Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Gerência de Projetos
01
Sumário
UNIDADE 4 - Gestão de comunicação e riscos
Síntese....................................................................................................................................................26
Referências Bibliográficas.........................................................................................................................27
Unidade 4 Apresentação
A partir dessas perguntas, temos uma ideia do que será tratado nesta unidade. Ela você
compreenderá os conceitos de gestão de comunicação e de riscos em um projeto.
Bons estudos!
05
Capítulo 4 Gestão de
comunicação e riscos
Planejamento das Comunicações
A importância das habilidades de comunicação, de suas formas e métodos e de como aplicá-
los está bem clara para um ambiente de projetos, mas você saberia realizar essas ações?
Poderia identificar as dimensões e barreiras à comunicação? É possível que você conceitue
um plano de gerenciamento de comunicações e saiba identificar as ferramentas e técnicas
necessárias para que esse plano seja elaborado?
Se não estão bem definidos para você os passos necessários para a gestão das comunicações
de um projeto, então, esta é a oportunidade para que compreenda tais temas. No estudo
deste tópico, o objetivo é que você alcance o seguinte objetivo de aprendizagem: conhecer as
técnicas mais efetivas para elaboração de um plano de comunicação do projeto.
Quando tratamos sobre estilos de gestão de equipes, negociação e resolução de conflitos, foi
possível visualizar e entender a importância das habilidades interpessoais para o gerente de
projetos. O que se pode perceber em quase todas é que o gerente de projetos deve se esforçar
por dominar habilidades de comunicação.
Vejamos as formas em que pode ocorrer a comunicação e as principais barreiras para que esta
ocorra.
Dimensões da Comunicação
O PMBOK (2012) cita algumas potenciais dimensões em que a comunicação pode ocorrer,
veja-as a seguir:
• escrita e oral;
Barreiras à Comunicação: como fatores que podem dificultar ou até impedir uma
comunicação eficiente, podemos citar:
07
Ebook - Gestão de Projetos
• informação excessiva;
• diferenças culturais.
Sabendo que o gerente de projetos tem por obrigação garantir uma boa comunicação durante
o projeto, as seguintes habilidades tornam-se extremamente importantes:
• educar a fim de aumentar o conhecimento da equipe para que ela seja mais eficaz;
• gerenciar as comunicações;
• controlar as comunicações.
A seguir, você vai entender um pouco mais sobre o processo de planejar o gerenciamento das
comunicações.
09
Ebook - Gestão de Projetos
Existem diferentes ferramentas e técnicas que podem ser aplicadas para elaborar um plano
de comunicação para o projeto. No PMBOK (2012), no tópico sobre conjunto de melhores
práticas de gerenciamento de projetos, são apontadas as seguintes:
Variadas fontes de informações podem ser usadas para identificar e definir os requisitos das
comunicações do projeto, entre elas:
• organogramas;
• informações das partes interessadas e seus requisitos contidos no registro das partes
interessadas.
Transmitir a
mensagem
Confirmar a
Ruído
mensagem
Emissor Receptor
Melo
Decodificar Codificar
Mensagem de
Ruído feedback
Métodos de Comunicação: existem variados métodos que podem ser aplicados para o
compartilhamento de informações entre as partes interessadas do projeto, que podem, de
modo geral, ser classificados em:
• comunicação interativa: ocorre entre duas ou mais partes que realizam troca
de informações multidirecional. Inclui telefonemas, mensagens instantâneas,
teleconferências, videoconferências, entre outras;
11
Ebook - Gestão de Projetos
Os tipos de reuniões em que as comunicações dos projetos podem ocorrer são variados,
normalmente envolvendo as partes interessadas que pretendem resolver problemas ou
tomar determinadas decisões. As reuniões podem ser informais ou formais; neste último
caso, geralmente, contêm uma pauta, que é transmitida anteriormente com as informações
específicas para a reunião.
Se você não soube responder a uma ou mais dessas perguntas, ou ainda se ficou em dúvida
sobre elas, este é o momento perfeito para compreendê-las.
O desafio neste tópico é que você entenda os principais processos e técnicas para elaborar o
plano de comunicação e condução de reuniões.
O processo Gerenciar as Comunicações objetiva garantir que o que foi planejado seja
executado. Nele, as informações do projeto são criadas, distribuídas, armazenadas,
recuperadas e disponibilizadas de acordo com o plano de gerenciamento das comunicações.
• estilo de redação: uso adequado da voz ativa ou passiva, estrutura das frases e
escolha das palavras;
13
Ebook - Gestão de Projetos
Esses relatórios precisam fornecer informações no nível apropriado para cada público. Seu
formato pode variar do mais simples até relatórios mais elaborados, sendo regulares ou
pontuais. Os relatórios de desempenho mais elaborados podem incluir:
• liderança;
• desenvolvimento da equipe;
• motivação;
• comunicação;
• influência;
• processo decisório;
• negociação;
• estabelecimento de confiança;
• gerenciamento de conflitos;
• coaching.
Entendendo que a entrega dos resultados do projeto ocorre porque o gerente do projeto realiza
seu trabalho através de sua equipe e de outras partes interessadas nos resultados, verificamos
que a aplicação das habilidades de comunicação, principalmente por meio de reuniões, é
extremamente necessária.
Pensar a reunião como se fosse um projeto, planejando-a previamente para que sua condução
e conclusão transcorram sem maiores problemas, é papel do gerente de projetos. Para otimizá-
las, alguns passos podem ser seguidos. Veja a seguir:
• definir o escopo;
• definir o cronograma;
Para que uma reunião de projetos seja produtiva e alcance seus objetivos propostos, algumas
práticas devem ser adotadas:
Além das práticas destacadas, a figura a seguir retrata como o gerente de projetos pode
conduzir reuniões eficientes:
Você viu até aqui os esforços e as técnicas que o gerente de projetos pode utilizar para
gerenciar com sucesso as comunicações. O uso da ferramenta de reuniões faz parte da
rotina de um ambiente de projetos, por isso esse destaque para como uma reunião deve ser
planejada e conduzida.
Se reuniões bem planejadas, agendadas e executadas garantirão que o projeto seja um sucesso
não se pode afirmar, mas, com certeza, se aplicada com eficácia, essa ferramenta aproximará
a equipe de uma conclusão exitosa do projeto.
O termo risco é comumente entendido como a possibilidade de algo não dar certo. No
entanto, seu conceito atual envolve a quantificação e qualificação da incerteza, no que diz
respeito às perdas e aos ganhos, de acordo com o rumo dos acontecimentos planejados por
indivíduos ou organizações.
Assumir riscos é uma faca de dois gumes, pois pode diferenciar empresas líderes das que
passam por fracassos retumbantes. O resultado das iniciativas de negócios mostra que o risco
pode ser gerenciado com a finalidade de subsidiar os administradores na tomada de decisão,
buscando alcançar objetivos e metas do prazo, do custo e das condições preestabelecidas.
1. um evento;
2. a probabilidade de ocorrência do evento;
3. o impacto decorrente do evento.
Um risco pode ter diferentes motivadores, com um ou mais impactos, caso venha a acontecer.
As condições de risco podem incluir aspectos do ambiente da organização ou do projeto
que contribuem para os riscos do projeto, como práticas imaturas de gerenciamento de
projetos, inexistência de sistemas integrados de gerenciamento, vários projetos simultâneos ou
dependência de envolvidos externos ao controle direto do projeto.
Com origem na incerteza existente nos projetos e nos objetivos organizacionais, os riscos
conhecidos são aqueles identificados e analisados, que possibilitam o planejamento de
respostas. Uma reserva de contingência deve ser destacada para os riscos conhecidos que não
podem ser gerenciados de forma proativa. Já para os riscos desconhecidos podem ser criadas
reservas de gerenciamento.
• identificar os riscos;
17
Ebook - Gestão de Projetos
• controlar os riscos.
Identificar os riscos
Este é o processo de determinação dos riscos que podem afetar o projeto e também de
documentação de suas características. Seus principais benefícios são a documentação dos
riscos existentes e o conhecimento e a capacidade que ele fornece à equipe de projeto de
antecipar os eventos.
• internos: riscos que a equipe do projeto pode controlar ou influenciar, tais como
definição de recursos humanos ou estimativas de custo;
• externos: riscos que estão fora do controle ou da influência da equipe do projeto, tais
como os referentes às mudanças de mercado ou decisões políticas do governo;
• previsíveis ou imprevisíveis;
Se tomarmos conhecimento das possíveis causas de riscos, podemos nos antecipar e identificar
de forma mais certeira esses riscos. Como principais fontes de riscos em projetos, temos:
• orçamentos inadequados;
• Brainstorming: a meta dessa técnica é obter uma lista abrangente dos riscos do
projeto, geralmente é feita com um grupo multidisciplinar de especialistas que não
fazem parte da equipe do projeto. As ideias são geradas sob a liderança de um
facilitador. As categorias de risco, como uma estrutura analítica dos riscos (EAR),
podem ser usadas como uma referência. Depois, os riscos são identificados e
categorizados por tipo, tendo suas definições refinadas.
• Técnica Delphi: é uma técnica não interativa, em que o grupo não se reúne,
ocorrendo inicialmente com o envio de questionários a cada especialista escolhido,
normalmente abordando um cenário específico. Depois de respondidos, os
questionários são analisados e as principais conclusões são resumidas. Os
questionários retornam aos especialistas, que podem rever as respostas e alterá-las se
for necessário, justificando se tiverem divergência de opinião. O processo de resumo
e revisão repete-se até que se atinja um consenso entre todos os especialistas.
Análise de listas de verificação (checklists): podem ser desenvolvidas com base nas
informações históricas e no conhecimento que foram acumulados a partir de projetos
semelhantes anteriores e de outras fontes de informação. O nível mais baixo da EAR também
pode ser usado como uma lista de verificação dos riscos. Embora tal lista de verificação possa
ser rápida e simples, é impossível construir uma lista completa. É necessário explorar itens que
não aparecem na lista de verificação. Ela deve ser revisada no encerramento do projeto para
que seu uso em futuros projetos seja aperfeiçoado.
Análise das premissas: todos os projetos são concebidos com base em um conjunto de
hipóteses, cenários ou premissas. A análise das premissas explora a validade das premissas
assim que elas se aplicam ao projeto. Ela identifica os riscos do projeto causados pelo caráter
inexato, inconsistente ou incompleto das premissas.
Técnicas com diagramas: as técnicas de digramas para estudo de riscos podem incluir:
19
Ebook - Gestão de Projetos
Estimativas Condição
do projeto do risco
Atividade
Entregas
do projeto
Análise das Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças (SWOT): esta técnica garante o
exame do projeto de cada uma das perspectivas da análise SWOT, para aumentar a amplitude
dos riscos considerados. Nela, são identificadas as forças e fraquezas da organização,
enfatizando a organização do projeto ou a área do negócio em geral. Depois, são identificadas
as ameaças decorrentes das fraquezas e as oportunidades que se apresentam a partir das
forças organização.
• alta administração;
Reuniões: são as reuniões realizadas para desenvolver o plano de gerenciamento dos riscos do
projeto. Seus participantes são o gerente do projeto, os membros selecionados da equipe do
projeto e das partes interessadas, qualquer pessoa responsável pelo planejamento e execução
do gerenciamento de riscos, e outras pessoas, caso necessário.
Os planos de alto nível para conduzir as atividades de gerenciamento dos riscos são definidos
nessas reuniões. Abordagens para a utilização de reservas de contingências podem ser criadas
ou revisadas. As responsabilidades pelo gerenciamento dos diferentes tipos de riscos devem ser
atribuídas nessas reuniões.
Se esses questionamentos geram dúvidas ou você nunca ouviu falar de riscos positivos, esta
é uma ótima oportunidade de um aprendizado mais aprofundado sobre o gerenciamento dos
riscos de um projeto. Neste tópico, seu desafio será: entender os tipos de respostas a riscos e
formas de monitoramento.
Os processos de planejar as respostas aos riscos e controlar os riscos visam à manutenção dos
riscos sob controle e a atuação imediata sobre um ou mais riscos caso venham a ocorrer.
Baseando-se nas informações contidas no plano de gerenciamento dos riscos e no registro dos
riscos, o processo de planejar as respostas aos riscos desenvolve opções e determina ações
para aumentar as oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do projeto. Ele inclui a
identificação e designação de um ou mais indivíduos “proprietário(s) das respostas a riscos”
que assumirão a responsabilidade sobre cada resposta a riscos acordada e financiada.
21
Ebook - Gestão de Projetos
O planejamento de respostas aos riscos aborda os riscos de acordo com a sua prioridade,
inserindo recursos e atividades no orçamento, cronograma e plano de gerenciamento do
projeto, conforme necessário.
O plano de respostas aos riscos deve ser executado de forma a responder apropriadamente à
severidade dos riscos analisados, por meio de:
De acordo com o PMBOK (2012), várias estratégias de respostas aos riscos estão disponíveis.
Para cada risco, deve ser selecionada a estratégia ou associação de estratégias com mais
probabilidade de ser eficaz. As ferramentas da análise de risco, como análise da árvore de
decisão, podem ser usadas para escolher as respostas mais adequadas.
Pode ser desenvolvido um plano alternativo para implementação caso a estratégia selecionada
não se mostre eficaz ou se um risco aceito ocorrer. Devem ser também revistos os riscos
secundários, colaterais. Caso seja desenvolvida uma reserva para contingências de tempo ou
custo, ela deve incluir a identificação das condições que acionam o seu uso, os gatilhos.
Três das estratégias a seguir, em geral, aplicam-se a ameaças ou riscos que, caso ocorram,
podem ocasionar impactos negativos nos objetivos do projeto. A quarta estratégia, aceitar,
pode ser usada tanto para riscos negativos ou ameaças como para riscos positivos ou
oportunidades. Essas estratégias são prevenir, transferir, mitigar ou aceitar.
Três das quatro respostas são sugeridas para tratar de riscos com impactos potencialmente
positivos sobre os objetivos do projeto. Vimos que a quarta estratégia, aceitar, pode ser usada
tanto para riscos negativos ou ameaças como para riscos positivos ou oportunidades. Elas são
explorar, compartilhar, melhorar ou aceitar.
Algumas respostas são projetadas para serem usadas somente se determinados eventos
ocorrerem. Para alguns riscos, a equipe de projeto pode fazer um plano de respostas que só
será executado sob condições predefinidas, caso haja alerta suficiente para aplicar o plano. Os
eventos que acionam a resposta de contingência, como marcos intermediários perdidos ou o
aumento da prioridade de um fornecedor, devem ser definidos e acompanhados.
As respostas planejadas a riscos, que são incluídas no plano de gerenciamento do projeto, são
executadas no decorrer do seu ciclo de vida, mas o trabalho do projeto deve ser continuamente
monitorado na busca por riscos novos, modificados ou desatualizados.
23
Ebook - Gestão de Projetos
Técnicas como a análise de variações e tendências, que exigem o uso das informações de
desempenho geradas na execução do projeto, são utilizadas no processo de controlar os riscos.
Outras finalidades de tal processo determinam que:
As ferramentas e técnicas que podem ser utilizadas para o controle eficaz dos riscos são:
Auditorias de riscos: são os exames e documentações da eficácia das respostas para lidar
com os riscos identificados, além da eficácia do processo de gerenciamento dos riscos. A
responsabilidade do gerente de projetos é garantir que as auditorias ocorram de acordo com
o plano de riscos, podendo ser incluídas nas reuniões rotineiras de revisão do projeto ou em
reuniões separadas.
Reuniões: mais uma vez as reuniões aparecem como uma técnica de gerenciamento. No
caso da gestão de riscos, ela deve estar na pauta das reuniões periódicas sobre o andamento
do projeto. O tempo necessário para discussões sobre os riscos variará de acordo com sua
prioridade e da dificuldade da resposta a ele, mas as discussões frequentes sobre riscos
aumentam a probabilidade de as pessoas identificarem as ameaças e oportunidades do
projeto.
O controle dos riscos é um processo constante durante todo o ciclo de vida do projeto e trata
da implementação, acompanhamento, monitoramento e avaliação das respostas aos riscos
quando estes ocorrem. As técnicas de controle incluem diferentes tipos de análises e medição
comparativa entre o planejado e o real, além de reuniões de monitoramento.
Categoria Estratégia
Risco Identificado
do Risco de Resposta
25
Referências Bibliográficas
BERNSTEIN, P. L. Against The Gods: The Remarkable Story of Risk. New York: John Wiley &
Sons, 1996.