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Centro Universitário da FEI

Departamento Engenharia Mecânica

Bombas e Instalações Hidráulicas


ME 6710 – NM 7710 – NM 8710

LABORATÓRIO

Experiência: EXP. 5 – VARIADOR DE FREQUÊNCIA


Turma:______ Data: 25 / 10 / 08
Relatório do Grupo: 1305
Alunos que participaram do trabalho (obrigatório):
Nº Nome: Turma:
12.105.201-3 Rafael Bichi 130
12.105.420-9 Alex Sandro C. Souza 130
12.105.463-9 Renan Bichi 130
12.105.530-5 Renato Javoni Fernandes 230
12.105.574-3 Marcelo Nogueira 130
12.205.234-3 Sergio Massaro Yoshino 231
12.205.243-4 Rafael Truppel Ayoub 231
12.206.369-7 Rafael Tacini 130

Energética

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1. Introdução

Os variadores de freqüência são equipamentos eletrônicos acoplados aos conjuntos motor-

bomba, cuja função é o controle da velocidade de rotação dos motores elétricos a corrente alternada

(AC). Com a alteração da rotação as curvas de funcionamento da bomba (CCI) são alteradas

mudando assim a operação do sistema.

Sabemos que a freqüência da rede é de 60 Hz e o motor tem 2 pólos e teremos uma rotação

de 3600 rpm e que com o escorregamento irá para um valor próximo de 3500 rpm. Através deste

equipamento poderemos por intermédio de um potenciômetro, alterar a freqüência, diminuindo-a e

com isso diminuir também a rotação da bomba alterando a CCI e diminuindo a vazão recalcada.

Esta forma de alteração permite uma economia de potência consumida pela bomba em

relação à alteração de vazão provocada pelo fechamento da válvula e é muito utilizada quando a

bomba tem que atender a uma certa faixa de vazão necessária.

Figura 1 - Variador de freqüência

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2. Objetivo da Experiência

Aplicar o variador de freqüência para obtenção da redução do consumo de energia para

acionamento da bomba e propiciar uma redução da rotação da bomba.

Na experiência será feito 2 ensaios:

1° - Com uma freqüência de 60 Hz, com a curva B1 (HB1 f(Q1))

2° - Com uma freqüência de 41 Hz, com a curva B2 (HB2= f(Q2))

Com a válvula globo totalmente aberta, a vazão conseguida pela bomba B1 será maior que a

conseguida pela bomba B1, entretanto para que isto ocorra teremos que fechar parcialmente a

válvula globo.

O objetivo desta experiência, será calcular a potencia NB da bomba nessas 2 freqüências,

na mesma vazão, no caso Q2max, comparando a potencia exigida do motor elétrico quando a

vazão é conseguida com a válvula totalmente aberta, utilizando o variador de freqüência para

diminuir a rotação , com a potencia exigida quando essa vazão é conseguida com o fechamento

parcial da válvula, sem o uso do variador de freqüência .

Na comparação, vamos utilizar o ponto de vazão máxima da B2 e compararemos com a

vazão da B1 conseguida onde a carga HB é bem maior.

Calculando percentualmente a diminuição de potencia necessária com o uso do variador de

freqüência, em relação ao fechamento de válvula, poderemos comprovar a vantagem da utilização

industrial deste equipamento.

3. Procedimento Experimental

Primeiramente vamos definir as rotações conforme as freqüências de ensaios f1 e f2:

3
120  f
Ni  f- freqüência (Hz) ; P- n° pólos
P

120  60
N1   3600  3500rpm
2

120  41
N2   2460rpm
2

Conhecemos também as características da bomba DBC/ MARK, para n=3500rpm e

Dr = 105 mm, que serão consideradas iguais para o ensaio 1(n=3600rpm), de acordo com o

catalogo do fabricante fornecida. A curva de rendimento em função da vazão e dada a seguir:

Curva de Rendimento - DBC/MARK

80,0

70,0
RENDIMENTO(%)

60,0

50,0

40,0

30,0
0 5 10 15 20 25 30

Q → VAZÃO (m³/h)

Gráfico 1 – Curva de Rendimento – DBC/Mark

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O esquema da bomba em questão utilizado na experiência e dado a seguir:

Para o desenvolvimento da experiência coletam-se, no laboratório as pressões de estrada e saída da

bomba e a vazão do fluido que passa pelo rotâmetro da figura:

Figura 2 - Rotâmetro

E preencha a tabela de dados a seguir:

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Experiência 5 - Variador de Freqüência

f1 = 60Hz → 3600rpm f2 = 41Hz → 2460rpm


Ensaios
Q Pe Ps Q Pe Ps

unidades m³/h mmHg kgf/cm² m³/h mmHg kgf/cm²

1 19 -320 1,8 10,65 -190 0,8

2 16 -255 2,1 9,5 -170 0,85

3 13 -225 2,2 8 -150 0,9

4 10 -180 2,3 6,5 -130 1

5 7 -155 2,4 5 -115 1

6 4 -110 2,5 3,5 -100 1,1

7 0 -70 2,5 0 -70 1,1

4. Desenvolvimento

Primeiramente vamos definir a velocidade de entrada e saída (Ve e Vs) e a altura

manométrica (HB) a exemplo do ponto 1, para cada ponto das 2 freqüências e assim

sucessivamente para construirmos a tabela de desenvolvimento a seguir:

4Q 4  (19 / 3600 )


Ve1    2,44 m / s
  De 2   (0,0525 ) 2

4Q 4  (19 / 3600 )   1000 Kgf / m²


Vs1    4,02 m / s
  Ds 2   (0,0408 ) 2 g  9,8m / s ²

Ps  Pe VS  Ve (1,8  (0,44)) 10 4 4,02 2  2,44 2


2 2
H B1    Z    0,155  23,07 m
 2g 1000 2  9,8

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Bomba 1 (f1 = 60 Hz → 3600 rpm)
Q Vsaída Ventrada Ps Pe ∆z HB
m³/h m/s m/s kgf/cm² kgf/cm² m m
19 4,02 2,44 1,8 -0,44 0,155 23,07
16 3,38 2,05 2,1 -0,35 0,155 25,02
13 2,75 1,67 2,2 -0,31 0,155 25,50
10 2,11 1,28 2,3 -0,25 0,155 25,80
7 1,48 0,90 2,4 -0,21 0,155 26,32
4 0,85 0,51 2,5 -0,15 0,155 26,70
0 0 0 2,5 -0,095 0,155 26,10

Bomba 2 (f2 = 41 Hz → 2460 rpm)


Q Vsaída Ventrada Ps Pe ∆z HB
m³/h m/s m/s kgf/cm² kgf/cm² m m
10,65 2,25 1,37 0,80 -0,26 0,155 10,92
9,50 2,01 1,22 0,85 -0,23 0,155 11,06
8,00 1,69 1,03 0,90 -0,20 0,155 11,25
6,50 1,37 0,71 1,00 -0,18 0,155 12,02
5,00 1,06 0,64 1,00 -0,16 0,155 11,79
3,50 0,74 0,45 1,10 -0,14 0,155 12,59
0 0 0 1,10 -0,095 0,155 12,10

Com os valores de cargas manométricas (HB) e das vazões (Q), faremos o levantamento das

2 CCB’s para fazermos a comparação das potencias das bombas.

Na vazão máxima (Qmax=10,65 m³/h) da bomba 2 traçaremos uma reta para encontrarmos a

potencia (HB) na bomba 1

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Comparação de Potências

30,00

G
25,00 CCB B1 (60 Hz)
HB → CARGA MANOMÉTRICA (m)

20,00

15,00
CCB B2 (41 Hz)
10,00 F

5,00

0,00
10,65
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
Q → VAZÃO (m³/h)

Gráfico 2 – Comparação das Potências

1 2 3 4 5 6 7
Q1 (m³/h) 19,00 16,00 13,00 10,00 7,00 4,00 0
HB1 (m) 23,07 25,02 25,50 25,80 26,32 26,70 26,10
Q2 (m³/h) 10,65 9,50 8,00 6,50 5,00 3,50 0
HB2 (m) 10,92 11,06 11,25 12,02 11,79 12,59 12,10

Notamos no gráfico de comparação de potências que no ponto G a bomba 1 tem uma carga

manométrica (HBG) de 26m, e no ponto F da bomba 2 tem uma (HBF) de 10,92m.

4.1- Cálculos das Potências

4.1.1. Potência no ponto G

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De acordo com o gráfico de rendimento do catalogo do fabricante da bomba DBC/MARK

na vazão de Q=10,65 m³/h temos um rendimento de 56%, então:

  QG  H BG 1000  (10,65 / 3600 )  26


N BG  
 BG 0,56  75

N BG  1,83cv

O rendimento do ponto F não poderá vir do mesmo gráfico do catalogo do fabricante, já que

a rotação e bem menor, vamos ter que utilizar as leis de semelhança para conseguir seu rendimento.

Assim:

Q1 Q2
1   2    D1  D2
n1  D1 n2  D2
3 3

Então:

n1
 Q1´ Q2 
n2

3600
Q1 '  10,65  Q1 '  15,59m³ / h
2460

4.1.2. Potência no ponto F

No gráfico do catalogo do fabricante temos em Q’=15,59 m³/h temos um rendimento de

68%, que será utilizado para encontrarmos a potência do ponto F.

  QF  H BF 1000  (10,65 / 3600 )  10,92


N BF  
 BF 0,68  75

N BF  0,63cv

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4.1.3. Determinação da Economia

N BG  N BF 1,83  0,63
 (%)  ( )100  ( )  100
N BG 1,83

 (%)  65,6%

5. Conclusão

Através deste experimento verificamos o emprego e aplicação do variador de freqüência nas

instalações hidráulicas, este tem por objetivo reduzir a freqüência emitida pela rede, assim

reduzindo a rotação da bomba e consequentemente a potencia, podendo trabalhar com a vazão

adequada para a instalação sem a necessidade de grande controle de vazão através de válvulas, as

quais geralmente provocam grande perda de carga, reduzindo o rendimento da bomba. Como o

variador de freqüência faz com que a bomba trabalhe em regimes de potência menor atendendo

plenamente as necessidades do projeto da instalação, este gera uma redução significativa do

consumo de energia elétrica empregada no funcionamento da bomba centrifuga.

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