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V CURSO DE

ESPECIALIZAÇÃO EM
PATOLOGIA DAS
CONSTRUÇÕES
INSPEÇÃO E ENSAIOS
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2

Alcalinidade (pH)

O concreto possui uma alta alcalinidade graças,


principalmente, à presença do Ca(OH)2 liberado das
reações de hidratação do cimento. Acontece que esta
alcalinidade pode ser reduzida com o tempo, fazendo
com que o concreto funcione como um verdadeiro
eletrólito. Muitos pesquisadores têm proposto Um valor
crítico para o pH do concreto que varia de 11,5 e 11,8,
abaixo do qual já não se assegura a manutenção da
passivação (proteção) de suas armaduras.
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Alcalinidade (pH)

Por definição, pH é logaritmo negativo na base 10 da


atividade ao da concentração de íons hidrogênio.

1
𝑝𝐻 = −𝑙𝑜𝑔 𝐻 = 𝑙𝑜𝑔
𝐻+

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Alcalinidade (pH)

Lápis medidor de pH

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Carbonatação

O concreto quando exposto a gases como o gás


carbônico (CO2), o dióxido de enxofre (SO2) e o gás
sulfídrico (H2S), pode ter reduzido o pH da solução
existente nos seus poros.

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Carbonatação

Tal perda de alcalinidade, em processo de


neutralização, por ação, principalmente, do CO2
(dióxido de carbono) que transforma os compostos do
cimento em carbonatos é um mecanismo chamado de
carbonatação.

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Carbonatação

Ca (OH)2 + CO2 H2O CaCO3 + H2O

Uma característica desse processo é a existência de uma


frente de carbonatação, e não de uma neutralização
localizada ou puntiforme.

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Carbonatação

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Carbonatação

Quando os poros estão secos (baixa U.R.) a difusão do


CO2 é processada até as regiões mais internas, sem
dificuldades, e a reação de carbonatação não ocorre
por ausência de água.

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Carbonatação

A frente de carbonatação é lenta quando os poros estão


cheios d’água (saturados) devido à baixa velocidade de
difusão do CO2, na água.

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Carbonatação

Se os poros estão parcialmente preenchidos com água,


(alta U.R., sem haver saturação), existirá avanço da
frente de carbonatação até certa profundidade, porque
os poros estão em condição favorável.

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Carbonatação

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Carbonatação

A velocidade de avanço da frente de carbonatação é


lenta e ajusta-se a uma lei do tipo:

𝑥=𝑘 𝑡

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Carbonatação

A frente de carbonatação poderá ser visualizada


através de um indicador apropriado, como uma solução
de fenolftaleína, que indica mudança de cor entre
valores de pH de 8,3 a 9,5. Para regiões carbonatadas
de pH inferior a 8,3 o indicador é incolor, sendo de cor
vermelho-carmim para valores de pH superiores a 9,5,
caracterizando áreas não carbonatadas (alcalinas).

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Carbonatação

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Carbonatação

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Carbonatação

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Esclerometria (NBR 7584)

A avaliação da dureza superficial pelo esclerômetro de


reflexão, que consiste fundamentalmente de uma massa
martelo que impulsionada por uma mola se choca
através de uma haste com ponta em forma de calota
esférica com a área de ensaio e, parte da energia é
conservada elasticamente, propiciando ao fim do
impacto, retorno do martelo.

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Esclerometria (NBR 7584)

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Esclerometria (NBR 7584)

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Esclerometria (NBR 7584)

Em função das características da estrutura de concreto


que deve ser analisada e segundo o maior ou menor
grau de precisão desejado, deve ser escolhido um dos
seguintes tipos que melhor se adequar à situação:

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Esclerometria (NBR 7584)


Energia de percussão de 2,25 N.m (este tipo pode ser utilizado
em casos normais de construção de edifícios e postes, não devendo ser
utilizado em concretos com resistência à compressão inferior a 8MPa);
Energia de percussão de 0,75 N.m (este tipo é apropriado
para elementos, componentes e peças de concreto de pequenas dimensões
e sensíveis aos golpes);
Energia de percussão de 30 N.m (este tipo é mais indicado para
obras de grandes volumes de concreto, concreto massa e pistas protendidas
de aeroportos);
Energia de percussão de 0,90 N.m (é indicado para concretos
de baixa resistência).
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Esclerometria (NBR 7584)

Área de Ensaio

A área de ensaio deve estar distante, no mínimo, 50 mm


de cantos e arestas das peças, e deve ser superior a
5000 mm2 (70 x 70mm) e inferior a 40000 mm2 (200 x
200mm).

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Esclerometria (NBR 7584)

Impactos

Em cada área de ensaio devem ser efetuados no mínimo


16 impactos. A distância mínima entre os centros de dois
impactos deve ser de 30 mm, que devem estar
uniformemente distribuídos na área de ensaio.

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Esclerometria (NBR 7584)

Impactos
1 2 3 4

5 6 7 8

9 10 11 12

13 14 15 16

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Esclerometria (NBR 7584)

Apresentação dos Resultados

1 - Calcular a média aritmética dos n valores individuais


dos índices esclerométricos correspondestes a uma única
área de ensaio (M I).

MI 
 IE
n

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Esclerometria (NBR 7584)

Apresentação dos Resultados

2 - Desprezar todo índice esclerométrico individual que


esteja afastado de mais ou menos 10% do valor médio
obtido.

3 - Calcular a nova e definitiva média aritmética com os


índices restantes (M II).
MII  *
 IE
n
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Esclerometria (NBR 7584)

Apresentação dos Resultados

4 - Corrigir, se necessário, o valor médio do índice


esclerométrico obtido de uma área de ensaio para um
índice correspondente à posição horizontal.

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Esclerometria (NBR 7584)

Apresentação dos Resultados

5 - O valor obtido conforme itens 1 a 4, denomina-se


índice esclerométrico médio da área de ensaio e deve
ser indicado por IE.

6 - Obter o índice esclerométrico médio efetivo (IE) de


cada área de ensaio com o valor de IE e do coeficiente
de correção. IE = K. IE
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Esclerometria (NBR 7584)

Os métodos esclerométricos são empregados nas


seguintes circunstancias:

- averiguação da uniformidade da dureza superficial do


concreto;
- comparação de concretos com um referencial.
- estimativa da resistência à compressão do concreto.

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Esclerometria (NBR 7584)

Correlação:

- Hobbs e Kebir (2006);


- Aydin e Saribiyik (2010);
- Huang, Gardoni e Hurlebaus (2011);
- Rojas-Heno, Gómez e Agüí (2012).

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Esclerometria (NBR 7584)

Não se recomenda utilizar este método na


avaliação direta da resistência à compressão
do concreto, a não ser que se disponha de
uma correlação confiável efetuada com os
materiais em questão.

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VAMOS PARA A PARTE PRÁTICA!

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