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FACULDADE DE SÃO LOURENÇO

CURSO DE PSICOLOGIA

JULIANA ARRUDA PIO

TRABALHO
HORA-AULA - HORA-RELÓGIO
PSICOLOGIA SÓCIO-INSTITUCIONAL

SÃO LOURENÇO
2019
JULIANA ARRUDA PIO

TRABALHO
HORA-AULA - HORA-RELÓGIO
PSICOLOGIA SÓCIO-INSTITUCIONAL

Trabalho apresentado a
disciplina de Psicologia
Socio-Institucional ministrada pelo
Prof. Lucio Ferreira Penha como
atividade hora-aula hora-relógio, da
FACULDADE DE SÃO LOURENÇO
– UNISEPE.

SÃO LOURENÇO
2019
Entrevistadora: Juliana Arruda Pio
● Entrevistado: P. C. A.
● Idade: 74 anos
Entrevista: Junho de 2019.

A nossa entrevistada é aposentada, ex-diretora de uma escola de pessoas


com necessidades especiais (APAE), nascida na cidade de São Lourenço.
Pertencente a classe social média da cidade de São Lourenço.
Foi realizado um café da tarde, onde a entrevistada estava um pouco
insegura sobre que fato poderia relatar, em uma conversa relembrando o passado
relata sua vivência como professora e diretora da APAE ( Associação de Pais e
Amigos dos Excepcionais) Apae/São Lourenço é uma entidade filantrópica sem fins
lucrativos de direito privado, responsável pelo atendimento de Pessoas com
Deficiência Intelectual, desde 0 ano até o fim da vida.) Conta que a APAE da cidade
de São Lourenço é a primeira de Minas Gerais e a segunda do Brasil, que contou
com seu pai como um dos membros fundadores. Com formação em magistério e
sem emprego foi convidada a realizar um curso de 6 meses na cidade do Rio de
Janeiro para se capacitar para o cargo, relembra que havia um salario pra quem
realizasse a capacitação e mesmo assim não havia interessados. Inicia então sua
jornada na instituição no ano de 1970, como professora, fazendo assim parte dos
agentes privilegiados, onde lecionou para alunos especiais por 16 anos. A
instituição não era governamental mas como havia obtido o título de órgão de
utilidade pública recebia um auxílio do governo, na forma de custeio da mão de obra
dos professores, que possuíam seus registros em carteira com o nome de outra
escola pública que na prática sedia professores para atuar no centro de
excepcionais. Já como diretora, cargo que exerceu por 9 anos até se aposentar,
embora seu registro trabalhista tenha sido sempre de professora, uma vez que sua
função era registrada por outro espaço educacional que já possuía seu diretor.
atuava como mandante de subordinação funcional, respondendo a presidência da
casa que é formada por membros da comunidade, substituída a cada dois anos, e
sem remuneração para seus membros. Lembra como diretora da exaustiva tarefa
de tentar conseguir professores, indo em diversas escolas do município sendo
recebida com desdém por se tratar de uma instituição de educação especial.
As conquistas e o crescimento da casa são lembrados com alegria e
satisfação, o ganho do terreno com uma pequena casa, local onde até hoje é a sede
da instituição, quando foi construído o primeiro andar de um prédio maior, o
segundo já mais de 20 anos depois e todas as melhorias que pode acompanhar e
ajudar a concretizar. Mas ao ser questionada sobre o que mais a marcou durante
os anos vividos nesse espaço, lembra com muito carinho e orgulho da clientela,
seus alunos e suas conquistas posteriores, lembra de vários nomes e suas
realizações e como se sente emocionada ao cruzar com eles na rua e o carinho até
hoje retribuído por vários deles.
A APAE de São lourenço, atende a comunidade local para alunos ​com
deficiência intelectual e múltipla​, com a função de alfabetização, adaptação,
inclusão social, dentre várias outras, não excluindo por gênero, idade ou classe
social. Um espaço que acolhe toda sorte de seres humanos com carinho e
dedicação. Situada a ​Rua Clóvis Reis, 334 no bairro São lourenço Velho prestando
um serviço de dignidade humana há 60 anos.
Em um contexto nacional temos a Associação de Pais e Amigos dos
Excepcionais (Apae) que nasce em 1954, no Rio de Janeiro. Caracteriza-se por ser
uma organização social, cujo objetivo principal é promover a atenção integral à
pessoa com deficiência intelectual e múltipla. A Rede Apae destaca-se por seu
pioneirismo e capilaridade, estando presente em mais de 2 mil municípios em todo o
território nacional. Em números são 2.201 Apaes e entidades filiadas, coordenadas
por 24 Federações Estaduais, abrangendo todos os estados brasileiros para atender
cerca de 250.000 pessoas com deficiência intelectual e múltipla diariamente. Hoje,
no Brasil, essa mobilização social presta serviços de educação, saúde e assistência
social a quem deles necessita, constituindo uma rede de promoção e defesa de
direitos das pessoas com deficiência intelectual e múltipla, que hoje conta com
cerca de 250 mil pessoas com estes tipos de deficiência. Nesse tempo a
Organização acumulou resultados expressivos e que refletem o trabalho e as
conquistas do Movimento Apaeano na luta pelos direitos das pessoas com
deficiência. Nesse esforço destacam-se a incorporação do Teste do Pezinho na
rede pública de saúde; a prática de esportes e a inserção das linguagens artísticas
como instrumentos pedagógicos na formação das pessoas com deficiência, assim
como a estimulação precoce como fundamental para o seu desenvolvimento.

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