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SUMÁRIO DO VOLUME
QUÍMICA
QUÍMICA DO COTIDIANO 5
1. Lixo 5
1.1 O lixo e as suas consequências 5
1.2 Classificação do Lixo 6
1.3 Estado físico da água 11
1.4 Lixos e doenças 22
2. Química da vida – água 50
2.1 A água e sua importância 50
2.2 Distribuição de água doce no Brasil e no mundo 51
2.3 A água presente no subsolo – os aquíferos 52
2.4 Ciclo da água 53
2.5 As diferentes utilizações da água pelo ser humano 55
2.6 As principais características da água para seus diferentes usos 56
2.7 As propriedades incomuns da água (H2O) 56
2.8 Os diferentes tipos de poluição nas águas 68
2.9 Tratamentos para águas municipais 72
3. A química das substâncias naturais 74
3.1 Introdução à Química Orgânica 74
3.2 Bioquímica: a química da sobrevivência 86
ESTUDO DO ÁTOMO 98
4. O átomo e a tecnologia - seus modelos e suas partículas 98
4.1 A Filosofia grega descobrindo o átomo 98
4.2 O átomo esférico e indivisível - modelo atômico de Dalton 99
4.3 O tubo de imagem da televisão - a descoberta do elétron por Thomson 100
4.4 O Sistema Solar e sua contribuição para o átomo nuclear - Rutherford 101
4.5 Os fogos de artifício - Böhr e os níveis de energia 106
5. Propriedades e utilização dos elementos e suas substâncias 120
5.1 A classificação periódica dos elementos 120
Química 3
SUMÁRIO COMPLETO
VOLUME 1
VOLUME 2
VOLUME 3
QUÍMICA DO COTIDIANO
1. LIXO
Sabe-se que a produção de resíduos é um processo implacável
e inerente à vida do ser humano; entretanto, a lata de lixo
não é um desintegrador mágico de matéria!
forem recicláveis para a coleta seletiva. Há ações que só não as fazemos, por não sabermos como.
Segundo dados obtidos, em abril de 2012, no Brasil, a falta de um destino correto para o lixo urbano é
um dos principais problemas ambientais do Brasil, que concentra quase toda a produção de lixo em 4 600
lixões. O Brasil, segundo dados de mesma fonte, comporta somente 1% do que se gera e recicla somente
0,8%, números muito abaixo do esperado.
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Adaptado para o Acervo CNEC.
As imagens mostram três famílias, uma alemã, uma americana e uma africana,
com seu consumo semanal mostrado pelo trabalho de Peter Menzel.
A visão do lixo como problema a ser enfrentado só se firmou no século XIX, quando a Revolução
Industrial instituiu um novo patamar de tecnologia, de conforto, de produtos – e de resíduos, montanhas
de resíduos. O lixo, a partir daí, foi empurrado pela comprovação científica de seu papel como causador
de várias doenças; começou, então, a ser um desafio para a humanidade. A industrialização incorporou ao
cotidiano das pessoas uma série de novos produtos – e, mais que todos eles, o plástico, que, por demorar
um século para se decompor e nunca desaparecer completamente, hoje enfeia ruas, praias, rios e até o
fundo do mar. O impulso industrial também contribuiu para o surgimento das metrópoles – e, quanto
mais gente confinada em determinado espaço, mais detritos se acumulam.
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QUANTO MAIS LIXO, MAIS PROBLEMAS
O aumento da geração de resíduos sólidos tem várias consequências negativas: custos cada
vez mais altos para coleta e tratamento do lixo; dificuldade para encontrar áreas disponíveis para
aterrá-los; grande desperdício de matérias-primas. Por isso, o lixo deve ser integrado ao ciclo
produtivo ou à natureza. Outras consequências do enorme volume de lixo gerado pelas sociedades
modernas, quando é depositado em locais inadequados ou quando a coleta é deficitária, são:
• contaminação do solo, do ar e da água;
• proliferação de vetores transmissores de doenças;
• entupimento de redes de drenagem urbana;
• enchentes e desmoronamentos;
• degradação do ambiente e depreciação imobiliária;
• indiretamente, doenças, absenteísmo e mortes.
Adaptado para Acervo CNEC.
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Ao falarmos em lixo orgânico, referimo-nos aos restos de animais e vegetais, principalmente as sobras de
alimentos. Esses materiais decompõem-se em curto prazo e, por isso, podem ser transformados em algum tipo de
adubo. Essa classificação de “lixo orgânico” não coincide com a utilizada na Química.
Em Química, orgânica é a área que estuda as substâncias de carbono, e inorgânica, a área que estuda as
substâncias dos demais elementos químicos.
Texto retirado do livro Química e Sociedade – módulo 1,
Identificação de materiais e substâncias.
De fato, essa é uma questão difícil de ser definida com precisão. Mas, uma definição imediata é que a
matéria é qualquer coisa que tem massa e ocupa espaço.
Portanto, o ouro, a água e a carne humana são formas da matéria, já radiação
eletromagnética (luz), justiça e amor não são.
Em nosso cotidiano, o nome dado à matéria é substância. Entretanto,
substância em Química é uma forma pura e simples de
matéria.
A substância, que é a matéria em geral, existe em
uma variedade de formas, chamadas de estado da
matéria (sólido, líquido e gasoso).
Partindo da definição de matéria, conclui-se, então,
que são duas as propriedades intrínsecas da matéria,
dependendo do tamanho da amostra.
Apesar de os valores das grandezas físicas, chamadas de massa e volume, de cada material, variarem
em função da quantidade, a razão entre eles (m/v) é sempre constante.
A razão entre massa e volume é uma propriedade intensiva da matéria, ou seja, não depende da
quantidade e sim do material do qual ela é feita. O nome dado a essa razão é densidade e, sendo uma
propriedade específica, é considerada também uma grandeza. Para calcular a densidade de um material,
utiliza-se, então, a equação a seguir, em que d representa densidade, m, a massa, e v, o volume.
m
d = ___
V
Baseados nos dados apresentados, podemos responder às perguntas feitas anteriormente e entender o
porquê de o gelo se comportar de forma diferente nos líquidos apresentados anteriormente. Quando em
água, o gelo possui menor densidade, por isso boia. Já com o álcool, ele torna-se mais denso, por isso afunda.
Toda grandeza deve ser representada por um número, seguido de uma unidade de medida.
No caso da densidade, a unidade será sempre uma grandeza de massa (mg, g, kg) por unidade de volume
(cm, mL, L). Os testes de qualidade realizados pelas indústrias são baseados nos valores da densidade,
visto que ela varia de acordo com a sua composição. Outro teste de qualidade que é realizado, tendo por
base a densidade, é de controle de qualidade do álcool combustível.
10 Química
Lixo
c) d) e)
a) Líquido que reaja apenas com um dos metais e que tenha densidade igual a 1,5 g/mL.
b) Líquido que reaja com ambos os metais e que tenha densidade igual a 2,5 g/mL.
c) Líquido que não reaja com nenhum dos metais e que tenha densidade igual a 2,0 g/mL.
d) Líquido que não reaja com nenhum dos metais e que tenha densidade igual a 1,2 g/mL.
e) Líquido que não reaja com nenhum dos metais e que tenha densidade superior a 2,5 g/mL.
Modificações em um dos
recipientes, após adição H2O
H2O
de água
I II III IV
Dadas as afirmativas:
I) O líquido do recipiente II é a água, cuja densidade é menor que a do gelo.
II) O recipiente I contém álcool líquido de densidade menor que a da água líquida.
III) O líquido em III constitui uma mistura homogênea com a mesma densidade do gelo.
IV) O líquido representado em IV apresenta densidade maior que o líquido do sistema III.
V) A solução contendo o cubo de gelo IV constitui um sistema heterogêneo trifásico.
VI) O número de afirmativa(s) correta(s) é:
a) 2. b) 1. c) 4. d) 3.
Disponíve
l em: <http
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Acesso em iasr7.com>.
:31 dez. 20
12.
om>.
rdpress.c 12.
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h em: 3 1
el em: < Acesso
Disponív
12 Química
Lixo
Todas as substâncias são elementos ou compostos. Os elementos não podem ser decompostos em
substâncias mais simples. Em nível molecular, cada elemento é formado somente por um tipo de átomo.
Podemos chamar também os elementos de substâncias simples.
Exemplo:
H2, O2, O3, N2, Cl2.
Já os compostos são constituídos de dois ou mais elementos, logo contêm dois ou mais tipos de átomos.
Podemos chamar esses compostos de substâncias compostas.
A água, por exemplo, é um composto constituído de dois elementos: hidrogênio (H) e oxigênio (O),
sendo que sua fórmula é H2O, ou seja, dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio.
Saiba mais
Temos também as misturas, que são a combinação de duas ou de mais substâncias, nas quais cada
uma mantém sua própria identidade química. Por exemplo, a água do mar constitui uma mistura, já que é
constituída, de água, de vários sais, de gases e de outras substâncias.
Matéria Substâncias
pura
Temperatura de fusão e de ebulição
A temperatura em que uma substância muda do
estado sólido para o líquido ou do líquido para o mistura
Verifique este experimento – um pouco de água destilada é aquecida, obtendo-se os seguintes valores:
0 -4º sólido
1 -4º sólido
2 -3 sólido
3 -1 sólido
4 0 sólido + líquido
5 0 sólido + líquido
6 0 sólido + líquido T (ºC)
7 0 sólido + líquido
por
105
Va
8 1º líquido 100
P.E. 95,5
9 6º líquido
10 9º líquido
19 88º líquido
20 92º líquido
o
id
21 95º líquido
qu
Lí
22 95º líquido
23 95,5º líquido + vapor
P.F.
24 95,5º líquido + vapor 0 4 7 23 26 t (min)
De acordo com os valores apresentados, podemos compreender o porquê de o estado líquido ser o mais encontrado na natureza.
14 Química
Lixo
or
p
Va
5 35 ºC líquido 98 Faixa de
97 Ebulição
6 42 ºC líquido
7 49,5 ºC líquido
8 56 ºC líquido
9 64 ºC líquido
10 69 ºC líquido id
o
qu
Lí
11 76 ºC líquido
12 80 ºC líquido
}
7
13 84 ºC líquido Faixa de
Fusão
14 88 ºC líquido -1
19 2021 t (min)
15 91 ºC líquido
Sólido
16 93 ºC líquido
17 94,5 ºC líquido -5,5
18 95,5 ºC líquido
19 97 ºC líquido + vapor
20 98 ºC líquido + vapor
21 98 ºC líquido + vapor
Saiba mais
Existem duas misturas especiais, chamadas eutéticas e azeotrópicas. Seus gráficos apresentam um
comportamento anômalo frente às misturas convencionais.
Química 15
Lixo
Azeotrópicas
T (ºC)
Vapor
P.E.
Líquido
}Faixa
Fusão
de
Sólido
t (min)
São misturas que possuem ponto de ebulição (constante) e faixa de fusão (inconstante).
Exemplo: H2O + álcool.
Eutéticas
T (ºC)
or
p
Va
}Faixa de
Ebulição
Líquido
P.F.
Sólido
t (min)
São misturas que possuem ponto de fusão (constante) e faixa de ebulição (inconstante).
Exemplos: Ligas metálicas.
Saiba mais
Disponível em: <www.terragalleria.com>. Acesso em: 27 dez. 2005.
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