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Marte é o quarto planeta a partir do Sol, o segundo menor do Sistema Solar.

Batizado em
homenagem ao deus romano da guerra, muitas vezes é descrito como o "Planeta Vermelho",
porque o óxido de ferro predominante em sua superfície lhe dá uma aparência
avermelhada.[1]

Marte é um planeta rochoso com uma atmosfera fina, com características de superfície que
lembram tanto as crateras de impacto da Lua quanto vulcões, vales, desertos e calotas polares
da Terra. O período de rotação e os ciclos sazonais de Marte são também semelhantes aos da
Terra, assim como é a inclinação que produz as suas estações do ano. Marte é o lar do Monte
Olimpo, a segunda montanha mais alta conhecida no Sistema Solar (a mais alta em um
planeta), e do Valles Marineris, um desfiladeiro gigantesco. A suave Bacia Polar Norte, no
hemisfério norte marciano, cobre cerca de 40% do planeta e pode ser uma enorme marca de
impacto.[2][3] Marte tem duas luas conhecidas, Fobos e Deimos, que são pequenas e de forma
irregular. Estas luas podem ser asteroides capturados,[4][5] semelhante ao 5261 Eureka, um
asteroide troiano marciano.

Marte está sendo explorado por oito espaçonaves atualmente: seis em órbita — Mars
Odyssey, Mars Express, Mars Reconnaissance Orbiter, Mars Atmosphere and Volatile Evolution
Missile – MAVEN, Mars Orbiter Mission e ExoMars Trace Gas Orbiter — e duas na superfície —
Mars Exploration Rover Opportunity e Mars Science Laboratory Curiosity. Entre as
espaçonaves desativadas que estão na superfície marciana estão a sonda Spirit e várias outras
sondas e rovers, como a Phoenix, que completou sua missão em 2008. As observações feitas
pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter revelaram a possibilidade de que exista água
corrente no planeta durante os meses mais quentes.[6] Em 2013, o rover Curiosity da NASA
descobriu que o solo de Marte contém entre 1,5% e 3% de água em sua massa (cerca de 33
litros de água por metro cúbico, embora não esteja acessível por estar ligada a outros
compostos).[7] Marte pode ser facilmente visto da Terra a olho nu, assim como a sua
coloração avermelhada. Sua magnitude aparente atinge -3,0[8] e é superada apenas por
Júpiter, Vênus, Lua e Sol. Telescópios ópticos baseados em terra estão tipicamente limitados à
resolução de acidentes geográficos maiores que 300 km quando a Terra e Marte estão mais
próximos, devido à atmosfera terrestre.[9]

Até o primeiro voo bem-sucedido sobre Marte feito em 1965 pela Mariner 4, muitos
especulavam sobre a presença de água em estado líquido na superfície do planeta. Isto era
baseado em variações periódicas observadas em manchas claras e escuras, particularmente
nas latitudes polares, que se pareciam com mares e continentes; faixas escuras e longas foram
interpretadas por alguns como canais de irrigação para a água líquida. Estas características
foram mais tarde explicadas como ilusões de ótica, apesar de evidências geológicas recolhidas
por missões não tripuladas sugerirem que Marte já teve uma cobertura de água de grande
escala em sua superfície.[10] Em 2005, dados de radar revelaram a presença de grandes
quantidades de gelo de água nos polos[11] e em latitudes médias.[12][13] A sonda robótica
Spirit coletou amostras de compostos químicos que continham moléculas de água em março
de 2007, enquanto a sonda Phoenix encontrou amostras de gelo no solo marciano raso em
julho de 2008.[14] Em setembro de 2015, cientistas da NASA anunciaram a descoberta de
córregos sazonais com água em estado líquido na superfície do planeta com base em dados do
Mars Reconnaissance Orbiter.[15]

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