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Acesso a justiça é direito fundamental. Rol exemplificativo no artigo 5º CF. Isso porque a satisfação humana não
acaba, assim como o direito. Na realidade há uma insatisfação natural do ser humano.
Jusnaturalismo – direito é inerente à natureza humana. Mas mesmo assim, a implantação do direito positivo foi
necessária. Implementação da norma jurídica para regrar valores nesse contexto histórico.
Sendo assim, o acesso foi dado, mas a insatisfação natural continuou, em função da morosidade. Assim, o prazo
razoável do processo foi discutido no pacto de San Jose da Costa Rica, art. 8º. EC 45 trouxe isso para a CF/88.
O prazo razoável é o que traz efetividade à prestação jurisdicional. Isso é mais importante que a questão temporal.
Ex: divórcio litigioso resolvido em 1 mês não é suficiente. Celular quebrado resolvido em 3 anos também não.
Promoção da Efetividade do processo é outra preocupação. O CPC traz isso nos primeiros 10 artigos. Efeito e
eficácia do acesso á justiça no mundo real é instrumento de modificação da realidade local.
Acesso a justiça – equilíbrio de forças dentro do processo. Que as partes litigantes possam estar de forma igualitária
em condições iguais. A igualdade deve ser material e não formal. Isso porque em alguns casos devem existe formas
de diferenciação. Ex: licença maternidade da mulher é mais extensa, o que é justo. No processo acontece da mesma
forma, já que as condições das partes nos processos são diferentes.
Os juizados especiais surgiram nesse contexto em 1995. Deu-se com a preocupação com a efetividade do processo,
o acesso à justiça e a inclusão social. Principalmente a inclusão social! A lide de 1 milhão e a de $5 têm a mesma
importância.
Nasceu como um sistema de portas abertas, vários acessos. Modelo americano. Cria-se o maior numero possível de
acessos à justiça. Que a justiça seja um espaço onde se entre por várias portas. O problema é que a criação de portas
de saída devem ser proporcional, o que não acontece.
RS – sempre a frente. Instituiu o direito alternativo. Houve o abrandamento do rigor da lei para que seja feita justiça.
Para processos em que não havia complexidade de provas também foram abrandados os ritos.
Criou-se a lei dos juizados de pequenas causas para casos onde não há complexidade de provas, ou seja, quando não
há necessidade de pericia.
CF/88, em função do momento histórico, trouxe muito direitos sociais, que infelizmente, não são possíveis de serem
efetivados.
***o direito é um sistema complexo e o que alimenta o corpo chamado direito, o sangue desse corpo, são os
direitos fundamentais!
***dwork diz que não há certo ou errado, mas sim maneiras como a sociedade decide seguir o seu caminho. É o
caso da visão que hoje o direito de família tem das estruturas.
Nesse caso, estamos diante de uma obrigação. Isso porque há u mandamento no inicio do caput: CRIARÃO. O
legislador mandou criar os juizados especiais. Os juizados especiais cíveis e criminais são órgãos da justiça estadual,
criados pelos estados. Isso dá origem à lei 9099/95.
Lei 9099/95
São 90 artigos. 1 ao 59 trata dos juizados especiais cíveis. É onde está o sistema básico dos juizados.
A justiça federal passou a usar essa lei. Foi para o STF a questão da constitucionalidade disso, já que a CF traz que
são os estados que devem criar os juizados. Os advogados alegavam que os processos eram nulos já que lei que
criam processos em âmbito estadual estava sendo usada em âmbito federal.
Por isso EC/ 45 insere um § na CF no artigo 98, trazendo previsão legal para criação dos juizados federais.
(Obs: essa EC tb traz o prazo razoável do processo para o ordenamento jurídico pelo art. 8º do pacto de san jose da
costa rica, entre outras mudanças.)
Assim, surgiu a lei 12251 que cria os juizados especiais federais, com 27 artigos. E a lei 9099 é aplicada
subsidiariamente a todos os sistemas de juizados especiais, enquanto regra geral. Os 27 artigos são para tratar das
diferenças, as especificidades entre o estadual e o federal.
Juizados especiais de fazenda pública foram criados para tratar de ações contra município e estado no âmbito de sua
competência. Os prazos são iguais. Não precisa de intimação pessoal. A regra é dispensar o precatório, oficio
requisitório.
CF e CPC trazem como forma alternativa de solução de conflito a mediação e a conciliação. São meios auto
compositivos de solução de conflito. Assim, as partes que decidem, não há intervenção do Estado. Na conciliação, o
conciliador sugere a solução e há natureza jurídica de acordo. É um procedimento ativo, ele participa ativamente na
solução do conflito com várias propostas. Na mediação, o mediador não pode propor acordo. É um procedimento
passivo, onde ele cria ambiente para que as partes construam a solução do conflito. Ele deve reestabelecer a relação
que existia entre as pessoas, como no direito de família e direito empresarial a resolução do problema é uma
consequência. O objetivo da ambos é a duração razoável do processo, e entende-se que processo não é punição,
mas sim solução de conflitos. E ainda há a arbitragem, que é a escolha de 3º pelas próprias partes para solução de
conflito, e a decisão é irrecorrível (a não ser que haja vício e haja nulidade).
Resolução 125 do CNJ traz a criação do centro de solução de conflitos. A nomeação dos conciliadores é feita pelo
centro, e eles podem estar em todas as esferas.
A rigor, o juiz da causa não pode fazer conciliação e mediação. Isso porque a prática mostra que as partes não ficarão
desarmadas o suficiente para se ter ambiente saudável para chegar ao consenso. E as partes não falarão
abertamente sobre os fatos, já que não havendo acordo, é esse juiz que vai sentenciar, e no caso, saberá de detalhes
que não constam no processo, como por exemplo se uma das partes assumir alguma culpa. O conciliador e mediador
deve manter o sigilo sobre os caso. Por isso deve ser ato privativo do conciliador ou mediador, sem interferência no
julgamento. Mas em alguns casos ocorre do juiz participar.
Se a conciliação ou mediação for frutífera, deve haver sentença homologatória do acordo. Essa sentença faz coisa
julgada material. Assim, não cabe apelação. Se não cumprir o acordo, há um titulo executivo judicial. A
competência para executar é na mesma vara que foi homologado o acordo. É apenas uma fase do mesmo processo.
21/08/18
Lei 9099/95
Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, órgãos da Justiça Ordinária, serão criados pela União, no Distrito Federal e nos
Territórios, e pelos Estados, para conciliação, processo, julgamento e execução, nas causas de sua competência.
Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade,
buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação.
Obs: prazo no juizado especial é contado em dias corridos. Mas está para mudar. Isso porque o CPC é aplicado
subsidiariamente ao juizado.
Obs 2: todos podem ser atingidos por uma ação civil pública, mesmo que não esteja no polo passivo. Os juizados
especiais NÃO tem competência para tratar disso, assim ações civis públicas não pode ser ajuizadas nos mesmos.
Isso não é pacífico, pois alguns juizados especiais aceitam a execução dessas ações.
No Art. 2º o legislador menciona alguns critérios, que na verdade são princípios que norteiam os juizados especiais.
Princípios são fontes de interpretação.
A importância do principio para o ordenamento jurídico é dar sustentação, é o cimento entre os tijolos de uma
parede. Ninguém vê, mas ele está lá. Dá formato e sustentação. O princípio é abstrato, e essa abstração lhe permite
que ele interfira, penetre por todo o ordenamento jurídico, dando alicerce para esse ordenamento. Dá a sua
formatação. Sem ele, não há sentido no ordenamento e ele pode “cair”.
(Princípios: ideias basilares e fundamentais do direito, que lhe dão apoio e coerência, respaldados pelo ideal de
justiça, que envolve o direito. Ideias fundamentais de caráter geral dentro de cada área de atuação do direito.)
Normas são concretas. Os artigos são normas concretas! São as células do ordenamento jurídico. Corpo
sistematizado de normas e condutas, caracterizadas pela coercitividade e imperatividade. Imperativo de conduta.
“O art. 2º traz princípios que conferem dinâmica distinta do CPC, aproximam a justiça dos jurisdicionados, tornam o
procedimento compreensível ao leigo, ampliam o acesso à justiça, aceleram o ritmo do processo, conferem maior
liberdade ao magistrado na condução do processo e garantem efetividade.”
Assim, todo principio é de alguma forma liquido, como a água. Toma o formato de onde é colocado. Isso faz com que
se deixe o ordenamento jurídico em pé.
- Simplicidade e in formalidade: ”o mapa não pode ser mais importante que a viagem, o caminho não
pode ser mais importante que o local da chegada”. Assim, o resultado final do processo é mais importante
que a forma como se chega a ele. O processo não pode ser mais importante que o direito material.
Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-
se-á o litisconsórcio.
Relação jurídica processual é vinculo entre as partes.
Relação se triangulariza e o processo se estabiliza com a citação. Partes: autor, réu e juiz.
Todo vinculo é mais fácil com as partes originariamente envolvidas. A relação gasta mesmo energia, logo um
processo com as partes originais gasta menos energia processual, com mais celeridade e simplicidade.
A intervenção de 3º se dá sempre que alguém que não é nem autor e nem réu intervem nesse vinculo jurídico. Isso
torna a relação mais complexa. Assim, mais energia será gasta no processo.
Por isso a intervenção de 3º no juizado não é permitido para não tornar a relação jurídica complexa. Economia de
energia processual. Nem a assistência é permitida.
Obs: se a sentença for improcedente é melhor ser dada após a audiência em função da atitude das partes.
28/08/2018
**Conceito de Competência: é a parcela de jurisdição dada ao juiz. Nem todo juiz tem competência. Ela se altera pelo
poder jurisdicional. Fixada no ajuizamento da ação.
Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis
de menor complexidade, assim consideradas:
I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo;
II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil;
III - a ação de despejo para uso próprio;
IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo.
§ 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução:
I - dos seus julgados;
II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o salário mínimo, observado o
disposto no § 1º do art. 8º desta Lei.
§ 2º Ficam excluídas da competência do Juizado Especial as causas de natureza alimentar, falimentar,
fiscal e de interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao
estado e capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial.
§ 3º A opção pelo procedimento previsto nesta Lei importará em renúncia ao crédito excedente ao limite
estabelecido neste artigo, excetuada a hipótese de conciliação.
A intenção do legislador é a inclusão social. O Brasil é formado principalmente por pobres e excluídos. (penitenciária
é o reflexo da sociedade)
Quando se fala em causa de menor complexidade não se fala em maior ou menor importância. O que diz respeito à
lesão ao direito, as causas são iguais. Assim, não é uma questão da importância da causa, mas sim da possibilidade
de quem não tem tanto acesso na sociedade capitalista de poder ter o seu direito respeitado. Não há diferença em
relação à lesão ao direito de $5,00 e $10000.
Assim, como menor complexidade lê-se desnecessidade de prova pericial. A menor complexidade não é do litigio,
mas sim a menor complexidade probatória. A informalidade, a simplicidade, a economia processual deve nortear o
juizado especial. Isso só é possível se não houver prova complexa. Assim, no juizado não cabe perícia. Mas o direito
envolvido é tão complexo como em qualquer outra causa.
Uma outra questão envolvida é o pagamento do perito. No juizado não cabe honorários, assim não dá para ter
pericia.
Art. 57. O acordo extrajudicial, de qualquer natureza ou valor, poderá ser homologado, no juízo competente,
independentemente de termo, valendo a sentença como título executivo judicial.
Art. 54. O acesso ao Juizado Especial independerá, em primeiro grau de jurisdição, do pagamento de custas,
taxas ou despesas.
Nos termos desse artigo, qualquer acordo pode ser homologado no juizado, mesmo que os valores sejam muito
altos. O acordo extrajudicial pode ser homologado no JEC, independente do valor, para que se torne um titulo
executivo.
A vantagem de se homologar o acordo no juizado é que se dispensa o pagamento de custas, despesas e honorários
judiciais. Assim, não há gasto.
Qualquer natureza que tenha o acordo pode ser feito no juizado. Um reconhecimento de paternidade, por exemplo,
pode ser feito. Assim como qualquer outro.
O professor entende que até inventário pode ser feito no juizado. Isso porque o artigo 57 diz e porque há
possibilidade de fazer o inventário sem intervenção do judiciário. Mas não é admitido em função da quantidade de
processos que tem no juizado. Tecnicamente sim, mas na prática não.
Sempre ter em mente que o processo não é causa em si mesmo. É a forma de se chegar a um bom resultado do
direito material. Isso é dito porque, por exemplo, revisão de alimentos para menor de idade precisa que o MP
intervenha. Mas por exemplo, se for para aumentar a pensão e ele não participou, não vai pedir revisão pois não faz
sentido.
Inciso I:
A 1º hipótese é um critério objetivo.
Usa-se o salário mínimo nacional. A lei de competência é o CPC, assim tem âmbito nacional e não pode haver
diferença de competência entre os estados.
Inciso II:
Havia os diferentes ritos no CPC de 73. Rito é ritmo, ou seja, movimento e velocidade.
Isso foi mantido pelo CPC/15 nas disposições finais e transitórias, no art. 1063. Assim não houve revogação total do
CPC/ 73.
O CPC traz que até lei especifica o juizado será competente para as causas do artigo 275.
Na maioria das vezes esses ritos se relacionam aos acidentes de veículos.
Ex: Porshe e Ferrari batem, valor do dano 300 mil. Supera 40 salários, mas rito é o do 275. Assim, nas hipóteses do
275, não tem limite de valor.
Inciso III:
8245/91 – lei do inquilinato.
Trata de locação de imóveis urbanos para fins residenciais ou comerciais. Na hipótese de locação residencial, a
retirada do inquilino do imóvel se dá por ação de despejo. São vários os tipos de despejo.
O juizado admite despejo para uso próprio. Outras formas não são permitidas no juizado.
Constitui ilícito penal a parte requerer despejo para uso próprio seu / ascendente / descendente / cônjuge, e não usar
o mesmo para esse fim em prazo de 180 dias. Também cabe perdas e danos, dano moral e intervenção ao principio
contratual da autonomia privada da vontade. Prazos devem ser respeitados. Estado intervem em razão da função
social da sociedade.
Inciso IV:
Ações possessórias: Interdito proibitório, emissão de posse, esbulho, turbação.
Quando o legislador quis limitar a 40 salários mínimos ele o fez expressamente. Isso se deu aqui.
E aqui se fala em ação possessória de imóveis apenas.
O mais seguro é ser considerado o valor venal, ou seja, o que consta no cadastro da prefeitura do valor do imóvel
para efeito de imposto por ato administrativo que tem veracidade presumida.
Não cabe ação monitória no juizado independente do valor. Ela tem rito especial. E a 9099 também é um rito
especial.
Assim, independente do valor, não cabe procedimento especial dentro de outro procedimento especial.
Os resíduos previstos nessa lei especial são aqueles que Pedro Nunes (dicionário de tecnologia jurídica, 8ª edição,
SP, Freitas bastos) define como “remanescentes de bens legados (em testamento), que por morte do beneficiário,
em virtude de clausula expressa são restituídos a pessoa designada pelo testador”.
A competência do juiz é relativa, assim, no atual CPC, se for incompetência territorial, por ser relativa, ele não pode
reconhece-la de oficio. Art. 64, §1º CPC.
Mas na lei 9099 pode reconhecer de oficio a competência territorial relativa. Além disso, se o juiz reconhecer a
incompetência relativa de oficio, ele extingue o processo. Não reenvia o processo para o juízo competente.
§3º:
É opcional que se ingresse no juizado cível estadual. Não há obrigação disso. É uma opção da parte.
A opção pelo juizado, salvo art 57 (acordo extrajudicial que não tem limite de valor) e art 275 e multa astreinte, gera
renuncia dos valor que excede os 40 salários mínimos.
- no Jec, o juiz pode reconhecer de oficio mesmo a competência relativa. O processo é extinto sem resolução do
mérito, ou seja, não remete para outra comarca. Art. 51
Competência de foro:
- Jec: regra geral é o domicilio do réu. Bancos: onde tiver filial pode ser. Indenização em geral: domicilio do réu, local
do fato.
04/09/2018
PETIÇÃO INICIAL
Art. 9º
Meios de defesa:
- contestação / reconvenção
- exceção (ataca o processo e não o mérito)
- a reconvenção tem natureza de ação – contra ataque
- a sentença é apenas uma
- reconvinte e reconvindo são as partes na reconvenção
- a reconvenção é analisada primeiro na sentença e cabe condenação em honorários.
- no JEC NÂO cabe reconvenção, mas cabe PEDIDO CONTRAPOSTO.
- o pedido contraposto não tem natureza de ação e por isso a causa de pedir no contraposto não pode ser maior que
na ação principal.
IMPORTANTE: só quem pode ser autor no JEC pode apresentar pedido contraposto. Art. 8º, §1. A pessoa pode ser
réu, mas não pode apresentar pedido contraposto.
Da conciliação e da mediação:
- feita por pessoa diversa de quem vai julgar para que as pessoas fiquem mais livres para se manifestar.
- a conciliação e a mediação devem ser sigilosas.
- o comparecimento à audiência é pessoal e obrigatório. Seja de mediação, de conciliação ou de instrução.
- não cabe subs e representação como regra.
- se o autor não comparece há a extinção do processo sem resolução do mérito. A presença do advogado não supre
a falta do autor.
- se o réu não comparece há revelia. O advogado estar presente também não supre. Vai haver a presunção de
veracidade do fato.
Instrução e julgamento
- toda matéria de prova é aceita, desde que licita e moralmente possível.
- possível até 3 testemunhas para cada parte.
- no JEC as testemunhas comparecem independentemente de intimação, ou seja, as partes devem leva-las.
- pode acontecer de forma excepcional a necessidade de intimação da testemunha.
- depoimento pessoal busca a confissão, mesmo não tendo o dever de falar a verdade e pode ser requerido pela
parte contrária. O advogado da parte não faz pergunta para ela. Ouve-se primeiro o autor, depois o réu. Quando o
autor depõe, o réu sai. Quando réu depõe, o autor fica pois já fez o seu depoimento.
Testemunhas:
- contradita: apresentar causa de impedimento ou suspeição para ouvir a testemunha.
- a contestação / reconvenção / exceção podem ser apresentadas oralmente na instrução.
- se houver preliminar o juiz deve ouvir a parte contrária na instrução.
- é possível apresentar provas novas e a parte será ouvida na audiência. A regra é que não se abre prazo para
análise de novos documentos. Todos os incidentes processuais devem ser resolvidos na audiência.
- via de regra não é expedida carta precatória, mandando apenas oficio.
- o juiz pode a qualquer momento tentar conciliar as partes.
- se não houve acordo , produzida a prova, o juiz profere sentença.
A sentença deve ser sempre liquida e certa, não é possível sentença ilíquida. O valor – quantum debatur – deve
constar na sentença.
Não se aplica o art. 303 – tutela antecipatória que será convertida em pedido principal.
Juros, correção monetária e multa diária podem elevar a condenação acima de 40 salários mínimos. Será eficaz.
Preparo recursal:
- recurso cabível: embargos de declaraçãoe recurso inominado.
- prazo: 5 dias
- cabimento: contradição, obscuridade e omissão
- efeito: interrompe
- CPC e JEC são assim!
11/09/2018
No JEC o relatório é dispensado. O que passar de 40 salários mínimos é ineficaz. Tem que ser liquida e certa , pois
não cabe liquidação
Recursos:
Da sentença, no CPC, cabe:
- Recurso de apelação
Apelo é da natureza humana. Somos naturalmente insatisfeitos com a 1ª negativa. Nos socorremos à intervenção de
alguém para que haja reexame da situação. Necessidade do atendimento da pretensão.
Assim, a 2ª instância é um direito que se depreende da estrutura da justiça, da natureza humana. É um mecanismo
de correção de possíveis erros. CF traz apenas o direito de ação.
- Recurso de embargos de declaração: prazo de 5 dias, cabe de sentença e decisão interlocutória, interrompe o
prazo e volta a contar do inicio.
No juizado a regra é igual. O atual CPC traz que a regra do CPC e juizado é mesma.
**No juizado:
- O recurso cabível da sentença, além dos embargos, não tem denominação. Nasceu e permaneceu sem nome.
Assim, no juizado, da sentença cabe: embargos de declaração e recurso inominado.
Há possibilidade de haver a fungibilidade desde que não haja erro grosseiro e esteja no prazo. Mas chamar o recurso
inominado de apelação é erro grosseiro.
- Embargos: prazo de 5 dias e interrompe. Art. 1023 e 1026.
- O recurso inominado tem prazo de 10 dias corridos. O efeito meramente devolutivo, não tem efeito suspensivo.
Essa é a regra, mas na prática são dados os 2 efeitos. Na regra, a execução deve ser imediata. (difícil ocorrer,
advogado não pede. )
***A regra do recurso inominado é não ter efeito suspensivo, e assim é possível a execução provisória.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
O atual CPC conhece o sincretismo entre a ação de conhecimento condenatória e a fase de execução.
Dizer que o processo é sincrético, é dizer que existe um liame procedimental, sequencial em que a execução da
sentença é meramente uma fase do processo de conhecimento. De forma, que não é necessária uma nova citação
no processo de conhecimento para haver cumprimento..
Assim, basta dar continuidade o mesmo processo. Há intimação para pagamento como nova fase do processo.
Pagamento voluntário, qual o entendimento? Tem que intimar para pagar ou incide a multa em 15 dias?
Deve haver intimação para pagamento. Art. 523.
Mas a aplicação da multa pode ser independente da intimação. Isso não é pacifico no juizado.
Parcelamento: 30% § 6 parcelas. Art. 916. Se aplica apenas em execução de titulo extrajudicial, pois o §7º é
expresso proibindo no cumprimento. Cabe no JEC em função do principio que garante ao devedor a execução mais
suave e menos onerosa.
***É possível apresentar embargos à execução como meio de defesa. No CPC, é necessária a realização da penhora
para realizar os embargos?
Art. 914. Não precisa da penhora para os embargos.
- pede a citação, o juiz defere e executado pode nomear bena a penhora ou não nomear os bens.
- No caso da negativa deve haver a localização de bens do devedor: penhora online com cpf ou cnpj do devedor.
Localiza ativos em todo o território nacional. Renajud (pode bloquear o uso / lecencimento), ARISP (estado de SP)
- se não localizar bens do devedor, encerra o processo e devolve o titulo executivo ao credor. Julga extinto sem
resolução do mérito. É possível protestar o titulo, é gratuito para o credor, quem paga as despesas é o devedor.
***Título executivo judicial
- transitou e não houve pagamento voluntário
- não indicou bens a penhora
- BACENJUD, RENAJUD, ARISP, penhora de bens
- se não achar nada, o processo será extinto e será entregue ao credor uma certidão de crédito, emitida pelo cartório.
Pode protestar e entrar com a execução quando tiver conhecimento de valores para o devedor pagar.
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