Desenvolvimento
de Sistemas de
Controle
série AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
Desenvolvimento
de Sistemas de
COntrole
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
Conselho Nacional
Desenvolvimento
de Sistemas de
COntrole
© 2013. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico,
mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização,
por escrito, do SENAI – Departamento Regional do Rio Grande do Sul.
FICHA CATALOGRÁFICA
SENAI Sede
Serviço Nacional de Setor Bancário Norte . Quadra 1 . Bloco C . Edifício Roberto
Aprendizagem Industrial Simonsen . 70040-903 . Brasília – DF . Tel.: (0xx61)3317-9190
Departamento Nacional http://www.senai.br
Lista de ilustrações
Figura 1 - Ampliação das áreas controladas pela gestão de projetos............................................................19
Figura 2 - Processo............................................................................................................................................................19
Figura 3 - O termo escopo no contexto de projetos............................................................................................26
Figura 4 - Estrutura de trabalho partida em pacotes...........................................................................................28
Figura 5 - Exemplo de EAP.............................................................................................................................................29
Figura 6 - Tela do MS Project®........................................................................................................................................31
Figura 7 - Comandos Relacionadas a Tarefa no MS Project®..............................................................................32
Figura 8 - Comandos Relacionadas a Recurso no MS Project®..........................................................................32
Figura 9 - Comandos Relacionadas a Projeto no MS Project®...........................................................................32
Figura 10 - Comandos Relacionadas a Exibição no MS Project®.......................................................................32
Figura 11 - Tela do MS Project®.....................................................................................................................................33
Figura 12 - Exemplo de Definição de atividades...................................................................................................34
Figura 13 - Representação da Atividade no MDP ................................................................................................35
Figura 14 - Exemplo de TI...............................................................................................................................................36
Figura 15 - Exemplo de TT.............................................................................................................................................36
Figura 16 - Exemplo de II................................................................................................................................................36
Figura 17 - Exemplo de IT...............................................................................................................................................36
Figura 18 - Exemplo de Antecipação.........................................................................................................................37
Figura 19 - Exemplo de Atraso.....................................................................................................................................37
Figura 20 - Diagrama de Redes....................................................................................................................................37
Figura 21 - Cronograma para análise do caminho crítico..................................................................................40
Figura 22 - Visualização do caminho crítico............................................................................................................41
Figura 23 - Visualização da atividade crítica............................................................................................................41
Figura 24 - Visualização da atividade não crítica ..................................................................................................42
Figura 25 - Gráfico de alocação de recursos............................................................................................................42
Figura 26 - Reorganização do projeto devido aos recursos..............................................................................43
Figura 27 - Cronograma resultante.............................................................................................................................43
Figura 28 - a) Exemplo de fluxo de caixa anual; b) Exemplo de fluxo de caixa acumulado...................50
Figura 29 - Exemplo 1 de fluxo de caixa...................................................................................................................51
Figura 30 - Exemplo 2 de fluxo de caixa...................................................................................................................52
Figura 31 - Exemplo 4 de fluxo de caixa...................................................................................................................53
Figura 32 - Vista de cima do tanque de cozimento da planta...........................................................................61
Figura 33 - Diagrama “espinha de peixe”..................................................................................................................62
Figura 34 - Descrição das etapas do diagrama “espinha de peixe”.................................................................62
Figura 35 - Tela do software Ms Project®..................................................................................................................63
Figura 36 - Croqui do redutor especial de cozimento.........................................................................................63
Figura 37 - Desenho tridimensional do redutor especial de cozimento......................................................63
Figura 38 - Tanque de cozimento da planta industrial onde será instalado o redutor especial...........64
Figura 39 - Peças laterais do redutor especial........................................................................................................64
Figura 40 - Desenho das buchas e do eixo do redutor especial......................................................................64
Figura 41 - Desenho dos distanciadores do redutor especial...........................................................................65
Figura 42 - Desenho da plataforma do redutor especial....................................................................................65
Figura 43 - Desenho das engrenagens do redutor especial .............................................................................65
Figura 44 - Vista explodida da montagem completa...........................................................................................66
Figura 45 - Vista explodida da montagem completa modelada.....................................................................66
Figura 46 - Máquina convencional de usinagem..................................................................................................67
Figura 47 - Máquina CNC...............................................................................................................................................67
Figura 48 - Peças tratadas com revestimento níquel-químico ........................................................................69
Figura 49 - Montagem mecânica do redutor..........................................................................................................70
Figura 50 - Teste do redutor..........................................................................................................................................70
Figura 51 - Instalação do redutor................................................................................................................................71
Figura 52 - Tensão adiantada em relação à corrente, forma de onda............................................................75
Figura 53 - Placa de identificação do motor elétrico escolhido.......................................................................78
Figura 54 - Motor elétrico definido no projeto.......................................................................................................78
Figura 55 - Diagrama elétrico de partida direta do motor trifásico................................................................81
Figura 56 - Projeto elétrico............................................................................................................................................83
Figura 57 - Legenda de um projeto elétrico............................................................................................................83
Figura 58 - Montagem do quadro geral do tanque de cozimento.................................................................84
Figura 59 - Motor elétrico e redutor especial definidos no projeto elétrico e no projeto mecânico,
respectivamente.................................................................................................................................................................86
Figura 60 - Produção, preparação e distribuição do ar comprimido..............................................................89
Figura 61 - (a) Diagrama pneumático; (b) Painel pneumático montado da planta de cozimento .....91
Figura 62 - Diagrama “espinha de peixe”..................................................................................................................92
Figura 63 - Lista de componentes do projeto e suas respectivas justificativas..........................................93
Figura 64 - Planta de cozimento antes da melhoria pneumática, com o atuador linear........................94
Figura 65 - a) atuador tipo motor de giro sequencial; b) atuador tipo motor de giro controlado......95
Figura 66 - Diagrama pneumático atualizado........................................................................................................98
Figura 67 - Planta de cozimento de bebidas lácteas com a melhoria............................................................98
Figura 68 - Fluxograma de melhoria do sistema pneumático do tanque de cozimento de bebidas
lácteas.....................................................................................................................................................................................99
Figura 69 - Utilização do sistema hidráulico na automação........................................................................... 100
Figura 70 - Relação entre velocidade e vazão...................................................................................................... 101
Figura 71 - Tubulações de um sistema hidráulico ............................................................................................. 102
Figura 72 - Especificação do diâmetro da mangueira...................................................................................... 103
Figura 73 - Válvula de by pass.................................................................................................................................... 105
Figura 74 - Acionamento das válvulas.................................................................................................................... 108
Figura 75 - Válvula acionada por solenoide.......................................................................................................... 109
Figura 76 - Formas de fixação dos atuadores lineares...................................................................................... 112
Figura 77 - Diagrama hidráulico básico................................................................................................................. 114
Figura 78 - Diagrama eletro-hidráulica.................................................................................................................. 115
Figura 79 - Malha de controle básica e seus instrumentos............................................................................. 121
Figura 80 - Diagrama sinóptico do processo....................................................................................................... 122
Figura 81 - Diagrama de instrumentação............................................................................................................. 122
Figura 82 - Típico do controle do processo de vazão........................................................................................ 123
Figura 83 - Típico do controle do processo de nível.......................................................................................... 124
Figura 84 - Típico do controle do processo de temperatura.......................................................................... 125
Figura 85 - Motor elétrico e redutor especial definidos no projeto elétrico e no projeto mecânico,
respectivamente.............................................................................................................................................................. 129
Figura 86 - Montagem do sistema pneumático ao sistema eletromecânico........................................... 130
Figura 87 - Interligação dos equipamentos de instrumentação e controle............................................. 131
Figura 88 - Planta industrial completa................................................................................................................... 131
Quadro 1 - Grupos de processos.................................................................................................................................22
Quadro 2 - Declaração do escopo................................................................................................................................28
Quadro 3 - Lista de Atividades.......................................................................................................................................35
Quadro 4 - Técnicas de análise financeira..................................................................................................................49
Quadro 5 - Vantagens e desvantagens do método payback simples.............................................................54
Quadro 6 - Relação entre o projeto elétrico da planta de instalação com projeto elétrico do local de
instalação..............................................................................................................................................................................82
Quadro 7 - Especificações dos atuadores rotativos de giro controlado.........................................................96
Quadro 8 - Válvulas de controle direcional............................................................................................................ 108
Quadro 9 - Especificações dos atuadores lineares.............................................................................................. 111
Quadro 10 - Especificações dos atuadores rotativos.......................................................................................... 113
Quadro 11 - Definições para trabalho dom atuadores...................................................................................... 114
Quadro 12 - Tipos de proteção de acordo com a norma IEC........................................................................... 117
Quadro 13 - Classificação por grupos...................................................................................................................... 118
Referências......................................................................................................................................................................... 135
Índice................................................................................................................................................................................... 139
Introdução
2.1.1 Projeto
• automação de um processo;
• criação de novos procedimentos.
Veja, na Figura 1, as três fases dos estudos sobre gestão de projetos, associadas
à inclusão de novas áreas controladas pelo PMI.
Qualidade Escopo RH
Qualidade Qualidade Escopo
Aquisições Comunicação
Figura 2 - Processo
Fonte: Autor
o controle
integrado de
mundanças.
2 Planejamento e documentação de um projeto
21
• Coletar os • Verificar o
escopo do projeto
Gerenciamento do
requistos; escopo;
• Difinir o escopo; • Controlar o
• Criar a EAP escopo.
(Estrutura Analítica
do Projeto).
• Definir as • Controlar o
atividades; Cronograma.
gerenciamento Gerenciamento de
tempo do projeto
• Sequenciar as
atividades;
• Estimar os recursos
da atividade;
• Desenvolver o
cronograma.
• Estimar os custos; • Controlar os
• Determinar o Custos.
de custos do
oraçamento.
projeto
qualidade. qualidade.
• Desenvolver o • Mobilizar
plano de recursos a equipe do
recursos humanos do
• humanos. projeto;
Gerenciamento de
• Desenvolver
a equipe do
projeto;
projeto
• Gerenciar
a equipe do
projeto.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
22
conhecimento
Inicializa- Planejamento Execução Monitora- Encera-
ção mento e mento
Controle
Área de
interessadas. • Gerenciar as
expectativas
das partes
interessadas.
• Planejar o • Monitorar e
Gerenciamento de riscos do projeto
Cada uma das nove áreas tem uma função específica na gestão de um projeto
como se segue:
• Gerenciamento da Integração do Projeto: define os processos e as
atividades que integram os diversos elementos do gerenciamento de
projetos, como áreas, setores, empresas, hierarquias, cargos, pessoas,
organizações, etc.
• Gerenciamento do Escopo do Projeto: descreve os processos relativos
à garantia de que o projeto inclua todo o trabalho necessário, e apenas o
trabalho necessário para que seja terminado com sucesso.
• Gerenciamento de Tempo do Projeto: se concentra nos processos relativos
ao término do projeto no prazo correto.
2 Planejamento e documentação de um projeto
23
1
Premissas • Impactos em outras áreas da empresa;
São informações iniciais
utilizadas para elabora-
• Requisitos de treinamento e manutenção;
ção de um projeto, como:
demandas, produção diária, • Regras de atendimento dos requisitos e suas restrições.
número de pessoas, potên-
cia disponível e outras. São Após a documentação dos requisitos, cria-se um Plano de Gerenciamento
informações conhecidas ou dos Requisitos. Esse plano documenta como os requisitos serão analisados,
predefinidas que fundamen-
tarão algumas decisões. documentados e gerenciados do início ao fim do projeto. Os componentes do
plano de gerenciamento de requisitos podem incluir:
• Como as atividades dos requisitos serão planejadas, rastreadas e relatadas;
• Como o projeto descreverá as mudanças que poderão ocorrem nos
requisitos durante o projeto, isto é, de que modo as mudanças dos requisitos
do produto, serviço ou resultado serão iniciadas, como os impactos serão
analisados, como serão rastreados, monitorados e relatados e quais serão os
níveis de autorização necessários para aprovar tais mudanças;
• Como será o processo de prioridades dos requisitos;
• Como as métricas estarão relacionadas ao projeto.
Nesta etapa, pode-se ainda elaborar um documento que mostre a origem
dos requisitos e apresente o histórico de cada um deles, ao longo de todo
o ciclo de vida do projeto. Esse documento é a Matriz de Rastreabilidade de
Requisitos. Nessa matriz, são apresentados os atributos dos requisitos, como:
um identificador único, uma descrição textual do requisito, os argumentos para
a sua inclusão, proprietário, fonte, prioridade, versão, status (ativo, cancelado,
adiado, adicionado, aprovado, etc.) e a data de conclusão. Atributos adicionais
para garantir que o requisito satisfaça às partes interessadas podem incluir
estabilidade, complexidade e critérios de aceitação.
DEFINIÇÃO DO ESCOPO
DECLARAÇÃO DO ESCOPO
Elemento Definição
Restrições do projeto Lista e descreve as restrições específicas associadas ao escopo que limitam
as opções da equipe, por exemplo, um orçamento predefinido ou quaisquer
datas impostas. Clausulas contratuais geralmente são restrições.
Premissas do projeto Lista e descreve as premissas específicas do projeto associadas com o escopo e
os possíveis impactos decorrentes para o projeto, caso a premissa seja falsa.
Quadro 2 - Declaração do escopo
Fonte: Autor
CRIAÇÃO DA EAP
Em uma estrutura analítica como essa, o projeto fica mais fácil de ser
gerenciado. As partes “quebradas” ou “partidas” em pequenos pacotes
entregáveis permite aos envolvidos no projeto maior capacidade de visão de
todas as etapas que devem ser executadas.
2 Planejamento e documentação de um projeto
29
CASOS E RELATOS
Subproduto 2:
Subproduto 1.2: Pacote de Trabalho 1.1.2:
Tanque de
Redutor Listagem de Materiais
Resfriamento
Subproduto 4:
Quadro de Pacote de Trabalho 1.1.4:
Comando Compras
APLICATIVO MS PROJECT®
2
Atividade Para montagem desse diagrama, precisamos definir alguns conceitos. Vamos
Predecessora iniciar com o conceito de dependência. Temos quatro tipos de dependência:
É a atividade anterior à ativi-
dade que se está analisando. • Término para Início - TI: o início da atividade depende do término da
atividade predecessora2. Veja, na Figura 14 a seguir, que a 2ª atividade
3
Atividade Sucessora começa com o término da 1ª atividade. Como você pode reparar, a largura
É a atividade posterior à do retângulo que simboliza a atividade está ligado ao tempo de sua duração.
atividade que se está anali- Veja também que o tempo evolui da esquerda para a direita.
sando.
Figura 14 - Exemplo de TI
Fonte: Autor
Figura 15 - Exemplo de TT
Fonte: Autor
Figura 16 - Exemplo de II
Fonte: Autor
Figura 17 - Exemplo de IT
Fonte: Autor
Como o próprio nome diz, esse processo nos auxiliará na estimativa da duração
das atividades. Esta estimativa utiliza informações sobre as atividades do escopo,
tipos de recursos necessários, quantidades estimadas de recursos e os calendários
dos recursos. As estimativas devem ser modificadas na medida em que o projeto
avança, a fim de aumentarmos a assertividade.
2 Planejamento e documentação de um projeto
39
4
PERT Estimativas de duração baseadas na equação de PERT4 ou até mesmo na média
PERT vem do termo em simples dos três pontos podem fornecer mais precisão, pois os três pontos mostram a
inglês “Program Evaluation
and Review Technique”, que faixa de dúvida da estimativa. Para compensar os possíveis erros de estimativa, pode-
significa Técnica de Avalia- se utilizar reservas de tempo ao longo do projeto ou mesmo um percentual a mais na
ção e Revisão de Programa
(ou projeto). O PERT é uma duração de atividades. À medida que informações mais precisas sobre o projeto se
técnica de Gestão de Proje- tornam disponíveis, a reserva pode ser usada, reduzida ou eliminada. Essas reservas
tos criada em 1950.
devem estar claramente identificadas no cronograma. As durações encontradas devem
ser inseridas na lista de atividades, tornando-se mais um atributo das atividades.
DESENVOLVER O CRONOGRAMA
Note que a duração do projeto está projetada para 46 dias (Id 1 – Produto), e as
atividades pertencentes ao caminho crítico são as de Id: 4, 5, 9, 10 e 16. Como já
dissemos, se alterarmos a duração de uma dessas atividades, a duração do projeto
mudará conforme poderemos ver a seguir na Figura 23. Acrescentando-se 2 dias
na atividade 5, a duração do projeto aumentou para 48 dias.
5
Baseline As informações geradas no cronograma devem ser validadas com a equipe, pois
Baseline ou linha de base servirão como linha de base para todo o projeto, isto é, de meta para a execução
representa os dados do
projeto que deverão ser do projeto. A forma de representação e a metodologia de sequenciamento
armazenados e comparados que estudamos podem ser utilizadas em outras atividades que não apenas a
ao longo de todo o projeto,
servindo como meta (ou gerência de um projeto, como, por exemplo, o planejamento de manutenções, as
base). Esse conceito pode
ser aplicado a requisitos de
produções, a identificação de gargalos do sistema produtivo, entre outras.
custo, duração, funcionali-
dade e/ou qualidade.
ESTIMAR OS CUSTOS
Estimativas de custos baseados nessa equação (ou até mesmo usando uma média
simples dos três pontos) podem fornecer mais precisão. Os três pontos mostram a faixa
de dúvida dessa estimativa. Para compensar os possíveis erros de estimativa, pode-se
lançar mão de reservas financeiras ao longo do projeto ou mesmo um percentual a
mais de custo nas atividades. À medida que informações mais precisas sobre o projeto
se tornam disponíveis, a reserva pode ser usada, reduzida ou eliminada. Essas reservas
devem estar claramente identificadas no cronograma. Os custos encontrados devem
ser inseridos na lista de atividades, sendo mais um atributo das atividades.
A seguir, estudaremos outros tópicos que não precisarão mais dos
conhecimentos trazidos pelo PMBOK®. Estudaremos, agora, a análise de
viabilidade econômica de um projeto e suas características.
Recapitulando
CASOS E RELATOS
6
ROI 3.1 Natureza dos investimentos
ROI vem do inglês “Return
on Investment”, que significa De forma geral, os investimentos podem ser classificados em duas
Retorno sobre Investimento.
Pode ser expresso com a naturezas distintas:
taxa de retorno por um perí-
odo de tempo, por exemplo: • Investimento financeiro: refere-se a compras de títulos financeiros (por
o investimento numa linha
de iogurte tem um ROI de
exemplo, ações da bolsa de valores) ou a aplicações na poupança ou em
6% ao mês. qualquer fundo de investimentos;
• Investimento de capital: é a construção ou aquisição de sistemas vinculados
7
Período de estudo a um processo produtivo que geram valor.
Período de tempo relacio-
nado ao levantamento de A decisão em relação à atratividade de um investimento está justamente na
todas as entradas e saídas
associadas ao projeto, que comparação entre o lucro gerado, por exemplo, na aquisição de uma nova linha de
mostra o comportamento produção e o rendimento que o valor dessa nova linha de produção geraria se fosse
financeiro do projeto.
investido em poupança, ações, etc. Para a compra da linha ser atrativa, nesse exemplo,
deve, no mínimo, gerar mais lucro que o rendimento do investimento na poupança ou
em ações. Trata-se de uma decisão sobre qual forma de investimento gera mais lucro.
Normalmente, nos deparamos com dois tipos de projetos: os que devem ser
feitos e os que podem ser feitos. Os que devem ser feitos é cabível, apenas, a
missão de realizar o projeto da melhor maneira possível, pois não há possibilidade
de não executá-lo. Podemos exemplificar essa classe de projetos como as ações
de atendimento a legislações, normas de segurança, e outras ações que uma
empresa está obrigada a realizar.
Já em relação à segunda opção (projetos que podem ser feitos) cabe a seguinte
questão: vale a pena investir nesse projeto? Para responder a essa pergunta, esse
projetos precisam de uma análise de viabilidade econômica. Independentemente do
produto de um empreendimento, o intuito do sponsor (patrocinador do projeto) é
obter um ROI6 financeiramente atrativo. Certamente o sponsor irá retirar esse valor
de alguma aplicação financeira ou pedirá algum empréstimo para investir no projeto.
Sendo assim, conclui-se que ele espera, no mínimo, um lucro maior do que o obtido
na aplicação atual, ou que o projeto pague o empréstimo e sobre algum lucro.
Para auxiliar os administradores na decisão de qual tipo de investimento
deve ser feito, as empresas utilizam, geralmente, as seguintes técnicas
mostradas no Quadro 4.
Grupo de Técnicas
TÉCNICAS NOME DO MÉTODO
Análise dos Prazos payback Simples Tempo de Recuperação de Capital
payback Descontado
Análise dos Valores VPL Valor Presente Líquido
VFL Valor Futuro Líquido
VUL Valor Uniforme Líquido
IL Índice de Lucratividade
3 Análise de viabilidade econômica de um projeto
49
Grupo de Técnicas
TÉCNICAS NOME DO MÉTODO
Análise das Taxas TIR Taxa interna de Retorno
TER Taxa Externa de retorno
TIJ Taxa Interna de Juros
Quadro 4 - Técnicas de análise financeira
Fonte: Autor
8
Payback
É o termo em inglês utiliza-
do para o Método de Análi-
se do Tempo de Recupera- CASOS E RELATOS
ção de Capital Investido. Um
significado mais literal de to
pay é “pagar”, em portu-
guês, e back significa “de Considere um projeto de atualização de uma planta industrial que necessite
volta”; então, poderíamos
concluir que payback, numa desembolsar R$ 800,00 para a compra de um CLP novo e desembolsar mais R$
tradução mais literal, nos 400,00 para a manutenção preventiva desse equipamento, no terceiro ano. Com
mostrará quando o projeto
pagará de volta o que foi essa compra, espera-se melhorar a qualidade do produto principal da empresa
investido nele.
e gerar aumento nas vendas, da seguinte forma: R$ 500,00, no primeiro ano; R$
200,00, no segundo ano; R$ 200,00, no terceiro ano; R$ 700,00, no quarto ano e
R$ 200,00, no quinto ano.
O diagrama de fluxo de caixa dessa alternativa de investimento está
demonstrado na Tabela 2.
Tabela 2: Exemplo de fluxo de caixa
ano ouflow inflow fluxo de caixa fluxo de
do ano acumulado
0 R$ 800,00 -R$ 800,00 -R$ 800,00
1 R$ 500,00 R$ 500,00 -R$ 300,00
2 R$ 200,00 R$ 200,00 -R$ 100,00
3 R$ 400,00 R$ 200,00 -R$ 200,00 -R$ 300,00
4 R$ 700,00 R$ 700,00 R$ 400,00
5 R$ 200,00 R$ 200,00 R$ 600,00
Fonte: Autor
R$ 1.000,00 R$ 1.000,00
R$ 500,00 R$ 500,00
R$ - R$ -
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
-R$ 500,00 -R$ 500,00
(a) (b)
Figura 28 - a) Exemplo de fluxo de caixa anual; b) Exemplo de fluxo de caixa acumulado
Fonte: Autor
3 Análise de viabilidade econômica de um projeto
51
5 milhões
20 milhões
6 milhões
18 milhões
Figura 30 - Exemplo 2 de fluxo de caixa
Fonte: BERTOLO, [s/d].
ocorreu mais para frente, o que significa uma piora que não estava sendo
considerada pelo payback simples. Caso o critério da empresa para investir seja
um payback menor de 4 anos, a decisão mudaria de acordo com cada método.
Tabela 5: Exemplo 5 de fluxo de caixa
ano 0 1 2 3 4 5 6 7
fluxo de caixa do ano -20 5 4 8 8 5 5 5
sem taxa
fluxo de caixa acumula- -20 -15 -11 -3,00 5,00 10 15 20
do sem desconto
fluxo de caixa do ano -20 4,55 3,31 6,01 5,46 3,10 2,82 2,57
COM taxa(10%)
fluxo de caixa acumula- -20 -15,45 -12,15 -6,14 -0,67 2,43 5,25 7,82
do COM desconto
Fonte: BERTOLO, [s/d].
Repare que no ano 1, o ganho com o investimento sem a taxa de 10% foi de
R$ 5 milhões e com a taxa foi de R$ 4,55 milhões. Isso porque foi realizado um
desconto de 10% no ganho. A fórmula para calcular o valor está demonstrada a
seguir e, conceitualmente, equivale a fazer uma previsão de quanto valeria, no
período atual, o dinheiro a ser recebido no período futuro.
Valor futuro
Valor presente =
(1 + taxa )Período
100
Aplicando essa fórmula no período 1, que estamos analisando, teríamos:
5 = 4,55
Valor presente =
10 1
(1 + 100 )
Ou seja, quando recebermos o valor de R$ 5 milhões ao final do ano 1, ele
valerá, na realidade, R$ 4,55 milhões, devido à inflação de 10%.
No cálculo do payback simples, utilizamos a regra de três e encontramos 3
anos, 4 meses e 15 dias para o retorno. Vamos fazer a mesma coisa com o payback
descontado, utilizando a regra de 3 para saber em que mês do período 5 ocorreu
o payback. Começando o período 5 com 0,67 e terminando em 2,43, com o ganho
de 3,10, temos que:
3,10 12 meses
0,67 X meses
então:
0,67 . 12
x= = 2,6 meses
3,10
Um fato que deve ser ressaltado é que esse método também possui a
imprecisão de apenas considerar os fluxos de caixa que serão suficientes para a
recuperação do investimento, não analisando o fluxo após esse ponto de corte.
250.000,00
NPV= + 320.000,00 + 380.000,00 + 280.000,00 750.000,00
(1, 20)1 2 3 4
(1, 20) (1, 20) (1, 20)
NPV= (208.333,33 + 222.222,22 + 219.907,41 + 135.030,86) - 750.000,00
NPV = $ 35.493,82
3 Análise de viabilidade econômica de um projeto
57
Recapitulando
Redutor de mercado
Redutor especial
4.1.1 Planejamento
Figura 38 - Tanque de cozimento da planta industrial onde será instalado o redutor especial
Fonte: AUTOR
+ +
86
de Ø 28mm
50,90 Ø2
235
Ø
100
+ 168,20
55
+
30
135 R1
0 ( ) LATERAL A LATERAL B
(X
8)
Ø15
30
Ø30
Ø20
Ø15
R1
R1,
R1
R1
50
R1
EIXO - 09
R1
,5
62
0
79
BUCHA - 08
BUCHA - 03
Ø32
Ø20
Ø28
Ø32
Ø28
Ø20
3 R0
,50 3
22 39
25 42
Rosca 1/2”(x2)
127
8 8
Ø19,05
Ø15
27
181
127
Rosca 1/2”(x2) 20,50 8
Ø19,05
Ø15
20
R26,3
1
6,2
R50
R3
181
1
Figura 41 - Desenho dos distanciadores do redutor especial
Fonte: AUTOR
113,65 6,35
30
111
52,65
25 25
D 20
6
C C
R9
20,50
D
SECTION D-D
Z = 23
m=4
D.ext.=100mm
E
Z = 23
m=4
3,50
22 Ø32 D.ext.=100mm
Ø110
100,50
Ø32
Ø46
Ø50
Ø90
Ø28
15 Ø28
12
57
3
25
15
15
SEÇÃO C -C
15,19º
7 Ø90
40 E
Ø97,58
SECTION E-E
Figura 43 - Desenho das engrenagens do redutor especial
Fonte: AUTOR
4 5
3
2
1
10
6
7
12 8
9
10
11
A maioria das empresas de usinagem utiliza máquinas CNC, pois além de serem
mais confiáveis, garantem maior precisão e excelente acabamento superficial das
peças usinadas. Dentre as vantagens de utilização de máquinas CNC, temos:
• Rápida preparação da máquina;
• Alta flexibilidade no trabalho;
• Fácil e rápida alteração do programa CNC;
• Correção de medidas durante o processo;
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
68
antioxidantes e ótimo acabamento final. Para finalizar esse processo, são realizados
testes de dureza e espessura da camada. Veja a Figura 48 que apresenta peças
tratadas com revestimento níquel-químico.
4.2.1 Planejamento
Tensão de funcionamento
Essa é a tensão que pode ser aplicada ao motor. A ligação para uma tensão
específica pode ser feita em estrela ou em triângulo. Geralmente, os motores
têm alimentação de 220 V e/ou 380 V. Em nosso exemplo prático, o motor de
cozimento escolhido é trifásico 380 V e sua ligação é de partida direta estrela.
P = 75 P = 1 CV
75
Inversão da rotação
U.i U
i
Diz-se que, nesse caso, o fator de potência (FP) é dado pelo cosseno do ângulo
θ, como pode ser observado na fórmula: FP = COS ϴ. Essa fórmula define o fator
de potência para uma carga puramente indutiva com forma de onda senoidal.
Assim, o cálculo da potência passa a ser: P = 1,73 x U x I x FP. Essa fórmula
define a potência ativa para motores trifásicos.
Em que:
• P – potência ativa consumida pelo motor;
• U – tensão de fase aplicada ao motor;
• I – corrente de fase aplicada ao motor;
• FP – fator de potência.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
76
Todo dispositivo atuador (um motor elétrico, por exemplo) possui atrito, pois
se trata de um dispositivo físico. O motor, ao se movimentar (giro), gera atrito
e diminui, consequentemente, sua potência. O atrito é definido como a fricção
entre duas superfícies que produz certa resistência ao movimento. De forma mais
específica, o atrito é um estado de aspereza ou rugosidade entre dois sólidos em
contato, que permite a troca de forças em uma direção tangencial à região de
contato entre os sólidos.
Na indústria, o atrito excedente pode gerar a quebra de algum dispositivo,
de acordo com a força excedente que terá de desempenhar para movimentar
algum objeto. Por isso, é fundamental que você saiba qual o dispositivo atuador
que deverá ser utilizado e quais suas características. Em nosso caso, o dispositivo
atuador será um redutor especial, conforme definimos no desenvolvimento de
sistemas mecânicos.
Regime de serviço
Classe de isolamento
Categoria
modelo (MOD)
SENAI frequencia nominal (Hz)
Motores
potência (cv,HP,kW) velocidade nominal (RPM)
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO
MOD 80100 60 HZ correntes nominais (A)
tensões nominais (V) 1.0 CV 1725 rpm
relação entre
220 Y 380 V 2.90 / 1.68 A
fator de serviço (FS) corrente de partida (IP)
FS 1,25 ISOL B Ip/In 7.3 e a corrente nominal (IN)
REG.S 1 CAT N IP 55
regime (REG)
grau de proteção (PROTRÇÃO IP)
Y
categoria (CAT) 1 2 3 1 2 3 classe de isolamento (ISOL)
6 4 5 6 4 5
ligação triângulo ligação estrela
R S T R S T
CASOS E RELATOS
Neste tópico, veremos como realizar o esquema elétrico do motor que foi
escolhido para atender às especificidades de nosso caso prático. A escolha pelo
tipo de partida direta e não pelos tipos de partidas estrela-triângulo, inversora,
autocompensadora, entre outros que você já conhece, se deu pelo fato de
necessitarmos de um motor de baixo torque e baixa potência (1 CV), em função
de termos um processo simples, como é o caso de nosso exemplo prático: misturar
a bebida láctea.
Lembre-se que definimos que a potência do motor deve ser de 1 CV, porque
temos uma carga de bebida láctea para misturar de apenas 900 kgf. Veja a Figura
55 que mostra o esquema elétrico de nosso motor.
4 Especificações técnicas do projeto
81
R
S
T
N Q2
24 Vcc -5A
Q4 + 24 V
= OV
K2
FT1
U1 V1 W1
M
3~
L5
L2
S3 2 CH 2 S1
S2
80
T1
5
1
L1
V1
3
T2
7
5
L4
SIM
3
2
C1
S4
T3
3
7
1
10
4
2
L6
1
1
3
A1
L3
8
X0
4
4
2
LE
OBRA:
ENDEREÇO
RESUMO
TIPO 1
CX1 - QD1 TANQUE DE COZIMENTO
10A 1,5 1. Luz
B 1,4 kW
15A 2,5 2. Força
16 C 2,0 kW
25A 30mA 4 3. Resistência 1
1” PVC
B ID R 4,5 kW
25A 30mA 4 4. Resistência 2
B ID R 4,5 kW
15A 30mA 2,5 5. Motor elétrico
C ID R 1,0 kW
15A 2,5 6. Transmissores
C 1,9 kW
Memorial descritivo
Listagem de material
• Fornecedor de cotação;
• Preço unitário do fornecedor;
• Preço total do fornecedor.
Figura 59 - Motor elétrico e redutor especial definidos no projeto elétrico e no projeto mecânico, respectivamente.
Fonte: AUTOR
4 Especificações técnicas do projeto
87
1. Compressor
3. Separador de condensados
4. Reservatório
5. Purgador automático
1.0 13
1.1
A B
X Y
S R
P A 1.5
12
P R
z P R
12
01 A
11 1.3
P R
13
Figura 61 - (a) Diagrama pneumático; (b) Painel pneumático montado da planta de cozimento
Fonte: AUTOR
• uma válvula direcional 5/2 vias acionada por duplo piloto (1.1);
• uma válvula direcional 3/2 vias acionada por botão (1.2);
• uma válvula direcional 3/2 vias acionada por rolete - fim de curso (1.3);
• um temporizador pneumático (1.5);
• duas válvulas reguladoras de pressão unidirecionais (1.01 e 1.02);
• um atuador linear – cilindro pneumático (1.0).
Com a análise do sistema pneumático de nossa planta de cozimento finalizada,
os conhecimentos referentes aos dois domínios tecnológicos descritos e as
características definidas de cada processo que envolve o segundo domínio do
sistema pneumático, o técnico possui, agora, todos os elementos necessários
para realizar o planejamento da melhoria do sistema, como veremos a seguir.
I
SENA
xxx
xxxx x
xx
x xx
xxxx
x
xxxx
x
xxxx xxx
xxxx
Figura 65 - a) atuador tipo motor de giro sequencial; b) atuador tipo motor de giro controlado
Fonte: AUTOR
Atuador giratório 16 ... 100 0 ... 360 + Até 2.000 x • Ajuste regulável nas
regulável 0,5 ... 150 10E-4 kgm2 posições finais de
curso
• Transmissão de
força sem folga
• Diversas opções de
fixação
Não esqueça que todo sistema e automação industrial deve ter um processo de
melhoria contínua, pois sempre haverá novas tecnologias a serem implementadas
e formas mais eficientes e eficazes de gestão dos processos. O objetivo é melhorar
4 Especificações técnicas do projeto
99
Válvula de Válvula de
Temporizador Fim de curso Atuador acionamento controle
Atualização da documentação
Velocidade X Vazão
300 cm/s
20 litros
600 cm/s
20 litros
Figura 70 - Relação entre velocidade e vazão
Fonte: AUTOR
Fluido hidráulico
Tubulações hidráulicas
• Linhas flexíveis
As linhas flexíveis para condução de fluidos são necessárias na maior parte
das instalações, nas quais ocorre a compensação de movimento e absorções de
vibrações. Um exemplo típico de linhas flexíveis são as mangueiras, cuja aplicação
visa atender a três propostas básicas: conduzir fluidos líquidos ou gases; absorver
vibrações; compensar e/ou dar liberdade de movimentos.
A Sociedade dos Engenheiros Automotivos Americanos (Society of Automotive
Engineers - SAE) elabora normas construtivas para mangueiras. Por ter sido pioneira
e extremamente atuante, a SAE define as especificações que são amplamente
utilizadas em todo o mundo.
As especificações construtivas das mangueiras permitem ao usuário enquadrar
o produto escolhido dentro dos seguintes parâmetros de aplicação:
4 Especificações técnicas do projeto
103
gpm Ipm
100 400
300
300
70
m/s
60
200 0,4
50 pol mm
40 0,5
150 3
70
21/2
60
30
100 2
90 50 Máxima
1
20 80 velocidade
70 11/2 40 para sucção
60 11/4
30 1,5
50
1 25
40 7/8
10 2
30 3/4 20
2,5
5/8 15 3
Diâmetro da
20 mangueira 1/2
5 selecionada 4
3/8 10
4 15 9 Máxima 5
5/16 8 velocidade
3 7
para pressão 6
10 1/4
6
7
5 8
2 3/16
4 Velocidade
5 Diâmetro interno
4
1
Vazão
Figura 72 - Especificação do diâmetro da mangueira
Fonte: AUTOR
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
104
• Conexões
Ao projetar um circuito de condução de fluidos, procure ter em mente as
seguintes recomendações:
a) Evite ao máximo utilizar conexões e mangueiras. Sempre que possível, utilize
tubos, pois a perda de carga em tubos é menor;
Reservatório e resfriadores
Filtros hidráulicos
• Filtro de pressão
Um filtro de pressão é posicionado no circuito, entre a bomba e um componente
do sistema. A malha de filtragem dos filtros de pressão é de 3 a 40 mícrons. Um
filtro de pressão pode também ser posicionado entre os componentes do sistema.
• Filtro de linha de retorno
O filtro de linha de retorno está posicionado no circuito próximo do reservatório.
A dimensão habitualmente encontrada nos filtros de retorno é de 5 a 40 mícrons.
Caso a manutenção do filtro não seja feita, o diferencial de pressão através do
elemento filtrante aumentará. Um aumento excessivo no diferencial de pressão
sobre um filtro, no lado de sucção de um sistema, poderá provocar cavitação
na bomba. Para evitar essa situação, uma válvula limitadora de pressão de ação
direta, ou simples, é usada para limitar o diferencial de pressão através do filtro de
fluxo pleno. Esse tipo de válvula limitadora de pressão é geralmente conhecida
como válvula de by pass. Uma válvula de by pass consiste, basicamente, de um
pistão móvel, da carcaça e de uma mola, como pode ser visto na Figura 73.
Canal de entrada
Canal de
saída
Carcaça de pressão
Elemento de
filtro
Bombas hidráulicas
deslocamento real
Eficiência volumétrica = x 100%
deslocamento teórico
36 I / min
Eficiência = x 100% = 90%
40 I / min
P T
Válvula direcional P T As válvulas de controle direcional de 4 vias
de 4/3 vias são as mais utilizadas na indústria móbil.
Frequentemente, essas válvulas têm diversas
A B posições intermediárias entre os extremos.
P T As válvulas hidráulicas industriais de 4 vias
são geralmente válvulas de 3 posições,
consistindo de 2 posições extremas e uma
A B posição central.
Atuadores hidráulicos
deslocado
pistão
área
deslocado
pistão
área
Guarnições Para uma operação apropriada, Os tipos são: formato em "V" ou em "U".
uma vedação positiva deve As guarnições são fabricadas em couro,
existir em toda a extensão poliuretano, borracha nitrílica ou viton. Uma
do pistão do cilindro, tanto guarnição raspadora previne a entrada de
quanto na haste. Os pistões do materiais estranhos no cilindro.
cilindro são vedados com as
guarnições elásticas ou anéis
de vedação de ferro fundido.
Quadro 9 - Especificações dos atuadores lineares
Fonte: AUTOR
• Atuadores rotativos
Esses mecanismos são compactos, simples e eficientes. Eles produzem um
torque alto e requerem pouco espaço. Além disso, sua montagem é simples.
De um modo geral, aplicam-se atuadores em várias áreas, como automação,
robótica, mecânica de movimentos e outras. Nessas áreas, os atuadores rotativos
podem ser utilizados para indexação de ferramental de máquina, operações de
dobragem, levantamento ou rotação de objetos pesados, funções de dobragem,
posicionamento, dispositivos de usinagem, atuadores de leme, entre outras.
A seguir, no Quadro 10, veremos algumas especificações dos atuadores
rotativos.
ESPECIFI- DESCRIÇÃO CÁLCULOS - TIPOS
CAÇÕES
Modelo Podem ser com palhetas, O modelo dependerá do trabalho a ser realizado.
engrenagens ou pistões axiais ou
radiais.
A B
P T
A B A B
Y1 Y2 Y3 Y4
P T P T
(60 bar)
+ +
13 11 21 11 21 11
S1 S2 K2 14 S3 K4
14 K1 14 K1 24 K3 24
S4 14
11 11
K3 12
S5 12
K1 Y1 K2 Y3 K3 Y2 K4 Y4
- -
Figura 78 - Diagrama eletro-hidráulica
Fonte: AUTOR
Indicador Controlador
Integrador
Conversor
A V
O
Transmissor 0,000
Atuador
sensor
Detector Válvula
Figura 79 - Malha de controle básica e seus instrumentos
Fonte: AUTOR
HS FIC HS
01 02 02
FIC
01
FV-01
LIT-01 FV-02
FIT-01 FIT-02
LIC TY TY
01 01A 01B
PY LV-01 TIC PY
01 02
FY-01 02
FY-02
TIT-01
Figura 80 - Diagrama sinóptico do processo
Fonte: AUTOR
PI
PSV 01
01
Ambiente
FV
02 i LSHH
02 TE
01 TIT LG
LAH 01 01
LSH w
FE 02 02
02 TY TIC
D1A 01
FIT M FIC HS LAH LSL w
02 02 02 Tanque FI
02 02 TY 02
de D1B
i LSLL cozimento
02
FI
LEITE 02 LR
01
LIT LIC
01 01
B1
LV
M FY 01
~ 3
01
PI
PSV 01
01
Ambiente
FV
02
FE Tanque
02
de
FIT M FIC HS cozimento
02 02 02
FI TIT TE
LEITE 02 02 02
CONTROLE
TIC CASCATA
02
B1
CONTROLE
RELAÇÃO
FFC HS
M FY 02 02
~ 3
01
PI
PSV 01
01
Ambiente
i LSHH
02
LG
LAH LSH Tanque 01
02 02 de
cozimento
LAH LSL
02 02
i LSLL
02
LEITE LR
01
FI
LIT LIC 02
01 01
B1
LV
M 01
~ 3
PI
PSV 01
01
Ambiente
TE
01 TIT
01
Tanque w
de TY TIC
cozimento D1A 01
w
TY
D1B
Recapitulando
Anotações:
Interligações entre os
elementos do projeto
Para executar a interligação entre as áreas mecânica e elétrica, utilizaremos o nosso exemplo
prático da planta de cozimento de bebidas lácteas. Como você se lembra, na área mecânica,
desenvolvemos um redutor especial, e na área elétrica, especificamos as características de um
motor elétrico trifásico para a planta de cozimento.
Nessa interligação entre o redutor especial e o motor elétrico trifásico, devemos ter o cuidado
de montar os dois elementos com perfeito alinhamento radial e axial, conforme Figura 85, a seguir.
Figura 85 - Motor elétrico e redutor especial definidos no projeto elétrico e no projeto mecânico, respectivamente.
Fonte: AUTOR
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
130
Recapitulando
Anotações:
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 8896: 1985 - Símbolos gráficos para
sistemas e componentes hidráulicos e pneumáticos - Símbolos básicos e funcionais - Simbologia.
[1985]. Disponível em: <http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3995>. Acesso em: 10
jun. 2013.
BERTOLO, Luiz Antônio. Site do Professor Bertolo. [s/d]. Disponível em: <http://www.bertolo.pro.
br/>. Acesso em: 03 jun. 2013.
GUIMARÃES, Hugo Casati Ferreira. Norma IEC 61131-3 para Programação de Controladores Pro-
gramáveis: Eestudo e Aplicação. s.l. : UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO, 2005.
KHS. Manual de Operação Innofill. Disponível em: <http://www.khs.com/en/>. Acesos em: 10 jun.
2013.
López, Prof. Dr. Oscar Ciro. 2008. Introdução ao microsoft project. Florianópolis : UNISUL - Univer-
sidade do Sul de Santa Catarina, 2008.
R7. Cursos gratuito automação hidráulica industrial, Senai SP 2012. [2012]. Disponível em:
<http://www.mundodastribos.com/curso-gratuito-automacao-hidraulica-industrial-senai-sp-2012.
html>. Acesso em: 10 jun. 2013.
SECURATO, José Roberto. Cálculo Financeiro das Tesourarias. São Paulo: Saint Paul, 2008.
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL/SC. Companhia Siderúrgica de Tubarão. CPM
- Programa de Certificação de Pessoal de Manutenção. Vitória : SENAI, 1996.
A
Análise do projeto 32, 94
Antecipações 36
Atrito 76
Atuador 76, 88, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 109, 110, 113, 114, 130, 131
B
Baseline 42
Bloco de distribuição de ar 91
Bomba trifásica 123
Business case 24
C
Caminho crítico 40, 41, 42
Categoria 25, 38
Certificação 17
Certificado de calibração 119
Circuitos pneumáticos 89, 90
Classe de isolamento 77
Componentes hidráulicos 102, 114, 135
Controlador 123, 124, 125
Conversores estáticos 124, 125
Corrente de partida 74
Corrente nominal 73
Cronograma 21, 24, 25, 33, 39, 40, 42, 43, 44
Croqui 63
Custos do projeto 23
D
Data book 119
Demanda 23, 24, 79, 80, 85
Desenho do produto 61, 63
Desenhos de detalhes 82
Desenhos de esquemas 82
Detalhamento 27, 65, 90, 118
Diagrama de ishikawa 62, 92
Diagrama de malha 119
Diagrama do circuito hidráulico 114
Digrama de intertravamento 119
Distribuição do ar comprimido 89
Documentação 17, 23, 25, 26, 27, 30, 59, 61, 63, 66, 90, 97, 98, 116, 118, 120
E
EAP 25, 28, 29, 30, 33, 34
Especificação técnica 59, 125
Esquema elétrico 72, 80
F
Fator de serviço 77
Filtro 104, 105
Fluido hidráulico 88, 101
Fluxograma de engenharia 118
Folha de dados 119
Frequência da rede 74
G
Gantt 33
Gerenciamento 13, 17, 19, 20, 21, 22, 23, 26, 27, 28, 29, 31, 44, 59, 85
Grau de proteção 77, 119
H
Hidráulica proporcional 115
I
Instalação elétrica 72, 86
Interligação 90, 129, 130, 131, 132
Inversor de frequência 123
L
leiaute impresso 81, 82
Linhas flexíveis 102
Lista de instrumentos 119
Localização do instrumento 119
M
malha de controle 121, 123, 124, 125
Manômetro 125
Máquinas CNC 66, 67, 68
MDP 35
Monitoramento 20
Montagem mecânica 69
Motor elétrico 71, 72, 73, 74, 76, 77, 78, 84, 86, 126, 129, 130, 132
Ms project 31, 32, 33
N
Níquel-químico 68, 69
Nível 27, 38, 61, 115, 120, 121, 122, 123, 124, 125, 126, 130, 132
Nível de segurança 125
Número de polos 74
P
Partida direta 73, 80, 81
PBS 29, 30, 51
PERT 38, 39, 44
Placa de identificação 73, 74, 78
Planejamento 17, 20, 61, 62, 72, 88, 92
PMBOK® 17, 19, 43, 44, 45
PMI 17, 19
PMP 17
Potência 26, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 79, 80, 87, 91, 113, 114, 124, 125
Pressão 87, 92, 103, 105, 106, 107, 108, 110, 113, 114, 115, 117, 120, 121, 124, 125, 126, 130, 132
Projeto elétrico 71, 83
Projeto hidráulico 59, 99, 126
Projeto mecânico 60
Projeto pneumático 87
Propriedades mecânicas 68
Propriedades superficiais 68
R
Redutor 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 68, 69, 70, 71, 76, 78, 86, 126, 129, 130, 131, 132
Regime de serviço 77
Reservatórios 104
Resistências elétricas 124
ROI 48
Rotâmetro 123, 124
S
SAE 102
Sensor de temperatura 124
Sequenciamento 34, 37, 38, 43
Sistema de controle 13, 59, 60, 71, 81, 129, 131
Sistema mecânico 61
Solenoide 109
Solidworks 64
Sponsor 48
T
Tagname 119
Têmpera 68
Temperatura 77, 87, 100, 104, 115, 117, 118, 120, 121, 122, 124, 125, 126, 130, 132
Temporizador pneumático 92
Tensão 72, 73, 74, 75, 76, 77
Típicos de montagem 119
Torque 66, 77, 80, 96, 112
Transmissor 123, 124, 125
Tratamentos térmicos 68
Tubulações hidráulicas 102
U
Unidade de conservação de ar 91
V
Válvula 105, 107, 108, 109
Vazão 18, 90, 101, 103, 109, 113, 115, 120, 121, 122, 123, 124, 125, 126, 130, 132
Velocidade 66, 72, 73, 77, 88, 101, 103, 109, 110, 111, 112, 113, 114, 123
Viabilidade 13, 44, 47, 48, 51, 57
Viscosidade 100
Visor de nível 124
Vista explodida 66
W
WBS 28, 29, 30
SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
Enrique S. Blanco
Fernando R. G. Schirmbeck
Maria de Fátima R.de Lemos
Design Educacional
Aurélio Rauber
Camila J. S. Machado
Rafael Andrade
Ilustrações
Enilda Hack
Normalização
i-Comunicação
Projeto Gráfico
Duplo Clique
Revisão Ortográfica e Gramatical