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RESENHA SOBRE O DESASTRE DA MINAMATA

Michael Maximiano de Castro - 34520


Victorien Gerardo Nago - 34622

No início do século XX, a economia da Minamata girava basicamente em torno


da plantação de arroz e da pesca. Isso até 1911, quando uma fábrica de carbureto de cálcio
se instalou na baía. Por causa do pós-guerra, o Japão sofria com a falta de petróleo e essa
indústria vendia o carbureto de cálcio para os pescadores utilizarem como fonte luminosa.
Tudo isso ia muito bem até 1953, quando alguns moradores da região começaram a sofrer
de uma doença estranha.
Em 1956, quatro pessoas foram internadas devido a convulsões severas, surtos de
psicose, perda de consciência, coma e uma febre muito alta, levando os pacientes a óbito.
Por causa dessas mortes, realizou-se uma pesquisa nas cidades próximas e descobriu-se
casos como os acontecidos em Minamata. A única coisa que as vítimas tinham em comum
era o alto consumo de peixes. Com isso, a ideia de uma epidemia foi descartada e todo
mundo se inclinou a acreditar que eles morreram graças a uma intoxicação.
As pesquisas realizadas após as mortes mostradas acima acusaram que os peixes
da baía estavam contaminados com muitos metais pesados e, portanto, eram muito mais
venenosos que os de outras áreas. De fato, a indústria instalada no local jogava todo o
mercúrio que usava como catalisador nos seus processos diretamente na baía de
Minamata. Como os resíduos da indústria foram lançados por muito tempo no mar, os
peixes tinham altíssimas doses de mercúrio, mas não era só isso. Podia se encontrar
Manganês, Selênio e Telúrio nos animais, sendo que quase nada se sabia sobre os dois
últimos elementos na época.
As mortes de Minamata são decorrentes de processos químicos e biológicos de
bioacumulação e biomagnificação, pois o mercúrio lançado na água foi sendo transferido
para os próximos níveis tróficos com uma maior concentração atingindo o último nível
trófico, o homem. Deste modo, o mercúrio atingiu as funções neurais dos consumidores
dos peixes e os levou a óbito.

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