Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CRÉDITOS
Revisão de originais: Jomar Moraes, Lúcia Burnett Aboud e Thereza Burnett Soares
Editoração eletrônica: Paulo Sergio Coelho
Capa: Nazareno Macedo Almeida
Normalização: Vanessa Gomes CRB13/458.
CAPÍTULO 2
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL URBANO ........................................ 27
2.1 UMA DEFINIÇÃO DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL URBANO................................................................................ 27
2.2 O CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE . .................................................... 28
2.3 O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL . ....................... 32
2.4 O CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE URBANA .................................... 36
2.5 SUSTENTABILIDADE URBANA E URBANIZAÇÃO . ................................... 43
CAPÍTULO 3
AVALIAÇÃO E CONTROLE DO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL .................................................................................................. 51
3.1 INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL . ..................... 51
3.2 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE URBANA ................................... 54
3.3 URBANIZAÇÃO E INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE
URBANA . ........................................................................................................... 56
3.4 METODOLOGIA DA PESQUISA . ................................................................... 58
CAPÍTULO 4
URBANIZAÇÃO TRADICIONAL E URBANIZAÇÃO MODERNISTA......... 67
4.1 COMO SE DEFINE URBANIZAÇÃO .............................................................. 67
4.2 URBANIZAÇÃO TRADICIONAL..................................................................... 69
4.3 URBANIZAÇÃO MODERNISTA...................................................................... 85
4.4 SUSTENTABILIDADE DAS DUAS FORMAS DE URBANIZAÇÃO............... 99
CAPÍTULO 5
URBANIZAÇÃO EM SÃO LUÍS........................................................................ 111
5.1 MODELO DE ANÁLISE DA URBANIZAÇÃO DE SÃO LUÍS........................ 111
5.2 A URBANIZAÇÃO TRADICIONAL EM SÃO LUÍS......................................... 113
5.3 A URBANIZAÇÃO MODERNISTA EM SÃO LUÍS.......................................... 133
CAPÍTULO 7
CONCLUSÕES .................................................................................................. 213
7.1 URBANIZAÇÃO E SUSTENTABILIDADE . .................................................... 213
7.2 SUSTENTABILIDADE URBANA EM SÃO LUÍS ............................................ 214
7.3 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DA URBANIZAÇÃO EM
SÃO LUÍS............................................................................................................. 217
7.4 SOBRE A METODOLOGIA ADOTADA ......................................................... 220
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 223
INTRODUÇÃO
Acessibilidade
Capital Social Eqüidade Igualdade na
à cidade e
entre apropriação
= seus
pessoas e do espaço
Comunidade equipamentos e
grupos sociais urbano
serviços urbanos
Quadro 1 - Urbanização, capital comunitário e a cidade sustentável.
AVALIAÇÃO E CONTROLE DO
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
URBANIZAÇÃO TRADICIONAL E
URBANIZAÇÃO MODERNISTA
1750 Empresas estrangeiras Cia. Geral do Alternância com Belém Valorização da Praia
TRADICIONAL
1900 Novos pólos no interior Estagnação econômica Governo republicano e Renovação do centro e
A do Estado e baixo e integração à a Intervenção de plano de expansão de
1965 crescimento populacional economia nacional Paulo Ramos Ruy Mesquita
1965
MODERNISTA
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL DA URBANIZAÇÃO
EM SÃO LUÍS
CATEGORIA COMPONENTES
Vias Principais
SISTEMA Vias Coletoras
VIÁRIO
Vias Locais
Passeios e Calçadas
ESPAÇO
Praças e Largos
PÚBLICO
Parques e Jardins
Ocupação do lote
O
Gabarito
EDIFICADO
Relação Espaço Público
Uso residencial
USOS E
Uso comercial
FUNÇÕES
Uso serviços
Vias Coletoras Rua da Paz, Rua do Sol Rua dos Bicudos, Av. do Vale
Vias Rua da Cruz, Rua Mitra,
Locais Rua dos Afogados Queops, Osíris
Passeios e Calçadas Sim Sim
PÚBLICO
ESPAÇO
1 2
3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13
A alta densidade do CH, que disponibiliza apenas 10% das áreas pri-
vadas como espaço livre dos lotes ocupados e 0,95% de lotes vazios, com-
promete qualquer possibilidade de expansão do seu estoque construído.
Independente de questões ligadas à preservação cultural dos seus imóveis
seculares, esta situação se liga diretamente a aspectos ambientais da área e
que se fazem sentir atualmente pelos seus moradores e usuários.
Congestionamentos de trânsito e utilização permanente de meios
mecânicos de ventilação e iluminação nos imóveis são efeitos do acú-
mulo de atividades e da saturação física da área, que indicam a ultra-
passagem do limite de carga que podem afetar sua resiliência, isto é,
sua capacidade de manter suas condições originais, ameaçando a sus-
tentabilidade do ambiente urbano com o colapso físico dos imóveis.
Urbanização e Desenvolvimento Sustentável 205
A constante substituição do uso moradia por funções comerciais
no Centro Histórico - visível pelo processo de adaptação de inúmeros
imóveis na área -, não se deve unicamente às novas ofertas locacionais
residenciais, das quais o Renascença II é apenas uma delas em São Luís.
Muitas destas decisões de mudança são provocadas pela descontrolada
mistura de usos que domina a área e compromete condições de habi-
tabilidade de moradores tradicionais. O nível de incerteza quanto ao
futuro do CH resulta desta situação, que afeta moradores, comercian-
tes e investidores com interesses na área.
No Renascença II que, em comparação com o CH, apresenta o do-
bro da área livre nos lotes ocupados por construções (20,72%), a situ-
ação não é diferente. Quando ocorre uma concentração de edificações
altas, como em alguns trechos das ruas Miragem do Sol e Osíris - locais
de uso exclusivo ou predominante residencial que apresentam os mais
altos gabaritos da área -, os parâmetros de afastamentos e recuos legais,
associados às dimensões das ruas e calçadas, demonstram sua incapaci-
dade em assegurar privacidade e ventilação aos imóveis.
Estas condições, verificáveis visualmente e também através de de-
poimento de moradores, indicam ultrapassagem dos limites de boas
condições de habitabilidade e apontam para a necessidade de revisão
daqueles parâmetros do Plano Diretor.
O alto índice de lotes ociosos (23,03%) - mantidos há vários anos
sem cerramentos, com vegetação alta e alguns casos utilizados como
depósitos de lixo - são indicadores de uma diminuição dos investi-
mentos imobiliários na área, tendência esta em contradição com as
características de localização, infra-estrutura e serviços disponíveis no
Renascença II. Porém, como propriedade privada passível de edificação
a qualquer momento, não podem ser contabilizados como reserva para
expansão futura, a não ser que revisões no Plano Diretor modifiquem
os índices de ocupação do solo na área.
Em outras palavras, enquanto o CH ocupa mais do pavimento tér-
reo, o RII toma mais acima do solo, indicando que este último, ao
verticalizar suas construções, aproveita melhor o solo urbano enquanto
CONCLUSÕES