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11 Vede com que letras grandes vos escrevi de meu próprio punho.
12 Todos os que querem ostentar-se na carne, esses vos constrangem a vos
circuncidardes, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de
Cristo. 13 Pois nem mesmo aqueles que se deixam circuncidar guardam a lei;
antes, querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne.
14 Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus
Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo. 15
Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova
criatura.
16 E, a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e
misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus.
17 Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas
de Jesus.
18 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja, irmãos, com o vosso espírito.
Amém!
William Barclay diz que os romanos respeitavam a religião judaica. Sua prática
era permitida oficialmente. A circuncisão constituía a marca indiscutível do
judeu, de modo que os falsos pastores viam na circuncisão o salvo-conduto que
lhes daria segurança no caso de se instalar uma perseguição. A circuncisão os
preservava tanto do ódio dos judeus como da lei romana. (Isso é que é pregar o
que convém!)
(Nicodemus)
Por que a mensagem da cruz de Cristo provoca perseguições? É porque a
cruz diz algumas verdades muito desagradáveis acerca de nós mesmos, isto é,
nós somos pecadores, estamos sob a maldição da lei de Deus e não podemos
salvar a nós mesmos. Cristo assumiu o nosso pecado e a maldição exatamente
porque não havia outra forma de nos vermos livres deles. A cruz nos reduz a
nada. Ela fura o balão da nossa vaidade. Fere mortalmente o nosso orgulho e a
nossa soberba. (Hernandes D. Lopes)
Ainda que essa mensagem gere algum incomodo nos dias de hoje, nós somos
quase que incapacitados de percebermos, pelo contexto cultural e religioso
brasileiro, o quanto ela era ofensiva aos judeus na época de Paulo. Eles,
literalmente estavam dispostos a matar por causa dela.
54 Os líderes judaicos ficaram ardendo em raiva com a acusação de Estêvão e
rangiam os dentes de fúria. 55 Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, olhou
para o céu e viu a glória de Deus, e Jesus em pé, à direita de Deus. 56 Então
disse a eles: “Olhem, eu estou vendo os céus abertos e o Filho do Homem em
pé, à direita de Deus!” 57 Mas todos se revoltaram contra ele, taparam os
ouvidos e, gritando bem alto, avançaram contra Estêvão, 58 arrastaram-no para
fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas tiraram os casacos e
os puseram aos pés de um jovem chamado Saulo. 59 Enquanto as pedras eram
atiradas sobre Estêvão, ele orava: “Senhor Jesus, receba meu espírito”.60
Depois caiu de joelhos e gritou: “Senhor, não condene essa gente por causa
deste pecado!” E, com isto, morreu.
E por que estavam furiosos a ponto de matarem Estevão apedrejado?
At 6.12 Essa acusação alvoroçou o povo contra Estêvão de tal forma que os
líderes judaicos e os mestres da lei prenderam e levaram Estêvão diante do
Sinédrio. 13 As testemunhas mentirosas depuseram novamente contra Estêvão,
dizendo: “Este homem fala constantemente contra este santo lugar e contra as
leis de Moisés. 14 “Nós ouvimos Estêvão dizer que esse Jesus de Nazaré
destruirá este lugar e acabará com todas as leis de Moisés”.
1.4 – Um falso pastor é aquele que prega uma coisa e vive outra - 13 Pois
nem mesmo aqueles que se deixam circuncidar guardam a lei
13 Nem mesmo os que são circuncidados cumprem a lei. (NVI)
13 E nem mesmo aqueles mestres que se submetem à circuncisão guardam as
outras leis judaicas. (NBV)
13 Pois nem mesmo os que praticam a circuncisão obedecem à lei. (NTLH)
Sabem o que Paulo está ensinando aqui? Que aqueles falsos pastores estavam
pregando uma coisa e vivendo outra.
Aqueles missionários queriam impor a circuncisão e outras práticas da Lei de
Moisés aos cristãos gentios, mas nem mesmo eles cumpriam essas exigências.
Portanto, os judaizantes faziam essas recomendações não porque fossem
zelosos e sinceros, mas, sim, porque eram hipócritas e o discurso deles não
era honesto.
Antes de continuarmos nossa exposição, é bom lembrarmos que esses falsos
pastores e mestres que anunciavam um evangelho diferente, eram cristãos
professos. Diziam ser cristãos que criam em Jesus como o Messias, porém,
rejeitavam a mensagem de Paulo sobre a suficiência do sacrifício do nosso
Senhor Jesus Cristo para a salvação. Criam que era necessário, porém, não
suficiente. E o que faltava para completar a salvação? A circuncisão.
At 15:1 Alguns homens desceram da Judéia para Antioquia e passaram a
ensinar aos irmãos: "Se vocês não forem circuncidados conforme o costume
ensinado por Moisés, não poderão ser salvos".
5 Então se levantaram alguns do partido religioso dos fariseus que haviam crido
(Em Jesus) e disseram: "É necessário circuncidá-los e exigir deles que
obedeçam à lei de Moisés".
Diante disso, é fácil deduzir que o evangelho pregado por estes falsos pastores
era uma mistura de fé e obras. É como se eles quisessem unir num mesmo
púlpito, Jesus e Moisés. E a razão para agirem dessa forma era a preocupação
com o seu bem-estar. Eles não queriam desagradar ninguém. Entretanto,
quando o tema abordado for salvação, é impossível haver conciliação entre
Jesus e Moisés.
1.5 – Um falso pastor é aquele que está mais preocupado com a sua própria
glória do que com a glória de Deus - antes, querem que vos circuncideis,
para se gloriarem na vossa carne.
Porém eles querem que vocês se circuncidem para que eles possam se gabar de
terem colocado o sinal da circuncisão no corpo de vocês. (NTLH)
Querem que vocês sejam circuncidados só para que eles se gloriem disso.
(NVT)
(VIVA)
Eles querem que vocês sejam circuncidados para que possam se orgulhar do
sucesso em recrutá-los para o lado deles. (MSG)
Wiersbe diz que o principal objetivo desses falsos mestres não era ganhar almas
para Cristo nem ajudar os cristãos a crescerem na graça. Seu propósito era
ganhar mais convertidos para então se gabar. Eles desejavam causar excelente
impressão exterior (queriam impressionar seus compatriotas). Não realizavam a
obra para o bem da igreja nem para a glória de Deus, mas somente para a
própria glória.
Contar o que aconteceu com a irmã Alice – Alguém foi visita-la dizendo
que Deus tinha revelado a ele que a igreja dela não era a Batista, mas a
Assembleia.
Morrer para o mundo tem o sentido de não ser parte dele (estamos no mundo,
mas não pertencemos mais a ele) e isto significa não ser mais julgado nem
condenado por ele. Dito de outra forma, o que o mundo pensa a respeito de um
filho de Deus não faz mais diferença, pois ele está morto para o mundo.
2.4 – Um pastor segundo o coração de Deus é aquele que traz no seu corpo
as marcas de Jesus - 17 Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago
no corpo as marcas de Jesus.
Paulo estava dizendo àqueles irmãos que as marcas do seu apostolado eram
suas prisões, cadeias, açoites, apedrejamentos e muitos tipos de tratamento
injurioso que ele sofreu por testemunhar o evangelho. Mesmo tendo sido
circuncidado ao oitavo dia (Fp 3.5), Paulo não ostentava sua circuncisão como
emblema de suas credenciais apostólicas, mas mostrou as marcas de Jesus, os
sinais de sua atroz perseguição.
2 Cor 11.23 Eles dizem que servem a Cristo? Mas eu o tenho servido muito
mais! Será que enlouqueci para me vangloriar desse jeito? Tenho trabalhado
mais arduamente; tenho sido posto na prisão mais vezes, e chicoteado mais
severamente; e tenho enfrentado a morte muitas vezes. 24 Em cinco ocasiões
diferentes os judeus aplicaram-me seu terrível castigo de trinta e nove
chibatadas (195). 25 Apanhei de vara três vezes. Fui apedrejado uma vez. Três
vezes sofri naufrágio. Numa ocasião fiquei exposto em alto-mar a noite inteira e
durante todo o dia seguinte.
Paulo tinha o corpo coberto por cicatrizes, que aqui ele chama de “as marcas de
Jesus”, em contraste com a marca da circuncisão, o símbolo de identidade que
os falsos pastores apresentavam como prova de que pertenciam a Deus.
Augustus Nicodemus diz que “esse versículo tem como objetivo mostrar a
sinceridade de Paulo, que era capaz de sofrer e morrer pela verdade do
evangelho, enquanto os judaizantes queriam apenas escapar da perseguição por
causa do nome de Cristo”.
Como as chicotadas e o apedrejamento não fazem parte do nosso contexto
religioso, podemos deduzir que as marcas de Jesus, no que diz respeito à
realidade brasileira, tem a ver com as críticas sofridas dentro do meio gospel
por pregarmos fielmente as Escrituras, o esvaziamento da igreja, a falta de
recursos financeiros, o ostracismo (exclusão, isolamento, desprezo) dentre
coisas.