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MODELO ASSISTENCIAL

NO BRASIL
Formação Integral em Saúde
Profª Pollyanna Ferraz
Atenção Primária à Saúde

Atenção Primária à Saúde (APS) caracteriza-se por um


conjunto de práticas em saúde voltado aos indivíduos e à
coletividade, que engloba a promoção, a proteção
à saúde, a prevenção de doenças, o diagnóstico, o
tratamento, a reabilitação e a
manutenção da saúde.
Atenção Primária à Saúde

Tem como premissa oferecer uma atenção integral,


favorecendo a saúde e a autonomia das pessoas, e orienta-
se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade,
do vínculo, da continuidade do cuidado, da
integralidade da atenção, da responsabilização, da
humanização, da equidade e da participação social.
Atenção Primária à Saúde

É desenvolvida por meio de práticas de saúde, de cuidado e


de gestão democráticas e participativas, realizadas por
profissionais vinculados a populações de territórios
definidos, considerando o dinamismo populacional existente
no território.
Reorganização da prática assistencial
O Programa de Saúde da Família foi concebido pelo Ministério da
Saúde (MS) em 1994, com o objetivo de proceder à reorganização
da prática assistencial em novas bases e critérios, em substituição
ao modelo tradicional de assistência, orientado para a cura de
doenças e no hospital. A atenção está centrada na família,
entendida e percebida a partir do seu ambiente físico e social, o
que vem possibilitando às equipes da família uma compreensão
ampliada do processo saúde/doença e da necessidade de
intervenções que vão além de práticas curativas.
São considerados atributos essenciais da APS:

o acesso do primeiro contato do
indivíduo com o sistema de saúde;

a longitudinalidade;

a integralidade;

a coordenação da atenção.
Primeiro contato

Atenção no primeiro contato pode ser definida como porta


de entrada dos serviços de saúde, ou seja, quando a
população e a equipe identificam aquele serviço como o
primeiro recurso a ser buscado quando há uma necessidade
ou problema de saúde.
Longitudinalidade

A longitudinalidade ou também denominada continuidade de


atenção implica em atenção por parte da equipe ao usuário
e à sua família de forma contínua, ao passar dos anos,
independentemente da presença de doenças ou do tipo de
problema. A presença desse atributo tende a produzir
diagnósticos e tratamentos mais precisos e
maior resolutividade na assistência.
Integralidade do cuidado

A integralidade do cuidado é dependente da qualidade das


práticas, da relação estabelecida entre equipe e usuários, de
modo a possibilitar a criação do vínculo, o acolhimento e a
autonomia, o que valoriza as peculiaridades inerentes ao
trabalho na saúde e as necessidades próprias de cada
sujeito, possibilitando o cuidado centrado no usuário e em
suas necessidades.
Coordenação da Atenção

A coordenação entre níveis assistenciais é a interligação


entre os variados serviços em saúde, de diferentes
complexidades, para que estejam sincronizados e voltados
a atender às necessidades do caso, considerando que
muitas vezes os serviços são realizados em diferentes
locais e pontos da rede de atenção.
PSF (Saúde da Família)

O PSF considera o conceito ampliado de saúde e a
reconhece enquanto direito de cidadania, expresso na
melhoria das condições de vida, com serviços mais
resolutivos, integrais e principalmente humanizados.

Estratégia estruturante que possibilita a integração e
promove a conformação das atividades dentro de um
território definido para a resolução dos problemas
identificados.
PSF (Saúde da Família)

Não é um Programa é uma estratégia.

A Saúde da Família foi apresentada na Política Nacional
de Atenção Básica, instituída em 2011, como uma das
mais importantes estratégias para a remodelação,
expansão, qualificação e consolidação da Atenção
Básica.
Estratégia Saúde da Família
ESF tem como finalidade a avaliação contínua da situação
de saúde da população, bem como o planejamento, a
sistematização e a realização de ações e intervenções, de
forma a resolver os problemas encontrados no território.
São realizadas ações de vigilância, promoção, prevenção
e controle de doenças e agravos, além de possibilitar a
assistência integral e continuada.
Termos

Adstrita – Significa estar ligado, vinculado à Unidade Básica de


Saúde ou Unidade Saúde da Família, ou à Estratégia Saúde da
Família.
Adscrição da clientela – É o cadastramento e posterior acréscimo
de registros e informações sobre as condições de saúde,
necessidades da família e dos usuários.
Princípios da Estratégia Saúde da Família
Integralidade e Hierarquização - Atenção Primária à Saúde
• é composta por equipes de Saúde da Família (eSF), que
devem realizar o diagnóstico situacional do território
adstrito, identificando o perfil epidemiológico e
sociodemográfico das famílias, reconhecendo os problemas
de saúde mais frequentes e os riscos presentes no
território, elaborando conjuntamente com a comunidade um
plano local para a solução dos problemas de saúde.
Princípios da Estratégia Saúde da Família

• Territorialização e Adscrição da Clientela - As equipes de


Saúde da Família (eSF) trabalham com um território
delimitado, sendo responsáveis pelo cadastramento e
acompanhamento dessa população. Preconiza-se que
cada eSF seja responsável por, no máximo, 4.000
pessoas do território.
Princípios da Estratégia Saúde da Família
Equipe Multiprofissional - É formada por um médico, um
enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis
agentes comunitários de saúde (ACS), e podem ser
acrescentados a essa composição os profissionais de
Saúde Bucal: dentista, auxiliar e/ ou técnico em Saúde
Bucal.
Princípios da Estratégia Saúde da Família
Caráter Substitutivo - As práticas assistenciais com foco
nas doenças foram substituídas por uma nova forma de
organizar e realizar o trabalho centrado na Vigilância à
Saúde, com identificação das necessidades de saúde da
população, do território, no planejamento conjunto com a
população para a solução dos problemas identificados.
Processo de Trabalho das Equipes de Saúde da Família

• A ESF está organizada pela delimitação da clientela no território e


tem como foco a assistência à família, o trabalho em equipe
multidisciplinar e o vínculo estabelecido entre os componentes da
equipe e as famílias sob sua responsabilidade.
• As equipes realizam visitas domiciliares às residências para
cadastrar e estabelecer contato com as famílias em sua área de
abrangência. As informações coletadas servem para nortear o
planejamento das atividades a serem desenvolvidas e são
registradas no Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB),
possibilitando o acompanhamento e a avaliação da situação de
saúde e vulnerabilidades das famílias em determinado território.
Processo de Trabalho das Equipes de
Saúde da Família
• Cadastramento das famílias;
• Diagnóstico com a identificação das condições de saúde e situação de risco no território;
• Programação e o plano de ações local com a participação comunitária, estabelecendo
vínculo com as famílias;
• Assistência integral (com consultas e visitas domiciliares), garantindo o acesso ao
tratamento;
• Estabelecimento de fluxo de referência e contrarreferência com acompanhamento dos
casos dentro da rede de assistência, coordenação e/ou participação em grupos de
educação em saúde;
• Promoção de ações intersetoriais e outras parcerias com organizações existentes na
comunidade para o enfrentamento conjunto dos problemas encontrados;
• Discussão com a coletividade de conceitos de cidadania, do direito à saúde, estimulando a
participação ativa da comunidade nos conselhos de saúde.
DA INFRA-ESTRUTURA E DOS
• São itens necessários à realização das ações de Atenção Básica nos municípios e no Distrito Federal:
RECURSOS
I - Unidade(s) Básica(s) de SaúdeNECESSÁRIOS
(UBS) com ou sem Saúde da Família inscrita(s) no Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde do Ministério da Saúde, de acordo com as normas sanitárias vigentes;
II – UBS com ou sem Saúde da Família que, de acordo com o desenvolvimento de suas ações,
disponibilizem:
III - equipe multiprofissional composta por médico, enfermeiro, cirurgião dentista, auxiliar de consultório
dentário ou técnico em higiene dental, auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e agente
comunitário de saúde, entre outros;
IV - consultório médico, consultório odontológico e consultório de enfermagem para os profissionais da
Atenção Básica;
V - área de recepção, local para arquivos e registros, uma sala de cuidados básicos de enfermagem, uma
sala de vacina e sanitários, por unidade;
VI - equipamentos e materiais adequados ao elenco de ações propostas, de forma a garantir a
resolutividade da Atenção Básica;
VII - garantia dos fluxos de referência e contra-referência aos serviços especializados, de apoio diagnóstico
e terapêutico, ambulatorial e hospitalar; e
VIII - existência e manutenção regular de estoque dos insumos necessários para o funcionamento das
unidades básicas de saúde, incluindo dispensação de medicamentos pactuados nacionalmente.
• Para Unidade Básica de Saúde (UBS) sem Saúde da
Família em grandes centros urbanos, recomenda-se o
parâmetro de uma UBS para até 30 mil habitantes,
localizada dentro do território pelo qual tem
responsabilidade sanitária, garantindo os princípios da
Atenção Básica.
• Para UBS com Saúde da Família em grandes centros
urbanos, recomenda-se o parâmetro de uma UBS para até
12 mil habitantes, localizada dentro do território pelo qual
tem responsabilidade sanitária, garantindo os princípios da
Atenção Básica.
DA INFRA-ESTRUTURA E DOS
RECURSOS NECESSÁRIOS
• São itens necessários à implantação das Equipes de Saúde da Família:
I - existência de equipe multiprofissional responsável por, no máximo, 4.000 habitantes, sendo a média recomendada de 3.000
habitantes, com jornada de trabalho de 40 horas semanais para todos os seus integrantes e composta por, no mínimo, médico,
enfermeiro, auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde;
II - número de ACS suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por
equipe de Saúde da Família;
III - existência de Unidade Básica de Saúde inscrita no Cadastro Geral de Estabelecimentos de Saúde do Ministério da Saúde, dentro
da área para o atendimento das Equipes de Saúde da Família que possua minimamente:
a) consultório médico e de enfermagem para a Equipe de Saúde da Família, de acordo com as necessidades de desenvolvimento do
conjunto de ações de sua competência;
b) área/sala de recepção, local para arquivos e registros, uma sala de cuidados básicos de enfermagem, uma sala de vacina e
sanitários, por unidade;
c) equipamentos e materiais adequados ao elenco de ações programadas, de forma a garantir a resolutividade da Atenção Básica à
saúde;
IV - garantia dos fluxos de referência e contra-referência aos serviços especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico, ambulatorial
e hospitalar; e
V - existência e manutenção regular de estoque dos insumos necessários para o funcionamento da UBS.
Trabalho GRUPO
Grupos: 8 integrantes
Apresentação seminário (10 minutos) e entrega do trabalho escrito (digitado).
Pontuação 1000 pontos
Data: 04/06

Visita aos UBS (Posto de Saúde), para compreender o trabalho realizado pela unidade. Conforme seguintes
aspectos:
• Identificação da unidade;
• Composição Equipe (Quantidade, formação e cargo);
• Estruturação Hierárquica;
• Trabalho desenvolvido;
• Projetos realizados;
Conclusão: Reflexão comparativa sobre realidade e proposta ideológica.
Contato

E-mail professor
pollyanna.ferraz@anhanguera.com
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