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Meishu-Sama sempre dizia: “Quando digo para fazer algo, é para fazer imediatamente ” ou
“Basta que pratique fielmente o que digo. Isto é Ensinamento .”
Quando Lhe fazíamos um relatório dizendo: “Fracassei” – Ele nos respondia: “Está certo. O
fracasso também é uma das coisas importantes da vida.”
Naquela época, quando via alguém sendo advertido por Meishu-Sama, até sentia inveja.
Isto porque eu entendia, profundamente, que, por trás daquela censura, Meishu-Sama estava
ensinando com todo carinho.
Um Ministro
Por mais atarefados que estejam, leiam no mínimo trinta minutos por dia
Como Meishu-Sama trabalhava sempre alerta, em união com Deus e estado de plenitude,
quando nós, os dedicantes, saíamos de sintonia por um mínimo que fosse, logo Ele nos chamava a
atenção.
Nesses momentos, o que Ele infalivelmente perguntava era sobre o curriculum da nossa Fé:
“Quantos anos faz que se tornou membro? Quem lhe outorgou o Ohikari? Já dedicou na difusão
da Fé?”
Caso fosse membro novo (de mais ou menos um ano de ingresso), perdoava-o, tomando
atitudes grosseiras. Mas quando a pessoa respondia: “Sou membro há cinco anos”, ou “já
dediquei na difusão da Fé”, advertia com adversidade: “Que tipo de Fé veio professando nestes
cinco anos?” E completava: “O que digo e faço está tudo escrito nos meus livros, portanto, se
vocês cometem erros, é porque estão em falta com a leitura. Leiam mais e mais.”
Meishu-Sama vivia sempre nessa atitude, nesse estado de união com Deus, portanto, nós
também, observado-O, procurávamos dedicar sintonizados Nele.
Um Servidor
Quando tive permissão de dedicar junto a Meishu-Sama, a princípio ouvia todas as Suas
palavras com seriedade e dedicava seguindo-as à risca. Mas, infelizmente, com o passar do
tempo, à medida que ia me acostumando, havia momentos em que, inadvertidamente, deixava de
ouvi-Lo com atenção. Numa dessas ocasiões, Meishu-Sama me disse: “Por mais triviais que
possam parecer minhas palavras, não deve ouvir o que eu digo com leviandade. É só ouvir e
obedecer. Segundo fielmente o que digo, mesmo que os outros o ofendam ou odeiam, não deve
ficar agressivo .”
Um Servidor
Dedicando junto a Meishu-Sama, quando cometíamos algum erro, éramos logo advertidos
severamente. Certo dia, quando Lhe disse: “Sinto muito, de agora em diante farei tudo com maior
ímpeto” – Ele me respondeu: “Essa impetuosidade é que é o problema. Deve fazer tudo
normalmente. Basta que obedeça ao que digo .”
Um Servidor
Certa vez Meishu-Sama nos disse: “Em vez de orar e fazer preces com afinco, fico mais feliz
se praticarem pelo menos a metade do que digo ”, e recebíamos sempre o seguinte Ensinamento:
“A fé deve ser bem enraizada, ou seja, devemos enraíza-la em nós, a ponto dela aflorar
naturalmente, senão não é verdadeira. ”
Um Servidor
Uma vez fui severamente repreendido por Meishu-Sama, numa entrevista coletiva que
tivemos no KANZAN-TEI, Solar da Contemplação da Montanha.
Isto porque, quando o preço de tratamento (gratidão pelo Johrei) era de 1 iene, Meishu-
Sama disse para passarmos a cobrar 2 ienes e eu não o fiz. Acontece que a minha Difusão
localizava-se no interior, e pensei que, se elevasse o preço, as pessoas poderiam imaginar que a
nossa religião era interesseira. Assim, continuei cobrando apenas 1 iene.
Após uns três meses, num dia em que os participantes da entrevista eram poucos, Meishu-
Sama, repentinamente, virou-se para mim e disse: “Há um erro nos seus cálculos!” Na época,
apresentávamos, mensalmente, um relatório de Johrei a Meishu-Sama, mas, como não podia
relatar mentiras, calculei tudo na base de 1 iene. Fui, então, advertido por Ele. Pensei comigo:
“Fui descoberto”, e fiquei cabisbaixo. Então, Ele me disse: “Se 30 pessoas receberam Johrei e
constam aqui 30 ienes, dá 1 iene por pessoa. Não lhe disse para passar a cobrar 2 ienes? Deve
fazer como lhe disse. Assim, você está menosprezando Deus .” E acrescentou: “Pode elevar o
preço. Quanto mais caro, mais sara. Como você ainda não entendeu isso, está agindo de acordo
com a sua convicção, mas, doravante, tome cuidado .”
Assim, logo em seguida me corrigi, mas continuei pensando se não iria diminuir a
frequência. Entretanto, pensando bem, como eram palavras de Meishu-Sama, manifestante de
inigualável força, decidi agir obedientemente e já, a partir do dia seguinte, passei a cobrar 2 ienes.
O que eu pensava estava totalmente fora de propósito, pois, agindo conforme Sua
orientação, dobrou a freqüência, e os milagres também ornaram-se constantes, deixando-me
surpreso quanto a diferença entre a inteligência divina e a humana.
Um Ministro
As palavras de Meishu-Sama são absolutas
Quando fui pela segunda vez à entrevista coletiva, Meishu-Sama disse-me: “Você deve ir
para Quioto.” Assustado, pensei: “Por que devo ir para Quioto? Que inconveniência há de eu ficar
em Ashiya? Não vejo necessidade de ir para Quioto.” Mas, como Meishu-Sama me havia dito:
“Procure uma casa em Quioto ”, mesmo sem entender o porquê, como na época minha irmã
residia lá, pedi a ela que procurasse uma casa para mim. Minha irmã também parece ter achado
estranho, mas, sem mais delongas, encontrou várias casas. Assim, foi uma ou duas vezes para vê-
las, mas, como na época ainda não entendia que as palavras de Meishu-Sama eram absolutas,
dizia comigo: - Não gostei desta -, e deixava o tempo correr.
Nesse ínterim, por três ou quatro vezes, Meishu-Sama perguntou-me: “Achou a casa? Não
vai se mudar?” Porém, infelizmente, continuei menosprezando as suas palavras. Nisso, ocorreu
uma das devastações de guerra e, como conseqüência, tive de mudar, forçosamente para Quioto.
Relembrando, vejo que, se na ocasião tivesse aceito, obedientemente, as palavras de Meishu -
Sama, e de imediato tivesse procurado uma casa e me mudado, não teria sofrido com os danos da
guerra. Seja como for, eu era um tolo, que não entendia que as palavras de Meishu -Sama eram
absolutas.
Kyokaiyo – (Um Dirigente do Templo)
Meishu-Sama dizia freqüentemente: “Uma pessoa de memória fraca é fácil de curar, mas as
que não são obedientes é que me causam maior incômodo. Por exemplo, na construção há
pessoas que não fazem conforme instruo. Então, ordeno que refaçam e elas fazem justamente o
contrário. Fazem e refazem diversas vezes. É realmente um jogo de paciência. Dependendo do
caso, desisto e deixo assim mesmo .”
Um Servidor
Aconteceu após uma entrevista coletiva. Logo depois de uma aula de iniciação, meishu-
Sama convidou-me para fazer uma refeição com Ele. Como de costume geral, recusei,
agradecendo. Aí, Ele me advertiu: “Se estou convidando, não é para manter as aparências,
portanto, deve aceitar obedientemente. Fazer cerimônia significa estar recusando mérito divino.”
Um Ministro
Meishu-Sama dizia: “O mais fácil é fazer as coisas na medida exata. Andar no meio do
caminho é o mais fácil .” Entretanto, para nós, resultava ser o mais difícil. Após longa reflexão,
concluí que, aprimorando e purificando pouco a pouco, o nosso egoísmo iria diminuindo e quanto
ao restante, Deus ajudar-nos-ia. Conseqüentemente, seríamos elevados a um ponto que nos
permitiria andar, com facilidade, no meio da pista. Um dia, referi-me a esse assunto com Meishu-
Sama: “Quando purificamos até certo ponto, Deus concede-nos a Sua graça e as coisas começam
a correr bem, não seria assim?” Ele me respondeu: “Sim, é isso mesmo .” Então cheguei à
conclusão de que, para podermos agir conforme a orientação de Meishu-Sama, teríamos que ser
purificados antes.
Um servidor
Desde que ouvi dizer que Meishu-Sama gostava de doce recheado de creme da doçaria
Tricolor, localizada no bairro de Guinza, em Tóquio, passei a comprar, sempre, produtos dessa
doçaria.
Um dia, tendo havido um contratempo em relação à pessoa que habitualmente fazia a
entrega, no seu lugar veio uma outra.
Soube mais tarde que, dando uma mordida no doce, Meishu-Sama disse: “Este doce tem
gosto diferente do de sempre.” Depois, verificando a causa, soube que a pessoa o entregara com
muito má vontade. Senti-me admirado, ao saber que Meishu-Sama percebera, logo, o tipo de
pensamento da tal pessoa.
Kyokaityo – (Um Dirigente do Templo)
SINCERIDADE E DEDICAÇÃO
Um dia, Meishu-Sama disse com relação a determinado assunto: “Inúmeros demônios estão
atentos pra causar-me incômodo, e também atrapalhar o meu serviço, mas, como nenhum deles
pode chegar perto de mim, tentam conseguir isso encostando-se naqueles que me estão
próximos.”
Assim sendo, em virtude da pequenez da nossa fé, muitas vezes nos tornamos prisioneiros
do demônio, causando incômodo e problema a Meishu-Sama e, além disso, atrapalhamos também
a Obra Divina. Portanto, por mais insignificante que possa parecer uma questão, o seu real
significado é de grande importância.
Meishu-Sama ensinou-me: “Quando a sua fé se elevar e houver a verdadeira intenção de
defender o meu trabalho – a Obra Divina – mesmo sacrificando a sua própria vida, não haverá
oportunidade para o demônio encostar .” Disse também: “A fé é ação; portanto, se não consegue
pô-la em prática, de nada adianta. Tal fé é infantil.”
Um Servidor
O fato a seguir aconteceu em 1947 ou 1948, quando tivemos uma entrevista coletiva com
Meishu-Sama no TOZAN-SO, Solar da Montanha do Leste. Havia uma boneca em cima do armário
da sala, Meishu-Sama, observando-a, disse: “Não sei quem fez aquele boneca, mas, o certo é que
foi feita por alguém com todo o coração. Só de ver a costura de sua meia, de ponta a ponta, vejo
que está impregnada de amor. Quem fez essa boneca, sem dúvida, vive feliz.”
Naquele momento, senti-me contatar com uma parte do espírito de Meishu-Sama que
deseja sempre a felicidade das pessoas.
Kyokaityo – (Um Dirigente do Templo)
SERVIR E DIFUSÃO
Sempre que era repreendido, sentia-me realmente imprestável. Perguntei então a Meishu-
Sama: “Será que essa minha burrice não irá melhorar pelo resto da vida?” e Ele respondeu: “ Nada
disso, não há razão para Deus encarregar uma pessoa de tanto trabalho, sabendo que ela não irá
melhorar pelo resto da vida.”
Um Servidor
Certa vez, eu disse a Meishu-Sama: “Para uma pessoa como eu é uma honra ser utilizada
pelo senhor.” E Ele me respondeu: “Nunca mais volte a mencionar essa expressão: „uma pessoa
como eu‟. Quem está utilizando essa pessoa sou eu. E desmerecer quem estou utilizando significa
dizer que Deus está empregando alguém incapaz, não é?”
Acho que, com estas palavras, Ele queria dizer: Não deve se humilhar, embora deva
manter-se humilde.
Um Servidor
Em setembro de 950, eu havia ido fazer difusão no Estado de Toyama e sofri um derrame
cerebral. Mandei então um telegrama a Meishu-Sama, pedindo Sua proteção.
Depois que fiquei completamente restabelecido, solicitei uma audiência em Atami, para
agradecer-Lhe a graça recebida. Naquela ocasião, Meishu-Sama me disse: “Quando nossa vida é
salva por Deus, podemos viver por mais 30 anos .”
Naquele momento, interiormente, eu pensei: “Se cada vez que somos salvos recebermos 30
anos de vida, sendo salvos por duas vezes significa ganharmos 60 anos de vida. Como tenho 35
anos, se for salvo mais uma vez, posso viver tranqüilamente até os 95 anos ...”
Nisso, como que enxergando esse meu pensamento leviano, Meishu-Sama disse-me
categoricamente: “Entretanto, a vida recebida deve ser usada para a causa de Deus. Não deve ser
usada em favor de assuntos particulares.”
Kyokaityo – (Um Dirigente do Templo)
O espírito de difusão
Certa vez, Meishu-Sama disse-me que fosse à mina Hassokara, no Estado de Miyagui,
investigar uma determinada questão.
Chegando lá, procurei a empresa indicada, mas o responsável pelo setor estava ausente e
me informaram que só voltaria após uma semana.
Achei que era bobagem ficar à sua espera, durante uma semana, hospedado num hotel, e
por isso, pensando em voltar alguns dias depois, retornei a Tóquio.
Quando supus que já estava na hora de voltar à mina e me preparava para viajar, recebi
um telegrama de Meishu-Sama, que se encontrava em Atami, me chamando.
Chegando lá, Ele me perguntou: “Como ficou aquele caso ?”
- Fui até aquela empresa, mas o chefe do setor estava ausente e me disseram que só
voltaria depois de uma semana. Então, pensei que era bobagem ficar à sua espera por uma
semana, hospedado naquele lugar. Resolvi voltar, e depois ir para lá novamente.
- O quê? Repita o que disse! – falou Meishu-Sama com seriedade.
- Sim, senhor. O chefe do setor estava ausente, e ...
- Isso eu entendi; quero que repita o que falou depois.
Não sabendo o que responder, eu me calei. Então, Ele continuou:
- Você achou bobagem fazer um serviço para mim ?
- Não, achei bobagem ficar esperando ...
- Devia esperar quantos dias fosse necessário; você acharia com que se ocupar até realizar o
serviço que pedi – disse Meishu-Sama.
Fiquei sabendo, mais tarde, que o chefe do setor havia voltado, depois de dois ou três das
e não após uma semana, como me haviam dito. Se tivesse ficado por lá por mais dois ou três dias,
já teria dado conta do serviço.
Ele admoestou-me severamente, dizendo: “Você acha bobagem porque ouve as minhas
ordens com leviandade.”
Logo após esse acontecimento, uma outra pessoa que servia Meishu-Sama foi, a seu
serviço, até à empresa elétrica. Assim como acontecera comigo, a pessoa com quem deveria falar
estava ausente; então, voltando, comunicou a Meishu-Sama: “Como me disseram que não
regressaria por umas duas ou três horas, eu retornei” e Ele nada falou.
Pensei que ele também seria advertido com rigor como eu fora, mas Meishu-Sama ficou
calado.
Um Ministro
Ingressei na Fé Messiânica, porque minha filha mais velha foi salva. Para agradecer -Lhe,
procurei Meishu-Sama, pela primeira vez, em sua casa, em Omori. No instante em que O vi,
curvei-me incontinenti. Desde então, durante uma semana, recebi aulas de iniciação, hospedado
em sua residência.
Tempos depois, fiquei agradecido quando Ele me disse estas palavras: “ Naquela ocasião, o
senhor até me causava medo.”
E de fato, foi com incrível seriedade, a ponto de não deixar Meishu-Sama dormir a noite
toda, que eu Lhe fizera uma infinidade de perguntas. E Ele, com muito boa vontade, ensinou -me
sobre diversas coisas.
Assim, quando a semana de aulas de iniciação terminou, eu não conseguia, de maneira
alguma, afastar-me de Meishu-Sama. Abandonei tudo e me entreguei unicamente à Causa Divina.
Meishu-Sama era, realmente, uma pessoa atraente.
O primeiro passo na Obra Divina é a distribuição de jornal da nossa Igreja. Meishu-Sama
disse-me: “O jornal é uma partícula de Luz, por isso, distribua-o com o pensamento de abranger
toda a humanidade.” Frente a essa Sua orientação, nós inclusive minha esposa, com uma criança
nas costas e outra no carrinho, chovesse água ou canivete, todos os dias, saíamos distribuindo os
jornais.
Um Ministro
Eu me tornei messiânica em julho de 1940, mas, a princípio, não ministrava muito Johr ei.
Isto porque eu não gostava de ter contato com doentes. Entretanto, o número de pessoas que
vinha receber Johrei aumentava a cada dia. Como vinha muita gente, certa vez, acabei parando
com a ministração de Johrei, usando a desculpa de não estar em casa e também deixei de usar o
Ohikari. Mesmo assim, ia quase que diariamente ao encontro de Meishu-Sama e ouvia assuntos
interessantes. Num desses dias, Ele nos explicou: “ Ficar sem fazer nada propicia acúmulo de
máculas por ociosidade.” Então, consultei-O se deveria fazer algum tipo de comércio e ouvi a
resposta: “Esse tipo de coisa não adianta.” E eu continuei a levar a vida da mesma forma.
Pouco tempo depois, minha filha mais velha, repentinamente disse-me: “Mamãe, se não me
fizer o tratamento, (Johrei) eu vou morrer!” e logo em seguida teve uma convulsão. Eu, afobada,
o mais que depressa, coloquei o Ohikari e lhe ministrei Johrei. Assim, ela se restabeleceu logo
Imediatamente, fui ate Meishu-Sama para agradecer-Lhe quanto a minha filha e Ele me disse: “ Eu
já vou deixar de ministrar Johrei. Daqui por diante, vocês é que o farão, por isso, venha aqui
todos os dias. Vou ensinar-lhe muitas coisas. Se você tem amor aos seus filhos, deve tornar-se
minha discípula.” Foi nessa ocasião que, pela primeira vez, tomei a decisão de dedicar-me
inteiramente à ministração do Johrei.
Uma Ministra
AS REPREENSÕES
Nos casos em que se pede perdão, por exemplo, as palavras das pessoas diferem
completamente entre aquelas que pedem perdão com sinceridade e as que o fazem simplesmente
por fazer.
Certo dia, uma pessoa que havia derrubado o Ohikari, recebeu uma repreensão quando foi
pedir desculpas a Meishu-Sama. Ao invés de dizer apenas: “Peço-Lhe perdão por ter derrubado o
Ohikari”, disse: “Peço-Lhe desculpas pois o cordão arrebentou e derrubei o Ohikari.” Neste caso,
significa que a pessoa justificava-se, argumentando que a causa da queda do Ohikari estava no
rompimento do cordão e Meishu-Sama percebeu isso de imediato. Assim, sobre a maneira de
pedir perdão, Ele dizia: “Seja qual for a causa é bom desculpar-se imediatamente” e, em outra
circunstância, afirmou: “Pedir desculpas é uma vergonha.”
Meishu-Sama costumava repreender de acordo com o momento e a pessoa.
Um Servidor
Certa ocasião fui a Meishu-Sama desculpar-me por uma falha cometida. E Ele me disse
simplesmente: “Foi bom você ter percebido o seu erro.”
Eu estava suando frio mas quando ouvi essas palavras fiquei completamente aliviado,
pensando comigo mesmo: “Ah, que bom!” e já ia me retirando, quando Ele me disse
repentinamente:
- Ei, espere, espere!
- O senhor deseja alguma coisa?
- Sabe, você deve ponderar muito sobre o seu erro. Eu lhe perdoei, mas Deus ainda não.
Não compreendi muito bem o que Ele disse e perguntei-Lhe:
- Por favor, o que o senhor quer dizer com isso?
- Você se desculpou, mas só isso não basta. Só quando perceber que isso não é suficiente
e se dispuser a servir à Obra Divina, sua culpa será perdoada. Quando me vem pedir
desculpas, mesmo que eu lhe perdoe o que aconteceu, não significa que será redimido
imediatamente.
Kyokaityo (Um Dirigente do Templo)
Quando alguém ficava triste depois de receber uma repreensão, Meishu-Sama sempre
procurava dirigir-lhe algumas palavras de consolo, como por exemplo: “Vocês não são culpados.
Acredito que entre as pessoas que aqui se encontram, não há quem queira fazer-me sofrer. O fato
de cometerem erros ou falhas é porque têm brecha dentro de si. Quando ela existe, Satanás se
apodera. Por isso, chama a atenção das pessoas severamente para que despertem, eliminando -a.”
Assim, Meishu-Sama costumava repreender de forma muito delicada, com palavras cheias de
amor.
Um Servidor
Em maio de 1946 fui a Hakone, onde passei muito mal, não conseguindo mais me locomover.
Nessa ocasião, Meishu-Sama disse: “Deixem-no ficar hospedado na Casa dos Pássaros” (lugar de
descanso para as pessoas que iam ao Solo Sagrado de Hakone).
Os sintomas da doença eram idênticos àqueles que eu já havia sentido anteriormente, quando
fora desenganado pelos médicos. Como meu caso era muito grave, uma dedicante foi perguntar a
Meishu-Sama o que achava do meu estado. Ele lhe respondeu: “Na verdade, ele não tem mais
cura; porém, como está servindo a Deus, não posso deixar que morra. Se ele morrer, vai me
causar transtorno”.
Pensei: “Já que ele disse que só vai me ministrar Johrei se eu for à sua presença. Então irei”. E
fui, com bastante esforço, descansando a todo momento, dando dois ou três passos, parando de
novo, até chegar junto de Meishu-Sama e receber Johrei. “Se estiver se sentindo mal, venha a
qualquer hora”, disse-me ele antes que eu retornasse aos meus aposentos.
Naquela mesma noite, às duas horas da madrugada, senti-me tão mal que pedi à pessoa que
estava cuidando de mim para que fosse solicitar a Meishu-Sama que me ministrasse Johrei. Como
ele mandou me dizer que fosse imediatamente, mesmo sendo madrugada fui até os seus
aposentos.
Meishu-Sama estava escrevendo as letras da Imagem da Luz Divina. Assim que cheguei, parou de
faze-lo e começou a ministrar-me Johrei. Quando terminou, disse-me: “Você deve estar com
vontade de comer algo doce. Aqui tem de tudo. Peça o que quiser”. Assim dizendo, pegou um
enorme “manju” (doce japonês) e deu-mo. Nunca esqueci como estava delicioso aquele doce.
Durante o tempo em que estive de cama, Meishu-Sama tirava um pouco de cada prato de sua
própria refeição e mandava para mim. Jamais poderei esquecer as inúmeras vezes em que recebi
tanta delicadeza naquela oportunidade.
Um Ministro