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O texto escolhido para o presente seminário ministrado pela prof. Dr. Nome, diz
respeito ao artigo intitulado: Biopolitica e medicalização dos anormais de autoria de
Caponi (2009).
O interesse pelo artigo partiu, devido à minha temática da pesquisa ter um
atravessamento com alguns pontos tecido no decorrer do artigo de Caponi (2009). Uma
vez, que se almeja analisar por meio da interseccionlaidade entre a raça, gênero e
sexualidade a presença de internos no Hospital Colônia de Barbacena, a partir de
prontuários do período de 1928 a 1934, relacionando os dados encontrados com a
ideologia médico psiquiátrica de cariz hihienista e eugenista que predominou na ciência
brasileira em princípios do século XX.
Diante disso, surgi algumas indagações no texto de Caponi que nos auxilia a
refletir sobre o conceito de Biopolítica. Entendermos esse conceito, é de extrema
importância para entrarmos no texto. A autora ressalta esse conceito, tendo como base a
temática da medicalização dos sofrimentos e das anomalias comportamentais numa
perspectiva histórica. Ela esboça o conceito, tendo como cunho teórico Michel Foucault
e Agamben. Nas palavras da autora:
O conceito de biopolítica, central para discutir as estratégias de
intervenção dessa psiquiatria ampliada, será analisado aqui não
somente a partir dos trabalhos de Michel Foucault (1976), mas
também a partir das considerações de Giorgo Agamben (2002)
sobre a vida nua, essa vida que as estratégias de biopoder
consideram como não sendo digna de ser vivida (p. 531).
1
A esse respeito, Caponi (2009, p.532), ressalta: “Será na articulação entre o conceito foucaultiano de
biopoder, a releitura de Agamben do mesmo e as preocupações de Arendt sobre a política e a vida que
tentaremos nos situar para analisar a construção desse espaço heterogêneo de saber e de intervenção
relacionado ao mundo dos anormais que começa na segunda metade do século XIX
2
Ver a esse respeito ARENDT. Origens do Totalitarismo.
colocar em processo disciplinar de ma leitura atenta e cuidadosa das obras desses
autores. Pois ambos convergem pela esquerda e nem sempre pela direita. Assim, surgi
uma faísca cutucada por Caponi (2009) que me motiva apostar em minha pesquisa.
Referência
DELEUZE, Gilles. Conversações. Tradução de Peter Pál Perbart. São Paulo: Editora
34, 2013.