Você está na página 1de 16

2 Química

SUMÁRIO DO VOLUME
QUÍMICA
QUÍMICA DO COTIDIANO 5
1. Lixo 5
1.1 O lixo e as suas consequências 5
1.2 Classificação do Lixo 6
1.3 Estado físico da água 11
1.4 Lixos e doenças 22
2. Química da vida – água 50
2.1 A água e sua importância 50
2.2 Distribuição de água doce no Brasil e no mundo 51
2.3 A água presente no subsolo – os aquíferos 52
2.4 Ciclo da água 53
2.5 As diferentes utilizações da água pelo ser humano 55
2.6 As principais características da água para seus diferentes usos 56
2.7 As propriedades incomuns da água (H2O) 56
2.8 Os diferentes tipos de poluição nas águas 68
2.9 Tratamentos para águas municipais 72
3. A química das substâncias naturais 74
3.1 Introdução à Química Orgânica 74
3.2 Bioquímica: a química da sobrevivência 86

ESTUDO DO ÁTOMO 98
4. O átomo e a tecnologia - seus modelos e suas partículas 98
4.1 A Filosofia grega descobrindo o átomo 98
4.2 O átomo esférico e indivisível - modelo atômico de Dalton 99
4.3 O tubo de imagem da televisão - a descoberta do elétron por Thomson 100
4.4 O Sistema Solar e sua contribuição para o átomo nuclear - Rutherford 101
4.5 Os fogos de artifício - Böhr e os níveis de energia 106
5. Propriedades e utilização dos elementos e suas substâncias 120
5.1 A classificação periódica dos elementos 120
Química 3

SUMÁRIO COMPLETO
VOLUME 1

UNIDADE: QUÍMICA DO COTIDIANO


1. Lixo
2. Química da vida – água
3. A química das substâncias naturais

UNIDADE: ESTUDO DO ÁTOMO


4. O átomo e a tecnológia – seus modelos e suas partículas
5. Propriedades e utilização dos elementos e suas substâncias

VOLUME 2

UNIDADE: ESTUDO DAS LIGAÇÕES QUÍMICAS


6. A busca da estabilidade através das ligações químicas

UNIDADE: FUNÇÕES QUÍMICAS


7. As substÂncias do nosso cotidiano: estudo das funções químicas

UNIDADE: LEIS DAS REAÇÕES QUÍMICAS


8.O nascimento de novas substâncias – surgem às reações químicas

VOLUME 3

UNIDADE: MEDIDAS EM QUÍMICA


9. As massas dos átomos e das moléculas

UNIDADE: CÁLCULOS QUÍMICOS


10. Cálculo de fórmulas
11. Da cozinha à indústria – Uma questão de quantidade: os cálculos estequiométricos e sua relação com o
cotidiano
4 Química
Química 5
Lixo

QUÍMICA DO COTIDIANO
1. LIXO
Sabe-se que a produção de resíduos é um processo implacável
e inerente à vida do ser humano; entretanto, a lata de lixo
não é um desintegrador mágico de matéria!

O nosso lixo de cada dia continua existindo depois que o


jogamos na lixeira. É impossível não produzir lixo, mas podemos
diminuir essa produção. Como? Reduzindo o desperdício,
reutilizando os materiais sempre que possível e separando os que Adaptado para o Acervo CNEC.

forem recicláveis para a coleta seletiva. Há ações que só não as fazemos, por não sabermos como.
Segundo dados obtidos, em abril de 2012, no Brasil, a falta de um destino correto para o lixo urbano é
um dos principais problemas ambientais do Brasil, que concentra quase toda a produção de lixo em 4 600
lixões. O Brasil, segundo dados de mesma fonte, comporta somente 1% do que se gera e recicla somente
0,8%, números muito abaixo do esperado.

Adaptado para o Acervo CNEC.


1.1 O lixo e as suas consequências
A questão do lixo está diretamente ligada ao modelo de
desenvolvimento que vivemos, vinculada ao incentivo do
consumo, pois, muitas vezes, adquirimos bens que não são
necessários, e tudo que consumimos produz impactos.

Saiba mais
Adaptado para o Acervo CNEC.

No trabalho feito pelo fotógrafo Peter


Menzel, no qual fotografou famílias junto
dos alimentos que seriam consumidos por
uma semana, ficou bem claro a relação
do desenvolvimento com o consumismo
e a produção de lixo, já que enquanto uma
família de alemães consumia 500 dólares de
alimentos semanalmente, famílias africanas
de regiões mais pobres consumiam 1,65
dólares nesse mesmo período.

As imagens mostram três famílias, uma alemã, uma americana e uma africana,
com seu consumo semanal mostrado pelo trabalho de Peter Menzel.

Há aproximadamente 40 anos, a quantidade de lixo gerada era muito inferior à atual;


hoje, a população aumentou. Em virtude desse crescimento, a globalização se encontra em
um estágio avançado e o lixo, evidentemente, é tão velho quanto a humanidade. Na pré-
história, grupos nômades alimentavam-se da caça, da pesca e dos vegetais, e os restos da
refeição – ossos, peles e casca dos frutos – eram largados no solo e seguiam o ciclo natural.
O desenvolvimento das sociedades, desde então, contribuiu para que os detritos aumentassem, sem que
isso incomodasse muito as pessoas em volta (o asseio, em grande parte das sociedades, foi um conceito que
custou a pegar). São muitas as ilustrações na Idade Média que mostram ruas emporcalhadas e dejetos sendo
lançados das janelas sobre transeuntes.
6 Química
Lixo

A visão do lixo como problema a ser enfrentado só se firmou no século XIX, quando a Revolução
Industrial instituiu um novo patamar de tecnologia, de conforto, de produtos – e de resíduos, montanhas
de resíduos. O lixo, a partir daí, foi empurrado pela comprovação científica de seu papel como causador
de várias doenças; começou, então, a ser um desafio para a humanidade. A industrialização incorporou ao
cotidiano das pessoas uma série de novos produtos – e, mais que todos eles, o plástico, que, por demorar
um século para se decompor e nunca desaparecer completamente, hoje enfeia ruas, praias, rios e até o
fundo do mar. O impulso industrial também contribuiu para o surgimento das metrópoles – e, quanto
mais gente confinada em determinado espaço, mais detritos se acumulam.

Saiba mais
QUANTO MAIS LIXO, MAIS PROBLEMAS

O aumento da geração de resíduos sólidos tem várias consequências negativas: custos cada
vez mais altos para coleta e tratamento do lixo; dificuldade para encontrar áreas disponíveis para
aterrá-los; grande desperdício de matérias-primas. Por isso, o lixo deve ser integrado ao ciclo
produtivo ou à natureza. Outras consequências do enorme volume de lixo gerado pelas sociedades
modernas, quando é depositado em locais inadequados ou quando a coleta é deficitária, são:
• contaminação do solo, do ar e da água;
• proliferação de vetores transmissores de doenças;
• entupimento de redes de drenagem urbana;
• enchentes e desmoronamentos;
• degradação do ambiente e depreciação imobiliária;
• indiretamente, doenças, absenteísmo e mortes.
Adaptado para Acervo CNEC.

1.2 Classificação do Lixo


O primeiro passo, quando pensamos na questão do lixo, é descobrir
o seu destino. Afinal, de que adianta separá-lo se não conhecemos o
qual será
processo
como um todo? Para onde vai o nosso lixo depois que o lixeiro passa?
Há alternativas? O que fazer com o lixo separado? As alternativas de destinação
atuais são ambientalmente satisfatórias? Como poderiam ser melhoradas?
O que eu posso fazer? Todas essas são perguntas altamente pertinentes e
deveriam ser feitas para que medidas corretas fossem adotadas.
Em geral, consideramos lixo tudo aquilo que se descarta, que
não tem mais serventia. Mas, se olharmos com critério os materiais que
compõem o lixo, veremos que este é composto de vários tipos de resíduos
que precisam de manejo diferenciado.
Assim, para efeito de coleta e de tratamento, faz-se necessário classificar o lixo, Adaptado para Acervo CNEC
que, com base em sua natureza física, pode ser seco ou molhado.
• O lixo seco é composto por materiais recicláveis, como papel, vidro, lata, plástico, dentre outros.
Alguns não são recicláveis por falta de mercado, como papéis sujos, vidros planos, espelhos, etc.
• O lixo molhado corresponde à parte orgânica dos resíduos, que é formada por sobras de alimentos,
cascas de frutas, restos de poda, etc. Esse lixo pode ser usado para a compostagem.
Esse tipo de classificação é muito utilizado
em programas de coleta seletiva, por ser de fácil
entendimento para a população. Outra forma de
classificar o lixo baseia-se em sua composição química.
Nesse caso, é denominada matéria orgânica, ou seja,
procedente de organismos vivos, como plantas, animais ou
matéria inorgânica, que inclui os minerais, os materiais sintéticos
e outros.
Química 7
Lixo

Saiba mais

CONHECENDO UM POUCO MAIS SOBRE O LIXO ORGÂNICO

Ao falarmos em lixo orgânico, referimo-nos aos restos de animais e vegetais, principalmente as sobras de
alimentos. Esses materiais decompõem-se em curto prazo e, por isso, podem ser transformados em algum tipo de
adubo. Essa classificação de “lixo orgânico” não coincide com a utilizada na Química.
Em Química, orgânica é a área que estuda as substâncias de carbono, e inorgânica, a área que estuda as
substâncias dos demais elementos químicos.
Texto retirado do livro Química e Sociedade – módulo 1,
Identificação de materiais e substâncias.

O lixo também pode ser classificado em relação a seu risco


potencial ao meio ambiente, podendo ser perigoso ou tóxico, inerte,
não inerte e radioativo.
Os resíduos industriais e alguns domésticos, como restos de tintas,
solventes, aerossóis, produtos de limpeza, lâmpadas fluorescentes,
medicamentos vencidos, pilhas e outros contêm significativa
quantidade de substâncias químicas nocivas ao meio ambiente.
Existe outra forma de classificar o lixo, baseada na sua origem.
Nesse caso, o lixo pode ser, por exemplo, domiciliar ou doméstico,
público, de serviços de saúde, industrial ou agrícola, entulho e outros.
Essa é a forma de classificação usada nos cálculos de geração
de lixo. Tal classificação visa a separar os vários tipos de resíduos para
que cada um tenha um tratamento adequado à sua natureza.
Cada um desses tipos de lixo possui propriedades físicas e
químicas diferentes.
Propriedades químicas são aquelas relacionadas às transformações
químicas que as substâncias podem sofrer, ou seja, que só podem ser
Imagens disponíveis, respectivamente, em:
observadas e medidas quando comparadas com outras substâncias. <http://meioambientecm.blogspot.com>;
<http://osolhosdedeus.blogspot.com>;
Veja os exemplos: <http://groups.yahoo.com>.
Acessos em: 27 dez. 2012.
• Combustão: a queima em uma floresta promove a alteração da estrutura
vegetal existente;
• Oxidação: uma estrutura de ferro oxida, já a estrutura de aço inoxidável nunca oxida;
• Explosão: o gás hidrogênio explode, enquanto o gás nitrogênio não;
• Corrosão: os ácidos e as bases são corrosivas, já a água não;
• Efervescência: sal de frutas em contato com a água produz efervescência, já o sal de cozinha (NaCl) nada
produz em contato com a água.
8 Química
Lixo

Propriedades físicas dizem respeito às características particulares que independem de suas


transformações com outros materiais.
Observe estes exemplos:
Densidade
Reflita
• Por que o gelo se comporta de forma ma diferente quando
mergulhado em diferentes líquidos?
• O que poderá acontecer se adicionarmos gelo em um copo
com água e álcool misturados?
Antes de respondermos às questões apresentadas
anteriormente, comecemos do início.
Sempre que tocamos ou pensamos em algo, estamos lidando
com matéria. Mas o que é matéria?
Toda Química preocupa-se com as propriedades da matéria.
Disponível em: <http//brasilescola.com>.
Acesso em:27 dez. 2012.

De fato, essa é uma questão difícil de ser definida com precisão. Mas, uma definição imediata é que a
matéria é qualquer coisa que tem massa e ocupa espaço.
Portanto, o ouro, a água e a carne humana são formas da matéria, já radiação
eletromagnética (luz), justiça e amor não são.
Em nosso cotidiano, o nome dado à matéria é substância. Entretanto,
substância em Química é uma forma pura e simples de
matéria.
A substância, que é a matéria em geral, existe em
uma variedade de formas, chamadas de estado da
matéria (sólido, líquido e gasoso).
Partindo da definição de matéria, conclui-se, então,
que são duas as propriedades intrínsecas da matéria,
dependendo do tamanho da amostra.

Assim, massa e volume podem ser chamados de


grandeza (toda propriedade que pode ser medida).
A medida da massa pode ser feita com
o auxílio de uma balança (compara-se a
quantidade de matéria em relação a um
padrão de medida). As unidades de massa são
mg, g, kg, ton, sendo que a unidade-padrão
A massa é uma grandeza que pode ser obtida
do sistema internacional é o kg. quando equilibramos a matéria com uma
massa-padrão.
Química 9
Lixo

Como o volume corresponde ao espaço que a matéria


ocupa, pode ser medido de duas maneiras:
1) Para sólidos regulares (cubo, cilindro, etc.), a partir de suas
dimensões, na unidade de cm3.
2) Para líquidos, o seu volume é medido com auxílio de
instrumentos graduados como pipetas, buretas, provetas, entre
outros.
Além dos líquidos e dos sólidos regulares, podemos medir o
volume dos sólidos irregulares pelo método de deslocamento de
volume de água.

Veja este exemplo:


Ao mergulhar a pedra, haverá um deslocamento do volume
de água. Com o deslocamento e conhecendo-se o volume inicial
pela diferença entre o volume final pelo inicial, teremos o volume
do sólido.
Adaptado para Acervo CNEC.

Apesar de os valores das grandezas físicas, chamadas de massa e volume, de cada material, variarem
em função da quantidade, a razão entre eles (m/v) é sempre constante.
A razão entre massa e volume é uma propriedade intensiva da matéria, ou seja, não depende da
quantidade e sim do material do qual ela é feita. O nome dado a essa razão é densidade e, sendo uma
propriedade específica, é considerada também uma grandeza. Para calcular a densidade de um material,
utiliza-se, então, a equação a seguir, em que d representa densidade, m, a massa, e v, o volume.
m
d = ___
V
Baseados nos dados apresentados, podemos responder às perguntas feitas anteriormente e entender o
porquê de o gelo se comportar de forma diferente nos líquidos apresentados anteriormente. Quando em
água, o gelo possui menor densidade, por isso boia. Já com o álcool, ele torna-se mais denso, por isso afunda.
Toda grandeza deve ser representada por um número, seguido de uma unidade de medida.
No caso da densidade, a unidade será sempre uma grandeza de massa (mg, g, kg) por unidade de volume
(cm, mL, L). Os testes de qualidade realizados pelas indústrias são baseados nos valores da densidade,
visto que ela varia de acordo com a sua composição. Outro teste de qualidade que é realizado, tendo por
base a densidade, é de controle de qualidade do álcool combustível.
10 Química
Lixo

b) Não podemos afirmar nada sobre os sólidos


1 e 2, pois a diferença de densidade não
Exercícios de sala possibilitará a separação desejada.
c) O sólido 1, na interface dos líquidos 1 e
2, são pedaços de garrafa plástica, pois sua
1 (PISM) Uma empresa foi contratada para densidade é maior que a da água, porém menor
recuperar alguns materiais de uma sucata, que
que a do CCl4.
era composta por limalhas de alumínio, lascas
d) Água e tetracloreto de carbono não se
de plástico tipo polietileno, além de pequenos
misturam e, com isso, podemos concluir que
pedaços de carvão. Uma forma econômica de
recuperar tanto o alumínio quanto o plástico, o tetracloreto de carbono é uma substância de
para posterior reciclagem, utiliza a diferença de caráter apolar.
densidade entre esses materiais, num tanque e) A fase líquida superior (líquido 1) é a água,
com água. Com base nos valores de densidade, pois sua densidade é menor que aquela do
dispostos na tabela abaixo, a sequência de tetracloreto de carbono.
retirada de materiais do tanque seria:
3 (UFV-PASES) Considere os dados da tabela a
seguir:
Material d (g/cm³)
alumínio 2,70
Amostras líquidas Densidade a 25 ºC / (g cm-3)
polietileno 0,98
carvão 0,57 água 1,00
água 1,00
mercúrio 13,55
a) polietileno, alumínio e carvão.
gasolina 0,70
b) alumínio, carvão e polietileno.
c) carvão, polietileno e alumínio.
d) carvão, alumínio e polietileno.
e) polietileno, carvão e alumínio. Um bloco de 7,7 g de madeira de carvalho,
de volume igual a 10 cm3, foi adicionado a um
2 (UNIUBE–PIAS) O tetracloreto de carbono frasco contendo 100 mL de cada um dos três
(CCI4), nas condições ambiente (25 ºC), é um líquidos anteriormente descritos. A figura que
líquido que possui densidade igual a1,58 g/ melhor representa o sistema formado é:
cm³, enquanto a água, nas mesmas condições,
possui densidade igual a 1 g/cm³. Você
tinha uma mistura de pedaços de alumínio
(d = 2,70 g/cm³) e de garrafa plástica de gasolina mercúrio
refrigerante (d = 1,37 g/cm³) e, para separá-
los, fez o seguinte experimento: colocou em
água água
um recipiente um certo volume de tetracloreto
de carbono, seguido de um mesmo volume de
água; em seguida, você adicionou pedaços mercúrio gasolina
da mistura de alumínio e da garrafa plástica
ao recipiente, quando observou a seguinte
situação. a) b)

mercúrio mercúrio gasolina gasolina

gasolina água água

gasolina água mercúrio mercúrio

c) d) e)

A partir da situação anterior e das 4 (UFLA-PAS) Tem-se uma mistura de dois


características envolvidas, assinale a alternativa metais pulverizados, A e B. A densidade do
incorreta: metal A é 1,5 g/ml e a do metal B, 2,5 g/mL.
a) O sólido 2, no fundo do recipiente, é o Para separar e recuperar esses dois metais
alumínio, pois sua densidade é maior que a da intactos, precisa-se de um líquido adequado.
água e a do CCI4. Qual dos líquidos a seguir você deve escolher?
Química 11
Lixo

a) Líquido que reaja apenas com um dos metais e que tenha densidade igual a 1,5 g/mL.
b) Líquido que reaja com ambos os metais e que tenha densidade igual a 2,5 g/mL.
c) Líquido que não reaja com nenhum dos metais e que tenha densidade igual a 2,0 g/mL.
d) Líquido que não reaja com nenhum dos metais e que tenha densidade igual a 1,2 g/mL.
e) Líquido que não reaja com nenhum dos metais e que tenha densidade superior a 2,5 g/mL.

5 (UNIMONTES-PAES) O esquema a seguir representa o processo e o resultado obtidos de um


experimento realizado em uma aula de Ciências, em que foram preparados dois recipientes, um
com água e outro com álcool, acrescidos de um cubo de gelo. No recipiente contendo gelo em álcool,
adicionou-se água aos poucos, até perceber algumas modificações (III e IV).

Modificações em um dos
recipientes, após adição H2O
H2O
de água

I II III IV

Dadas as afirmativas:
I) O líquido do recipiente II é a água, cuja densidade é menor que a do gelo.
II) O recipiente I contém álcool líquido de densidade menor que a da água líquida.
III) O líquido em III constitui uma mistura homogênea com a mesma densidade do gelo.
IV) O líquido representado em IV apresenta densidade maior que o líquido do sistema III.
V) A solução contendo o cubo de gelo IV constitui um sistema heterogêneo trifásico.
VI) O número de afirmativa(s) correta(s) é:
a) 2. b) 1. c) 4. d) 3.

1.3 Estado físico da água


A matéria pode ser um gás, um líquido ou um sólido. Essas três formas são chamadas de estados da
matéria, os quais se diferem em algumas de suas propriedades observáveis mais simples.
Um gás, por exemplo, e também os vapores não tem volume nem forma definida. Sua forma
corresponde ao formato do recipiente, e seu volume também será o do recipiente. Já um líquido tem seu
volume definido, independentemente do recipiente em que se encontra, e um sólido tem tanto forma
quanto volume definidos.

Exemplo:: 1 litro de água sempre terá esse volume, mesmo


sendo colocado em uma jarra, em uma garrafa ou em um
balde. Mas a sua forma não é definida, ou seja, terá a forma do
recipiente.

Exemplo: Quando a água estiver


em uma jarra, terá o formato desse
recipiente. Na garrafa, seu formato
se modificará.

Disponíve
l em: <http
://notic
Acesso em iasr7.com>.
:31 dez. 20
12.

om>.
rdpress.c 12.
tt p :/ /a d amrs.wo d e z . 2 0
h em: 3 1
el em: < Acesso
Disponív
12 Química
Lixo

Trabalhando com Pesquisa

Uma importante propriedade dos gases


que não corresponde aos sólidos nem aos
líquidos é a compressibilidade.
Os gases podem ser comprimidos, enquanto
os sólidos e os líquidos não.

Todas as substâncias são elementos ou compostos. Os elementos não podem ser decompostos em
substâncias mais simples. Em nível molecular, cada elemento é formado somente por um tipo de átomo.
Podemos chamar também os elementos de substâncias simples.
Exemplo:
H2, O2, O3, N2, Cl2.

Já os compostos são constituídos de dois ou mais elementos, logo contêm dois ou mais tipos de átomos.
Podemos chamar esses compostos de substâncias compostas.
A água, por exemplo, é um composto constituído de dois elementos: hidrogênio (H) e oxigênio (O),
sendo que sua fórmula é H2O, ou seja, dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio.

Saiba mais

A) Substância composta formada por dois elementos químicos.


B) Elemento químico.
C) Substância simples formada por um elemento químico.
D) Substância composta formada por 2 elementos químicos.

Temos também as misturas, que são a combinação de duas ou de mais substâncias, nas quais cada
uma mantém sua própria identidade química. Por exemplo, a água do mar constitui uma mistura, já que é
constituída, de água, de vários sais, de gases e de outras substâncias.

A) Sistema puro formado por moléculas compostas.


B) Mistura formada por duas substâncias compostas.
C) Mistura formada por duas substâncias compostas.
D) Substância pura formada por moléculas compostas.
Química 13
Lixo

Na natureza, a maior parte da matéria


simples/elemento
encontra-se quimicamente impura, isto é, na forma
de mistura. Assim, temos a seguinte classificação
para a matéria: composta

Matéria Substâncias

pura
Temperatura de fusão e de ebulição
A temperatura em que uma substância muda do
estado sólido para o líquido ou do líquido para o mistura

sólido é denominada temperatura de fusão.


A temperatura em que uma substância muda do estado líquido para o gasoso e vice-versa é denominada
temperatura de ebulição.
As temperaturas de fusão e de ebulição são determinadas, experimentalmente, por meio de curvas de
aquecimento ou de resfriamento. Quando uma única substância é aquecida (por exemplo, água destilada),
apresenta o gráfico de variação de temperatura constante e gradual. Isso acontece por ser uma substância
pura (formando patamares bem definidos).

Verifique este experimento – um pouco de água destilada é aquecida, obtendo-se os seguintes valores:

Tempo (minutos) Temperatura(ºC) Estado Físico

0 -4º sólido
1 -4º sólido
2 -3 sólido
3 -1 sólido
4 0 sólido + líquido
5 0 sólido + líquido
6 0 sólido + líquido T (ºC)

7 0 sólido + líquido

por
105

Va
8 1º líquido 100
P.E. 95,5
9 6º líquido
10 9º líquido
19 88º líquido
20 92º líquido
o
id

21 95º líquido
qu

22 95º líquido
23 95,5º líquido + vapor
P.F.
24 95,5º líquido + vapor 0 4 7 23 26 t (min)

25 95,5º líquido + vapor


ido
Sól

26 95,5º líquido + vapor -4


27 97º vapor
28 100º vapor
29 102º vapor
30 103º vapor
31 105º vapor

De acordo com os valores apresentados, podemos compreender o porquê de o estado líquido ser o mais encontrado na natureza.
14 Química
Lixo

• Desenhe, em uma folha de papel milimetrado, um gráfico de variação da temperatura em função do


tempo. Após a construção, analise, junto ao seu professor, o tipo de gráfico.

Agora, verifique um segundo experimento.


Aqueceu-se uma solução de 10g de sal de cozinha, com 0,1l de água, obtendo-se os seguintes valores:

Tempo (minutos) Temperatura (ºC) Estado Físico


0 – 5,5 ºC sólido
1 – 1,0 ºC sólido + líquido
2 7,0 ºC líquido
3 18 ºC líquido
T (ºC)
4 27,5 ºC líquido

or
p
Va
5 35 ºC líquido 98 Faixa de
97 Ebulição
6 42 ºC líquido
7 49,5 ºC líquido
8 56 ºC líquido
9 64 ºC líquido
10 69 ºC líquido id
o
qu

11 76 ºC líquido
12 80 ºC líquido

}
7
13 84 ºC líquido Faixa de
Fusão
14 88 ºC líquido -1
19 2021 t (min)

15 91 ºC líquido
Sólido

16 93 ºC líquido
17 94,5 ºC líquido -5,5
18 95,5 ºC líquido
19 97 ºC líquido + vapor
20 98 ºC líquido + vapor
21 98 ºC líquido + vapor

Novamente, desenhe, em uma folha de papel milimetrado, um gráfico da variação da temperatura em


função do tempo.
Com o auxílio de seu professor, analise esse gráfico e compare-o com o construído anteriormente.
Conclua: Quais suas principais diferenças? A que se devem essas diferenças?
Quando aquecemos duas ou mais substâncias misturadas, a temperatura passa a ter pequenas alterações
nas faixas de fusão e de ebulição. Nesse caso, o gráfico não apresentará patamares definidos, pois há uma
variação da temperatura durante a mudança de estado físico. Os pontos de fusão e de ebulição variam de
substância para substância.

Saiba mais

Existem duas misturas especiais, chamadas eutéticas e azeotrópicas. Seus gráficos apresentam um
comportamento anômalo frente às misturas convencionais.
Química 15
Lixo

Azeotrópicas
T (ºC)
Vapor
P.E.

Líquido

}Faixa
Fusão
de

Sólido

t (min)

São misturas que possuem ponto de ebulição (constante) e faixa de fusão (inconstante).
Exemplo: H2O + álcool.

Eutéticas
T (ºC)

or
p
Va
}Faixa de
Ebulição

Líquido
P.F.

Sólido

t (min)

São misturas que possuem ponto de fusão (constante) e faixa de ebulição (inconstante).
Exemplos: Ligas metálicas.

Saiba mais
Disponível em: <www.terragalleria.com>. Acesso em: 27 dez. 2005.

Para determinar os pontos de fusão e de ebulição, deve-se


considerar, também, a pressão atmosférica.
Por exemplo, a água a 1 atm de pressão entra em ebulição
a 100 ºC.
Para melhorar esse conceito, analisaremos dois exemplos.
1) Em que local a água ferve mais rápido: no pico de uma montanha
ou ao nível do mar? Ao ferver, a temperatura de ebulição da água
será a mesma nos dois locais?
2) Por que os alimentos cozinham mais rápido na panela de
pressão que nas panelas “convencionais”?
Para respondermos a essas duas questões, devemos levar
em conta a pressão.
À medida que subimos uma montanha, a pressão atmosférica
torna-se menor, devido à diminuição da concentração de ar.
Já ao nível do mar, a concentração de ar é maior e,
consequentemente, a pressão será maior.

Mas como a pressão interfere


nos pontos de fusão e de ebulição?
Prezado leitor,
 
Agradecemos o interesse em nosso
material. Entretanto, essa é somente
uma amostra gratuita.

Caso haja interesse, todos os materiais


do Sistema de Ensino CNEC estão
disponíveis para aquisição através
de nossa loja virtual.

loja.cneceduca.com.br

Você também pode gostar