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A transmissão do agente (Mycobacterium tuberculosis, ou bacilo de Koch – BK,

isolado em 1882) se faz de pessoa a


pessoa, através de aerossóis. Os pulmões são, portanto, o primeiro local a
entrar em contato com a bactéria e a sofrer lesões.
A infecção leva a uma reação de hipersensibilidade a antígenos do bacilo, a
qual pode ser avaliada pelo teste cutâneo à
tuberculina.

Reações do hospedeiro
Como discutido nos Capítulos 3 e 4, a agressão por um microrganismo é
seguida de uma reação inflamatória inespecífica
(resposta imunitária inata), que consiste na migração de leucócitos (células
efetoras) para os tecidos a fim de eliminar ou
conter o agente invasor. Em geral, essa reação consegue conter a
multiplicação da maioria dos agentes agressores. Quando
esse mecanismo é insuficiente, o organismo dispõe de outra forma de
resposta, que é a reação imunitária adaptativa,
específica; na tuberculose, esta se faz mediante reação inflamatória
granulomatosa
O Mycobacterium tuberculosis possui três componentes em sua parede, cada
um com determinada função na reação
inflamatória: (1) lipídeos, que são responsáveis pela ativação de monócitos e
macrófagos e sua posterior transformação em
células epitelioides e células gigantes multinucleadas; (2) proteínas
(tuberculoproteína), que conferem sensibilização ao
bacilo e contribuem para a formação de células epitelioides e células gigantes;
(3) carboidratos, responsáveis pela reação
neutrofílica.
Dependendo da carga inalada, alguns bacilos escapam dos mecanismos
habituais de fagocitose e ganham acesso aos
alvéolos, após vencerem as defesas usuais nas porções superior e inferior do
trato respiratório. Por características anatômicas
da ventilação pulmonar, a maior O Mycobacterium tuberculosis possui três
componentes em sua parede, cada um com determinada função na reação
inflamatória: (1) lipídeos, que são responsáveis pela ativação de monócitos e
macrófagos e sua posterior transformação em
células epitelioides e células gigantes multinucleadas; (2) proteínas
(tuberculoproteína), que conferem sensibilização ao
bacilo e contribuem para a formação de células epitelioides e células gigantes;
(3) carboidratos, responsáveis pela reação
neutrofílica.
Dependendo da carga inalada, alguns bacilos escapam dos mecanismos
habituais de fagocitose e ganham acesso aos
alvéolos, após vencerem as defesas usuais nas porções superior e inferior do
trato respiratório. Por características anatômicas
da ventilação pulmonar, a maior quantidade de bacilos aloja-se inicialmente na
região superior do lobo inferior ou segmento
inferior do lobo superior, onde se forma o nódulo subpleural do complexo
primário (ver adiante). Dessa região, pode haver
disseminação linfática ou hematogênica para outros órgãos, onde mais tarde
pode surgir a tuberculose de órgãos isolados.
Uma vez nos alvéolos e com todas as condições de aeração, inicia-se a
sequência de reações descritas a seguir.de bacilos aloja-se inicialmente na
região superior do lobo inferior ou segmento
inferior do lobo superior, onde se forma o nódulo subpleural do complexo
primário (ver adiante). Dessa região, pode haver
disseminação linfática ou hematogênica para outros órgãos, onde mais tarde
pode surgir a tuberculose de órgãos isolados.
Uma vez nos alvéolos e com todas as condições de aeração, inicia-se a
sequência de reações descritas a seguir.

Tuberculose primária
Tuberculose primária, que ocorre em indivíduos que não tiveram contato prévio
com o M. tuberculosis, é mais comum
em crianças, mas pode acometer também adultos ou idosos que se mudam de
ambiente pouco contaminado para locais com
maior risco de contágio. Na maioria dos indivíduos, a tuberculose primária é
assintomática e tem evolução “benigna”. O
primeiro contato do bacilo com o indivíduo (primoinfecção) determina diversas
reações: exsudativa (nódulo exsudativo),
produtiva (granuloma duro), produtivo-caseosa (granuloma com necrose
caseosa) ou cicatrizante (nódulo calcificado).

Complexo de Ghon
A reação inflamatória inicial e os granulomas, com ou sem necrose, formam-se
preferencialmente na região inferior do
lobo superior ou na superior do lobo inferior. O conjunto desses granulomas
recebe o nome de nódulo de Ghon. A partir
deste, os bacilos alcançam os vasos linfáticos e os linfonodos hilares, onde
promovem o mesmo tipo de reação inflamatória,
ou seja, linfadenite granulomatosa. Ao conjunto de nódulo de Ghon e
linfadenite (Figura 14.37) dá-se o nome de complexo
primário ou complexo de Ghon.
O complexo primário pode ter dois destinos: (1) cura, que ocorre na grande
maioria dos casos. A cura se dá pela
destruição do microrganismo e por cicatrização e calcificação das lesões, tanto
no parênquima pulmonar quanto nos
linfonodos; a infecção deixa apenas uma pequena cicatriz, indicativa de que
algum dia o indivíduo entrou em contato com o
bacilo, desenvolveu hipersensibilidade, conseguiu controlar o crescimento
bacteriano e não desenvolveu a doença. Em certas
pessoas, alguns bacilos podem permanecer latentes (viáveis) nesses locais por
muito tempo, mas sem provocar lesões (forma
latente). Se, por qualquer motivo, o indivíduo sofre queda de suas defesas, os
microrganismos voltam a se multiplicar e
originam doença (tuberculose secundária – ver adiante); (2) tuberculose-
doença. Quando não há cura da infecção, os bacilos
persistem nos tecidos, multiplicam-se e podem se disseminar para os próprios
pulmões (pelas vias aéreas) ou para outros
órgãos (pela via sanguínea). Esse quadro constitui a tuberculose primária
progressiva, que acomete a minoria dos indivíduos
que têm o primeiro contato com o bacilo (< 5%), geralmente acontece na
infância e se apresenta sob as formas de pneumonia
caseosa ou de tuberculose miliar, ambas muito graves.

O DIAGNOSTICO DA TUBERCULOSE PODE ACONTTECER COM UMA


SERIE DE EXAMES DOS MAIS ESPECIFICOS PARA OS MENOS
ESPECIFICOS. Então assim :

O que a RADIOGRAFIA DE TORAX pode mostrar num quadro de


tuberculose ? Geralmente ela vai ter alguns
INFILTRADOS ali na região principalemente no ápice em LOBOS
SUPERIORES,que é a área mais areada do pulmão . Entao vc pode ve um
infiltrado e pode ate ve uma cavitação que pode ser corresponde ao que
se chama caverna de tuberculose,que é uma região que sofreu necrose
caseosa. Isso faz parte da patologia da tuberculose ,então o paciente
pode ter so o infiltrado ou pode ter também uma caverna ou cavitacao

Em relação a BACILOSCOPIA ,os pacientes baciliferos,eles vao fazer


incisão de baciloscopia. Como é feito? São pelo AO MENOS 2
AMOSTRAS,o paciente vai tentar fazer um escarro e vc vai fazer pelo
menos 2 amosttras de escarro e tentar corar aquilo com BAAR .Enttao
isso que chamamos de baciloscopia. O paciete que não tem escarro ,ele
pode fazer o escarro induzido que vc coloca uma nebulizacao com
micropartículas e produz o escarro,esse é mais sensivel e mais
especifico.e vc precisa de uma amostra só.

DEVE SER REALIZADA SEMPRE QUE SE SUSPEITA


BAAR A MICROSCOPIA
AO MENOS 2 AMOSTRAS

CULTURA
IDENTIFICA O AGENTE + PERFIL DE SENSIBILIDADE
CASOS SUSPEITOS COM BAAR NEGATIVO
ALTO RISCO DE RESISTENCIA AO TRATAMENTO INICIAL

PPD
TESTE DE TRIAGEM

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