo-o, disse: “Você é
ótimo, pois age com obediência.”
Também entre as ervas do jardim havia as que podiam ser arrancadas e outras que não.
meishu-Sama ficava mal-humorado quando alguém, se mostrando muito prestativo, arrancava
todas. Tudo deveria ser feito conforme a ordem de Meishu-Sama.
Um Servidor
Antes de poder agir de acordo com os Ensinamentos é necessário purificar

Meishu-Sama dizia: “O mais fácil é fazer as coisas na medida exata. Andar no meio do
caminho é o mais fácil .” Entretanto, para nós, resultava ser o mais difícil. Após longa reflexão,
concluí que, aprimorando e purificando pouco a pouco, o nosso egoísmo iria diminuindo e quanto
ao restante, Deus ajudar-nos-ia. Conseqüentemente, seríamos elevados a um ponto que nos
permitiria andar, com facilidade, no meio da pista. Um dia, referi-me a esse assunto com Meishu-
Sama: “Quando purificamos até certo ponto, Deus concede-nos a Sua graça e as coisas começam
a correr bem, não seria assim?” Ele me respondeu: “Sim, é isso mesmo .” Então cheguei à
conclusão de que, para podermos agir conforme a orientação de Meishu-Sama, teríamos que ser
purificados antes.
Um servidor

Só pensar não resolve

Aconteceu na ocasião em que dedicava no Museu de Arte de Hakone. Aproximava-se um


furacão. Meishu-Sama perguntou: “Ainda não há notícias do furacão ?” Aí o senhor “T” respondeu:
“Estava justamente pensando em Lhe comunicar, neste momento.” Meishu-Sama riu e disse:
“Pensar, apenas, não resolve. Estou pensando em Lhe dar um anel; portanto, agradeça-me.”
Um Servidor do Museu de Arte

ORAÇÃO, CULTO E PENSAMENTO

Caminho longo, porém o melhor, segundo a percepção de Meishu-Sama

Se não me engano, nos dias 15 e 16 de setembro de 1948, a linha ferroviária entre


Utsunomiya e Tóquio encontrava-se totalmente destruída e intransitável, por causa de um violento
tufão.
Como queria, de qualquer modo, entrevistar-me com Meishu-Sama, procurei uma agência
de turismo que, naturalmente, nada pôde fazer. Disseram-me, entretanto, que indo pelo outro
caminho, que dá uma grande volta pelo Estado de Niigata, poderia chegar a Tóquio, então
comprei a passagem. Entretanto, não sentia vontade de pegar o trem que ia para aquele lado.
Depois de ter deixado passar uns dois, peguei o trem para a cidade de Oyama, com o
pensamento: “Seja o que Deus quiser.”
Fiz baldeação em Oyama, fui para Sano, e daí, finalmente, para Tatebayashi, mas de lá não
podia prosseguir. Quando pensava no que fazer, soube que ia sair um trem cheio de materiais
para restauração, com destino a cidade de Kamatani. Após pedir muito, encarecidamente,
consegui toma-lo e me dirigi àquela cidade. Dali para frente, tudo correu bem e consegui chegar a
Tóquio para participar do Culto em Hakone.
Na hora da entrevista, Meishu-Sama, vendo-me sentado nos fundos, perguntou-me
espantado: “Como é que você veio ?” Essas palavras eram por demais gratificantes para uma
pessoa comum como eu. Emocionado, relatei em detalhes a minha viagem. Em seguida, Ele me
indagou: “Como vai voltar?” Nada sabendo do andamento do trabalho de restauração da linha
nordeste, vacilei e respondi indecisamente: “Voltarei pelo mesmo caminho que vim.” Então,
Meishu-Sama aprovou com palavras seguras: “Sim, assim é melhor.”
Na volta, quando cheguei na estação de Ueno, fiquei momentaneamente indeciso, pois
parecia que o trânsito de volta estava se normalizando pouco a pouco, mas decidi voltar dando
voltas, como havia falado a Meishu-Sama.
Mas tarde, soube que, conforme assegurou Meishu-Sama, seguindo aquele caminho,
consegui voltar mais rápido para casa.
Até hoje, lembro-me da profunda emoção que senti naquela ocasião.
Kyokaityo – (Um Dirigente do Templo)
Os disparates cometidos eram reflexo do pensamento errado

Meishu-Sama, normalmente, na vida diária, ao chegar às duas da madrugada, mesmo que


estivesse no meio do ditado de Ensinamentos, dizia: “ Por hoje, vamos encerrar aqui ” e ia deitar-
se. Entretanto, um dia em que estivera purificando desde a manhã, eu pensei: “Será que a
dedicação de hoje não termina mais cedo?” Junto nessa noite, mesmo passando das duas da
madrugada, Meishu-Sama não parava de ditar. Como Ele olhava o relógio de vez em quando, eu
supunha que sabia da hora avançada e pensava: “Para Meishu-Sama, que é tão rigoroso com o
horário, é algo estranho.”
Quando olhou o relógio pela terceira ou quarta vez, é que notou que o mesmo havia parado
depois de uma hora e perguntou: “Ah! O relógio está parado. Que horas são?” Respondi-Lhe:
“Quase três horas.” Ele exclamou: “Isso é grave !” e parou apressadamente. Em seguida,
preparando-se para ir dormir, foi verificar o “kotatu” (aquecedor com cobertor por cima) e o
braseiro (Meishu-Sama, Ele próprio, verificava se tudo estava em ordem), porém, virou o braseiro.
Quando acabou de ajeita-lo, derrubou o resto de refrigerante que tinha deixado de tomar. Então,
me perguntou: “É estranho ficar até tão tarde e cometer tantos descuidos. Não há nada fora do
normal que você tenha notado?” Sem conseguir me lembrar, disse-Lhe: “Não há nada de especial
que me lembre.” Então, Meishu-Sama disse-me com certa severidade: “Não é possível. Com
certeza deve haver algo .” Colocando a mão no peito, refleti bem, e conscientizei-me do erro do
meu pensamento anterior.
Aí, de imediato, pedi perdão, explicando o que tinha acontecido. Então, Meishu-Sama disse-
me: “É isso. Querer que uma tarefa muito importante termine logo é um absurdo! Se está
purificando por que não pede Johrei? Mesmo que não pedisse, o certo seria rogar a Deus que
fizesse tudo correr bem até o fim. Agindo assim, a purificação passaria rapidamente?” E me
orientou até por volta de quatro horas.
Um Servidor

Interferência na Obra Divina atra vés do pensamento

Recebemos de Meishu-Sama o Ensinamento: “O pensamento do homem está ligado


diretamente a Deus.” Tive algumas experiências próprias que me levaram a crer que Meishu-Sama
lia, totalmente, o nosso pensamento.
Numa ocasião em que Ele escrevia, eu o auxiliava, pensando a respeito do dinheiro de
agradecimento e, de repente, Meishu-Sama falou algo a respeito de dinheiro,. Isso me deixou
espantadíssimo e logo pedi desculpas a Ele, em pensamento.
Do mesmo modo, quando errávamos e pedíamos desculpas humildemente, de todo o
coração, Ele logo nos perdoava. Mas, caso procurássemos isentar-nos da culpa, transferindo-a
para outros, por mínimos que fossem tais pensamentos, Meishu-Sama realmente descobria tudo,
com perspicácia.No final, sem ter como evitar, pedíamos perdão por haver transferido a
responsabilidade e também pela nossa negligência. Refletindo sobre o quanto os nossos atos, as
nossas palavras, e também, naturalmente, os nossos pensamentos podem criar obstáculos à O bra
Divina, não conseguia encontrar, sequer, palavras para pedir-Lhe perdão.
Um Servidor

O pensamento pode mudar até mesmo o sabor

Desde que ouvi dizer que Meishu-Sama gostava de doce recheado de creme da doçaria
Tricolor, localizada no bairro de Guinza, em Tóquio, passei a comprar, sempre, produtos dessa
doçaria.
Um dia, tendo havido um contratempo em relação à pessoa que habitualmente fazia a
entrega, no seu lugar veio uma outra.
Soube mais tarde que, dando uma mordida no doce, Meishu-Sama disse: “Este doce tem
gosto diferente do de sempre.” Depois, verificando a causa, soube que a pessoa o entregara com
muito má vontade. Senti-me admirado, ao saber que Meishu-Sama percebera, logo, o tipo de
pensamento da tal pessoa.
Kyokaityo – (Um Dirigente do Templo)

A questão é o pensamento de quem fabrica

Como sou marceneiro, Meishu-Sama, freqüentemente, me fazia algumas encomendas.


Concluídas e entregues, alguma delas Meishu-Sama não utilizava.
Posteriormente, fabricando o mesmo objeto, após entrega-Lo, via que, desta vez, Ele usava
com alegria.
Isso era uma questão do sentimento que movia quem se encarregava do trabalho,
sentimento este que Meishu-Sama captava de imediato.
Um Servidor

SINCERIDADE E DEDICAÇÃO

A fé só é autêntica quando seguida pela prática sincera do amor ao próximo

Um dia, Meishu-Sama disse com relação a determinado assunto: “Inúmeros demônios estão
atentos pra causar-me incômodo, e também atrapalhar o meu serviço, mas, como nenhum deles
pode chegar perto de mim, tentam conseguir isso encostando-se naqueles que me estão
próximos.”
Assim sendo, em virtude da pequenez da nossa fé, muitas vezes nos tornamos prisioneiros
do demônio, causando incômodo e problema a Meishu-Sama e, além disso, atrapalhamos também
a Obra Divina. Portanto, por mais insignificante que possa parecer uma questão, o seu real
significado é de grande importância.
Meishu-Sama ensinou-me: “Quando a sua fé se elevar e houver a verdadeira intenção de
defender o meu trabalho – a Obra Divina – mesmo sacrificando a sua própria vida, não haverá
oportunidade para o demônio encostar .” Disse também: “A fé é ação; portanto, se não consegue
pô-la em prática, de nada adianta. Tal fé é infantil.”
Um Servidor

Aqueles que são sinceros são felizes

O fato a seguir aconteceu em 1947 ou 1948, quando tivemos uma entrevista coletiva com
Meishu-Sama no TOZAN-SO, Solar da Montanha do Leste. Havia uma boneca em cima do armário
da sala, Meishu-Sama, observando-a, disse: “Não sei quem fez aquele boneca, mas, o certo é que
foi feita por alguém com todo o coração. Só de ver a costura de sua meia, de ponta a ponta, vejo
que está impregnada de amor. Quem fez essa boneca, sem dúvida, vive feliz.”
Naquele momento, senti-me contatar com uma parte do espírito de Meishu-Sama que
deseja sempre a felicidade das pessoas.
Kyokaityo – (Um Dirigente do Templo)

Podem enganar os olhos humanos, mas os de Deus ...


O fato a seguir ocorreu em 1948, em Atami, na época da Sede Provisória do bairro de
Shimizu.
Naquela época, Meishu-Sama começava as suas atividades escriturais todas as noites, a
partir das 18:45 hs. Eu e mais duas pessoas auxiliávamos, limpando primeiramente a sala e
preparando todos os materiais necessários, para depois recebe-Lo. Uma noite, porém, os dois que
dedicavam comigo, brincando com a vassoura, acabaram trincando o lustre. Na época, aquele que
quebrasse um prato que fosse, devia apresentar-se a Meishu-Sama, de imediato, e pedir-Lhe
perdão. Quando procedíamos assim, Meishu-Sama perdoava, dizendo simplesmente: “Se foi por
descuido, não há como remediar. De agora em diante, preste mais atenção.” Entretanto, justo
nesse dia, Meishu-Sama não estava bem humorado; assim, os dois, pensando que se fossem se
desculpar naquele momento seriam severamente advertidos, e como ainda havia tempo suficiente
para o início do serviço, foram à loja de lustres, compraram um igual e fizeram a substituição.
Assim, nem foram pedir desculpas. A seguir, recebemos Meishu-Sama como se nada tivesse
acontecido. Apesar de não ter sido eu o autor da ocorrência, no íntimo, senti remorsos, mas fiquei
quieto.
Como de costume, Meishu-Sama iniciou logo o serviço, ouvindo o seu rádio. Porém,
durante o trabalho, inadvertidamente pôs a sua mão sobre o tapete e sentiu um caco de vidro.
Então, indagou: “Aconteceu algo aqui, não foi ?” Os dois trocaram olhares e devem ter pensado,
interiormente, que tinham sido descobertos. mas, fingindo não saberem de nada, procuraram
disfarçar. A seguir, Meishu-Sama solicitou que se chamasse a pessoa que havia limpado aquela
sala anteriormente. Então, chamaram a dedicante. Ela, que não tinha conhecimento de nada,
mesmo sem entender, desculpou-se. Então, todas as dedicantes foram chamadas, uma a uma,
mas não apareceu o culpado. Meishu-Sama disse: “Isso não é possível ”, e fez um interrogatório
severo. Logo a seguir, sem conseguirem se conter, os dois começaram a chorar: “Desculpe-nos.
Na realidade, aconteceu isto, assim, assim ...” Aí, Meishu-Sama ficou muito zangado e chamou sua
atenção com todo rigor: “Pode parecer algo muito insignificante, mas não é atitude própria de um
membro! Por mais que burlem é visão do homem. não conseguem enganar os olhos de Deus”, e
os dois receberam uma semana de punição.
Eu estava perto, ouvindo atentamente os dois serem repreendidos, mas, finda a
advertência, Meishu-Sama virou-se para mim e disse: “Você sabia disso, não é? Saber de fato e
silenciar é erro mais grave do que a dos próprios autores .” Assim, recebi uma advertência duas
vezes maior que a dos dois. Abaixando a cabeça, pedi perdão diversas vezes, mas não obtive.
“Quantos anos faz que você ingressou na Fé? Se os dois queriam esconder o que fizeram, a
verdadeira atitude sua não seria faze-los reconsiderar? Mais que isso, um verdadeiro membro
seria aquele que viria se desculpar no lugar dos dois. Em vez disso, tornou-se cúmplice deles. Não
se sente culpado perante Deus? Para uma pessoa assim, não posso confiar importantes serviços
de Deus.” E, no meu caso, não foi só uma semana de punição, mas fui impedido de entrar no
aposento, a não ser nas horas de refeição e para dormir, um mês inteiro. Fazia, então, a limpeza
dos jardins, diariamente.
Pouco tempo após aquele incidente, novamente um dos dedicantes cometeu uma
imprudência. Desta vez, avariou uma valiosa obra de arte. Mas essa pessoa foi, imediatamente,
pedir perdão a Meishu-Sama. Disseram-me que, então, Ele usou de benevolência, dizendo: “O que
quebrou não tem como remediar. Tome mais cuidado de agora em diante.” Senti-me
impressionado ao saber que Meishu-Sama era capaz de perdoar, com facilidade, a perda de uma
obra de arte de alto valor; por outro lado, no caso do lustre, que se não me engano custava
apenas 40 ienes, não nos perdoou. Assim, em relação àquilo com que não estava de acordo, isto
é, a mentira, Meishu-Sama advertia severamente.
Um Servidor

SERVIR E DIFUSÃO

Todas as dedicações são igualmente importantes


O fato seguinte aconteceu na época de Tamagawa (Tóquio), quando as autoridades
levantaram a proibição dos tratamentos e Meishu-Sama iniciou-os novamente. As pessoas que o
serviam, como eu, estavam cheias de esperanças; era como se uma longa noite de padecimentos
tivesse terminando. Quanto a mim, estava ansioso para poder, finalmente, salvar muitas pessoas,
na qualidade de ajudante de terapia, desejo esse de longo tempo. Esperei, com tanta ansiedade
por aquele momento e estava tão entusiasmado! Mas foi uma decepção, quando Ele me disse:
“Você fica encarregado dos serviços de recepção .” Isto porque, trabalhar como recepcionista era
fácil demais para mim e nada animador. Queria tanto fazer algo mais ativo que, certo dia, pedi a
Meishu-Sama para me mudar de cargo. Então, Ele disse: “Não acha que o trabalho de recepção é
muito mais cômodo que o do tratamento? Ambos são, igualmente, serviços feitos para mim. Eu,
por exemplo, se necessário for, carrego até esterco. Mas, em compensação, mostrarei que sou o
melhor dos carregadores de esterco.”
Um Servidor

Na Obra Divina não cabe complexos de inferioridade

Sempre que era repreendido, sentia-me realmente imprestável. Perguntei então a Meishu-
Sama: “Será que essa minha burrice não irá melhorar pelo resto da vida?” e Ele respondeu: “ Nada
disso, não há razão para Deus encarregar uma pessoa de tanto trabalho, sabendo que ela não irá
melhorar pelo resto da vida.”
Um Servidor

Seja humilde mas não se humilhe

Certa vez, eu disse a Meishu-Sama: “Para uma pessoa como eu é uma honra ser utilizada
pelo senhor.” E Ele me respondeu: “Nunca mais volte a mencionar essa expressão: „uma pessoa
como eu‟. Quem está utilizando essa pessoa sou eu. E desmerecer quem estou utilizando significa
dizer que Deus está empregando alguém incapaz, não é?”
Acho que, com estas palavras, Ele queria dizer: Não deve se humilhar, embora deva
manter-se humilde.
Um Servidor

Servir com mais orgulho e amor

Quando Meishu-Sama residia em Tamagawa (Tóquio), eu fazia principalmente o serviço de


cozinha. mesmo sendo um verdadeiro amador em culinária, tudo o que preparava era com amor e
Meishu-Sama sempre comia de tudo, dizendo: “Está uma delícia!”
Certa vez, porém, entrei em purificação e perdi o paladar; distraidamente, pedi a outra
pessoa que me substituísse. Então, Meishu-Sama me chamou e me advertiu, dizendo: “O tempero
de hoje não está bom. Você prepara a comida todos os dias e ainda não aprendeu? Pode pensar
que cozinhar para mim não é nada importante, mas é importante sim! Se nos compararmos a um
navio, o seu serviço seria o de fundo do navio Só posso realizar meus grandes trabalhos quando
esses pequenos serviços são em feitos. Faça o ser serviço com mais orgulho e amor!”
Desde então, por mais penoso que fosse, preocupado, colocava o tempero com minhas
próprias mãos.
Um Servidor

Quem ganhou nova vida deve empenhar-se na causa de Deus

Em setembro de 950, eu havia ido fazer difusão no Estado de Toyama e sofri um derrame
cerebral. Mandei então um telegrama a Meishu-Sama, pedindo Sua proteção.
Depois que fiquei completamente restabelecido, solicitei uma audiência em Atami, para
agradecer-Lhe a graça recebida. Naquela ocasião, Meishu-Sama me disse: “Quando nossa vida é
salva por Deus, podemos viver por mais 30 anos .”
Naquele momento, interiormente, eu pensei: “Se cada vez que somos salvos recebermos 30
anos de vida, sendo salvos por duas vezes significa ganharmos 60 anos de vida. Como tenho 35
anos, se for salvo mais uma vez, posso viver tranqüilamente até os 95 anos ...”
Nisso, como que enxergando esse meu pensamento leviano, Meishu-Sama disse-me
categoricamente: “Entretanto, a vida recebida deve ser usada para a causa de Deus. Não deve ser
usada em favor de assuntos particulares.”
Kyokaityo – (Um Dirigente do Templo)

O espírito de difusão

No dia 1º de abril de 1941, recebi a qualificação sacerdotal da época e passei a me dedicar


exclusivamente à difusão. Naquela ocasião, fiz a seguinte pergunta a Meishu-Sama: “Com que
espírito devo realizar a difusão?”
Meishu-Sama me ensinou: “deve salvar as pessoas, esquecendo-se de comer e de dormir.
Entretanto, nuca se esqueça dos favores que lhe forem prestados; mas não faça alarde daquilo
que fizer para os outros. Não se esqueça, também, que sempre estarei trabalhando em conjunto
com você. Basta que (....) com esse espírito.”
Desde então, essas palavras tornaram-se a minha diretriz no trabalho de difusão.
Um Ministro

Compenetração no servir – esse é o aprimoramento celestial

Em 1950, por ocasião da perseguição religiosa, dediquei como plantonisTa no HEKIUN-SO,


Solar da Nuvem Esmeralda, por um certo período. Eu era o jovem intendente do Solar.
Nessa ocasião, falei a Meishu-Sama: “Nunca dediquei junto do senhor e ainda não tenho
essa experiência. Portanto, que preparação espiritual devo fazer a partir de agora?
Meishu-Sama, rindo em voz alta, me disse: “Aqui não há preparação espiritual. Isso é
necessário no inferno. Aqui é Paraíso, onde não há necessidade disso .” Essas palavras me
surpreenderam. Embora Meishu-Sama estivesse numa situação difícil, Ele conservava, sem
qualquer alteração, o seu comportamento normal, e as suas palavras: “Aqui é Par aíso”,
desfizeram, imediatamente, o meu nervosismo infundado, passando a me sentir como se estivesse
sobre as nuvens.
Com muito esforço, eu Lhe disse: “Tenho vontade de servir à Obra Divina e também de me
aprimorar”; então, Meishu-Sama me respondeu: “Isso é que não é bom! Basta que você se
dedique ao máximo, a cada momento, naquilo que for necessário. Não deve preocupar-se com
isso ou aquilo. Basta que fique ao meu lado e aja conforme as minhas ordens. ” Então, retruquei:
“desse modo, me parece que não haverá mais nenhum sofrimento. Está certo desse jeito?” E Ele
me respondeu: “É isso mesmo. A isso se diz aprimoramento paradisíaco.”
Kyokaityo – (Um Dirigente do Templo)

É bobagem fazer um serviço para mim?

Certa vez, Meishu-Sama disse-me que fosse à mina Hassokara, no Estado de Miyagui,
investigar uma determinada questão.
Chegando lá, procurei a empresa indicada, mas o responsável pelo setor estava ausente e
me informaram que só voltaria após uma semana.
Achei que era bobagem ficar à sua espera, durante uma semana, hospedado num hotel, e
por isso, pensando em voltar alguns dias depois, retornei a Tóquio.
Quando supus que já estava na hora de voltar à mina e me preparava para viajar, recebi
um telegrama de Meishu-Sama, que se encontrava em Atami, me chamando.
Chegando lá, Ele me perguntou: “Como ficou aquele caso ?”
- Fui até aquela empresa, mas o chefe do setor estava ausente e me disseram que só
voltaria depois de uma semana. Então, pensei que era bobagem ficar à sua espera por uma
semana, hospedado naquele lugar. Resolvi voltar, e depois ir para lá novamente.
- O quê? Repita o que disse! – falou Meishu-Sama com seriedade.
- Sim, senhor. O chefe do setor estava ausente, e ...
- Isso eu entendi; quero que repita o que falou depois.
Não sabendo o que responder, eu me calei. Então, Ele continuou:
- Você achou bobagem fazer um serviço para mim ?
- Não, achei bobagem ficar esperando ...
- Devia esperar quantos dias fosse necessário; você acharia com que se ocupar até realizar o
serviço que pedi – disse Meishu-Sama.
Fiquei sabendo, mais tarde, que o chefe do setor havia voltado, depois de dois ou três das
e não após uma semana, como me haviam dito. Se tivesse ficado por lá por mais dois ou três dias,
já teria dado conta do serviço.
Ele admoestou-me severamente, dizendo: “Você acha bobagem porque ouve as minhas
ordens com leviandade.”
Logo após esse acontecimento, uma outra pessoa que servia Meishu-Sama foi, a seu
serviço, até à empresa elétrica. Assim como acontecera comigo, a pessoa com quem deveria falar
estava ausente; então, voltando, comunicou a Meishu-Sama: “Como me disseram que não
regressaria por umas duas ou três horas, eu retornei” e Ele nada falou.
Pensei que ele também seria advertido com rigor como eu fora, mas Meishu-Sama ficou
calado.
Um Ministro

Partícula de Luz para a humanidade

Ingressei na Fé Messiânica, porque minha filha mais velha foi salva. Para agradecer -Lhe,
procurei Meishu-Sama, pela primeira vez, em sua casa, em Omori. No instante em que O vi,
curvei-me incontinenti. Desde então, durante uma semana, recebi aulas de iniciação, hospedado
em sua residência.
Tempos depois, fiquei agradecido quando Ele me disse estas palavras: “ Naquela ocasião, o
senhor até me causava medo.”
E de fato, foi com incrível seriedade, a ponto de não deixar Meishu-Sama dormir a noite
toda, que eu Lhe fizera uma infinidade de perguntas. E Ele, com muito boa vontade, ensinou -me
sobre diversas coisas.
Assim, quando a semana de aulas de iniciação terminou, eu não conseguia, de maneira
alguma, afastar-me de Meishu-Sama. Abandonei tudo e me entreguei unicamente à Causa Divina.
Meishu-Sama era, realmente, uma pessoa atraente.
O primeiro passo na Obra Divina é a distribuição de jornal da nossa Igreja. Meishu-Sama
disse-me: “O jornal é uma partícula de Luz, por isso, distribua-o com o pensamento de abranger
toda a humanidade.” Frente a essa Sua orientação, nós inclusive minha esposa, com uma criança
nas costas e outra no carrinho, chovesse água ou canivete, todos os dias, saíamos distribuindo os
jornais.
Um Ministro

Quem fica sem fazer nada, contrai máculas por ociosidade

Eu me tornei messiânica em julho de 1940, mas, a princípio, não ministrava muito Johr ei.
Isto porque eu não gostava de ter contato com doentes. Entretanto, o número de pessoas que
vinha receber Johrei aumentava a cada dia. Como vinha muita gente, certa vez, acabei parando
com a ministração de Johrei, usando a desculpa de não estar em casa e também deixei de usar o
Ohikari. Mesmo assim, ia quase que diariamente ao encontro de Meishu-Sama e ouvia assuntos
interessantes. Num desses dias, Ele nos explicou: “ Ficar sem fazer nada propicia acúmulo de
máculas por ociosidade.” Então, consultei-O se deveria fazer algum tipo de comércio e ouvi a
resposta: “Esse tipo de coisa não adianta.” E eu continuei a levar a vida da mesma forma.
Pouco tempo depois, minha filha mais velha, repentinamente disse-me: “Mamãe, se não me
fizer o tratamento, (Johrei) eu vou morrer!” e logo em seguida teve uma convulsão. Eu, afobada,
o mais que depressa, coloquei o Ohikari e lhe ministrei Johrei. Assim, ela se restabeleceu logo
Imediatamente, fui ate Meishu-Sama para agradecer-Lhe quanto a minha filha e Ele me disse: “ Eu
já vou deixar de ministrar Johrei. Daqui por diante, vocês é que o farão, por isso, venha aqui
todos os dias. Vou ensinar-lhe muitas coisas. Se você tem amor aos seus filhos, deve tornar-se
minha discípula.” Foi nessa ocasião que, pela primeira vez, tomei a decisão de dedicar-me
inteiramente à ministração do Johrei.
Uma Ministra

AS REPREENSÕES

A repreensão era dada de acordo com a pessoa

Nos casos em que se pede perdão, por exemplo, as palavras das pessoas diferem
completamente entre aquelas que pedem perdão com sinceridade e as que o fazem simplesmente
por fazer.
Certo dia, uma pessoa que havia derrubado o Ohikari, recebeu uma repreensão quando foi
pedir desculpas a Meishu-Sama. Ao invés de dizer apenas: “Peço-Lhe perdão por ter derrubado o
Ohikari”, disse: “Peço-Lhe desculpas pois o cordão arrebentou e derrubei o Ohikari.” Neste caso,
significa que a pessoa justificava-se, argumentando que a causa da queda do Ohikari estava no
rompimento do cordão e Meishu-Sama percebeu isso de imediato. Assim, sobre a maneira de
pedir perdão, Ele dizia: “Seja qual for a causa é bom desculpar-se imediatamente” e, em outra
circunstância, afirmou: “Pedir desculpas é uma vergonha.”
Meishu-Sama costumava repreender de acordo com o momento e a pessoa.
Um Servidor

Eu perdoei, mas Deus ainda não

Certa ocasião fui a Meishu-Sama desculpar-me por uma falha cometida. E Ele me disse
simplesmente: “Foi bom você ter percebido o seu erro.”
Eu estava suando frio mas quando ouvi essas palavras fiquei completamente aliviado,
pensando comigo mesmo: “Ah, que bom!” e já ia me retirando, quando Ele me disse
repentinamente:
- Ei, espere, espere!
- O senhor deseja alguma coisa?
- Sabe, você deve ponderar muito sobre o seu erro. Eu lhe perdoei, mas Deus ainda não.
Não compreendi muito bem o que Ele disse e perguntei-Lhe:
- Por favor, o que o senhor quer dizer com isso?
- Você se desculpou, mas só isso não basta. Só quando perceber que isso não é suficiente
e se dispuser a servir à Obra Divina, sua culpa será perdoada. Quando me vem pedir
desculpas, mesmo que eu lhe perdoe o que aconteceu, não significa que será redimido
imediatamente.
Kyokaityo (Um Dirigente do Templo)

Despertava a pessoa eliminando a brecha do seu sentimento

Quando alguém ficava triste depois de receber uma repreensão, Meishu-Sama sempre
procurava dirigir-lhe algumas palavras de consolo, como por exemplo: “Vocês não são culpados.
Acredito que entre as pessoas que aqui se encontram, não há quem queira fazer-me sofrer. O fato
de cometerem erros ou falhas é porque têm brecha dentro de si. Quando ela existe, Satanás se
apodera. Por isso, chama a atenção das pessoas severamente para que despertem, eliminando -a.”
Assim, Meishu-Sama costumava repreender de forma muito delicada, com palavras cheias de
amor.
Um Servidor

Repreendo o espírito e não a pessoa

Na ocasião de uma entrevista realizada no Solar da Montanha Divina (Shinzan-So), em


Hakone, não sei por que motivo, esqueceram de colocar a almofada para Meishu-Sama sentar-se.
Ao notar isso, Ele perguntou: “O que aconteceu?” e continuou de pé. Uma dedicante, percebendo,
trouxe-a imediatamente, mas Meishu-Sama repreendeu-a em voz alta: “fez isso de propósito para
encurtar a minha entrevista.” Eu nunca tinha visto Meishu-Sama com um semblante tão severo
daquele jeito.
Depois, Ele nos explicou: “Falei duramente, não para a pessoa e sim para o espírito. Se não
for severo, o espírito tornará a fazer essas coisas. Satanás procura atrapalhar-nos, impedindo a
passagem da Luz. Ele costuma apossar-se das pessoas que estão dedicando próximas de mim. Os
que usam pessoas não membros é sinal de que são demônios de pouco poder.”
Uma vez, um ministro da cidade de Yokossuka (ele tinha tendência para incorporar
espíritos) perguntou a Meishu-Sama: “Ouvi dizer que quando Deus se manifesta para falar, é
melhor fazer a purificação antes da pessoa ministrar Johrei, que surte maior efeito...” Então,
Meishu-Sama respondeu: “Então faça dessa forma.”
Entretanto, quando depois Lhe perguntei sobre isso, em particular, Ele me disse: “ Deve-se
deixar aquela pessoa agir assim por algum período. Com o passar do tempo, deixará de faze-lo.”
Poder-se-ia dizer que Ele deva orientação de acordo com a pessoa.
Um Ministro

REMINISCÊNCIAS RELACIONADAS AO JOHREI

VENHA, MESMO QUE SEJA ENGATINHANDO

Em maio de 1946 fui a Hakone, onde passei muito mal, não conseguindo mais me locomover.
Nessa ocasião, Meishu-Sama disse: “Deixem-no ficar hospedado na Casa dos Pássaros” (lugar de
descanso para as pessoas que iam ao Solo Sagrado de Hakone).

Os sintomas da doença eram idênticos àqueles que eu já havia sentido anteriormente, quando
fora desenganado pelos médicos. Como meu caso era muito grave, uma dedicante foi perguntar a
Meishu-Sama o que achava do meu estado. Ele lhe respondeu: “Na verdade, ele não tem mais
cura; porém, como está servindo a Deus, não posso deixar que morra. Se ele morrer, vai me
causar transtorno”.

Nessa época, eu dedicava ofertando um pouco de arroz, e Meishu-Sama levou isso em


consideração. No dia seguinte, mandou-me dizer: “Venha, pois vou lhe ministrar Johrei”. Como eu
estava muito mal, não tinha condições de ir até ele, de modo que pedi à pessoa que me trouxera
o recado para dizer-lhe que eu não podia ir. Meishu-Sama, porém, mandou-me dizer: “Venha,
mesmo que seja engatinhando; se não vier até aqui, eu não ministrarei Johrei em você”.

Pensei: “Já que ele disse que só vai me ministrar Johrei se eu for à sua presença. Então irei”. E
fui, com bastante esforço, descansando a todo momento, dando dois ou três passos, parando de
novo, até chegar junto de Meishu-Sama e receber Johrei. “Se estiver se sentindo mal, venha a
qualquer hora”, disse-me ele antes que eu retornasse aos meus aposentos.

Naquela mesma noite, às duas horas da madrugada, senti-me tão mal que pedi à pessoa que
estava cuidando de mim para que fosse solicitar a Meishu-Sama que me ministrasse Johrei. Como
ele mandou me dizer que fosse imediatamente, mesmo sendo madrugada fui até os seus
aposentos.
Meishu-Sama estava escrevendo as letras da Imagem da Luz Divina. Assim que cheguei, parou de
faze-lo e começou a ministrar-me Johrei. Quando terminou, disse-me: “Você deve estar com
vontade de comer algo doce. Aqui tem de tudo. Peça o que quiser”. Assim dizendo, pegou um
enorme “manju” (doce japonês) e deu-mo. Nunca esqueci como estava delicioso aquele doce.

Durante o tempo em que estive de cama, Meishu-Sama tirava um pouco de cada prato de sua
própria refeição e mandava para mim. Jamais poderei esquecer as inúmeras vezes em que recebi
tanta delicadeza naquela oportunidade.

Um Ministro

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