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DEPRESSÃO NA PESSOA IDOSA

Técnico Auxiliar de Saúde e de Geriatria

Delfina Abreu
A Depressão na Pessoa Idosa
• A depressão é uma doença mental que se caracteriza
por tristeza mais marcada ou prolongada, perda de
interesse por atividades habitualmente sentidas como
agradáveis e perda de energia ou cansaço fácil.

• Ter sentimentos depressivos é comum, sobretudo após


experiências ou situações que nos afetam de forma
negativa.

• Se os sintomas se agravam e perduram por mais de


duas semanas consecutivas, convém começar a pensar
em procurar ajuda.
A Depressão na Pessoa Idosa

• Pode afetar pessoas de todas as idades,


desde a infância à terceira idade, e se
não for tratada, pode conduzir ao
suicídio, uma consequência frequente da
depressão.

• Estima-se que esta doença esteja


associada à perda de 850 mil vidas por
ano, mais de 1200 mortes em Portugal.
A Depressão na Pessoa Idosa

• Pode ser episódica, recorrente ou crónica, e conduz à diminuição substancial da


capacidade do indivíduo em assegurar as suas responsabilidades do dia-a-dia.

• Pode durar de alguns meses a alguns anos. Contudo, em cerca de 20% dos casos
torna-se uma doença crónica sem remissão. Estes casos devem-se,
fundamentalmente, à falta de tratamento adequado.

• A depressão é mais comum nas mulheres do que nos homens:

– Um estudo realizado pela Organização Mundial de Saúde, em 2000, mostrou que a


prevalência de episódios de depressão é de 1,9% nos homens e de 3,2% nas mulheres.
A Depressão na Pessoa Idosa

Diferencia-se das normais mudanças de humor


pela gravidade e permanência dos sintomas.
A Depressão na Pessoa Idosa
• Os sintomas mais comuns são:

– Modificação do apetite (falta ou excesso de apetite);


– Perturbações do sono (sonolência ou insónia);
– Fadiga, cansaço e perda de energia;
– Sentimentos de inutilidade, de falta de confiança e de autoestima, sentimentos
de culpa e sentimento de incapacidade;
– Falta ou alterações da concentração;
– Preocupação com o sentido da vida e com a morte;
– Desinteresse, apatia e tristeza;
– Alterações do desejo sexual;
– Irritabilidade;
– Manifestação de sintomas físicos, como dor muscular, dor abdominal, náuseas.
A Depressão na Pessoa Idosa
• Problema de saúde importante que afeta pessoas de todas as
idades, levando a sentimentos de tristeza e isolamento social
que muitas vezes têm como desfecho o suicídio.

• Nas idades avançadas que ela atinge os mais elevados índices de


morbilidade e mortalidade, na medida em que assume formas
incaracterísticas, muitas vezes difíceis de diagnosticar e,
consequentemente, de tratar.

• Em consequência, a principal dificuldade que se coloca aos


profissionais de saúde é o diagnóstico correto deste quadro
clínico, que, em muitos casos, está associado ao facto de a
maioria dos idosos, negar a sua depressão e não procurar
tratamento psiquiátrico.
A Depressão na Pessoa Idosa
• Os sintomas mais frequentes na 3ª idade:

– Inquietação psicomotora (depressão ansiosa)


– Sintomas depressivos (insuficientes para
categorias de diagnóstico formal)
– Somatizações variadas
– Sinais de alterações vegetativas
– Perda da autoestima
– Sentimentos de abandono e dependência
– Eventuais sintomas psicóticos
– Défice cognitivo variável, ideias de ou suicídio.
A Depressão na Pessoa Idosa: Tratamento

• Tratamentos farmacológicos (medicamentos antidepressivos):


– A escolha de um antidepressivo para uma determinada pessoa depende de muitos
fatores, inclusive a resposta prévia, doenças clínicas e outros medicamentos
utilizados pelo paciente, por esse motivo devem ser prescritos por um médico
especialista.

• Psicoterapia:
– Tem como objetivo proporcionar apoio emocional ao idoso, reduzindo sua
ansiedade e aumentando sua confiança e autoestima.

• Terapia de Grupo:
– O grupo funciona como um espaço no qual o idoso encontra proteção para as
angústias decorrentes das perdas.
A Depressão na Pessoa Idosa: Tratamento

• Atividade Física:

– Deve ser considerada como uma alternativa não farmacológica do tratamento da


perturbação depressiva.
– Colabora para a formação de redes sociais além dos benefícios corporais e
fisiológicos.
– Na indicação ou elaboração de um programa de exercícios físicos, é necessário um
planeamento rigoroso, levando em consideração objetivos específicos e a avaliação
dos riscos de lesão de cada indivíduo.
– Atividades que estimulem a consciência corporal e cognição devem ser
incentivadas.
– Exercícios na água podem ser uma boa opção para idosos que necessitem de
relaxamento, diminuição da tensão articular e ganho de amplitude nos
movimentos.

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