inconfessáveis a violarem-me os sentidos. Tua língua adentra lúbrica meu secreto órgão, ávida de fome, as solitárias estrelas a luzirem dentro da noite vazia. Dos teus lábios vibram palavras mudas que brotam do silêncio, soltas ao tempo são como mariposas cegas a voarem com suas estupidas asas azuis. Acarinho os negros caracóis dos teus cabelos, levo meu dedo de encontro ao teu umbigo. Tu me olhas como quem ama pela derradeira vez, as mãos o encaixe gostoso dos nossos corpos nus a se retesarem sob os lençóis. Depois do gozo coexistimos sujos, lado a lado, esvaídos em luxúria e suor. Sonhos. O barulho do vento a saracotear os galhos da árvore. É de manhã, amanhecemos cedo conscientes do nosso amor. A flor da ternura