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- o conceito de civilização agrupa um conjunto de atitudes, atividades e artefatos que

“expressa a consciência que o Ocidente tem de si mesmo... Com essa palavra, a sociedade
ocidental procura descrever o que lhe constitui o caráter especial e aquilo de que se
orgulha: o nível de sua tecnologia, a natureza de suas maneiras, o desenvolvimento de
sua cultura científica ou visão do mundo, e muito mais” (p. 23).

- descompasso no modo pelo qual nações ocidentais pensam a si mesmas e aos outros:
para o ingleses e francês “civilização” não só diz respeito a fatos políticos, econômicos,
religiosos, morais, sociais e técnicos, como também é um conceito usado para elaborar a
expansão desse conjunto de elementos para territórios colonizados. Entre os alemães, o
equivalente imediato de “civilização”, “zivilisation”, tem um valor secundário, pois eles
se pensam mesmo mais através do conceito de kultur, que tende a demarcar diferenças –
“o que é realmente alemão?”.

- esse contraste nacional podia ser visto num contraste social interno à Alemanha: de um
lado, uma classe média intelectual “muito distante da atividade política”, cuja
“legitimação consistia principalmente em suas realizações intelectuais, científicas ou
artísticas”; de outro, uma classe cortesã que sustenta sua autoimagem com base na
“modelagem de seu comportamento característico e diferente” (p. 28).

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