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PLANO

MUNICIPAL DE
SANEAMENTO
BÁSICO DE
LAURO DE FREITAS-BA
\\w

Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas - BA


SElNFRA - Secretaria de infraestutura

Plano Municipal de Saneam ento Básico


Lei Federal: 11.455/07

Lauro de Freitas
Município de Lauro de Freitas
Secretaria de Infraestrutura - SEINFRA
Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto final

PREFEITA MUNICIPAL DE LAURO DE FREITAS


Moema Isabel Passos Gramacho

SECRETARIA TÉCNICA DO PLANO (STP)


Secretaria Municipal de Infraestrutura – SEINFRA
Vidigal Galvão Cafezeiro Neto
Rita Maria Menezes Pereira
João Vitor Barreto de Souza

COMITÊ EXECUTIVO DO PLANO (CEP)


João Vitor Barreto de Souza
Rita Maria Menezes Pereira
Carolina Oliveira Faria
José Ricardo Cruz
Vitor Hugo Santos Nogueira
Lediane Prince Regis dos Santos
Vinicius da Silva Carvalho Neri
Juraci Alves da Silva
Eduardo Helder Brito Pessoa
Ademir Santos da Silva
Marcônio da Silva Nogueira

GRUPO DE TRABALHO DE ACOMPANHAMENTO DO PLANO – GTP:


Vidigal Galvão Cafezeiro Neto - Médico - SEINFRA;
José Ricardo Ramos Cruz. Área - Engenheiro Civil- EMBASA;
Cida Crusoé - Procuradora do Município - PGM;
Valéria Dantas – Enfermeira - Conselho Municipal de Saúde;
Rosenaide Carvalho Brito - Administradora - Presidenta da Câmara de Vereadores;
Lindauberto Coura. Engenheiro Civil e Ambiental – Segundo Setor;
Fernando Borba: Economista - OSCIP Rio Limpo.

EQUIPE DE ELABORAÇÃO DO PLANO (EEP)


Ademir Santos da Silva - Eng. Agrimensor – SESP
Albin Anton Von Kienzel Jursa – Eng. Civil - SEINFRA
Aldaíra Angélica Oliveira do Nascimento - Assistente Social - SEINFRA
Aline Eglantiêr Braz Correia - Eng. Ambiental - SEMARH
Antônio José Souza Assis - Superintendência de Comunicação
Bartira Pinto Almeida de Oliveira - Secretaria – SEINFRA
Bruno Miranda de Oliveira Bahia – Analista de Sistemas - GAPRE
Caio Mário Vieira Marques - Advogado - SEFAZ
Carolina Oliveira Faria - Bióloga - SEINFRA
Djalma Silva Moreira - Tec. Meio Ambiente - GAPRE
Eduardo Helder Brito Pessoa - Gestor Ambiental – SEPLAN
Eliana Santos de Souza - Eng. Agrimessora - SEDUR
Gabriel França Pereira - Eng. Ambiental - SEMARH
Gabriela Santana Santos - Educadora - SEMED

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Município de Lauro de Freitas
Secretaria de Infraestrutura - SEINFRA
Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto final

Gisele Castro de Almeida - Estagiária de Direito - SEINFRA


João Vitor Barreto de Souza - Advogado - SEINFRA
Juraci Alves da Silva - Advogado - SEMARH
Lediane Prince Regis dos Santos - Arquiteta - Orçamento Participativo
Leidiane de Sousa Santana - Assistente Social - SEINFRA
Lorena Janaína Maltez de Sousa Cardoso - Procuradora - PGM
Lorena Oliveira de Souza - Estagiária de Eng. Civil - SEINFRA
Luís Paulo Magalhães Voss - Estagiário de Eng. Ambiental - SEINFRA
Marcônio da Silva Nogueira - Prof. Ciências Biológicas - SECULT
Mariana Cerqueira Cedrim - Jornalista - GAPRE
Rafael de Sousa Petró - Eng. Civil - SEINFRA
Rita Maria Menezes Pereira - Eng.ª Civil - SEINFRA
Samara Samir Santos Conceição - Geógrafa - SEDUR
Vinicius da Silva Carvalho Neri - Arquiteto - SEDUR
Vitor Hugo Santos Nogueira - Eng. Civil e Ambiental - SESAU

COLABORADORES
Marcelo Oliveira Passos de Jesus - Design Editorial.
Iraci Antônia de Oliveira - Inspetora Sanitária, Gestora Ambiental.
Cleci Portal - Comitê da Associação de Moradores de Ipitanga.
Ana Cláudia Magalhães - Bióloga, Mestra em Ecologia.
Janaína Ribeiro - Médica, Conselheira do Conselho Municipal de Saúde.
Danniela da Cal Scott – EngªAmbiental, Especialista em Engª de Saneamento Básico.

Lauro de Freitas
2017

Permite-se a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte e que não seja para
venda ou qualquer fim comercial.

ii
Município de Lauro de Freitas
Secretaria de Infraestrutura - SEINFRA
Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto final

Apresentação
Prezados cidadãos de Lauro de Freitas,

Certamente uma boa pergunta que merece estar nesta introdução é: o que é um Plano Municipal de
Saneamento Básico?

Esta definição não se obtém consultando as palavras separadamente em um dicionário. Já que o


sentido é dado pelo marco legal do saneamento no país, a Lei n°11.445 de 05 de janeiro de 2007, e
suas derivações, é somente com interpretação de tais que podemos precisar o conceito.

A expressão plano, nesse contexto legal, não se trata de projeto para a realização de alguma obra
de engenharia. Antes, é um estudo com ativa participação popular do que existe associado ao
saneamento básico público no município e o que pode ser implementado para aperfeiçoá-lo a curto,
médio e longo prazos com revisões, no máximo, a cada quatro anos, antes do plano plurianual.

Já o termo saneamento básico, conforme o art.3º da Lei n°11.445, é o conjunto de serviços,


infraestruturas, instalações e operações relacionados apenas a:
1. Abastecimento de água potável;
2. Esgotamento sanitário;
3. Drenagem e manejo de águas pluviais;
4. Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.
Veja que não é somente saneamento, assim como não é saneamento ambiental, ou apenas o
esgotamento sanitário, mas sim, saneamento qualificado como básico, abrangendo os quatro
componentes acima elencados.
A lei n°11.445, estruturou quais devem ser os atores do Saneamento Básico. São eles: o planejador,
que fica a cargo do município; o prestador de serviços, que pode ser um ente municipal ou
concessionária pública ou privada; o regulador e fiscalizador, que é entidade independente com
capacitação técnica e autonomia administrativa, financeira e decisória; e, por último, os
controladores sociais, instância composta por membros da sociedade civil e governo com atuação
nas questões sanitárias e ambientais.

Atualmente são esses os nomes dos atores no município de Lauro de Freitas: a prestação dos
serviços de fornecimento de água potável e esgotamento sanitário continuam sendo executados
pela Embasa, embora o contrato de concessão tenha expirado em 20 de agosto do ano corrente, o
restabelecimento do novo contrato, dessa vez de Programa está em pleno curso. A gestão da
drenagem urbana está a cargo da secretaria de infraestrutura – SEINFRA, e dos resíduos sólidos
da secretaria de serviços públicos – SESP. A regulação e fiscalização, embora careça de
formalização, vem sendo, e só podem ser desempenhada pela AGERSA, por força da Lei
Complementar Estadual nº 41 de 13 de junho de 2014. O controle social, será desempenhado pela
Câmara Técnica de Saneamento Básico e Ambiental, dentro da estrutura do Conselho da Cidade.

O presente plano possui importância fundamental não só para se fazer conhecer e melhorar a
prestação dos serviços de saneamento, como é especialmente:

iii
Município de Lauro de Freitas
Secretaria de Infraestrutura - SEINFRA
Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto final

a) ferramenta de planejamento e gestão para alcançar a melhoria das condições sanitárias e,


consequentemente, a qualidade de vida da população;
b) condição de acesso, após 31 de dezembro de 2017, a recursos orçamentários da União ou a
recursos de financiamentos geridos ou administrados por órgão ou entidade da Administração
Pública Federal, quando destinados a serviços de saneamento básico, e
c) condição de validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de serviços públicos
de saneamento básico.
Os estudos preparatórios para o Plano Municipal de Sanemanto Básico de Lauro de Freitas –
PMSBLF, iniciaram-se há alguns anos. Em 2016 optou-se por se realizar separadamente o plano
de resíduos sólidos, como facultam a Lei n°11.445/07 e a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010,
regulamentado pelo Decreto Federal nº 7.404/2010. A SESP, após realizar licitação pública,
contratou a empresa ECMASA para desenvolver o plano sobre resíduos sólidos.

Em janeiro de 2017, a atual gestão designou que a SEINFRA encabeçasse o prosseguimento e


conclusão junto com o corpo técnico de outras secretarias e recursos próprios da administração os
estudos dos três temas restantes: abastecimento de água potável, esgotamento sanitário e drenagem
de águas pluviais, até 31 de dezembro de 2017, prazo estabelecido pelo Decreto Federal n°
8.629/2015.

Primeiramente foi realizado um minucioso estudo das principais legislações federais, estaduais e
municipais aplicáveis ao tema. Em seguida, buscou-se todo material já produzido que auxiliasse
nos trabalhos. Para tanto, diversas correspondências oficiais foram enviadas para outras secretarias
do município: de saúde, educação, planejamento, desenvolvimento urbano, fazenda, cultura,
serviços públicos, etc., e demais entes externos, como Embasa, CONDER, INEMA, FUNASA,
IBGE, só para mencionar alguns. Vale citar dois importantes achados, o primeiro foi a pesquisa
contratada em 2005 pelo Município de Lauro de Freitas, no qual a empresa Holon realizou estudos
técnicos quanto ao manejo das águas pluviais. O segundo foi o estudo feito em 2007 pela
Universidade Federal da Bahia em convênio com o Consórcio Intermunicipal Costa dos Coqueiros
sobre o saneamento, ambos realizados na primeira gestão da atual prefeita.

Em seguida, a secretaria técnica do plano passou a desenvolver as atividades pautadas sobretudo


na realidade do município e das exigências legais. Se analisou o perfil e formação de alguns
funcionários públicos do município para compor os respectivos grupos de trabalho. Para o
acompanhamento crítico dos produtos convidamos pessoas e entidades da sociedade civil com
atuação no saneamento, tais grupos foram oficialmente estabelecidos na Portaria – GAPRE n°043,
de 07 de julho de 2017.

O art.19 da Lei Federal n°11.445/2007 e art. 25 do decreto n° 7.217 estabelecem o conteúdo


mínimo que deve conter num plano municipal de saneamento básico, são eles:

“I- diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida,


utilizando sistema de indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e
socioeconômicos e apontando as causas das deficiências detectadas;
II - objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a universalização,
admitidas soluções graduais e progressivas, observando a compatibilidade
com os demais planos setoriais;
III - programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as

iv
Município de Lauro de Freitas
Secretaria de Infraestrutura - SEINFRA
Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto final

metas, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais e com


outros planos governamentais correlatos, identificando possíveis fontes de
financiamento;
IV - ações para emergências e contingências;
V - mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência
e eficácia das ações programadas”.

Como preparação, se realizou dois trabalhos preliminares: o termo de referência e o plano de


trabalho. Entretanto, os conteúdos acima elencados foram assim organizados: Produto 1: Plano de
Comunicação e Mobilização Social. Produto 2: Diagnóstico do Saneamento Básico. Produto 3:
Prognóstico, Objetivos e Metas. Produto 4: Programas, Projetos e Ações. Produto 5: Ações para
emergências e contigências. Produto 6: Monitoramento e Avaliação. Produto 7: Anteprojeto de
Lei para aprovar o plano.

Este exemplar é o Produto 8, o produto final, é uma consolidação resumida de tudo que já foi
produzido. Foi cuidadosamente pensado para priorizar a objetividade e, ao mesmo tempo, ser
acessível ao maior número de pessoas possível.

A participação e controle social são conquistas indeléveis deste plano, desde a escolha da marca
até o texto da elaboração da minuta do anteprojeto de lei, todas as escolhas e ideias foram
amplamente discutidas. Por esta razão, antes de iniciarmos o conteúdo técnico do plano veremos
alguns registros desta divulgação e ativa participação popular!

Parabenizamos a todos os envolvidos direta e indiretamente. Acreditamos que este estudo resultará
em muitas outras ações positivas. Ótima Leitura!

Moema Isabel Passos Gramacho


Prefeita de Lauro de Freitas

Vidigal Galvão Cafezeiro Neto


Secretário de Infraestrutura

Rita Maria Menezes Pereira João Vitor Barreto de Souza


Responsável Técnica Coordenador do Plano

v
Município de Lauro de Freitas
Secretaria de Infraestrutura - SEINFRA
Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto final

O primeiro produto do PMSB, o Plano de Comunicação e Mobilização Social – PCMS, foi


desenvolvido para garantir a participação e controle social, naquele produto destacou-se como
objetivos específicos:

1. Divulgar abrangentemente os procedimentos, métodos, canais de participação, objetivos e


desafios do Plano;

2. Possibilitar que as informações sejam devidamente compartilhadas com a comunidade no


intuito de obter uma participação qualificada nos processos decisórios do Plano;

3. Motivar o entusiasmo de todos os segmentos sociais para contribuírem com Plano.

Tais objetivos foram alcançados:

1. Nas reuniões e atos públicos;

2. Nos mecanismos de divulgação impressos, digitais, sonoros e visuais;

3. Nas Audiência Públicas, com o registro das principais perguntas, sugestões e respostas das
intervenções feitas; e

5. No site do plano com gráficos resumindo o questionário da consulta pública realizada.

A seguir, você verá alguns belos registros da participação popular, e sem sombra de dúvidas,
concordará no quanto este plano municipal de saneamento básico foi participativo!

vi
Registros de um Plano
Participativo
material de divulgação

Divulgação do
Plano, no boletim
e na Câmara
Municipal de
Lauro de Freitas.

Material de
Divulgação para
Mídias Sociais
convidando a
população a conhecer
e participar do Plano
Municipal de
Saneamento Básico.
mais Materiais de Divulgação para conhecimento
e participação no plano!
outros materiais de Divulgação para Mídias Sociais.

Site para consulta popular


Registros de um Plano
Participativo
reuniões
02/05
Reunião de
alinhamento com
colaboradores
do Plano –
Definição das
atribuições e
planejamento.

02/05
PARTICIPAM
COLABORADORES
DA SESP, SEPLAN,
SEDUR, SECULT, SESAU,
GABINETE, DENTRE
OUTROS.

05/05
Ato Público de
Mobilização, no Dia
do Meio Ambiente,
que ocorreu no
Parque Ecológico em
Vilas do Atlântico.
05/05
SECRETÁRIO DE
INFRAESTRUTURA,
DR. VIDIGAL, EXPLANA
ACERCA DO DIAGNÓSTICO
DO PLANO.

05/05
Ato Público de
Mobilização, no Dia
do Meio Ambiente,
que ocorreu no
Parque Ecológico em
Vilas do Atlântico.
imprensa presente.

05/05

POPULAÇÃO
LOTA O PARQUE.

09/05

Reunião PARA
DISCUSSÃO SOBRE
O ESGOTAMENTO
SANITÁRIO DO
MUNICÍPIO. ETAPA
DE DIAGNÓSTICO.
16/05

Reunião para
discussão sobre o
PLANO DE
COMUNICAÇÃO E
MOBILIZAÇÃO SOCIAL.

16/05

ESTABELECIMENTO
DE ESTRATÉGIAS
PARA GARANTIR
PARTICIPAÇÃO
POPULAR.

16/05

reunião de
alinhamento para
o plano de
mobilização.

30/05
Reunião entre
REPRESENTANTES
DAS SECRETARIAS
ENVOLVIDAS NO
PLANO E
REPRESENTANTES
DA EMBASA. ETAPA
DE PROGNÓSTICO.
30/05
MEMBROS DA
EMBASA, CONDER,
SEMARH, SEMED,
SESAU,SEPLAN E
SEINFRA, OPINAM
SOBRE OS PROGAMAS,
PROJETOS E AÇÕES
PARA O MUNICÍPIO.

06/06

ESTUDANTES DA
REDE MUNICIPAL
DE ENSINO,
PARTICIPAM DO
PLANO.

06/06
ATRAVÉS DE
CONCURSO DE
POESIA E PINTURA,
NA BARRACA DA
GÁVEA, COM A
TEMÁTICA DE MEIO
AMBEINTE.

06/06
OS CANAIS DE
PARTICIPAÇÃO DO
PLANO SÃO
DIVULGADOS.
06/06

BARRACA DA GÁVEA,
VILAS DO ATLÂNTICO.

09/06

Ciclo de
conversas no
Parque Ecológico,
em Vilas do
Atlântico. Etapa
de prognóstico.

09/06
REPRESENTANTES DO
INEMA, SEMARH, RIO
LIMPO E SALVA,
DEBATEM SOBRE A
RELAÇÃO ENTRE
SANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS.

09/06

reunião com a CONDER.


CONTÉUDO PARA
PROGNÓSTICO, PROGAMAS,
PROJETOS E AÇÕES.
09/06

reunião com a
CONDER. PROJETO DE
MACRODRENAGEM.
BACIAS DE AMORTECIMENTO.

19/06

reunião para
discussão dos
conteúdos
produzidos.
E COLETA DE
SUGESTÕES.

19/06
REUNIÃO PARA
DISCUSSÃO DOS
CONTEÚDOS
produzidos.
E COLETA DE
SUGESTÕES.

06/06

21/06

Visita aos reservatórios


de água de lauro de
freitas.
21/06

Visita AS INSTALAÇÕES
DOS SISTEMAS PARA
AMPLIAÇÃO
DO ABASTECIMENTO
DE ÁGUA PARA LAURO DE
FREITAS.

21/06

DISCUSSÃO DA PROJEÇÃO
DA DEMANDA DE ÁGUA
MUNICÍPIO.

05/07
Reunião de interação
do Plano Municipal de
Saneamento Básico com
o Plano Plurianual
Participativo. Etapa de
programa, projetos e
ações.

05/07
REUNIÃO DE INTEração
DO PLANO MUNICIPAL DE
SANEAMENTO BÁSICO COM
O PLANO PLURIANUAL
PARTICIPATIVO. ETAPA DE
PROGRAMA, PROJETOS E
AÇÕES.
11/07

Reunião com
estudantes da rede
municipal de ensino.
Etapa de prognóstico.

11/07
JOÃO SOUZA, COORDENADOR
DO PLANO, DIVULGA
OS CANAIS
DE PARTICIPAÇÃO.

12/07

reunião para
discussão dos
conteúdos
produzidos.

12/07

EQUIPE TÉCNICA DO
SOCIAL DO PLANO
E REPRESENTANTE
DA CCR METRÔ
SÃO CONVIDADOS.
14/07
ApresenTAÇÃO DO
PLANO NA UNIME.
ENG. RAFAEL PETRÓ,
APRESENTA O
DIAGNóSTICO E
PROGNÓSTICO DE
DRENAGEM.

14/07

Apresentação do
Pmsb realizadO na
UNIME .

31/07

etapa de análise de
ações PARA
emergência e
contigência,
monitoramento e
avaliação.

01/08

discussões com a
conder sobre
OBRAS DE
MACRODRENAGEM.
01/08

discussões com a
conder sobre
MACRODRENAGEM.

02/08

Participação em evento
da Instituição
Japonesa-JICA. Coleta
de dados para
FINANCIAMENTO
DOS PROGAMAS
PROJETOS E AÇÕES.

03/08

Participação em evento
da Instituição
Japonesa-JICA. Coleta
de dados para
FINANCIAMENTO
DOS PROGAMAS
PROJETOS E AÇÕES.

18/08

REunião com
representantes DA
embasa para discussão
dos materiais
produzidos e próximas
ações.
18/08

Reunião com
representantes DA embasa
para discussão dos
materiais produzido e
próximas ações.

03/10
MUNÍCIPES PARTICIPAM
JUNTO A EMBASA E
SEINFRA DOS
PROJETOS DE
ESGOTAMENTO
SANITÁRIO.

03/10
LOCALIZAÇÃO E
TECNOLOGIA DAS
ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS
DE ESGOTO SÃO
PAUTAS RECORRENTES.

06/10

reunião DE DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
PRODUZIDOS.
21/10
A Prefeita Moema Gramacho,
a PresidentA da Câmara, Naide
Brito, o Gerente regional da
Embasa de Lauro de Freitas,
Gustavo, o Diretor de
Operações da Embasa
Metropolitana, Carlos Ramirez,
e o Assessor Gilmar Santiago
em reunião para tratar da
ATUAÇÃO DA EMBASA NO
MUNICÍPIO.

21/10

O MUNUCÍPIO DE LAURO DE FREITAS


EXTERNA O INTERESSE DE RENOVAÇÃO
DO CONTRATO COM A EMBASA.

28/10

Reunião com
representantes
do Bairro de Vilas
do Atlântico.
Registros de um Plano
Participativo
Audiências públicas
1ª Audiência Pública do PMSBLF - 01/09
escola municipal 2 de julho - Itinga

material de
divulgação da
1ª audiência
pública.
macrorregião
de itinga.

acolhendo a
Comunidade e
representantes.
colégio 2 de
julho, itinga.
EQUIPE
DE recepção
da seinfra.

Abertura da
Audiência
Pública, com
Secretário de
Infraestrutura,
dr. Vidigal
Cafezeiro.

Superintendente
da Embasa, SR.
RicardO REQUIÃO,
FALAndo SOBRE
o diagnóstico
de água e esgoto.

Secretário de
Serviços Públicos,
Sr. Renato Brás,
expondo o
diagnóstico
sobre resíduos
sólidos.
lindauberto coura,
especialista em
saneamento básico.
consultor,
representante do
segundo setor.

participação da
Comunidade
na audiência
pública.

comunidade
atenta a
audiência pública.

participação da
Comunidade
na audiência
pública.
LÍDER COMUNITÁRIA
PERGUNTANDO
SOBRE O
TRATAMENTO DE
ESGOTO ANTES DO
LANÇAMENTO NO
EMISSÁRIO.

MORADOR
OPINANDO
ACERCA DE
COMO MELHORAR
O SANEAMENTO
BÁSICO.

PREFEITA
MOEMA GRAMACHO,
FAZENDO UM
RETROSPECTO DAS
CONQUISTAS E METAS
PARA O SANEAMENTO
BÁSICO.

pesquisa APLICADA
AO PÚBLICO SOBRE
SANEAMENTO BÁSICO.
Registros de um Plano
Participativo
Audiências públicas
2ª Audiência Pública do PMSBLF - 06/09
Colégio Municipal Edvaldo Boaventura, Areia Branca.

material de
divulgação DA
2ª audiência
pública.
MACRORREGIÃO
DE
AREIA BRANCA.

Abertura da
Audiência Pública,
com Secretário de
Infraestrutura,
dr. Vidigal Cafezeiro.
Coordenadora
EXECUTIVA E
RESPONSÁVEL
TÉCNICA DO PLANO
RITA MENEZES.
FALANDO SOBRE
O PLANO.

Acolhendo
a Comunidade.

Componentes
da mesa.

REPRESENTANTE
da embasa,
ENG. JULIAN
DAMASCENO, FALA
SOBRE O
ESGOTAMENTO
SANITÁRIO EM
LAURO DE FREITAS.
Superintendente
da Embasa,
Sr. Ricardo
Requião falando
sobre diagnóstico
de água e esgoto.

representante
DA EMBASA,
ENG. WILLHAN
AGUIAR, FALANDO
SOBRE A
AMPLIAÇÃO DO
ABASTECIMENTO
DE ÁGUA.

LÍDER
COMUNITÁRIA
PERGUNTA SOBRE
AÇÕES DE
SANEAMENTO
BÁSICO NO BAIRRO.

MORADOR CITA
DIFICULDADE
SOBRE
ABASTECIMENTO
DE ÁGUA.
Registros de um Plano
Participativo
Audiências públicas
3ª Audiência Pública do PMSBLF - 12/09
Colégio Municipal Vida Nova - Caji.

material de
divulgação da
3ª audiência
pública.
MACRORREGIÃO
DE VIDA NOVA.

RECEPÇÃO A
COMUNIDADE,
COLÉGIO
MUNICIPAL DE
VIDA NOVA.
3ª audiência
pública,
SECRETÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
DR. VIDIGAL FAZ
EXPLANAÇÃO
GERAL.

macroregião
DE VIDA NOVA,
RESPONSÁVEL
TÉCNICA PELO
PLANO, RITA
MENEZES.

SECRETÁRIO DA
SESP, SR° RENATO
BRÁZ DISCURSA
SOBRE O PLANO
DE RESÍDUOS
SÓLIDOS.

ENGENHEIRO
TIAGO TELES DA
EMBASA,
RESPONSÁVEL
PELA A AMPLIAÇÃO
DO SISTEMA DE
ESGOTAMENTO
SANITÁRIO.
3ª audiência
PÚBLICA, ENG.
WILLHAN AGUIAR
DA EMBASA, FALA
SOBRE O R23 A E B
RESERVATÓRIOS
DE ÁGUA.

ENG.ª ALMERINDA
SENA, DA EMBASA,
APRESENTA UM
PANORAMA DA
SITUAÇÃO DA
EMBASA NO
MUNICÍPIO.

escola MUNICIPAL
DE VIDA NOVA,
MORADOR FALA
DA IMPORTÂNCIA
DA SEPARAÇÃO
DAS REDES DE
DRENAGEM DA REDE
ESGOTO.

MORADORA
FALA SOBRE
SAÚDE E
SANEAMENTO.
3ª audiência
pública,
MORADOR
PARTICIPANDO.

macroregião
de vida nova

APRESENTAÇÃO
DE GRUPO
PERCUSSIVO
PARA RECEPÇÃO
DA PREFEITA,
MOEMA.

Prefeita
respondendo
aos
questionamentos
da comunidade.
Registros de um Plano
Participativo
Audiências públicas
4ª Audiência Pública do PMSBLF - 18/09
Colégio Municipal Constantino Vieira - Portão

material de
divulgação da
4a audiência
pública.

Abertura da
Audiência Pública,
MACRORREGIÃO DE
PORTÃO.
4a audiência
PÚBLICA.

apresentação
da eng.ª almerinda
sena, da embasa.

apresentação
do eng. julian
damasceno,
da embasa.

apresentação
do eng. tiago
teles, da embasa.
JOÃO SOUZA,
COORDENADOR
DO PLANO,
EXPLANA
SOBRE DRENAGEM.

MORADOR DE
PORTÃO DESTACA
A IMPORTÂNCIA DE
DESENVOLVIMENTO
DE TECNOLOGIAS
DE REÚSO DE
ESGOTO TRATADO.

MORADOR SINALIZA
A URGÊNCIA DO
TRATAMENTO DE
ESGOTO PARA
SALVAR OS RIOS.

Formulário
ESCRITO DE
CONSULTA
PÚBLICA.
Registros de um Plano
Participativo
Audiências públicas
5ª Audiência Pública do PMSBLF - 20/09
cine teatro - centro

material de
divulgação da
5a audiência
pública.
MACRORREGIÃO
DO CENTRO.

Abertura da
Audiência Pública
5 ª audiência
pública,
CINE TEATRO.

DR ª. MARIA VALÉRIA
ENG.ª DA EMBASA,
DISCURSA SOBRE A
IMPORTÂNCIA DO
PLANO DE
SANEAMENTO.

ROSENAIDE BRITO,
PRESIDENTA DA
CÂMARA DE
VEREADORES.

EXPLICAÇÃO
SOBRE O
INTERCEPTOR
(DUTO)
QUE LEVARÁ O
ESGOTO DE LAURO
DE FREITAS PARA
SALVADOR.
participação
ativa dos
munícipes.

MORADOR
DESTACA A
IMPORTÂNCIA DA
DRENAGEM.

Cine Teatro
centro,
5ªAUDIÊNCIA.

Discurso Final
da prefeita
moema
gramacho.
Registros de um Plano
Participativo
Audiências públicas
6ª Audiência Pública do PMSBLF - 24/09
Parque Ecológico - Vilas do Atlântico

material de
divulgação da
6 ª audiência
pública.
MACROREGIÃO
DE VILAS DO
ATLÂNTICO.

Composição
da mesa.
6 ª AUDIÊNCIA
PÚBLICA,NO PARQUE
ECOLÓGICO DA
CIDADE.

APRESENTAÇÃO
DA EMBASA.

participação
DO ENG. LUCIANO,
representante
da conder.

6ª audiência
pública.
MORADORA, JANAÍNA
RIBEIRO, PERGUNTA
SOBRE A COMPOSIÇÃO
DO PLANO E APONTA
A NECESSIDADE DAS
OBRAS DE ESGOTAMENTO
SANITÁRIO
ACOMPANHAREM O
RITIMO DAS OBRAS DE
MACRODRENAGEM.

ANA CLAÚDIA
MAGALHÃES,
MORADORA DE
IPITANGA,
PARTICIPANdo.

participação
da Prefeita
Moema
gramacho.

Formulário
de consulta
pública.
Município de Lauro de Freitas
Secretaria de Infraestrutura - SEINFRA
Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

SUMÁRIO
DIAGNÓSTICO DO SANEAMENTO BÁSICO ........................................................................... 55
1. CARACTERIZAÇÃO GERAL................................................................................................... 55
1.1. Síntese histórica .............................................................................................................. 55
1.2. População ........................................................................................................................ 55
1.3. Localização ..................................................................................................................... 57
1.4. Acessos ............................................................................................................................ 59
1.5. Infraestrutura disponível ................................................................................................. 60
1.6. Indicação das áreas de proteção ambiental ..................................................................... 63
1.7. Clima ............................................................................................................................... 64
1.8. Topografia, hidrologia e geologia ................................................................................... 66
1.9. Hidrografia ...................................................................................................................... 67
1.10. Perfil socioeconômico ..................................................................................................... 70
2. SITUAÇÃO INSTITUCIONAL ................................................................................................ 71
2.1. Esfera federal .................................................................................................................. 71
2.2. Esfera estadual ................................................................................................................ 74
2.3. Esfera municipal.............................................................................................................. 75
3. MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS ....................................................................... 75
4. SAÚDE ...................................................................................................................................... 79
5. SERVIÇOS PÚBLICOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTO ............................ 85
5.1. Titularidade da gestão na região metropolitana de Salvador .......................................... 85
5.2. Planejamento dos serviços de abastecimento de água e esgoto ...................................... 87
5.3. Regulação dos serviços de abastecimento de água e esgoto ........................................... 88
5.4. Fiscalização dos serviços de abastecimento de água e esgoto ........................................ 90
5.5. Prestação dos serviços de abastecimento de água e esgoto............................................. 90
5.6. Empresa baiana de águas e saneamento - EMBASA ...................................................... 93
5.7. Abrangência do sistema de abastecimento de água SAA ............................................... 97
5.8. Abrangência do sistema de esgotamento sanitário - SES ............................................... 98
5.9. Receitas e despesas do SAA e SES ............................................................................... 100
5.10. Diagnóstico de abastecimento de água ......................................................................... 102
5.10.1. Descrição e avaliação dos sistemas integrados de abastecimento de água ........... 102
5.11. Mananciais utilizados para o abastecimento ................................................................. 106
5.11.1. Represa Joanes II .................................................................................................. 106
5.11.2. Represa de Santa Helena ...................................................................................... 107
5.11.3. Represa de Pedra do Cavalo ................................................................................. 108
5.12. Situação atual do projeto ............................................................................................... 109

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5.12.1. População beneficiada: ......................................................................................... 109


5.12.2. Localidades atendidas: .......................................................................................... 110
5.12.3. Valor do investimento: ......................................................................................... 110
5.12.4. Características técnicas do sistema: ...................................................................... 110
6. DIAGNÓSTICO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO .......................................................... 114
6.1. Serviços públicos de esgotamento sanitário .................................................................. 114
6.2. Resumo do andamento da obra dos sistemas de esgotamento em implantação pela
Embasa em Lauro de Freitas. ....................................................................................................... 114
6.2.1. Dados da obra: ...................................................................................................... 115
6.2.2. Importância: .......................................................................................................... 115
6.2.3. Investimento: ........................................................................................................ 115
6.2.4. A estrutura principal de transporte é divida em 4 trechos: ................................... 115
7. SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DOMÉSTICO .......................................... 140
7.1. Rede coletora de esgoto ................................................................................................ 140
7.1.1. ECP –Estação de Condicionamento Prévio e Sistema de Disposição Oceânica
(SDO) 142
7.1.2. Estação de tratamento de esgoto convencional ..................................................... 142
7.1.3. Lagoas de estabilização......................................................................................... 142
7.1.4. Aspectos construtivos das lagoas (Facultativa e Maturação) ............................... 143
7.1.5. Lagoa facultativa .................................................................................................. 144
7.1.6. Lagoa de maturação ou polimento ........................................................................ 144
7.1.7. Estação de tratamento de esgoto compactas ......................................................... 144
7.1.8. Soluções individualizadas ..................................................................................... 145
7.1.9. Lançamento no solo em valas à céu aberto ........................................................... 145
7.1.10. Lançamento na rede de drenagem ......................................................................... 145
7.1.11. Lançamento em corpos hídricos ........................................................................... 146
7.1.12. Fossa ou taque séptico .......................................................................................... 146
7.1.13. Tanque séptico → sumidouro ............................................................................... 146
7.1.14. Tanque séptico → valas de infiltração .................................................................. 147
7.1.15. Tanque séptico econômico .................................................................................... 148
7.1.16. Fossa bananeira ..................................................................................................... 148
7.1.17. Restrições construtivas e locacionais .................................................................... 149
7.1.18. Características do solo .......................................................................................... 150
7.1.19. Distâncias horizontais: .......................................................................................... 151

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7.1.20. Implantação após sondagem: ................................................................................ 151


8. SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITARIO .................................................................. 151
8.1. Discrição dos sistemas de esgotamento implantados e operados pela Embasa em Lauro
de Freitas. ..................................................................................................................................... 152
8.2. Informações Gerais sobre o SES de Laudo de Freitas .................................................. 152
8.2.1. Rede coletora de esgoto ........................................................................................ 152
8.2.2. Estações elevatórias de esgoto .............................................................................. 157
8.2.3. Estações de tratamento de esgoto ......................................................................... 159
8.2.4. Emissário e corpo receptor dos efluentes tratados ................................................ 166
8.2.5. Principais ETEs de Laudo de Freitas .................................................................... 170
8.3. Estimativa da demanda de abastecimento de água e geração de esgoto Sanitário. ....... 178
9. DIAGNÓSTICO DRENAGEM ............................................................................................... 180
9.1. Situação atual – canais de drenagem ............................................................................. 180
9.1.1. Canal Jardim dos Pássaros .................................................................................... 180
9.1.2. Canal Santa Júlia................................................................................................... 183
9.1.3. Canal Lagoa dos Patos .......................................................................................... 185
9.1.4. Canal Jaraguá ........................................................................................................ 187
9.1.5. Canal Xangô Oxalá ............................................................................................... 188
9.1.6. Canal Fazendão ..................................................................................................... 191
9.1.7. Canal Japonês ....................................................................................................... 193
9.1.8. Canal do Horto ...................................................................................................... 194
9.2. Vale do Rio Ipitanga e Reservatórios de Amortecimento. ............................................ 194
9.2.1. Considerações iniciais .......................................................................................... 209
9.3. Método do hidrograma unitário triangular e método do hidrograma unitário triangular
sintético 211
9.3.1. Descrição do projeto de aumento da capacidade de escoamento do rio ipitanga. 215
9.3.2. Informações preliminares ..................................................................................... 216
9.3.3. Resultados ............................................................................................................. 217
9.4. Drenagens encontradas pelo o município ..................................................................... 217
9.4.1. Microdrenagem ..................................................................................................... 217
9.4.2. Macrodrenagem .................................................................................................... 218
9.5. Elaboração de mapas com identificação das áreas de risco de enchentes para diferentes
períodos de retorno de chuvas. ..................................................................................................... 231
9.5.1. Fotografia dos pontos de Alagamento .................................................................. 232
9.6. Resumo da parte de diagnóstico do “ehci” ................................................................... 235

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9.6.1. Considerações iniciais .......................................................................................... 238


9.6.2. Modelagem hidrológica considerações iniciais .................................................... 242
9.7. Investigação da separação entre os sistemas de drenagem e de esgotamento sanitário.
254
10. ESTUDOS DO MUNICÍPIO ................................................................................................... 255
10.1.1. Estudos encontrados no o Plano Diretor ............................................................... 255
10.1.2. Estudo das características morfológicas e determinação de índices físicos
(hidrografia, pluviometria, topografia e outros) para as bacias e microbacias em especial das
áreas urbanas. ............................................................................................................................ 258
10.1.3. Deficiências no sistema natural de drenagem, a partir de estudos hidrológicos... 259
PROGNÓSTICO, OBJETIVOS E METAS .................................................................................. 260
11. PROGNÓSTICO, OBJETIVOS E METAS ............................................................................ 260
11.1. Diretrizes e objetivos gerais do Plano ........................................................................... 260
11.2. Metas gerais da política e do PMSB ............................................................................. 261
11.3. Estrutura para os programas, objetivos e metas específicas do PMSB ......................... 261
11.4. Objetivos estratégicos do PMSB ................................................................................... 262
11.5. Sistema de abastecimento de água ................................................................................ 263
11.6. Sistema de esgotamento sanitário ................................................................................. 263
12. METAS DO PMSBLF ............................................................................................................. 264
12.1. Resolução do Alagamento da Av. Mário Epinghaus .................................................... 264
12.2. Desvio do canal dos irmãos........................................................................................... 264
12.3. Microdrenagem ............................................................................................................. 267
13. OBRA CONDER – RESERVATÓRIO DE AMORTECIMENTO CONSORCIO IPITANGA.
268
13.1. Soluções previstas no anteprojeto ................................................................................. 268
14. BAIRRO NOVO DO MUNICÍPIO ......................................................................................... 270
PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES ....................................................................................... 272
15. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES .................................................................................. 272
15.1. Definição ....................................................................................................................... 272
15.2. Importância ................................................................................................................... 272
16. ESTUDOS E PROJETOS ........................................................................................................ 272
17. PROGRAMAS ......................................................................................................................... 272
17.1. Pesquisa ativa de vazamentos visíveis e não visíveis ................................................... 272
17.2. Programa de macromedição (instalação de macro medidores) ..................................... 272
17.3. Programa de uso racional de água e educação ambiental ............................................. 273
17.4. Programa de melhoria da infraestrutura de atendimento e equipamentos de manutenção
273
17.5. Programa de elaboração de cadastro técnico dos sistemas de água e esgoto ................ 273
17.6. Implantação/adequação de CCO (Centro de Controle Operacional) ............................ 273

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17.7. Programa de capacitação de pessoal (sistema cadastral, modelagem, perdas, etc.) ...... 274
18. FONTES DE FINACINACIAMENTOS ................................................................................. 274
18.1. Ministério das Cidades .................................................................................................. 274
18.2. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDS ........................... 274
18.3. Fundos internacionais de investimento. ........................................................................ 275
18.4. Fundo municipal de saneamento ................................................................................... 275
18.5. Dados econômicos ........................................................................................................ 275
18.5.1. PIB Municipal ....................................................................................................... 276
18.5.2. Finanças públicas .................................................................................................. 277
19. AÇÕES E PROJETOS ............................................................................................................. 278
19.1. Ações específicas para o abastecimento de água .......................................................... 278
19.1.1. Estação de tratamento de água (ETA) .................................................................. 279
19.2. Planos de racionamento e atendimento a demandas temporárias ................................. 280
20. AÇÕES ESPECÍFICAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ............................................... 280
21. AÇÕES ESPECÍFICAS DE DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
280
21.1. Ação de investigação da separação entre os sistemas de drenagem e de esgotamento
sanitário. 280
21.1.1. Programas, objetivos e metas – abastecimento de água ....................................... 281
21.1.2. Programas, objetivos e metas – esgotamento sanitário. ....................................... 286
21.1.3. Programas, objetivos e metas para drenagem ....................................................... 290
21.1.4. Programas, Objetivos e Metas para o PMSBLF ................................................... 292
AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTIGÊNCIAS ............................................................... 294
22. AÇOES PARA EMERGÊNCIA E CONTIGÊNCIA .............................................................. 294
22.1. Definição ....................................................................................................................... 294
22.2. Importância ................................................................................................................... 294
22.3. Elaboração de mapas com identificação das áreas de risco de enchentes para diferentes
períodos de retorno de chuvas. ..................................................................................................... 295
22.3.1. Pontos de Alagamento .......................................................................................... 295
22.3.2. Fotografia dos pontos ........................................................................................... 296
23. AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS PARA ÁGUA E ESGOTO. ......... 299
23.1. Plano de segurança de barragens................................................................................... 299
23.2. Plano de sinalização de mananciais e área de proteção ambiental em rodovias ........... 300
23.3. Outras ações de prevenção ............................................................................................ 300
24. AÇÕES DE EMEGÊNCIAS E CONTIGÊNCIAS DE DRENAGEM ................................... 306
24.1. Definições dos desastres ............................................................................................... 306
24.1.1. Alagamentos: ........................................................................................................ 306
24.1.2. Inundações bruscas ou enxurradas: ...................................................................... 306

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24.1.3. Deslizamentos:...................................................................................................... 306


24.1.4. Desmoronamentos: ............................................................................................... 306
25. ESTRUTURA MUNICIPAL PARA AÇÕES ......................................................................... 308
25.1. Equipe para atuar com ações de emergência e contingência ........................................ 308
25.2. Principais ações a serem desenvolvidas ........................................................................ 308
26. ELABORAÇÃO DE MANUAIS COM PROTOCOLOS DE ATUAÇÃO ............................ 311
27. AÇÕES PARA INFORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO ............................................................ 312
27.1. Plano de marketing ........................................................................................................ 312
27.2. Telefone para urgências e emergências......................................................................... 312
27.3. Plano de identificação, sinalização e placas de alerta ................................................... 312
27.4. Conteúdo programático e normas de procedimento das oficinas de capacitação ......... 312
MONITORAMENTO E AVALIAÇÕES ..................................................................................... 313
28. MONITORAMENTO .............................................................................................................. 313
28.1. Definição ....................................................................................................................... 313
28.2. Importância ................................................................................................................... 313
28.3. Objetivos ....................................................................................................................... 313
28.4. Impactos ........................................................................................................................ 315
28.5. Regularizão do sistema de monitoramento e avaliação do plano e da Política municipal
de saneamento básico. .................................................................................................................. 315
28.6. Publicações .................................................................................................................... 317
29. ANTEPROJETO DE LEI ........................................................................................................ 319
30. REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 339

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Lista de Fotos
Foto 1 – Reservatório a Poiado DE 8700 m3. ............................................................................................. 103
Foto 2 – Booster – CIA MAR ..................................................................................................................... 104
Foto 3 – Booster Bairro Novo ..................................................................................................................... 104
Foto 4 – Booster Encontro das Águas ......................................................................................................... 105
Foto 5 – Barragem de Santa Helena ............................................................................................................ 107
Foto 6 – Barragem Santa Helena ................................................................................................................. 108
Foto 7 – Barragem de Pedra do Cavalo ....................................................................................................... 109
Foto 8 – Barragem de Pedra do Cavalo ....................................................................................................... 109
Foto 9 – Metas do Esgotamento Sanitário ................................................................................................... 116
Foto 10 – Bacias contempladas pelo esgotamento sanitário ....................................................................... 117
Foto 11 – Traçado da linha de recalque ....................................................................................................... 117
Foto 12 – Trecho 1 (interferência com galerias) ......................................................................................... 118
Foto 13 – Trecho da saída da rede de recalque da estação elevatória ......................................................... 118
Foto 14 – Trecho da ponte na passagem do rio ipitanga (Rede de recalque) .............................................. 119
Foto 15 – Rede de recalque interferência do Rio Ipitanga/Aeroporto ......................................................... 119
Foto 16 – Traçado da rede de recalque. ....................................................................................................... 120
Foto 17 – Estação Elevatório de Esgoto (em execução).............................................................................. 120
Foto 18 – Estação Elevatório de Esgoto (em execução).............................................................................. 121
Foto 19 – Estação Elevatório de Esgoto (execução de estaca raiz) ............................................................. 121
Foto 20 – Estação Elevatório de Esgoto (lançamento de concreto jateado) ................................................ 122
Foto 21 – Linha de recalque (proteção e sinalização na Av. 2 de Julho...................................................... 122
Foto 22 – Linha de recalque (Assentamento de tubos PRFV DN 900 mm) ................................................ 123
Foto 23 – Linha de recalque (Escavação de vala) ....................................................................................... 123
Foto 24 – Linha de recalque (Escoramento de tubos PRF DN 900 mm) .................................................... 124
Foto 25 – Linha de recalque (Assentamento de tubos PRFV DN 900 mm) ................................................ 124
Foto 26 – Linha de recalque (Pavimentação Asfáltica) ............................................................................... 125
Foto 27 – Linha de recalque (Pavimentação Asfáltica) ............................................................................... 125
Foto 28 – Linha de recalque (Pavimentação Asfáltica) ............................................................................... 126
Foto 29 – Linha de recalque (Pavimentação Asfáltica) ............................................................................... 126
Foto 30 – Linha de recalque (Pavimentação Asfáltica) ............................................................................... 127
Foto 31 – Linha de recalque (Pavimentação Asfáltica) ............................................................................... 127
Foto 32 – Linha de recalque (Pavimentação Asfáltica) ............................................................................... 128
Foto 33 – Linha de recalque (Adensamento)............................................................................................... 128
Foto 34 – Linha de recalque (Assentamento de tubos PRFV DN 12000mm) ............................................. 129
Foto 35 – Escavação e montagem de Túnel Line (Viaduto Maio Andreazza) ............................................ 129

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Foto 36 – Escavação e montagem de Túnel Line (Viaduto Maio Andreazza) ............................................ 130
Foto 37 – Escavação e montagem de Túnel Line (Viaduto Maio Andreazza) ............................................ 130
Foto 38 – Escavação e montagem de Túnel Line (Viaduto Maio Andreazza) ............................................ 131
Foto 39 – Escavação e montagem de Túnel Line (Viaduto Maio Andreazza) ............................................ 131
Foto 40 – Escavação e montagem de Túnel Line (Viaduto Maio Andreazza) ............................................ 132
Foto 41 – Assentamento de tubos FoFo DN 1200mm (Av. Orlando Gomes)............................................. 132
Foto 42 – Execução da Caixa de Ventosa (Av. Orlando Gomes) ............................................................... 133
Foto 43 – Execução da Caixa de Ventosa (Av. Orlando Gomes) ............................................................... 133
Foto 44 – Espera da Torre de Transição 03 (Av. Orlando Gomes) ............................................................. 134
Foto 45 – Espera da Torre de Transição 03 (Av. Orlando Gomes) ............................................................. 134
Foto 46 – Assentamento de tubos PRFV DN1200mm ................................................................................ 135
Foto 47 – Assentamento de tubos PRFV DN1200mm (Rua Rio Trobogi) ................................................. 135
Foto 48 – Assentamento de tubos PRFV DN1200mm (Rua Rio Trobogi) ................................................. 136
Foto 49 – Traçado da Rede de Recalque ..................................................................................................... 136
Foto 50 – Trecho Aéreo 08 Interferência com Gás ..................................................................................... 137
Foto 51 – Trecho Aéreo 09 .......................................................................................................................... 137
Foto 52 – Linha de Recalque Utilização de ponteira filtrante (Rua Tamburugi) ........................................ 138
Foto 53 – Linha de Recalque Assentamento de tubos PRFV (Rua Tamburugi) ......................................... 138
Foto 54 – Linha de Recalque Assentamento de tubos PRFV (Rua Tamburugi) ......................................... 139
Foto 55 – Estação de Condicionamento Prévia (ECP) Jaguaribe ................................................................ 139
Foto 56 – Rede de esgotamento em Itinga .................................................................................................. 153
Foto 57 – Rede de esgotamento – Loteamento Jardim Independência ....................................................... 154
Foto 58 – Rede de esgotamento sanitário – Loteamento Jardim Cidade Nova ........................................... 154
Foto 59 – Rede de esgotamento sanitário – Loteamento Jardim Cidade Nova (complemento) .................. 155
Foto 60 – Rede de esgotamento sanitário Portão ........................................................................................ 155
Foto 61 – Rede de esgotamento sanitário Portão ........................................................................................ 156
Foto 62 – Rede de esgotamento sanitário Av Queira Deus ......................................................................... 156
Foto 63 – Trecho inicial do Canal Jardim dos Pássaros .............................................................................. 180
Foto 64 – Área onde está localizado o trecho final do Canal Jardim dos Pássaros ..................................... 181
Foto 65 – Dispositivo de lançamento do Canal Jardim dos Pássaros no Rio Ipitanga ................................ 181
Foto 66 – Passagem do Canal Caji da Urbis sob duas adutoras do Sistema Joanes/Ipitanga ...................... 182
Foto 67 – Passagem do Canal Caji da Urbis sob duas adutoras do Sistema Joanes/Ipitanga ...................... 182
Foto 68 – Trecho canalizado entre a Estrada do Coco e a Rua Alagoas ..................................................... 183
Foto 69 – Lançamento do Canal Caji da Urbis no Rio Ipitanga .................................................................. 183
Foto 70 – Ocupação residencial nas margens do Canal Santa Júlia ............................................................ 184
Foto 71 – Ponto de confluência entre os canais Santa Júlia e Jardim dos Pássaros .................................... 184

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Foto 72 – Trecho inicial do Canal Lagoa dos Patos .................................................................................... 185


Foto 73 – Trecho Final do Canal Lagoa dos Patos, marginal à Rua José Ribeiro da Silva ......................... 186
Foto 74 – Confluência entre o Canal Lagoa dos Patos e o Rio Sapato ....................................................... 186
Foto 75 – Beco para passagem do Canal Jaraguá ........................................................................................ 187
Foto 76 – Vista do Canal Jaraguá no trecho paralelo às adutoras ............................................................... 188
Foto 77 – Canais aberto e fechado ao longo da Rua ................................................................................... 188
Foto 78 – Canais aberto e fechado ao longo da Rua ................................................................................... 189
Foto 79 – Terceiro trecho do Canal Xangô Oxalá, aberto e revestido ........................................................ 190
Foto 80 – Confluência entre o Canal Lagoa dos Patos e o Rio Sapato ....................................................... 191
Foto 81 – Lançamento do Canal Fazendão no Rio Areia ............................................................................ 192
Foto 82 – Rio Areia, em local próximo ao acesso ao Centro de Treinamento do Esporte Clube Bahia ..... 193
Foto 83 – Vista do Canal do Horto entre edificações, com lançamentos indevidos de efluentes sanitários e
deposição de sedimentos em seu leito ......................................................................................................... 194
Foto 84 – Barragem da Represa I e canal de saída do Rio Ipitanga ............................................................ 195
Foto 85 – Galeria para travessia do Rio Ipitanga sob a Estrada do Fidalgo ................................................ 196
Foto 86 – Trecho próximo à Rua Vale de Ouro .......................................................................................... 197
Foto 87 – Edificações da Rua Entre Rios que fazem limite com o Rio Ipitanga (aos fundos) .................... 198
Foto 88 – Rua Norte Dois, do Parque São Cristóvão .................................................................................. 199
Foto 89 – Vista do Rio Ipitanga a partir da ponte da Rua Maria Luiza Alves ............................................ 200
Foto 90 – Vista da área do Reservatório 03 a partir do Complexo Viário Dois de Julho ........................... 201
Foto 91 – Vista do Rio Ipitanga a partir de pontilhão existente na área do bambuzal do Aeroporto .......... 202
Foto 92 – Vista da área do Reservatório 04A a partir da Avenida Dois de Julho ....................................... 203
Foto 93 – Vista do Rio Ipitanga da ponte da Avenida Dois de Julho .......................................................... 204
Foto 94 – Vista da área do Reservatório 04 a partir da Avenida Dois de Julho .......................................... 205
Foto 95 – Ponte da Rua Boca do Rio/Silvandir Chaves sobre o Rio Ipitanga ............................................. 206
Foto 96 – Lagoa da Quinta da Beneficência Portuguesa ............................................................................. 207
Foto 97 – Ocupação urbana incipiente na margem esquerda da área destinada ao Reservatório 06 ........... 208
Foto 98 – Comjuntos habitacionais existentes na margem direita da área destinada ao Reservatório 06 ... 209
Foto 99 – Dragagem Mecânica.................................................................................................................... 219
Foto 100 – Solução de Inundações .............................................................................................................. 219
Foto 101 – Solução de Inundações .............................................................................................................. 220
Foto 102 – Solução de Inundações .............................................................................................................. 220
Foto 103 – Retirada do Material .................................................................................................................. 221
Foto 104 – Retirada do Material .................................................................................................................. 221
Foto 105 – Rede Para Retirar A Água Do Lençol Freático ......................................................................... 222
Foto 106 – Rede Para Retirar A Água Do Lençol Freático ......................................................................... 222
Foto 107 – Rede Para Retirar A Água Do Lençol Freático ......................................................................... 223

xlviii
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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

Foto 108 – Cravação de tubos executada atualmente .................................................................................. 223


Foto 109 – Cravação de tubos executada atualmente .................................................................................. 224
Foto 110 – Poços para cravação de tubos .................................................................................................... 224
Foto 111 – Poços para cravação de tubos .................................................................................................... 225
Foto 112 – Poços para cravação de tubos .................................................................................................... 225
Foto 113 – Poços para cravação de tubos .................................................................................................... 226
Foto 114 – Colocação de tubulação convencional de 1200 mm. ................................................................ 226
Foto 115 – Colocação de tubulação convencional de 1200 mm. ................................................................ 227
Foto 116 – Colocação de tubulação convencional de 1200 mm. ................................................................ 227
Foto 117 – Construção de macrodrenagem, Canal Blandina. ..................................................................... 228
Foto 118 – Construção de macrodrenagem - Canal Blandina. .................................................................... 228
Foto 119 – Construção de macrodrenagem, Canal Blandina. ..................................................................... 229
Foto 120 – Construção de macrodrenagem, Canal Blandina. ..................................................................... 229
Foto 121 – Canal em Andamento ................................................................................................................ 230
Foto 122 – Canal em Andamento ................................................................................................................ 230
Foto 123 – Av Brigadeiro Mario Epinghaus ............................................................................................... 233
Foto 124 – Rio Sapato - Vilas do Atlântico................................................................................................. 233
Foto 125 – Av. Beira Rio ............................................................................................................................ 234
Foto 126 – Jardim Jaraguá ........................................................................................................................... 234
Foto 127 – Parque Santa Rita ...................................................................................................................... 235
Foto 128 – Av. Gerino de Souza Filho - Caji .............................................................................................. 235
Foto 129 – Ocupação urbana nas margens do rio Areia, em ponto próximo à Rua das Acácias Amarelas 236
Foto 130 – Ocupação urbana nas margens do rio Areia, em área próxima ao Conjunto Habitacional
Laudelina Campos Mel................................................................................................................................ 236
Foto 131 – Alagamento em área residencial de Lauro de Freitas................................................................ 237
Foto 132 – Elevação do nível do rio Ipitanga até a borda da avenida marginal, na área próxima ao centro
de Lauro de Freitas ...................................................................................................................................... 237
Foto 133 – Fotos de enchentes .................................................................................................................... 294
Foto 134 – Fotos de enchentes .................................................................................................................... 294
Foto 135 – Foto de satélite Av. Brigadeiro Mario Epinghaus ..................................................................... 296
Foto 136 – Foto de satélite - Rio Sapato - Vilas do Atlântico ..................................................................... 297
Foto 137 – Foto de satélite Av. Beira Rio ................................................................................................... 297
Foto 138 – Járdim Jaraguá ........................................................................................................................... 298
Foto 139 – Parque Santa Rita ...................................................................................................................... 298
Foto 140 – Av. Gerino de Souza Filho - Caji .............................................................................................. 299

xlix
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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

Lista de Figuras
Figura 1 – Localização de Lauro de Freitas em relação aos municípios limítrofes....................................... 57
Figura 2 – Acessos ao município................................................................................................................... 59
Figura 3 – Mapa de Localização dos Bairros que compõem o Município de Lauro de Freitas. ................... 60
Figura 4 – Mapa de Área de Preservação Ambiental .................................................................................... 64
Figura 5 – Mapa Exploratório-Reconhecimento de solos dos municípios de Lauro de Freitas no estado da
Bahia, modificado de EMBRAPA................................................................................................................. 66
Figura 6 – Mapa Hidrográfico ....................................................................................................................... 68
Figura 7 – Rios e canais do Muncipio ........................................................................................................... 76
Figura 8 – Bairros, Bacias, Canais E Rios Do Município. ............................................................................ 77
Figura 9 – Modelo de gestão dos serviços públicos de saneamento básico. ................................................. 85
Figura 10 – Organograma da AGERSA. ....................................................................................................... 89
Figura 11 – Formas de prestação de serviço público permitidas pela legislação vigente. ............................ 91
Figura 12 – Organograma Embasa – Governança Corporativa. .................................................................... 94
Figura 13 – Diretoria de Operações da RMS. ............................................................................................... 94
Figura 14 – Mapa com atuação da Embasa no Estado. ................................................................................. 95
Figura 15 – Descentralização Geográfica...................................................................................................... 95
Figura 16 – Diretoria Metropolitana - Embasa .............................................................................................. 96
Figura 17........................................................................................................................................................ 96
Figura 18........................................................................................................................................................ 97
Figura 19 – Esquema do Sistema de Distribuição de água .......................................................................... 106
Figura 20 – Representação esquemática dos sistemas condominial ............................................................ 141
Figura 21 – Representação esquemática dos sistemas convencional .......................................................... 141
Figura 22 – Algumas soluções individuais de esgotamento sanitário de Lauro de Freitas - BA. ............... 145
Figura 23 – Corte Sumidouro. ..................................................................................................................... 147
Figura 24 – Esquema valas de infiltração. ................................................................................................... 148
Figura 25 – Fossa de bananeira ................................................................................................................... 149
Figura 26 – ETE – Ville Lazath .................................................................................................................. 171
Figura 27 – ETE – Vivendas do Atlantico I e II .......................................................................................... 171
Figura 28 – ETE – Vivendas do Atlantico I e II .......................................................................................... 172
Figura 29 – ETE – Iolanda Pires ................................................................................................................. 172
Figura 30 – ETE – Especiale ....................................................................................................................... 173
Figura 31 –ETE – Gileade ........................................................................................................................... 173
Figura 32 – ETE – Vila Verde ..................................................................................................................... 174
Figura 33 – ETE –Costa dos Coqueiros ...................................................................................................... 174
Figura 34 – ETE – Casa dos Bosques.......................................................................................................... 175
Figura 35 – ETE - Capelão .......................................................................................................................... 175
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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

Figura 36 – ETE – Firenze .......................................................................................................................... 176


Figura 37 – ETE – Jardim Tropical ............................................................................................................. 176
Figura 38 – ETE - Recanto das Margaridas I e II ........................................................................................ 177
Figura 39 – ETE - Recanto das Margaridas I e II ........................................................................................ 177
Figura 40 – ETE – Recanto de Ipitanga ...................................................................................................... 178
Figura 41 – Modelo semi-distribuído da bacia hidrográfica do rio Ipitanga ............................................... 243
Figura 42 – Mapa com o tipo e uso do solo das bacias estudadas ............................................................... 244
Figura 43 – Componentes do hidrograma unitário sintético triangular ....................................................... 251
Figura 44 – rios e canais do Muncipio ........................................................................................................ 256
Figura 45 – Bairros, Bacias, Canais E Rios Do Município. ........................................................................ 256
Figura 46 – Traçado do Canal dos Irmãos ................................................................................................... 265
Figura 47 – Foz do Canal dos Irmãos no Rio Ipitanga ................................................................................ 265
Figura 48 – Trecho do Canal da Blandina ................................................................................................... 266
Figura 49 – Implantação de reservatório de amortecimento ....................................................................... 268
Figura 50 – Localização Bairro Novo ......................................................................................................... 271

Lista de Tabelas
Tabela 1 – População Censo2010 e 2017 - IBGE ......................................................................................... 56
Tabela 2 – P opulação, Área e Densidade Demográfica ............................................................................... 56
Tabela 3 – Ranking dos Bairros: População, área e densidade ..................................................................... 61
Tabela 4 – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e seus componentes -Lauro de Freitas – BA... 70
Tabela 5 – Estudo Com Principais Rios e Canais. ........................................................................................ 78
Tabela 6 – Doenças relacionadas ao saneamento básico inadequado ........................................................... 79
Tabela 7 – Distribuição da População por Distrito Sanitário no município de Lauro de Freitas. Lauro de
Freitas - BA 2017. ......................................................................................................................................... 80
Tabela 8 – Histórico da estratégia de Saúde da Família no município de Lauro de Freitas. Lauro de Freitas
- BA 2017. ..................................................................................................................................................... 80
Tabela 9 – Quantitativo de pessoas cadastradas na ESF, por Distrito Sanitário, no município de Lauro de
Freitas. Lauro de Freitas - BA 2017. ............................................................................................................. 81
Tabela 10 – Tipo de Tratamento de Água por domicílio cadastrado na ESF no município de Lauro de
Freitas. Lauro de Freitas - BA 2017. ............................................................................................................. 82
Tabela 11 – Internações por Doenças infecciosas e parasitárias no município de Lauro de Freitas no período
de 2013 a 2016. Lauro de Freitas – BA 2017 ................................................................................................ 83
Tabela 12 – Demonstrativo De Pacientes Visitados E Tratados No Programa De Controle Da
Esquistossomose No Período De 2013 -2016................................................................................................ 84
Tabela 13 – Demonstrativo Dos Trabalhos Realizados No Programa De Leptospirose No Período De 2013
-2016 .............................................................................................................................................................. 84
Tabela 14 – Número de domicílios atendidos ............................................................................................... 97
Tabela 15 – Número de domicílios atendidos ............................................................................................... 98

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Tabela 16 – Número de domicílios atendidos - Embasa ............................................................................... 99


Tabela 17 – Volume de água entregue aos munícipes................................................................................... 99
Tabela 18 – Descrição de Receita Operacional Direta e Indireta. ............................................................... 101
Tabela 19 – Fonte: SNIS, 2015 ................................................................................................................... 101
Tabela 20 – Fonte: SNIS, 2015 ................................................................................................................... 102
Tabela 21 – Fonte: SNIS, 2015 ................................................................................................................... 102
Tabela 22 – Sistemas produtores – vazão regularizada e disponível........................................................... 106
Tabela 23 – População beneficiada perspectiva futura................................................................................ 110
Tabela 24 – Características Técnicas da Subadutora de Água Tratada 1 Projetada _ Subaat1 - Trecho
Derivação Adutora Principal até R23 B (CEASA) ..................................................................................... 111
Tabela 25 – Características Técnicas da Subadutora de Água Tratada 2 Projetada _ Subaat2 - Trecho R23
B (Ceasa) até R23 a (Caji) ........................................................................................................................... 111
Tabela 26 – Características Técnicas dos Conjuntos Elevatórios da EEAT do Centro de Reservação R23 B
..................................................................................................................................................................... 113
Tabela 27 – Características da Rede de Distribuição Existente e Projetada ................................................ 113
Tabela 28 – Vinculação entre a cor da lagoa e a característica de funcionamento...................................... 143
Tabela 29 – Fonte: Embasa, 2017. .............................................................................................................. 153
Tabela 30 – Fonte: Embasa, 2017. .............................................................................................................. 157
Tabela 31 – Fonte: Embasa, 2017. .............................................................................................................. 158
Tabela 32 – Fonte: Embasa, 2017. .............................................................................................................. 159
Tabela 33 – Registro das ETE’s Lauro de Freitas, 2017 ............................................................................. 160
Tabela 34 – Registro das ETE’s Lauro de Freitas, 2017 (Continuação) ..................................................... 161
Tabela 35 – Registro das ETE’s Lauro de Freitas, 2017 (Continuação) ..................................................... 162
Tabela 36 – Registro das ETE’s Lauro de Freitas, 2017 (Continuação) ..................................................... 163
Tabela 37 – Registro das ETE’s Lauro de Freitas, 2017 (Continuação) ..................................................... 164
Tabela 38 – Registro das ETE’s Lauro de Freitas, 2017 (Continuação) ..................................................... 165
Tabela 39 – Informações sobre as ETE’s. ................................................................................................... 166
Tabela 40 – Informações sobre as ETE’s. (continuação) ............................................................................ 167
Tabela 41 – Informações sobre as ETE’s. (continuação) ............................................................................ 168
Tabela 42 – Informações sobre as ETE’s (continuação) ............................................................................. 169
Tabela 43 – Informações sobre as ETE’s (continuação) ............................................................................. 170
Tabela 44 – Evolução das Demandas Residenciais e Não Residenciais por Zona de Abastecimento ........ 179
Tabela 45 – Evolução das Geração de Esgoto Sanitário Residenciais e Não Residenciais......................... 179
Tabela 46 – Precipitações máximas de 1 dia ............................................................................................... 212
Tabela 47 – Precipitações máximas de 24 horas ......................................................................................... 212
Tabela 48 – Alturas pluviométricas para diferentes durações ..................................................................... 213
Tabela 49 – Comparação entre precipitações máximas diárias ................................................................... 238

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Tabela 50 – Precipitações máximas diárias ................................................................................................. 239


Tabela 51 – (Continuação) Precipitações máximas diárias ......................................................................... 240
Tabela 52 – Precipitações máximas de 1 dia ............................................................................................... 240
Tabela 53 – Precipitações máximas de 24 horas ......................................................................................... 241
Tabela 54 – Alturas pluviométricas para diferentes durações ..................................................................... 241
Tabela 55 – Planilha dos tipos de solos do município ................................................................................. 245
Tabela 56 – Distribuição da cobertura vegetal e do uso do solo nas sub-bacias ......................................... 246
Tabela 57 - Precipitações total efetiva ......................................................................................................... 247
Tabela 58 – (Continuação) Precipitações total efetiva ................................................................................ 248
Tabela 59 – (Continuação) Precipitações total efetiva ................................................................................ 248
Tabela 60 - fragmentação em trechos dos principais cursos d’água ........................................................... 250
Tabela 61 – Traçado do hidrograma curvilíneo a partir do hidrograma unitário sintético triangular ......... 251
Tabela 62 – Traçado do hidrograma curvilíneo a partir do hidrograma unitário sintético triangular
(conclusão) .................................................................................................................................................. 252
Tabela 63 – Resultados Obtidos .................................................................................................................. 253
Tabela 64 – Resultados Obtidos .................................................................................................................. 254
Tabela 65 – Estudo Com Principais Rios E Canais. .................................................................................... 257
Tabela 66 – Localização dos reservatórios de amortecimento .................................................................... 268
Tabela 67 – Localização dos canais ............................................................................................................ 269
Tabela 68 – PIB ........................................................................................................................................... 276
Tabela 69 – Finanças Públicas .................................................................................................................... 277
Tabela 70 – Ações para emergência e contingência - serviço de abastecimento de água ........................... 302
Tabela 71 – Ações para emergência e contingência - serviço de abastecimento de água (Continuação) ... 303
Tabela 72 – Ações para emergência e contingência - serviço de abastecimento de água (Continuação) ... 304
Tabela 73 – Ações para emergência e contingência - serviço de esgotamento sanitário ............................ 304
Tabela 74 – Serviço de Esgotamento Sanitário (Continuação) ................................................................... 305

Lista de Gráficos
Gráfico 1 – Precipitações máximas x período de retorno ............................................................................ 212
Gráfico 2 – Chuvas intensas para tempo de recorrência de 25 anos ........................................................... 213
Gráfico 3 – Hidrograma definitivo .............................................................................................................. 215
Gráfico 4 – Comparação Entre Precipitações Máximas Diárias ................................................................. 239
Gráfico 5 – Precipitações Máximas X Período De Retorno ........................................................................ 241
Gráfico 6 – Gráfico De Chuvas Intensas ..................................................................................................... 242
Gráfico 7 - Obtenção da precipitação efetiva .............................................................................................. 249
Gráfico 8 - Decomposição da precipitação em infiltração/retenção e precipitação efetiva ......................... 249
Gráfico 9 – Hidrograma triangular e curvilíneo .......................................................................................... 252

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Gráfico 10 – Hidrograma definitivo ............................................................................................................ 253

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DIAGNÓSTICO DO SANEAMENTO BÁSICO

1. CARACTERIZAÇÃO GERAL
1.1. Síntese histórica
Na divisão territorial feita pela coroa portuguesa em 1534 o espaço que hoje é Lauro de
Freitas pertencia a capitania hereditária denominada “Baía de Todos os Santos”. O Rei D. João III
doou esta capitania a Francisco Pereira Coutinho. Após a trágica morte deste, em 1548, as terras
foram readquiridas pela Coroa Portuguesa para estabelecer o Governo-geral da colônia.
Em 1549 Tomé de Souza desembarcou na Bahia nomeado como primeiro governador-geral
(1549-1553), trouxe consigo o Regimento de 17 de dezembro de 1548, documento com instruções
específicas sobre a organização administrativa e política. Fundou em 1549 a cidade de Salvador,
a sede do novo governo. Em 1552 doou à Capital porção de terras que iam do Largo da Mariquita
à foz do Rio Joanes, estava inserida nesta doação a área que atualmente é Lauro de Freitas.
O Rio Joanes desde aquela época servia como delimitação territorial, assim como hoje divide
o município com Camaçari, naquela época dividia Salvador da fazenda de Garcia de Sousa
D'Ávila, doada por Tomé de Souza. Essa fazenda possuía um portão após a foz do rio Joanes,
razão do nome do bairro Portão em Lauro de Freitas cujos limites margeiam aquele rio.
Por volta de 1558 a 1578, na margem oposta ao início do latifúndio da família D’ávila, os
Jesuítas iniciaram suas instalações o que contribui para em 1608 criarem a paróquia de Santo
Amaro de Ipitanga, em torno da qual se desenvolveu a freguesia homônima. Santo Amaro, em
homenagem ao Santo Católico. Ipitanga em homenagem aos indígenas, pois era como os
Tubinambás encontrados pelos Jesuítas denominavam o Rio que hoje corta o centro da cidade. Em
Tupi Guarani, Ipitanga significa rio vermelho ou barrento.
Em 1880, a freguesia de Santo Amaro de Ipitanga foi elevada a distrito, mas, de Montenegro,
atual Camaçari. Apesar de 1932 voltar a pertencer a Salvador, foi só em 1953, que lei Estadual n.º
628, de 30-12-1953, criou o distrito com a denominação de Ipitanga, continuando subordinado ao
município de Salvador. Permanecendo assim até 1962, quando foi desmembrado de Salvador pela
Lei Estadual 1.753/1962, sendo criado oficialmente o município de Lauro de Freitas.
Importa destacar que na Lei Estadual 1.753/1962 que criou o município de Lauro de Freitas,
a delimitação com Salvador ia da foz do riacho Flamengo, nas imediações da atual praia do
Flamengo, até o subdistrito de Paripe.
O município de Lauro de Freitas sofreu grandes alterações dos seus limites desde então. Em
05 de dezembro de 1967, através do Decreto Estadual 20.476, reduziu seu território pela
desapropriação de uma faixa de terra compreendida nos municípios de Simões Filho e Lauro de
Freitas, com uma largura de 2km, para viabilização da construção do Centro Industrial de Aratu.
Em 25 de agosto de 1969 seus limites novamente foram revisados, desta vez, pela Lei Estadual
2.713, com o objetivo de delimitar a Base Aérea e a área desapropriada pelo Decreto 20.476/1967.
O nome “Lauro de Freitas” é uma homenagem póstuma ao político baiano Lauro Farani
Pereira de Freitas, candidato a governador do Estado, que faleceu em um acidente aéreo em 1950.
1.2. População
O município de Lauro de Freitas apresenta uma elevada taxa de crescimento populacional.
No primeiro Censo após a sua criação em 1970, abrigava apenas dez mil habitantes. Em 1980, sua
população alcançou o patamar de trinta e cinco mil pessoas e, no início da década de noventa,
foram recenseadas quase setenta mil. O último censo realizado em 2010, este contingente atingiu

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163.449,00 indivíduos. Estimativas do IBGE, levando em consideração um crescimento vegetativo


da população, indicam que sua população atual é de 197.636 habitantes. O que representaria uma
taxa de crescimento de 21% nos últimos 7 anos.
Tabela 1 – População Censo2010 e 2017 - IBGE

Incremento
2010 2017-Estimado Crescimento
2000-2017
Lauro de Freitas 163.449 197.636 34.187 21,00%
Brasil (sem a
população de 190.592.350 207.463.293 16.870.943 8,85%
Lauro de Freitas)
Fonte: IBGE Censo 2010

Segundo essas estimativas, Lauro de Freitas teria crescido quase o triplo do crescimento do
país no período, isso em uma área reduzida, como se extrai da próxima tabela:
Tabela 2 – P opulação, Área e Densidade Demográfica
Densidade Demográfica
Ano População Área (km²)
(hab./km²)
1991 69.270 59,91 1.156,00
2000 113.543 59,91 1.895,00
2010 163.449 57,7 2.833,00
2017(1) 197.636 57,7 3.425,00
(1) Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas - DPE - Coordenação de População e Indicadores Sociais - COPIS.

Tal densidade de 3.425 pessoas por quilômetro quadrado, só fica atrás de Salvador no inteiro
Estado da Bahia, sendo a 41ª cidade mais densa do país, dentre os 5.570 municípios brasileiros.
Significativos estudos apontam previsão de crescimento anual da população de Lauro de
Freitas para os próximos 20 anos na ordem de 3,00% ao ano. O que significaria alcançar em dez
anos (2027) 265.606 habitantes; e em 20 anos (2037) uma população estimada de 356.952 pessoas.
Entretanto, o censo demográfico oficial a realizar-se em 2020, pelo IBGE, irá fornecer
cenários mais precisos.

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1.3. Localização
Inserido no estado da Bahia, o município de Lauro de Freitas tem como Território de
Identidade e Mesorregião Geográfica a região Metropolitana de Salvador. Limita–se ao sul com o
município de Salvador, ao norte com o município de Camaçari e a oeste com o município de
Simões Filho. A leste faz divisa com o Oceano Atlântico.

Figura 1 – Localização de Lauro de Freitas em relação aos municípios limítrofes

Fonte: SEDUR, 2017.

Possui área territorial de 57.662 km² e está localizado na região Metropolitana de Salvador.
Localiza-se nas coordenadas: Latitude Sul - 12º 53' 40" S e Longitude Oeste - 38º 19' 38" W. Sua
altitude em relação ao nível do mar é de 30m O fuso horário é UTC-3. Está disposto
estrategicamente no arranque da BA-099 que articula Salvador ao Norte do País, e aos Estados do
Nordeste e da articulação CIA-Aeroporto que a articula ao Centro Industrial e Porto de Aratu e ao
Polo Petroquímico de Camaçari.

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Fonte: SEI, 2013.

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Figura 2 – Acessos ao município

Fonte: IBGE, 2017. ( http://cod.ibge.gov.br/CB9).

1.4. Acessos
Como é mostrado na Figura 2 a principal rota de quem quer acessar o município é a rodovia
estadual BA-099, a qual atravessa o município nos seus principais e mais urbanizados bairros, que
junto com o tráfego local representam o fluxo de 110 mil veículos por dia.
Outro acesso importante se dá pela BA-526, conhecida como CIA – Aeroporto. Na qual é
possível acessar o município pelos bairros de Capelão e Areia Branca. A rodovia em questão é
importante por fazer a conexão à rodovia federal BR-324, que é o principal acesso rodoviário de
todo o estado e país à capital da Bahia, Salvador.
E ainda em rodovias estaduais, o outro acesso oficial é através da rodovia BA-535, também
conhecida como rodovia Parafuso, que corta o bairro de Lauro de Freitas denominado Barro Duro,
e esse acesso é através do bairro Areia Branca.
Temos também o acesso através da praia pela via municipal entre Salvador e Lauro de
Freitas: a Rua José Augusto Tourinho Dantas e Alameda Cabo Frio, utilizada bastante para acesso
às praias. Do outro lado do município não existe acesso, afinal o município é limitado pelo rio
Joanes.
Nova via de acesso em fase de conclusão é a via metropolitana, a qual se inicia na avenida
conhecida como Paralela em Salvador e contorna o bairro de São Cristóvão, ligando a BA-526
(CIA – Aeroporto), passando por Lauro de Freitas, até a BA-099 na altura de Vilas de Abrantes,
em Camaçari.
Por fim, o município de Lauro de Freitas é vizinho do Aeroporto Internacional Deputado
Luís Eduardo Magalhães, que é o principal acesso aéreo ao estado da Bahia.

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1.5. Infraestrutura disponível


O município de Lauro de Freitas é composto, desde 2015, por dezenove bairros (Figura 4).
Sendo Itinga o bairro com maior população, e menor, Barro Duro. Bairro com maior área é Areia
Branca e a menor, Aracuí. E, o Bairro que possui mais habitantes por quilômetro quadrado sendo
Parque São Paulo, com menor densidade demográfica está Barro Duro.

Figura 3 – Mapa de Localização dos Bairros que compõem o Município de Lauro de Freitas.

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas

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Tabela 3 – Ranking dos Bairros: População, área e densidade1

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas

A cidade conta ainda com 184 loteamentos aprovados, a maior parte de uso residencial
localizados na margem leste da Av. Santos Dumont – Centro, Ipitanga e Atlântico Norte, seguidos
de Itinga.
A configuração urbana apresenta um traçado tendencialmente orgânico, na medida em que
os principais canais de ligação interbairros foram condicionados pelas implantações dos
loteamentos. Observa-se regularidade no interior dos loteamentos, condomínios horizontais e nos
conjuntos residenciais que foram pré-planejados, os quais se apresentam com ruas largas,
encontrando-se com um bom estado de conservação.
O plano viário da cidade não obedece a um planejamento prévio e resulta do próprio
arruamento dos loteamentos espontâneos e regulares, que foram surgindo ao longo dos anos e
estabelecendo interligações. A malha urbana se apresenta como uma colcha de retalhos, formada
por seus loteamentos planejados com lógicas independentes e articulados preferencialmente à Av.
Santos Dumont, que findou se transformando no eixo principal da cidade.
A Infraestrutura do município conta com um sistema viário de aproximadamente 307 km de
vias pavimentadas e 28 km de vias sem pavimentar.

1
População por bairro obtida por estimativa cruzada por setor censitário do IBGE, números de ligações de
energia e economias de água. No censo demográfico de 2020, os dados serão precisos pela delimitação dos setores
censitários por bairro da atual e oficial divisão.

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Referente ao levantamento de equipamentos públicos, segundo a Secretaria de Planejamento no


ano de 2015 o município dispõe:

Serviços
Restaurante Popular do Centro
Restaurante Municipal Itinga (em construção)
Câmara Municipal LF
CCZ (Zoonose)
SINE BAHIA
Banco de Serviço
Mercado Municipal (em requalificação)

Relação De Praças Relação De Campos De E Quadras


Praça Central de Areia Branca Quadra Areia Branca
Praça Condomínio Lauro de freitas Campo Poeirão
Praça de Jambeiro Campo do Centro Social Urbano
Praça de Vida Nova 1 Campo de Portão – Estádio
Praça CajiCaina D' água Manuel Freire
Praça Villas Campo Vila Nova
Praças Vila Nova 2 Quadra de Vila Nova de Portão
Praça Seplan Quadra Praia da Mangueira de Vida Nova
Praça Central Campo de Vida Nova
Praça Jockey 2 Quadra da Praia de Bíblia
Praça Jockey 1 Campo de Pitangueiras
Praça do chajariz Quadra da praia do chafariz
Praça dos Patos Campo do Areal
Praça da Igraja de Ipitanga Estádio Municipal de Lauro deFreitas
Praça da Bíblia Quadra Parque do Saber
Praça Jockey 3 Campo do Parque do Saber
Praça Martiniamo Maia Ginásio de Esporte de Lauro de Freitas
Praça da Matriz Campo de Pouso Alegre
Praça do Ginásio Estádio de Itinga
Praça Antigo Batalhão Campo do Sesi
Praça Campo de Pouso Alegre Campo Parque Sta. Rita
Praça José Ramos
Praças do Caranguejo
Praça Parque Sta. Rita

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Bairro Qtd de ruas Comprimento (M) Situação


Areia Branca 44 11.548,70 Não Pavimentada
Caji 36 10.737,70 Não Pavimentada
Itinga 68 14.386,90 Não Pavimentada
Portão 5 1.066,10 Não Pavimentada
Centro 5 1.580,00 Não Pavimentada
Atlântico Norte 25 6.978,00 Não Pavimentada

Bairro Qtd de ruas Comprimento (M) Situação


Areia Branca 19 14.077,60 Pavimentada
Aracuí 12 6.530,40 Pavimentada
Buraquinho 83 30.005,79 Pavimentada
Caji 52 29.401,00 Pavimentada
Centro 113 42.623,00 Pavimentada
Caixa D’Água 41 16.961,30 Pavimentada
Ipitanga 66 21.637,78 Pavimentada
Itinga 216 84.223,90 Pavimentada
Parque São Paulo 16 4.367,31
Pitangueiras 27 11.051,00 Pavimentada
Portão 102 41.801,70 Pavimentada
Jambeiro 50 23.125,63 Pavimentada

1.6. Indicação das áreas de proteção ambiental


O município de Lauro de Freitas está inserido em duas Áreas de Preservação Ambiental
(APA): APA de Joanes-Ipitanga e APA da Plataforma Continental do Litoral Norte (Figura 6).

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Figura 4 – Mapa de Área de Preservação Ambiental

Fonte: PMGIRS, Adaptado: SEINFRA, Lauro de Freitas

1.7. Clima

A área estudada apresentou-se com o tipo climático As adaptado para Região, tendo suas
características principais região de clima quente e úmido com estação seca no verão e chuvas no
inverno, tendo a ocorrência das máximas no outono (entre 21/03 e 21/06). As temperaturas médias
anuais variam de 21,9 °C a 25,4 °C, sendo a pluviosidade média de 1800 a 2000 mm. As chuvas
ocorrem predominantemente nos meses de abril, maio e junho, sendo o mês de maio notadamente
o mais chuvoso. O período seco compreende-se entre setembro a novembro. A direção
predominante dos ventos é SE (alísios), com variação para E, no verão, de novembro a janeiro.

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Assim como em Salvador a velocidade é baixa 2 a 3,0 m/s. No litoral, o atrito dos alísios com o
continente dar origem às brisas marítima e terrestre, confere o conforto térmico às áreas costeiras
nordestinas, amenizando as altas temperaturas diárias. O movimento das brisas nas costas
nordestinas é muito importante para impedir que se formem, em torno das cidades, anéis de
poluição atmosférica como em São Paulo. As brisas representam um fator de dispersão das
partículas sólidas e dos gases emanados dos agentes da poluição atmosférica.

Mapa de Tipologia Climática (Thornthwaite e Matther 2014)

Fonte: PMGIRS, Adaptado – SEINFRA, 2017.

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1.8. Topografia, hidrologia e geologia


De acordo com Embrapa os solos que ocorrem no município de Lauro de Freitas são
classificados como: Latossolo Vermelho Amarelo, Podzólico Vermelho Amarelo (Argissolos),
Podzol (Espodossolos), ocorrendo ainda Areia Quartzosa Marinha (Neossolos Quartzarênicos)
(Figura 1.7).

Figura 5 – Mapa Exploratório-Reconhecimento de solos dos municípios de Lauro de Freitas no estado da


Bahia, modificado de EMBRAPA.

Fonte: Embrapa/SUDENE (1973) – Adaptado: SEINFRA, Lauro de Freitas

O Latossolo Vermelho Amarelo caracteriza-se como o principal representante pedológico


da região. Geralmente possuem boa permeabilidade, apresentando-se muitas vezes profundos,
forte a moderadamente drenados, boa porosidade e com características físicas que são propicias
ao bom desenvolvimento das raízes das plantas, podendo ser utilizados para agricultura, desde que
sejam feitas correção da acidez e adubações racionais (BAÊTA et al., 2003).
Os Podzólicos Vermelho Amarelo são considerados com acidez moderada a forte e de
baixa fertilidade natural. Verifica-se na área do município que a alteração produzida pelo
intemperismo em rochas do Embasamento cristalino que ocorre de modo geral através das fendas
e fraturas, chegando a atingir 25 metros de profundidade, fato constatado a partir da perfuração de
poços tubulares. Desse modo, o solo originado da rocha cristalina que compõe o Embasamento
cristalino local é classificado como Podzólico Vermelho-Amarelo, geralmente eutrófico, mais

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raramente distrófico, apresentando textura argilosa a média-arenosa está sujeito a diversos


processos de degradação provocados pela retirada da vegetação e terraplanagem (RIBEIRO,
1991).
As Areias quartzosas que são consideradas de baixa aptidão agrícola, requerem manejo
adequado e cuidados intensivos no controle da erosão, da adubação. Em modo geral estão
associadas a depósitos arenosos de cobertura, normalmente em relevo plano ou suave-ondulado
(EMBRAPA, 2007).
Os solos do tipo podzol, apresentam-se com textura arenosa, baixa fertilidade natural e por
vezes o nível estático das águas subterrâneas ocorre de forma aflorante ou a pouca profundidade,
deste modo, esses solos podem apresentar restrições para implantação de obras de engenharia e
urbanização, também não é recomendado para uso agrícola. De acordo com sua potencialidade,
podem ocorrer como depósitos de areia, sendo estas utilizadas na construção civil, porém a
exploração indiscriminada de areia, bem como a abertura de estradas mal planejadas para retirada
desse material, tem provocado a destruição da vegetação, dificultando a regeneração desses
ambientes (MEDINA et al., 2000).
1.9. Hidrografia
De acordo com INEMA (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia) o
município de Lauro de Freitas está inserido na Bacia Hidrográfica do Recôncavo Norte. Os
principais rios existentes são: Rio Joanes, Rio Ipitanga, Rio Sapato, Rio Caji, Rio Areia ou Itinga,
Córrego do Quingoma (Figura 6). O PDDM estabelecido pela Lei 1.330/2008 define as seguintes
bacias municipais: I - na Bacia da Cachoeirinha; II - Na Bacia do Cabuçu; III - Bacia do Caji; IV
- Bacia do Picuaia; V - Bacia do Baixo Ipitanga; VI - Bacia do Sapato.
Os rios Joanes e Ipitanga atravessam as regiões abrangidas pelos municípios de Salvador,
Lauro de Freitas, Camaçari, Simões Filho, Candeias, São Francisco do Conde e São Sebastião do
Passé. O rio Ipitanga atravessa a porção mais central do município de Lauro de Freitas, ao longo
do principal eixo estruturante da cidade, associado a Av. Santos Dumont (BA-099), recebendo
contribuição de esgotos de Salvador, especialmente de bairros populosos, carentes de saneamento
básico, como São Cristóvão, Fazenda Grande e Itinga, representando um vetor de contaminação
que foge à jurisdição municipal. As águas da bacia hidrográfica dos rios Joanes e Ipitanga são
utilizadas para abastecimento doméstico de parte da cidade de Salvador, bem como: Candeias,
Lauro de Freitas, Simões Filho, Dias D ‘Ávila, Madre Deus e São Francisco do Conde. Represadas
através de barramentos como: Joanes I (abastecimento de Salvador e Lauro de Freitas) e Joanes II
(abastecimento do Pólo Petroquímico e CIA Norte), e Ipitanga I (regularizar as águas do rio
Ipitanga complementar a produção de água potável de Salvador e Lauro de Freitas), Ipitanga II
(fornecimento de água bruta e ou tratada às indústrias do CIA) e Ipitanga III (acumulação e
transposição das águas do rio Joanes no período de estiagem e que as reverte para Ipitanga I e II).
Afim de que ocorra o reforço no sistema de abastecimento de Salvador, além de fornecer água
para os demais municípios da Região Metropolitana de Salvador.

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Figura 6 – Mapa Hidrográfico

Fonte: PMGIRS Lauro de Freitas

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1.10. Cobertura Vegetal


A vegetação de Lauro de Freitas é configurada pela Mata Atlântica, mais especificamente em
Floresta Ombrófila Densa e Formações Pioneiras, com Influência Marinha (Restinga). A mata
Atlântica é o ecossistema brasileiro que abrange a costa litorânea, percorrendo desde o Rio Grande
do Norte até o Rio Grande do Sul, e que tanto tem sofrido com a devastação (PEIXOTO et al.,
2002), particularmente no Nordeste Brasileiro, devido a monocultura açucareira e expansão da
especulação imobiliária. O trecho entre o Rio Grande do Norte e a Bahia foi à porção deste bioma
que mais foi atingido pela ação antrópica, um processo que se iniciou no século XVI, com a
extração do pau-brasil e o plantio da cana-de-açúcar que demandava grandes áreas de cultivo,
continuando até o presente (COIMBRA-FILHO & CÂMARA, 1996).

Imagem de Satélite Com Área com Vegetação e Área Edificada.

Fonte: SEDUR, 2017.

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1.11. Perfil socioeconômico


Para traçar o perfil socioeconômico dos moradores de Lauro de Freitas, se utilizou os
números oficias mais atuais que se tem registro, justamente os do censo de 2010, que apresentaram:
• O índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) de Lauro de Freitas foi de 0,754, faixa
considerada alta. Uma taxa de crescimento de 22,40% em relação ao ano 2000. Com a
seguinte composição da tabela abaixo:
Tabela 4 – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e seus componentes -Lauro de Freitas – BA
IDHM e componentes 1991 2000 2010
IDHM Educação 0,272 0,455 0,663
% de 18 anos ou mais com fundamental completo 30,43 47,04 66,66
% de 5 a 6 anos na escola 54,97 80,39 96,19
% de 11 a 13 anos nos anos finais do fundamental regular
29,11 47,06 81,49
seriado ou com fundamental completo
% de 15 a 17 anos com fundamental completo 14,22 30,94 48,47
% de 18 a 20 anos com médio completo 4,68 20,49 38,36
IDHM Longevidade 0,609 0,725 0,827
Esperança de vida ao nascer 61,51 68,49 74,61
IDHM Renda 0,643 0,707 0,781
Renda per capita 437,59 651,63 1.031,78
Fonte: PNUD, Ipea e FJP

• Renda. A renda per capita média de Lauro de Freitas cresceu 135,79% nas últimas duas
décadas, passando de R$ 437,59, em 1991, para R$ 651,63, em 2000, e para R$ 1.031,78,
em 2010. Isso equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 4,62%. A
taxa média anual de crescimento foi de 4,52%, entre 1991 e 2000, e 4,70%, entre 2000 e
2010. A proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a
R$ 140,00 (base. agosto de 2010), passou de 43,52%, em 1991, para 28,76%, em 2000, e
para 11,45%, em 2010. A evolução da desigualdade de renda nesses dois períodos pode ser
descrita através do Índice de Gini2, que passou de 0,68, em 1991, para 0,67, em 2000, e
para 0,63, em 2010.
• Educação. No município, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 96,19%, em
2010. No mesmo ano, a proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais
do ensino fundamental é de 81,49%; a proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino
fundamental completo é de 48,47%; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino
médio completo é de 38,36%. A perspectiva de anos de estudo entre 2000 e 2010, passou
de 8,34 anos para 8,86 anos. A escolaridade da população adulta passou de 47,04% para
66,66%. Considerando-se a população municipal de 25 anos ou mais de idade, 5,97% eram
analfabetos, 65,25% tinham o ensino fundamental completo, 50,72% possuíam o ensino
médio completo e 15,28%, o superior completo. No Brasil, esses percentuais são,
respectivamente, 11,82%, 50,75%, 35,83% e 11,27%.
• Trabalho. Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou seja,
o percentual dessa população que era economicamente ativa) passou de 75,02% em 2000
para 73,56% em 2010. Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação (ou seja, o percentual

2
Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de 0 a
1, sendo que 0 representa a situação de total igualdade.

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da população economicamente ativa que estava desocupada) passou de 21,76% em 2000


para 10,63% em 2010.
• Serviços essenciais. Entre 2000 e 2010, a porcentagem de domicílios com água encanada
passou de 84,04% para 98,96%. Com energia elétrica, passou de 99,55% para 99,75%. E
com coleta de lixo, partiu de 91,59% para 99,02%.

2. SITUAÇÃO INSTITUCIONAL
Neste tópico são apresentadas as legislações no âmbito federal, estadual e municipal que se
relacionam com o de Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB).
2.1. Esfera federal
A Constituição Federal, promulgada em 1988, discorre no Art. 23 acerca de Saneamento
Básico e Meio Ambiente atribuindo a competência à União, aos Estados e aos Municípios, de
proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas. É dito também, no
Art. 225 que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e o dever de defendê-
lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Nos Art. 196 a 200 da Constituição Federal, que abordam questões relacionadas à saúde da
população, é estabelecido que é direito de todos, e dever do Estado, garantir as políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doenças. Neste âmbito nota-se consonância entre a
Constituição e a Política de Saneamento Básico, a qual visa promover a universalização do
saneamento para assim diminuir os riscos de acometimento de enfermidades.
Quanto à legislação federal na área do saneamento básico, rege-se a Lei nº 11.445/2007 e o
seu Decreto nº 7.217/2010, alterado pelo Decreto nº 8.211/2014. A partir da publicação da Lei nº
11.445/2007, o Brasil passou a ter obrigação de planejar a área do saneamento básico, além de
garantir que a gestão ocorra de maneira plena; e garantir que o planejamento, a regulação, a
fiscalização e a prestação de serviço, se tornem premissas para que os serviços públicos dessa área
ocorram na legalidade.
Nesse cenário, o ente regulador tem papel importante na aplicação dessa política pública,
sendo este responsável por garantir que o plano elaborado pelo município seja observado pelos
prestadores de serviços e que a fiscalização tenha meios de ocorrer com a publicação de normas e
procedimentos para a avaliação dos serviços prestados.
O Decreto Federal nº 8.211/2014, que altera o Decreto nº 7.217/2010, estabelece no seu art.
26, parágrafo 2º, que após 31 de dezembro de 2015, a existência de plano de saneamento básico,
elaborado pelo titular dos serviços, será condição para o acesso a recursos orçamentários da União
ou a recursos de financiamentos geridos ou administrados por órgão ou entidade da administração
pública federal, quando destinados a serviços de saneamento básico.
O Decreto 8.629/2015 prorrogou o prazo de 31 de dezembro de 2015 para 31 de dezembro
de 2017.
Assim, para que os municípios possam contar com apoio financeiro do Governo Federal,
eles devem ter seus planos elaborados com participação popular, além de instituir um ente
regulador e fiscalizador dos serviços de saneamento básico, para assim orientar os prestadores de
serviços no município.
Em 17 de Setembro de 2013 foi publicada a Lei nº 12.862, que altera a Lei Federal nº
11.445/2007 com o objetivo de incentivar a economia no consumo de água. As alterações referem-
se aos artigos 2º, 48 e 49 da referida Lei, os quais foram acrescidos os incisos:

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• Art. 2º, inciso XIII – “adoção de medidas de fomento à moderação do consumo de água”;
• Art. 48, inciso XII – “estímulo ao desenvolvimento e aperfeiçoamento de equipamentos e
métodos economizadores de água”;
• Art. 49, inciso XI – “incentivar a adoção de equipamentos sanitários que contribuam para
a redução do consumo de água”;
• Art. 49, inciso XII – “promover educação ambiental voltada para a economia de água pelos
usuários”.

O tratamento legal do saneamento básico está presente em alguns dispositivos de leis


ordinárias que não tratam especificamente deste serviço público, mas guardam estreita relação
com seus objetivos, tais como:
• A Lei nº. 6.776/1979 – Lei do Parcelamento do Solo que preceitua a obrigatoriedade de
planejar e executar obras referentes à implantação dos serviços de saneamento básico;
• A Lei nº. 8.080/1990 – Lei Orgânica da Saúde que dispõe sobre diferentes aspectos
relacionados com a saúde, entre eles o meio ambiente e o saneamento básico;
• A Lei nº. 9.433/1997 – Política Nacional de Recursos Hídricos que prescreve a importância
da regionalização por bacia hidrográfica para efeitos de planejamento e gestão dos recursos
hídricos;
• A Lei nº. 10.257/2001 – Estatuto da Cidade que introduz diretrizes de ordenação e o
controle do uso do solo com relação às questões ambientais, como a poluição, a degradação
ambiental e os limites de sustentabilidade ambiental;
• A Lei nº. 11.107/2005 – Lei de Consórcios Públicos que estabelece a possibilidade de
consorcio para a gestão associada de serviços públicos;

O Ministério das Cidades, por meio do Conselho das Cidades, instituiu 3 (três) resoluções
para orientar a confecção dos Planos Municipais de Saneamento Básico, note-as:
• Resolução Recomendada n° 32/2007 do Conselho das Cidades - Recomenda a realização
de uma campanha nacional de sensibilização e mobilização, visando à elaboração e
implementação dos Planos de Saneamento Básico;
• Resolução Recomendada n°33/2007 do Conselho das Cidades - Recomenda prazos para a
elaboração dos Planos de Saneamento Básico e instituição de grupo de trabalho para
formular proposta de planejamento para a elaboração do Plano Nacional de Saneamento
Básico;

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• Resolução Recomendada n°75/2009 do Conselho das Cidades - Estabelece orientações


relativas à Política de Saneamento Básico e ao conteúdo mínimo dos Planos de Saneamento
Básico.

Outros dispositivos relacionados à questão ambiental serão considerados na elaboração


desse diagnóstico PMSB:
• Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011, do Ministério da Saúde que “dispõe sobre
os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano
e seu padrão de potabilidade”;

Resolução CONAMA nº 357/2005 que “dispõe sobre a classificação dos corpos de água e
diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de
lançamento de efluentes”;
Cabe mencionar que o município de Lauro de Freitas integra a Região Metropolitana de
Salvador (RMS), também conhecida como Grande Salvador, esta região foi instituída pela Lei
Complementar Federal nº 14 de 8 de junho de 1973. A RMS está relacionada com o Estatuto da
Metrópole, Lei nº 13.089/2015, que estabelece as diretrizes gerais para o planejamento, a gestão e
a execução das funções públicas de interesse comum em regiões metropolitanas e aglomerações
urbanas instituídas pelos estados. A existência de uma entidade como a RMS implica em
particularidades quanto a atividade de planejamento na gestão dos municípios envolvidos, e em
razão disto as particularidades destas Leis serão melhores abordadas no item específico à gestão
do saneamento básico no município de Lauro de Freitas.
Ainda com relação ao arcabouço legal da esfera federal, cita-se o Decreto Federal nº 24.643,
de 10 de julho de 1934, que estabelece o Código de Águas brasileiro. O código foi criado com a
finalidade de estabelecer o regime jurídico das águas no Brasil, dispõe sobre sua classificação e
utilização, bem como sobre o aproveitamento do potencial hidráulico, fixando as respectivas
limitações administrativas de interesse público.
No Código de Águas, as águas são definidas como públicas são classificadas como “uso
comum” ou “dominicais”, como estabelecido respectivamente no seu Art. 2º e no Art. 6º. O Art. 2º
define que são águas públicas: as de uso comum os mares territoriais, nos mesmos incluídos os
golfos, baías, enseadas e portos; as correntes, canais, lagos e lagoas navegáveis ou flutuáveis; as
correntes de que se façam estas águas; as fontes e reservatórios públicos; as nascentes quando
forem de tal modo consideráveis que, por si só, constituam o "caput fluminis"; os braços de
quaisquer correntes públicas, desde que os mesmos influam na navegabilidade ou flutuabilidade. Do
mesmo modo, o Art. 6º define como águas públicas dominicais todas as águas situadas em terrenos
que também o sejam, quando as mesmas não forem do domínio público de uso comum, ou não forem
comuns. Cabe salientar que o Código das Águas foi concebido em função da evolução da economia
brasileira, quando a economia de base agrária abria espaço para a consolidação da economia
industrial no país. Com isso, a criação deste Código teve como objetivo principal garantir a geração
de energia elétrica através do uso racional do potencial hídrico do Brasil, tendo como consequência
positiva a proteção das águas. E foi deste modo que o Código de Águas de 34, como ficou conhecido,
iniciou a mudança de conceitos relativos ao uso e a propriedade da água. No transcorrer das
mudanças econômicas e sociais, que se deram no Brasil e no mundo, abriram espaço para o
estabelecimento de uma Política Nacional de Gestão de Águas.

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2.2. Esfera estadual


Em âmbito estadual, a Constituição do Estado da Bahia determina em seu Capítulo IX, do
Saneamento Básico, art. 227:
“Todos têm direito aos serviços de saneamento básico, entendidos fundamentalmente
como de saúde pública, compreendendo abastecimento d'água, coleta e disposição
adequada dos esgotos e do lixo, drenagem urbana de águas pluviais, controle de vetores
transmissores de doenças e atividades relevantes para a promoção da qualidade de vida”.

Nessa definição o conceito de saneamento básico vai além dos quatro componentes,
incorporando o controle de vetores transmissores de doenças e as atividades relevantes para a
promoção da qualidade de vida.
No art. 229 dessa Constituição, se estabelece a instância de controle social, ou seja, o
Conselho Estadual de Saneamento Básico, cujo órgão é deliberativo e tripartite, com representação
do Poder Público, associações comunitárias e associações e entidades profissionais ligadas à área de
saneamento básico.
Já no art. 230, são estabelecidas as premissas para que se efetue a cobrança dos serviços
públicos de saneamento básico, facultada aos órgãos públicos a cobrança de taxas ou tarifas pela
prestação de serviços de saneamento básico, na forma da lei, desde que:
I. não impeçam o acesso universal aos serviços;
II. sejam progressivos, conforme o volume do serviço prestado;
III. sejam desestimuladoras de desperdícios;
IV. atendam a diretrizes de promoção da saúde pública.

A partir desse ordenamento constitucional e da Lei Federal nº 11.445/2007, formou-se as


bases para a formulação da Política Estadual de Saneamento Básico, publicada em 2008, na Lei nº
11.172/2008, a qual institui os princípios e diretrizes da Política Estadual de Saneamento Básico e
disciplina o convênio de cooperação entre entes federados, para autorizar a gestão associada de
serviços públicos de saneamento básico, além de dá outras providências.
Nessa Lei, o conceito de saneamento básico referenda o da Constituição Estadual, e seus
instrumentos de gestão são fortalecidos enquanto formas de garantir a eficiência e a qualidade dos
serviços de saneamento prestados. Além disso, a Lei nº 11.172/2008 trata o saneamento básico
como um direito social evidenciado e valorizado.
Por fim, os princípios que formam a Política Estadual de Saneamento Básico, confirmam os
princípios das Diretrizes Nacionais, reafirmando o dever do Estado em ofertar serviços públicos
de saneamento básico de qualidade satisfatória e em quantidade suficiente para toda a população.
A fim de atender ao previsto na Lei Federal nº 11.445/2007 e garantir o acompanhamento
das ações de saneamento básico, o estado da Bahia criou a Comissão Reguladora de Saneamento
Básico – CORESAB. Com a sansão da Lei nº 12.602 de 29 de novembro de 2012, a CORESAB
foi substituída pela Agência Reguladora de Saneamento Básico – AGERSA, absorvendo todas as
suas funções, acervo, estrutura e responsabilidades.
A AGERSA é caracterizada como uma autarquia sob regime especial, vinculada atualmente
a Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento do Estado da Bahia (SIHS), e tem como
objetivo o exercício da regulação e da fiscalização dos serviços públicos de saneamento básico,
dentro dos limites legais e com os municípios que firmarem convênio com ela. Dentre suas
competências, esta agência deve promover e zelar pelas diretrizes estabelecidas na Política
Estadual de Saneamento Básico instituída pela Lei nº 11.172 de 2008, estabelecer padrões e normas
para a adequada prestação dos serviços e para a satisfação dos usuários, revisar as tarifas aplicadas
ao abastecimento de água e esgotamento sanitário, além de fiscalizar a prestação destes serviços.

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2.3. Esfera municipal


Na esfera municipal, Lauro de Freitas possui algumas leis que dissertam sobre o meio
ambiente e o saneamento básico, bem como sua manutenção, competências e outras características.
• Lei Orgânica do Município de Lauro de Freitas-BA: Artigo 115.
• Lei Municipal de Meio Ambiente Nº 1361/2009: institui a política ambiental integrada do
município e dispõe sobre o sistema municipal de meio ambiente, saneamento e recursos
hídricos, e dá outras providências.
• Lei Nº 1330, de 30 de dezembro de 2008: Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal de
Lauro de Freitas.
• Lei Nº 945/2000: Código Municipal de Saúde.
• Lei Ordinária 1525/2014: Programa de Parcerias Público-Privadas e outras Providências.
• Lei Nº 1516, de 18 de dezembro de 2013: Fomento a execução de obras e serviços de
infraestrutura urbana e saneamento.
• Lei Ordinária 1329/2008: Parâmetros para construções verticalizadas.
• Lei Ordinária 1286/2007: Diretrizes para o parcelamento do solo urbano.
• Lei Ordinária 1279/2007: Direitos dos usuários dos serviços e das ações de saúde no
município de Lauro de Freitas e dá outras providências.
• Lei Ordinária 1252/2007: Revisa e complementa o código de obras do município e dá outras
providências.

3. MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS


O clima característico do Município está classificado como sendo de úmido a subsumido.
Na estação Meteorológica do terceiro centro integrado de Defesa Aérea e Controle de Trafego
Aéreo (EMS-1), localizada no Aeroporto Internacional de Salvador, os dados registrados em 1999,
ano que também houve registro de fortes chuvas em Lauro de Fretas, foram:
- Precipitação Média observada em abril: 240,1 mm
- Precipitação Média observada em maio: 337,2 mm
Os valores de precipitação são igualmente elevados, o que colaborou para as enchentes na
cidade, sendo este quadro agravado pela ineficiência do sistema de macrodrenagem.
O relevo de Lauro de Freitas é constituído pelas Unidades Geomórficas: Planícies Marinhas
e Fluviomarinhas, com Tabuleiros Pré-Litorâneos (CEPLAB- 1980). A influência marinha
caracteriza os conglomerados/brechas, tipo de rochas presentes no ambiente, assim como os
depósitos costeiros formados por areias de praias. Os depósitos fluviais relacionam-se com os rios
e são representados pelos sedimentos de fundo. Como rochas do Embasamento tem-se os Gnaisses
e Metaxitos.
O município possui grande extensão e distribuição de solos de natureza arenosa, que são
altamente sensíveis a processos erosivos, o que contribui para o assoreamento da quase totalidade
dos canais, fazendo com que o nível de assoreamento do sistema drenante torne-se crítico,
provocando inundações em quase todo espaço marginal da calha dos rios, alagamento vales, as
vezes de maneira permanente e provocando prejuízos de naturezas econômico e social.
A rede de Drenagem local tem como corpos receptores o Rio Joanes, que limita o município,
a noroeste da cidade, e o Rio Ipitanga, que atravessa grande parte da zona urbana da sede e
desemboca no Rio Joanes.
Como principais cursos secundários tem-se os Rios do Caji, Picuaia e Riacho Areia que
deságuam no rio Ipitanga, e o Rio Sapato que deságua no Rio Joanes.

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Na parte destes estudos sobre a bacia do Joanes estão destacadas as preocupações com a
ocupação urbana da bacia do Rio Ipitanga, particularmente na sua porção de montante, onde se
situam as Barragens de Ipitanga I, II e III, com riscos de poluição e aumento das vazões de cheia.
Estas barragens, como também as barragens do Joanes I e II, operadas exclusivamente para
abastecimento de água, tem provocado alterações no regime destes rios, tendo-se como
consequência, a elevação dos seus leitos, por assoreamento progressivo.
Diante disto, o sistema de Drenagem no Município de Lauro de Freitas é completamente
falho, onde na verdade é sabotado pelo o sistema de esgotamento, que vem sendo ligado
clandestinamente. Pois o sistema Público de esgotamento sanitário existente em Lauro de Freitas
contempla apenas parte dos bairros de Itinga e Vila Nova de Portão segundo o EIA/RIMA do
Sistema de disposição Oceânica do Jáguaripe, realizado para a Embasa pelo o Consorcio
GEOHIDRO/HIGESA, e concluído em 2005. Segundo este estudo, “Alguns loteamentos e
condomínios possuem sistemas isolados de esgotamento sanitários, implantados por exigência da
prefeitura para a aprovação dos empreendimentos, que geralmente contam com os sistemas
simplificados de tratamento de esgoto (DAFA’s, lagoas de estabilização e outros) e possuem como
destino final os diversos cursos d’água que correm na localidade”.
Figura 7 – Rios e canais do Muncipio

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas

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Figura 8 – Bairros, Bacias, Canais E Rios Do Município.

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas

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Tabela 5 – Estudo Com Principais Rios e Canais.


Bacias e Canais de Macro-Drenagem

N° Bacia Área Canal principal Extensão Sub-racial Área Extensão


Rio Areia
01 7,57 Km2 Areia Branca 4,53 Km
Branca
02 Rio Caji 5,96 Km2 Rio do Caji 2,50 Km
03 Rio Picuaia 5,40 Km2 Rio Picuaia 4,39 Km
3a Canal Coroba 0,51Km2 0,76
3b Canal Gabião Goró 1,01Km2 1,30 Km
3c Canal José Venful 0,42Km2 0,94 Km
3d Canal Xangó Oxalá 0,23Km2 0,81 Km
04 Rio Areia 9,13 Km2 Rio Areia 6,35 Km
4a Riacho Novo Horizonte 0,53Km2 1,92 Km
4b Canal Fazendão 0,53Km2 0,85 Km
4c Canal Jd. Independencia 0,18Km2 0,56 Km
05 Canal Jaguará 0,61 Km2 Canal Jaguará 1,10 Km
5a Canal do Horto 0,34Km2 0,90 Km
5b Afluente do Jaraguá 0,13Km2 0,60 Km
Canal Jd. dos Canal Jd. dos
06 0,55 Km2 1,11 Km
Pássaros. Pássaros.
6a Canal Santa Júlia 0,18Km2 0,45 Km
Canal Hosp. Canal Hosp.
07 0,14 Km2 0,57Km
Aeroporto Aeroporto
Canal Jd. Canal Jd.
08 0,16 Km2 0,47Km
Botânico Botânico
Canal Mario Canal Mario
09 0,18 Km2 1,90Km
Epinghaus Epinghaus
9a Canal Amarilio 0,15Km2 0,48 Km
Canal dos Canal dos
10 3,27 Km2 2,95 Km
Irmãos Irmãos
10a Afluente dos Irmãos 0,16Km2 0,46 Km
10b Canal do Bosque 0,23Km2 0,86 Km
10c Canal do Jockey 0,99Km2 0,92 Km
Canal do Lagoa do
10ca 0,33Km2 0,85 Km
Jockey
Canal Enc. das Canal Enc. das
11 0,89 Km2 1,80 Km
Águas Águas
11 a Afluente Enc. das Águas 0,11Km2 0,35 Km
Rio Caji do Rio Caji do
12 0,99 Km2 1,57 Km
Tubo Tubo
Rio Caji da Rio Caji da
13 1,30 Km2 1,69 Km
Urbes Urbes
Vila Nova de Vila Nova de
14 0,35 Km2 0,71 Km
Portão Portão
Canal
15 0,81 Km2 Canal Esperança 1.63 Km
Esperança
16 Canal Garapa 2.70 Km2 Canal Garapa 2.93 Km
16 a Canal Samburá 1,02Km2 1,51 Km
16b Canal Miragem 0,98Km2 1.65 Km
16ba Canal Priscila Dutra 0,14Km2 0,57 Km
16bb Afluente do Miragem 0,12Km2 0,48 Km
17 Rio Sapato 4,56Km2 Canal dos irmão 4,02 Km
17a Canal Horto Vilas 1,31Km2 2,19Km
17aa Afluente Horto Vilas 0,50Km2 0,52Km
17b Canal Lagoa dos Patos 0,55Km2 1,60Km
17ba Canal Japonês 0,24Km2 0,80 Km
Margens do Rio
18 5,65 Km2 Rio Ipitanga 10,94 Km
Ipitanga
Margens do Rio
19 4,29 Km2 Rio Joanes 11,22 Km
Joanes
Fonte: Holon, adaptado pela SEINFRA.

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4. SAÚDE

A infraestrutura sanitária define a situação de saúde e quais as condições de vida das


populações dos países em desenvolvimento, onde as doenças infecciosas continuam sendo uma
importante causa de morbidade e mortalidade. A prevalência destas doenças constitui um forte
indicativo de fragilidade dos sistemas públicos de saneamento.
Costa et al. (2010) afirmaram que o número médio de óbitos por doenças relacionadas a um
saneamento inadequado no Brasil foi de 14.995 por ano no período 1996 a 1999, ou seja, 1,90%
do total de óbitos no País no período. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2007), cerca
de 233 mil pessoas morriam todo ano no Brasil por exposição a fatores de risco ambiental, como
poluição do ar, água não tratada e falta de infraestrutura urbana, sendo que 19% de todas as mortes
no país poderiam ser evitadas se fossem adotadas políticas públicas eficientes. A pesquisa levou
em consideração as condições enfrentadas pelos brasileiros em seu dia a dia, afirmando que a
poluição do ar causava óbito de 12,9 mil pessoas por ano e, ainda, com 22% das pessoas vivendo
abaixo da linha da pobreza, a falta de água tratada e de esgotamento sanitário eram responsáveis
pela morte de 15 mil brasileiros por ano.
O Tabela 6 a seguir relaciona as principais doenças decorrentes da falta de saneamento
básico adequado e sua forma de transmissão.
Tabela 6 – Doenças relacionadas ao saneamento básico inadequado
Categoria Doenças
Diarreias
1. Doenças de transmissão feco-oral Febres entéricas
Hepatite A
Dengue
Febre amarela
Leishmanioses
2. Doenças transmitidas por inseto vetor
Filariose linfática
Malária
Doença de Chagas
Esquistossomose
3. Doenças transmitidas pelo contato com a Água
Leptospirose
Doença dos olhos:
Tracoma
4. Doenças relacionadas com a higiene Conjuntivites
Doenças de pele:
Micoses superficiais
Helmintíases
5. Geohelmintos e teníases
Teníases
Fonte: Costa (2010).

Encontra-se na Gestão Plena do Sistema de Saúde e sua Rede de Atenção Primária está
organizada em 5 (cinco) Distritos Sanitários a saber Centro, Portão, Itinga, Vida Nova e Areia
Branca.

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Tabela 7 – Distribuição da População por Distrito Sanitário no município de Lauro de Freitas. Lauro de
Freitas - BA 2017.
DISTRITO SANITARIO POPULAÇAO %
Itinga 91.908,80 46,5
Areia Branca 6.628,45 3,3
Centro 33.128,03 17
Caji 42.175,13 21,2
Portão 23.795,60 12
TOTAL 197.636,00 100
Fonte: IBGE/Setor Censitário 2010.

Tabela 8 – Histórico da estratégia de Saúde da Família no município de Lauro de Freitas. Lauro de


Freitas - BA 2017.
EQUIPES DE SAUDE
MÊS /ANO
DA FAMÍLIA
11/1998 04
07/2003 08
10/2003 09
02/2004 12
04/2016 13
04/2004 16
06/2004 17
03/2008 19
08/2008 20
11/2008 21
01/2012 22
02/2012 23
04/2012 24
05/2015 25
10/2012 26
11/2012 27
04/2013 28
08/2013 29
10/2013 30
09/2014 32
06/2015 33
07/2016 33
03/2017 38
Fonte: MS/SAS/DAB E IBGE 2017.

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Tabela 9 – Quantitativo de pessoas cadastradas na ESF, por Distrito Sanitário, no município de Lauro de
Freitas. Lauro de Freitas - BA 2017.
DISTRITO UNIDADE DE ACS POR PESSOAS
EQUIPE
SANITÁRIO SAÚDE EQUIPE CADASTRADAS
Espaço Cidadão I 09 2371
Espaço Cidadão Espaço Cidadão II 12 2570
Espaço Cidadão III 12 2561
Cidade Nova I 07 813
Cidade Nova Cidade Nova II 05 606
Jardim Centenário 04 948
Israel Moreira I 05 2575
Israel Moreira Israel Moreira II 06 2315
Israel Moreira III 08 1999
Santa Bárbara Santa Bárbara 05 2067
Itinga
Parque São Paulo I 03 2015
Parque São Paulo Parque São Paulo II 06 1066
Parque São Paulo III 06 2256
São Judas Tadeu I 03
3.097
São Judas Tadeu II 03
* Em processo de
São Judas Tadeu São Judas Tadeu
03 Territorialização e
III
Cadastramento
Diamante I 03
Jardim J. Independência I 07 1141
Independência Jardim Metrópole 05 91
Centro I 13 1894
Centro
Centro II 10 2677
Centro
Lagoa dos Patos 06 924
Vila Praiana
Chafariz 03 1140
Vida Nova I 08 2460
Vida Nova II 08 2531
Vida Nova Vida Nova
Vida Nova III 08 1399
Jardim Ipitanga 08 2626
Maria Emília Vila Nova I 06 983
Rosa dos Santos Vila Nova II 06 1313
Irmã Dulce I 06 1079
Portão Irmã Dulce
Irmã Dulce II 06 1242
Solar União I 06 1243
Noel Alves
Solar União II 06 114
Antônio C. Areia Branca I 07 201
Rodrigues Areia Branca II 08 1229
Areia Branca Pe. João Abel Jambeiro 06 963
Manoel José
Capelão 06 2208
Pereira
TOTAL 16 38 242 50.411
Fonte: CNES/e-SUS 2017

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Conforme observamos na Tabela 9, o Distrito Sanitário com maior quantidade de


Unidades de Saúde da Família é Itinga com um total de 20 (vinte) equipes, podemos atribuir
o fato de ser o que concentra maior densidade demográfica e populacional. Os distritos de
Portão e Areia Branca contam com três unidades cada um, tendo respectivamente seis e quatro
ESF.
Uma das atribuições das ESF é realizar o cadastramento dos domicílios, através dos Agentes
Comunitários de Saúde, onde se registra as características socioeconômicas e condições de saúde
da população. Essas informações, uma vez coletadas, servem de fonte de avaliação e
acompanhamento das condições gerais de vida da população. Dentre essas informações, as
condições de saneamento dos indivíduos acompanhados por determinada unidade de saúde estão
incluídas.
A tabela a seguir relaciona o tipo de tratamento de água e destino do lixo, da população
coberta pela ESF do município, segundo as informações coletadas pelos ACS durante as
visitas domiciliares.
Tabela 10 – Tipo de Tratamento de Água por domicílio cadastrado na ESF no município de Lauro de
Freitas. Lauro de Freitas - BA 2017.
TIPO DE TRATAMENTO DE ÁGUA QUANTIDADE
Cloração 692
Fervura 218
Filtração 21.333
Mineral 2
Sem Tratamento 1 290
Não informado 700
TOTAL 22.945
Fonte: e-SUS 2017.

Analisando a tabela acima, percebemos que a maioria dos domicílios cadastrados nas
Unidades com estratégia de Saúde da Família utilizam a filtração como forma de tratamento da
água num total de 21.333, contudo, ainda se observa um quantitativo de domicílios que não
realizam qualquer tipo de tratamento da água.
Na Tabela 11, observa-se ocorrência de internações nos últimos quatro anos, por doenças
tipicamente relacionadas às precárias condições de saneamento básico da população. Em destaque
as Diarreias e gastroenterites de origem infecciosas, assim como a Dengue clássica e a
hemorrágica.

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Tabela 11 – Internações por Doenças infecciosas e parasitárias no município de Lauro de Freitas no


período de 2013 a 2016. Lauro de Freitas – BA 2017

DOENÇAS 2013 2014 2015 2016 TOTAL

Diarreia e gastroenterite de origem infecciosa 32 24 29 29 114

Outras doenças infecciosas intestinais 05 10 10 07 32

Dengue clássica 04 13 05 02 24
Dengue hemorrágica 02 02 02 01 07
Helmintíase 01 - 01 02 04
Amebíase - - 01 01 02
Fonte: DATASUS/Tabinet 2017.

Concluindo, os efeitos das ações de saneamento na saúde como, por exemplo, água de boa
qualidade, coleta regular do lixo e seu acondicionamento, esgotamento sanitário em condições
adequadas, asseguram a redução da incidência das doenças diretamente relacionadas a essas
condições, tais como diarreias, dengue, algumas hepatites, verminoses, dentre outras que podem
ser prevenidas.
Por exemplo, temos a esquistossomose e a leptospirose o controle da esquistossomose e com
vista à sua eliminação, o saneamento ambiental cria condições que reduzem a proliferação e a
contaminação dos hospedeiros intermediários, com consequente diminuição do contato do homem
com os agentes transmissores (caramujos infectados). As principais medidas de saneamento
ambiental que podem contribuir para o alcance dessem objetivo são:
• aterro, drenagem ou retificação de coleções hídricas;
• revestimento e canalização de cursos d’água;
• limpeza e remoção da vegetação marginal e flutuante;
• abastecimento de água para consumo humano;
• esgotamento sanitário;
• controle do represamento de águas;
• correção de sistemas de irrigação;
• melhoria da infraestrutura sanitária;
• instalações hídricas e sanitárias domiciliares.

A seleção dessas medidas deve levar em conta os condicionantes locais e regionais quanto
ao uso das coleções hídricas e os costumes da população. A medida selecionada deve ser aquela
que provoque o menor impacto no meio ambiente, observando-se a legislação ambiental em vigor.

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Tabela 12 – Demonstrativo De Pacientes Visitados E Tratados No Programa De Controle Da


Esquistossomose No Período De 2013 -2016
Ano

Amostras Amostras Quant. De


Trabalhado Feminin Masculin Positivo Tratado
Recolhida N/Recolhida Medicamento
s o o s s
s s s

2013 3310 2302 5612 2817 5612 37 36 154 comp.

2014 3974 2370 6344 2908 3436 62 37 185 comp.

2015 1505 11157 2670 1431 1239 28 76 388,5 comp.

2016 2995 2414 5409 2964 2445 28 33 185 comp.

Tabela 13 – Demonstrativo Dos Trabalhos Realizados No Programa De Leptospirose No Período De 2013


-2016

Quant.de
Casas Casas Pó de contato
ano Iscas Pcts. de granulados
visitadas desratizadas kg
utilizadas
2013 246 123 884 36.800 kg 702
2014 242 141 778 35.700 kg 526
2015 164 75 187 16.500 kg 275
2016 182 117 351 114.900 kg 468

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5. SERVIÇOS PÚBLICOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTO

Segundo a Lei nº. 11.445, de 2007, a gestão dos serviços de saneamento básico no Brasil
deve envolver cinco elementos fundamentais, a saber: a regulação, o planejamento, a fiscalização,
a prestação dos serviços e o controle social, como são apresentados no diagrama da Figura 9.
Figura 9 – Modelo de gestão dos serviços públicos de saneamento básico.

Fonte: MORAIS, 2015.

A Lei Federal nº 11.445/07 dispõe a respeito do exercício da titularidade e prevê que o titular
(município) deverá formular a política pública de saneamento básico, devendo para tanto,
desempenhar um rol de condições, previstas no art. 9º, como: elaborar os planos de saneamento
básico; prestar diretamente ou autorizar delegação dos serviços; definir ente responsável pela
regulação e fiscalização dos serviços; adotar parâmetros para garantia do atendimento essencial à
saúde pública; fixar direitos e deveres dos usuários; estabelecer mecanismos de controle social;
estabelecer sistema de informações sobre os serviços.
Diante das exigências legais supramencionadas é imprescindível apresentar alternativas
institucionais para o exercício das atividades de planejamento, regulação, fiscalização e prestação
de serviços, bem como a formulação de estratégias, políticas e diretrizes para alcançar os objetivos
e metas do Plano Municipal de Saneamento Básico, incluindo a criação ou adequação de órgãos
municipais de prestação de serviço, regulação e de assistência técnica.
5.1. Titularidade da gestão na região metropolitana de Salvador
Apesar da Constituição Federal apostar na descentralização da gestão e em seu art. 30 definir
como competência dos municípios, conforme inciso V, “organizar e prestar, diretamente ou sob
regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte
coletivo, que tem caráter essencial”, alguns casos podem seguir orientações diferenciadas, como as
regiões metropolitanas (RM).
Primeiro é importante perceber que, a mesma Constituição em seu Art. 25, § 3º, define que
os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações
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urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a


organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
Ao contrapor esses dois artigos, fica claro que, no caso das regiões metropolitanas, em
alguma medida, os municípios sofrem influência ou devem se submeter ao que demanda a região
metropolitana em que estão inseridos.
No que tange ao saneamento básico, nesse mote da autonomia municipal, quando da pressão
para a titularidade da gestão dos serviços em regiões metropolitanas passar para a competência dos
estados, foi dado entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) em uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade, a chamada ADI 1.842/RJ, quando o Estado do Rio e Janeiro tentou
transferir a titularidade dos serviços públicos de interesse comum dos municípios formadores da
RM para o próprio Estado, por meio da Lei Complementar 87/1997.
Desde então, o processo se desenvolveu no STF, até que em 06/03/2013, saiu a decisão sobre
a ADI 1.842/RJ, onde ficou definido que:
“O estabelecimento de região metropolitana não significa simples transferência de
competência para o estado. O interesse comum é muito mais que a soma de cada interesse
local envolvido, pois a má condução da função do saneamento básico por apenas um
município pode colocar em risco todo o esforço do conjunto. O parâmetro para aferição da
constitucionalidade reside no respeito à divisão de responsabilidades entre municípios e
estados. É necessário evitar que o poder decisório e o poder concedente se concentrem nas
mãos de um único ente para preservação do autogoverno e da autoadministração dos
municípios. Reconhecimento do poder concedente e da titularidade do serviço ao
colegiado formado pelos municípios e pelo estado federado. A participação de cada
Município e do Estado deve ser estipulada em cada região metropolitana de acordo com
suas particularidades, sem que se permita que um ente tenha predomínio absoluto... o
legislador estadual deverá reapreciar o tema , constituindo modelo de prestação de
saneamento básico nas áreas de integração metropolitana, dirigido por órgão colegiado
com participação dos municípios pertinentes e do próprio Estado do Rio de Janeiro, sem
que haja concentração de poder decisório nas mãos de qualquer ente (De nº 181, pág. 3 e
4).”

Com a decisão do STF publicada, o Estado da Bahia seguiu de maneira a implementar o que
foi orientado para a Região Metropolitana de Salvador (RMS). Para tanto foi publicada a Lei
Complementar nº 41, de 13 de junho de 2014, que “cria a Entidade Metropolitana da Região
Metropolitana de Salvador - EMRMS, dispondo sobre sua estrutura de governança e sobre o
sistema de planejamento metropolitano e dá outras providências”.
Assim, a lei define a natureza jurídica a as finalidades da EMRMS, a sua estrutura de
governança, o ente colegiado metropolitano, a participação popular e a transparência, o sistema de
planejamento metropolitano, além de instituir três fundos, a saber o Fundo de Mobilidade e
Modicidade Tarifária do Transporte Coletivo (FMTC-RMS), o Fundo de Universalização do
Saneamento Básico da Região Metropolitana de Salvador (FUSAN) e o Fundo de
Desenvolvimento da Região Metropolitana de Salvador (FRMS).
Portanto, a EMRMS é uma autarquia intergovernamental de regime especial, com caráter
deliberativo e normativo e personalidade jurídica de direito público, e deve exercer as
competências relativas à integração da organização, do planejamento e da execução de funções
públicas de interesse comum aos municípios integrantes da RMS.
Em nível federal o primeiro passo para se adequar ao cenário que surgiu, após a decisão do
STF sobre a ADI 1.842/RJ, foi promulgação da Lei nº 13.089, de 12 de janeiro de 2015, que
“institui o Estatuto da Metrópole, altera a Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, e dá outras
providências”. Assim, por meio do Estatuto da Metrópole se estabeleceu as diretrizes gerais para
o planejamento, a gestão e a execução das funções públicas de interesse comum em regiões
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metropolitanas e em aglomerações urbanas instituídas pelos Estados, normas gerais sobre o plano
de desenvolvimento urbano integrado e outros instrumentos de governança Inter federativa, e
critérios para o apoio da União a ações que envolvam governança Inter federativa no campo do
desenvolvimento urbano.
Assim qualquer RM deverá seguir os seguintes princípios, conforme o art.6º da Lei nº 13.089/
2015:
A governança Inter federativa das regiões metropolitanas e das aglomerações urbanas
respeitará os seguintes princípios:

• prevalência do interesse comum sobre o local;


• compartilhamento de responsabilidades para a promoção do desenvolvimento urbano
integrado;
• autonomia dos entes da Federação;
• observância das peculiaridades regionais e locais;
• gestão democrática da cidade, consoante os arts. 43 a 45 da Lei no 10.257, de 10 de julho de
2001;
• efetividade no uso dos recursos públicos;
• busca do desenvolvimento sustentável.

Nesse sentido, a EMRMS vem dando passos para se estruturar e atuar. As principais ações
até agora realizadas foram relativas ao transporte público, a exemplo da a resolução que recomenda
a instituição do Bilhete Único Metropolitano na RMS. Porém, ao longo dos anos, outras ações
deverão ser tomadas e o município deverá se preparar para desempenhar seu papel como membro
dessa entidade que tem grande importância para a tomada de decisão sobre serviços de interesse
comum, entre eles o saneamento básico.
E vale lembrar que no caso do saneamento básico, por ter relação direta com o meio
ambiente, primeiro, por depender de sua qualidade, no caso do abastecimento de água, e segundo,
por interferir em sua qualidade, no caso dos resíduos sólidos, do esgotamento sanitário e da
drenagem e manejo de águas pluviais, a dimensão do interesse coletivo fica muito evidente e se
torna um grande desafio, que está, com certeza, para além das regiões metropolitanas.
5.2. Planejamento dos serviços de abastecimento de água e esgoto
O Planejamento é um processo contínuo de ações para a área do saneamento, que envolve
atividades de identificação, qualificação, quantificação, organização e orientação de todas as
ações, públicas e privadas, por meio das quais o serviço público deve ser prestado ou colocado à
disposição de forma adequada. O planejamento deve ser exercido pelo titular do serviço,
indelegável a outro ente conforme estabelecido no Art. 8° da Lei nº 11.445/2007.
A Lei nº 11.445/07 define que o planejamento para a prestação dos serviços de saneamento
básico será realizado por meio da elaboração de um Plano de Saneamento Básico (PMSB), de
competência do titular do serviço, principal e obrigatório instrumento de planejamento, colocado
como condição para acesso aos recursos do Governo Federal a partir do exercício financeiro de
2016, conforme apresentado no Decreto nº 8.211/2014 que altera o Decreto nº 7.217/2010 que,
por sua vez, regulamenta a Lei nº 11.445/2007.
Já neste aspecto, foi identificado que Lauro de Freitas não conta com um PMSB vigente para
nortear as ações de saneamento básico, sendo este documento a primeira experiência deste
município no que se refere ao planejamento desta área.
De um modo geral, o planejamento municipal deve ser reforçado e dado a este o papel e a
estrutura condizentes com o porte do município. Isto porque não se trata apenas do planejamento

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setorial do saneamento, mas principalmente quando se considera todas as demais demandas


urbanas que carecem de planejamento, como é o caso da urbanização, meio ambiente, habitação,
entre outras mais correlatas ao escopo do PMSB (PSB/JF, 2013).
O Poder Público Executivo, deve fortalecer por meio do planejamento as ações estruturantes
de integração de políticas públicas, para acompanhar as modificações necessárias à implantação
das novas infraestruturas para a melhoria e universalização dos serviços. Nesse sentido, as
diferentes atividades de gestão devem atuar de forma articulada, garantindo que as experiências
em educação sanitária e ambiental, planejamento de ações integradas e mobilização social
permitam que o usuário e o prestador coordenem a manutenção e operação adequadas dos sistemas
e serviços. Ainda, é imprescindível, a aproximação e cobrança dos órgãos ambientais do Estado,
afim de alimentar e garantir o monitoramento das águas e meio ambiente, insumos fundamentais
para a boa prestação dos serviços de saneamento e que sofrem com ausência de saneamento básico
de qualidade e em quantidade.
Portanto, o titular poderá indicar uma secretaria para assumir o papel de articulação das ações
de planejamento das ações de saneamento básico. Tal atribuição poderá ser delegada à alguma
secretaria já existente, como a Secretaria de Infraestrutura (SEINFRA), Secretaria de Educação
(SEDUC) e com a Secretaria de Saúde (SESAU).
É necessário lembrar que na ação de planejamento é significativo o aporte de informações
dos diversos entes municipais, e para tanto, o melhor caminho é a criação de uma instância de
controle social sob coordenação da secretaria responsável pelo planejamento.
É fundamental que a instância seja composta por representantes dos diversos órgãos
envolvidos (prestadores de serviço, secretarias de obras, meio ambiente, saúde, etc.) e de
representantes da sociedade civil organizada.
Os planejadores possuem a função de dar suporte ao chefe do executivo nos
encaminhamentos e decisões relativos à gestão do saneamento básico, dando maior condição de
acompanhar a situação do saneamento em todo o território do município, acompanhar a
implementação do plano, manter o planejamento como uma atividade rotineira, fazer o
preenchimento e acompanhamento do sistema de informação municipal, acompanhar as atividades
da regulação e fiscalização, promover os espaços de participação e controle social, além de manter
uma prática de trabalhar em conjunto com as diferentes secretarias do município com ações
relacionadas aos serviços de saneamento básico.
O município de Lauro de Freitas BA faz parte da Região Metropolitana de Salvador - RMS,
e com isso algumas particularidades que regem a sua gestão, conforme abordado no item a seguir.
5.3. Regulação dos serviços de abastecimento de água e esgoto
A Lei n◦ 11.445/07 foi um divisor de águas no que diz respeito à regulação e fiscalização
dos serviços públicos de saneamento básico, haja vista que antes da sua promulgação o próprio
prestador dos serviços acumulava as funções de prestar, planejar, regular e fiscalizar
O exercício da função de regulação deve atender aos princípios da independência decisória,
da autonomia administrativa, orçamentária e financeira da entidade reguladora, da transparência,
de tecnicidade, da celeridade e da objetividade das decisões. O art. 22, da Lei Federal nº
11.445/2007, traz os objetivos da regulação que são:
• Estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e para a satisfação dos
usuários;
• Garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas;
• Prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, ressalvada a competência dos órgãos
integrantes do sistema nacional de defesa da concorrência;
• Definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos, como

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a modicidade tarifária, mediante mecanismos que induzam a eficiência e a eficácia dos


serviços e que permitam a apropriação social dos ganhos de produtividade.

A Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia - AGERSA é uma
autarquia sob regime especial, vinculada à Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento –
SIHS do estado da Bahia e possui como objetivo o exercício da regulação e da fiscalização dos
serviços públicos de saneamento básico. A seguir apresenta-se o organograma da AGERSA na
Figura 10.
Figura 10 – Organograma da AGERSA.

Fonte: AGERSA,2015.

Esta autarquia substitui a antiga Comissão de Regulação dos Serviços Públicos de


Saneamento Básico do Estado da Bahia – CORESAB, adquirindo todas as suas atribuições e
atuando com base nos termos estabelecidos na Lei Estadual nº 12.602/12. Dentre as competências
mencionadas na referida Lei, destacam-se:
• Exercer as atividades de regulação e fiscalização dos serviços públicos de saneamento básico,
no âmbito do Estado da Bahia;
• Estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços de saneamento e
satisfação dos usuários;
• Definir, reajustar e revisar tarifas de modo a permitir a sustentabilidade econômico –
financeira dos contratos de prestação dos serviços.

Como mencionado, a AGERSA incorporou o acervo documental da antiga CORESAB,
incluindo a Resolução CORESAB Nº 01/11, que dispõe sobre condições gerais de prestação e
utilização dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Nesta resolução é
definida a competência da prestadora do serviço de abastecimento de água, os critérios para
execução de ligações, os parâmetros para prazos de execução de serviços, tarifação, faturamento,
operação e manutenção, entre outras definições.
Segundo o site da AGERSA ela pode exercer as atividades de regulação e fiscalização dos
serviços públicos de saneamento básico, mediante delegação, enquanto não houver ente regulador
criado pelo Município, ou agrupamento dos Municípios, por meio de cooperação ou coordenação
federativa.
Lauro de Freitas referente a EMRMS, como este faz parte da RMS, não possui essa

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flexibilidade na regulação, automaticamente a regulação e fiscalização deverá ser exercida pela


AGERSA, ou outra entidade que seja determinado pelo colegiado da EMRMS. Como até o
estabelecimento dessa lei não havia um ente regulador legalmente definido pelo município, caso
não fizesse parte da RMS.
5.4. Fiscalização dos serviços de abastecimento de água e esgoto
A fiscalização refere-se às atividades de acompanhamento, monitoramento, controle,
avaliação e de aplicação de penalidades no sentido de garantir a prestação dos serviços de
saneamento básico com qualidade e em quantidade satisfatória. Ainda a fiscalização é realizada de
modo a garantir o atendimento às diretrizes, normas e padrões do ente regulador, que dá elementos
para a realização da atividade do ente fiscalizador.
A fiscalização também pode ser delegada a outro ente, de forma integral ou parcial, contanto
que não seja realizada pela prestadora do serviço fiscalizado.
A regulação e fiscalização é atribuição de ente estadual, conforme preconiza o Art. 20 da Lei
de criação da EMRMS, atualmente tem-se a AGERSA como ente a cumprir essa atribuição. No
artigo 4º da Lei Estadual nº 12.602/12 que cria a AGERSA, define-se as atribuições dessa entidade
referentes à fiscalização dos serviços públicos de saneamento, onde o esgotamento sanitário se
inclui, a exemplo dos incisos XI e XIV destacados a seguir:
I. fiscalizar a prestação dos serviços públicos de saneamento básico, incluídos mediante
inspeção in loco ou através de dados e informações fornecidos pelos prestadores de serviços
de saneamento básico, tais como os referentes à administração, contabilidade, recursos
técnicos, econômicos e financeiros desses serviços;

II. fiscalizar os contratos de programa que tenham por objeto a prestação dos serviços de
saneamento básico, inclusive quanto ao cumprimento das disposições dos respectivos planos
de saneamento básico.

Segundo a AGERSA (2014) a fiscalização dos Serviços de Esgotamento Sanitário


compreende as seguintes atividades:
1. Solicitação prévia de informações à Embasa para planejamento dos trabalhos de
campo;
2. Coleta de informações através de dados secundários e entrevistas;
3. Vistoria técnica, levantamentos em campo e registro fotográfico; e,
4. Análise e avaliação documental.
5.5. Prestação dos serviços de abastecimento de água e esgoto
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 30, V3, institui como competência dos
municípios organizar e prestar os serviços públicos de interesse local, assegurando sua autonomia
administrativa.
Dessa forma, uma política de saneamento deve partir do pressuposto de que o município tem
autonomia e competência constitucional sobre a gestão dos serviços de saneamento básico, no
âmbito de seu território, respeitando as condições gerais estabelecidas na legislação nacional sobre
o assunto.
A Lei nº 11.445/2007 elenca 3 (três) formas de prestação dos serviços públicos de
saneamento básico, que são: prestação direta, a prestação indireta, mediante delegação por meio

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de concessão, permissão ou autorização, e a gestão associada, conforme preceitua os art. 8º e 9º,


da referia lei.
A Figura 11 mostra de forma esquemática como essa prestação de serviço pode acontecer.
Figura 11 – Formas de prestação de serviço público permitidas pela legislação vigente.

Fonte: Ribeiro, 2005 apud Borja e Silva, 2008.

Na Prestação Direta, a Lei nº 11.445/2007 prevê que o titular (município) preste


diretamente os serviços públicos de saneamento básico. Esta prestação pode ocorrer via
administração central ou descentralizada. A prestação centralizada ocorre por meio de órgão da
administração pública. Já, a prestação direta descentralizada pode ocorrer por autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista e fundação.
Quanto à Prestação Indireta, o Poder Público Municipal, titular dos serviços públicos de
saneamento básico, pode delegar a prestação dos serviços para terceiros, sempre por meio de
licitação (Lei nº 8.666/93), na forma de concessão, permissão, autorização ou terceirização (PMSB
Balneário Camboriú, 2012).
Já a Gestão Associada, segundo definições da Lei nº. 11.455/07 e do Decreto nº. 6.017/07,
significa:
“associação voluntária de entes federados, por convênio de cooperação ou consórcio
público, para o exercício das atividades de planejamento, regulação ou fiscalização de
serviços públicos, acompanhadas ou não da prestação de serviços públicos, mediante um
contrato de programa que traga a constituição e a regulação das obrigações entre os entes
federados conveniados ou consorciados” (BRASIL, 2007).

Segundo Borja e Silva (2008), existem diversos modelos de gestão associada. Para tornar
mais fácil a compreensão dessa forma de prestação dos serviços de saneamento básico, as autoras
apresentam alguns exemplos a seguir:
• A contratação individual da Companhia Estadual de Água e Esgoto por cada município para
os serviços de água e esgotos: nesse caso, o Estado e o Município celebrarão um CONVÊNIO

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DE COOPERAÇÃO por meio de um CONTRATO DE PROGRAMA assinado entre a


companhia ou autarquia estadual responsável e o município.

• A contratação de um órgão municipal por outro município: aqui, dois municípios celebrarão
um CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO por meio de um CONTRATO DE PROGRAMA
assinado entre uma companhia ou autarquia municipal e o município interessado na prestação
de seus serviços.

• A contratação coletiva da Companhia Estadual de Água e Esgoto por consórcio público: nessa
variante, Municípios e Estado celebrarão um CONSÓRCIO PÚBLICO, que firmará um
CONTRATO DE PROGRAMA com a companhia estadual.

• A contratação coletiva de um órgão municipal por consórcio público: aqui, municípios


celebrarão um CONSÓRCIO PÚBLICO, que firmará um CONTRATO DE PROGRAMA
com a autarquia, companhia municipal ou intermunicipal que prestará o serviço.

• A contratação de um consórcio público como prestador do serviço: nesse último exemplo,


municípios celebrarão entre si um CONSÓRCIO PÚBLICO e cada um deles firmará um
CONTRATO DE PROGRAMA com o consórcio.

Uma vez delegada a prestação do serviço pelo titular a outro ente que não integre sua
administração, por meio de algumas das formas descritas anteriormente, a Lei nº 11.445/2007
define obrigatoriedade de efetivação em contrato quando os serviços são delegados em concessão,
como se vê:
“Art. 10. A prestação de serviços públicos de saneamento básico por entidade que não
integre a administração do titular depende da celebração de contrato, sendo vedada a sua
disciplina mediante convênios, termos de parceria ou outros instrumentos de natureza
precária” (BRASIL, 2007)

Vale lembrar que excetuam-se do disposto no Art. 10º os serviços públicos de saneamento
básico cuja prestação for autorizada para usuários organizados em cooperativas ou associações,
desde que limitados a determinado condomínio ou localidade de pequeno porte,
predominantemente ocupada por população de baixa renda, onde outras formas de prestação
apresentem custos de operação e manutenção incompatíveis com a capacidade de pagamento dos
usuários; e os convênios e outros atos de delegação celebrados até o dia 6 de abril de 2005
(BRASIL, 2007).

A Lei nº 11.107/2005 que disciplina a gestão associada entre entes federativos define
obrigatoriedade de efetivação contratual a delegação para ente de outra esfera federativa ou de
consórcio público, como se vê:
“Art. 13. Deverão ser constituídas e reguladas por contrato de programa, como condição
de sua validade, as obrigações que um ente da Federação constituir para com outro ente
da Federação ou para com consórcio público no âmbito de gestão associada em que haja

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a prestação de serviços públicos ou a transferência total ou parcial de encargos, serviços,


pessoal ou de bens necessários à continuidade dos serviços transferidos”. (BRASIL, 2005)

Portanto, excluindo estas situações, qualquer outro tipo de contratação de serviços por
concessão deve seguir a Lei das Concessões nº 8.987/1997, a qual exige licitação prévia.
5.6. Empresa baiana de águas e saneamento - EMBASA
No Município de Lauro de Freitas, o serviço de abastecimento de água e de esgotamento
sanitário, foram concedidos à Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. - Embasa por meio
do contrato de concessão plena nº 055/97 (conforme Lei 9.074 art. 2º) pelo prazo de 20 anos. A
Embasa caracteriza-se como uma sociedade de economia mista, pessoa jurídica de direito privado,
tendo como acionista majoritário o Governo do Estado da Bahia.
Assim, com base nos modelos de prestação supracitadas, a prestação do serviço de
esgotamento sanitário de Lauro de Freitas caracteriza-se como indireta, via concessão, por conta
de que foi feita antes da Lei de Gestão Associada. Contudo, cabe ressaltar que a partir vencimento
deste contrato, neste de 2017, continuando com a Embasa, a relação de prestação passará para o
modelo de gestão associada entre o Estado da Bahia e o Município, firmando um contrato de
programa para a prestação do serviço, que deverá contemplar, como estabelecido no artigo 11 da
Lei 11.445/2007:
• A existência de plano de saneamento básico;
• A existência de estudo comprovando a viabilidade técnica e econômico-financeira da
prestação universal e integral dos serviços, nos termos do respectivo plano de saneamento
básico;
• A existência de normas de regulação que prevejam os meios para o cumprimento das diretrizes
desta Lei, incluindo a designação da entidade de regulação e fiscalização;
• A realização prévia de audiência e de consulta públicas sobre o edital de licitação, no caso de
concessão, e sobre a minuta do contrato.

Destas condicionantes, observa-se que as duas primeiras são intrínsecas com a elaboração
deste Plano Municipal de Saneamento Básico, ou seja, parte das condicionantes já estão sendo
atendidas. Não sendo identificadas dificuldades por parte da atual prestadora para atendimento às
demais condicionantes listadas. Nesse sentido, infere-se que a EMBASA continuará executando o
serviço de esgotamento sanitário durante o período de vigência deste Plano Municipal de
Saneamento Básico, que possui horizonte de planejamento de igual período de 20 anos.
A extinção do mesmo só poderá acontecer em quatro hipóteses estabelecidas no contrato,
que são:
• Mútuo acordo entre o MUNICÍPIO CONCEDENTE e a CONCESSIONÁRIA;
• Inadimplemento de suas Cláusulas, caso notificada a parte faltosa, permaneça ela na
inexecução de suas obrigações;
• Liquidação da CONCESSIONÁRIA;
• Por comprovado interesse público.

Em Lauro de Freitas a prestação dos Serviços de Esgotamento Sanitário pela Embasa é


realizada pela Unidade Regional de Bolandeira (UMB) as figuras que seguem mostram o
organograma da Embasa com ênfase nas divisões responsáveis pela prestação do serviço no
município. As Figura 12 e Figura 13 mostram o organograma da Embasa referente a governança
corporativa e diretoria da RMS.

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Figura 12 – Organograma Embasa – Governança Corporativa.

Fonte: Embasa, 2017.

Figura 13 – Diretoria de Operações da RMS.

Fonte: Embasa, 2017.

A EMBASA está presente em 366 dos 417 municípios da Bahia. A seguir será mostrada em
forma de Slides a Área de atuação, descentralização geográfica, área de atuação diretoria
metropolitana, área de atuação unidade regional, e área de atuação unidade UNB de Lauro de
Freitas.

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Figura 14 – Mapa com atuação da Embasa no Estado.

Fonte: Apresentação da Embasa na Audiência Pública.

Figura 15 – Descentralização Geográfica

Fonte: Apresentação da Embasa na Audiência Pública.

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Figura 16 – Diretoria Metropolitana - Embasa

Fonte: Apresentação da Embasa na Audiência Pública.

Figura 17

Fonte: Apresentação da Embasa na Audiência Pública.

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Figura 18

Fonte: Apresentação da Embasa na Audiência Pública.

5.7. Abrangência do sistema de abastecimento de água SAA


Como pode ser visto nas Tabelas 13 e 14 o sistema de abastecimento de água da Embasa
atende a uma população de 191.436 habitantes ano através de uma extensão de rede de 413,53km
referência 2015 SNIS, ou seja, em quase em sua totalidade do município de Lauro de Freitas. Os
quando a seguir apresentam ainda a quantidade de ligações e economias ativas e seus volumes de
água produzida, tratada, consumida e faturada nos anos de 2013, 2014 e 2015.
Tabela 14 – Número de domicílios atendidos

AG004 -
AG001 - AG003 -
AG002 - Quantidade de
População total Quantidade de
Quantidade de ligações ativas de
Ano de Referência atendida com economias ativas
ligações ativas de água micro
abastecimento de de água
água (Ligações) medidas
água (Habitantes) (Economias)
(Ligações)
2015 191.436 44.495 69.311 42.775
2014 188.013 44.013 64.616 42.200
2013 183.152 42.128 59.176 40.056
Fonte: SNIS, 2015

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Tabela 15 – Número de domicílios atendidos


AG007 -
AG005 - AG006 - AG010 - AG011 -

Ano de
Extens Volume de Volume de AG008 - Volume Volume de Volume AG012 - Volume de
água de água
Referência ão da água água de água água macromedido
tratada em
rede de produzido ETAs (1.000 micromedido consumido faturado (1.000 m³/ano)
(1.000 m³/ano)
água (km) (1.000 m³/ano) (1.000 m³/ano) (1.000 m³/ano)
m³/ano)
2015 413,53 22.109,89 22.109,89 9.008,70 11.920,81 11.126,87 22.829,47
2014 400,82 22.608,87 8.999,49 3.759,27 4.416,90 4.705,08 22.330,06
2013 399,66 22.708,72 21.993,49 7.859,21 9.501,48 10.419,73 21.993,49
Fonte: SNIS, 2015

5.8. Abrangência do sistema de esgotamento sanitário - SES


Como pode ser visto nas Tabela 16 e Tabela 17, o sistema de esgotamento sanitário da
Embasa atende a uma população de 81.672 habitantes ano através de uma extensão de rede de
esgoto de 459,62km referência 2015 SNIS, ou seja, entorno 37,95% de coleta de esgoto do
município. Os quadros a seguir apresentam ainda a quantidade de ligações e economias ativas de
esgoto e seus volumes de água produzida, tratada, consumida e faturada nos anos de 2013, 2014 e
2015.

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Tabela 16 – Número de domicílios atendidos - Embasa

ES001 - População total ES002 - Quantidade de ES003 - Quantidade de


ES004 - Extensão da rede
Ano de Referência atendida com esgotamento ligações ativas de esgotos economias ativas de esgotos
de esgotos (km)
sanitário (Habitantes) (Ligações) (Economias)

2015 81.672 18.375 27.273 459,62


2014 75.963 16.325 25.102 459,62
2013 67.984 14.928 22.145 510,61
Fonte: SNIS, 2015

Como pode ser visto nos Quadros 5.5 e 5.6 o sistema de esgotamento sanitário da Embasa atende a uma população de 81.672 habitantes ano
através de uma extensão de rede de esgoto de 459,62km referência 2--+015 SNIS, ou seja, entorno 37,95% de coleta de esgoto do município. Os
quando a seguir apresentam ainda a quantidade de ligações e economias ativas de esgoto e seus volumes de água produzida, tratada, consumida e
faturada nos anos de 2013, 2014 e 2015.
Tabela 17 – Volume de água entregue aos munícipes.

ES008 - Quantidade de
ES005 - Volume de ES006 - Volume de ES007 - Volume de ES009 - Quantidade de
economias residenciais
Ano de Referência esgotos coletado (1.000 esgotos tratado (1.000 esgotos faturado (1.000 ligações totais de
ativas de esgotos
m³/ano) m³/ano) m³/ano) esgotos (Ligações)
(Economias)

2015 4.206,83 4.188,37 4.173,05 26.567 19.061


2014 3.936,87 3.919,02 3.291,10 24.527 16.923
2013 8.689,93 8.689,93 3.278,32 21.595 15.296
Fonte: SNIS, 2015

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5.9. Receitas e despesas do SAA e SES
Os dados de receitas e despesas nos SAA e SES foram extraídos do SNIS, logo é importante
apresentar os conceitos das variáveis do SNIS utilizadas no decorrer da explanação. Para tanto
segue:
• Receita Operacional Total - é a soma das Receitas Operacional Direta e da Receita
Operacional Indireta.
• Arrecadação Total (Unidade: R$/ano) - é o valor anual efetivamente arrecadado de todas
as receitas operacionais, diretamente nos caixas do prestador de serviços ou por meio de
terceiros autorizados (bancos e outros), conforme definição do SNIS.
• Despesas Totais com os Serviços (Dts) - Valor anual total do conjunto das despesas
realizadas para a prestação dos serviços, compreendendo Despesas de Exploração (DEX),
Despesas com Juros e Encargos das Dívidas (incluindo as despesas decorrentes de
variações monetárias e cambiais), Despesas com Depreciação, Amortização do Ativo
Diferido e Provisão para Devedores Duvidosos, Despesas Fiscais ou Tributárias não
Computadas na DEX, mas que compõem a DTS, além de Outras Despesas com os Serviços.
• Despesas de Exploração (Dex) - Valor anual das despesas realizadas para a exploração dos
serviços, compreendendo Despesas com Pessoal, Produtos Químicos, Energia Elétrica,
Serviços de Terceiros, Água Importada, Esgoto Exportado, Despesas Fiscais ou Tributárias
computadas na DEX, além de Outras Despesas de Exploração.

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Tabela 18 – Descrição de Receita Operacional Direta e Indireta.

Receita Operacional Direta

Água e Esgoto Água Exportada (bruta ou tratada) Esgoto Bruto Importado

Valor faturado anual Valor faturado anual decorrente da


Valor faturado anual decorrente
decorrente da prestação do venda de água, bruta ou tratada,
do recebimento de esgoto bruto de
serviço de abastecimento exportada no atacado para outros
outro(s) agente(s). Corresponde à
de água eesgotamento agentes distribuidores. Corresponde
receita resultante da aplicação de
sanitário, resultante à receita resultante da aplicação de
tarifas especiais ou valores
exclusivamente da tarifas e/ou taxas especiais ou valores
estabelecidos em contratos
aplicação de tarifas e/ou estabelecidos em contratos especiais.
especiais
taxas. Unidade: R$/ano. Unidade: R$/ano.

Receita Operacional Indireta

Valor faturado anual decorrente da prestação de outros serviços vinculados aos serviços de água ou
de esgotos, mas não contemplados na tarifação, como taxas de matrícula, ligações, religações,
sanções, conservação e reparo de hidrômetros, acréscimos por impontualidade, e outros. Unidade:
R$/ano.

Fonte: SNIS, 2015.

A Tabela 18 mostra as receitas operacionais totais, assim como a arrecadação total no período
de 2013 a 2015 nos SAA e SES da Embasa em Lauro de Freitas – BA. Já o a Tabela 10 é apresentado
a discriminação das categorias de despesas que o SNIS disponibilizou, compreendendo o período
entre 2013 e 2015.
Tabela 19 – Fonte: SNIS, 2015

FN001 - Receita FN002 - Receita FN003 - Receita FN006 -


Ano de Referência operacional direta operacional direta operacional direta Arrecadação total
total (R$/ano) de água (R$/ano) de esgoto (R$/ano) (R$/ano)
2015 49.034.036,97 43.418.046,87 5.615.990,10 46.603.129,07
2014 45.621.852,37 40.915.581,97 4.706.270,40 43.695.074,55
2013 42.366.632,39 37.653.893,25 4.712.739,14 41.107.579,09
2015 11.680.857,16 2.720.288,88 4.227.395,85 13.677.469,70
2014 9.686.833,54 2.086.361,23 13.364.771,31 9.486.641,45
2013 10.298.747,06 1.515.103,40 3.699.132,34 10.576.602,38

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Tabela 20 – Fonte: SNIS, 2015

FN016 - Despesas FN018 - Despesas


FN017 - Despesas
FN015 - Despesas com juros e capitalizáveis
Ano de totais com os
de Exploração encargos do realizadas pelo
Referência serviços (DTS)
(DEX) (R$/ano) serviço da dívida prestador de serviços
(R$/ano)
(R$/ano) (R$/ano)

2015 39.512.411,37 750.484,31 51.013.984,17 3.073.231,40


2014 45.042.554,55 700.066,31 56.394.397,92 685.779,06
2013 33.807.514,46 466.236,77 48.628.056,27 179.982,60
Tabela 21 – Fonte: SNIS, 2015

FN019 - Despesas
FN020 -
com depreciação, FN021 - Despesas
Despesa com FN022 - Despesas
amortização do fiscais ou
Ano de água importada fiscais ou tributárias
ativo diferido e tributárias
Referência (bruta ou não computadas na
provisão para computadas na
tratada) DEX (R$/ano)
devedores DEX (R$/ano)
(R$/ano)
duvidosos (R$/ano)

2015 7.029.898,44 0 4.763.587,37 1.246.422,12


2014 8.070.679,83 64.700,00 4.312.719,75 1.811.243,01
2013 11.307.461,48 211.060,90 4.131.125,31 2.123.658,41

É importante deixar claro que todas essas despesas (pessoal próprio, produtos químicos,
serviços de terceiros, energia elétrica) estão contempladas dentro das despesas de exploração.
5.10. Diagnóstico de abastecimento de água
5.10.1. Descrição e avaliação dos sistemas integrados de abastecimento de água
Como descrito anteriormente o sistema de abastecimento de água de Lauro de Freitas é
interligado ao sistema de abastecimento de água da região metropolitana de Salvador. A descrição
a seguir compreende o levantamento da situação e descrição do estado atual do sistema de
abastecimento de água do Município do Lauro de Freitas, focando os aspectos organizacional,
estrutural e operacional, e suas dimensões quantitativas e qualitativas, relativos ao planejamento
técnico (plano diretor, estudos e projetos), à cobertura do atendimento, às infraestruturas e
instalações, às condições operacionais, à disponibilidade hídrica, à situação socioeconômica e às
ações e soluções para satisfazer a parcela da população não atendida.
O abastecimento de água do município de Lauro de Freitas iniciou sua operação por volta
de 1983, quando da implantação da rede de distribuição de água, e o seu abastecimento era
proveniente das ETA Vieira de Melo e Teodoro Sampaio de água, localizadas no Parque da
Bolandeira - Salvador.
Posteriormente o sistema passou por algumas ampliações dentre elas:
• O abastecimento de Lauro de Freitas passou a ser feito pela ETA Principal - Candeias;
• Construção do Reservatório R23;

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• Duplicação de sub adutora DN 600;


• No ano de 2014 iniciaram-se as obras de ampliação do SAA de Lauro de Freitas, com a
construção do reservatório R23B, sub adutoras e redes de distribuição, estando prevista a
conclusão para dezembro/2017
Atualmente o SIAA de Lauro de Freitas faz pare do Sistema Integrado da RMS com captação
em manancial superficial realizada no Rio Paraguaçu (Barragem de Pedra do Cavalo), através de
bomba flutuante que conduz a água pela adutora de 600 mm até a estação de tratamento de água –
ETA Principal, situada no município de Candeias, km 599 da BR-324, na Localidade de Passagem
dos Teixeira.
O município de Lauro de Freitas conta com 01 (um) reservatório apoiado de distribuição,
denominado de R-23, com capacidade de 8.700 m3, onde são distribuídos 720 l/s, conforme
macromedição (ver Foto 1).
Foto 1 – Reservatório a Poiado DE 8700 m3.

Há 3 (três) boosters instalados no sistema de abastecimento de água de Lauro de Freitas,


elencadas a seguir, conforme a ordem visitada:
• Cia Mar;
• Bairro de Itinga, localidade denominada como "Bairro Novo";
• Condomínio " Encontro das Águas", situada na via principal da Estrada do Coco.

As Foto 2 Foto 3 mostram os boosters.

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Foto 2 – Booster – CIA MAR

Foto 3 – Booster Bairro Novo

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Foto 4 – Booster Encontro das Águas

O SAA de Lauro de Freitas está com obras em andamento de ampliação, as quais consistem
na duplicação da adutora de água tratada, bem como, construção de quatro reservatórios, sendo
um reservatório apoiado de distribuição (RAD), na mesma área do R-23 (capacidade de 8.700 m3),
dois RAD de capacidade de 8.700 m3, cada no R-23B, e um reservatório elevado de distribuição
(RED), capacidade de 500 m3 próximos à CEASA em Simões Filho. No item a seguir será detalho
as informações de ampliação.
Como será mostrado a seguir o sistema de abastecimento de água é composto por mananciais
de superfície, adutoras de água bruta, estações elevatórias e subestações, estações de tratamento,
subadutoras, reservatórios, redes de distribuição e ligações prediais, além dos sistemas de medição
(micro e macromedição) e os sistemas de controle operacional.

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Figura 19 – Esquema do Sistema de Distribuição de água

5.11. Mananciais utilizados para o abastecimento


Os Mananciais que fornece água para Lauro de Freitas são: Rio Paraguaçu (Represa de Pedra
do Cavalo) e Rio Joanes (Represas Joanes I e Joanes II). Todos estes Mananciais foram
considerados no Plano Diretor de 1996/1998 da RMS.
Capacidades máximas de regularização de vazão consideradas (com base em estudos
hidrológicos) no Plano de 1996/1998 e do Estudo de Aproveitamento dos Mananciais da RMS:
Tabela 22 – Sistemas produtores – vazão regularizada e disponível

VAZÃO REGULARIZADA VAZÃO DISPONÍVEL (m³/s)


SISTEMA PRODUTOR
1998 2008 1998 2008
Pedra do cavalo 21 7 21 7,37
Joanes I 1 1 1 0,8
Joanes II 4 4 3,8 3,8
Santa Helena 10 9,5 8,8 8,4
5.11.1. Represa Joanes II
Situada nas proximidades da estrada Salvador-Alagoinhas, a montante da barragem Joanes
I, no município de Simões Filho e Dias D’Ávila, onde está sua operação, recebe contribuições dos
afluentes: Rio Sucuricanga, Rio Jacarecanga, Rio Imbirussú, Riacho Uberaba, Rio São Francisco
e Córrego do Bonossú.
Características da barragem: Construída em 1971, com taludes de terra e com vertedouros e
bacia de dissipação em concreto. Tem altura de 12 m, Cota da crista de 32 m e cotas de operação
mínima de 24,9 m e máxima de 30,5 m. Capacidade de acumulação de até 120 milhões de m³.
Com vazão regularizada de 4 m³/s, abastece o lago da Represa Joanes I e parte da ETA principal
(1,7 m³/seg.). Esta represa conta também com a reversão de vazão do rio Jacuípe, a partir da

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construção da barragem de Santa Helena, cuja vazão regularizada será de 10,0 m³/se em última
etapa.
Captação: localizada no município de Simões Filho, a captação é feita por recalque para a
ETA Principal, localizada no distrito de Passagem dos Teixeira, Município de Candeias. O projeto
da captação do Joanes II foi elaborado para a vazão de final de plano de 8,8 m³/s, dividido sem
três etapas com vazões de 2,3 m³/s, 5,3 m³/s e 8,8 m³/s respectivamente.
5.11.2. Represa de Santa Helena
Esta represa foi implantada no rio Jacuípe e está localizada no município de Mata de São
João e é utilizada para alimentação da barragem Joanes II, de cujo lago é efetuado a adução de
reforço para a ETA Principal.
Características da barragem: localizada nas proximidades da localidade de Santa Helena, no
município de Dias D’Ávila. Foi construída em 2000, com taludes de terra e vertedouro em
concreto. Com altura de 27 m, a cota da crista da barragem é 23 m e cotas de operação mínima de
10 m e máxima de 20 m. Área inundável de 40,3 km² na cota de 20 m e volume acumulável de até
241 milhões dem³.
Captação é feita por recalque para a represa Joanes II, por meio de 6 conjuntos motor-
bombas de 1.400 CV, cuja adutora de água corta os municípios de Dias D’Ávila e a adutora de
água bruta Santa Helena/Joanes II se desenvolve nos municípios de Dias D’Ávila e Camaçari. A
partir da represa de Santa Helena é abastecida a indústria Braskem (1,0 m 3 /s).
P

Foto 5 – Barragem de Santa Helena

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Foto 6 – Barragem Santa Helena

5.11.3. Represa de Pedra do Cavalo


Localizada no limite dos trechos médio e baixo da Bacia Hidrográfica do Rio Paraguaçu,
principal recurso hídrico superficial do Estado, com extensão de 48 km ao longo do curso d´água,
abrangendo territórios de oito municípios das Regiões Econômicas do Paraguaçu e Recôncavo
Sul: Feira de Santana, Antônio Cardoso, Santo Estevão, Cabaceiras do Paraguaçu, Governador
Mangabeira, Cachoeira, Conceição de Feira e São Gonçalo dos Campos.
O lago de Pedra do Cavalo é formado por um barramento no rio Paraguaçu, a cerca de 40
km da sua foz e, aproximadamente, a 110 km da cidade de Salvador. As nascentes do rio Paraguaçu
situam-se no município de Barra da Estiva, aproximadamente a 1.200m de altitude, na serra do
Sincorá. Percorre cerca de 520 km até sua foz na parte oeste da Baía de Todos os Santos. Principais
afluentes: rios Piabas e Una, na margem direita, e rios Da Laje, Riachão, Baiano, Santo Antônio,
Boa Vista do Tupim, Capivari, Saracura, Do Peixe, Paratinga e Jacuípe, na margem esquerda.
Características da barragem: Localizada nas proximidades da ponte sobre o rio Paraguaçu,
na BR 101, município de São Félix. A cerca de 4 km à jusante da barragem localizam-se as cidades
de Cachoeira e São Félix.
Obra concluída em 1982, com barramento em terra e concreto. Altura da barragem é de
142,00m. Cotas de operação mínima de 108,00m e máxima de 120,00m. Área do
reservatóriode163,30 km na cota 120,02 m e volume de acumulação de 4.631 milhões de m³.
A Captação é feita na barragem de Pedra do Cavalo no município de Conceição da Feira.
Foi projetada para uma vazão de final de plano de 21,0 m³/s operando com 10 conjuntos moto-
bomba, 9 em paralelo e 1 de reserva. Na etapa atual (primeira etapa), a captação tem capacidade
para 6,8 m³/se de vazão e opera com quatro conjuntos moto-bomba, incluindo conjunto reserva,
cuja estrutura civil da estação elevatória já está pronta para as três etapas.
A maior parte desta vazão abastece a ETA Principal, cuja adutora de água bruta atende
também, em marcha, os municípios de Santo Amaro, Conceição de Jacuípe, Amélia Rodrigues e
as indústrias Petrobrás - RLAM e Dow Química.

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Foto 7 – Barragem de Pedra do Cavalo

Foto 8 – Barragem de Pedra do Cavalo

5.12. Situação atual do projeto


5.12.1. População beneficiada:

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Tabela 23 – População beneficiada perspectiva futura.


POPULAÇÃO DEMANDA MÁX DEMANDA MAX
ANO
(Hab.) DIÁRIA (L/s) HORÁRIA (L/s)
2012 208.416 653,07 979,60
2020 279.542 875,94 1.313,91
2030 452.714 1.418,57 2.127,86
5.12.2. Localidades atendidas:
Porção Nordeste do Município de Salvador, abrangendo os Bairros do Aeroporto, parte de
Areia Branca e Capelão, Cassange e Jardim das Margaridas e quase totalidade do Município de
Lauro de Freitas compreendendo os Bairros Caji, Itinga, Jardim Aeroporto, Jardim Caixa d´Água,
Jardim dos Pássaros, parte de Areia Branca e Capelão, Jambeiro, Quingoma, Vila Inglesa, Aracuí,
Buraquinho, Ipitanga, Jockey Clube, Loteamento Miragem, Pitangueiras, Portão, Vila Praiana,
Vilas do Atlântico e CIA mar.
5.12.3. Valor do investimento:
R$ 69.583.466,03 (base 2013)
5.12.4. Características técnicas do sistema:
✓ Manancial:

Rio Paraguaçu e Rio Joanes a partir de uma derivação da adutora de água tratada principal,
proveniente da ETA Principal do SIAA de Salvador, que compõe o Sistema Adutor de Pedra do
Cavalo.
•Incremento da vazão p/ final de plano – 664 l/s – 88 %
✓ Adutoras

Subadutoras de Água Tratada


Ampliação da Subadutora de Água Tratada existente, com diâmetros em série de DN 700,
600 e 500 que alimenta a câmara baixa do atual Centro de Reservação, localizado no Bairro do
Caji (R23A) em Lauro de Freitas, por meio da implantação de novas linhas de DN 700 e DN 600
em série, operando em paralelo às existentes.
A subadutora projetada será dividida em Subadutora 1, que se desenvolverá desde a
derivação da adutora vinda da ETA Principal até o Centro de Reservação R23B da CEASA, e
Subadutora 2, que se desenvolverá desde o Centro de Reservação R23B até o Centro de
Reservação R23A no Caji.
SUBAAT1 – será projetada uma nova linha em Ferro fundido, DN 700, que se desenvolverá
em paralelo a linha existente, até um determinado ponto, onde serão interligadas em uma caixa de
registros projetada, a partir da qual se desenvolverá uma única linha em Ferro fundido, DN 900,
até o Centro de Reservação R23B da CEASA.
SUBAAT2 – dos reservatórios apoiados de distribuição, R23B, se desenvolverá uma linha
em Ferro fundido, DN 700, até a caixa de derivação II, projetada. Desta caixa partirão 02 linhas
em Ferro fundido, DN 600. uma irá atravessar a BA 526 por meio de travessia subterrânea não
destrutiva), se desenvolvendo até a estrada da Areia, onde será interligada com a tubulação
existente em RPVC, DN 600 a outra seguirá até a caixa de interligação II, projetada.

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Tabela 24 – Características Técnicas da Subadutora de Água Tratada 1 Projetada _ Subaat1 - Trecho Derivação Adutora Principal até R23 B (CEASA)
Trecho Q (L/s) Material DN L (m) V (m/s)
Trecho 2 – Derivação da Adutora Principal até a Caixa de Interligação I Projetada 0,84 F°F°K7 700 5,107 2,12

Trecho 3 - Da Caixa de Interligação I Projetada até o Centro de Reservação R23 B 1,42 F°F°K7 900 210 2,16

Tabela 25 – Características Técnicas da Subadutora de Água Tratada 2 Projetada _ Subaat2 - Trecho R23 B (Ceasa) até R23 a (Caji)
Trecho Q (L/s) MATERIAL DN L (m) V (m/s)
Trecho 1 – Das Câmaras Baixas do R23B até a Caixa de Derivação II Projetada 0,86 FoFo K7 700 205 2,17
Trecho 2.1 – Da Caixa de Derivação II Projetada até a interligação com a linha
0,45 FoFo K7 600 169 1,55
existente em RPVC
Trecho 3 – Da Caixa de Derivação II Projetada até a Caixa de interligação II
0,41 FoFo K7 600 3.649 1,39
existente

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✓ Reservação

O presente Projeto considerou a implantação de um novo Centro de Reservação (R23 B) às


margens da rodovia CIA-Aeroporto (BA-526), nas proximidades da área da CEASA, o qual será
dotado de 02 (duas) câmaras baixas apoiadas com capacidade de 8.700 m3 cada e 01 (uma) câmara
elevada com capacidade de 500 m3.
Implantação da segunda câmara baixa do atual Centro de Reservação (R23A) localizado no
Bairro do Caji (R23 A) em Lauro de Freitas, também com capacidade de 8.700 m3, que será
interligada a câmara já implantada.
Considerando as unidades propostas no presente Projeto e a já instalada no Bairro do Caji,
o Setor R23 passará a contar com um volume total de reservação de 35.300 m3, desmembrado em
04 (quatro) câmaras baixas de 8.700 m3 cada e 01 (uma) câmara elevada de 500 m3.
✓ Estação Elevatória

Estação Elevatória de Água Tratada


O Reservatório Elevado de 500 m3 que comporá o novo Centro de Reservação (R23 B) será
alimentado a partir de uma Estação Elevatória de Água Tratada (EEAT) que succionará dos
Reservatórios Apoiados de 8.700 m3.

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Tabela 26 – Características Técnicas dos Conjuntos Elevatórios da EEAT do Centro de Reservação R23 B
Vazão por Conjunto (L/s) Altura Manométrica (m.c.a) Potência Instalada (CV) N° de Conjuntos
348,56 26,46 175 3(2+1R)

✓ Rede de Distribuição

Tabela 27 – Características da Rede de Distribuição Existente e Projetada


EXTENSÃO
DN EXISTENTE PROJETADA TOTAIS
ZONA BAIXA ZONA MÉDIA ZONA ALTA ZONA BAIXA ZONA MÉDIA ZONA ALTA
75 - - - - 538 2.166 2.704
100 - - - - 356 3.288 3.644
150 - - - - 1.711 5.259 6.970
200 9.625 - 3.630 - 214 5.856 19.325
250 14.121 - 1.750 - 2.779 1.281 19.931
300 7.355 - 275 6.148 1.731 2.161 17.670
350 4.469 - - - - - 4.469
400 9.487 - 2.256 7.104 4.656 8.684 32.187
500 4.096 - 4.735 401 - 2.052 11.284
600 5.820 - - 11.160 - 921 17.901
700 - - - 2.338 - 48 2.386
800 - - - 60 - - 60

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✓ Ligações Domiciliares

A Ampliação do Sistema de Abastecimento do Setor do R23 contemplará a implantação de


1.500 ligações domiciliares de abastecimento de água.

6. DIAGNÓSTICO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO


6.1. Serviços públicos de esgotamento sanitário
O item a seguir apresenta alguns aspectos pertinentes da situação atual desses serviços:
gestão, descrição dos sistemas de esgotamento sanitário, análise do desempenho dos processos de
tratamento de esgoto, aspectos da saúde pública, projeção populacional e demandas futuras e
análise da capacidade e adequação da infraestrutura de esgotamento sanitário existente em relação
aos aspectos legais pertinentes.
• Gestão: identificação e análise do planejamento, da prestação, da regulação, da fiscalização
e do controle social.

• Indicadores Financeiros dos Serviços de Esgotamento Sanitário: demonstrativo


econômico-financeiro feito com base em informações e indicadores de receita, despesas,
arrecadação e inadimplência, fundamentado em informações disponíveis no Sistema de
Informação de Saneamento fornecido pela Embasa .

• Sistemas de Esgotamento Sanitário: espacialização e caracterização operacional dos


equipamentos integrantes do SES e análise e espacialização de relatos de moradores.

• Soluções Individualizadas: caracterização e identificação de locais onde a implantação é


mais recomendada.

• Análise do desempenho dos processos de tratamento de esgoto: análise de efluentes das


Estações de Tratamento de Esgoto e enquadramento segundo Resoluções CONAMA 357 e
430.

• Demanda Atual e Futura dos Serviços de Esgotamento Sanitário: neste item é


apresentada a projeção da população urbana no horizonte de 20 (vinte) anos e comparado
com a capacidade de atendimento dos sistemas de esgotamento sanitário.

6.2. Resumo do andamento da obra dos sistemas de esgotamento em implantação


pela Embasa em Lauro de Freitas.
Para melhor compreensão a Embasa dividiu o andamento em Metas. As Fotos 30 a Foto 81
mostram as imagens do município de Lauro de Freitas e o andamento da execução da obra.
A Foto 30 mostra toda extensão da linha de recalque A seguir será apresentado um resumo

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dos dados da obra e do andamento da mesma. As obras encontras se bastante avançada com 42,3%
concluídas.
A seguir serão apresentados os dados e informações relativos ao projeto e obra.
6.2.1.Dados da obra:
• Contrato: 460005580/15
• Fonte de Recurso: Próprios /FGTS – PAC1
• Empresa: MAF
• Prazo contratual: 29/05/2020

6.2.2.Importância:
População Beneficiada: 469 mil hab.
Execução de 17.493 km de linha de recalque, 4 Elevatórias, 1 Chaminé de equilíbrio e 3
Torres de transição.
6.2.3.Investimento:
• Total Investimento: R$ 173,2 milhões
• Valor do Contrato: R$ 96,8 milhões
• Materiais: R$ 11,9 milhões
• Materiais OAS: 6,94 milhões

A Obra Contratada Contempla:


• Linha de recalque: 17.492 m
• Estações elevatórias: 04 unid.
• EEE BI/TB – Vazão de 1,17m³/s
• EEE Patamares – Vazão de 2,5 m³/s
• EEE PI-1 – Vazão de 0,011 m³/s
• EEE PI-BI – Vazão de 0,138 m³/s
• Torre de Transição: 03 unid.
• Chaminé de Equilíbrio: 01 unid.
• Rede Coletora: 6.696,26 m
• Ramais Prediais: 592 unid.
• Ligações Intradomiciliares: 2.962 unid.
• Rede Auxiliar: 13.809,05 unid.
6.2.4.A estrutura principal de transporte é divida em 4 trechos:
Trecho 1: 01 Est. Elevatória BI/TB
01 Torre de Transição
04 Travessia Aérea

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04 Travessia em MND
Trecho 2: 01 Torre de Transição
01 Travessia Aérea
01 Travessia em MND
Trecho 3: 01 Torre de Transição
01 Travessia Aérea
01 Travessia em MND
Trecho 4: 01 Est. Elevatória Patamares
01 Chaminé de Equilíbrio
03 Travessia Aérea
Bacia de Picuaia: 02 Estação Elevatória
As Foto 9 a Foto 16 mostram as bacias de contribuição, todo percurso do encaminhamento
e situação atual do andamento das obras.
Foto 9 – Metas do Esgotamento Sanitário

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Foto 10 – Bacias contempladas pelo esgotamento sanitário

Foto 11 – Traçado da linha de recalque

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Foto 12 – Trecho 1 (interferência com galerias)

Foto 13 – Trecho da saída da rede de recalque da estação elevatória

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Foto 14 – Trecho da ponte na passagem do rio ipitanga (Rede de recalque)

Foto 15 – Rede de recalque interferência do Rio Ipitanga/Aeroporto

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Foto 16 – Traçado da rede de recalque.

Foto 17 – Estação Elevatório de Esgoto (em execução)

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Foto 18 – Estação Elevatório de Esgoto (em execução)

Foto 19 – Estação Elevatório de Esgoto (execução de estaca raiz)

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Foto 20 – Estação Elevatório de Esgoto (lançamento de concreto jateado)

Foto 21 – Linha de recalque (proteção e sinalização na Av. 2 de Julho

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Foto 22 – Linha de recalque (Assentamento de tubos PRFV DN 900 mm)

Foto 23 – Linha de recalque (Escavação de vala)

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Foto 24 – Linha de recalque (Escoramento de tubos PRF DN 900 mm)

Foto 25 – Linha de recalque (Assentamento de tubos PRFV DN 900 mm)

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Foto 26 – Linha de recalque (Pavimentação Asfáltica)

Foto 27 – Linha de recalque (Pavimentação Asfáltica)

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Foto 28 – Linha de recalque (Pavimentação Asfáltica)

Foto 29 – Linha de recalque (Pavimentação Asfáltica)

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Foto 30 – Linha de recalque (Pavimentação Asfáltica)

Foto 31 – Linha de recalque (Pavimentação Asfáltica)

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Foto 32 – Linha de recalque (Pavimentação Asfáltica)

Foto 33 – Linha de recalque (Adensamento)

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Foto 34 – Linha de recalque (Assentamento de tubos PRFV DN 12000mm)

Foto 35 – Escavação e montagem de Túnel Line (Viaduto Maio Andreazza)

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Foto 36 – Escavação e montagem de Túnel Line (Viaduto Maio Andreazza)

Foto 37 – Escavação e montagem de Túnel Line (Viaduto Maio Andreazza)

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Foto 38 – Escavação e montagem de Túnel Line (Viaduto Maio Andreazza)

Foto 39 – Escavação e montagem de Túnel Line (Viaduto Maio Andreazza)

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Foto 40 – Escavação e montagem de Túnel Line (Viaduto Maio Andreazza)

Foto 41 – Assentamento de tubos FoFo DN 1200mm (Av. Orlando Gomes)

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Foto 42 – Execução da Caixa de Ventosa (Av. Orlando Gomes)

Foto 43 – Execução da Caixa de Ventosa (Av. Orlando Gomes)

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Foto 44 – Espera da Torre de Transição 03 (Av. Orlando Gomes)

Foto 45 – Espera da Torre de Transição 03 (Av. Orlando Gomes)

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Foto 46 – Assentamento de tubos PRFV DN1200mm

Foto 47 – Assentamento de tubos PRFV DN1200mm (Rua Rio Trobogi)

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Foto 48 – Assentamento de tubos PRFV DN1200mm (Rua Rio Trobogi)

Foto 49 – Traçado da Rede de Recalque

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Foto 50 – Trecho Aéreo 08 Interferência com Gás

Foto 51 – Trecho Aéreo 09

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Foto 52 – Linha de Recalque Utilização de ponteira filtrante (Rua Tamburugi)

Foto 53 – Linha de Recalque Assentamento de tubos PRFV (Rua Tamburugi)

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Foto 54 – Linha de Recalque Assentamento de tubos PRFV (Rua Tamburugi)

Foto 55 – Estação de Condicionamento Prévia (ECP) Jaguaribe

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7. SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DOMÉSTICO

A descrição e análise dos Sistemas de Esgotamento Sanitário (SES) foi fundamentada em


dados coletados do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS), do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa),
e Agencia Reguladora de Saneamento Básico (AGERSA) além de visitas à campo realizado no
sistema.
A seguir serão descritos teoricamente as principais técnicas e soluções adotadas pelo
Município de Lauro de Freitas-BA, dentre estas: rede coletora, Estações de Tratamento de Esgoto
Compactas, soluções individualizadas e rede coletora para ECP seguido de disposição oceânica
através de emissário submarino (em construção).
7.1. Rede coletora de esgoto
A rede coletora é o conjunto de tubulações e peças hidráulicas que coletam e transportam o
esgoto gerado até o tratamento ou destinação final, sendo formado principalmente por: ligação
predial, coletor de esgoto, coletor tronco, interceptor, e Estações Elevatórias de Esgoto (EEE).
• Ligação predial de esgoto: é o trecho de tubulação compreendido entre a caixa de inspeção
de ligação e o coletor público de esgoto

• Coletor de esgoto: é a tubulação da rede coletora que recebe contribuição de esgoto das
ligações prediais em qualquer ponto ao longo de seu comprimento

• Coletor tronco: é o coletor principal, que recebe a contribuição dos coletores secundários,
conduzindo os efluentes para um interceptor ou emissário.

• Interceptor: tubulação que recebe os coletores ao longo de sua extensão, não recebendo
ligações prediais diretas.

• Estação Elevatória de Esgoto (EEE): conjunto de equipamentos, em geral dentro de uma


edificação subterrânea, destinado a promover o recalque das vazões dos esgotos coletados a
montante.

Em locais onde há a dificuldade de implantar o sistema convencional devido a ruas estreitas


e becos, é implantado o sistema condominial.
O sistema condominial é destinado a um grupo de usuários que compartilham
serviços coletivos e foi desenvolvido em Pernambuco no início da década de 1980. Ele
possibilitou a construção de serviços de saneamento em bairros populares, impossíveis de
serem atendidos pelo Sistema Convencional (Henkes apud Melo, 2008, p.45).
O condominial é um sistema alternativo de coleta de esgoto sanitário que utiliza
ramais condominiais interligados ao coletor principal, instalado na via pública. No sistema
convencional, as ligações dos imóveis lançam o esgoto diretamente no coletor. Pelo
sistema condominial, as obras podem ser executadas em regime de mutirão pela
comunidade (SAAE, 2015).

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Figura 20 – Representação esquemática dos sistemas condominial

Figura 21 – Representação esquemática dos sistemas convencional

Tanto o sistema com rede coletora convencional quanto o condominial são soluções bem
apropriadas para locais com adensamento populacional, visto que não há espaço para implantação
de soluções individualizadas.
Além da tecnologia implantada um fator determinante é a vazão de infiltração na rede
coletora de esgoto. A vazão de infiltração (Qinf) constitui a água que adentra na rede coletora
através de tubos defeituosos, juntas, conexões, poços de visita etc. Usualmente, a vazão de
infiltração é quantificada na forma de uma taxa de infiltração por comprimento de rede. A
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em sua Norma Brasileira (NBR) 9649, cita a
faixa de 0,05 a 1,0 L/s.km (RECESA, 2008).
Devido à infiltração de água, as sobrecargas do volume ocasionam problemas para a
população e operação no sistema, tais como:
• Sobrecarga e diminuição da eficiência das operações das Estações de Tratamento de Esgoto;

• Aumento do custo do tratamento do esgoto;

• Retorno dos efluentes para as casas;

• Extravasamento de Estações Elevatórias de Esgoto e dos Poços de Visitas.

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A implantação de um medidor de vazão em cada Estação Elevatória de Esgoto possibilita


saber quanto de água está sendo infiltrada e, consequentemente, se existe alguma não conformidade
na rede coletora de esgoto.
7.1.1.ECP –Estação de Condicionamento Prévio e Sistema de Disposição Oceânica (SDO)
O esgoto sanitário coletado antes de ser conduzido para o emissário submarino é submetido
ao condicionamento prévio, ou seja, submetido ao tratamento para remoção dos materiais sólidos
e areias presentes no esgoto.
Segundo GOLÇALVES e SOUZA (1997) o emissário submarino, também conhecido como
Sistema de Disposição Oceânica (SDO) é um sistema destinado a promover o tratamento de
efluentes utilizando a capacidade potencial de autodepuração das águas marinhas para promoção
da redução das concentrações de poluentes a níveis admissíveis.
Segundo SUBITIL (2012) a utilização de Emissários Submarinos traz vantagens e
desvantagens:
7.1.1.1. VANTAGENS:

• Menor risco ambiental e de saúde pública se houver problemas operacionais;


• Maior confiabilidade operacional;
• Menor geração de resíduos sólidos e de odor
• Menor área requerida;
• Menor custo operacional.

7.1.1.2. DESVANTAGENS:

• Possibilidade de impacto no ambiente bentônico;


• Não permite a alternativa do reuso;
• Menor aceitabilidade pública.

Os emissários submarinos podem causar impactos ao meio ambiente se as normas de despejo


não forem obedecidas. Portanto, é fundamental o monitoramento dos corpos aquáticos receptores
de esgoto, visando a preservação do ecossistema.
7.1.2.Estação de tratamento de esgoto convencional
As Estações de Tratamento de Esgoto Convencionais são equipamentos do Sistema de
Esgotamento Sanitário que tratam o esgoto doméstico até a destinação final em corpos d’água.
Ocupam uma área relativamente grande e podem ser estruturadas de várias formas possíveis, dentre
estas as mais utilizadas são: lodo ativado e reator anaeróbio seguido de lagoas de estabilização,
quando bem operadas, apresentam um bom desempenho no tratamento do efluente doméstico.
7.1.3.Lagoas de estabilização
Segundo VON SPERLING (1991), a interpretação da cor predominante na lagoa de
estabilização pode esclarecer sobre as condições de seu funcionamento.

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Tabela 28 – Vinculação entre a cor da lagoa e a característica de funcionamento

Cor da Lagoa Interpretação


Verde escura e Presença pouco importante de outros microrganismos no efluente;
parcialmente Altos valores de pH e OD;
transparente Lagoa em boas condições.

Verde amarelada Crescimento de rotíferos, protozoários ou crustáceos, que se alimentam das


ou excessivamente algas, podendo causar a sua destruição em poucos dias;
clara Caso as condições persistam, haverá decréscimo do OD e eventual mau cheiro.

Sobrecarga de matéria orgânica e/ou tempo de detenção curto;


Acinzentada Fermentação na camada de lodo incompleta;
A lagoa deve ser posta fora de operação.
A lagoa está em processo de auto floculação, decorrente da elevação do pH e da
temperatura;
Verde leitosa
Precipitação de hidróxidos de magnésio e de cálcio, arrastando consigo
algas e outros microrganismos.
Excessiva proliferação de cianobactérias;
A floração de certas espécies forma natas que se decompõem facilmente,
Azul esverdeada
provocando a exalação de maus odores, reduzindo a penetração da luz e, em
consequência, diminuindo a produção de oxigênio.
Sobrecarga de matéria orgânica;
Marrom Presença de bactérias fotossintéticas oxidantes de sulfeto (requerem luz e
avermelhada sulfetos, utilizam CO2 como receptor de elétron, não produzem oxigênio e não
contribuem para a remoção de DBO).
(Fonte: Cetesb, 1989).

7.1.4.Aspectos construtivos das lagoas (Facultativa e Maturação)


NETO (1986), afirma que os taludes são de suma importância na minimização do efeito das
ondas, no controle da erosão e na contenção de plantas indesejáveis, sendo prudente a construção de
taludes reforçados entre 0,5 metros abaixo do nível da água e 0,5 metros acima necessitam de mais
proteção em virtude dos impactos causados pelas ondas.
A experiência mostra que quando a profundidade da lagoa é pequena (inferior a 0,6 metros),
plantas aquáticas (macrófitas) são capazes de deitar raízes até o fundo, desenvolvendo-se
rapidamente e causando florescimento aquáticos NETTO (1986).
As formas ideais para as lagoas são as retangulares, sem reentrâncias, sem baias, com cantos
arredondados e diques formando ângulos retos ou obtusos (ângulos agudos devem ser evitados,
pois os cantos por eles formados facilitam a acumulação indesejável de algas, impurezas flutuantes,
lodo, escuma etc.) NETTO (1986).
Esse parâmetro estabelecido de proteção foi devidamente atendido na construção das lagoas
facultativas e de maturação, conforme observado em visitas à campo.
De acordo com VON SPERLING (1991) a proporção geométrica (comprimento sobre a
largura) pede variar de 2 a 4. A proporção geométrica da Lagoa Facultativa e da Lagoa de
Maturação da ETE Barra do Pojuca é de 1,95 e 1,50, respectivamente, logo a proporção geométrica
da Lagoa Facultativa está ligeiramente inferior a 2, mas a de Maturação está muito abaixo da
proporção geométrica indicada por VON SPERLING, o que pode comprometer o funcionamento
do sistema.
Segundo Von Sperling (1991) a superfície da lagoa pode ser de qualquer formato, sendo

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prudente evitar áreas mortas (áreas sem circulação), o formato retangular é ainda o mais utilizado,
visto que otimiza o aproveitamento do espaço e facilita o escoamento hidráulico, é aconselhável a
construção das lagoas em pares a fim possibilitar a manutenção das lagoas.
Essas condições foram atendidas na integra na ETE Barra do Pojuca, visto que o formato da
lagoa é retangular e o sistema foi construído em 02 (dois) módulos.
Segundo NETTO (1986) a localização da lagoa de estabilização está condicionada a alguns
fatores como: disponibilidade de área, situação da área em relação a corpos d’água, e áreas
residenciais (no mínimo 300 metros), distância em relação ao sistema coletor, forma da área,
disposição em relação aos ventos e condições de acesso. Outro recurso que pode ser considerado
é a execução de uma faixa arborizada com árvores de porte diferenciado e crescente a jusante da
corrente de ventos mais predominante.
7.1.5.Lagoa facultativa
Segundo JORDÃO (2011) nas Lagoas Facultativas ocorre os processos de oxidação
bacteriológica (ocorre próximo à superfície) e redução fotossintética (mais abaixo da superfície),
a zona intermediária é dita facultativa, predominando os dois processos.
JORDÃO (2011) afirma que a cor da água esverdeada é um indicador de boas condições de
funcionamento das lagoas facultativas, indicam a presença de algas verdes como Chlamydomonas,
Euglenas e Chlorellas.
A profundidade das lagoas facultativas está na faixa de 1,20 a 1,50 metros, sendo que os
valores maiores são mais recomendados (JORDÃO, 2011).
7.1.6.Lagoa de maturação ou polimento
As lagoas de maturação são usadas ao final de um sistema clássico de lagoas de estabilização,
e através delas almeja-se a melhoria da qualidade do efluente anteriormente tratado. Vírus
entéricos, Bactérias, protozoários e Helmintos com eficiência de remoção de 99 a 100%.
Ela possui uma profundidade menor quando comparada com a lagoa facultativa. O
dimensionamento das lagoas de maturação é realizado com base na taxa de decaimento das
bactérias ou no tempo de detenção. A profundidade da lagoa de maturação entre 0,60 e 1,50
metros, evitando-se maiores profundidades e estratificações. Essa profundidade permite a
eficaz ação dos raios ultravioleta sobre os organismos presentes em toda a coluna d´água.
7.1.7.Estação de tratamento de esgoto compactas
As ETEs compactas são menores do que as ETEs convencionais, sua estrutura pode ser
fabricada com Plástico Reforçado com Fibra de Vidro (PRFV), no caso das ETES pré-moldadas,
ou em concreto armado, quando fabricadas in loco.
Segundo HARAGUCHI (2014), as ETEs compactas seguem os mesmos princípios de
tratamento de uma ETE convencional, porém, com dimensões menores para atender baixas vazões,
dentre as vantagens, podemos destacar: alta capacidade de remoção de carga orgânica (se bem
operadas), processo muito mais econômico do que os métodos tradicionais e facilidade de
instalação (ETEs compactas pré-moldadas).
Conforme, Von Sperling (1996), cada sistema deve ser analisado individualmente, adotando-
se a melhor alternativa técnica e econômica, a fim de otimizar o funcionamento da ETE compacta.
Cabe salientar que os fabricantes de ETE Compacta apenas garantem o atendimento aos
Artigos 18 e 19 de da Resolução CONAMA Nº 430:
Art. 17. O órgão ambiental competente poderá definir padrões específicos para o
parâmetro fósforo no caso de lançamento de efluentes em corpos receptores com registro
histórico de floração de cianobactérias, em trechos onde ocorra a captação para
abastecimento público.

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Art. 18. O efluente não deverá causar ou possuir potencial para causar efeitos tóxicos aos
organismos aquáticos no corpo receptor, de acordo com os critérios de eco toxicidade
estabelecidos pelo órgão ambiental competente.

Para atender os padrões de lançamento previsto nas Resoluções Nº 357 e Nº 430, é necessário
lançar mão da diluição do efluente e da capacidade de autodepuração do corpo hídrico onde está
ocorrendo o lançamento, os fabricantes das ETE’s Compactas não asseguram os padrões máximos
de lançamento.
7.1.8.Soluções individualizadas
As soluções individualizadas são adotadas em locais onde não há rede coletora de
esgotamento sanitário, sendo adotadas individualmente por cada morador.
Algumas soluções individualizadas como fossa séptica, fossa bananeiras, fossa econômicas
se bem implantadas e operadas é uma solução bem adequada para áreas com pouco adensamento
populacional.
A técnica a ser utilizada na solução individualizada geralmente depende do nível de instrução
e poder aquisitivo do morador, sendo que muitas vezes a solução adotada não são construídas e ou
operadas de forma correta, poluindo o solo e os recursos hídricos, sendo também fonte de
contaminação para os moradores locais.
Figura 22 – Algumas soluções individuais de esgotamento sanitário de Lauro de Freitas - BA.
Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2014.

Lançamento no solo em valas à céu


aberto

Lançamento em corpos hídricos


Esgotamento Sanitário
(Solução individual) Lançamento na rede de
drenagem

Fossa rudimentar

Fossa
séptica

7.1.9.Lançamento no solo em valas à céu aberto


Alternativa encontrada com maior frequência em locais mais carentes em que a população
não tem condições financeiras e econômicas para a construção soluções individualizadas
adequadas como fossas sépticas.
7.1.10. Lançamento na rede de drenagem
Encontrada em locais com maior adensamento urbano onde a população sem espaço para
construção de fossas ou sem condições financeiras, lançam o esgoto no sistema de drenagem já
existente.

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7.1.11. Lançamento em corpos hídricos


O lançamento em corpos hídricos pode ocorrer de forma direta com a tubulação lançando
diretamente em açudes, riachos, rios, lagos, lagoas, etc. ou de forma indireta como consequência do
lançamento em valas ou na rede de drenagem pluvial. O lançamento em corpos hídricos só é
permitido caso haja algum tipo de tratamento, conforme a Resolução do Conselho Nacional de
Meio Ambiente (CONAMA) nº 430, de 13 de maio de 2011:
“Art. 3º - Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados diretamente
nos corpos receptores após o devido tratamento e desde que obedeçam às condições, padrões
e exigências dispostos na referenciada resolução”.
7.1.12. Fossa ou taque séptico
Dispositivo de tratamento de esgotos destinado a receber a contribuição de um ou mais
domicílios e com capacidade de dar aos esgotos domiciliares um grau de tratamento compatível
com a sua simplicidade e custo.
7.1.13. Tanque séptico → sumidouro
Segundo a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal - CAESB (2010) o
sumidouro é um poço sem laje de fundo que permite a penetração do efluente da fossa séptica no
solo. O diâmetro e a profundidade dos sumidouros dependem da quantidade de efluentes e do tipo
de solo. Mas, não devem ter menos de 1 metro de diâmetro e mais que 3 metros de profundidade,
para simplificar a construção. Os sumidouros podem ser construídos de tijolo maciço ou blocos de
concreto ou ainda com anéis pré-moldados de concreto. A construção de um sumidouro começa
pela escavação de buraco, a cerca de 3 metros da fossa séptica e um nível um pouco mais baixo,
para facilitar o escoamento dos efluentes por gravidade.

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Figura 23 – Corte Sumidouro.

Fonte: CAESB, 2010.

7.1.14. Tanque séptico → valas de infiltração


Segundo a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal – CAESB (2010) as
valas de infiltração são recomendadas para locais onde o lençol freático é próximo a superfície.
Esse sistema consiste na escavação de uma ou mais valas, nas quais são colocados tubos de dreno
com brita, ou bambu, preparado para trabalhar como dreno retirando o miolo, que permite, ao
longo do seu comprimento, escoar para dentro do solo os efluentes provenientes da fossa séptica.
Segundo a CAESB (2010) o comprimento total das valas depende do tipo de solo e
quantidade de efluentes a ser tratado, em terrenos arenosos 8 metros de valas por pessoa.
Entretanto, para um bom funcionamento do sistema, cada linha de tubos não deve ter mais de 30 m
de comprimento. Dependendo do número de pessoas e do tipo de terreno, pode ser necessária mais
de uma linha de tubos/ valas.
Nota-se que essa solução requer muito espaço para sua implantação, desta forma só poderá
ser implantada em locais de baixo adensamento populacional, onde exista espaço suficiente ao
redor do domicilio.

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Figura 24 – Esquema valas de infiltração.

Fonte: CAESB, 2010.


Segundo a NBR 13.969, o número máximo de instalações do sistema Tanque Séptico
Vala de Infiltração deve ser limitado a (dez) 10 unidades por hectare, e deve ser respeitada
uma distância mínima vertical entre o fundo da vala de infiltração e o nível máximo da superfície
do aquífero de 1,5 metros.
7.1.15. Tanque séptico econômico
Segundo ALTATER (2008), o sistema Tanque séptico constitui uma solução
individualizada, em virtude de atender a apenas uma edificação. Assim como nas fossas sépticas
de alvenaria o tratamento do efluente nas fossas sépticas econômicas ficam a cargo de bactérias
anaeróbias e aeróbicas.
Para uma família de até cinco pessoas, são utilizadas três bombas. Grupos familiares maiores
precisam adicionar uma bomba para cada duas pessoas a mais. Interligada às demais por um sistema
de tubos e sifões, a primeira bomba recebe o esgoto que se sedimenta formando o lodo biológico.
As bactérias, também realizam digestão anaeróbia nas demais unidades, liberando um efluente
cada vez mais clarificado.
7.1.16. Fossa bananeira
É uma tecnologia utilizada para tratar as chamadas águas cinzas (pias, tanques e chuveiros),
onde beneficia a produção de bananas em escala humana. Tal tecnologia é indicada para as
localidades da zona rural onde predomina população dispersa e deve ser utilizada juntamente com
outra solução individualizada destinada ao tratamento de águas negras.
Segundo SABEL (2013), a fossa bananeira é uma tecnologia relativamente simples por ser
de fácil construção e manejo, sendo um elemento fundamental na habitação urbana, possui a
característica de tratar a água residual localmente e produzir alimentos.
Um aspecto vantajoso neste tipo de solução é o fato de que alguns poluentes presentes no
esgoto (nitrogênio, fósforo e potássio) servem de nutrientes para a bananeira e a água é reintegrada
ao ciclo hidrológico por meio da evapotranspiração, que no caso da bananeira a taxa de
evapotranspiração é muito alta.

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Figura 25 – Fossa de bananeira

7.1.17. Restrições construtivas e locacionais


A seguir é apresentado as restrições construtivas de acordo com a NBR - 7.229 - Construção
e Operação de Sistemas de Tanques Sépticos e NBR 13.969 - Unidades de Tratamento
Complementar e Disposição Final dos Efluentes Líquidos.
A Associação Brasileira de Norma Técnicas (ABNT) apresenta Normas Técnicas para
projeto, construção e operação de fossas sépticas e unidades complementares, com a NBR 7.229 -
Construção e Operação de Sistemas de Tanques Sépticos e NBR 13.969 - Unidades de Tratamento
Complementar e Disposição Final dos Efluentes Líquidos.
Segundo a NBR - 7.229, o uso do sistema de tanque séptico é indicado para:
a) Área desprovida de rede pública para coletora de esgoto;

b) Alternativa de tratamento de esgoto em áreas providas de rede coletora local;

c) Retenção prévia dos sólidos sedimentáveis, quando da utilização de rede coletora com
diâmetro e/ou declividade reduzidos para transporte de efluente livre de sólidos

149
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sedimentáveis.

A fossa séptica reduz a carga orgânica do esgoto a um grau de tratamento aceitável, sua
eficiência está ligada aos aspectos locacionais, construtivos e operacionais:
• Localização inadequada para as fossas;
• Dificuldade de locais adequados para a disposição do lodo removido;
• Negligência dos usuários;
• Falta de fiscalização dos órgãos competentes.
A seleção da solução individual a ser adotado deve considerar os seguintes fatores:
• Uso e ocupação do solo;
• Profundidade do lençol freático;
• Taxa de permeabilidade do solo;
• Localização da fonte de água de subsolo utilizada para consumo humano;

Segundo a NBR - 7.229 a localização das fossas sépticas deve observar as seguintes
distâncias horizontais mínimas:
a) 1,50 m de construções, limites de terreno, sumidouros, valas de infiltração e ramal predial de
água;

b) 3,0 m de árvores e de qualquer ponto de rede pública de abastecimento de água;

c) 15,0 m de poços freáticos e de corpos de água de qualquer natureza.

O efluente proveniente da fossa séptica necessitará de disposição final adequada, a NBR


7229 recomenda as seguintes soluções:
• Sumidouro;

• Vala de infiltração;

A NBR 7229 também recomenda a disposição final em corpos d’água, porém essa é uma
alternativa que tem um risco muito grande, uma vez que, a construção ou operação inadequada da
fossa pode contaminar o corpo d’água, enquanto que o lançamento no solo (sumidouro e vala de
infiltração) o impacto com o a contaminação é menor devido a capacidade de tratamento inerente
ao solo.
7.1.18. Características do solo
Para a utilização do solo como disposição do efluente das fossas sépticas é necessário o
conhecimento de um importante parâmetro, a capacidade de absorção do solo. Segundo Jordão e
Pessoa (2011) um dos métodos utilizados para a obtenção das características do solo é analisar a cor
do mesmo, solos cuja coloração está entre o marrom avermelhado e o amarelo, indicam que existem
condições favoráveis de oxidação e movimento de ar e água em seu seio, já os solos de tons
acinzentados possuem falta de aeração e movimentos restritos de ar e água.
Entretanto, os métodos que possuem maior confiabilidade são o ensaio de infiltração ou o
teste de absorção do solo com trado (não havendo assim a necessidade de escavação de valas,
principalmente quando há necessidade de atingir níveis mais profundos), ambos os métodos
realizados de acordo com a ABNT.
Cabe salientar que a característica do solo tem que ser confrontada com a altura do lençol

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freático, visto que, a taxa de permeabilidade do solo influencia diretamente nas dimensões da vala
de infiltração e do sumidouro, quanto mais permeável for o solo menor as dimensões, por
consequência a altura.
Assim, os locais mais prováveis para a implantação do tanque séptica seguidos de valas de
infiltração ou de sumidouro será definido de acordo limitações, dividindo-se em limitações
horizontais e verticais:
7.1.19. Distâncias horizontais:
a) Distância mínima de 1,5 metros: das construções e dos limites de terreno, do tanque séptico
em relação aos sumidouros ou da vala de infiltração e do ramal predial de água.

b) Distância mínima de 3,0 metros: das árvores e de qualquer ponto de rede pública de
abastecimento de água

c) Distância mínima de 15,0 metros: de poços freáticos e de corpos de água de qualquer natureza.

d) Em áreas com alto adensamento urbano (é permitido apenas em área de baixo adensamento
urbano, 10 domicílios por hectare):

7.1.20. Implantação após sondagem:


Essas regiões são áreas onde há a necessidade da investigação da altura do lençol freático,
devido às restrições em saber a altura do lençol freático, sendo vinculado com a liberação em
implantar fossas sépticas o estudo do nível do lençol freático.
Subsídios econômicos e técnicos serão necessário a fim de melhorar a qualidade das soluções
individuais encontradas em Lauro de Freitas-BA, atualmente, como pode ser verificado em
algumas visitas técnicas e relatos da população, as fossas sépticas são implantadas de forma
totalmente errada do que é preconizado, poluindo o meio ambiente e contaminando moradores.

8. SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITARIO


Este Diagnóstico compreende o levantamento da situação e descrição do estado atual do
sistema de esgotamento sanitário do Município do Lauro de Freitas, focando os aspectos
organizacional, estrutural e operacional, e suas dimensões quantitativas e qualitativas, relativos ao
planejamento técnico (plano diretor, estudos e projetos), à cobertura do atendimento, às
infraestruturas e instalações, às condições operacionais, à situação dos corpos receptores dos
efluentes de esgotos, à situação socioeconômica e às ações e soluções para satisfazer a parcela da
população não atendida pelo sistema público.
Em 2004 foi elaborado pelo Consórcio Geohidro/Higesa o estudo de Revisão e Atualização
do Plano Diretor de Esgotamento Sanitário de Salvador e Lauro de Freitas - RAPDES,
contemplando a necessidade de obras em 43 bacias que compõem o sistema ampliado de
esgotamento sanitário de Salvador e Lauro de Freitas, abrangendo a área total destes municípios,
totalizando 23.355,3 ha. O alcance dessa revisão do Plano é de 25 anos, de 2005 a 2030.
No RAPDES foi identificada a necessidade de implantação do emissário submarino do
Jaguaribe, tendo sido levantadas alternativas e cenários para sua execução, das quais resultou a
solução ora em fase final de implantação.

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O sistema de esgotamento proposto no RAPDES de 2004 contempla o atendimento das


cidades de Salvador e Lauro de Freitas e tem como solução de tratamento e destino final a
disposição oceânica por meio dos emissários submarinos do Rio Vermelho e do Jaguaribe. Das
alternativas estudadas para a implantação do SDO do Jaguaribe, resultou a que previa a Estação
de Condicionamento Prévio - ECP do Jaguaribe localizada num morro nas adjacências da Av.
Jorge Amado, ao lado do Museu de Ciências e Tecnologia da Bahia, nas imediações do Parque de
Pituaçu, onde efetivamente está sendo implantada.
Para a ECP do Jaguaribe serão conduzidos os esgotos provenientes de algumas bacias de
Salvador e a totalidade de Lauro de Freitas. Como será mostrado a seguir esse sistema já está sendo
construído e segundo a Embasa as obras estão com 60% concluídas. O Município de Lauro de
Freitas dispõe apenas de sistema isolados de tratamentos.
8.1. Discrição dos sistemas de esgotamento implantados e operados pela Embasa
em Lauro de Freitas.
O Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) do município de Lauro de Freitas é composto de
diversos sistemas isolados de tratamento, tanto em condomínios, como em áreas restritas por um
agrupamento populacional.
No período da fiscalização realizada pela AGERSA, no período de maio de 2014, a Embasa
informou que a empresa MAF Projetos e Obras LTDA, deu início a execução de obras de
implantação das redes coletoras de esgoto em diversas áreas da cidade, porém estas obras haviam
sido suspensas por conta de uma controvérsia judicial entre a empreiteira e Embasa.
A respeito dessa informação, a Embasa esclareceu que a mesma empresa, MAF Projetos e
Obras LTDA, retomou as obras de implantação das redes coletoras de esgoto, sendo, portanto,
sanado o impasse judicial anteriormente.
A partir das obras de implantação de rede de esgotos, é provável que uma boa parte das
plantas isoladas de tratamento seja desativada.
O município de Lauro de Freitas totaliza hoje, 47 estações de tratamento de esgoto,
atendendo a uma população de 81.672 habitantes, com uma quantidade de ligações ativas de esgoto
de 18.375 e com uma quantidade de economias ativas de esgoto de 27.273 dados do SNIS. O um
índice de coleta de esgoto é de 37,95% e sendo tratado 99,56% do que do coletado.
As ETEs possuem variados tipos de tratamento das águas residuais domésticas,
contemplando a utilização de reatores UASB (ou DAFAS - Digestores Anaeróbios de fluxo
ascendente), de Wetlands construídas e com plantas macrófitas, de estações compactas, de lagoas
aeradas e facultativas, dentre outras.
Na Tabela 29 a segui serão apresentadas algumas informações fornecida pela Embasa
relativas ao SES de Lauro de Freitas, como também fotos das principais ETEs.
Na Tabela 29 será mostrado a discrição dos sistemas de esgotamento já implantação pela
Embasa em Lauro de Freitas e as obras de ampliação e melhorias em esgotamento sanitário do
município de Lauro de Freitas, que a Embasa vem realizando. Estas intervenções beneficiarão não
só a sede do município de Lauro de Freitas, como também a região parcial da Paralela. O valor
orçado é em torno de R$ 200. Milhões
8.2. Informações Gerais sobre o SES de Laudo de Freitas
8.2.1.Rede coletora de esgoto
A Tabela 29 mostra as extensões, tipo de material e diâmetro das redes coletoras do sistema
SES em Lauro de Freitas e as fotos aéreas de:

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Tabela 29 – Fonte: Embasa, 2017.

Tipo Extensão (m) Material DN (mm)


Rede coletora 1779 PVC 100
Rede coletora 575 PVC 125
Rede coletora 101241 PVC 150
Rede coletora 681 PVC 200
Rede coletora 207 PVC 250
Rede coletora 22 PVC 300
Rede coletora 1416 PVC *
Foto 56 – Rede de esgotamento em Itinga

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

153
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Foto 57 – Rede de esgotamento – Loteamento Jardim Independência

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas

Foto 58 – Rede de esgotamento sanitário – Loteamento Jardim Cidade Nova

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas

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Foto 59 – Rede de esgotamento sanitário – Loteamento Jardim Cidade Nova (complemento)

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas

Foto 60 – Rede de esgotamento sanitário Portão

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas

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Foto 61 – Rede de esgotamento sanitário Portão

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas

Foto 62 – Rede de esgotamento sanitário Av Queira Deus

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Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas

8.2.2.Estações elevatórias de esgoto


A Tabela 30 mostra as localizações, vazões, alturas monométricas e potência de cada estação
elevatória do sistema SES em Lauro de Freitas.
Tabela 30 – Fonte: Embasa, 2017.

Operação Alt.
Vazão Potência
EEE Localização/Endereço (automatizada/ Manométrica
(m³/h) (CV)
com operador) (m.c.a. )

RESIDENCIAL
LAURO DE FREITAS
Areia branca
I e II (SETOR A E B), Automatizada 25,92 12 8,6
01
RUA CAPELÃO,
S/N.º.
RESIDENCIAL
LAURO DE FREITAS
Areia branca
I e II (SETOR C), Automatizada 12,24 8 2,2
02
RUA CAPELÃO,
S/N.º.
RUA DINAH
RODRIGUES,
Brisas de LOTEAMENTO
Automatizada 38,12 10,2 5,6
Itinga QUINTAS DO
PICUAIA, GLEBA C,
CAJI
Residencial Lauro De
Capelão Freitas, Fazenda Automatizada 17,5 13,2 8
Capelão.
Casas do Rua Gerino De Souza,
Automatizada 8,38 9,0 8
Bosque S/N - Lauro De Freitas
Rua Theócrito Batista,
Cittá Firenze Automatizada 21,6 8,0 8
Lotes 11 E 12, Caji.
AV. José Leite, Nº 119,
Quadra única, lotes 61
Cittá Ravena E 64, Loteamento Automatizada 80 13,5 3
Quintas do Picuaia,
Caji

157
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Tabela 31 – Fonte: Embasa, 2017.

Operação Alt.
Vazão Potência
EEE Localização/Endereço (automatizada/ Manométrica
(m³/h) (CV)
com operador) (m.c.a.)

Rua Professor
Cittá Toscana Theócrito Batista, Automatizada 20
Lotes 19 E 20, Caji
Elis Regina
Rua Rosemira Bastos,
(não possui Automatizada 13,14
Caji
elevatória)
Rua Caminhos das
Especiale Arvores, S/Nº, Lauro Automatizada 13,28 12 6
de Freitas
Rua Arlete Souza
Costa prox. Escola
Gileade Jovina Moreira rosa, Automatizada 4,64 8 02
Praia de Buraquinho,
Portão
Rua Raul Leite,
GRAN VILLE
Loteamento Quintas Automatizada 40,14 18 06
DAS ARTES
Do Picuaia, CAJI.
Rua paulo f. Dos
Pérola negra Automatizada
santos, itinga
Av. Santos Drummont,
Jardim ao lado do shopping
Automatizada 1,8 06 6,4
Botânico litoral norte, Estrada
do Coco.
Jardim
Tropical
Av. Brigadeiro Mário
Reserva da Epinghaus, glebas iv e
Automatizada 14,94 13,5 4
lagoa viii, antigo Jockey
Club
Rua Antônio Carlos
Riviera Magalhães, N.º 377, Automatizada 14,7 9 02
Buraquinho.
Rua São José, Nº 349,
Suncoast Automatizada 9,5 7 06
Centro

158
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Tabela 32 – Fonte: Embasa, 2017.

Operação Alt.
Vazão Potência
EEE Localização/Endereço (automatizada/ Manométrica
(m³/h) (CV)
com operador) (m.c.a.)

Rua José Leite, lote 71 A


Vila Atlântica 74, Loteamento Quintas Automatizada 8
Do Picuaia, Caji
VILA NOVA Rua Florisvaldo
DE PORTÃO Conceição, Vila Nova De
Automatizada 66 10,5 4
(02 - UASB C e Portão, (Final Da Rua,
D) Próximo A Creche HBB)
AV. BRIGADEIRO
Ville Costa dos ALBERTO COSTA
Automatizada 56 7 4
Coqueiros MATOS, Nº 167,
PORTÃO
RUAS DOS
Ville Lozath
MILAGRES, Nº 169, Automatizada 9,9 13,5 4
(esgoto bruto)
VILA PRAIANA
RUAS DOS
Ville Lozath
MILAGRES, Nº 169, Automatizada 9,9 13,5 4
(esgoto tratado)
VILA PRAIANA

8.2.3.Estações de tratamento de esgoto


A Tabela 33 mostra os nomes, descrição das unidades de tratamento das ETEs, localizações,
capacidade nominal, tipo de tratamento de lodo, do sistema SES em Lauro de Freitas.

159
CASAS DO BRISAS DE AREIA AREIA ALTO DO
CAPELÃO CAJI BRANCA BRANCA ÁRBORIS Nome da ETE
BOSQUE ITINGA PICUAIA
02 01
01(um) 01(um) 01(um) 01 (um) 01(um) 01(um) 01(um) 01(um)
GRADEAM GRADEAM GRADEAM GRADEAM GRADEAM GRADEAM GRADEAM GRADEAM Tipo da ETE
ENTO, ENTO, ENTO, ENTO, ENTO, ENTO, ENTO, ENTO,
01(um) 01(um) 01(um) 01(uma) 01(um) 01(um) 01(um) 01(um)
CAIXA DE CAIXA DE CAIXA DE CAIXA DE CAIXA DE CAIXA DE CAIXA DE CAIXA DE
12°52'11.6''
AREIA, 12°50'58.9''
AREIA, 12°52'53.7''
AREIA, 12°52'39.1'' AREIA, 12°50'30.9''
AREIA, 12°50'30.2'' AREIA, 12°52'45.2"
AREIA, 2°52'15.4'' AREIA, Localização e
01(uma) 01(um) 01(um) 01(uma) 01(uma) S/
01(uma) 01(um) S/
01(uma)
S/38°19'13. S/38°21'37. S/38°19'58. S/38°20'52'' S/38°20'06. S/8°17'53.8'' Coord.
ELEVATÓ ELEVATÓ UASB, ELEVATÓ ELEVATÓ 38°20'09'' W
ELEVATÓ ELEVATÓ 38°20'48.3"
ELEVATÓ geográficas
5'' W 2'' W 8''W W 1'' W W
RIA RIA 01(um) RIA DE RIA, RIA RIA W
RIA
BRUTO, BRUTO, ELEVATÓ ESGOTO 02(dois) BRUTO, BRUTO, BRUTO,05(
03(três) 06(seis) RIA DE BRUTO, UASB, 03(três) 01(um) cinco) Vazão Tratada
UASB, RAFA, ESGOTO 03(três) 02(dois) TQ UASB, UASB, UASB, (m3/h)
Município de Lauro de Freitas

03(três) TQ 03(um) TRATADO UASB, AERAÇÃO, 03(três) TQ 01(um) 05(cinco) Capacidade


2,33
AERAÇÃO, 4,88
RLA, 12,31 03(três) 3,40
02(dois) 7,20
AERAÇÃO, 3,33
CÂMARA 8,16
TQ Nominal (m³/h)
02(dois) 03(três) TANQUES DECANTA 03(três) ANOXICA, AERAÇÃO,
Disposição Disposição Disposição Disposição Disposição Tipo de
DECANTA
Disposição DECANTA DE DOR, DECANTA
Disposição 01(um) TQ Disposição
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05(cinco) Tratamento do
oceânica
DOR, oceânica
DORES. oceânica AERAÇÃO, oceânica
oceânica 02(dois)FIL oceânica
DOR, AERAÇÃO, oceânica
oceânica DECANTA
lodo
02(dois)FIL 01(um) 03(três) TRO 03(três)FIL 01(um) DOR,
Disposição Disposição Disposição Disposição Disposição Disposição Disposição Disposição Local de
TRO LAVADOR RUSSO, TRO DECANTA disposição do
oceânica oceânica oceânica DECANTA
oceânica oceânica oceânica oceânica 03(três)FIL
oceânica
RUSSO, DE GÁS DOR 02(dois) TQ RUSSO, DOR TRO lodo
02(dois) 01(um)
01(um)TQ SULFIDRI 01 (um)
01(um) SECUNDA 01(um)
DE 01(um)TQ 01(um)
03(três) 01(um) e
RUSSO
GRADEAM
DE GRADEAM
CO e GRADEAM GRADEAM RIO, GRADEAM
CONTATO. GRADEAM DE GRADEAM GRADEAM
03(três)TA
Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

CONTATO.
ENTO, 01(um)
ENTO, ENTO, 03(três)
ENTO, ENTO, CONTATO.
ENTO, ENTO, NQUES ENTO,DE Unidades do Pré-
01(um) 01(um)
TANQUE 01(um) 01(uma)
FILTROS 01(um) 01(um) 01(um) tratamento
01(um) CONTATO
CAIXA DE CAIXA DE DE CAIXA DE CAIXARUSSOS, DE CAIXA DE CAIXA DE CAIXA DE CAIXA DE
AREIA DESINFEC
AREIA AREIA 03(três)
AREIA AREIA AREIA AREIA AREIA,
ÇÃO UNIDADES
Tabela 33 – Registro das ETE’s Lauro de Freitas, 2017

06(seis)
DE Unidades de
03(três) RAFA, 01(um) 03(três) 02(dois) 01(um) UASB
03(três) Tratamento
UASB 03(um) UASB DESINFECUASB UASB UASB Primário
ÇÃO, UASB
RLA
03(três) TQ 03(três)
01(um) 02(dois) TQ 03(três) TQ 01(um) TQ 05(cinco)
03(três)
AERAÇÃO, TANQUES
TANQUE AERAÇÃO, AERAÇÃO, AERAÇÃO, TANQUE Unidades de
DECANTA DE Tratamento
02(dois) DE 02(dois) 03(três) 01(um) AERAÇÃO Secundário
DORES.
DECANTA AERAÇÃO,
DETENÇÃ DECANTA DECANTA DECANTA 05(cinco)
O DE

160
DOR, 01(um) 03(três)
01(um) DOR, DOR, DOR
CÂMARA DECANTA Unidades de
02(dois)FIL TANQUE SOLIDOS
DECANTA
TANQUE 02(dois)FIL 03(três)FIL ANOXICA DOR03(três Tratamento
TRO DE DOR
DE TRO TRO )FILTRO Terciário
RUSSO, DESINFEC SECUNDA
DETENÇÃ RUSSO, RUSSO, RUSSO e
02(dois) TQ ÇÃO RIO,
O 02(dois) TQ 03(três) TQ 03(três)TA
HORTO GRAN ESPECIAL ELIS CITTÁ CITTÁ CITTÁ Nome da
GILEADE
PARK VILLE DAS E REGINA TOSCANA RAVENA FIRENZE ETE
ARTES
02(dois) 01(um) 01(um) 01(um) 01(um) 01(um) 01(um) 01(um)
UASB EM GRADEAM GRADEAM GRADEAM GRADEAM GRADEAM GRADEAM GRADEAM Tipo da ETE
PARALEL ENTO, ENTO, ENTO, ENTO, ENTO, ENTO, ENTO,
O 01(um) 01(um) 01(um) 01(um) 01(um) 01(um) 01(um)
CAIXA DE CAIXA DE CAIXA DE CAIXA DE CAIXA DE CAIXA DE CAIXA DE
12°53'12.05' 12°53'02.2"
AREIA, 12°52'32.2''
AREIA, 12°53'41.5''
AREIA, 12°52'30.47
AREIA, 12°53'22.4''
AREIA, 12°53'09.6''
AREIA, 12°53'17.1"
AREIA, Localização
01(uma) 01(um) 01(uma) 01(um) 01(um) 01(uma) 01(um)ELE
'S/38°18'50. S/38°20'21. S/38°17'37. S/38°19'01. "S/38°20'7.2 S/8°20'19.4'' S/38°20'27. S/38°20'32. e Coord.
53''W ELEVATÓ
2"W ELEVATÓ
7'' W ELEVATÓ
5'' W UASB
4"W ELEVATÓ
W ELEVATÓ
6'' W VATÓRIA
8"W geográficas
RIA, RIA, RIA RIA RIA BRUTO,
24(vinte e 02(dois) BRUTO, BRUTO, 02 BRUTO, 01(um) Vazão
quatro) TQ UASB EM 01(um) (dois) 02(dois) UASB, Tratada
DE PARALEL UASB, UASB, 01 UASB, 01(um) (m3/h)
Município de Lauro de Freitas

AERAÇÃO, O 01(um) TQ (um) 02(dois) TQ TANQUE Capacidade


1,28 11,15TQ
02(dois) 1,29 3,69
AERAÇÃO, 3,65 5,58
FILTRO AERAÇÃO, 2,60
DE Nominal
DE 01(um) AERADO, 02(dois) AERAÇÃO, (m³/h)
Disposição Disposição Disposição Disposição Disposição Tipo de
Secretaria de Infraestrutura - SEINFRA

Disposição FLOCULA
Disposição Disposição DECANTA 01 (um) DECANTA 01(um) Tratamento
oceânica oceânica
ÇÃO, oceânica oceânica
DOR, oceânica
oceânica DECANTA oceânica
DOR, oceânica
DECANTA do lodo
Disposição Disposição
06(seis) Disposição 01(um)FILT DOR, 01 02(dois)FIL
Disposição Disposição Disposição DOR,
Disposição Disposição Local de
(um) TRO 01(um) disposição
oceânica DECANTA
oceânica oceânica RO oceânica
RUSSO oceânica oceânica oceânica oceânica
DORES, e TANQUE RUSSO e FILTRO do lodo
01(um)
02(dois) TQ 01(um) 01(um)
01(um)TAN 01(um) 01(um)
DE 01(um) 01(um)
02(dois)TA RUSSO,
GRADEAM GRADEAM GRADEAM
Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

DE QUE DE GRADEAM GRADEAM PRESSURI GRADEAM


NQUE DE GRADEAM
01(um) Unidades do
ENTO,
CONTATO ENTO, ENTO,
CONTATO ENTO, ENTO,
ZAÇÃO, CONTATO.ENTO, ENTO,
TANQUE Pré-
02(dois)
E01(um) 01(um) 01(um) 01(um) 01(um)
01(um) 01(um) 01(um)
DE tratamento
CAIXA
FILTRO DE CAIXA DE CAIXA DE CAIXA DE CAIXA TANQUE CAIXA DE
DE CAIXA DE CONTATO
AREIA
RUSSO AREIA AREIA AREIA AREIA
DE AREIA 01(um)
eAREIA
02(dois) 02(dois) DESINFEC CALHA Unidades de
UASB EM UASB EM 01(um) 01(um) , 02
ÇÃO 01(um)
(dois) 02(dois) PARSHAL
Tratamento
PARALEL PARALEL UASB UASB UAS UASB UASB
L Primário
Tabela 34 – Registro das ETE’s Lauro de Freitas, 2017 (Continuação)

O O
24(vinte e 01(um) TQ 01 (um) 02(dois) TQ 01(um)
Unidades de
quatro) TQ AERAÇÃO, FILTRO AERAÇÃO, TANQUE
Tratamento
DE 01(um) AERADO, 02(dois) DE Secundário
AERAÇÃO, DECANTA 01 (um) DECANTA AERAÇÃO,
02(dois) TQ DOR, DECANTA
01(um) DOR, 01(um) Unidades de

161
DE 01(um)FILT DOR, 01 02(dois)FIL DECANTA Tratamento
TANQUE
FLOCULA RO RUSSO (um) TRO DOR, Terciário
DE
ÇÃO, e TANQUE RUSSO e
DESINFE 01(um)
06(seis) 01(um)TAN DE 02(dois)TA FILTRO
CÇÃO
DECANTA QUE DE PRESSURI NQUE DE RUSSO,
JARDIM JARDIM ITINGA IPITANGA IPITANGA IPITANGA IPITANGA IPITANGA Nome da
TROPICAL BOTÂNIC (PÉROLA 5 4 3 2 1 ETE
O NEGRA)
01(um) 01(um) 01(um) 01(um) TQ 01(um) TQ 01(um) TQ 01(um) TQ 01(um) TQ
GRADEAM GRADEAM GRADEAM IMHOFF e IMHOFF e IMHOFF e IMHOFF e IMHOFF e Tipo da
ENTO, ENTO, ENTO,01(u 01(um) 01(um) 01(um) 01(um) 01(um) ETE
01(um) 01(um) m) CAIXA UASB UASB UASB UASB UASB
CAIXA DE CAIXA DE DE AREIA,
AREIA, AREIA, 01(um) 12°53'38.7"
12°53'2.36" 12°53'42.9" 12°53'31''S/ 12°53'40.1" 12°53'37.2" 12°53'36.1" 12°53'34.0" Localização
01(um)ELE 01(um) ELEVATÓ S/
S/38°19'57. S/38°19'50. 38°20'06.2'' S/38°19'35. S/38°19'32. S/38°19'32. S/38°19'31. e Coord.
VATÓRIA ELEVATÓ RIA, 38°19'34.3" Geográficas
17"W 1"W W 0"W 2"W 8"W 9"W
BRUTO, RIA e 01(um) W
01(um) 01(um) LAGOA
UASB, UASB ANAERÓB Vazão
Tratada
Município de Lauro de Freitas

01(um) IA e 01(um)
TANQUE 1 LAGOA (m3/h)
Capacidade
DE FACULTA
1,31 0,52 26,6 3,64 3,64 3,64 3,64 3,64 Nominal
AERAÇÃO, TIVA
Secretaria de Infraestrutura - SEINFRA

(m³/h)
01(um) Tipo de
Disposição Disposição Disposição
DECANTA Disposição Disposição Disposição Disposição Disposição
Tratamento
oceânica
DOR, oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica do lodo
01(um) Local de
Disposição Disposição Disposição Disposição Disposição Disposição Disposição Disposição
FILTRO disposição
oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica do lodo
RUSSO,
Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

01(um) 01(um) 01(um) Unidades do


GRADEAM
TANQUE GRADEAM GRADEAM Pré-
ENTO,
DE ENTO, ENTO,01(u tratamento
01(um)
CONTATO 01(um) m) CAIXA
01(um) TQ 01(um) TQ 01(um) TQ 01(um) TQ 01(um) TQ
CAIXA
e 01(um)DE CAIXA DE DE AREIA Unidades de
01(um) 01(um) IMHOFF e IMHOFF e IMHOFF e IMHOFF e IMHOFF e
AREIA
CALHA AREIA Tratamento
UASB UASB 01(um) 01(um) 01(um) 01(um) 01(um) Primário
PARSHAL
UASB UASB UASB UASB UASB
Tabela 35 – Registro das ETE’s Lauro de Freitas, 2017 (Continuação)

L,
01(um)
01(um)ELE 01(um)
TANQUE LAGOA Unidades de
VATÓRIA Tratamento
DE
TRATADO ANAERÓB
Secundário
AERAÇÃO, IA e 01(um)
01(um) 1 LAGOA Unidades de

162
DECANTA FACULTA Tratamento
DOR, TIVA Terciário
01(um)
FILTRO
RUSSO,
SANTA RESERVA RECREIO DE RECANTO RECANTO PRAIA DE Nome da
RIVIERA DA DAS DAS BURAQUI ETE
RITA 3 IPITANGA
LAGOA MANGUEI MANGUEI NHO
01(um) 01(um) 01 (um) 01(um) 01(um)
RAS II 01(um)
RAS I 04(quatro)
GRADEA GRADEAM GRADEAM GRADEAMENT GRADEAM GRADEAM UASB EM Tipo da ETE
MENTO, ENTO, ENTO, 01 O, 01(um) ENTO, ENTO, PARALEL
01(um) 01(um) (um) CAIXA DE 01(um) 01(um) O
12° 53'
CAIXA DE CAIXA DE AREIA, 01(um) CAIXA DE CAIXA DE Localização
CAIXA /
45.31''S AREIA, AREA, 01 UASB, 01 (um) AREIA, AREIA,
AREIA 12°52'15.6" 12°53'42.6'' 12°53'24.9'' 12°53'28.4'' 12°52'43.8'' e Coord.
DE38° 21' S/38°17'53. (um)
01(um) S/38°19'01. 12°53'16.7''
FILTRO RUSSO S/38°19'58.
01(UM) S/38°20'06.
01(UM) S/38°17'06. geográficas
e23.92''W
01(uma) ELEVATÓ CALHA S/38°19'34.9'' e 01 W UASB UASB
8"W 5'' W 7''W 0''W 0'' W
LAGOA RIA PARSHAL (um)CHICANA.
AERADA BRUTO, L, 01 (um) Vazão
Tratada
01(um) ELEVATÓ (m3/h)
UASB, RIA DE Capacidade
Município de Lauro de Freitas

15,95 01(um) ESGOTO Nominal


4,1
CÂMARA 4,15 07
BRUTO, 1,1 1,12 1,12 1,3 (m³/h)
Disposição ANOXICA, (sete) Tipo de
Disposição Disposição Disposição Disposição Disposição Disposição Tratamento
Secretaria de Infraestrutura - SEINFRA

oceânica 01(um) TQ UASB, 03 do lodo


oceânica
AERAÇÃO, oceânica
(três) oceânica oceânica oceânica oceânica
Disposição 01(um) TANQUES Local de
Disposição Disposição
oceânica DECANTA Disposição Disposição Disposição Disposição disposição
oceânica DE
oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica do lodo
01(um) DOR e AERAÇÃO,
(um)
01 (três)
03 01(um) 01(um)
GRADEA 01(um) 01(um) Unidades do
GRADEAM
TANQUE GRADEAM
DECANTA GRADEAM GRADEAM
Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

MENTO, GRADEAMENT Pré-


ENTO,
DE ENTO,
DORES01 e ENTO, ENTO, tratamento
01(um) (um) O, 01(um)
01(um) 01 (um) 01(um) 01(um)
CAIXA CONTATO DE CAIXA DE
CAIXA DE CAIXA
TANQUE CAIXA DE CAIXA DE
DE AREIA AREA, AREIA
01(uma) AREIA DE 01 AREIA AREIA
(um) Unidades de
CONTATO 04(quatro) Tratamento
LAGOA CALHA
01(um) UASB, 01(UM) 01(UM) UASB EM Primário
AERADA 01(um) (sete) PARSHALUASB
UASB 01 (um) UASB UASB PARALEL
Tabela 36 – Registro das ETE’s Lauro de Freitas, 2017 (Continuação)

L
O
01(um) TQ 03 (três) Unidades de
FILTRO RUSSO Tratamento
AERAÇÃO, TANQUES
e 01 Secundário
01(um) DE
(um)CHICANA
DECANTA AERAÇÃO, Unidades de

163
01(um)
DOR e 03 (três) Tratamento
CÂMARA
01(um) DECANTA Terciário
TANQUE DORES e
ANOXICA
DE 01 (um)
CONTATO TANQUE
VILA VILA VIDA VIDA UNIVILLA SUN Nome da
VILA RICA NOVA DE ATLÂNTIC TAHITI
NOVA BELA S COAST ETE
PORTÃO A
01(um) (0101(um)
- UASB 01 (um) 01(um) 02(duas) 01(um) 01(um) 01(um)
GRADEAM GRADEAM GRADEAM GRADEAM ELEVATÓ GRADEAM GRADEAM GRADEAM Tipo da ETE
A e B)
ENTO, ENTO, ENTO, 01 ENTO, RIAS DE ENTO, ENTO, ENTO,
01(um) 01(um) (um) 01(uma)
12°52'57.9" ESGOTO 01(um) 01(um) 01(um)
12°53'25.3''
CAIXA 12°51'45.9''
DE CAIXA 12°55'03.6''
DE CAIXA DE CAIXA DE 12°53'57.8"
BRUTO 12°53'25.1''
CAIXA DE CAIXA 12°54'04.0"
12° 52'DE CAIXA DE Localização
S
S/38°20'15.
AREIA, S/38°17'55. S/38°25'09. AREIA e
AREIA, AREIA, 01 /38°19'40.9" S/38°20'30.
COM S/38°18'40.
AREIA, 43.59''S/38°
AREIA, S/38°19'06.
AREIA, e Coord.
5'' W
01(uma) 0'' W
02(dois) 6''
(um)W 02(dois) 7" W
01(um) 6'' W
01(um) 21'01(um) 4"W
3.21''W 01(um)ELE geográficas
W
ELEVATÓ UASB ELEVATÓ LAGOAS GRADEAM UASB UASB VATÓRIA
RIA RIA DE FACULTA ENTO e CX BRUTO, Vazão
BRUTO, ESGOTO TIVAS EM DE AREIA 01(um) Tratada
03(três) BRUTO, 02 SÉRIE CADA, UASB, (m3/h)
Município de Lauro de Freitas

Capacidade
UASB,
3,44 0 (dois)
7,25 2,78 01(um)
4,12 11,14 0 01(um)
2,66 Nominal
02(dois) TQ UASB, 02 UASB, TANQUE (m³/h)
AERAÇÃO, (dois) 01(um) TQ DE Tipo de
Disposição Disposição Disposição Disposição Disposição Disposição Disposição Disposição
Secretaria de Infraestrutura - SEINFRA

02(dois) TANQUES AERAÇÃO, AERAÇÃO, Tratamento


oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica
DECANTA DE 01(um) TQ 01(um) do lodo
Disposição
DOR E 01 Disposição AERAÇÃO,
Disposição Disposição SEDIMENT
Disposição Disposição Disposição DECANTA
Disposição Local de
(um)TANQ 02 (dois) AÇÃO E DOR e disposição
oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica
do lodo
UE DE
01(um) 01(um) DECANTA
01 (um) 01(um) DESINFEC 01(um) 01(um) 01(um)
01(um)
01(um)
ÇÃO TANQUE
GRADEAM
CONTATO. GRADEAM GRADEAM DORES, 01 GRADEAM
GRADEAM GRADEAM GRADEAM GRADEAM Unidades do
Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

ENTO, ENTO, (um)


ENTO, 01 ENTO, DE
ENTO,
ENTO, ENTO e CX ENTO, Pré-
01(um) 01(um) TANQUE
(um) 01(um) CONTATO
01(um)
01(uma) DE AREIA 01(um) tratamento
CAIXA DE CAIXA DE CAIXA DE DE CAIXA DE
CADA CAIXA DE CAIXA DE CAIXA DE
AREIA AREIA DESINFECAREIA AREIA AREIA ARE AREIA
ÇÃO e 01 Unidades de
03(três) 02(dois) (um) (dois)
LEITO , 01(um) 01(um) 01(um) 01(um)
Tratamento
UASB UASB UASB
DE UASB UASB UASB UASB Primário
SECAGEM
Tabela 37 – Registro das ETE’s Lauro de Freitas, 2017 (Continuação)

02(dois) TQ 02 (dois) 02(dois) TQ 01(um)


Unidades de
AERAÇÃO, TANQUES LAGOAS AERAÇÃO, TANQUE
Tratamento
02(dois) DE FACULTA 01(um) TQ DE Secundário
DECANTA AERAÇÃO, TIVAS EM SEDIMENT AERAÇÃO,
DOR E 01 02 (um)
01 (dois) AÇÃO
SÉRIE DESINFEC 01(um) Unidades de
(um)TANQ DECANTA
TANQUE DECANTA Tratamento

164
ÇÃO
UE DE DORES
DE DOR e Terciário
CONTATO DESINFEC 01(um)
ÇÃO e 01 TANQUE
(um) LEITO DE
DE CONTATO
VIVENDAS VIVENDAS VILLE
YOLANDA VOG DO DO VILLE COSTA VILA Nome da
PIRES VILLE LOZATH VERDE ETE
ATLÂNTIC ATLÂNTIC DOS
01(um) 01 (um) O2
01(um) O1
01(um) 01(um) COQUEIR
01(um) 01(um)
GRADEAM UASB, 04 GRADEAM GRADEAM GRADEAM GRADEAM OS GRADEAM Tipo da ETE
ENTO, (quatro) ENTO, ENTO, ENTO, 01 ENTO, ENTO,
01(um) LAGOAS 01(um) 01(um) (um) 01(um) 01(um)
12°52'35.5"
CAIXA DE 12°53'40.6''
MACRÓFI 12°53'34.6"
CAIXA DE 2°53'39.6"S/ 12°53'56.7''
CAIXA DE CAIXA 12°53'07.3"
DE CAIXA 12°52'56.1''
DE CAIXA DE Localização
S/38°19'29.
AREIA, S/38°19'01.
TAS e 01 S/38°18'37.
AREIA, 38°18'43.5" S/38°18'34.
AREIA, AREIA, 01 AREIA, S/38°19'02. S/38°17'55.
AREIA, e Coord.
1"W
01(um) 9''
(um)W 8"W
01(um) W
01(um) 5''
(um)W 5"W
01(uma) 2'' W
02(dois) geográficas
UASB e CHICANA UASB UASB ELEVATÓ ELEVATÓ UASB
02(dois) RIA DE RIA Vazão
FILTROS ESGOTO BRUTO, Tratada
BRUTO, 02 01(um) (m3/h)
Município de Lauro de Freitas

Capacidade
UASB, 01 UASB,
3,38 4,13 1,41 1,41 2,77 2,11 0,45 Nominal
FILTRO 01(um) TQ (m³/h)
AERADO AERAÇÃO, Tipo de
Disposição Disposição Disposição Disposição Disposição Disposição Disposição
Secretaria de Infraestrutura - SEINFRA

SUBMERS 01(um) Tratamento


oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica
O, 01 DECANTA do lodo
Disposição Disposição Disposição Disposição DECANTA DOR,
Disposição Disposição Disposição Local de
DOR 01(um)FILT disposição
oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica oceânica
do lodo
SECUNDÁ RO RUSSO,
01(um) 01(um) 01(um) 01(um) 01(um) 01(um)

Fonte Embasa, 2017.


RIO, 01 01(um) TQ
GRADEAM GRADEAM GRADEAM GRADEAM GRADEAM GRADEAM
Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

TANQUE DE Unidades do
ENTO, ENTO, ENTO, ENTO, 01 ENTO, ENTO,
PULMÃO CONTATO. Pré-
01(um) 01(um) 01(um) (um) 01(um) 01(um) tratamento
PARA
CAIXA DE CAIXA DE CAIXA DE CAIXA DE CAIXA DE CAIXA DE
PRESSURI
AREIA AREIA AREIA AREIA AREIA AREIA
ZAÇÃO, 01
01(um) TANQUE Unidades de
UASB e 01 (um) 01(um) 01(um) DE 01(um) 02(dois)
02 UASB Tratamento
02(dois) UASB UASB UASB DESINFEC UASB UASB Primário
Tabela 38 – Registro das ETE’s Lauro de Freitas, 2017 (Continuação)

FILTROS ÇÃO E 01
01 FILTRO 01(um) TQ
ELEVATÓ Unidades de
04 (quatro) AERADO
RIA DE AERAÇÃO, Tratamento
LAGOAS SUBMERS
ESGOTO 01(um) Secundário
O,
DE 01 DECANTA
DECANTA
01 DOR, Unidades de
EFLUENTE

165
DOR
TANQUE 01(um)FILT Tratamento
TRATADO. Terciário
SECUNDÁ
DE RO RUSSO,
RIO
DESINFEC 01(um) TQ
ÇÃO DE
CONTATO
Município de Lauro de Freitas
Secretaria de Infraestrutura - SEINFRA
Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

8.2.4.Emissário e corpo receptor dos efluentes tratados


A Tabela 43 mostra os nomes da ETE, nome do corpo receptor, extinção do emissário e as
coordenadas dos pontos de lançamento dos efluentes tratados, do sistema SES em Lauro de Freitas.
Tabela 39 – Informações sobre as ETE’s.

EXTENSÃO
Nome da
CORPO RECEPTOR DO Coordenadas Ponto de Lançamento
ETE
EMISSÁRIO

ALTO DO
RIO PICUAIA 544,33 12°52'55.3"S 38°20'38.2"W
PICUAIA
RIACHO SEM
DENOMINAÇÃO
ARBORIS 178,00 12°52'13.7"S 38°17'51.2"W
AFLUENTE DO RIO
JOANES
AREIA
RIO IPITANGA 158,54 12°50'39.78''S 38°20'07.15''W
BRANCA 01
AREIA
RIO IPITANGA 158,54 12°50'39.78''S 38°20'07.15''W
BRANCA 02
BRISAS DE
85,90 12°52'37.7"S 38°20'49.9"W
ITINGA
ETE VIDA NOVA
CAJI 12°52'57.5"S 38°19'41.4"W
CÓRREGO -
AFLUENTE DO RIO
CAPELÃO 55,00 12º 51' 05,2''S 38º 21' 40,3''W
IPITANGA

CASAS DO RIO IPITANGA


12°53'17.6"S 38°20'31.8"W
BOSQUE
Fonte Embasa, 2017.

166
Município de Lauro de Freitas
Secretaria de Infraestrutura - SEINFRA
Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

Tabela 40 – Informações sobre as ETE’s. (continuação)

EXTENSÃO
Nome da
CORPO RECEPTOR DO Coordenadas Ponto de Lançamento
ETE
EMISSÁRIO
CITTÁ
184,93 12°53'05.0"S 38°20'31.2"W
RAVENA
CITTÁ CÓRREGO COROBA
12°53'24.4"S 38°20'19.4"W
TOSCANA
CÓRREGO SEM
ELIS NOME-AFLUENTE
20,00 12°52'28,2"S 38°20'4,5"W
REGINA DO RIO CAJI

CANAL IPITANGA 176,04


ESPECIALE 12°53'36.0"S 38°19'01.3"W
CÓRREGO
AFLUENTE DO RIO 16,00
GILEADE 12°52'31.7'' S 38°17'38.6'' W
IPITANGA

GRAN
RIO PICUAIA 126,00
VILLE DAS 12°53'04.8"S 38°20'20.8"W
ARTES
CORREGO
HORTO AFLUENTE RIO
PARK IPITANGA

IPITANGA RIO IPITANGA 21,30


12°53'34.5"S 38°19'29.7"W
1
IPITANGA RIO IPITANGA 21,30
12°53'36.7"S 38°19'30.7"W
2
IPITANGA RIO IPITANGA 21,30
12°53'37.7"S 38°19'31.2"W
3
IPITANGA RIO IPITANGA 21,30
12°53'40.0"S 38°19'32.1"W
4
Fonte Embasa, 2017.

167
Município de Lauro de Freitas
Secretaria de Infraestrutura - SEINFRA
Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

Tabela 41 – Informações sobre as ETE’s. (continuação)

EXTENSÃO
Nome da
CORPO RECEPTOR DO Coordenadas Ponto de Lançamento
ETE
EMISSÁRIO
IPITANGA RIO IPITANGA 21,30
12°53'41.2"S 38°19'32.7"W
5
ITINGA RIACHO AFLUENTE
(PÉROLA DO RIO IPITANGA 12° 53' 34.29468''S 38° 20' 0.80481''W
NEGRA)
JARDIM RIO IPITANGA 280,00
12°53'42.63''S 38°19'50.13''W
BOTÂNICO
JARDIM RIO SEM NOME 156,78
12°53'04.3"S 38°19'57.3"W
TROPICAL
PRAIA DE CÓRREGO SANBURÁ
10,00
BURAQUIN AFLU. RIO JOANES 12°52'39.6"S 38°17'07.7"W
HO
RECANTO CÓRREGO
DAS AFLUENTE DO RIO 2,50
12° 53' 28.24219''S 38° 20' 6.11179''W
MANGUEIR IPITANGA
AS I
RECANTO CÓRREGO
DAS AFLUENTE DO RIO 9,50
12° 53' 24.78945''S 38° 19' 58.81328''W
MANGUEIR IPITANGA
AS II

RIACHO GORÓ
RECREIO
(AFLUENTE DO RIO
DE 18,57 12°53'15,3"S 38°19'34,3"w
IPITANGA)
IPITANGA

RESERVA RIO IPITANGA


202,00 12°53'36.0"S 38°19'01.3"W
DA LAGOA
26,62
RIVIERA 12°52'13.7"S 38°17'51.2"W
SANTA RIO IPITANGA
RITA 3
Fonte Embasa, 2017.

168
Município de Lauro de Freitas
Secretaria de Infraestrutura - SEINFRA
Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

Tabela 42 – Informações sobre as ETE’s (continuação)

EXTENSÃO
Nome da
CORPO RECEPTOR DO Coordenadas Ponto de Lançamento
ETE
EMISSÁRIO

PV EXISTENTE QUE
SUN LANÇA NO RIO
12°53'51,4'' S 38°20'36,9'' W
COAST IPITANGA

CÓRREGO
AFLUENTE DO RIO
TAHITI
IPITANGA

CÓRREGO
AFLUENTE DO RIO 40,00
UNIVILLAS 12°53'26.7"S 38°18'41.5"W
IPITANGA

CÓRREGO
AFLUENTE DO RIO 20,00
VIDA BELA 12°53'58.9"S 38°20'30.6"W
JOANES

RIACHO AFLUENTE
VIDA
DO RIO IPITANGA
NOVA
VILA
RIO SEM NOME
ATLÂNTIC 12°53'14.0'' S 38°20'04.2'' W
A
VILA
NOVA DE RIACHO AFLUENTE
176,04
PORTÃO DO RIO IPITANGA
(01 - UASB
A e B)
RIACHO AFLUENTE
30,20
VILA RICA DO RIO PICUAIA 12°53'22,67"S 36°20'13,13"W

CÓRREGO
VILA AFLUENTE DO RIO 6,71
12° 53'13,3"S 38°17' 55,7''W
VERDE IPITANGA

Fonte Embasa, 2017.

169
Município de Lauro de Freitas
Secretaria de Infraestrutura - SEINFRA
Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

Tabela 43 – Informações sobre as ETE’s (continuação)

Nome da EXTENSÃO DO
CORPO RECEPTOR Coordenadas Ponto de Lançamento
ETE EMISSÁRIO

VILLE
RIO SEM NOME
COSTA DOS 176,04 12º53'6,46'' S 38º19'2,62'' W
COQUEIROS
RIO IPITANGA (PELA
VILLE
REDE DE DRENAGEM) 192,60 12°53'52.7"S 38°18'38.7"W
LOZATH
VIVENDAS
RIACHO AFLUENTE
DO
DO RIO IPITANGA 60,00 12° 53' 33.89673''S 38°18' 37.05877''W
ATLÂNTICO
1
VIVENDAS
RIACHO AFLUENTE
DO 15,00
DO RIO IPITANGA 12° 53' 39.11645''S 38°18' 43.73377''W
ATLÂNTICO
2
IPITANGA 152,00
VOG VILLE 12°53'36.0"S 38°19'01.3"W
YOLANDA RIO CAJI 39,87
12°52'34.8"S 38°19'28.5"W
PIRES
MORADA
DAS
CÓRREGO COROBA 43,00 12°53'25.3"S 38°19'57.7"W
FLORES

PORTÃO
DO RIACHO AFLUENTE
66,00 12°52'28.4"S 38°18'18.7"W
ATLÂNTIC DO RIO IPITANGA
O
CASAS DO
RIO IPITANGA 10,00 12°52'11.1"S 38°19'11.0"W
BOSQUE
ALTO DO
RIO CAJI 14,00 12°52'35.55" S 38°12'22.88"W
CAJI B
Fonte Embasa, 2017.

8.2.5.Principais ETEs de Laudo de Freitas


Como descrita no item anterior a Embasa opera atualmente, 47 estações de tratamento de
esgoto em Lauro de Freitas. As fotos a seguir mostram as principais ETEs do sistema SES em
Lauro de Freitas.

170
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Figura 26 – ETE – Ville Lazath

Figura 27 – ETE – Vivendas do Atlantico I e II

171
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Figura 28 – ETE – Vivendas do Atlantico I e II

Figura 29 – ETE – Iolanda Pires

172
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Figura 30 – ETE – Especiale

Figura 31 –ETE – Gileade

173
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Figura 32 – ETE – Vila Verde

Figura 33 – ETE –Costa dos Coqueiros

174
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Figura 34 – ETE – Casa dos Bosques

Figura 35 – ETE - Capelão

175
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Figura 36 – ETE – Firenze

Figura 37 – ETE – Jardim Tropical

176
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Figura 38 – ETE - Recanto das Margaridas I e II

Figura 39 – ETE - Recanto das Margaridas I e II

177
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Figura 40 – ETE – Recanto de Ipitanga

8.3. Estimativa da demanda de abastecimento de água e geração de esgoto


Sanitário.
A Tabela 44 mostra a demanda de abastecimento de água e a Tabela 44 mostra estimativa da
geração de esgoto sanitário calculada com base na demanda de água, em um critério mais
conservador, visando à segurança das previsões, admitindo-se a manutenção dos valores atuais das
perdas físicas ao longo do período de alcance do Plano e considerando que 80% da água se torna
esgoto sanitário. Os valores foram extraídos do estudo de demanda apresentado foi elaborado em 17
de fevereiro de 2014 pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (SEDUR) com
a GEOHIDRO.
Como pode ser verificado nos Quadros 7.8 e 7.9 que a demanda média de água e aeração
média de esgoto sanitário em 2040, ou seja, daqui a 23 anos é de 901,08 l/s = 0,9 m3/s e 720,86
l/s = 0,72 m3/s respectivamente.

178
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Tabela 44 – Evolução das Demandas Residenciais e Não Residenciais por Zona de Abastecimento
CENÁRIOS ZONA DADOS ANO 2015 ANO 2020 ANO 2025 ANO 2030 ANO 2035 ANO 2040
PER CAPITA (L/hab.
276 276 276 276 276 276
Dia)
44UMB POPULAÇÃO (hab.) 97.786 111.475 125.293 138.891 152.559 166.175
DEMANDA (L/s) 374,95 427,43 480,42 532,56 584,96 637,17
PER CAPITA (L/hab.
236 236 236 236 236 236
Dia)
45UMB POPULAÇÃO (hab.) 82.679 89.701 96.840 103.819 110.862 117.875
DEMANDA (L/s) 271,34 294,39 317,82 340,72 363,84 386,85
SEM
PER CAPITA (L/hab.
REDUÇÃO 270 270 270 270 270 270
Dia)
DE
48UMB POPULAÇÃO (hab.) 5.159 6.995 8.836 10.659 12.485 14.304
PERDAS
DEMANDA (L/s) 19,36 26,25 33,16 40,00 46,86 53,68
PER CAPITA (L/hab.
276 276 276 276 276 276
Dia)
79UMJ POPULAÇÃO (hab.) 594 663 731 799 867 935
DEMANDA (L/s) 2,28 2,54 2,80 3,06 3,32 3,58
POPULAÇÃO TOTAL (hab.) 186.219 208.833 231.701 254.168 276.773 299.289
DEM. MED. TOTAL (L/s) 556,61 625,51 695,17 763,62 832,48 901,08
DEM. MAX. DIARIA TOTAL (L/s) 667,93 750,61 834,20 916,34 998,98 1.081,29
Zona UNB – Unidade regional da Bolandeira
Zona UNJ – Unidade regional de Pirajá

Tabela 45 – Evolução das Geração de Esgoto Sanitário Residenciais e Não Residenciais

CENÁRIOS ZONA DADOS ANO 2015 ANO 2020 ANO 2025 ANO 2030 ANO 2035 ANO 2040

PER CAPITA
220,8 220,8 220,8 220,8 220,8 220,8
(L/hab. Dia)
POPULAÇÃO
78.228,80 89.180,00 100.234,40 111.112,80 122.047,20 132.940,00
44UMB (hab.)
DEMANDA
229,96 341,94 384,34 426,05 467,97 509,74
(L/s)
PER CAPITA
188,80 188,80 188,80 188,80 188,80 188,80
SEM (L/hab. Dia)
REDUÇÃO POPULAÇÃO
66.143,20 71.760,80 77.472,00 83.055,20 88.689,60 94.300,00
DE 45UMB (hab.)
PERDAS DEMANDA
217,07 235,51 254,26 272,58 291,07 309,48
(L/s)
PER CAPITA
216,00 216,00 216,00 216,00 216,00 216,00
(L/hab. Dia)
POPULAÇÃO
4.127,20 5.596,00 7.068,80 8.527,20 9.988,00 11.443,20
48UMB (hab.)
DEMANDA
15,49 21,00 26,53 32,00 37,49 42,94
(L/s)

179
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PER CAPITA
220,80 220,80 220,80 220,80 220,80 220,80
(L/hab. Dia)
POPULAÇÃO
475,20 530,40 584,80 639,20 693,60 748,00
79UMJ (hab.)
DEMANDA
1,82 2,03 2,24 2,45 2,66 2,86
(L/s)
POPULAÇÃO TOTAL
148.975,20 167.066,40 185.360,80 203.334,40 221.418,40 239.431,20
(hab.)
DEM. MED. TOTAL
445,29 500,41 556,14 610,90 665,98 720,86
(L/s)
DEM. MAX. DIARIA
534,34 600,49 667,36 733,07 799,18 865,03
TOTAL (L/s)
Zona UNB – Unidade regional da Bolandeira

9. DIAGNÓSTICO DRENAGEM
9.1. Situação atual – canais de drenagem
9.1.1.Canal Jardim dos Pássaros
O canal do Jardim dos Pássaros está situado em seu trecho inicial paralelamente à Rua
Doutor Gerino de Souza Filho e às duas adutoras do sistema Joanes/Ipitanga, uma em aço e outra
em concreto armado com diâmetros da ordem de 1.500 mm, acompanhando o muro do condomínio
Jardim dos Pássaros.
Foto 63 – Trecho inicial do Canal Jardim dos Pássaros

Fonte: MDCI – CONDER

180
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Foto 64 – Área onde está localizado o trecho final do Canal Jardim dos Pássaros

Fonte: MDCI – CONDER


Sob a Rua Alagoas consiste em duas manilhas de 1.400 mm de diâmetro, cuja capacidade
de escoamento é insuficiente para conduzir as vazões afluentes relacionadas a chuvas moderadas
e intensas. A Foto 65 exposta a seguir mostra o lançamento destas manilhas no Rio Ipitanga.
Foto 65 – Dispositivo de lançamento do Canal Jardim dos Pássaros no Rio Ipitanga

Fonte: MDCI – CONDER

181
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Foto 66 – Passagem do Canal Caji da Urbis sob duas adutoras do Sistema Joanes/Ipitanga

Fonte: MDCI – CONDER

Foto 67 – Passagem do Canal Caji da Urbis sob duas adutoras do Sistema Joanes/Ipitanga

Fonte: MDCI – CONDER

182
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Foto 68 – Trecho canalizado entre a Estrada do Coco e a Rua Alagoas

Fonte: MDCI – CONDER

Foto 69 – Lançamento do Canal Caji da Urbis no Rio Ipitanga

Fonte: MDCI – CONDER

9.1.2.Canal Santa Júlia


Neste canal a ocupação corresponde a um córrego tributário do Canal Jardim dos Pássaros
que corre na quadra situada entre as ruas Jaciara Ferreira Freitas e Joelma Mendes pelos fundos de
lotes residenciais e comerciais de pequeno porte. E intensa as edificações nessas ruas, de tal forma

183
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que o córrego é praticamente inacessível neste trecho. A Foto 70 exposta a seguir mostra a
ocupação urbana nas margens do córrego.
Foto 70 – Ocupação residencial nas margens do Canal Santa Júlia

Fonte: MDCI – CONDER

Foto 71 – Ponto de confluência entre os canais Santa Júlia e Jardim dos Pássaros

Fonte: MDCI – CONDER

184
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9.1.3.Canal Lagoa dos Patos


Na montante, o canal Lagoa dos Patos a seção de montante localiza-se no interior da quadra
delimitada pelas ruas São Miguel e Emanoel Paranhos e pela Travessa Salvador, no bairro Parque
Jockey Clube. Neste trecho, o córrego percorre um fundo de vale densamente ocupado por
edificações onde residem, prioritariamente, famílias com baixo ou médio poder aquisitivo. O canal
é fechado apenas numa extensão de aproximadamente cento e cinquenta metros, desenvolvendo-
se por um beco; deste ponto em diante, caracteriza-se por um córrego a céu aberto, sem facilidades
de acesso viário para sua limpeza ou manutenção (ver exposta a Foto 72 seguir).
Foto 72 – Trecho inicial do Canal Lagoa dos Patos

Fonte: MDCI – CONDER

185
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Foto 73 – Trecho Final do Canal Lagoa dos Patos, marginal à Rua José Ribeiro da Silva

Fonte: MDCI – CONDER

Canal Lagoa dos Patos e o Rio Sapato tem corpo receptor das águas (para o qual aflui de
modo perpendicular, conforme ilustrado na Foto 74Foto 73 exposta a seguir). O Rio Sapato corre
paralelamente ao mar e efetua o lançamento na Praia de Buraquinho, juntamente com a foz do Rio
Joanes.
Foto 74 – Confluência entre o Canal Lagoa dos Patos e o Rio Sapato

Fonte: MDCI – CONDER

186
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9.1.4.Canal Jaraguá
O córrego a ser canalizado tem início na Rua Domingos dos Santos, na localidade de
Itinga/Vila de Senna. O canal se desenvolve por becos e pelo fundo de lotes residenciais e
comerciais pertencentes à quadra delimitada pelas ruas Eclenilton do Nascimento, Catarina
Menezes e Doutor Gerino de Souza Filho, como é possível constatar mediante análise da Foto 75
exposta a seguir. Neste segmento inicial há, inclusive, algumas edificações situadas sobre o curso
d’água.
Foto 75 – Beco para passagem do Canal Jaraguá

Fonte: MDCI – CONDER

187
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Foto 76 – Vista do Canal Jaraguá no trecho paralelo às adutoras

Fonte: MDCI – CONDER

9.1.5.Canal Xangô Oxalá


O córrego drena localidades como Jardim Tarumã, Pouso Alegre, Jardim Cidade Nova e
Xangô Oxalá, em Lauro de Freitas. Seu traçado se inicia na Rua Juarez Magalhães e segue pela
Rua Theotônio Vilela até o cruzamento com a Rua Emílio Médici, sendo os primeiros 300 m sob
a forma de canal aberto e o trecho restante, com aproximadamente 150 m, fechado com tampas de
concreto pré-moldado (ver Foto 77, Foto 78 expostas a seguir).
Foto 77 – Canais aberto e fechado ao longo da Rua

188
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Fonte: MDCI – CONDER

Foto 78 – Canais aberto e fechado ao longo da Rua

Fonte: MDCI – CONDER

Após a travessia sob a Rua Emílio Médici, o canal atravessa algumas quadras residenciais,
com seção retangular revestida aberta e com traçado sinuoso (como mostra a Foto 79 exposta a
seguir), contornando edificações construídas em suas margens, numa extensão de cerca de 250 m.
As águas são contaminadas e em seu leito verifica-se a presença de resíduos sólidos e depósitos
de material particulado.

189
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Foto 79 – Terceiro trecho do Canal Xangô Oxalá, aberto e revestido

Fonte: MDCI – CONDER

As contribuições deste canal reúnem-se com as de outro córrego (José Venful), situado em
talvegue adjacente, na seção de montante do Riacho Goró, também canalizado, tributário do Rio
Picuaia.

190
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9.1.6.Canal Fazendão
Na quadra situada entre as ruas Paulo Santana e João do Carmo Souza trata-se de um
talvegue que corre (no Loteamento Jardim Metrópole) pelos fundos de lotes residenciais e
comerciais de pequeno porte. Seu leito encontra-se assoreado e verifica-se a presença de resíduos
sólidos, além de lançamentos indevidos de esgotos domésticos, como se pode observar por meio
da Foto 80 exposta a seguir.
Foto 80 – Confluência entre o Canal Lagoa dos Patos e o Rio Sapato

Fonte: MDCI – CONDER


Depois da travessia sob a Rua Cleonice Bastos, o córrego efetua uma inflexão com ângulo
de aproximadamente noventa graus, com curvatura de raio reduzido, ainda confinado pela
ocupação urbana. Existem gradeamentos improvisados no seu caminhamento, como mecanismo
paliativo para retenção dos resíduos em trânsito. O traçado segue pelo interior da quadra delimitada
pelas ruas Cleonice Bastos e Carmelita Santos até acessar o Centro de Treinamento Osório Vilas
Boas, do Esporte Clube Bahia, conhecido como “Fazendão”.

191
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Foto 81 – Lançamento do Canal Fazendão no Rio Areia

Fonte: MDCI – CONDER

Bem na confluência entre os dois cursos d’água o traçado do Rio Areia é “empurrado” por
edificações contra a Rua Antônio Fernandes para, posteriormente, retornar ao alinhamento
original, num traçado estreito e sinuoso que representa um problema para o escoamento do fluxo.
A questão só não é mais grave porque, a montante deste ponto, a ocupação urbana no fundo do
vale é ainda incipiente. A Foto 82 exposta a seguir registra a ocupação urbana nas margens do Rio
Areia em local próximo à chegada do Canal Fazendão.

192
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Foto 82 – Rio Areia, em local próximo ao acesso ao Centro de Treinamento do Esporte Clube Bahia

Fonte: MDCI – CONDER

9.1.7.Canal Japonês
No início na Rua Vitória da Conquista o córrego tem, numa localidade conhecida como Vila
Praiana/Santos Dumont. Em seu traçado, percorre uma área de ocupação informal, onde residem
famílias de baixo poder aquisitivo principalmente, numa extensão de aproximadamente 850 m, até
o lançamento no Canal Lagoa dos Patos.
Há longos trechos em que o canal é coberto por edificações; nos segmentos em que corre ao
ar livre, praticamente não se verificam vias marginais – quando muito, há becos – que viabilizem
a adequada realização de operações de limpeza, dragagem e manutenção das estruturas de
drenagem existentes. Decorrente do confinamento das margens em função da ocupação urbana
aleatória, o caminhamento é bastante sinuoso

193
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9.1.8.Canal do Horto
O Canal do Horto é afluente do Canal Jaraguá, descrito anteriormente no corpo deste
documento. Sua bacia de contribuição abrange localidades como Itinga/Alto de Itinga e o
Loteamento Jardim Metrópole.
O primeiro trecho do córrego corresponde a uma área brejada, ainda preservada (em certo
nível) da ocupação urbana de entorno. Neste trecho tem seção retangular revestida com alvenaria
de pedra, alternando segmentos abertos (entre os lotes) e fechados, nas travessias sob o sistema
viário local. A extensão deste trecho é de aproximadamente 150 m. Em seguida, atravessa
perpendicularmente um conjunto de quadras residenciais percorrendo laterais de lotes, num
caminhamento confinado pelas edificações.
A Foto 83 exposta a seguir ilustra o segundo trecho do canal, executado entre lotes, no qual
se observa o lançamento de efluentes sanitários em seu leito.
Foto 83 – Vista do Canal do Horto entre edificações, com lançamentos indevidos de efluentes sanitários e
deposição de sedimentos em seu leito

Fonte: MDCI – CONDER

9.2. Vale do Rio Ipitanga e Reservatórios de Amortecimento.


• Vale do Rio Ipitanga entre a Represa Ipitanga I e o Reservatório 01

Na jusante da barragem da Represa Ipitanga I o rio encontra-se retificado, por meio de um


canal de seção retangular aberta revestido com alvenaria de pedras, numa extensão de
aproximadamente cem metros. A Foto 84 exposta a seguir mostra a barragem da Represa Ipitanga
I e o canal de saída do Rio Ipitanga.

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Foto 84 – Barragem da Represa I e canal de saída do Rio Ipitanga

Fonte: MDCI – CONDER

Passa em sentido paralelo à via de serviço da EMBASA que dá acesso à represa, até a
travessia sob a Estrada do Fidalgo, definida por uma galeria retangular cuja seção de montante está
ilustrada na Foto 85 exposta a seguir.

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Foto 85 – Galeria para travessia do Rio Ipitanga sob a Estrada do Fidalgo

Fonte: Extraído do software Google Street View.

Em local próximo à Terceira Travessa Vale do Ouro verifica-se a presença de edificações


esparsas, dispostas às margens do rio. Após este ponto, o rio segue em direção ao espaço reservado
para instalação do primeiro reservatório de amortecimento em seu curso natural, caracterizado por
um traçado sinuoso, com alguns meandros e densa mata ciliar.

196
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• Reservatório de amortecimento 01

A área destinada ao Reservatório 01 está situada em local a jusante da barragem da Represa


Ipitanga I, distante cerca de um quilômetro desta, e é delimitada pela Rua Vale do Ouro e Rua
Entre Rios (ambas na extremidade esquerda) e pela Travessa Sargento Medeiros e Avenida
Eliomar Baleeiro, na localidade Cassange.
Consiste numa região de fundo de vale com predominância de vegetação rasteira e, nas
proximidades do leito do Rio Ipitanga e da porção de jusante, há alguns núcleos com vegetação de
médio porte. Existe um campo de futebol gramado próximo ao leito do rio, o que configura, em
algum grau, um potencial de uso do espaço enquanto equipamento de uso comunitário.
Foto 86 – Trecho próximo à Rua Vale de Ouro

Fonte: Extraído do software Google Street View.

197
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• Vale do Rio Ipitanga entre os Reservatórios 01 e 02

O curso d’água tem traçado prioritariamente regularizado, margeado por edificações


residenciais lindeiras às ruas Entre Rios e Santa Rita de Cássia (ver Foto 87 exposta a seguir). O
trecho do Rio Ipitanga compreendido entre os reservatórios de amortecimento 01 e 02 tem uma
extensão de aproximadamente seiscentos metros. O fundo de vale possui densa vegetação de
médio porte, como árvores frutíferas e palmeiras.
Foto 87 – Edificações da Rua Entre Rios que fazem limite com o Rio Ipitanga (aos fundos)

Fonte: Extraído do software Google Street View.

198
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• Reservatório de amortecimento 02
Ao longo do desenvolvimento dos estudos hidrológicos e hidráulico foi solicitada a
substituição deste reservatório pelo reservatório de amortecimento 04A, localizado mais à jusante.
Esta decisão foi tomada com base na baixa eficiência no amortecimento de cheias deste relatório
em função de seu reduzido tamanho.
Mesmo que a intervenção nesta área tenha sido cancelada, este relatório apresentará as
características do reservatório de amortecimento 02, para contextualizar com os dados do
Anteprojeto, inclusive como marco espacial das obras.
Para o terreno atribuído para a execução do Reservatório 02 é delimitado em sua porção
norte pela Rua Norte Dois da localidade Parque São Cristóvão, onde se verifica uma alta densidade
de construções habitacionais dispostas à margem do rio, representadas na Foto 88 exposta a seguir.
Foto 88 – Rua Norte Dois, do Parque São Cristóvão

Fonte: Extraído do software Google Street View.

199
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• Vale do Rio Ipitanga entre os Reservatórios 02 e 03

O Rio Ipitanga está compreendido entre os reservatórios de amortecimento 02 e 03 tem uma


extensão de aproximadamente 1,5 km (a contar a partir do ponto onde será executado o barramento
do reservatório de amortecimento 02). Em seu percurso, drena parte das localidades de São
Cristóvão e Jardim das Margaridas.
Foto 89 – Vista do Rio Ipitanga a partir da ponte da Rua Maria Luiza Alves

Fonte: MDCI – CONDER.

O local destinado à construção do Reservatório 03 está próximo ao limite entre os municípios


de Salvador e Lauro de Freitas. O Rio Ipitanga margeia a porção norte do terreno.
A área é composta por uma vegetação densa de médio/grande porte e por resquícios de um
areal, como ilustrado na Foto 90 exposta a seguir. O areal é utilizado, eventualmente, como campo
de futebol.

200
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Foto 90 – Vista da área do Reservatório 03 a partir do Complexo Viário Dois de Julho

Fonte: Extraído do software Google Street View.

• Vale do Rio Ipitanga entre os Reservatórios 03 e 04A

Logo a jusante do ponto onde será executado o barramento do Reservatório 03, o Rio
Ipitanga atravessa as duas adutoras do sistema de abastecimento Joanes/Ipitanga e a Estrada do
Coco (por meio de duas pontes). No canteiro central da rodovia, recebe a contribuição dos canais
Horto e Jaraguá, como indicado anteriormente. O trecho do Rio Ipitanga compreendido entre as
áreas de implantação dos reservatórios 03 e 04 tem extensão de aproximadamente 900 metros.

201
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Foto 91 – Vista do Rio Ipitanga a partir de pontilhão existente na área do bambuzal do Aeroporto

Fonte: Extraído do software Google Street View.

Leva-se em conta que o terreno contíguo à Base Aérea será utilizado para implantação do
pátio de manobras da Linha 02 do metrô, cujas obras estão em fase inicial.

202
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• Reservatório de amortecimento 04A

O local destinado à construção do Reservatório 04A está situado em uma área pertencente à
Base Aérea, delimitada pela Avenida do Aeroporto, a ligação com a Base Aérea e pela Via
Alternativa à Estrada do Coco. A Foto 92 exposta a seguir ilustra a margem direita do reservatório,
paralela à Avenida Dois de Julho.
Foto 92 – Vista da área do Reservatório 04A a partir da Avenida Dois de Julho

Fonte: Extraído do software Google Street View.

É uma área cedida pela Aeronáutica, sem finalidade de uso público. Desta maneira não estão
previstas intervenções urbanísticas. Serão apenas realizadas obras de terraplenagem neste
reservatório para aumentar sua capacidade de amortecimento de cheias.
No local previsto para o Reservatório 04A, a cota de fundo do rio está cerca de cinco metros
abaixo da cota de implantação das vias de contorno. A declividade deste ponto até a confluência
com o Rio Joanes é muito baixa neste trecho.

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• Vale do Rio Ipitanga entre os Reservatórios 04A e 04

O trecho do Rio Ipitanga compreendido entre as áreas de implantação dos reservatórios 04A
e 04 tem extensão de aproximadamente 550 metros. Estes reservatórios estão muito próximos,
separados, basicamente, pela ponte da Avenida Dois de Julho.
Foto 93 – Vista do Rio Ipitanga da ponte da Avenida Dois de Julho

Fonte: Extraído do software Google Street View.

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• Reservatório de amortecimento 04

O local destinado à construção do Reservatório 04 está situado em uma área coberta por uma
vegetação densa, delimitada pela Avenida Dois de Julho e pela Via Alternativa à Estrada do Coco.
A montante do terreno localiza-se o Condomínio Empresarial Refran e, a jusante, o Ginásio de
Esporte da Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas. A Foto 94 exposta a seguir ilustra a margem
direita do reservatório, paralela à Avenida Dois de Julho.
Foto 94 – Vista da área do Reservatório 04 a partir da Avenida Dois de Julho

Fonte: Extraído do software Google Street View.

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• Vale do Rio Ipitanga a partir do Reservatório 04 até a confluência com o Rio Joanes

Na transição entre as duas porções corresponde à segunda ponte da Estrada do Coco sobre o
Rio Ipitanga, nas imediações da loja Insinuante. A cota de implantação da ponte da pista do sentido
Camaçari/Salvador é mais baixa que a da pista Salvador/Camaçari; a jusante das duas há ainda
uma travessia especial, aérea, de uma adutora de água tratada da EMBASA.
A parte final do Rio Ipitanga (a partir da seção de jusante da área destinada ao Reservatório
04) pode ser fragmentada em duas porções. A primeira, com aproximadamente 1,7 km, se
desenvolve pela faixa compreendida entre a Via Alternativa à Estrada do Coco (inclusive a Rua
Alagoas, na margem esquerda) e a Rua Maria Isabel dos Santos (margem direita), num trajeto livre
de edificações e medianamente arborizado. Neste segmento, o fundo do rio está situado em cota
altimetria bem mais inferior que as vias marginais, porém com certa recorrência tem ocorrido o
transbordamento do rio quando da incidência de chuvas intensas. Há duas pontes (ruas Euvaldo
Santos Leite e José Ernesto dos Santos) e uma travessia de pedestres onde a circulação é
comprometida durante as inundações mais graves.
Foto 95 – Ponte da Rua Boca do Rio/Silvandir Chaves sobre o Rio Ipitanga

Fonte: Extraído do software Google Street View.

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• Reservatório de amortecimento 05

Dentro do limite da poligonal de intervenção praticamente não existe ocupação urbana, à


exceção da porção inicial, situada ao norte, que abrange um setor de lazer e recreação da Quinta
da Beneficência Portuguesa. O Reservatório 05 deverá ser construído numa área de fundo de vale
da sub-bacia do Rio Areia. Este espaço possui uma lagoa, como mostra a Foto 96 exposta a seguir.
Foto 96 – Lagoa da Quinta da Beneficência Portuguesa

Fonte: MDCI – CONDER

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• Reservatório de amortecimento 06

A área destinada à construção do Reservatório 06 está situada na sub-bacia do Rio Caji (Caji-
Picuaia), no município de Lauro de Freitas, entre os bairros Cidade Nova e Jardim Castelão. O
fundo de vale se configura por um brejo de grandes proporções, rodeado por colinas de baixas
altitudes e encostas moderadamente suaves.
Há algumas lagoas artificiais, no brejo, que não cumprem a função de retardamento das
cheias nem parecem terem sido executadas com a finalidade de tratamento de efluentes sanitários.
No local que existe a ocupação urbana na margem esquerda do Rio Caji na área prevista para
o Reservatório 06 é pouco consolidada; identificam-se algumas casas, espaçadas entre si, com
acesso por uma via de cumeada. Na margem oposta (direita) existem conjuntos habitacionais de
construção recente, aglomerados na zona intermediária do terreno. A Foto 957 e Foto 96 mostram,
respectivamente, a urbanização nas margens esquerda e direita da área atribuída para implantação
deste reservatório.
Foto 97 – Ocupação urbana incipiente na margem esquerda da área destinada ao Reservatório 06

Fonte: Extraído do software Google Street View.

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Foto 98 – Comjuntos habitacionais existentes na margem direita da área destinada ao Reservatório 06

Fonte: Extraído do software Google Street View.

9.2.1.Considerações iniciais
Todos estão dispostos de modo “em linha” – ou seja, serão implantados nas próprias margens
dos cursos d’água. A retenção das águas será feita mediante barramento do curso d’água, dotado
de vertedor no topo e de tubulações de descarga no nível do fundo do rio, cujo projeto está
apresentado no Capítulo 4 deste documento com maior profundidade.
Está sendo propostos seis reservatórios de amortecimento de cheias em locais, onde a certa
preservação no fundo do vale. Deste, há quatro reservatórios no caminhamento do Rio Ipitanga,
identificados pelos os números 01, 03, 04A a 04, e dois reservatórios em córregos contribuintes,
identificados pelos números 05 e 06 (rios Areia e Caji respectivamente)
Para os quatro primeiros reservatórios foram previstas obras de terraplenagem, de modo a
regularizar o terreno e potencializar a capacidade de acumulação das águas; nos dois últimos, o
parque deverá ser implantado em solo natural, com pequenas intervenções de micro terraplenagem
no entorno imediato aos equipamentos propostos.
Nas áreas onde os reservatórios serão construídos, definiu-se a criação de áreas de lazer
(parques públicos), inundáveis durante a passagem das cheias, exceto no reservatório RA04A. O
caminho preferencial para o escoamento das águas (leito menor ou calha) é preservado, de forma
que em tempos de seca, o parque poderá ser utilizado pelo público.
9.2.1.1. PROJETO DE URBANIZAÇÃO DO PARQUE SÍTIO DAS PALMEIRAS - RESERVATÓRIO 01
O desenho CIP-001-PB-110-AU-001 apresenta a planta de situação do Reservatório 01
(Parque Sítio das Palmeiras), em que estão indicados os principais acessos ao local. O desenho
CIP-001-PB-110-AU-002 ilustra o projeto em planta baixa da urbanização da área, sendo que os
principais núcleos de convivência do parque estão apresentados em escala aproximada nos
desenhos CIP-001-PB-110-AU-003 a 007.
O Parque Sítio das Palmeiras, localizado na área do Reservatório 01, é dividido em sua
porção intermediária pelo leito do Rio Ipitanga e por linhas de transmissão de eletricidade de alta
tensão (em duas direções) e, com isso, sua área central não é adequada para usos que demandem
a permanência dos usuários do parque. Por esse motivo, na concepção do parque foi adotada a

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diretriz de distribuir as áreas de permanência e lazer pela periferia do reservatório, em quatro polos
distintos, restando ao centro somente a implantação de elementos de circulação (uso de passagem).
9.2.1.2. PROJETO DE URBANIZAÇÃO DO PARQUE ROSA DOS VENTOS – RESERVATÓRIO 03
O desenho CIP-001-PB-130-AU-001 apresenta a planta de situação do Reservatório 03
(Parque Rosa dos Ventos), em que estão indicados os principais acessos ao local. O desenho CIP-
001-PB-130-AU-002 ilustra o projeto em planta baixa da urbanização da área, sendo que os
principais núcleos de convivência do parque estão apresentados em escala aproximada nos
desenhos CIP-001-PB-130-AU-003 a 005.
Como indicado anteriormente, a área adjacente ao Parque Rosa dos Ventos tem uso
predominantemente residencial com adensamento crescente, por meio da instalação de
condomínios financiados pelo programa Minha Casa Minha Vida, além de habitações
unifamiliares às margens do Rio Ipitanga. Para o seu entorno convergem algumas das principais
ligações metropolitanas, como a Rodovia BA-526 e a Estrada do Coco e, portanto, verifica-se um
fluxo intenso de veículos e pessoas em suas proximidades, principalmente nos horários de pico.
A proposta é que este parque seja um ponto de encontro para a prática de esportes para as
pessoas que fazem uso cotidiano deste sistema viário (especialmente os moradores de Salvador e
Lauro de Freitas). Passantes da região poderão acessar o parque pela Rua Maria Luiza Alves ou
pela Rua Boquira, esta paralela à Estrada do Coco. O acesso principal e estacionamento para
veículos estão localizados na Rua Maria Luiza Alves, de modo a evitar que a entrada e a saída de
veículos ocorram em uma das vias de grande movimentação e velocidade de tráfego.
9.2.1.3. PROJETO DE URBANIZAÇÃO DO PARQUE ALAMEDA DOS INGAZEIROS – RESERVATÓRIO
04
A planta de situação do Reservatório 04 (Parque Alameda dos Ingazeiros), em que estão
indicados os principais acessos ao local. Onde ilustra o projeto em planta baixa da urbanização da
área, sendo que os principais núcleos de convivência do parque estão apresentados em escala
aproximada nos desenhos.
O projeto de urbanização do Parque Alameda dos Ingazeiros tem o conceito de ser um polo
de exposição de artes em Lauro de Freitas. O terreno adjacente ao parque, pertencente à Prefeitura
Municipal de Lauro de Freitas, já conta com um ginásio de esportes, pista de skate, uma arena para
apresentações e estacionamento. O projeto do parque admite a integração com as estruturas
existentes, tal como previsto no anteprojeto que subsidiou o Edital, e complementa o potencial
recreacional da área por meio da implantação de novos equipamentos desportivos (como campo
de futebol e quadras poliesportivas) e a disponibilização de espaços destinados a expressões
artísticas como artesanato, artes plásticas, pinturas e mosaicos.
Em cada uma destas áreas, artistas de Lauro de Freitas poderão apresentar trabalhos
permanentes e/ou temporários. Distribuídos pelo parque, muros de alvenaria serão pintados e
trabalhados por artistas e pintores da cidade representando as artes visuais. Estas artes também
poderão ser ilustradas nas jardineiras em alvenaria propostas para o parque. As artes plásticas serão
representadas por esculturas que farão parte do acervo permanente, implantadas sobre lajes no solo
em pontos específicos indicados em planta.
9.2.1.4. PROJETO DE URBANIZAÇÃO DO PARQUE DA MATA – RESERVATÓRIO 05
O terreno do reservatório 05 é um fundo de vale e seus principais talvegues de contribuição
para o Rio Areia. As duas encostas que margeiam a leste e a oeste têm ocupações bastante distintas.
No lado oeste, o conjunto habitacional CIA-Aeroporto é uma ocupação concentrada, pontual, ao
passo que, a leste, a ocupação de perfil unidomiciliar se estende por toda encosta. O leito do Rio
Areia percorre terreno, cortando-o em dois.
9.2.1.5. PROJETO DE URBANIZAÇÃO DO PARQUE DAS ÁGUAS – RESERVATÓRIO 06
O espaço destinado para a implantação do Reservatório 06 é naturalmente uma grande área
de brejo. Identifica-se, dentro da poligonal de intervenção, dois pontos situados em cotas

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altimétricas um pouco mais elevadas em relação ao leito do Rio Caji, próximos à via que dá acesso
ao terreno pela margem direita do rio. Assim, a proposta para o Parque das Águas é criar, de modo
concentrado nestes dois pontos do terreno, mirantes para contemplação da área de fundo de vale,
dotadas de mobiliário de estar e bicicletário dispostos em áreas de formato retangular
pavimentadas com blocos de concreto sextavados. Estas áreas serão circundadas por forração não
pisoteável, em toda a extensão até o limite da crista do talude da micro terraplenagem que deverá
ser feita no local.
9.3. Método do hidrograma unitário triangular e método do hidrograma unitário
triangular sintético
O método do hidrograma unitário triangular sintético é usualmente empregado para bacias
com superfície de contribuição superior a 100 hectares, que no caso deste estudo corresponde à
bacia contribuinte ao canal Caji da Urbis. Os critérios de cálculo são similares àqueles
apresentados neste projeto básico (referentes à bacia hidrográfica do Rio Ipitanga como um todo).
A média aritmética das precipitações é igual a 102,8 mm e o desvio padrão da amostra das
precipitações é igual a 35,90 mm. Na Tabela 46 – Precipitações máximas de 1 dia exposta a seguir
estão apresentadas as precipitações calculadas pelo método de Gumbel para períodos de retorno
diversos (descrito com maiores detalhes no Manual de hidrologia básica para estruturas de
drenagem do DNIT).

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Tabela 46 – Precipitações máximas de 1 dia


Período de retorno (anos) Y Precipitação máx. diária (mm)
5 1,500 132,24
10 2,250 155,45
20 2,970 177,73
50 3,902 206,57
100 4,600 228,17
Fonte: MDCI – CONDER

A máxima precipitação para chuvas com tempos de recorrência de 25 anos foi ajustada
conforme a curva de regressão estimada pelo gráfico, cujo valor é bastante próximo ao definido
pelo método de Gumbel.
No Gráfico 1 exposto a seguir estão indicados os pontos com as precipitações e períodos de
retorno calculados, bem como a curva definida a partir dos resultados do método de Gumbel.
Gráfico 1 – Precipitações máximas x período de retorno

Fonte: MDCI – CONDER.

Com base nestas informações, o passo seguinte nesta atividade foi definir a chuva de 24
horas que, segundo a Publicação “Drenagem urbana: manual de projeto”, pode ser calculada a
partir da chuva de um dia aplicando-se um fator multiplicador igual a 1,14.
Tabela 47 – Precipitações máximas de 24 horas
Período de retorno (anos) Precipitação máx. diária (mm)
5 150,75
10 177,21
20 202,61
50 235,49
100 260,12
Fonte: MDCI – CONDER

Desta maneira a chuva de 24 horas foi definida como 210,12 mm. Para calcular as
precipitações das diferentes durações foram utilizadas as relações expostas na Tabela 47 exposta
a seguir, conforme Publicação da CETESB (IBID).

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Tabela 48 – Alturas pluviométricas para diferentes durações


Relação entre alturas
Coeficientes Precipitação (mm)
pluviométricas
5 min / 30 min 0,34 21,3
10 min / 30 min 0,54 33,9
15 min / 30 min 0,70 43,9
20 min / 30 min 0,81 50,8
25 min / 30 min 0,91 57,1
30 min / 1 h 0,74 62,8
1 h / 24 h 0,42 84,8
6 h / 24 h 0,72 145,4
8 h / 24 h 0,78 157,5
10 h / 24 h 0,82 165,6
12 h / 24 h 0,85 171,7
Fonte: MDCI – CONDER

No Gráfico 2 exposto a seguir estão representados os dados resultantes das relações


estabelecidas no quadro anterior, para chuvas com tempo recorrência de 25 anos. Sobre estes dados
foram estimadas duas curvas de regressão, ajustando-se às tendências parciais, cujas equações
estão apresentadas no gráfico.
Gráfico 2 – Chuvas intensas para tempo de recorrência de 25 anos

Fonte: MDCI – CONDER

Para o cálculo da precipitação efetiva, isto é, a parcela do total da precipitação que gera
vazão, foi utilizada o método do SCS, Soil Conservation Service, exposta no documento “Urban
hidrology for small watersheds”, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. O
parâmetro curva número (CN), que retrata a as condições topográficas, geotécnicas e da cobertura
vegetal em termos de permeabilidade, foi fixado pelo Estudo Hidrológico (sub-bacia 50) como
sendo 75 com 15% de impermeabilização.
O método do Soil Conservation Service define a seguinte expressão para a determinação do
potencial de retenção no solo (S):

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Equação 1 – Método Soil Conservation Service


𝑆 = 25.400 − 254 ∗ 𝐶𝑁
Substituindo-se na fórmula o valor de CN adotado, tem-se que o potencial de retenção no
solo será de 84,67 mm nesta simulação. Para precipitações maiores que a equivalente a 20% de S
(neste caso, correspondente a 16,93 mm), a precipitação efetiva é dada por:
Equação 2 – Equação do potencial de retenção no solo
𝑃𝑒𝑓 = (𝑃 − 0,2 ∗ 𝑆)2 ∗ 𝑃 + 0,8 ∗ 𝑆
Em que:
• P: precipitação total, em milímetros;
• Pef: precipitação efetiva, em milímetros.

Para o cálculo da vazão afluente através do método do hidrograma unitário sintético


triangular, tem-se:
• Tempo de concentração (Tc):

Tc = 0,25 horas
• Duração da precipitação efetiva (D):

D = 0,133×Tc → D = 0,33 horas


• Tempo de pico (tp):

tp = 0,5× D + 0,6×Tc → tp = 0,17 horas


• Tempo de recessão (tr):

tr =1,67×tp → tr = 0,28 horas


• Tempo de base (tb):

tb = tp +tr → tb = 0,44 horas


A vazão de pico do hidrograma (qp) é dada pela seguinte equação:
Equação 3 – Vazão de pico do hidrograma
𝑞𝑝 = 0,0208073 ∗ 𝐴 ∗ 𝑇𝑐 + 0,60 ∗ 𝑇𝑐
Em que:
• A: superfície da bacia de contribuição no ponto considerado, em hectares;
• Tc: tempo de concentração, em horas.

Os estudos hidrológicos foram elaborados a partir da utilização dos softwares HEC-HMS


(Hydrologic Engineering Center - Hydrologic Modeling System) e HEC-RAS (Hydrologic
Engineering Center-River Analysis System), ambos de domínio público, desenvolvidos pelo US
Army Corps of Engineers e de uso consagrado para atividades deste tipo.
Maiores detalhes sobre a metodologia utilizada estão apresentados no Volume III - Relatório
dos Estudos hidrológicos e hidráulicos, capítulo 4.
O Gráfico 3 exposto a seguir apresenta o hidrograma definitivo do primeiro trecho do
córrego em análise (canal Caji da Urbis).

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Gráfico 3 – Hidrograma definitivo

Fonte: MDCI – CONDER

9.3.1.Descrição do projeto de aumento da capacidade de escoamento do rio ipitanga.


As intervenções de desassoreamento da calha do Rio Ipitanga foram previstas no trecho do
rio compreendido entre a segunda ponte da Estrada do Coco (ponte 12), nas proximidades da loja
Insinuante, e a confluência com o Rio Joanes. A extensão deste trecho é de aproximadamente
5.000 metros.
Atualmente, a capacidade de escoamento das águas neste trecho final do rio é reduzida pela
presença de depósitos de sedimento em seu leito menor e pelas restrições de seção do seu leito em
função de intervenções urbanas como pontes e edificações. As ações propostas têm como propósito
aumentar a capacidade de escoamento das águas, após esgotadas as possibilidades de retenção das
cheias na porção da bacia hidrográfica situada a montante, mantendo-se as condições estabelecidas
pelo anteprojeto que subsidiou o Edital. A ampliação da capacidade de escoamento é, contudo,
uma proposta complexa, porque a morfologia que caracteriza a área natural de inundação do Rio
Ipitanga nesta sua seção final apresenta declividade de terreno bastante reduzida, mas,
principalmente, porque o rio Ipitanga sofre forte influência da oscilação do nível da maré e,
eventualmente, do remanso do rio Joanes.
Assim, foram definidas obras de terraplenagem (prioritariamente escavações) com o objetivo
de remover os depósitos de sedimento e lodo e regularizar a calha do rio. Como diretriz, o projeto
foi concebido de forma a restringir o impacto das intervenções sobre as condições naturais da
planície de inundação – ou seja, as obras serão executadas prioritariamente dentro da calha do rio,
para minimizar a necessidade de desmatamento da mata ciliar, que é bastante densa. Procurou-se,
também, definir o alinhamento do rio de modo tal que venha a afetar um número menor de
edificações, reduzindo então os processos de desapropriação e relocação de famílias.
A terraplenagem proposta foi dividida em três trechos, sendo que o primeiro abrange as
estacas 250+0,00 m a 225+0,00 m, o segundo abrange as estacas 225+0,00 m a 135+0,00 m e o
último abrange as estacas 135+0,00 m a 0+0,00 m (sendo que a estaca 0+0,00 me corresponde à
confluência com o Rio Joanes).
Assim como o projeto de terraplenagem proposto para os reservatórios, descrito no Capítulo
9.2 deste relatório, a modelagem do terraplenagem foi desenvolvida integralmente a partir da
tecnologia BIM (Building Information Modeling), com modelo em três dimensões e baseado na

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caracterização do terreno disponibilizada pelo levantamento topográfico. O levantamento foi


complementado por meio da análise de imagens de satélite.
A calha proposta para o rio deverá se configurar por uma seção trapezoidal. Os taludes
laterais foram definidos com a proporção 1 (V): 2 (H). Em casos especiais, onde o rio atravessa
pontes existentes do sistema viário local (como a ponte da Rua Boca do Rio/Silvandir Chaves),
propõe-se um estreitamento da seção para viabilizar a passagem do rio sem que sejam afetadas as
estruturas das pontes.
O desenho CIP-001-PB-DE-300-DR-001 apresenta a planta de situação da área de
intervenção das obras de desassoreamento. Nos desenhos CIP-001-PB-DE-300-DR-002 a 009
estão apresentadas as plantas e perfis do terraplenagem projetado, sendo que nas plantas estão
indicadas por camadas coloridas que variam entre vermelho e amarelo, relacionando as diferentes
alturas de inundação para chuvas com períodos de retorno de 25 anos. Nessas peças gráficas estão
definidas as marcações do eixo da calha projetada e das seções transversais de terraplenagem.
As seções transversais de terraplenagem constam nos desenhos CIP-001-PB-DE-300-DR-
010 a 016, deformadas na proporção de 1 (H): 5 (V).
9.3.2.Informações preliminares
Conforme solicitado pela CONDER o Consórcio elaborou estudos hidrológicos e hidráulicos
por meio de abordagens convencionais (permanentes) e hidrodinâmicas (não permanentes). Esta
solicitação surgiu com a constatação das complexas interações entre as estruturas propostas e os
níveis de água e remansos ao longo do período de simulação não previstos ao longo do
Anteprojeto. Trata-se de abordagens muito refinadas, complexas e inusitadas na região. Este
relatório aborda as metodologias e análise de resultados para os cálculos permanentes.
Os estudos hidrológicos e hidráulicos foram elaborados a partir da utilização conjunta dos
softwares HEC-HMS (Hydrologic Engineering Center - Hydrologic Modeling System) e HEC-
RAS (Hydrologic Engineering Center- River Analysis System), ambos de domínio público,
desenvolvidos pelo US Army Corps of Engineers e de uso consagrado para atividades deste tipo.
As análises foram realizadas ao longo dos 13.690 metros do rio Ipitanga, entre a barragem
do Ipitanga I e sua conexão ao rio Joanes. Os resultados obtidos pelas modelagens com abordagem
permanente foram muito conservadores tanto nos resultados quanto na representação do
escoamento das ondas de cheia ao longo da calha do rio. Por outro lado, a análise dinâmica foi
capaz de representar as complexas interações entre as diversas contribuições, com suas cheias
afluentes, e o trânsito destas ondas com suas convolações e amortecimentos tanto naturais quanto
intencionais (reservatórios de amortecimento). Os resultados da análise dinâmica são mais precisos
embora de difícil execução e de estabilidade nas modelagens.
Para fins de dimensionamento, foi analisada a influência do remanso da maré alta normal,
fixada na cota 1,60 m em consenso com a CONDER, devido à grande probabilidade de ocorrência
concomitante dos eventos de chegada das ondas de cheia nesse trecho do rio Ipitanga e da elevação
do nível da maré em condições normais.
Nesta revisão do Projeto Básico todas as pontes existentes no trecho estudado (13.690
metros) foram cadastradas e modeladas tanto pelo sistema dinâmico quanto permanente.
As alturas calculadas pelo modelo hidráulico HEC-RAS da lâmina resultante foram
reproduzidas na modelagem BIM em três dimensões e, com isso, foram obtidas as respectivas
superfícies de inundação. Estas superfícies foram comparadas à superfície de desassoreamento do
canal e à topografia original, para calcular de modo infinitesimal as alturas de inundação do rio
Ipitanga após as obras propostas. Estas informações estão apresentadas espacialmente para melhor
compreensão dos impactos e das melhorias resultantes das intervenções realizadas.
9.3.2.1. PREMISSAS DE CÁLCULO
As premissas adotadas na modelagem hidráulica do canal foram:

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Coeficiente de Manning: foram adotados valores entre 0,025 e 0,065. O Anteprojeto


especifica deveram ser implantados dispositivos de macro rugosidade nos trechos iniciais do Rio
Ipitanga. Para isso entre as distâncias 13.690m e 12.600m as rugosidades foram definidas em
0,065. Por outro lado, entre os trechos do reservatório 01 e 03 não foram consideradas rugosidades
elevadas, contrariando as premissas do anteprojeto, pois as inundações resultantes extrapolavam
as poligonais de desapropriação. Entre as distâncias 12.550m e 5.000m o coeficiente de rugosidade
foi adotado em 0,025 por se tratar de trecho “canalizado” e com influência das intervenções dos
terraplenagens previstos neste projeto. O último trecho, relativo ao desassoreamento, possui
rugosidade de 0,030. Em todas os setores do Rio Ipitanga a rugosidade fora da margem do canal
foi considerada igual à 0,065.
A seção foi definida dentro da calha natural do rio Ipitanga e está contida na poligonal de
desapropriação definida pelo Edital;
Todas as pontes e travessias ao longo do Rio Ipitanga foram cadastradas e modeladas. São
13 conjuntos de estruturas nos 13.690 metros do rio. As pontes próximas à Insinuante são
identificadas como 12A e 12B (sentido jusante – montante) e a ponte na rua Boca do Rio é
identificada como 13.
Levantamento topográfico e cadastral: foram levantadas e modeladas seções do canal do rio
Ipitanga em distâncias aproximadas de 50 metros. Isto implica que, para os 13.690 metros
modelados, foram utilizadas 274 seções transversais com extensões variáveis para cada margem
do canal. Quando necessário, principalmente em função do espalhamento da lâmina de inundação,
as seções foram ampliadas;
Lâmina do canal na confluência com o Joanes: a cota considerada foi de 1,60 m no ponto de
confluência entre os dois rios, equivalente à lâmina da maré máxima. Para melhor compreensão
do sistema, agora tentando simular a condição de nível mais elevado do rio em função de
ocorrência simultânea de maré alta e de enchente, foram realizadas análises de sensibilidade com
cotas arbitrárias como 2,00 m e 2,50 m;
Vazões: foram consideradas as vazões calculadas para o cenário C04 indicadas nos estudos
hidrológicos apresentados em relatório à parte em Anexo.
9.3.3.Resultados
Os resultados obtidos pela modelagem permanente foram muito conservadores. As lâminas
alcançadas, tanto em condições atuais quanto em condições pós-intervenções alcançaram níveis
muito elevados afogando, inclusive, os vertedores propostos dos reservatórios de amortecimento.
Esta condição distorce os resultados dos cálculos hidrológicos realizados no HEC-HMS que
considerava os reservatórios não afogados ou, pelo menos, parcialmente afogados.
Com base nestas questões levantadas a CONDER solicitou a validação dos cálculos
hidrológicos e hidráulicos por meio de uma abordagem dinâmica. Esta abordagem, como descrito
anteriormente, parte de uma modelagem muito mais complexa e refinada e permite analisar as
interações entre ondas afluentes de diversas contribuições, propagação em canais e amortecimento
das vazões.
9.4. Drenagens encontradas pelo o município
9.4.1.Microdrenagem
Com o crescimento do município de Lauro de Freitas, são vastas as ruas que vem junto a
este crescimento. E com isso a necessidade de o planejamento destas. Porem diante uma análise
ao decorrer do plano diretor. Chegamos a uma conclusão de que os dados são insatisfatórios. Não
se existe dados, ou arquivos mostrando onde são implantadas as redes de drenagem de águas
pluviais. Arquivos esses escassos, que quando encontrados, pois não existem muitas informações

217
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e situações em que se encontra a rede que é implantada, a extensão, e se foi executada, uma vez
que muitos dos arquivos são orçamentos de licitações. Com isso em anexo, mostra uma tabela de
triagem feita de microdrenagem encontradas em algumas ruas.
9.4.2.Macrodrenagem
Macrodrenagem no município não existe o suficiente, existem projetos, porém muitos deles
sem serem concretizados. Poucas obras que foram feiras em prol da cidade, sem ajudar a conter
enchentes. Diante disto as obras que estão em andamento e que algumas feitas foram:
9.4.2.1. CONDER - AMARILIO THIAGO:
A obra: A obra tem por objetivo eliminar as inundações que acontecem na Lagoa da Base e
na rua da Irmandade, nos períodos de forte chuva. Essa obra de drenagem vai retirar a água de
chuva dessas duas bacias e transportá-las até o Rio Sapato. Quantidade essa bem pequena em
relação a capacidade de escoamento do Rio. Como no caminho da rede de drenagem da Lagoa até
o rio existe uma duna formando assim grandes profundidades na passagem da rede, uma parte da
obra será executada pelo sistema Shield com a cravação subterrânea de tubos, outra parte menos
profunda será executada pelo assentamento de manilhas pelo método convencional e a interligação
da rede com o rio será feito em um canal Pré-moldado. Como a obra irá acrescentar uma pequena
quantidade de água pluvial a mais no rio, foram feitos os serviços de desassoreamento de todo o
Rio e também e execução da ampliação de todos os 6 bueiros que interceptam o rio às ruas.
Hoje, toda a rede convencional (exceto as captações na Lagoa da Base e rua da irmandade)
já foi executada. (PV12 ao PV21). O desassoreamento de todo o Rio e ampliações de todos os
bueiros também já foram executados.
Falta terminar a cravação de tubos e a execução do canal (esse segundo ainda está suspenso
por ordem judicial).
1.1.1.1.1. Desassoreamento:

Cerca de 3km, com largura média de 12m e altura de mais ou menos 1,5 a 2,0m. Cerca
50.000m3 de material foi retirado.
Ampliação de 6 bueiros:
• Rua Elza Paranhos
• Rua Luiz Carlos Duarte
• Rua Praia de Copacabana
• Rua Praia de Itapoan
• Rua Praia de Mucuripe
• Rua Praia de Tambaú

Segue abaixo fotos relacionados a obra, e em anexo 2 um relatório disponibilizado pela a


Conder.

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Foto 99 – Dragagem Mecânica

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

Foto 100 – Solução de Inundações

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Foto 101 – Solução de Inundações

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

Foto 102 – Solução de Inundações

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

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Foto 103 – Retirada do Material

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

Foto 104 – Retirada do Material

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

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Foto 105 – Rede Para Retirar A Água Do Lençol Freático

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

Foto 106 – Rede Para Retirar A Água Do Lençol Freático

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

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Foto 107 – Rede Para Retirar A Água Do Lençol Freático

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

Foto 108 – Cravação de tubos executada atualmente

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

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Foto 109 – Cravação de tubos executada atualmente

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

Foto 110 – Poços para cravação de tubos

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

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Foto 111 – Poços para cravação de tubos

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

Foto 112 – Poços para cravação de tubos

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

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Foto 113 – Poços para cravação de tubos

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

Foto 114 – Colocação de tubulação convencional de 1200 mm.

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

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Foto 115 – Colocação de tubulação convencional de 1200 mm.

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

Foto 116 – Colocação de tubulação convencional de 1200 mm.

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.


9.4.2.2. CANAL BLANDINA
Extensão do canal: 291,43m
O canal foi feito de 210m em alvenaria de pedra argamassada, e o restante 81,43m em
gabião. A construção do canal teve o objetivo de diminuir a retenção da água na avenida Luiz

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Tarquínio, dando um escoamento melhor da água no trecho da estrada do coco até o Rio
Ipitanga. Hoje a obra se encontra 100% concluída e entregue a Prefeitura Municipal de Lauro de
Freitas. Abaixo fotos na localidade da obra, e no anexo 3 e 4, segue relatório completo e Memorial
descritivo disponibilizado pela a Conder.
Foto 117 – Construção de macrodrenagem, Canal Blandina.

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

Foto 118 – Construção de macrodrenagem - Canal Blandina.

Fonte: Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

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Foto 119 – Construção de macrodrenagem, Canal Blandina.

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

Foto 120 – Construção de macrodrenagem, Canal Blandina.

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

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Foto 121 – Canal em Andamento

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

Foto 122 – Canal em Andamento

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.


9.4.2.3. CANAL JARDIM DOS PÁSSAROS
Foi feito uma intervenção de macrodrenagem, pela a prefeitura, porém sem muitas
informações de projeto.
9.4.2.4. CANTEIRO CENTRAL NA ENTRADA DE LAURO
No canal que também foi realizada uma intervenção de drenagem, pela a prefeitura foi posta
uma aduela de 2 por 2 m.
Identificação de lacunas no atendimento pelo poder público, incluindo demandas de ações

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estruturais e não estruturais para o manejo das águas pluviais, com analise do sistema de drenagem
existente quanto á sua cobertura, capacidade de transporte e estados das estruturas.
As lacunas do poder público são muitas, especialmente pelo fato de não ter aprovado um
plano diretor para manejo de recursos hídricos, com isso deixou de implementar muitas ações,
entre estas a não estrutural, afinal são medidas de educação e conscientização que tendem a serem
mais baratas, possuem horizonte mais amplo e aumentam a eficiência das ações estruturais.
As ações estruturais apesar de terem sido executadas foram indiretamente afetadas pela falta
das ações não estruturais, ou seja, comprometeu-se a eficiência das ações estruturais – obras de
macrodrenagem e microdrenagem.
A fim de enumerar as ações, podemos começar pelo fato da falta de um plano diretor como
citado. Fato este, que incorreu: uso e ocupação do solo de forma indevida e irregular, sendo estas
a impermeabilização do solo a taxas altas comprometendo a capacidade de infiltração do terreno;
ocupação de áreas alagáveis, ou margens dos corpos hídricos; lançamento de esgoto em corpos
hídricos; disposição irregular de resíduos sólidos reduzindo a capacidade de escoamento dos
talvegues e canais; desmatamento e assoreamento dos corpos hídricos. Portanto, o poder público
por falhar na aprovação de lei deixou de regulamentar a ocupação e uso do solo. Bem como a
fiscalização ineficiente da ocupação e uso do solo.
No caso das ações estruturais, o governo municipal vem executando obras de novos canais,
mas é preciso pontuar o fato do tempo necessário para serem colocadas em prática em relação ao
estudo, além disso, a falta de manutenção preventiva e redimensionamento na rede de
microdrenagem. Parte dessa rede tem o horizonte de projeto superado (boa parte da rede já existe
a mais de 25 anos) e já não comporta o escoamento (aumento da impermeabilização do solo,
concentração urbana), então a rede sofre colapso e está afogada, ou assoreada.
9.5. Elaboração de mapas com identificação das áreas de risco de enchentes para
diferentes períodos de retorno de chuvas.
A cidade é palco das grandes transformações do mundo contemporânea e a grande questão
ecológica da atualidade.
Os ambientes urbanos têm concentrado cada vez mais população no mundo, que cresce
geometricamente e sua ocupação se faz em áreas cada vez mais extensas. Embora a tendência nos
países desenvolvidos seja de estabilização dos assentamentos humanos, o fenômeno da
urbanização acelerada nos países em desenvolvimento assume contornos alarmantes, sobretudo no
que diz respeito à capacidade de suporte do planeta: o notável aumento da população e do consumo
diante do estoque fixo de capital natural tornará o declínio desta capacidade de suporte do meio
ambiente global o mais importante desafio à humanidade, como já vêm sendo observado, por
exemplo, na questão da escassez de água para abastecimento.
O Brasil, como os demais países da América Latina, apresenta intenso processo de
urbanização, especialmente na segunda metade do século XX, quando a taxa de população urbana
passa de 26,3% (18,8 milhões de habitantes), em 1940, para 81,2% (138 milhões de habitantes),
em 2000 (MARICATO, 2001).
Esse acelerado processo de urbanização, realizado de forma pouco planejada, tem gerado,
ao longo do tempo, consequências danosas para o meio ambiente. O planejamento da ocupação
urbana, através do Plano Diretor não tem considerado aspectos de drenagem urbana e qualidade
da água, o que acarreta impactos ambientais, com perdas materiais e humanas, como declara
Marcondes (1999):
“A escassez da água, a contaminação dos mananciais e as enchentes representam
as maiores ameaças à saúde e à segurança, em virtude da maneira como são estabelecidos

231
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os processos de apropriação dos recursos ambientais, em especial os oriundos das formas


de urbanização inadequadas vigentes” (MARCONDES, 1999)
A degradação progressiva dos recursos hídricos está ligada ao avança da urbanização sobre
o meio natural, de maneira desordenada, através da implantação de loteamentos irregulares e a
instalação de usos e índices de ocupação incompatíveis com a capacidade de suporte do sistema.
O parcelamento indiscriminado da terra nas periferias urbanas é uma das principais fontes de
problemas ambientais das cidades, como aponta Braga (2003) ao dizer que:
“De todas as indústrias urbanas poluentes, a “indústria do lote” talvez seja a mais perniciosa
de todas, pois, além de ser de fácil disseminação, a demanda por seu produto é virtualmente
inesgotável e seus efeitos são dificilmente reversíveis.”
As inundações representam uma das maiores ameaças desse padrão de crescimento urbano:
devido à impermeabilização do solo e a remoção de cobertura vegetal natural, cada vez mais,
chuvas menores, de menor tempo de recorrência, passam a causar maiores transtornos à cidade.
Como “soluções” comumente adotadas estão os projetos de drenagem baseados em medidas
estruturais, de curte tempo de vida, que transferem o problema de montante para jusante e tem
como filosofia “escoar a água precipitada o mais rápido possível da área projetada” (TUCCI,
2003). No entanto, a adoção de medidas mitigadoras para o controle de inundações, ao longo dos
anos, tem se mostrado ineficiente quando atua, via de regra, apenas sobre os efeitos e não sobre as
causas, que estão na dinâmica dos fatores ambientais inerentes a paisagem urbana.
Como é o caso de Lauro de Freitas, em que a sua urbanização desordenada causa sérios
problemas à sociedade e a indústria como foi referido acima, vem de forma incansável ocupando
os corpos de água e impermeabilizando o terreno de modo que o curso natural da água está
completamente alterado e menores chuvas causando maiores estragos.
O planejamento do sistema de drenagem deve estar previsto na fase inicial do planejamento
urbano e integrado aos demais planos de desenvolvimento. Além disso, o plano de drenagem deve
Embasar-se em critérios ambientais e não exclusivamente pela viabilidade econômica de projetos
hidráulicos, que muitas vezes negligenciam os impactos ambientais. Assim, é necessário adotar
medidas preventivas de controle distribuído, considerando a totalidade da bacia e a adequada
regulamentação.
Portanto, os pontos a seguir são as indicações das áreas no município que sofrem com os
alagamentos mais intensos para serem registrados. Essa identificação é importante para as decisões
futuras para vetores de urbanização e formas de urbanização.
9.5.1.Fotografia dos pontos de Alagamento

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Foto 123 – Av Brigadeiro Mario Epinghaus

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

Foto 124 – Rio Sapato - Vilas do Atlântico

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

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Foto 125 – Av. Beira Rio

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

Foto 126 – Jardim Jaraguá

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

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Foto 127 – Parque Santa Rita

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

Foto 128 – Av. Gerino de Souza Filho - Caji

Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas.

9.6. Resumo da parte de diagnóstico do “ehci”


O avanço das ocupações urbanas no baixo curso d’água do rio Ipitanga e as sub-baciais
causam o confinamento da sua calha de escoamento, problema comum encontrado em ocupações
irregulares às margens de rios, lugares que deveriam ter tratamento adequado como proteção
permanente segundo a legislação vigente. As Foto 129 e Foto 130 expostas a seguir ilustram
algumas ocupações irregulares às margens de rios.

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Foto 129 – Ocupação urbana nas margens do rio Areia, em ponto próximo à Rua das Acácias Amarelas

Fonte: Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia, volume III – relatório estudos hidrológicos. Data da foto 28/02/2012.

Foto 130 – Ocupação urbana nas margens do rio Areia, em área próxima ao Conjunto Habitacional
Laudelina Campos Mel

Fonte: COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DA BAHIA, volume III – relatório estudos hidrológicos. Data da foto
28/02/2012.

Com mais frequência vem sem registrado inundações representativas nessa porção da bacia
Hidrográfica. A sub-bacia do baixo curso do rio Ipitanga ainda sofre o agravante da influência do
rio Joanes e, a depender da intensidade da chuva, também da elevação da maré, quando as chuvas
coincidem com os momentos de maré alta. As Fotos 131 e 132 registram recentes alagamentos na
região do médio e baixo curso do Ipitanga:

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Foto 131 – Alagamento em área residencial de Lauro de Freitas

Fonte: imagem de Danilo Magalhães. Extraído de www.g1.globo.com/brasil/noticia/2010/04/donos- de-barcos-ajudam-resgatar-pessoas-


ilhadas-pela-chuva-na-bahia15042010.html. Data 15/04/2010.

Foto 132 – Elevação do nível do rio Ipitanga até a borda da avenida marginal, na área próxima ao centro
de Lauro de Freitas

Fonte: Autor desconhecido. Extraído de www.ibahia.com/detalhe/noticia/rio-ipitanga-transborda-e- provoca-alagamentos-em-Lauro-de-


Freitas/? cHash=ec4e5511a76ea903ef9ac29ef887d3b6. Data 21/05/2012.

O problema encontrado no rio Ipitanga só não é pior devido às três represas existentes que
amortizam os efeitos das cheias e também conta com a barragem Ipitanga I para regular a vasão.
Os problemas gerados pelas cheias no município de Lauro de Freitas se concentram em áreas
comerciais e onde a dinâmica urbana é grande, assim como em pontos de ligação com Salvador e
Camaçari.
Os bueiros encontrados na BR-324 não possuem bueiros adequados para veiculação das

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cheias e faz com que uma parcela do fluxo da água fique retida a montante dos bueiros aumentando
assim o tempo de concentração retardando o pico das cheias.
Estudos preliminares determinaram que a capacidade hidráulica das duas pontes encontradas
na estrada do Coco não tem um papel ante-cheia relevante. A ponte que no sentido Lauro de
Freitas/Salvador tem capacidade menor que a do sentido oposto, pois a cota da pista é mais baixa.
9.6.1.Considerações iniciais
Aqui está apresentada a metodologia de trabalho utilizada para a determinação das vazões
afluentes aos vários trechos do rio Ipitanga.
A adoção desses períodos de recorrência sugere que o sistema de drenagem proposto
suportará as chuvas de maior magnitude, minimizando a formação de áreas de alagamento e os
transtornos gerados à população. PRECIPITAÇÕES CRÍTICAS
O anteprojeto que norteia o Edital que deu origem a este contrato realizou ampla revisão dos
estudos e dados disponíveis para estimativa das chuvas intensas na região dos estudos.
Quanto aos dados analisados, foram utilizadas as séries histórias de diversas estações
pluviométricas existentes na área de estudo do Ipitanga, disponibilizados pelo banco de dados do
HIDROWEB6, da Agência Nacional de Águas – ANA.
Sendo assim decidiu-se pela adoção dos dados pluviométricos disponíveis no posto da ANA,
por serem mais recentes (ano de 1985) que os utilizados pela Publicação “Chuvas intensas no
Brasil”, que se baseia em observações pluviométricas até o ano 1956.

Tabela 49 – Comparação entre precipitações máximas diárias

Altura pluviométrica - 24 horas (mm)


Período de retorno
(anos) “Chuvas intensas no
Posto 1338003 da ANA Diferença
Brasil”

5 139,1 150,8 8%
10 160,7 177,2 10%
20 183,4 202,6 10%
25 191,1 210,1 10%
50 215,8 235,5 9%
100 242,3 260,1 7%
Fonte: EHCI– CONDER

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Gráfico 4 – Comparação Entre Precipitações Máximas Diárias

Fonte: EHCI– CONDER


Na Tabela 50 exposta a seguir estão apresentadas as precipitações máximas diárias conforme
dados relativos à estação 1338003 da ANA, representativa do município de Salvador.
Tabela 50 – Precipitações máximas diárias
ANO PRECIPITAÇÃO 179,6 27.00 3.70
1912 70,6 179,6 27.00 3.70
1913 83,8 161,1 18.00 5.56
1914 66,9 160,7 13.50 7.41
1915 64,0 156,1 10.80 9.26
1916 64,0 155,7 9.00 11.11
1917 67,0 147,0 7.71 12.96
1918 68,2 144,8 6.75 14.81
1919 66,5 141,6 6.00 16.67
1920 95,3 140,0 5.40 18.52
1921 123,0 139,5 4.91 20.37
1922 91,1 136,5 4.50 22.22
1923 69,2 134,6 4.15 24.07
1924 133,2 133,2 3.86 25.93
1925 78,4 127,4 3.60 27.78
1933 66,1 123,5 3.38 29.63
1934 77,4 123,0 3.18 31.48
1935 156,1 121,5 3.00 33.33
1936 71,4 114,2 2.84 35.19
1937 72,8 111,0 2.70 37.04
1938 83,6 109,4 2.57 38.89
1939 123,5 100,9 2.45 40.74
1940 79,2 98,2 2.35 42.59
1941 134,6 96,8 2.25 44.44
1942 111,0 95,3 2.16 46.30
1943 68,0 93,6 2.08 48.15
1950 96,8 91,1 2.00 50.00
1951 155,7 90,0 1.93 51.85
1956 179,6 87,9 1.86 53.70

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1957 93,6 83,8 1.80 55.56


1958 67,0 83,6 1.74 57.41
Fonte: EHCI– CONDER

Tabela 51 – (Continuação) Precipitações máximas diárias


ANO PRECIPITAÇÃO 179,6 27.00 3.70
1959 87,9 82,4 1.69 59.26
1960 82,4 79,3 1.64 61.11
1962 77,6 79,2 1.59 62.96
1963 140,0 78,4 1.54 64.81
1964 141,6 77,6 1.50 66.67
1965 121,5 77,4 1.46 68.52
1966 208,4 73,8 1.42 70.37
1967 73,8 72,8 1.38 72.22
1969 100,9 71,4 1.35 74.07
1970 161,1 70,6 1.32 75.93
1971 147,0 69,2 1.29 77.78
1972 69,0 69,0 1.26 79.63
1973 127,4 68,2 1.23 81.48
1974 144,8 68,0 1.20 83.33
1975 109,4 67,0 1.17 85.19
1976 79,3 67,0 1.15 87.04
1979 114,2 66,9 1.13 88.89
1980 160,7 66,5 1.10 90.74
1981 90,0 66,1 1.08 92.59
1982 136,5 64,0 1.06 94.44
1983 98,2 64,0 1.04 96.30
1985 139,5 61,7 1.02 98.15
Fonte: EHCI– CONDER
A média aritmética das precipitações é igual a 102,8 mm e o desvio padrão da amostra das
precipitações é igual a 35,90 mm.
Na
Tabela 52 exposta a seguir estão apresentadas as precipitações calculadas pelo método de
Gumbel para períodos de retorno diversos (descrito com maiores detalhes no Manual de hidrologia
básica para estruturas de drenagem do DNIT7).
Tabela 52 – Precipitações máximas de 1 dia
Período de retorno (anos) Y Precipitação máx. diária (mm)
5 1,500 132,24
10 2,250 155,45
20 2,970 177,73
50 3,902 206,57
100 4,600 228,17
Fonte: EHCI– CONDER
No Gráfico 5 exposta a seguir estão indicados os pontos com as precipitações e períodos de
retorno calculados, bem como a curva definida a partir dos resultados do método de Gumbel. A
precipitação máxima para chuvas com tempos de recorrência de 25 anos foi ajustada conforme a
curva de regressão estimada pelo gráfico, cujo valor é bastante próximo ao definido pelo método
de Gumbel.

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Gráfico 5 – Precipitações Máximas X Período De Retorno

Fonte: EHCI– CONDER


Com base nestas informações, o passo seguinte nesta atividade foi definir a chuva de 24
horas que, segundo a Publicação “Drenagem urbana: manual de projeto”, pode ser calculada a
partir da chuva de um dia aplicando-se um fator multiplicador igual a 1,14.
Tabela 53 – Precipitações máximas de 24 horas
Período de retorno (anos) Precipitação máx. diária (mm)
5 150,75
10 177,21
20 202,61
50 235,49
100 260,12
Fonte: Conder 2017
Desta maneira a chuva de 24 horas foi definida como 210,12 mm. Para calcular as
precipitações das diferentes durações foram utilizadas as relações expostas na Tabela 7.5 exposta
a seguir, conforme Publicação da CETESB (IBID).
Tabela 54 – Alturas pluviométricas para diferentes durações
Relação entre alturas Coeficientes Precipitação (mm)
pluviométricas
5 min/30 min 0,34 22,2
10 min/30 min 0,54 35,3
15 min/30 min 0,70 45,7
20 min/30 min 0,81 52,9
25 min/30 min 0,91 59,4
30 min/1h 0,74 65,3
1h/24h 0,42 88,2
6h/24h 0,72 151,3
8h/24h 0,78 163,9
10h/24h 0,82 172,3
12h/24h 0,85 178,6
Fonte: EHCI– CONDER
No Gráfico 6 exposta a seguir estão representados os dados resultantes das relações
estabelecidas na Tabela 54. Sobre estes dados foram estimadas duas curvas de regressão,
ajustando-se às tendências parciais, cujas equações estão apresentadas nos quadros inseridos no
gráfico.

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Gráfico 6 – Gráfico De Chuvas Intensas

Fonte: EHCI– CONDER

9.6.2.Modelagem hidrológica considerações iniciais


Para uma modelagem hidrológica mais detalhada optou-se por uma abordagem semi-
distribuída da bacia hidrográfica do rio Ipitanga, como ilustrado na Figura 4.4 exposta a seguir.
Este projeto básico estimou os parâmetros hidrológicos de cada uma das sub-bacias, tais
como extensão, declividade, tempo de concentração, vazão unitária e vazão máxima.
Esta solicitação surgiu com a constatação das complexas interações entre as estruturas
propostas e os níveis de água e remansos ao longo do período de simulação não previstos ao longo
do Anteprojeto.

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Figura 41 – Modelo semi-distribuído da bacia hidrográfica do rio Ipitanga

Fonte: EHCI– CONDER


Os estudos hidrológicos foram elaborados a partir da utilização dos softwares HEC-HMS
(Hydrologic Engineering Center - Hydrologic Modeling System) e HEC-RAS (Hydrologic
Engineering Center-River Analysis System), ambos de domínio público, desenvolvidos pelo US
Army Corps of Engineers e de uso consagrado para atividades deste tipo. Precipitação efetiva
Para o cálculo da precipitação efetiva, isto é, a parcela do total da precipitação que gera
vazão, foi utilizado o método do SCS, Soil Conservation Service (atual National Resources
Conservation Service – NRCS), exposta no documento “Urban hidrology for small watersheds”,
do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos9. O parâmetro curva número (CN), que retrata
as condições topográficas, geotécnicas e da cobertura vegetal em termos de permeabilidade, foi
calculado para cada uma das 62 sub-bacias conforme tipo e uso do solo
Cada sub-bacia foi avaliada quanto à cobertura do solo (uso do solo) e quanto ao tipo do solo
conforme classificação hidrológica. Os tipos de solos na área em estudo estão classificados como:
• AM3-NEOSSOLO QUARTZARENICO + ESPODOSSOLO CARBICO. Considerado
como tipo de solo C para o cálculo do CN, conforme DEP/DOP 2005;
• LAA13 - LATOSSOLO AMARELO + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO.
Considerado como tipo de solo A para o cálculo do CN;

243
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• LVA28 - LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO + ARGISSOLO VERMELHO-


AMARELO. Considerado como tipo de solo A para o cálculo do CN;
• PVA18 - ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO. Considerado como tipo de solo B para
o cálculo do CN;

Figura 42 – Mapa com o tipo e uso do solo das bacias estudadas

Fonte: EHCI– CONDER


A cobertura vegetal e o uso do solo foram avaliados com base em imagens de satélite de
2014 e visitas à campo.
A Tabela 7.6 apresenta o resumo dos valores adotados para o CN em função do tipo de solo
conforme DEP/DOP 2005 (IBID) e a Tabela 7.7 apresenta distribuição da cobertura vegetal e do
uso do solo para as sub-bacias estudadas.

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Tabela 55 – Planilha dos tipos de solos do município

Tipo de solo Mato / Bosque Relva Residências Ruas / Estradas


A 45 49 77 98
B 66 69 85 98
C 77 79 90 98
D 83 84 92 98

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Tabela 56 – Distribuição da cobertura vegetal e do uso do solo nas sub-bacias


Sub-bacia Tipo de solo Mato / Bosque Relva Residências Ruas / CN adotado
14 A 73% 12% 14% Estradas
1% 50
15 A 45% 24% 30% 1% 56
16 A 30% 13% 53% 4% 65
17 A 37% 21% 40% 2% 60
18 A 25% 28% 43% 4% 62
19 A 20% 33% 45% 2% 62
20 A 50% 23% 26% 1% 55
21 A 55% 15% 29% 1% 55
22 A 46% 26% 27% 1% 55
23 A 50% 31% 18% 1% 52
24 A 51% 36% 12% 1% 50
25 A 0% 4% 79% 17% 80
26 A 0% 4% 79% 17% 80
27 A 7% 38% 52% 3% 65
28 A 0% 4% 79% 17% 80
29 C 42% 20% 37% 1% 82
30 A 9% 18% 70% 3% 70
31 A 3% 9% 83% 5% 75
32 A 26% 35% 36% 3% 60
33 A 25% 22% 49% 4% 64
34 A 18% 29% 47% 6% 64
35 A 20% 26% 49% 5% 64
36 A 55% 33% 11% 1% 50
37 A 72% 14% 13% 1% 50
38 A 74% 11% 14% 1% 50
39 A 60% 30% 9% 1% 50
40 A 7% 28% 61% 4% 68
41 A 6% 24% 65% 5% 70
42 A 2% 8% 74% 16% 78
43 B 45% 26% 28% 1% 72
44 B 40% 44% 15% 1% 70
45 B 5% 15% 74% 6% 82
46 B 13% 29% 55% 3% 78
47 A 6% 24% 65% 5% 70
48 A 5% 14% 66% 15% 75
49 A 1% 1% 58% 40% 85
50 A 6% 10% 73% 11% 75
51 C 19% 20% 60% 1% 85
52 A 51% 25% 17% 7% 55
53 A 60% 30% 9% 1% 50
54 A 32% 50% 15% 3% 53
55 A 5% 40% 50% 5% 65
56 A 31% 30% 35% 4% 60
57 A 30% 17% 43% 10% 65
58 A 30% 61% 8% 1% 50
59 A 30% 61% 8% 1% 50
60 A 32% 56% 10% 2% 52
61 A 28% 53% 17% 2% 54
62 A 10% 25% 60% 5% 68
Fonte: EHCI– CONDER
O método do Soil Conservation Service define a seguinte expressão para a determinação do
246
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potencial de retenção no solo (S):


Equação 4 – Equação para determinação do potencial de retenção no solo.
254
𝑆 = 25 ∗ 400 −
𝐶𝑁
Substituindo-se na fórmula o valor de CN adotado, tem-se que o potencial de retenção no
solo será de 34,64 mm nesta simulação. Para precipitações maiores que a equivalente a 20% de S
(neste caso, correspondente a 6,93 mm) a precipitação efetiva é dada por:
Equação 5 – Precipitações Efetivas
(𝑝 − 0,2 ∗ 𝑆)
𝐹= + 0,8 ∗ 𝑆
𝑃
Em que:
• P: precipitação total, em milímetros;
• Pef: precipitação efetiva, em milímetros.

Na Tabela 7.9 exposta a seguir calcula-se, para efeito ilustrativo, a precipitação efetiva total
para uma das sub-bacias da bacia do Ipitanga, identificada pelo número 09. Esta sub-bacia tem
área de 2,11 km², CN igual a 64 e índice de impermeabilização de 15%. Procedimentos
semelhantes a este foram realizados para cada uma das demais sub-bacias da área em estudo.
Tabela 57 - Precipitações total efetiva

Precipitação Infiltração Precipitação


Precipitação Incremento Incremento
Tempo Incremento acumulada ou efetiva
acumulada rearranjado da efetiva
(min) (mm) rearranjada retenção acumulada
(mm) (mm) em (mm)
(mm) (mm) (mm)
460 162,82 1,58 1,58 162,82 0,36 79,71 1,22
480 164,35 1,53 1,53 164,35 0,35 80,89 1,18
500 165,82 1,47 1,47 165,82 0,32 82,04 1,15
520 167,25 1,43 1,43 167,25 0,32 83,15 1,11
540 168,64 1,39 1,39 168,64 0,31 84,23 1,08
560 169,99 1,35 1,35 169,99 0,28 85,30 1,07
580 171,30 1,31 1,31 171,30 0,28 86,33 1,03
600 172,58 1,28 1,28 172,58 0,28 87,33 1,00
620 173,82 1,24 1,24 173,82 0,26 88,31 0,98
640 175,03 1,21 1,21 175,03 0,24 89,28 0,97
660 176,21 1,18 1,18 176,21 0,24 90,22 0,94
680 177,37 1,16 1,16 177,37 0,24 91,14 0,92

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Tabela 58 – (Continuação) Precipitações total efetiva

Precipitação Infiltração Precipitação


Precipitação Incremento Incremento
Tempo Incremento acumulada ou efetiva
acumulada rearranjado da efetiva
(min) (mm) rearranjada retenção acumulada
(mm) (mm) em (mm)
(mm) (mm) (mm)
700 178,49 1,12 1,12 178,49 0,24 92,02 0,88
720 179,59 1,10 1,10 179,59 0,23 92,89 0,87
Tabela 59 – (Continuação) Precipitações total efetiva

Precipitação Incremento Precipitação Infiltração Precipitação


Tempo Incremento
acumulada Incremento rearranjado acumulada ou efetiva
(min) rearranjada retenção acumulada precipitação
(mm) (mm) (mm)
(mm) (mm) (mm)
0 0 0 0 0 0 0 0
20 42,30 42,30 2,29 2,29 1,94 0,35 0,35
40 75,68 33,38 2,52 4,81 2,14 0,73 0,38
60 87,58 11,90 2,80 7,61 2,37 1,16 0,43
80 98,85 11,27 3,16 10,77 2,69 1,63 0,47
100 106,72 7,87 3,97 14,74 3,37 2,23 0,60
120 114,36 7,64 5,06 19,80 4,31 2,98 0,75
140 119,55 5,19 7,64 27,44 6,48 4,14 1,16
160 124,61 5,06 11,27 38,71 9,01 6,40 2,26
180 128,65 4,04 33,38 72,09 20,31 19,47 13,07
200 132,62 3,97 42,3 114,39 17,22 44,55 25,08
220 135,84 3,22 11,9 126,29 3,75 52,7 8,15
240 139,00 3,16 7,87 134,16 2,29 58,28 5,58
260 141,84 2,84 5,19 139,35 1,44 62,03 3,75
280 144,64 2,80 4,04 143,39 1,07 65,00 2,97
300 147,18 2,54 3,22 146,61 0,83 67,39 2,39
320 149,70 2,52 2,84 149,45 0,72 69,51 2,12
340 152,02 2,32 2,54 151,99 0,62 71,43 1,92
360 154,31 2,29 2,32 154,31 0,57 73,18 1,75
380 156,15 1,84 1,84 156,15 0,44 74,58 1,40
400 157,91 1,76 1,76 157,91 0,41 75,93 1,35
420 159,61 1,70 1,70 159,61 0,40 77,23 1,30
440 161,24 1,63 1,63 161,24 0,37 78,49 1,26

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Gráfico 7 - Obtenção da precipitação efetiva

Fonte: EHCI– CONDER


No Gráfico 8 exposto a seguir está apresentada a decomposição das precipitações em
infiltração/retenção e em precipitação efetiva.
Gráfico 8 - Decomposição da precipitação em infiltração/retenção e precipitação efetiva

Fonte: EHCI– CONDER


9.6.2.1. DEFINIÇÃO DO TEMPO DE CONCENTRAÇÃO
Para cálculo do tempo de concentração foram analisados os diversos cursos d’água
integrantes da bacia, fragmentando-os em trechos menores em função das declividades do terreno.
Tabela 7.10 exposta a seguir apresenta a fragmentação em trechos dos principais cursos
d’água (talvegues) de cada sub-bacia, a extensão e o desnível geométrico de cada trecho, os
diferentes tempos de concentração calculados por cada um dos métodos adotados e o resultado
médio encontrado.

249
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Tabela 60 - fragmentação em trechos dos principais cursos d’água

10 160,7 177,2 10%


20 183,4 202,6 10%
25 191,1 210,1 10%
50 215,8 235,5 9%
100 242,3 260,1 7%
Fonte: EHCI– CONDER
9.6.2.2. HIDRO GRAMA SINTÉTICO DO SCS
De acordo com TUCCI et al (1995), hidro grama unitário é o hidro grama produzido por
uma unidade de chuva excedente distribuída uniformemente sobre a bacia/sub-bacia com uma
duração especificada.
Trata-se de um método utilizado para calcular a chuva excedente e o hidrograma de
escoamento superficial direto quando da ausência de dados de medição direta de vazão.
• Tempo de concentração (Tc):
o Tc  0,50 horas
• Duração da precipitação efetiva (D):
o D  0,133  Tc  D  0,07 horas
• Tempo de pico (tp):
o tp  0,5  D  0,6  Tc  tp  0,33 horas
• Tempo de recessão (tr):
o tr  1,67  tp  tr  0,56 horas
• Tempo de base (tb):
o tr  tp  tr  tb  0,89 horas.

A vazão de pico do hidrograma (Qp) é dada pela seguinte equação:


Equação 6 – Vazão de Pico do Hidro grama
(0,0208073 ∗ 𝐴)
𝑄𝑝 =
√𝑇𝑐 + 0,60 ∗ 𝑥
Em que:
• Qp: vazão de pico do hidrograma, em metros cúbicos por segundo;
• A: superfície da bacia de contribuição no ponto considerado, em hectares.

A seguir serão apresentadas as metodologias de cálculos aplicadas à sub-bacia 09 da bacia


do Rio Ipitanga.
Sendo assim, para o cálculo da vazão afluente através do método do hidrograma unitário
sintético triangular que a vazão de pico do hidrograma equivale a 7,89 m³/s.

250
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Figura 43 – Componentes do hidrograma unitário sintético triangular

Fonte: EHCI– CONDER


O traçado do hidro grama curvilíneo foi obtido a partir do hidro grama unitário triangular,
de acordo com os dados constantes na Tabela 7.11 exposta a seguir, cujos dados da primeira e
terceira coluna são extraídos da Publicação “Drenagem e controle da erosão urbana”, de
FENDRICH et al17. A segunda coluna apresenta a multiplicação do tempo de pico calculado pelas
relações apresentadas na primeira coluna, enquanto a quarta coluna mostra a multiplicação das
relações da terceira coluna pela vazão de pico.
Tabela 61 – Traçado do hidrograma curvilíneo a partir do hidrograma unitário sintético triangular

Vazões hidro
Relação entre os Tempos do Relação entre as
grama do ma m³/s)
tempos (t/tp) hidrograma (t) (horas) vazões (q/qp)
curvilíneo (
0,0 0,00 0,000 0,00
0,1 0,06 0,015 0,12
0,2 0,11 0,075 0,59
0,3 0,17 0,160 1,26
0,4 0,22 0,280 2,21
0,5 0,28 0,430 3,39
0,6 0,33 0,600 4,73
0,7 0,39 0,770 6,08
0,8 0,44 0,890 7,02
0,9 0,50 0,970 7,65
1,0 0,56 1,000 7,89
1,1 0,61 0,980 7,73
1,2 0,67 0,920 7,26
1,3 0,72 0,840 6,63
1,4 0,78 0,750 5,92
1,5 0,83 0,660 5,21
1,6 0,89 0,560 4,42
Fonte: EHCI– CONDER

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Tabela 62 – Traçado do hidrograma curvilíneo a partir do hidrograma unitário sintético triangular


(conclusão)

Relação entre os Tempos do Relação entre as Vazões do hidrograma


tempos (t/tp) hidrograma (t) (horas) vazões (q/qp) curvilíneo (m³/s)
1,8 1,00 0,420 3,31
2,0 1,11 0,320 2,53
2,2 1,22 0,240 1,89
2,4 1,33 0,180 1,42
2,6 1,44 0,130 1,03
2,8 1,56 0,098 0,77
3,0 1,67 0,075 0,59
3,5 1,94 0,036 0,28
4,0 2,22 0,018 0,14
4,5 2,50 0,009 0,07
5,0 2,78 0,004 0,03
Fonte: EHCI– CONDER

No Gráfico 9 exposta a seguir mostra o hidrograma unitário sintético triangular e curvilíneo


referente à simulação em análise. A evolução das vazões é traduzida por três curvas de regressão,
cujas equações estão apresentadas no gráfico.
Gráfico 9 – Hidrograma triangular e curvilíneo

Fonte: EHCI– CONDER


Em seguida, a partir dos dados calculados acerca da chuva efetiva e dos dados das ordenadas
do hidrograma curvilíneo para os tempos estabelecidos, foram estimadas as parcelas de vazões do
hidrograma definitivo. Os hidrogramas das sub-bacias são sobrepostos (“convolução”) e compõem
o hidrograma resultante da bacia, segundo a metodologia indicada por WILKEN (1978).
No Gráfico 10 exposto a seguir apresenta o hidrograma definitivo da sub-bacia 09, após a
obtenção da respectiva precipitação efetiva e parametrização do hidrograma unitário.

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Gráfico 10 – Hidrograma definitivo

Fonte: EHCI– CONDER


Na Tabela 63 exposta a seguir está apresentado o resumo dos principais resultados obtidos.
Tabela 63 – Resultados Obtidos

Tempo de
Área Impermeabilização Tempo de Vazão de
Sub-bacia concentração CN
(km²) (%) pico (Tp) (h) pico (m³/s)
(min)
01 0,91 35,33 65 20,00 3:25 17,30
02 3,06 178,12 60 20,00 5:00 18,50
03 3,68 104,45 62 10,00 4:20 28,30
04 1,64 124,78 52 10,00 4:35 7,80
05 1,05 32,20 58 5,00 3:25 12,60
06 1,01 98,10 65 10,00 4:10 9,10
07 2,09 57,18 50 15,00 3:45 16,20
08 1,51 67,90 64 15,00 3:50 17,90
09 2,11 51,32 64 15,00 3:35 29,50
10 2,75 93,63 70 20,00 4:05 33,00
11 4,37 105,21 63 15,00 4:15 36,90
12 1,14 30,58 50 0,00 3:30 7,30
13 1,97 131,53 50 10,00 4:40 8,20
14 1,85 164,55 50 20,00 4:55 8,70
15 1,21 54,36 56 0,00 3:45 8,70
16 5,01 103,30 65 5,00 4:15 42,10
17 2,00 40,75 60 5,00 3:30 23,10
18 2,49 105,36 62 10,00 4:20 19,20
19 1,20 55,39 62 10,00 3:45 13,50
20 1,36 52,66 55 5,00 3:45 10,40
21 1,15 110,19 55 0,00 4:25 5,40
22 1,79 76,92 55 5,00 4:00 11,80
23 1,66 92,84 52 10,00 4:10 9,50
24 1,94 159,53 50 40,00 4:45 13,80
25 1,73 64,67 80 15,00 3:45 31,10
26 2,95 104,98 80 20,00 4:15 39,70
27 2,76 71,56 65 5,00 3:55 28,00

253
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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

Tabela 64 – Resultados Obtidos


Tempo de
Área Impermeabilização Tempo de Vazão de
Sub-bacia concentração CN
(km²) (%) pico (Tp) (h) pico (m³/s)
(min)
28 1,54 55,50 80 15,00 3:40 29,90
29 1,02 16,71 82 15,00 3:15 36,50
30 1,55 124,82 70 5,00 4:30 13,40
31 1,18 107,07 75 10,00 4:15 13,60
32 2,26 70,10 60 0,00 4:00 17,30
33 1,47 78,16 64 0,00 4:05 12,60
34 1,01 53,53 64 20,00 3:40 13,70
35 1,73 64,17 64 5,00 3:50 18,20
36 1,69 68,75 50 5,00 3:55 9,10
37 1,39 54,69 50 0,00 3:50 6,80
38 1,92 61,55 50 0,00 3:55 8,60
39 1,88 62,80 50 0,00 3:55 8,40
40 1,41 68,32 68 10,00 3:50 18,00
41 1,74 60,04 70 15,00 3:40 26,60
42 1,29 80,59 78 15,00 3:55 19,30
43 3,88 30,76 73 5,00 3:25 81,10
44 4,34 73,19 73 10,00 3:55 59,10
45 1,06 21,94 82 15,00 3:20 32,80
46 2,15 33,33 77 15,00 3:25 52,80
47 2,15 110,00 73 10,00 4:15 23,00
48 1,53 74,93 78 10,00 3:50 23,80
49 2,34 108,97 80 20,00 4:15 31,50
50 1,36 31,25 75 15,00 3:25 32,00
51 5,04 64,24 85 25,00 3:45 101,60
52 1,16 91,34 55 0,00 4:15 6,00
53 1,64 66,19 50 0,00 3:55 7,40
54 1,97 62,85 53 0,00 3:55 10,90
55 1,28 97,20 65 15,00 4:10 12,20
56 2,03 61,78 65 5,00 3:50 22,10
57 1,30 111,31 70 15,00 4:15 13,50
58 2,22 73,61 50 0,00 4:05 9,30
59 1,91 104,75 50 0,00 4:30 6,50
60 1,98 74,85 52 0,00 4:05 9,60
61 1,54 142,74 54 5,00 4:50 6,50
62 0,96 80,49 68 15,00 4:00 11,20
Fonte: EHCI– CONDER

9.7. Investigação da separação entre os sistemas de drenagem e de esgotamento


sanitário.
“De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cada R$ 1 investido em coleta e tratamento
de esgoto representa uma economia de R$ 4 em saúde.”
Diante da constatação citada, o que se preocupa é que, no município de acordo com algumas
analises e estudos, não se encontra rede de drenagem de água pluvial, pois os esgotos são ligados
juntos, impossibilitando o real intuito do sistema. Pois o que se encontra hoje é redes de esgoto
clandestinas ligadas. Com isso a perda no investimento é enorme, e sem nenhuma economia.
Na maior parte das grandes cidades e suas regiões metropolitanas, o crescimento das áreas
urbanizadas processou-se de forma acelerada e somente em algumas a drenagem urbana foi
considerada fator preponderante no planejamento da sua expansão.

254
Município de Lauro de Freitas
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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

Os problemas de drenagem urbana nas grandes e medias cidades brasileiras que ainda
experimentam grande expansão mostram-se calamitosos. A frequência e a gravidade das
inundações em algumas cidades e regiões metropolitanas, demostram a necessidade de procurar
soluções alternativas estruturais e não estruturais e mesmo de conhecer melhor os fenômenos
climatológicos ambientais da região, hidrológica e hidráulica do problema, além de seus
componentes sociais com relação a habitação, saúde, Saneamento e os demais aspectos, inclusive
políticos-institucionais.
Sua importância mediante a essa sistemática é reduzir a exposição da população e das
propriedades ao risco de inundações, reduzir sistematicamente o nível de danos causados pelas
inundações, preservar as várzeas não urbanizadas numa condição que minimize as interferências
com o escoamento das vazões de cheias, com a sua capacidade de armazenamento, com os
ecossistemas aquáticos e terrestres de especial importância e com a interface entre as águas
superficiais e subterrâneas, assegurar que as medidas corretivas sejam compatíveis com as metas
e objetivos globais da região, minimizar os problemas de erosão e sedimentação, proteger a
qualidade ambiental e o bem-estar social e promover a utilização das várzeas para atividades de
lazer e contemplação.

10. ESTUDOS DO MUNICÍPIO


A avaliação dos impactos sobre os processos hidrológicos e sobre as cargas poluidoras
difusas, em função da atual ocupação urbana e de novos empreendimentos urbanísticos, terá como
macro referência geográfica a bacia hidrográfica da região.
É imperativo que no Plano Diretor do Município, nas suas políticas de Ocupação e Uso do
Solo, assim como nos futuros projetos urbanísticos, seja considerada como referência para a
concepção dos novos empreendimentos a manutenção da integridade do funcionamento dos
sistemas de drenagem pré-existentes.
É desejável que as soluções para o controle de cheias e da poluição difusa estejam associadas
à criação de áreas verdes e espaços de lazer e esportes, buscando a complementaridade e
multiplicidade dos objetivos dos sistemas de drenagem pluvial.
A concepção funcional dos sistemas de drenagem de água pluviais, assim como os objetivos
de redução de riscos à saúde devem estar compatíveis com a valorização dos corpos d’água no
contexto urbano e em sentido amplo com a proteção ambiental.
10.1.1. Estudos encontrados no o Plano Diretor
O plano diretor urbano, que define as grandes linhas para o desenvolvimento municipal, é
um instrumento indispensável para equacionar a problemática carência do saneamento básico nas
cidades, que transforma praticamente todos os córregos urbanos em condutores de esgotos a céu
aberto, e por consequência, as inundações, além de todos os danos que acarretam ao trafego, as
propriedades em geral, as moradias e ao comercio, trazem consigo as doenças decorrentes do
contato com a água contaminada pela população diretamente afetada. Este problema inclui a
drenagem, a qual deve ser determinada de forma que permita retirar os mais pobres das áreas de
risco. Neste contexto, este Plano de Manejo de Águas Pluviais, em elaboração, corresponde a
antecipação, pela administração atual, do aprofundamento necessário para encarar o mais grave
problema que afeta o município de Lauro de Freitas. Portanto, a partir da situação atual da macro
e micro Drenagem em Lauro de Freitas e buscando uma postura proativa diante das novas
possibilidades de enchentes, a prefeitura local está direcionando esforços para a elaboração do
Plano Diretor de Manejo de Águas Pluviais da Cidade, com a realização de um diagnóstico dos
problemas existentes no sistema e apresentação das soluções globais e abrangentes para os

255
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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

mesmos. De forma complementar, está sendo delineado um Plano de Ações Prioritárias de


Macrodrenagem Urbana com ações emergenciais direcionadas para os Pontos Críticos do Sistema.
Abaixo segue imagens de mapas, que foi estudada mediante ao Plano Diretor de 2004-2005.
Figura 44 – rios e canais do Muncipio

Fonte: Elaboração Propria


Figura 45 – Bairros, Bacias, Canais E Rios Do Município.

Fonte: Elaboração Própria

256
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Tabela 65 – Estudo Com Principais Rios E Canais.


Bacias e Canais de Macro-Drenagem

N° Bacia Área Canal principal Extensão Sub-Bacia Área Extensão


Rio Areia
01 7,57 Km2 Areia Branca 4,53 Km
Branca
02 Rio Caji 5,96 Km2 Rio do Caji 2,50 Km
03 Rio Picuaia 5,40 Km2 Rio Picuaia 4,39 Km
3a Canal Coroba 0,51Km2 0,76
3b Canal Gabião Goró 1,01Km2 1,30 Km
3c Canal José Venful 0,42Km2 0,94 Km
3d Canal Xangó Oxalá 0,23Km2 0,81 Km
04 Rio Areia 9,13 Km2 Rio Areia 6,35 Km
4a Riacho Novo Horizonte 0,53Km2 1,92 Km
4b Canal Fazendão 0,53Km2 0,85 Km
4c Canal Jd. Independencia 0,18Km2 0,56 Km
05 Canal Jáguará 0,61 Km2 Canal Jáguará 1,10 Km
5a Canal do Horto 0,34Km2 0,90 Km
5b Afluente do Jaraguá 0,13Km2 0,60 Km
Canal Jd. dos Canal Jd. dos
06 0,55 Km2 1,11 Km
Pássaros. Pássaros.
6a Canal Santa Júlia 0,18Km2 0,45 Km
Canal Hosp. Canal Hosp.
07 0,14 Km2 0,57Km
Aeroporto Aeroporto
Canal Jd. Canal Jd.
08 0,16 Km2 0,47Km
Botânico Botânico
Canal Mario Canal Mario
09 0,18 Km2 1,90Km
Epinghaus Epinghaus
9a Canal Amarilio 0,15Km2 0,48 Km
Canal dos Canal dos
10 3,27 Km2 2,95 Km
Irmãos Irmãos
10a Afluente dos Irmãos 0,16Km2 0,46 Km
10b Canal do Bosque 0,23Km2 0,86 Km
10c Canal do Jockey 0,99Km2 0,92 Km
Canal do Lagoa do
10ca 0,33Km2 0,85 Km
Jockey
Canal Enc. das Canal Enc. das
11 0,89 Km2 1,80 Km
Águas Águas
11 a Afluente Enc. das Águas 0,11Km2 0,35 Km
Rio Caji do Rio Caji do
12 0,99 Km2 1,57 Km
Tubo Tubo
Rio Caji da Rio Caji da
13 1,30 Km2 1,69 Km
Urbes Urbes
Vila Nova de Vila Nova de
14 0,35 Km2 0,71 Km
Portão Portão
Canal
15 0,81 Km2 Canal Esperança 1.63 Km
Esperança
16 Canal Garapa 2.70 Km2 Canal Garapa 2.93 Km
16 a Canal Samburá 1,02Km2 1,51 Km
16b Canal Miragem 0,98Km2 1.65 Km
16ba Canal Priscila Dutra 0,14Km2 0,57 Km
16bb Afluente do Miragem 0,12Km2 0,48 Km
17 Rio Sapato 4,56Km2 Canal dos irmão 4,02 Km
17a Canal Horto Vilas 1,31Km2 2,19Km
17aa Afluente Horto Vilas 0,50Km2 0,52Km
17b Canal Lagoa dos Patos 0,55Km2 1,60Km
17ba Canal Japonês 0,24Km2 0,80 Km
Margens do Rio
18 5,65 Km2 Rio Ipitanga 10,94 Km
Ipitanga
Margens do Rio
19 4,29 Km2 Rio Joanes 11,22 Km
Joanes
Fonte: Plano Diretor 2004-2005, estudo feito pela Holon.

257
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10.1.2. Estudo das características morfológicas e determinação de índices físicos


(hidrografia, pluviometria, topografia e outros) para as bacias e microbacias em
especial das áreas urbanas.
O município de Lauro de Freitas, objeto desta Plano Diretor de Manejo de Águas Pluviais e
Plano de Ações Prioritárias de Macrodrenagem, em desenvolvimento, está localizada através das
coordenadas geográficas 12°54’00” e 38°19’00” e é delimitado pelas cidades de Salvador, Simões
Filho e Camaçari, sendo parte integrante da Região Metropolitana de Salvador, estando a 22 km
do centro da capital e ocupando uma pequena área de 60km2. Esta cidade possui 136.258
habitantes, segundo o IBGE 2004, sendo que apenas 20,5% encontram-se na área rural.
O clima caracterizado no local está classificado como sendo de úmido a subsumido. Na
estação Meteorológica do terceiro centro integrado de Defesa Aérea e Controle de Trafego Aéreo
(EMS-1), localizada no Aeroporto Internacional de Salvador, os dados registrados em 1999, ano
que também houve registro de fortes chuvas em Lauro de Fretas, foram:
• Precipitação Média observada em abril:240,1 mm
• Precipitação Média observada em maio: 337,2 mm

Os valores de precipitação são igualmente elevados, o que colaborou para as enchentes na


cidade, sendo este quadrado agravado pela ineficiência do sistema de macrodrenagem.
O relevo de Lauro de Freitas é constituído pelas Unidades Geomórficas: Planícies Marinhas
e Fluviomarinhas, com Tabuleiros Pré-Litorâneos (CEPLAB-1980). A influência marinha
caracteriza os conglomerados/brechas, tipo de rochas presentes no ambiente, assim como os
depósitos costeiros formados por areias de praias. Os depósitos fluviais relacionam-se com os rios
e são representados pelos sedimentos de fundo. Como rochas do Embasamento tem-se os Gnaisses
e Metaxitos.
O município possui grande extensão e distribuição de solos de natureza arenosa, que são
altamente sensíveis a processos erosivos, o que contribui para o assoreamento da quase totalidade
dos canais, fazendo com que o nível de assoreamento do sistema drenante torne-se critico,
provocando inundações em quase todo espaço marginal da calha dos rios, alagamento vales, as
vezes de maneira permanente e provocando prejuízos de naturezas econômico e social.
A rede de Drenagem local tem como corpos receptores o Rio Joanes, que limita o município,
a noroeste da cidade, e o Rio Ipitanga, que atravessa grande parte da zona urbana da sede e
desemboca no Rio Joanes.
Como principais cursos secundários tem-se os Rios do Caji, Picuaia e Riacho Areia que
deságuam no rio Ipitanga, e o Rio Sapato que deságua no Rio Joanes.
Na parte destes estudos sobre a bacia do Joanes estão destacadas as preocupações com a
ocupação urbana da bacia do Rio Ipitanga, particularmente na sua porção de montante, onde se
situam as Barragens de Ipitanga I, II e III, com riscos de poluição e aumento das vazões de cheia.
Estas barragens, como também as barragens do Joanes I e II, operadas exclusivamente para
abastecimento de água, tem provocado alterações no regime destes rios, tendo-se coo
consequência, a elevação dos seus leitos, por assoreamento progressivo.
Diante disto, o sistema de Drenagem no Município de Lauro de Freitas é completamente
falho, onde na verdade é sabotado pelo o sistema de esgotamento, que vem sendo ligado
clandestinamente. Pois o sistema Público de esgotamento sanitário existente em Lauro de Freitas
contempla apenas parte dos bairros de Itinga e Vila Nova de Portão segundo o EIA/RIMA do
Sistema de disposição Oceânica do Jáguaripe, realizado para a Embasa pelo o Consorcio
GEOHIDRO/HIGESA, e concluído em 2005. Segundo este estudo, “Alguns loteamentos e
condomínios possuem sistemas isolados de esgotamento sanitários, implantados por exigência da
prefeitura para a aprovação dos empreendimentos, que geralmente contam com os sistemas
258
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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

simplificados de tratamento de esgoto (DAFA’s, lagoas de estabilização e outros) e possuem como


destino final os diversos cursos d’água que correm na localidade”.
10.1.3. Deficiências no sistema natural de drenagem, a partir de estudos hidrológicos.
Os estudos hidrológicos da Bacia do Rio Ipitanga consistirão nas avaliações das cheias de
projeto em pontos de interesse neste rio, a montante da cidade de Lauro de Freitas e na reavaliação
da capacidade de regularização das barragens do Rio Ipitanga. Estes estudos visam aproveitar as
barragens existentes na redução dos picos de cheias que afluem à zona urbana do município de
Lauro de Freitas.
Serão avaliadas as cheias de projeto em quatro seções (três barragens e interferência das
adutoras que estrangulam o rio nas maiores cheias) através da metodologia do hidrograma unitário
triangular sintético para os tempos de retorno de 1(ou 2, a definir), 5, 10, 20, 25 e 50 anos e
estudado o seu amortecimento, considerando diferentes níveis nos reservatórios, serão analisados
cenários que contemplem diferentes volumes de espera nos reservatórios.
A realização de Estudos de Regularização visa verificar se o volume armazenado pelas três
barragens (isoladamente ou em conjunto), seria capaz de atender a vazão atualmente aduzida pela
EMBASA, que é de aproximadamente 0,400 m³/s (sem considerar possível captação para a
USIBA, a ser verificada) Este Estudos de Regularização, que não estão disponíveis na EMBASA
por serem as barragens de Ipitanga I e II das décadas de 30 e 70, respectivamente, não faziam parte
do escopo inicial deste trabalho, mas são importantes na negociação com a EMBASA sobre os
usos múltiplos das barragens, a partir da definição de “volumes de espera de cheias” que não
comprometam os usos de abastecimento.

259
Município de Lauro de Freitas
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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

PROGNÓSTICO, OBJETIVOS E METAS

11. PROGNÓSTICO, OBJETIVOS E METAS


Assim como um médico que após realizar o diagnóstico, preceitua o(s) tratamento(s) para a
resolução do quadro sintomático, assim também se presta esse capítulo. Vimos no diagnóstico que
a cidade de Lauro de Freitas possui características que dificultam demasiadamente o saneamento
básico. Por exemplo, a cidade fora edificada acima de inúmeros corpos hídricos, é uma cidade-
foz, possui imensa densidade populacional (atrás apenas de Salvador na Bahia, e em 41º lugar no
Brasil). Está ao nível do mar, com uma altitude média de 30 metros, apenas. E dos seus quase 200
mil habitantes, apenas metade, tem seus esgotos devidamente tratados. Sendo que desses a maior
parte são das estações de tratamento de esgoto instaladas nos condomínios.
Não há dúvidas que para conquistarmos uma cidade saneada devemos conquistar antes uma
política municipal de saneamento básico, devidamente instituída por lei. Essa política deve
estabelecer os fundamentos, princípios, objetivos e diretrizes do saneamento municipal. Deve
também estabelecer quem serão as entidades e instrumentos que comporão a estrutura do sistema
municipal de saneamento básico.
Importa destacar que o conteúdo de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos possuirá
plano específico, denominado, nos termos da Lei Federal nº 12.305/2010, de Plano Municipal de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e, após instituído por lei própria, passará a compor o Plano
Municipal de Saneamento Básico, razão pela qual o presente prognóstico aborda apenas os
conteúdos de abastecimento de água, esgoto e drenagem.
11.1. Diretrizes e objetivos gerais do Plano
As diretrizes e os objetivos gerais da Política e do Plano Municipal de Saneamento Básico
de Lauro de Freitas devem observar:
• Obrigação de manter serviço adequado;
• Fixação e revisão periódica de tarifas que permitam o melhoramento e a expansão dos
serviços e assegurem o equilíbrio econômico e financeiro do contrato;
• Fiscalização permanente dos serviços;
• Intervenção imediata na empresa, quando devidamente comprovada a má prestação do
serviço;
• Direitos e reclamação dos usuários.

O Poder Executivo municipal após elaborar o Plano de Saneamento (PMSB), o qual deve
ser aprovado pela Câmara Municipal e se torna instrumento obrigatório para a contratação de
empresas delegatárias dos serviços públicos.
Os objetivos estratégicos do PMSB para o Município e os prestadores dos serviços. Estes
objetivos são:
• garantir e ampliar o atendimento pelas redes existentes e por meio de outras tecnologias
apropriadas e serviços de saneamento básico a todas as áreas do Município,
universalizando o acesso e assegurando a qualidade na prestação dos serviços;
• articular as políticas públicas municipais de assistência social no sentido de promover a
inclusão das populações de baixa renda, prevenindo situações de risco social;
• elevar os padrões de atendimento do Município na prestação de serviços públicos;

260
Município de Lauro de Freitas
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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

• fortalecer a posição do Município enquanto poder concedente dos serviços de saneamento


básico.

No campo específico do saneamento básico o Município deve ter o compromisso de instituir


Política Municipal de Saneamento Básico, abrangendo os serviços de abastecimento de água,
esgotamento sanitário, drenagem/manejo de águas pluviais, e a limpeza urbana/manejo de resíduos
sólidos; contemplando os princípios de universalidade, equidade, integralidade, intersetorialidade,
qualidade do serviço, sustentabilidade, transparência das ações, utilizações de tecnologias
apropriadas e gestão pública; e assegurando a participação e o controle social na sua formulação e
implementação.
Em relação aos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, além de reafirmar
o papel do Município como poder Concedente e gestor da política de saneamento básico, e sua
obrigação-dever de garantir a qualidade, a regularidade, continuidade, eficiência, segurança e
modicidade de preços na prestação de serviço, de acordo com as necessidades dos usuários,
algumas das quais podem ser traduzidas complementarmente em objetivos estratégicos do PMSB.
11.2. Metas gerais da política e do PMSB
As diretrizes e objetivos estabelecidos para a Política Municipal de Saneamento Básico
traduzem por si as metas gerais a serem perseguidas pela Administração Municipal, mediante
programas, projetos e ações específicos discutidos e definidos no processo de elaboração do
PMSB, tanto no plano jurídico-institucional e administrativo, de responsabilidade do governo
municipal, como no âmbito da gestão dos serviços, de responsabilidade dos seus órgãos e entidades
executivas, inclusive entidades delegatórias, como é o caso da EMBASA.
No plano jurídico-institucional e administrativo os seguintes objetivos e metas materiais
sem, no entanto, fixar as respectivas metas temporais:
• Instituição da política e plano municipal de saneamento básico;
• Criação do órgão central de saneamento do município;
• Criação e regulamentação do sistema municipal de saneamento básico;
• Definição de órgão regulador e fiscalizador dos serviços de saneamento básico delegados;
• Instituição do fórum municipal de saneamento básico;
• Criação e regulamentação do fundo municipal de saneamento básico;
• Instituição da câmara técnica de saneamento básico no CONCIDADE, como instância de
controle social;
• Elaboração e implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico;
• Organização e implantação do Sistema de Informação Municipal; e
• Criação e implementação de programas de formação e capacitação de recursos humanos
em saneamento básico, educação ambiental e mobilização social para esta área, dentre
outros.
11.3. Estrutura para os programas, objetivos e metas específicas do PMSB
O Prognóstico compreende estudos prospectivos do saneamento básico, com a finalidade de
sua universalização e define programas e projetos que proporcionam a implantação de ações
visando à melhoria da qualidade de vida.
O desenvolvimento do prognóstico resultará na formulação de estratégias para o alcance dos
objetivos, diretrizes e metas definidas para um horizonte temporal de 20 anos, estabelecido
conforme o Termo de Referencia para Elaboração de Plano Municipal de Saneamento Básico,
considerando a definição de metas de:

261
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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

• Ações imediatas ou emergenciais – até 3 anos (2020)


• Curto prazo: 4 a 8 anos (2021 a 2025)
• Médio prazo: entre 9 a 12 anos (2026 a 2029)
• Longo Prazo: entre 13 e 20 anos (2030 a 2038)

As metas e ações foram definidas com base no conjunto de serviços de Saneamento Básico:
Sistema de Abastecimento de Água , Sistema de Esgotamento Sanitário e Drenagem Urbana, e
com relação a Resíduos Sólidos. O conteúdo de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
possuirá plano específico, denominado, nos termos da Lei Federal nº 12.305/2010, de Plano
Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, e após instituído por lei própria, passará a
compor o Plano Municipal de Saneamento Básico.
Neste tópico são propostos os objetivos, as metas e os programas específicos do PMSB para
a gestão dos serviços públicos de abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem utbana
do Município do Lauro de Freitas.
11.4. Objetivos estratégicos do PMSB
Do ponto de vista municipal são objetivos estratégicos do Plano Municipal de Saneamento
Básico, a serem buscados de forma gradual:

• Estabelecer a adequada articulação institucional dos atores públicos, sociais e privados e


demais segmentos organizados da sociedade que atuam nos quatro componentes dos
serviços públicos do saneamento básico;
• Estabelecer os mecanismos e instrumentos para a adequada articulação do planejamento e
da prestação dos serviços de saneamento básico com: as estratégias e objetivos da política
urbana, considerando o Plano Diretor, os planos de habitação e os planos de mobilidade
urbana e as políticas e os planos locais e regionais de saúde, recursos hídricos e bacias
hidrográficas, meio ambiente e inclusão social;
• Estabelecer as estratégias e ações para promover a salubridade ambiental, a qualidade de
vida e a educação ambiental, nos aspectos diretamente relacionados ao saneamento básico;
• Estabelecer os mecanismos institucionais e de acesso à informação para o efetivo controle
e participação social no planejamento, monitoramento e avaliação do Plano e seus
programas e nas atividades de regulação e fiscalização da prestação dos serviços;
• Estabelecer as diretrizes, os instrumentos normativos e os procedimentos administrativos
da regulação e da fiscalização dos serviços de saneamento básico;
• Estabelecer diretrizes para o desenvolvimento e adoção de alternativas tecnológicas
apropriadas orientadas para métodos, técnicas e processos eficientes, simples e de baixo
custo que considerem as peculiaridades locais e a cultura popular;
• Definir os instrumentos e soluções institucionais, administrativas e operacionais
sustentáveis para a gestão e a prestação dos serviços de saneamento básico para a população
de áreas de urbanização precária e comunidades tradicionais; estabelecer diretrizes para a
organização e implementação do Sistema Municipal de Informações em Saneamento
Básico, em consonância com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico –
SINISA;
• A definição de indicadores de monitoramento e avaliação da situação de acesso, qualidade,
segurança, eficiência, eficácia e efetividade na gestão e na prestação dos serviços e nas
condições de saúde e de salubridade ambiental;

262
Município de Lauro de Freitas
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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

• Estabelecer as condições técnicas e institucionais para a garantia da qualidade e segurança


da água para consumo humano, conforme estabelece a Portaria nº 2.914, de dezembro de
2011 do Ministério da Saúde; e
• Definir diretrizes para a elaboração dos estudos a serem realizados pelos prestadores de
cada serviço e para a consolidação e compatibilização dos respectivos planos específicos.
11.5. Sistema de abastecimento de água
O sistema de abastecimento de água dispõe de infraestrutura bastante ampla da disposição
dos serviços e está sendo ampliado. Com isto os objetivos e metas do PMSB para este sistema
estão focados, principalmente, em programas e ações de planejamento e de modernização e
melhorias operacionais de curto prazo, e de ampliação da infraestrutura de redes para o
atendimento aos 0,5% não atendido e do crescimento da demanda no médio e longo prazo.

Para o abastecimento de água:


• garantia de atendimento efetivo do sistema de abastecimento de água a todos os estratos
sociais da população, com serviço de qualidade;
• definição de mecanismos de monitoração e avaliação sistemáticos da qualidade do serviço
de abastecimento de água pelo Poder Público Municipal;
• estabelecimento de metas para a redução das perdas no sistema de abastecimento
• de água;
• divulgação periódica, pela concessionária, dos dados e indicadores referentes ao sistema
de abastecimento de água no Município, democratizando o acesso à informação e
possibilitando o controle social sobre a qualidade do serviço;
• desenvolvimento de modelos e regras operativas das estruturas hidráulicas, considerando
o uso múltiplo dos recursos hídricos no Município.”

Nos Capítulos a seguir serão apresentados os programas, objetivos e metas específicas e o


detalhamento das respectivas ações para o sistema de abastecimento de água de Lauro de Freitas.
11.6. Sistema de esgotamento sanitário
O sistema de esgotamento sanitário ainda possui um grande déficit de atendimento, apesar
do sistema de coleta e disposição está sendo ampliado o que garantira um atendimento de
aproximadamente 50%. A parte mais importante do sistema que é linha de recalque de esgoto
bruto para a ECP – Estação de Condicionamento Prévio a qual está prevista para ser concluída em
2019-2020 e já foi projetada para uma vazão de 1,17m3/s.
Em relação à infraestrutura de coleta os objetivos e metas do PMSB estão concentrados para
contemplar as intervenções de curto, médio e longo prazo para o adensamento da cobertura (redes
e ligações) e ampliação do acesso (ligações) em áreas já atendidas com a infraestrutura principal
do sistema de coleta e de tratamento por meio de disposição oceânica.
Em relação às localidades que não são atendidas pela Embasa a prefeitura procurar implantar
sistema individuais e/ou compactos de tratamentos contemplando um programa apenas com ações
de curto e médio prazo.
O PMSB - Água e Esgoto contemplam também ações de atualização do Plano Diretor de
Esgotamento Sanitário e criação das diretrizes e bases normativas técnicas para o planejamento,
padronização e elaboração de projetos básicos e executivos.

Para o esgotamento sanitário:


• garantia de atendimento a todos os estratos sociais com sistema de esgotamento sanitário e

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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

serviço de qualidade ou com outras soluções apropriadas à realidade sócia- ambiental;


• estabelecimento de prioridades para implantação de rede coletora e ligações domiciliares,
segundo bacias, de acordo com os níveis de demanda reprimida e necessidades mais
acentuadas;
• estabelecimento, como fator de prioridade:
• da implantação e operação de sistemas de esgotamento sanitário ou com outras soluções
apropriadas que contribuam para a melhoria da salubridade ambiental;
• da implantação e operação de sistemas de esgotamento sanitário ou outras soluções
apropriadas nas áreas de proteção de mananciais, em particular aquelas situadas no entorno
dos reservatórios utilizados para o abastecimento público;
• da implantação de programas de despoluição dos corpos d’água do Município em estágio
avançado de eutrofização;
• desenvolvimento de programa de educação ambiental pelo Município, em parceria com a
concessionária, voltado:
• para a população em geral, visando a minimizar a geração de efluentes líquidos e o reuso
da água, otimizando o uso da água tratada para consumo humano;
• para as comunidades de áreas cujo tratamento de esgoto é realizado, principalmente por
meio de lagoas de estabilização, de modo a evitar conflitos ambientais, riscos à segurança
e saúde humanas resultantes da utilização inadequada dos corpos d’água, e a consequente
rejeição do sistema pela população beneficiária.”
Sistema de Drenagem Urbana

12. METAS DO PMSBLF


12.1. Resolução do Alagamento da Av. Mário Epinghaus
A Av. Mário Epingahaus possui pontos de alagamentos críticos, necessitando de obras de
macrodrenagem. Por esta razão, tal intervenção é prioritária no componente drenagem. Já existe
projeto e os serviços estão orçados em R$ 3.648.325,41, com preços atualizados em base SINAPI
de setembro de 2017.
A bacia hidrográfica que drena para o canal da Rua Brigadeiro Mário Epinghaus situa-se
inserida dentro da área urbana de Lauro de Freitas e apresenta as seguintes características básicas:
• Área total da bacia = 1,20 Km2
• Desnível geométrico máximo = 11m
• Comprimento do talvegue principal = 1.844m
• Coeficiente de run-off (de escoamento superficial) médio = 0,90* (*estimado em função
de recomendações da bibliografia especializada).
A bacia hidrográfica é caracterizada por englobar ruas com declividades suaves a íngremes,
declividades de 2 m/km a 56 m/km, todas urbanizadas, asfaltadas, algumas inclusive com sistemas
de drenagem superficial e subterrânea (galerias).

12.2. Desvio do canal dos irmãos


O Canal dos Irmãos, nasce no bairro Portão, próximo ao condomínio empresarial Malibu, e
segue para desaguar no rio Ipitanga, cortando a Estrada do Coco em dois trechos, trata-se de um
canal de aproximadamente 4,66Km de comprimento. A imagem extraída da planta “LF1-DE-
DRN_GE1-001-R2”, abaixo editada, demonstra o percurso que o este canal faz.

264
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Figura 46 – Traçado do Canal dos Irmãos

A planta “LF1-DE-DRN_MADR-009-R2”, recortada no ponto de deságue do Canal dos


Irmãos no Rio Ipitanga, melhor demonstra o traçado do canal neste trecho:
Figura 47 – Foz do Canal dos Irmãos no Rio
Ipitanga

Embora a vegetação não permita visualizar adequadamente o curso das águas do rio Ipitanga
no momento em que o canal dos irmãos deságua neste, na foto abaixo extraída do Google Earth
(imagem de 16.07.17), é possível precisar a localização em comento:

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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

Figura 48 – Trecho do Canal da Blandina

Dado de extrema relevância deste canal, foi o estudo apresentado pela empresa Holon, na
qual se expressa que a área em quilômetro quadrados da sub-bacia deste canal é 4,78km²,
possuindo desnível geométrico ao longo de sua extensão de 20 metros.
Apresenta-se estudos de vazões para um cenário de 10, 15, 20 e 50 anos. Tendo em vista que
o estudo foi realizado em 2005, tem-se que em 2015 a vazão média do canal foi da ordem de
17,21m³/s.
Tais dados demonstram que o canal dos irmão é um corpo hídrico de alta relevância no
município de Lauro de Freitas, tanto o é que conforme a tabela 40 do estudo apresentado, na
priorização das medidas estruturais propostas, a solução para o Canal dos Irmãos obteve pontuação
máxima, ficando em primeira ordem de prioridade.
Uma análise detalhada das enchentes e/ou alagamentos com área densamente ocupada,
verificamos que, um caso especifico do Canal dos Irmãos, ocorre muita interferência por haver
fatores de muito crescimento urbano e também ocorre interferência direta:

• Nas áreas denominadas Boca da Mata e Sempre Verde (bairro Portão) – ambas ocupadas
por uma população extremamente carente, cujas condições de saneamento básico são
precárias, sendo notada a grande probabilidade de ocorrência de doenças como diarreia,
cólera, dengue, meningite e a proliferação de ratos e insetos, dentre outras consequências
graves para a saúde pública;
• Na Estrada do Coco - a mais importante via de acesso do Município, com a presença de
inúmeros estabelecimentos comerciais, que movimentam a economia local;
• Na Avenida Luiz Tarquínio - cuja característica principal reside no fato de ser uma via de
acesso a zonas residenciais e a empreendimentos educacionais.
• Tal canal tem hoje uma extensão aproximada de 5840 m e a área total estimada de
contribuição da bacia é de aproximadamente 340 ha.
Esse pleito destina-se à obtenção de recursos para realização de obras que desviarão parte da
vazão do canal, através da construção de galeria pelo lado de montante da travessia da Estrada do

266
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Coco, em uma via paralela à referida Estrada, denominada Rua Boca da Mata e a travessia, após
o término desta rua, com a continuação da canalização pelo lado de jusante, até o Rio Joanes:
1) 1º Trecho (extensão de 538,88m) – Estende-se da travessia existente até a lagoa situada
entre as ruas Antônio Teixeira e Moisés de Araújo, onde fará o primeiro lançamento – este
trecho será executado com galerias tubulares tipo RIB LOC ou metálico tipo TUNNEL
LINER e galeria retangular de concreto armado;
2) 2º Trecho (extensão de 496,31m) – Inicia-se na lagoa supracitada e prossegue até o Rio
Joanes – este trecho será constituído por galerias e canais retangulares de concreto armado
e alvenaria de pedra.

O desvio do Canal dos Irmãos é a obra que trará resolução definitiva dos casos de alagamento
em grande parte do bairro de Pitangueiras, que afeta diretamente a Av. Luís Tarquínio Pontes,
importante vetor de tráfego do município. Esta obra já foi licitada no passado pela Conder,
contudo não chegou a ser iniciada. Já possui projeto e orçamento. O valor atualizado R$
12.257.473,42 , com preços atualizados em data-base de setembro de 2017.
12.3. Microdrenagem
Uma das metas deste plano é fazer o cadastro de toda rede de microdrenagem do município.
Atualmente se sabe que a maioria das ruas do município possuem rede de drenagem, mas não se
tem a determinação precisa desta. Assim como não se sabe por onde passam e quais são os
diâmetros e demais elementos do sistema de drenagem. O objetivo é alimentar um banco de dados
com todos esses registros.
.

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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

13. OBRA CONDER – RESERVATÓRIO DE AMORTECIMENTO


CONSORCIO IPITANGA.
Figura 49 – Implantação de reservatório de amortecimento

Fonte: Conder 2017 – Mapa dos Reservatórios de Amortecimento

13.1. Soluções previstas no anteprojeto


O anteprojeto deu origem a um conjunto amplo de propostas para resolver os problemas da
drenagem na bacia hidrográfica do rio Ipitanga que visam à calha do curso d’água principal e
também diversas localidades instaladas em talvegues onde o escoamento das águas pluviais não
é satisfatório devido à ocupação urbana ao redor dessas locais.
O anteprojeto em questão sugere a instalação de seis reservatórios de amortecimento de
cheias em locais que o fundo de vale está preservado e as desapropriações não são necessárias.
Desses seis reservatórios quatro serão instalados no caminhamento do rio Ipitanga e os outros
dois, em córregos contribuintes.
A Tabela 66 exposta a seguir apresenta a localização dos sete reservatórios de
amortecimento propostos:
Tabela 66 – Localização dos reservatórios de amortecimento
Reservatório Sub-bacia Localização
01 Rio Ipitanga (médio curso) Próximo à represa Ipitanga I
02 Rio Ipitanga (médio curso) Loteamento Parque São Cristóvão
03 Rio Ipitanga (médio curso) Próximo ao Aeroporto
04A Rio Ipitanga (médio curso) Próximo à base Aérea
04 Rio Ipitanga (baixo curso) Centro de Lauro de Freitas (Ginásio de Esportes)
05 Rio Areia Região da Quinta Portuguesa
06 Rio Caji Jardim Castelão
Fonte: COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DA BAHIA, volume III – relatório estudos
hidrológicos. Data da foto 28/02/2012.

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Para reter as águas será feito, mediante barramento do curso d’água, um vertedor no topo e
tubulações de descarga no nível do fundo do rio.
Devidos às características da ocupação urbana em volta dos reservatórios, o anteprojeto
estabelece desníveis baixos, menores que cinco metros, entre a crista do barramento e o nível do
rio.
Para aumentar a capacidade de acumulação das águas, o projeto requer a remoção de um
volume grande de terra, para que o fundo dos reservatórios fique em cota pouco superior ao nível
do rio.
A atribuição de um uso aos reservatórios consiste numa estratégia para a conservação destas
unidades e para coibir o avanço da ocupação urbana sobre estas áreas destinadas ao amortecimento.
Ao longo do rio Ipitanga, no trecho compreendido entre a barragem da represa Ipitanga I e
o Reservatório 04, o anteprojeto sugere a instalação de estruturas do tipo “chicana”, em gabião,
para aumento da macrorugosidade da calha do rio.
Estudo identificou que, mesmo com o retardamento e o rebaixamento do pico das cheias que
deverá ser proporcionado pelos reservatórios de amortecimento e pelo aumento da
macrorrugosidade, a segunda ponte da Estrada do Coco (no entorno da loja Insinuante) está
subdimensionada para a veiculação adequada das cheias para um tempo de retorno de 25 anos, que
foi aquele adotado em todo o âmbito da proposta.
Em alguns trechos do vale do rio Ipitanga estima-se a criação de um parque linear, dotado
de ciclovia e algumas áreas de convivência, como forma de consolidar a importância ambiental
das áreas marginais aos rios, entendidas como de proteção permanente.
Além das intervenções relacionadas à solução dos problemas no rio Ipitanga propriamente
dito, como descrito anteriormente o anteprojeto determina a canalização de alguns talvegues, para
minimizar os alagamentos em áreas densamente urbanizadas. As obras deverão abranger nove
canais, em que se alterna o aproveitamento de dispositivos de drenagem existentes e a construção
de novos canais ou redes. Na Tabela 67 exposta a seguir apresenta a localização dos canais em
comento:
Tabela 67 – Localização dos canais

Canal Localidade Rua de Referência


Horto Itinga Rua Valentina dos Santos
Jaraguá Itinga / Jardim dos Pássaros Rua Gerino de Souza Filho
Santa Júlia Jardim dos Pássaros Rua Jaciara Ferreira Freitas
Jardim dos Pássaros Jardim dos Pássaros Rua Gerino de Souza Filho
Fazendão Itinga / Parque Santa Rita Rua João do Carmo Souza
Xangô Oxalá Xangô Oxalá Rua Theotônio Vilela
Caji da Urbis Polo Habitacional Litoral Norte Via de Ligação
Japonês Ipitanga Rua Vitória da Conquista
Lagoa dos Patos Ipitanga Rua Professor Edvaldo Brito
Fonte: EHCI– CONDER

Diretriz que norteou a elaboração do anteprojeto está fundamentada no paradigma da


drenagem sustentável, em que se prioriza a infiltração das águas de chuva ou a retenção das cheias
em detrimento à canalização dos cursos d’água, para evitar a transferência das ondas de cheia para
jusante.
Contudo, nos nove talvegues para os quais são propostos canais ou no trecho final do rio
Ipitanga, para o qual se determina o desassoreamento da calha, o princípio da ampliação da
capacidade de escoamento teve que ser empregado em virtude da insuficiência de espaço

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disponível para criação de reservatórios de amortecimento ou pela dificuldade de utilização de


soluções destinadas à infiltração das águas de chuva.

14. BAIRRO NOVO DO MUNICÍPIO


Empreendimento Novo Bairro localizado em Quingoma – Lauro de Freitas, Bahia e abaixo
breve resumo sobre a concepção do projeto:
• Unidades residenciais horizontais – 1.193;
• Unidades residenciais verticais - 2.000;
• Unidades de uso misto - 72;
• Áreas institucionais propostas com equipamentos urbanos de saúde, educação e lazer,
como: PA (UPA e USF); Escola Profissionalizante; Escola com 06 salas de aula; quadra
poliesportiva coberta; Creche para 240 crianças por turno; Praças Temáticas:
Adolescência, Convivência, Fitness, da Cidadania, Ecumênica;
• Sistema viário com ciclo faixa;
• Para solução do Esgotamento Sanitário do Empreendimento optou-se pela adoção de
sistemas descentralizados, compostos por rede coletora, Estação Elevatória e Estação
Compactas de Tratamento. De forma a conceber um empreendimento pautado no conceito
“Green Building”, as estações de tratamento compactas, que serão previstas para o
empreendimento possuirão tecnologia e grau de tratamento que possibilita o reuso do
efluente tratado para fertirrigação das áreas verdes, dando assim uma alternativa ao
lançamento do efluente tratado em corpo d’água. Além disso, estuda-se a alternativa de
implantar, tanto nas estações elevatórias de esgoto quanto nas estações de tratamento de
esgoto, painéis de energia solar que gerem energia para o funcionamento destes
equipamentos e o excedente possa ser absorvido pelo sistema distribuidor de energia;
• Os empreendimentos serão abastecidos por meio de uma linha de alimentação a ser
derivada de um ponto indicado pela Embasa no seu sistema, a princípio da Av. Dr. Gerino
de S. Filho;
• Os fundamentos da drenagem urbana moderna (Sistemas de Drenagem Sustentáveis -
SUDS) estão basicamente em não transferir os impactos à jusante, evitando a ampliação
das cheias naturais, recuperar os corpos hídricos, buscando o reequilíbrio dos ciclos
naturais (hidrológicos, biológicos e ecológicos) e considerar a bacia hidrográfica como
unidade espacial de ação.

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Figura 50 – Localização Bairro Novo

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PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES

15. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES


15.1. Definição
Projetos é instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa,
envolvendo um conjunto de operações limitadas no tempo, das quais resulta um produto que
concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo.
15.2. Importância
Os programas, projetos e ações aqui propostos têm como base as necessidades constatadas
nas fases de diagnóstico e estão baseados nas boas práticas de gestão que compreendem um
conjunto de recomendações quanto aos procedimentos que melhor se ajustam aos objetivos
pretendidos, que no presente caso estão relacionados aos sistemas de abastecimento de água,
esgotamento sanitário e Drenagem.
Frisa-se que as proposições aqui apresentadas não esgotam as possibilidades de melhorias,
podendo o gestor público adequá-las e/ou complementá-las na medida das necessidades, com o
intuito de que em quatro anos há a renovação do Plano atendendo a suas necessidades.

16. ESTUDOS E PROJETOS


Para a gestão adequada das ações e dos investimentos no sistema de abastecimento de água
(SAA), do esgotamento sanitário (SES) e da drenagem urbana do município, torna-se necessário
a contratação de estudos e projetos para os mesmos, prevendo-se:
• Contratação imediata de estudos de concepção para o SAA e para o SES;
• Contratação de projetos de ampliação para o SAA e para o SES ao longo do período do
PMSB.
• Contratação de empresa especializada para elaboração dos planos diretores de macro e
micro drenagem.

17. PROGRAMAS
17.1. Pesquisa ativa de vazamentos visíveis e não visíveis
A Pesquisa Ativa de Vazamentos Visíveis e Não-Visíveis tem por meta o acompanhamento
e redução das perdas do sistema de abastecimento de água.
17.2. Programa de macromedição (instalação de macro medidores)
O Programa de Macromedição é uma atividade indispensável para o controle e
gerenciamento das perdas de água, devendo, portanto, os equipamentos serem instalados de acordo
com o nos primeiros anos do PMSB. Onde poderia alienar com a concessionária responsável a
melhor forma de implantação e monitoramento.
Aliados aos macromedidores já instalados nas saídas, das estações de tratamento de água,
deverão ser instalados outros macro medidores nas saídas de reservatórios, na entrada dos distritos
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de medição e controle (DMC) e em determinados pontos de distribuição de água na cidade, é uma


necessidade de curto prazo, que permitirá o controle operacional do sistema e, proporcionará o
conhecimento das vazões produzidas, juntamente com o conhecimento dos volumes efetivamente
consumidos (micromedidos).
Permitirá também conhecer as reais perdas físicas por vazamentos, o que é necessário para
um correto dimensionamento das ações a serem determinadas para redução das perdas e,
consequentemente, na redução do consumo de energia, além de ser um item necessário para a
obtenção da outorga de uso de água no município.
17.3. Programa de uso racional de água e educação ambiental
A atuação do gestor do SAA na redução do consumo per capita médio, em conjunto com a
redução das perdas físicas constituem-se em medidas prioritárias, que têm efeito direto nas
demandas hídricas do município, impactando significativamente nos mananciais e nos
investimentos no SAA, particularmente na produção.
Constituem se, portanto, como medidas fundamentais do PMSB.
O referido programa deve ser inicialmente implantado em todas as instituições públicas do
município e estendido posteriormente para o município, através de campanhas públicas e da
educação ambiental.
17.4. Programa de melhoria da infraestrutura de atendimento e equipamentos
de manutenção
O Programa de Melhoria da Infraestrutura de Atendimento e Manutenção prevê a melhoria
dos recursos de informática, capacitação do pessoal responsável pelo atendimento ao público e
atendimento personalizado ao cliente (Call Center), aquisição de veículos de apoio e manutenção,
aquisição de equipamentos de manutenção e monitoramento para cadastros das redes e das redes
já cadastradas.
17.5. Programa de elaboração de cadastro técnico dos sistemas de água e esgoto
Providência importante pelo aspecto de controle operacional dos sistemas. É necessário que
se disponha dos cadastros técnicos tanto das redes de distribuição de água e de coleta de esgotos
quanto das unidades localizadas componentes dos sistemas: áreas, edificações, equipamentos
instalados, etc. Este conhecimento é fundamental para que se possam programar as ações de
conservação, manutenção e até de correção diante de eventos danosos que venham a ocorrer.
Previu-se a elaboração de cadastros digitais de todas as unidades, incluindo plantas, cortes,
locação de equipamentos, níveis e coordenadas (referenciados a marcos oficiais), características
técnicas e operacionais, com campos para registro de ocorrências e controle operacional, tudo em
meio digital, disponibilizado em rede. Com o advento das novas tecnologias empregadas na
construção e atualização de sistemas cadastrais, faz-se necessário neste programa, a inclusão de
geoprocessamento e integração de subsistemas, como de manutenções e sistema comercial, por
exemplo. E com isso podendo forma junto com o de Drenagem um Sistema Municipal de banco
de dados de Saneamento Básico.
17.6. Implantação/adequação de CCO (Centro de Controle Operacional)
A implantação de CCO permite identificar rapidamente os locais onde há vazamento nas
redes de água e controlar a produção e distribuição de água com mais eficiência, gerando economia
na utilização de produtos químicos no tratamento e redução nas perdas. Além disso, permite aos
gestores dos sistemas a tomada de decisões mais rápidas para evitar o desabastecimento de água

273
Município de Lauro de Freitas
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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

para a população. O CCO serve para fortalecer a gestão operacional dos sistemas de abastecimento
de água, bem como de esgotamento sanitário.
17.7. Programa de capacitação de pessoal (sistema cadastral, modelagem,
perdas, etc.)
O Programa de Capacitações de Pessoal alocado nos setores de sistema cadastral,
modelagem, perdas, etc., visa mobilizar, articular e desenvolver conhecimentos, recursos,
habilidades e experiências que agreguem valor à instituição e valor produtivo ao indivíduo, no que
diz respeito ao saber fazer, apropriando-se dos meios adequados para alcançar os objetivos.

18. FONTES DE FINACINACIAMENTOS

A prefeitura Municipal de Lauro de Freitas, assim como os demais municípios brasileiros


encontram dificuldades para executar projetos e planos que requerem altos investimentos, em
especial no que se diz respeito a saneamento básico, que ao longo da década sempre foi preterido
por outras prioridades na gestão pública. Para que se torne possível à implantação do presente
PMSB, a prefeitura deverá recorrer à implementação de um fundo municipal específico para
financiar o saneamento básico e fontes de financiamento (reembolsáveis ou não reembolsáveis),
de forma a viabilizar a concretização do planejado. Neste sentido, apresentamos às principais
fontes de acesso a recursos financeiros, através de convênios, financiamentos, emendas
parlamentares estaduais e federais. O município poderá utilizar de forma isolada ou combinada,
modalidades de obtenção de recursos financeiros. Onde o PMSB é a principal fonte de
financiamento. E as outras principais fontes de cada tipo de recursos são apresentadas a seguir.
Destaca-se que a alocação de recursos públicos federais e os financiamentos com recursos da
União ou com recursos geridos ou operados por órgãos ou entidades da União serão feitos em
conformidade com as diretrizes e os objetivos estabelecidos nos arts. 48 e 49 da Lei Nacional de
Saneamento Básico e com os PMSB’s.
18.1. Ministério das Cidades
O Programa de Saneamento Básico possui uma linha de ação denominada Abastecimento
de Água, Esgotamento Sanitário e Drenagem cuja finalidade é o apoio à implantação, ampliação
e melhorias desses sistemas, bem como apoio a intervenções destinadas ao combate às perdas de
água em Sistemas de Abastecimento de Água. Outra linha do referido programa de governo é o
manejo de resíduos sólidos com apoio à implantação e ampliação dos sistemas de limpeza pública,
acondicionamento, coleta, disposição final e tratamento de resíduos sólidos urbano, com ênfase à
promoção da inclusão e emancipação econômica de catadores e encerramento de lixões.
18.2. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDS
O BNDES possui o Fundo Social destinado a recursos financeiros não reembolsáveis cuja
finalidade é apoiar projetos de caráter social nas áreas de geração de emprego e renda, serviços
urbanos, saúde, educação e desportos, justiça, meio ambiente, desenvolvimento rural e outras
vinculadas aí desenvolvimento regional e social. Os recursos do Fundo Social serão destinados a
investimentos fixos, inclusive aquisição de máquinas e equipamentos importados, sem similar
nacional, no mercado interno e de máquinas e equipamentos usados; capacitação; capital de giro;
despesas pré-operacionais e outros itens que sejam consideradas essenciais para a consecução dos
objetivos do apoio. O público alvo são pessoas jurídicas de direito público interno e pessoas
jurídicas de direito privado, com ou sem fins lucrativos, exclusivamente em programas específicos,

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atividades produtivas com objetivo de geração de emprego e renda e desenvolvimento institucional


orientado, direta ou indiretamente, para instituições de microcrédito produtivo.
18.3. Fundos internacionais de investimento.
As prefeituras têm acesso também a fontes de financiamentos internacionais, as quais
poderiam ampliar suas opções de condições, taxas e amortizações para a contratação de
empréstimos. As fontes são inúmeras e as taxas diferenciadas, porém os requisitos para a
contratação são grandes, o que absorve do contratante, muita organização e atenção nos
procedimentos a serem adotados. Uma das principais fontes de financiamento internacional é o
BIRD (Internacional Bank for Reconstruction and Development).
O BIRD foi criado em 1945, e conta hoje com 185 países membros, entre eles o Brasil.
Juntamente com a IDA (Associação Internacional de Desenvolvimento), constitui o Banco
Mundial, organização que tem como principal objetivo à promoção do progresso econômico e
social dos países membros mediante o financiamento de projetos com vistas à melhoria das
condições de vida nesses países. O BIRD é uma das maiores fontes de conhecimento e
financiamento do mundo, que oferece apoio aos governos dos países membros em seus esforços
para investir em escolas e centros de saúde, fornecimento de água e energia, combate a doenças e
proteção ao meio ambiente. Ao contrário dos bancos comerciais, o Banco Mundial fornece crédito
a juros baixos ou até mesmo sem juros aos países que não conseguem obter empréstimos para
desenvolvimento
18.4. Fundo municipal de saneamento
A criação do Fundo Municipal de Saneamento básico teria como missão o financiamento
das ações públicas de saneamento básico, conforme a Política e o Plano Municipal de Saneamento
Básico. Suas fontes de recursos podem ser constituídas de dotações orçamentárias dos municípios
envolvidos e de outros níveis de governo, bem como de outros fundos, doações e subvenções
nacionais e internacionais, além de recursos financeiros de agências de financiamentos nacionais.
O Fundo teria o objetivo principal de promover a universalização dos serviços no município
e, secundariamente, de constituir uma fonte complementar e permanente do financiamento das
ações a custos subsidiados, visando a garantir a permanência da universalização e a qualidade dos
serviços. Os recursos do Fundo Municipal de saneamento Básico serão provenientes de:

• porcentagem sobre a receita operacional líquida da Empresa Baiana de Águas e


Saneamento S/A – Embasa, por mês que for superavitário, para atendimento das
finalidades previstas nesta lei, nos termos do contrato de programa;
• das dotações orçamentárias, constantes do Orçamento Geral do Município a ele
especificamente destinadas;
• dos créditos adicionais a ele destinados;
• das doações, reembolsos, legados ou subvenções de pessoas físicas ou jurídicas de
direito público ou privado, nacionais ou internacionais;
• dos rendimentos obtidos com a aplicação de seu próprio patrimônio;
• de outras receitas eventuais.

18.5. Dados econômicos


O Município de Lauro de Freitas ainda não possui recursos destinados a investimentos e
sustentabilidade econômica dos serviços de saneamento básico, além dos que foram obtidos por

275
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emenda parlamentar ou contrato com a Caixa Econômica Federal, para realização de obras de
Saneamento, pela EMBASA.
Beneficiado com R$ 170 milhões de um programa de saneamento do governo federal em
2009, o município de Lauro de Freitas deveria ter 95% dos domicílios interligados à rede de
esgotamento da Embasa quando as obras estivessem concluídas. Contudo, por questões judiciais
com a empresa vencedora do certame, o projeto se estagnou por muito tempo. Retornando neste
ano. Parte da empreitada já foi executada.
O projeto, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano do governo estadual,
prevê a construção da rede coletora de esgotamento sanitário do município e sua ligação ao
emissário submarino de Jaguaribe, em Salvador, através do interceptor (duto) que ligará Lauro de
Freitas à Boca do Rio em Salvador. Está prevista a implantação de 287 quilômetros de rede
coletora de esgoto, 25 estações elevatórias (bombas), 33 quilômetros de linha de recalque (ligação
da rede ao interceptar da Paralela) e 40 mil ligações domiciliares.

18.5.1. PIB Municipal

As cinco maiores economias municipais, pela ótica do PIB, vêm ao longo da série
comportando-se de forma coerente, conforme pode ser verificada na Tabela I.2.14.1, o município
de Salvador, pelas suas características de capital do Estado e o principal polo de serviços, é o que
apresenta o maior valor agregado (VA), sendo responsável por 25,78% do PIB. Em seguida estão
Camaçari com 7,20% com sua economia baseada na indústria de transformação, em especial nos
seguimentos químico e automotivo; Feira de Santana, com 5,31%, tem se destacado por suas
características de importante entreposto comercial, e entroncamento das principais rodovias
federais e estaduais que cortam o estado, também abriga atividades industriais chamando atenção
principalmente para o Distrito Industrial de Subaé; Lauro de Freitas com 2,61% é um dos
municípios com maior destaque nessa nova base, principalmente por conta da diversificação de
atividades como serviços financeiros, serviços de informação, comércio em geral e turismo;
finalmente, Vitória da Conquista com 2,42% município que tem referência regional nos setores de
educação, saúde e principalmente no comércio, que atraem milhares de usuários e consumidores
dos municípios vizinhos.
Tabela 68 – PIB

PIB
ANO Municípios (R$ bilhões)

Bahia
Salvador 241,15
Camaçari 60,89
2017*
Feira de Santana 18,24
Lauro de Freitas 12,97
Vitória da Conquista 6,41
Bahia 5,87
Salvador 223,93
2014 Camaçari 56,62
Feira de Santana 17,56
Lauro de Freitas 11,73

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Vitória da Conquista 5,91


Bahia 5,38
Salvador 204,84
Camaçari 53,47
2013
Feira de Santana 14,45
Lauro de Freitas 10,94
Vitória da Conquista 5,35
Bahia 4,99
Salvador 182,57
Camaçari 47,94
2012
Feira de Santana 11,53
Lauro de Freitas 9,14
Vitória da Conquista 4,57
Bahia 4,35
Salvador 166,60
Camaçari 44,31
2011
Feira de Santana 11,96
Lauro de Freitas 8,26
Vitória da Conquista 4,21
Fonte: SEINFRA, Lauro de Freitas - *Projeção pelo método logarítmico.

18.5.2. Finanças públicas


A próxima tabela demonstra a arrecadação municipal em Lauro de Freitas, (2007-2010).
Tabela 69 – Finanças Públicas
Ano

Municipal Estadual
IPTU ISS ITIV TOTAL ICMS IPVA ITD TOTAL
(milhares) (milhares) (milhares) (milhares) (milhares) (milhares) (milhares) (milhares)
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
2005
5.797,0 17.559,0 1.218,0 24.574,0 129.699,0 7.257,0 49,0 137.005,0
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
2006
5.797,0 17.559,0 1.896,0 25.252,0 130.793,0 8.778,0 137,0 139.708,0
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
2007
6.550,0 26.212,0 2.685,0 35.447,0 170.322,0 11.188,0 72,0 181.582,0
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
2008
8.051,0 27.394,0 5.027,0 40.472,0 159.074,0 13.907,0 84,0 173.065,0
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
2009
9.187,0 38.899,0 5.432,0 53.518,0 164.570,0 16.259,0 93,0 180.922,0
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
2010
9.684,0 40.533,0 7.456,0 57.673,0 201.248,0 18.787,0 150,0 220.185,0
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
2013
14.725,0 53.641,0 12.278,0 80.644,0 268.723,0 28.697,0 1.169,0 298.589,0
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
2014
21.536,0 68.492,0 12.562,0 102.590,0 285.757,0 32.067,0 1.348,0 319.172,0
2017 R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
* 29.215,0 1.660,0 14.765,0 45.640,0 266.209,0 31.405,0 2.387,0 300.001,0
*Municipal - valores atualizados até a data de 31/10/2017
*Estadual - valores atualizados até setembro de 2017
Fonte:http://www.sefaz.ba.gov.br/administracao/contas/arrecadacao/menu_arrecadacao.htm
Fonte: IBGE;(1) Dados das Finanças do Brasil-Finbra

277
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19. AÇÕES E PROJETOS


19.1. Ações específicas para o abastecimento de água
Todas as ações presentes, vão servir como base para o Plano Municipal de Saneamento
Básico de Lauro de Freitas, O PMSBLF deverá:
• atuar preventivamente para evitar que incidentes, de qualquer natureza, possam
comprometer a qualidade da água dos mananciais, no seu uso preponderante para
abastecimento público;
• implementar vigilância destinada a identificar, no menor tempo possível, anormalidades
nas características físicas e biológicas na água dos Reservatórios;
• estabelecer regras para deliberação sobre a interrupção do fornecimento de água,
preventivamente e corretivamente, considerando as incertezas sobre a qualidade da água
bruta no ponto de captação por acontecimento fortuito;
• avaliar as condições ambientais, fomentar e implantar procedimentos de monitoramento de
acordo com as legislações vigentes e implementar ações de recuperação e preservação
requeridas;
• organizar e sistematizar análises de qualidade de água dos reservatórios, proporcionando
subsídios em relação ao processo de tratamento da água para abastecimento público;
• disponibilizar dados para atender os órgãos ambientais.
• identificar e localizar atividades, que em razão de sua natureza, sejam consideradas de risco
para a qualidade da água dos Mananciais, para elaboração de um diagnóstico, de acordo
com a seguinte relação: ausência de tratamento de efluentes domésticos e agropastoris;
ausência ou deficiência da destinação adequada dos resíduos sólidos; depósito de lixo a
céu aberto; inexistência de infraestrutura para escoamento de águas pluviais; atividades
clandestinas (indústrias, criações de animais, abatedouros e atividades extrativistas, dentre
outras); estradas rurais com manutenção inadequada; tráfego de veículos com carga
perigosa (tóxica); loteamentos clandestinos e ocupações ilegais; áreas degradadas; matas
ciliares e matas de topo, inexistente ou altamente degradada;
• Elaborar esboço preliminar do “Zoneamento Ecológico Econômico dos Mananciais”
visando a recuperação da qualidade da água por meio de manejo socioambiental integrado,
consubstanciado nas seguintes ações principais:
a. Reflorestamento em áreas ciliares, de topo e grotas;
b. Reabilitação de áreas degradadas por intermédio de revegetação herbário e
reflorestamento;
• Ações de saneamento rural por intermédio de: controle da poluição por fezes de origem
animal; controle da poluição pelo lançamento de efluentes sanitários humanos; controle de
emissão de esgoto e efluentes provenientes de suínos; destinação adequada dos resíduos
sólidos rurais;
• Outras ações englobando: correção e manutenção de estradas rurais; controle de
agrotóxicos; controle de incêndios florestais; regulamentação restringindo loteamentos à
montante da captação; sinalização informativa e educativa; programa de educação
ambiental; fixar placas indicativas, em locais estratégicos, com o nome e telefone do órgão
municipal responsável pelo recebimento da comunicação (no caso o Embasa)
• Inspecionar, rotineiramente, os Reservatórios, para manutenção e atualização dos dados
contidos no esboço preliminar do “Zoneamento Ecológico Econômico dos Reservatórios”;
• Articular com órgãos ambientais, com objetivo de avaliar e definir a priorização das
medidas mitigadoras e preventivas definidas nos itens anteriores, considerando as
seguintes particularidades: níveis de prioridade; competência institucional; instrumentos
278
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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

de ação; e resultados pretendidos; e


• Capacitação dos operadores da ETA, com o objetivo de possibilitar a identificação de
alterações das características físicas das águas dos mananciais, considerando as seguintes
ocorrências: presença de espuma na água; alteração da cor característica (principalmente a
cor verde); presença de odor anormal; mortandade de peixes nos reservatórios; manchas
anormais na superfície da água; e turbidez acentuada fora do período de chuvas.
19.1.1. Estação de tratamento de água (ETA)
Para melhorar os aspectos gerenciais de operação das Estações de Tratamento de Água
(ETA) as seguintes ações estão sendo propostas preliminarmente:
• Implementar vigilância analítica destinada a identificar, no menor tempo possível,
anormalidades nas características físico-químicas e biológicas na água dos Reservatórios;
• Criar banco de dados com histórico do manancial, destinado a balizar medidas preventivas
e corretivas.
• Monitorar, rotineiramente, as águas dos Reservatórios, para identificar quaisquer
anormalidades em suas características físico-químicas e biológicas que possam
comprometer a qualidade da água distribuída à população;
• Monitorar, rotineiramente, as águas dos Reservatórios, para fins de enquadramento na
legislação estadual para o "Índice de Qualidade da Água"- IQA;
• Estabelecer metodologia e protocolo de atuação nos casos de incidentes que possam
comprometer a qualidade da água destinada à população;
• Disponibilizar dados para atender aos órgãos ambientais e de saúde.
• Fixação de parâmetros de qualidade das águas dos Reservatórios e suas variações, baseado
na série histórica das análises realizadas pelo Embasa, considerando os seguintes
indicadores de avaliação diária e rotineira: pH; cor aparente; turbidez; alcalinidade; acidez;
condutividade; e odor (indicador subjetivo);
• Aquisição de equipamentos para implantação de novas análises de controle de qualidade,
voltadas para a rápida identificação de anormalidades nas características físico-químicas
das águas dos Reservatórios: aparelho para oxigênio dissolvido; aparelho para demanda
bioquímica de oxigênio; aparelho para série nitrogenada; aparelho para fosfato; e fotômetro
ou espectrofotômetro para cumprimento da PORTARIA Nº 2.914, DE 12 DE
DEZEMBRO DE 2011 e suas substitutas;
• Realização de análises físico-químicas e biológicas para determinação do IQA – Índice de
Qualidade das Águas dos Reservatórios, considerando a seguinte metodologia: período de
coleta representativas das 4 estações do ano; localização dos pontos de coleta; anexar
informações meteorológicas relativas a temperatura, precipitação e evaporação; e
atendimento às legislações específicas;
• Contratação de consultoria para implantação de sistema de qualidade nas atividades de
operação da estação de tratamento de água;
• Capacitação dos operadores de ETA, quanto à introdução dos novos parâmetros de controle
de qualidade da água e para a operação dos respectivos equipamentos, visando os seguintes
objetivos:
a) Reconhecimento da importância da introdução dos novos parâmetros de avaliação no
controle da qualidade das águas dos Reservatórios;
b) Reconhecimento do significado dos resultados das análises dos novos parâmetros;
c) Aprendizado para a operação dos novos equipamentos; e
d) Subsidiar a chefia na identificação e avaliação, nos casos de anormalidades nas
características físico-químicas e biológicas das águas dos Reservatórios.

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19.2. Planos de racionamento e atendimento a demandas temporárias


Caberá ao PMSBLF, monitorar a disponibilidade hídrica nas suas captações e em casos de
redução desta disponibilidade, convocar emergencialmente o Comitê para Ações de Emergência e
Contingência, para a elaboração e implantação de Planos de Racionamento de distribuição de água.

20. AÇÕES ESPECÍFICAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO


O sistema de esgoto sanitário, por suas características construtivas e operacionais, permite
um sistema de operação, manutenção e de monitoramento que já efetivam uma série de
procedimentos que se constituem, por si só, em um conjunto de elementos preventivos.
Mas, algumas ações complementares devem ser previstas no Plano de Ações para
Emergências e Contingências, para as quais deverão ser estabelecidos protocolos de atuação
específicos:
a) Conexões cruzadas que contaminam a água para consumo humano;
b) Refluxo de esgoto em domicílios, prédios públicos, em estabelecimentos comerciais e
industriais; e
c) Rompimento de emissário e coletor trono que causam avarias de grande monta.

21. AÇÕES ESPECÍFICAS DE DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS


PLUVIAIS URBANAS

No caso específico da Drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, o PMSBLF supõe


elaborar os protocolos para as intervenções municipais em ações de emergência e contingências
relacionadas aos problemas de drenagem urbana a partir do referido Plano, junto com os problemas
de inundações que agravam o município.

21.1. Ação de investigação da separação entre os sistemas de drenagem e de


esgotamento sanitário.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cada R$ 1 investido em coleta e
tratamento de esgoto representa uma economia de R$ 4 em saúde.
Diante da constatação citada, o que se preocupa é que, no município de acordo com algumas
analises e estudos, não se encontra rede de drenagem de água pluvial, pois os esgotos são ligados
juntos, impossibilitando o real intuito do sistema. Pois o que se encontra hoje é redes de esgoto
clandestinas ligadas. Com isso a perda no investimento é enorme, e sem nenhuma economia.
Na maior parte das grandes cidades e suas regiões metropolitanas, o crescimento das áreas
urbanizadas processou-se de forma acelerada e somente em algumas a drenagem urbana foi
considerada fator preponderante no planejamento da sua expansão.
Os problemas de drenagem urbana nas grandes e medias cidades brasileiras que ainda
experimentam grande expansão mostram-se calamitosos. A frequência e a gravidade das
inundações em algumas cidades e regiões metropolitanas, demostram a necessidade de procurar
soluções alternativas estruturais e não estruturais e mesmo de conhecer melhor os fenômenos
climatológicos ambientais da região, hidrológica e hidráulica do problema, além de seus
componentes sociais com relação a habitação, saúde, Saneamento e os demais aspectos, inclusive
políticos-institucionais.
280
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Sua importância mediante a essa sistemática é reduzir a exposição da população e das


propriedades ao risco de inundações, reduzir sistematicamente o nível de danos causados pelas
inundações, preservar as várzeas não urbanizadas numa condição que minimize as interferências
com o escoamento das vazões de cheias, com a sua capacidade de armazenamento, com os
ecossistemas aquáticos e terrestres de especial importância e com a interface entre as águas
superficiais e subterrâneas, assegurar que as medidas corretivas sejam compatíveis com as metas
e objetivos globais da região, minimizar os problemas de erosão e sedimentação, proteger a
qualidade ambiental e o bem-estar social e promover a utilização das várzeas para atividades de
lazer e contemplação.
21.1.1. Programas, objetivos e metas – abastecimento de água
As propostas apresentadas a seguir, foram direcionadas particularmente ao sistema de
abastecimento de água sob responsabilidade da Embasa. Os objetivos que serão abordados a
seguir foram baseados nos seguintes aspectos:
• As conclusões sobre a avaliação do Diagnóstico do Sistema de Abastecimento de água;
• Os estudos de demanda, que projetaram cenários tendências do abastecimento de água no
município de Lauro de Freitas BA;
• Os indicadores de desempenho para o monitoramento dos serviços de saneamento básico,
referentes aos abastecimentos de água e esgotamento sanatório;
• A reivindicação apresentada pela população ou manifestas nas Audiências Pública.
Portanto, nos quadros seguintes estão elencados os objetivos, justificativas e metas
a serem desenvolvidos durante a vigência do PMSB.

281
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PROGRAMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

JUSTIFICATIVA
Atualmente, 99,56% da população do município de Lauro de Freitas De atendida por Rede de
Distribuição de Água. O restante da população, que conta com sistema independente, deverá ser
contemplada pelo atendimento da Embasa.

OBJETIVO

Atender 100% da população com Rede de Distribuição de Água até 2020, dependendo do aporte de
recursos financeiros junto aos governos estadual, federal e instituições financeiras, podendo, casos
estes recursos não sejam liberados em tempo hábil, este programa ser estendido até 2020.

METAS

Imediato (em 2018) Curto Prazo (2019- Médio Prazo (2023- Longo Prazo (2027-
2022) 2026) 2038)
99,56 %
(Desenvolvimento do 100 % Manutenção e Manutenção e
Plano de Metas e (Implantação do Plano modernização modernização
Projetos) de Metas)

282
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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

PLANO DE SEGURANÇA DA QUALIDADE DA ÁGUA

JUSTIFICATIVA

A Embasa implantará o Plano de Segurança da Água para o município de Lauro de Freitas,


seguindo as recomendações do Manual para o desenvolvimento e implementação de Planos
de Segurança da Água, editado pela Organização Mundial de Saúde e Associação
Internacional da Água – IWA.

OBJETIVO

Elaborar e implantar o Plano de Segurança da Água de Especifico para Lauro de Freitas, que
contemple: estabelecimento de objetivos para a qualidade da água destinada ao consumo
humano, no contexto de saúde pública; avaliação do sistema, visando assegurar a qualidade
da água no sistema de abastecimento, atendendo as normas e padrões vigentes; monitoramento
operacional, com a identificação de medidas de controle que visam atingir os objetivos de
qualidade, na perspectiva da saúde pública; preparação de Planos de Gestão; e
desenvolvimento de sistema de vigilância e controle dos planos de segurança.
O objetivo, então, será realizar os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da
água conforme preconizado pela Portaria nº 2.914/2011 do Ministério da Saúde, respeitando
o número mínimo de amostras por ponto de amostragem, frequência de amostragem e padrões
de potabilidade.
METAS

Imediato (em 2018) Curto Prazo (2019- Médio Prazo (2023- Longo Prazo (2027-
2022) 2026) 2038)
100 % Implantação e Revisão Implantação e Revisão Implantação e Revisão
(Implantação do do Plano do Plano do Plano
Plano)

283
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PROGRAMA DE COMBATE ÀS PERDAS DE ÁGUA

JUSTIFICATIVA

Os Índices de perdas são de 48,12% e Índices de perdas na distribuição é de 44,42%,


considerados elevados. A justificativa para o programa é a melhoria contínua da eficiência
operacional do sistema de abastecimento, que sofre desgaste natural na sua infraestrutura e
necessita de renovação permanente, garantindo assim o fornecimento de água em quantidade
e qualidade ao longo dos anos, mesmo em época de estiagem.

OBJETIVO

O objetivo é combater perdas de água no sistema de abastecimento, trazendo como resultado:


redução do impacto ambiental, maior disponibilidade hídrica aos municípios à jusante,
melhoria da eficiência operacional, atendimento a demanda projetada e o limite da vazão
outorgada; postergar investimentos de grandes obras de ampliação; reduzir custos
operacionais; recuperar faturamento; e permite tarifas mais ajustadas à realidade
socioeconômica.

METAS

Imediato (em 2018) Curto Prazo (2019- Médio Prazo (2023- Longo Prazo (2027-
2022) 2026) 2038)
100 % Manutenção e Manutenção e Manutenção e
(Manutenção do Modernização do Modernização do Modernização do
Programa) Programa Programa Programa

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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

PROGRAMA DE USO RACIONAL DA ÁGUA

JUSTIFICATIVA

A água que abastece Lauro de Freitas vem de longe, Barragem pedra do Cavalo, Joanes II e
santa Helena. Que em estiagem possuem baixa disponibilidade hídrica, portanto o Programa
de Uso Racional da Água é fundamental para sensibilização da sociedade, especialmente os
alunos das unidades escolares, públicas e privadas, quanto à necessidade de utilização da água
de forma consciente, para contribuir com as gerações futuras.

OBJETIVO

O objetivo é reduzir o desperdício de água nas atividades cotidianas da população de Lauro de


Freitas, sejam elas residencial, comercial, pública e industrial, trazendo como resultado:
conhecer, desenvolver e difundir novas tecnologias economizadoras de água; reduzir o volume
de esgoto gerado nas edificações; reduzir custos de produção de água e tratamento de esgoto;
atuar no campo da Educação Ambiental para sensibilizar sobre as questões de escassez hídrica
em busca de promover mudanças de hábitos referentes ao diversos usos da água; contribuir
com a sustentabilidade de nossas bacias hidrográficas, para garantia do equilíbrio hídrico, entre
as necessidades do saneamento, agricultura, pecuária, indústria e a qualidade dos rios.

METAS

Imediato (em 2018) Curto Prazo (2019- Médio Prazo (2023- Longo Prazo (2027-
2022) 2026) 2038)

100 % Manutenção e Manutenção e Manutenção e


(Implantação do Modernização do Modernização do Modernização do
Programa) Programa Programa Programa

285
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PROGRAMA DE MONITORAMENTO

JUSTIFICATIVA

Vimos no ano de 2016 e grande problema que vários centros urbanos sofreram pela escassez e
redução dos reservatórios de abastecimento de água, assim esse programa torna-se necessário para
antever problemas da mesma natureza que ocorreram na região sudeste (São Paulo, Belo Horizonte,
Rio de Janeiro).

OBJETIVO

O objetivo será realizar o monitoramento dos reservatórios de abastecimento e elaborar planos para
contingências em caso de incapacidade de fornecimento de água pelos reservatórios determinados,
entre outros casos.

METAS

Imediato (em 2018) Curto Prazo (2019- Médio Prazo (2023- Longo Prazo (2027-
2022) 2026) 2038)

0% 25 % 50 % 100 %

21.1.2. Programas, objetivos e metas – esgotamento sanitário.


As propostas apresentadas a seguir, foram direcionadas particularmente ao sistema de
esgotamento sanitário sob responsabilidade da EMBASA e Prefeitura.
Os objetivos que serão abordados a seguir foram baseados nos seguintes aspectos:
• As conclusões sobre a avaliação do Diagnóstico do Sistema de Esgotamento Sanitário;
• Os estudos de demanda, que projetaram cenárias tendências dos Esgotos Sanitários no
município de Lauro de Freitas;
• Os indicadores de desempenho para o monitoramento dos serviços de saneamento básico,
referentes aos esgotos sanitários; e
• A reivindicação apresentada pela população ou manifestadas nas Audiências Pública.
Portanto, nos quadros seguintes estão elencados os objetivos, justificativas e metas a serem
desenvolvidos durante a vigência do PMSB.

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PROGRAMA DE PLANEJAMENTO, MELHORIAS, AMPLIAÇÃO E MODERNIZAÇÃO


DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
JUSTIFICATIVA

Atualmente, o sistema de esgotamento sanitário de Lauro de Freitas tem uma abrangência pequena
com um Déficit de redes e ligações. Com o sistema de recalque para disposição concluído as áreas
de coleta de esgoto devem ser paulatinamente am+pliadas.
OBJETIVO

O objetivo é implantar sistema de redes e ligação para atender no mínimo 80% da população.
Os 20% restantes serão atendidos por subsistema.
METAS

Imediato (em 2018) Curto Prazo (2019- Médio Prazo (2023- Longo Prazo (2027-
2022) 2026) 2038)
60 % 100,00 %
(desenvolvimento do 80 % (Implantação do Plano Manutenção e
Plano de Metas) (Implantação do Plano de modernização das ETEs
de Metas) Metas) Manutenção e
modernização das ETEs

PROGRAMA DE SUBSISTEMA DE COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO

JUSTIFICATIVA

Apesar do sistema de recalque e disposição ter capacidade para atender toda vazão do esgoto
gerado em Lauro de Freitas, nas áreas, mais distantes onde não serão ligadas de imediato ao
sistema, deve ser projetado e construído subsistema composto de rede coletora, estação
elevatória e estação de tratamento de esgoto.
OBJETIVO

O subsistema deve atender 20% da população com rede coletora e tratamento de esgoto,
dependendo do aporte de recursos financeiros junto aos governos estadual, federal e
instituições financeiras, este programa será estendido até 2026.

METAS

Imediato (em 2018) Curto Prazo (2019- Médio Prazo (2023- Longo Prazo (2027-
2022) 2026) 2038)
60 % 80 % 100,00 %
(desenvolvimento do (Implantação do Plano (Implantação do Plano Manutenção e
Plano de Metas) de Metas) de Metas) modernização

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ROGRAMA PARA DE REÚSO DE EFLUENTE TRATADO

JUSTIFICATIVA

Estudo da implantação de um programa de reuso de efluente tratado para atender os usos menos
exigentes como irrigação de parques e jardins, lavagem de ruas objetivando diminuir o consumo de
água potável.

OBJETIVO

A Embasa juntamente com a prefeitura deve priorizar esta iniciativa nos próximos anos. Projetos e
parcerias nessa área são importantes para o uso racional da água. Além da ETE eficiente, são
necessários investimentos em infraestrutura e pessoal.

METAS

Imediato (em 2018) Curto Prazo (2019- Médio Prazo (2023- Longo Prazo (2027-
2022) 2026) 2038)
100 % 100 %
(Elaboração do (Implantação do Manutenção, Manutenção,
Programa) Programa) Ampliação e Ampliação e
modernização modernização

PROGRAMA PARA DESTINAÇÃO DOS LODOS

JUSTIFICATIVA

A Embasa destina os lodos produzidos nas ETEs e ETAs a aterro sanitário e atualmente busca
outra solução para tratamento e disposição final, a fim de atender a Política Nacional de Resíduos
Sólidos.

OBJETIVO

Implantar uma alternativa sustentável para a questão.

METAS

Imediato (em 2018) Curto Prazo (2019- Médio Prazo (2023- Longo Prazo (2027-
2022) 2026) 2038)
100 % 100 % Manutenção e Manutenção e
(Elaboração do (Implantação do modernização modernização
Programa) Programa)

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PROGRAMAS PARA UTILIZAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS PARA


TRATAMENTO DE ESGOTOS
JUSTIFICATIVA

O conhecimento científico sobre novas tecnologias para tratamento de esgoto avança de forma
muito dinâmica. Um exemplo disso é a bitecnologia que emprega microorganismos eficientes para
obter resultados otimizados.

OBJETIVO

Realizar experimentos pilotos de novas tecnologias de tratamento de esgotos, e publicar os


resultados obtidos com indicação da viabilidade de maiores implementações.
METAS

Imediato (em 2018) Curto Prazo (2019- Médio Prazo (2023- Longo Prazo (2027-
2022) 2026) 2038)
40% 80% 100% - Manutenção e Manutenção e
(Elaboração (Continuação da modernização modernização
Impementação do Implantação do
Programa) Programa)

289
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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

21.1.3. Programas, objetivos e metas para drenagem

PROGRAMA LEVANTAMENTO DA MICRODRENAGEM DO MUNICÍPIO

JUSTIFICATIVA

A drenagem do município é um serviço operado e administrado pela secretaria de infraestrutura e


para uma melhor programação e previsão de investimento e custos de manutenção se faz
imprescindível o levantamento das extensões, locais e dispositivos existentes.

OBJETIVO
Levantar toda a rede de microdrenagem do município – extensão, dimensões, número de
dispositivos, estado de conservação e operação, entre outros parâmetros
METAS
Curto Prazo (2019- Médio Prazo (2023- Longo Prazo (2027-
Imediato (em 2018)
2022) 2026) 2038)
70 %
30 %
(Implantação – Manutenção e Manutenção e
(Elaboração do
levantamento dos modernização modernização
Programa – custos)
dados)

PROGRAMA DE DESVIO DO CANAL DOS IRMÃOS.

JUSTIFICATIVA

O canal dos irmãos está localizado em um ponto altamente comercial e bastante movimentado do
município, e é um ponto crítico de alagamento do município, portanto é importante a intervenção
do município.

OBJETIVO

O programa busca reavaliar os projetos e orçamentos existentes e executar o desvio.

METAS
Curto Prazo (2019- Médio Prazo (2023- Longo Prazo (2027-
Imediato (em 2018)
2022) 2026) 2038)

Captação de recursos e
Reavaliação Manutenção e Manutenção e
execução
modernização modernização
100%

290
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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

PROGRAMA DE INCENTIVO À EXECUÇÃO DE POÇOS E VALAS DE INFILTRAÇÃO EM


RESIDÊNCIAS E CONDOMÍNIOS.
JUSTIFICATIVA
A urbanização leva à impermeabilização do solo e com isso à necessidade de dispositivos de
drenagem mais robustos, além de reduzir à infiltração da água no solo para abastecer os lençóis
freáticos e reservatórios subterrâneos. Esse programa visaria atuar nessas duas frentes, uma vez
que ele aumenta a infiltração no solo, reduz a necessidade de dispositivos de drenagem e aumenta
a infiltração no solo.
OBJETIVO
Estudar a viabilidade e elaborar soluções para incentivar os munícipes, residentes em condomínios,
executar 500 poços de infiltração das águas pluviais.
METAS
Curto Prazo (2019- Médio Prazo (2023- Longo Prazo (2027-
Imediato (em 2018)
2022) 2026) 2038)

0% 10 % 40 % 100 %
(Elaboração do (Elaboração do Manutenção e Manutenção e
Programa – custos) Programa – custos) modernização modernização

PROGRAMA DE ESTUDO PARA SOLUCIONAR OS PROBLEMAS DO CANAL DA AV.


MARIO EPINGHAUS – CENTRO.

JUSTIFICATIVA

O canal atualmente apresenta alagamentos constantes, torna-se necessário estudo, proposição de


soluções, e avaliação da viabilidade para execução.

OBJETIVO
Esse programa visa estudar o problema, propor soluções, elaborar os projetos e orçamento, captar
recursos e executar a solução determinada nas etapas anteriores.
METAS
Curto Prazo (2019- Médio Prazo (2023- Longo Prazo (2027-
Imediato (em 2018)
2022) 2026) 2038)

Captação de recursos e
Estudo e Solução Projeto e Orçamento Manutenção e
execução
100% 100% modernização
100%

291
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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

21.1.4. Programas, Objetivos e Metas para o PMSBLF

PROGRAMA PARA FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS NO


SETOR DO SANEAMENTO BÁSICO, EDUCAÇÃO AMBIENTAL E MOBILIZAÇÃO
SOCIAL
JUSTIFICATIVA

Permitir aos representantes das secretárias conhecimentos básicos relativos aos serviços, para
fomentar a participação dos mesmos no processo.

OBJETIVO

O programa tem como objetivo realizar capacitação dos membros em volvido no processo.

METAS
Curto Prazo (2019- Médio Prazo (2023- Longo Prazo (2027-
Imediato (em 2018)
2022) 2026) 2038)

100%
30 % 70 %
Manutenção e Manutenção e
(Elaboração do (Implantação do
modernização modernização
Programa) Programa)

PROGRAMA PARA CRIAÇÃO DO BANCO DE DADOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO


DE SANEAMENTO BÁSICO DO MUNICÍPIO

JUSTIFICATIVA

O banco de dados tem várias finalidades, e é essencial nas atividades de avaliação e planejamento
de manutenção e ampliação dos serviços.

OBJETIVO
O objetivo é exatamente gerar dados técnicos para avaliar a qualidade dos serviços prestados e
orientar no planejamento da manutenção preventiva e nas futuras ampliações dos serviços.
METAS
Curto Prazo (2019- Médio Prazo (2023- Longo Prazo (2027-
Imediato (em 2018)
2022) 2026) 2038)

Manutenção e
100% Manutenção e
25 % 75 % modernização
modernização

292
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PROGRAMA DE CRIAÇÃO DE FERRAMENTA DE SOFTWARE PARA DISPOSITIVOS


MÓVEIS – APP – REGISTROS, NOTIFICAÇÕES E INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO
NO MUNICÍPIO.
JUSTIFICATIVA

O advento da tecnologia trouxe facilidades e nesse caso os app’s (softwares para dispositivos
móveis) são de grande ajuda, então é preciso que o órgão tenha em suas mãos as ferramentas para
melhorar o fluxo de informação de entrada sobre saneamento.

OBJETIVO
Esse projeto busca permitir que todos os cidadãos posso registrar, notificar e informar a situação
sobre saneamento no município. Isso permite uma tomada de atitude rápida e tempestiva.
METAS
Curto Prazo (2019- Médio Prazo (2023- Longo Prazo (2027-
Imediato (em 2018)
2022) 2026) 2038)

Manutenção e Manutenção e
0% 100% modernização modernização

293
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AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTIGÊNCIAS

22. AÇOES PARA EMERGÊNCIA E CONTIGÊNCIA


22.1. Definição
Um Plano para emergência e contingência é um tipo de plano preventivo, onde apresenta um
conjunto de ações desenvolvidas pela comunidade e pelas instituições governamentais, para
minimizar os efeitos dos desastres, através da difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos,
da formação e capacitação de recursos humanos e da articulação de órgãos e instituições com
empresas e comunidade.
22.2. Importância
Lauro de Freitas já vivenciou em sua história moderna alguns episódios críticos, sobretudo
com as fortes chuvas, sendo as mais severas as ocorridas nos anos de 1999, 2003, 2005 e 2010.
Foto 133 – Fotos de enchentes

Foto 134 – Fotos de enchentes

E mediante a importância de tentar implementar projetos e ações para prevenir as abordagens


com relação ao saneamento básico, este plano responde a seguinte pergunta:
Como eu vou responder a este evento, socorrendo e auxiliando as pessoas, reabilitando os
cenários e reduzindo os danos e prejuízos, se este evento realmente acontecer?
Já o Plano de Preparação responde a seguinte pergunta: Que tipo de aquisições, alteração de
comportamento e treinamentos individuais e coletivos devem ser feitos para que se consiga colocar
os planos de contingência em prática em uma situação real? A resposta a esta pergunta, na forma
294
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de programas, projetos e ações é o Plano de Preparação.


Para montar um Plano de Contingência deve-se responder às seguintes perguntas:
• Qual é o problema?
• Como ocorre o problema?
• Onde ocorre o problema?
• Quando ocorre o problema?
• O que fazer?
• Quem irá fazer?

22.3. Elaboração de mapas com identificação das áreas de risco de enchentes


para diferentes períodos de retorno de chuvas.
22.3.1. Pontos de Alagamento

A cidade é palco das grandes transformações do mundo contemporâneo e a grande questão


ecológica da atualidade.
Os ambientes urbanos têm concentrado cada vez mais população no mundo, que cresce
geometricamente e sua ocupação se faz em áreas cada vez mais extensas. Embora a tendência nos
países desenvolvidos seja de estabilização dos assentamentos humanos, o fenômeno da
urbanização acelerada nos países em desenvolvimento assume contornos alarmantes, sobretudo no
que diz respeito à capacidade de suporte do planeta: o notável aumento da população e do consumo
diante do estoque fixo de capital natural tornará o declínio desta capacidade de suporte do meio
ambiente global o mais importante desafio à humanidade, como já vêm sendo observado, por
exemplo, na questão da escassez de água para abastecimento.
O Brasil, como os demais países da América Latina, apresenta intenso processo de
urbanização, especialmente na segunda metade do século XX, quando a taxa de população urbana
passa de 26,3% (18,8 milhões de habitantes), em 1940, para 81,2% (138 milhões de habitantes),
em 2000 (MARICATO, 2001).
Esse acelerado processo de urbanização, realizado de forma pouco planejada, tem gerado,
ao longo do tempo, consequências danosas para o meio ambiente. O planejamento da ocupação
urbana, através do Plano Diretor não tem considerado aspectos de drenagem urbana e qualidade
da água, o que acarreta impactos ambientais, com perdas materiais e humanas, como declara
Marcondes (1999):
“A escassez da água, a contaminação dos mananciais e as enchentes representam as
maiores ameaças à saúde e à segurança, em virtude da maneira como são estabelecidos os
processos de apropriação dos recursos ambientais, em especial os oriundos das formas de
urbanização inadequadas vigentes” (MARCONDES, 1999)

A degradação progressiva dos recursos hídricos está ligada ao avançado estágio da


urbanização sobre o meio natural, de maneira desordenada, através da implantação de loteamentos
irregulares e a instalação de usos e índices de ocupação incompatíveis com a capacidade de suporte
do sistema. O parcelamento indiscriminado da terra nas periferias urbanas é uma das principais
fontes de problemas ambientais das cidades, como aponta Braga (2003) ao dizer que:

295
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“De todas as indústrias urbanas poluentes, a “indústria do lote” talvez seja a mais
perniciosa de todas, pois, além de ser de fácil disseminação, a demanda por seu produto é
virtualmente inesgotável e seus efeitos são dificilmente reversíveis.”
As inundações representam uma das maiores ameaças desse padrão de crescimento urbano:
devido à impermeabilização do solo e a remoção de cobertura vegetal natural, cada vez mais,
chuvas menores, de menor tempo de recorrência, passam a causar maiores transtornos à cidade.
Como “soluções” comumente adotadas estão os projetos de drenagem baseados em medidas
estruturais, de curto tempo de vida, que transferem o problema de montante para jusante e tem
como filosofia “escoar a água precipitada o mais rápido possível da área projetada” (TUCCI,
2003). No entanto, a adoção de medidas mitigadoras para o controle de inundações, ao longo dos
anos, tem se mostrado ineficiente quando atua, via de regra, apenas sobre os efeitos e não sobre as
causas, que estão na dinâmica dos fatores ambientais inerentes à paisagem urbana.
Como é o caso de Lauro de Freitas, em que a sua urbanização desordenada causa sérios
problemas à sociedade e à indústria como foi referido acima, vem de forma incansável ocupando
os corpos de água e impermeabilizando o terreno de modo que o curso natural da água está
completamente alterado e menores chuvas causam ainda maiores estragos.
O planejamento do sistema de drenagem deve estar previsto na fase inicial do planejamento
urbano e integrado aos demais planos de desenvolvimento. Além disso, o plano de drenagem deve
Embasar-se em critérios ambientais e não exclusivamente pela viabilidade econômica de projetos
hidráulicos, que muitas vezes negligenciam os impactos ambientais. Assim, é necessário adotar
medidas preventivas de controle distribuído, considerando a totalidade da bacia e a adequada
regulamentação.
Portanto, os pontos a seguir são as indicações das áreas no município que sofrem com os
alagamentos mais intensos para serem registrados. Essa identificação é importante para as decisões
futuras para vetores de urbanização e formas de urbanização.
22.3.2. Fotografia dos pontos
Foto 135 – Foto de satélite Av. Brigadeiro Mario Epinghaus

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Foto 136 – Foto de satélite - Rio Sapato - Vilas do Atlântico

Foto 137 – Foto de satélite Av. Beira Rio

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Foto 138 – Járdim Jaraguá

Foto 139 – Parque Santa Rita

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Foto 140 – Av. Gerino de Souza Filho - Caji

23. AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS PARA ÁGUA E


ESGOTO.
Dentro da tratativa de ações emergenciais e contingenciais, vislumbram-se também ações
voltadas à prevenção de acidentes, onde se promova a mitigação de situações ditas de risco através
da formatação de obras que porventura sejam necessárias à melhoria do sistema ou mesmo de
obras de implantação de dispositivos para o aumento da qualidade dos serviços, da fiscalização
por parte do ente regulador, entre outros.
Consideram-se ações de emergências aquelas que têm por objetivo corrigir ou mitigar as
consequências de atos da natureza ou acidentais, fora do controle do prestador dos serviços, e que
podem causar grandes transtornos à qualidade ou continuidade da prestação em condições
satisfatórias. As ações de contingências são as que visam precaver contra os efeitos de situações
ou ocorrências indesejadas sob algum controle do prestador, com probabilidade significativa de
ocorrência, porém de previsibilidade limitada.
Com base na longa experiência de gestão da EMBASA e no histórico de ocorrências em
sistemas geridos pela mesma e por outras operadoras no âmbito regional, nacional e de outros
países, foram identificadas as seguintes possíveis situações emergenciais ou contingenciais e
propostas as correspondentes ações ver Quadros 1 e 2.
23.1. Plano de segurança de barragens
O plano é estabelecido pela Política Nacional de Segurança de Barragens destinadas à
acumulação de água para quaisquer usos, que está na lei federal de número 12.334/2010. De acordo
com o art. 8º desta Lei, este plano deve conter no mínimo:
• Dados técnicos referentes à implantação do empreendimento, inclusive no caso de
empreendimentos construídos após a promulgação da Lei, do projeto como construído,
bem como aqueles necessários para a operação e manutenção da barragem.
• Estrutura organizacional e qualificação técnica.
• Manuais de procedimentos dos roteiros de inspeções de segurança e de monitoramento e

299
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relatórios de segurança da barragem.


• Regra operacional dos dispositivos de descarga da barragem.
• Indicação de área do entorno das instalações e respectivos acessos.
• Plano de Ação de Emergência quando exigido.
• Relatórios das inspeções de segurança.
• Revisões periódicas de segurança.
• Ações e atividades de educação ambiental, mobilização social e de comunicação com a
população.
23.2. Plano de sinalização de mananciais e área de proteção ambiental em
rodovias
1) Instituído pelo Código de Trânsito Brasileiro - Lei nº 9.503/1997 e pela Resolução nº
160/2004, que aprovou o Anexo II da referida Lei, estabelece normas para a sinalização
em vias e estradas.
2) De acordo com o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, elaborado com o propósito
de uniformizar e padronizar os procedimentos de fiscalização no território nacional, este
plano deve conter:
• Localização do manancial e suas características.
• Padronização de placas de identificação de acordo com as diretrizes estipuladas pelo
Denatran, contendo nome do curso d'água, área do manancial ou da área de proteção, sendo
que na parte inferior, separada por tarja, deve-se ter legenda que identifique a zona cardeal,
a região ou outra informação que auxilie o condutor em seu deslocamento.
• As placas devem ser utilizadas junto a pontes, viadutos, túneis e passarelas e cursos d'água
que representem marcos referencial nos deslocamentos, ou quando sua denominação for
estabelecida por legislação.
• No caso de mananciais e áreas de preservação ambiental devem ser usadas para identificar
seu início e fim, facilitando ações de preservação.
• Seu posicionamento deve ser nos limites das áreas do manancial ou da área de preservação.
23.3. Outras ações de prevenção
a. Implantar sistemas de proteção contra descargas atmosféricas nas unidades que compõem o
sistema de abastecimento de água e de esgotamento sanitário do Município.
b. Prevenir interrupção por ação legal de unidades componentes dos sistemas de abastecimento
de água e esgotamento sanitário pela ausência ou licenciamento ambiental incompleto dessas
unidades.
c. Cadastrar as redes e unidades pertencentes aos sistemas de abastecimento de água e
esgotamento sanitário, minimizando a possibilidade de construção sobre as tubulações.
d. Implantar marcos sobre as redes para facilitar a identificação visual das redes de forma a
minimizar a possibilidade de construção sobre elas ou em suas proximidades.
e. Implantar sistemas de prevenção de incêndio.
f. Consultar Plano de Contingência da Defesa Civil do Município.
Consideram-se ações de emergências aquelas que têm por objetivo corrigir ou mitigar as
consequências de atos da natureza ou acidentais, fora do controle do prestador dos serviços, e que
podem causar grandes transtornos à qualidade ou continuidade da prestação em condições
satisfatórias. As ações de contingências são as que visam precaver contra os efeitos de situações
ou ocorrências indesejadas sob algum controle do prestador, com probabilidade significativa de
ocorrência, porém de previsibilidade limitada.
Com base na longa experiência de gestão da EMBASA e no histórico de ocorrências em

300
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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

sistemas geridos pela mesma e por outras operadoras no âmbito regional, nacional e de outros
países, foram identificadas as seguintes possíveis situações emergenciais ou contingenciais e
propostas as correspondentes ações (Quadros 92 e 93).

301
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Tabela 70 – Ações para emergência e contingência - serviço de abastecimento de água

SITUAÇÃO
EFEITOS AÇÕES
EMERGENTE/CONTINGENTE

1. Desenvolver Plano de Racionamento na distribuição, contemplando pelo


menos:
cenários de situações, medidas operacionais e administrativas, política
Água insuficiente para atendimento tarifária de contingência;
1. Estiagem prolongada ou aumento da demanda plano de comunicação social;
de consumo atípico. instrumentos e mecanismos de aplicação e gestão do plano;
atores envolvidos e responsáveis pelas medidas.
Desenvolver programa de avaliação, recuperação e preservação de
mananciais de reserva e ativação emergencial.

1. Plano de Racionamento:
2. Paralisação emergencial de
Adoção imediata do Plano de Racionamento;
unidades estratégicas do sistema de
Idem Mobilização de recursos para solução do problema.
produção ou macrodistribuição
Desenvolver programa de avaliação, recuperação
(captação, ETAs, adução,
mananciais de reserva e ativação emergencial.
elevatórias), superior a 48 horas.

302
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Tabela 71 – Ações para emergência e contingência - serviço de abastecimento de água (Continuação)

SITUAÇÃO
EFEITOS AÇÕES
EMERGENTE/CONTINGENTE
1. Plano de Racionamento:
a. adoção imediata do Plano de Racionamento;
b. acionamento de transposição de bacias;
c.medidas para descontaminação e recuperação do manancial afetado.
2. Desenvolver programa de avaliação, recuperação e preservação de
mananciais de reserva e ativação emergencial
3. desenvolver programa de recuperação e preservação das APPs dos
3. Contaminação de mananciais ou Interdição do manancial por tempo mananciais de abastecimento
barragem de captação por produtos tóxicos indefinido e redução da 4. Desenvolver o Plano de Segurança da Água (PSA), conforme
ou prejudiciais ao consumo humano. disponibilidade hídrica diretrizes da Organização Mundial da Saúde, para os Sistemas de
Abastecimento
4. Paralisação acidental ou emergencial de
reservatórios de distribuição superior a 48
horas. Rompimento e redes principais de Desenvolver a acionar esquema de reforço (interligação) com outros
distribuição com paralisação superior a 48 setores;
Falta de água no setor de
horas. Acionar o Plano de Racionamento no setor;
abastecimento
Acionar estrutura de abastecimento emergencial por caminhão tanque
5. Rompimento de redes principais de para unidades de saúde, escolas e outras unidades de internação ou
distribuição com paralisação superior a 48 uso coletivo.
horas.

303
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Tabela 72 – Ações para emergência e contingência - serviço de abastecimento de água (Continuação)


SITUAÇÃO EMERGENTE/CONTINGENTE EFEITOS AÇÕES

6. Outras Estudos para sistemas emergenciais de abastecimento de água para as


Ilhas.
Idem Elaborar Plano de Emergência a curtíssimo prazo para erradicação de
criadouros de Aedes Aegypt e anofelídeos, vetores de alto risco atual e
7. Riscos endêmicos/epidêmicos potencial na transmissão da dengue, febre amarela, malária, nas margens
dos lagos das
represas em operação.
Tabela 73 – Ações para emergência e contingência - serviço de esgotamento sanitário
SITUAÇÃO EFEITOS AÇÕES
EMERGENTE/CONTINGENTE
1. Elaborar Mapa de Áreas de Riscos na área de influência dos emissários
terrestres.
1. Rompimento ou obstrução de emissário Riscos sanitários e desastre Elaborar Planos de Contenção e Recuperação para as Áreas de Riscos do
terrestre ou submarino com extravasamento ambiental Emissários Terrestres.
em logradouro terrestre ou próximo à praia Elaborar Planos de Contenção e Recuperação para as Áreas de Riscado
Emissário Submarino.

4. Comunicar à Imprensa, Prefeitura e INEMA.


5. Implementar os Planos de Contenção e Recuperação.

304
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Tabela 74 – Serviço de Esgotamento Sanitário (Continuação)


SITUAÇÃO
EFEITOS AÇÕES
EMERGENTE/CONTINGENTE

Elaborar Mapa de Áreas de Riscos na área de influência das elevatórias do


SDO.
Elaborar Planos de Contenção e Recuperação para as Áreas de Risco das
2. Paralisação emergencial de estação
Elevatórias.
elevatória com extravasamento para via
Comunicar à Imprensa, Prefeitura e INEMA.
pública e/ou sistema de drenagem.
3. Implementar os Planos de Contenção e Recuperação.

Elaborar Mapa de Áreas de Riscos na área de influência dos coletores


tronco e das elevatórias secundárias.
3. Rompimento ou obstrução de coletor
Riscos sanitários e desastre Elaborar Planos de Contenção e Recuperação para as Áreas de Risco dos
tronco ou paralisação de elevatória
ambiental Coletores Tronco e das Elevatórias Secundárias.
secundária com extravasamento para
Comunicar à Imprensa, Prefeitura e INEMA.
córrego ou via pública
3. Implementar os Planos de Contenção e Recuperação.

Elaborar Mapa de Áreas de Riscos na área de influência dos coletores


4. Rompimento ou obstrução de coletor
secundários e das elevatórias secundárias.
secundário ou paralisação de elevatória
Elaborar Planos de Contenção e Recuperação para as Áreas de Risco dos
secundária com refluxo para imóveis de
Coletores Secundários e das Elevatórias Secundárias.
cotas mais baixas e/ou extravasamento
Comunicar à Imprensa, Prefeitura de Salvador e INEMA.
para via pública
3. Implementar os Planos de Contenção e Recuperação.

305
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24. AÇÕES DE EMEGÊNCIAS E CONTIGÊNCIAS DE DRENAGEM


24.1. Definições dos desastres
24.1.1. Alagamentos:
Resultado de uma grande tempestade, que a água acumulada não foi suficientemente
absorvida pelo solo e outras formas de escoamento, causando transbordamentos. Água acumulada
no leito das ruas e no perímetro urbano por fortes precipitações pluviométricas, em cidades com
sistemas de drenagem deficientes ou nas situações que excedem a captação normal.
24.1.2. Inundações bruscas ou enxurradas:
As enxurradas são provocadas por chuvas intensas e concentradas, caracterizando-se por
produzirem súbitas e violentas elevações, os quais se escoam de forma rápida e intensa.
24.1.3. Deslizamentos:
Uns incidentes comuns em épocas de chuvas fortes são os deslizamentos de terreno que
ocorrem nas encostas dos morros ou nos cortes e aterros feitos com técnicas inadequadas.
Este também é caracterizado como a falta ou perda de coesão de uma faixa do terreno em
decorrência de diversos fatores, entre eles: solo saturado por chuvas prolongadas e de baixa
intensidade, sobrecarga da crista do talude, declividade do talude além da capacidade de suporte
pela coesão do terreno.
24.1.4. Desmoronamentos:
São quedas de árvores, edifícios, casas, barrancos ou outros tipos de construção humana ou
da natureza. Como a ocupação das encostas é precedida por desmatamento, o solo fica exposto à
erosão. Nos períodos em que o índice de chuvas aumenta o solo fica mais pesado, tendendo ao
desmoronamento em áreas de declividade acentuada.

306
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Mobilizar os órgãos competentes para a realização da manutenção da
microdrenagem.
Acionar a autoridade de trânsito para que sejam traçadas rotas
Situações de alagamento, alternativas a fim de evitar o agravamento do problema.
Acionar o técnico responsável designado para verificar a existência de
problemas relacionados à micro risco à população (danos a edificações, vias, risco de propagação de
drenagem. doenças, etc.).
Propor soluções para resolução do problema, com a participação da
população e informando a mesma sobre a importância de se preservar
o sistema de drenagem.
Criar sistema de monitoramento que possa identificar “a priori” a
intensidade da enchente e acionar o sistema de alerta respectivo, bem
como dar partida às ações preventivas, inclusive remoção da população
potencialmente atingível.
Inundações, enchentes provocadas Comunicar o setor responsável (prefeitura ou defesa civil) para
pelo transbordamento de rios, verificação de danos e riscos a população.
córregos ou canais de drenagem. Comunicar o setor de assistência social para que sejam mobilizadas as
equipes necessárias e a formação dos abrigos.
Estudo para controle das cheias nas bacias.
Medidas para proteger pessoas e bens situados nas zonas críticas de
inundação.
Verificar o uso do solo previsto para a região.
Inundações, enchentes provocadas Comunicar ao setor de planejamento a necessidade de ampliação ou
correção da rede de drenagem.
pelo transbordamento de rios, Comunicar ao setor de fiscalização para detecção do ponto de
córregos ou canais de drenagem. lançamento e regularização da ocorrência.
Limpeza da boca-de-lobo.
Verificar o uso do solo previsto para a região.
Comunicar ao setor de planejamento a necessidade de ampliação ou
Inexistência ou ineficiência da rede correção da rede de drenagem.
de drenagem urbana Comunicar ao setor de fiscalização para detecção do ponto de
lançamento e regularização da ocorrência.
Limpeza da boca-de-lobo.
Presença de materiais de grande Aumentar o trabalho de conscientização da população sobre a
porte, como carcaças de utilização dos canais de drenagem.
eletrodomésticos, móveis ou Comunicar o setor de manutenção sobre a ocorrência.
pedras. Aumentar a eficiência e cobertura da limpeza pública.
Comunicar o setor de manutenção sobre a ocorrência.
Assoreamento de bocas-de-lobo, Verificar se os intervalos entre as manutenções periódicas se
bueiros e canais. encontram satisfatórios.
Aumentar a eficiência e cobertura da limpeza pública.
Registro de horas trabalhadas e consumo de energia.
Controle das condições de
Controle e correção de variações de tensão, vibração e temperatura.
lançamento das águas pluviais Controle de equipamentos de reserva.
Cadastro de equipamentos e instalações.
Programação de:
manutenção preventiva.
Gestão da manutenção manutenção preditiva em equipamentos críticos
limpeza periódica em coletores e ramais críticos
limpeza periódica de galerias e bueiros.
Registro permanente do histórico das manutenções
Prevenção de acidentes nos Plano de ação no caso de incêndio
sistemas • Gestão de riscos ambientais em conjunto com órgãos do

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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final
meio ambiente

25. ESTRUTURA MUNICIPAL PARA AÇÕES


25.1. Equipe para atuar com ações de emergência e contingência
O Plano de Ações para Emergência e Contingência deverá contar com três estruturas básicas,
que deverão ser responsáveis por sua implantação, coordenação e acompanhamento. Estas
estruturas devem ser apoiadas pelo poder público e pela sociedade em geral, mas na prática são
compostas pelas pessoas que vão atuar diretamente na efetivação do Plano de Emergência e
Contingência.
• Comitê Municipal para Ações de Emergência e Contingência
• O Comitê Municipal para Ações de Emergência e Contingência será composto por sete
membros, representantes das seguintes instituições:
I. Órgão central de saneamento básico do município;
II. Embasa;
III. Câmera técnica de saneamento básico e ambiental do concidades;
IV. Secretaria municipal de infraestrutura;
V. Secretaria de serviços públicos;
VI. Defesa civil;
VII. Conselho municipal de saúde;
VIII. Conselho municipal da política ambiental integrada - COMPAI.
Os membros do Comitê Municipal para Ações de Emergência e Contingência, nomeados
pelo Prefeito Municipal, elegerão, entre si, na primeira reunião, seu coordenador, para um mandato
a ser estabelecido na legislação pertinente. O coordenador eleito terá um prazo de 90 (noventa)
dias para elaborar e submeter à discussão e votação o Regimento Interno do Comitê.
25.2. Principais ações a serem desenvolvidas
• Comunicação:
• Comunicação com representantes das Secretarias Municipais:
• Hospitais e Pronto Atendimento de Retaguarda:
• Hospital Geral Menandro de Farias – Km 4,5, Estrada do Coco.
• Hospital Dr. Professor Jorge Novis – Itinga próximo à Praça do Caranguejo
• Pronto Atendimento Nelson Barros – Centro de L. de Freitas
• Pronto Atendimento de Areia Branca
• UPA - Bairro de Itinga em frente ao Colégio 2 de Julho
-Secretarias envolvidas no Plano Operação Chuva da Prefeitura Municipal de Lauro de
Freitas/2017:

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Secretaria Municipal do Governo – SEGOV – Tel.: 3288 8664

Atribuições:
1 - Apoio Logístico
2 - Interligações com a Prefeita e todas as Secretarias

Secretaria Municipal de Serviços Públicos – SESP – Tel.: 3378-8500 / 3378-8501

Atribuições:
1- Limpeza de canais, córregos e rios
2 - Capina, poda, erradicação e corte de árvores com retirada da produção
3 - Liberação de carros pipas em caso de incêndio
4 - Liberação de caçambas e Bobycat
5 - Liberação de lonas plástica, para proteção de encosta
6 – Liberação de homens para o processo de alonamento de encosta e retiradas de escombros
7 – Liberação de Máquinas e Equipamentos

Secretaria Municipal de Infraestrutura – SEINFRA – Tel.: 3288-8779


3378-4198 / gabineteseinfra@gmail.com
Atribuições:
1- Limpeza/desobstrução de sedimentos de canais, bueiros, córregos e rios
2 - Liberação de máquinas e equipamentos (retroescavadeira, caçamba, pá carregadeira) l
3 - Liberação de lonas plástica, para proteção de encostas
4 - Liberação de homens para o processo de alonamento de encosta, escoramento de lajes em
risco de desabamento.

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania – SEMDESC – Tel.: 3288-8668/


Gabinete.semdesclf@gmail.com
Atribuições:
1- Liberação de Assistente Social para atendimento as famílias.
2 - Liberação/fornecimento de alimentação agasalhos.
3- Encaminhamento para auxilio aluguel.

Secretaria Municipal de Transito e Transporte Público – SETTOP – Tel.: 3369-9881

Atribuições:
1- Organizar e liberar/interditar vias e acessos

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Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos- SEMARH – Tel.: 3369-


9134
Atribuições:
Liberação para corte e ou erradicação de árvore em risco de causar danos a estruturas ou a
sociedade
Fiscalização/notificação de acidentes e impacto ambiental
Polícia Ambiental

Secretaria Municipal de Esportes - SME - 99116-9315


Atribuições:
1- Liberação do ginásio de esporte e estádio para desabrigados
2- Salvamento aquático

Secretaria Municipal de Saúde – SESA – Tel.: 3369-9970


Atribuições:
1- Indicação de hospitais e clinicas em geral para atendimento a acidentado (s)
2- Liberação de vacinas para equipe da Defesa Civil

Gabinete da Prefeita – GAPRE – Guarda Municipal


Atribuições:
Monitoramento 24h através de câmeras
Disk Denuncia 24h (153)
Primeiros socorros
Resgate de Múltiplas Vítimas
Bombeiro Civil
Gerenciamento de Crises
Resgate Vertical
Nomes E-mail Telefone
SERGIO REIS SAMPAIO 98640-2645
HELTON REIS 99179-5182
ROQUE CERQUEIRA 99152-7306
LAERCIO MACHADO 98860-5087
HERLY AUGUSTO 98794-3312
Secretaria Municipal de Educação – SEMED – Tel.: 98786-0199 / 99656-7402
Atribuições:
1- Liberação temporária de escola para desabrigados

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Bases de apoio para a Operação Chuva 2017:


COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS - 193
Atribuições:
Salvamentos Especiais
Remoção de pessoas em situação de alagamento e desabamento de imóveis e outros
Atendimento de Primeiros Socorros
GRAER (Grupamento Aéreo)
Exército e Marinha
Atendimento PM (190)
Nomes E-mail Telefone
André Luís Matos Oliveira 99388-0391

EQUIPE DA SUPERINTENDÊNCIA DE DEFESA CIVIL


Nomes Função Telefone
Edenilton Félix dos Reis Superintendente 98892-9507
Ailton Paixão Dir. Departamento 99220-9820
Engenheiro Civil e de
Domingos da Silva 99133-5409
Segurança do Trabalho
Engenheira de Segurança do
Ana Paula Brandão 98176-0543
Trabalho
Ricardo Bitencourt Engenheiro Civil 99715-2692
Gerson Tomé Assessor técnico 98628-4061
João Conceição de Sena Assessor técnico 98416-7901
Ronaldo Costa Diretor De Divisão 99139-8652
Josenaldo 98305-3019

26. ELABORAÇÃO DE MANUAIS COM PROTOCOLOS DE ATUAÇÃO


Para ação, ou conjunto de ações similares, o Comitê para Ações de Emergências e
Contingências deverá elaborar um protocolo de atuação específico. Protocolo é um conjunto de
regras, padrões e especificações técnicas que vão regular as ações, ou conjunto de ações, em casos
de emergências ou contingências. É uma descrição detalhada de como e por que cada ação será
conduzida. Eles devem estar formalmente registrados em um manual específico. Nele devem
figurar informações detalhando todos os passos a serem trilhados:
a) Como caracterizar bem a ocorrência ou o fato gerador da emergência e contingência;
b) Quais pessoas devem ser informadas;
c) Quem vai centralizar e fornecer as informações sobre o tema;
d) Quais são os responsáveis para atuar em cada etapa do processo DIAGNÓSTICO
prevenção, correção etc.;
e) Qual é a cadeia hierárquica de deliberações sobre a situação em pauta;
f) Para onde devem ser encaminhadas as pessoas que necessitam de cuidados especiais;
g) Quais são os insumos e equipamentos que devem estar estocados;
h) Qual é a legislação aplicada ao tema deve ser atendida; e

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i) Quais cuidados necessários ao acolhimento das pessoas que estão precisando de apoio.
Deverá existir um conjunto de protocolos para ações preventivas, outro de ações para o
atendimento emergencial e um terceiro de ações para a readequação dos sistemas que tenham
passado por avarias e áreas atingidas por adversidades.

27. AÇÕES PARA INFORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO


27.1. Plano de marketing
Com base em toda a proposta aprovada para o Plano de Ações de Emergências e
Contingências, deverá ser contratada uma consultoria especializada para divulgar e levar as
propostas deste plano a cada cidadão de Três Rios, contribuindo com o empoderamento da
população, além de criar um canal permanente de diálogo com a sociedade.
27.2. Telefone para urgências e emergências
O Comitê deverá fazer uma parceria com o Corpo de Bombeiros e com a Defesa Civil
Municipal para ser acionado quando os telefones de emergência destas entidades registrarem
ocorrências caracterizadas como de competência do saneamento básico e pactuadas entre as partes.
27.3. Plano de identificação, sinalização e placas de alerta
Com base na legislação internacional e nacional de alertas para situações adversas todos os
sistemas e áreas de interesse devem estar devidamente sinalizados, para alertar a todos sobre os
cuidados necessários, os perigos associados, a necessidade de tomada de decisão em caso de
emergência e contingência e serviços ou autoridades a serem informadas.
27.4. Conteúdo programático e normas de procedimento das oficinas de
capacitação
O Comitê para Ações de Emergências e Contingências deverá coordenar um plano de
capacitação a partir das seguintes referências:
I. Todas as qualificações terão como parte integrante do conteúdo programático o Plano de
Ações para Emergência e Contingências;
II. Todas as qualificações previstas para os diferentes conjuntos de atores – trabalhadores,
Comitê, brigada, população, membros dos conselhos municipais, alunos do ensino formal,
etc. – devem ter o conteúdo programático preestabelecido com base nos protocolos e em
critérios e prioridades definidos pela política pública municipal para ações de emergência
e contingência.

312
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MONITORAMENTO E AVALIAÇÕES

28. MONITORAMENTO
28.1. Definição
Monitoramento e Avaliação consiste em um sistema periódico em parâmetros construídos
pelo o plano e indicados pelas leis, para garantir a efetividade dos programas adotados. A avaliação
consiste em um subsidio para criação de novos programas. Também podendo ser entendido como
uma etapa fundamental de um sistema sustentável.
28.2. Importância
• Proporcionar maior transparência às ações de governo: meio de prestação de contas à
sociedade sobre o desempenho dos programas.
• Auxiliar a tomada de decisão: informações úteis que qualificam as decisões.
• Promover a aprendizagem e a disseminação do conhecimento nas organizações: amplia o
conhecimento dos gerentes/equipes (resultados, concepção, implementação e satisfação do
público alvo).
• Aperfeiçoar a concepção e a gestão do plano e dos programas: permite revisões.

28.3. Objetivos

Visando garantir a funcionalidade e maximizar o desempenho dos serviços, devem ser


realizados levantamentos periódicos, por fiscalizações das estações de abastecimento de água, de
tratamento de esgoto, de Drenagem Urbana e Resíduos Sólidos, para acompanhar a situação
presente e para que se possa prever o crescimento e o desenvolvimento das redes. Essa fiscalização
torna possível mensurar índices de desempenho, os quais analisados fomentam a implantação de
possíveis melhorias.
O acompanhamento contínuo da coleta de resíduos e a avaliação da real situação do seu
destino e eficiência do tratamento empregado, tanto quanto a prevenção das enchentes e a inspeção
dos bueiros e galerias das vias públicas são ferramentas para mapear o nível de serviço prestado,
viabilizando a criação de um banco de dados para a coleta de informações e de dados sobre as
condições operacionais dos sistemas, com uma descrição sucinta das unidades operacionais, da
estrutura de funcionamento e da estrutura organizacional é uma maneira que possibilita avaliar e
constatar ou não a funcionalidade do setor.
Devido à extrema importância que o setor de saneamento básico representa para a saúde, faz-se
necessário um controle para sanar as possíveis e as eventuais falhas dos sistemas, sendo
indispensável um monitoramento constante, com o objetivo de supri-las, são adotadas:
• Ações Preventivas
• Capacitação de pessoal:
• Incentivar a capacitação técnica para os setores fornecedores dos serviços de
saneamento;
• Inspeção dos sistemas de abastecimento:
• Inspecionar as áreas de captação, observando a constante verificação da qualidade de
água a montante para o tratamento apropriado;

313
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• Inspecionar as condições dos equipamentos, realizando manutenção preventiva para


evitar suspensões e interrupções inesperadas no sistema;
• Inspecionar a qualidade de água destinada ao uso comum, quanto ao controle e ao padrão
de qualidade da água distribuída, estabelecido na Portaria 2914/11 do Ministério da
Saúde;
• Inspecionar a continuidade do serviço para solucionar eventuais problemas pontuais;
• Verificar o intervalo de pressão admitido para as tubulações, que conforme as normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT deve estar compreendida entre 10
m.c.a. (metros de coluna d’água) e 50 m.c.a.;
• Inspecionar as condições de trabalho visando o bem-estar dos empregados e demais
envolvidos;
• Inspecionar a divulgação de resultados, informando a população claramente a situação
da água consumida, da tarifação e de eventuais manutenções necessárias ao perfeito
funcionamento da rede;
• Inspecionar o atendimento comercial destinado aos usuários, verificando a qualidade do
atendimento quanto aos procedimentos e rotinas de registro das solicitações e serviços,
a relação atendente/usuário; os cumprimentos de prazos; os índices e indicadores de
desempenho; os normativos da concessionária, quanto ao faturamento, arrecadação e
cobrança.
• Inspeção dos sistemas de tratamento de esgoto:
• Inspecionar a eficiência do tratamento através da análise do seu efluente;
• Inspecionar o afluente das estações de tratamento periodicamente quanto às exigências
dos órgãos ambientais;
• Inspecionar a qualidade final do efluente das estações de tratamento quanto às exigências
dos órgãos ambientais;
• Inspecionar a continuidade do serviço a fim de evitar o despejo de forma errada;
• Inspecionar as condições de trabalho visando o bem-estar dos empregados e demais
envolvidos;
• Inspecionar a divulgação de resultados, com transparência, aos usuários e,
principalmente, usuários dos mananciais próximos;
• Inspeção da coleta e do destino dos resíduos sólidos:
• Incentivar a coleta seletiva de resíduos;
• Promover a disponibilidade de destino correto para os resíduos de acordo com sua
classificação;
• Incentivar a participação popular promovendo orientações para a seleção dos resíduos;
• Inspecionar a continuidade do serviço de modo a garantir a não disposição de lixo em
mananciais e demais locais indevidos;
• Inspecionar a real eficácia e eficiência no destino final;
• Inspecionar a seletividade e segregação dos resíduos;
• Incentivar a participação popular, orientando e buscando a opinião da população sobre
possibilidades de redução de produção de lixo e destino deste.
• Inspeção do sistema de drenagem das águas pluviais urbanas:
• Inspeção periódica das galerias do sistema, quando este existir;
• Limpeza antecedente ao período chuvoso;
• Limpeza periódica das sarjetas das vias;
• Multa e desligamento de ligações clandestinas de esgoto nas galerias de águas pluviais;
• Inspeção da disposição final das águas.

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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

As ações de controle corretivas, como o próprio nome já indica, são impossíveis de prever,
pois são realizadas somente quando há alguma emergência, o que impossibilita pré-determinar sua
periodicidade. As ações de controle são indispensáveis ao funcionamento dos sistemas de
quaisquer setores do saneamento básico.
A análise crítica da prestação dos serviços e a implantação de um sistema de gestão para
verificação de índices e indicadores fornecem subsídios para que os serviços permaneçam, sendo
fornecidos no padrão desejado, seja através do acompanhamento de desempenho e da qualidade
dos serviços em todas as etapas do processo produtivo e sua comercialização, parametrização.
Em relação à qualidade e ao alcance de metas, implantar programas e/ou projetos que, em
paralelo ao funcionamento diário da prestação dos serviços, analisem o banco de dados dos
serviços, os quais são uma ferramenta que viabiliza o acompanhamento das falhas e, também,
diagnosticar o bom ou o mau desempenho do sistema adotado.
Os dados coletados, depois de serem trabalhados, são transformados em indicadores que dão
precisão ao diagnóstico dos sistemas.

28.4. Impactos
Os impactos sempre existiram em quaisquer ações que forem tomadas, no caso de impactos
que tenham benfeitorias e tragam melhorias são considerados os impactos bons, quando os
impactos trazem más consequências são considerados impactos ruins.
A avaliação destes impactos fica de responsabilidade da prestadora, sendo função do Comitê
Regulador e Fiscalizador dos Serviços de Saneamento Básico, somente a fiscalização e a atuação
nos casos necessários. A prestadora dos serviços deve avaliar periodicamente os impactos
causados pela sua gestão, promovendo a correção dos eventos que sejam prejudiciais à população
e ao ambiente.
O monitoramento da qualidade da água captada e da devolvida possibilita precisar o grau de
poluição, viabilizando o emprego de um tratamento mais eficaz e eficiente com a finalidade de
promover o bem-estar.
O despejo dos esgotos deve ser monitorado para que não modifique de maneira irreversível
as características do meio. O controle da temperatura, da poluição e da quantidade do despejo deve
ser empregado, e caso não esteja dentro dos padrões permitidos pela norma deve ser providenciada
uma mudança do tratamento para que possa se adequar.
A continuidade da coleta de resíduos e o destino devem ser monitorados para que se evite
entupimento dos bueiros e das galerias, o tratamento empregado deve ser eficiente e eficaz, de
maneira que não ocorra despejo de resíduos ou vazamentos de chorumes em cursos d’água. Os
resíduos quando dispensados em locais inadequados se tornam um meio de veiculação de doenças,
pois se acumulam e causam entupimentos onde a água deveria escorrer de forma livre. Através da
análise dos indicadores dos serviços pode-se mensurar os impactos causados no meio, sejam eles
bons ou ruins, o que possibilita alterações nas rotinas dos serviços visando sanar os problemas
diagnosticados.
28.5. Regularizão do sistema de monitoramento e avaliação do plano e da Política
municipal de saneamento básico.
É uma das diretrizes expressas da minuta de lei para aprovação do plano a fiscalização
compartilhada. A todos os cidadãos cumpre observar e zelar pela coisa pública. É uma
responsabilidade solidária. Por isso, o monitoramento e avaliação do plano e da política municipal
de saneamento básico será de responsabilidade bipartite: poder público e sociedade civil. No poder
público municipal o principal órgão de monitoramento e avaliação do

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saneamento básico, será o órgão central de saneamento do município, a ser designado. Já na


sociedade civil, a instância de controle social, que será a câmara técnica de saneamento básico e
ambiental do Concidade, que será a principal instância de controle.
O Conicidades/LF tem por finalidade debater, formular e deliberar diretrizes para a política
municipal de desenvolvimento urbano, bem como monitorar e avaliar a sua execução e a de
programas, exercendo a integração e o controle social das políticas específicas de habitação, gestão
fundiária, saneamento básico, planejamento e gestão territorial e de mobilidade urbana que a
compõem. São Competências ao Conselho Municipal das Cidades de Lauro de Freitas –
Conicidades/LF:

• debater, formular e deliberar diretrizes e instrumentos da política de desenvolvimento


urbano e respectivas políticas setoriais, em consonância com as deliberações da
Conferência Municipal das Cidades;

• monitorar e avaliar a execução e a gestão da política municipal de desenvolvimento urbano


e de seus respectivos planos, programas, projetos, ações e atividades, bem como
recomendar as providências necessárias ao cumprimento de seus objetivos com eficácia e
efetividade;
• estimular a ampliação e o aperfeiçoamento dos mecanismos de participação e controle
social;
• responsabilizar-se, juntamente com o Poder Executivo, pela convocação e organização da
Conferência Municipal das Cidades, bem como pelo cumprimento das resoluções
emanadas dessa instância;
• emitir orientações e recomendações referentes à aplicação da legislação e atos normativos
relacionados ao desenvolvimento urbano;
• promover mecanismos de cooperação entre os governos da União, Estado e Municípios da
Região Metropolitana de Salvador e a sociedade civil na formulação e execução da política
municipal e regional de desenvolvimento urbano;
• tornar público e divulgar seus trabalhos e estudos e emitir resoluções de assuntos afetos à
sua área de atuação, publicado no Diário Oficial do Município;
• emitir orientações e recomendações referentes à aplicação do Estatuto das Cidades (Lei
Federal nº 10.257/2001) e demais leis e atos normativos relacionados ao desenvolvimento
urbano municipal;
• aprovar o seu Regimento Interno e decidir sobre suas alterações;

O Conicidades/LF terá representação proporcional dos diversos segmentos sociais, do Poder


Público e os membros do Conselho serão substituídos, em suas ausências e impedimentos, pelos
respectivos suplentes. Os membros titulares e suplentes representantes das entidades e órgãos
serão eleitos na Conferência Municipal das Cidades, entre os delegados presentes de seus
respectivos segmentos. Na eleição dos membros titulares e suplentes deverá ser garantida a
representação de órgãos e entidades que contribuam para o desenvolvimento urbano. O mandato
dos membros titulares e suplentes do Conicidades/LF será de 03 anos, sendo admitida recondução.

O conselheiro perderá seu mandato se computada sua falta em 03 (três) reuniões


consecutivas ou em 05 (cinco) reuniões alternadas no mesmo ano. A participação no Conselho
Municipal das Cidades e nas Câmaras Técnicas será considerada função de relevante interesse
público, não remunerada. O Conicidades terá a seguinte estrutura básica:

316
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I - Plenário;
II – Presidência
III - Secretaria Executiva;
IV - Câmaras Técnicas:
a) Câmara de Habitação;
b) Câmara de Saneamento Básico e Ambiental;
c) Câmara de Mobilidade Urbana e Acessibilidade; e
d) Câmara de Planejamento e Gestão Territorial Urbana.

As Câmaras Técnicas serão coordenadas pelos respectivos titulares das políticas de


desenvolvimento urbano. As Câmaras Técnicas serão compostas por conselheiros titulares e
suplentes e poderão ser convidados especialistas para participar de temas específicos. O
funcionamento e as atribuições de cada Câmara Técnica serão definidos no Regimento Interno do
Conicidades/LF. Competem às Câmaras Técnicas, discutir e emitir parecer sobre as questões
temáticas de sua área e promover articulação com os movimentos sociais, órgãos e entidades
promotoras de estudos, propostas e tecnologias relacionadas à Política Municipal de
Desenvolvimento Urbano e respectivas políticas setoriais.
A composição da Câmera técnica de Saneamento Básico será constituída de várias entidades
(cada uma com titular e suplente), além do presidente. Os conselheiros serão representantes: tanto
de entidades do governo como membros da sociedade Civil.
O Vice-Presidente será eleito dentre os membros titulares do Conselho. O mandato dos
membros do Câmera técnica de Saneamento Básico será de 2 (dois) anos, podendo ser
reconduzidos. O Câmera técnica de Saneamento Básico constituirá de Técnicas Especializadas em
Abastecimento de água, Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas; Esgotamento sanitário; e
manejo dos resíduos sólidos. A Câmera técnica de Saneamento Básico reunir-se-á, ordinariamente,
uma vez ao mês ou, extraordinariamente para discussão e avaliação de matéria de caráter relevante
e urgente. O quórum mínimo necessário à instalação das sessões será determinado em função da
quantidade de membros participantes.
Cabe também a Câmara de Saneamento criar um parâmetro de Avaliação, para que o Plano
cumpra com todas as diretrizes ditas por lei, e que estabeleça prazos e formas como seria feito essa
avalição, que por sua vez poderia ser feito com Relatórios feitos e mandados de acordo com a
necessidade da Câmera de saneamento.
Assim, o controle social se dará pela a Câmera técnica de saneamento dentro do Conicidades.
E diante todos os conselhos e câmara, a Agersa ficará responsável de avaliar todos os órgãos
responsáveis pelo o Saneamento Básico do município de Lauro de Freitas. Mediante a essa
avaliação cabe também o órgão central da admiração ficar responsável pela coordenação.
28.6. Publicações
Para estimular a participação popular é imprescindível que a população obtenha
conhecimento de seus direitos e deveres, sendo possível essa divulgação por empenho dos entes
envolvidos nos Serviços de Saneamento Básico.
O ato de regular, que será exercido pela AGE|RSA, ainda é desconhecido por muitos, sendo
necessário disseminar essa função do poder público para fortalecer sua credibilidade, a divulgação
das ações do Corpo Técnico de Regulação e Fiscalização, junto aos resultados obtidos fortalece a
imagem perante a população.
Em razão de divulgar o Corpo Técnico Regulador e Fiscalizador dos Serviços de
Saneamento Básico, é necessário descrever suas ações e seus objetivos, o que pode ser realizado

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através de publicações, tais como livros técnicos, cartilhas informativas sobre direitos e deveres

dos usuários, folders, além de palestras que podem informar de forma sucinta qual a missão
de um ente regulador.

O Corpo Técnico Regulador e Fiscalizador, deve ainda publicar suas próprias resoluções e
normas que regulam o setor com a finalidade de ter suas ações Embasadas em um aparato jurídico
para atingir sua missão e seus objetivos. As publicações informativas devem ser desenvolvidas em
uma linguagem acessível aos leigos, distribuídas em pontos estratégicos a fim de alcançar o maior
número de usuários. Há também o desenvolvimento de manuais para facilitar o desenvolvimento
do trabalho, seja em loco ou a análise dos dados, que deve ter uma linguagem mais técnica e deve
englobar todas as áreas da regulação. Com a finalidade de facilitar essa divulgação, o Corpo
Técnico, regulador e Fiscalizador, pode disponibilizar todas suas publicações na internet,
pois é um meio rápido e que vem se tornando cada vez mais acessível, conseguindo assim atingir
a diversas classes sociais.

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29. ANTEPROJETO DE LEI

MENSAGEM JUSTIFICATIVA
AO PROJETO DE LEI

Exmª. Srª. Vereadora


Rosenaide Carvalho de Brito
MD. Presidenta da Câmara Municipal de Lauro De Freitas

Senhora Presidenta,

Encaminho para apreciação dessa Egrégia Casa Legislativa o projeto de lei que dispõe sobre
a Política e o Plano Municipal de Saneamento Básico de nosso município.

O Projeto de Lei integra o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) e tem por objetivo a
institucionalização do processo de planejamento das atividades de saneamento básico no município de
Lauro de Freitas-BA, assim como, garantir através da regulação, do controle social e da participação,
uma gestão eficaz e de qualidade dos serviços de saneamento básico.

O Saneamento Básico, conforme o inciso IX do artigo 23 da Constituição Federal, está


previsto como sendo de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios. A Lei Orgânica do Município de Lauro de Freitas no artigo 115 estabelece que o poder
executivo deve encaminhar à Câmara Municipal o Plano Municipal de Saneamento Básico. Com
essa finalidade orgânica, presta-se o presente.

O presente Plano Municipal foi elaborado conforme a Lei Federal nº 11.445, de 2007, que
estabelece as Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico e para a Política Federal de
Saneamento Básico. Foi balizado, também, pelo Decreto Federal nº 7.217, de 2010, que
regulamenta a referida Lei, a Lei ordinária do Estado da Bahia nº 11.172 de 01 de dezembro de
2008, que institui princípios e diretrizes da política estadual de saneamento básico, disciplina o
convênio de cooperação entre entes federados para autorizar a gestão associada de serviços
públicos de saneamento básico e dá outras providências, bem como, pelo Estatuto das Cidades
(Lei Federal nº 10.257, de 2001), que define o acesso aos serviços de saneamento básico como um
dos componentes do direito à cidade.

A Política Pública e o planejamento do saneamento básico, são pilares centrais da gestão dos
serviços, juntamente com a prestação dos serviços, a regulação e fiscalização, e a participação e
controle social. O Plano é o instrumento principal para o estabelecimento das condições para a
prestação dos serviços de saneamento básico, definindo objetivos e metas para a universalização,
bem como programas, projetos e ações necessárias para alcançá-los.

O Plano é, ainda, condição de validade para renovação do contrato com a Empresa Baiana
de Águas e Saneamento - Embasa. Ademais, o Decreto Federal nº. 7217, de 2010, em seu artigo
319
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26, § 2º (alterado pelo Decreto Federal nº 8.629, de 2015), vincula a existência de Plano de
Saneamento Básico como condição de acesso, após 31 de dezembro de 2017, a recursos
orçamentários da União ou a recursos de financiamentos geridos ou administrados por órgão ou
entidade da Administração Pública Federal, quando destinados a serviços de saneamento básico.

São objetivos do Plano Municipal de Saneamento Básico de Lauro de Freitas – PMSBLF,


promover a saúde, a qualidade de vida e do meio ambiente, contribuir para organizar a gestão e
estabelecer as condições para a prestação dos serviços públicos de saneamento básico, de forma a
que cheguem a todo cidadão, integralmente, sem interrupção, com eficiência e qualidade.

O Plano tem ainda como objetivos dotar o gestor público municipal de instrumento de
planejamento de curto, médio e longo prazos, de forma a atender as necessidades presentes e
futuras de infraestrutura sanitária do município, além de contribuir para preservar a saúde
pública e as condições de salubridade do habitat humano, bem como priorizar a participação e o
empoderamento da sociedade, por meio da participação e controle social.

Estas, Senhora Presidenta, são as razões que justificam a elaboração deste Projeto de Lei que
ora submeto à elevada apreciação de Vossa Excelência e dos Nobres Vereadores e Vereadoras
dessa Casa Legislativa, devendo a matéria tramitar em regime de urgência.

Atenciosamente,

Moema Isabel Passos Gramacho


Prefeita Municipal

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Município de Lauro de Freitas
Secretaria de Infraestrutura - SEINFRA
Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

PROJETO DE LEI Nº DE DEZEMBRO DE 2017

Institui a Política Municipal de Saneamento Básico do


Município de Lauro de Freitas, aprova o Plano Municipal
de Saneamento Básico, ratifica o Convênio de Cooperação
Entre Entes Federados, celebrado entre o Município de
Lauro de Freitas e o Estado da Bahia, autoriza o poder
executivo a celebrar contrato de programa com a Empresa
Baiana de Águas e Saneamento S/A – Embasa, e dá outras
providências.

A PREFEITA DO MUNÍCIPIO DE LAURO DE FREITAS, Estado da Bahia, no uso de


suas atribuições constitucionais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ela sancionou a
presente Lei:

CAPÍTULO I
Da Política Municipal de Saneamento Básico

SEÇÃO I
Dos Fundamentos

Art. 1° A política municipal de saneamento básico baseia-se nas disposições desta lei e no conjunto
de princípios, definições e diretrizes da Lei Federal n°11.445/2007 e Lei Estadual nº 11.172/2008,
assim como das normas delas decorrentes, e tem por finalidade melhorar a qualidade de vida da
população e salubridade ambiental, além de balizar o planejamento e ações no âmbito do
saneamento básico municipal.

Art. 2° Compete ao município organizar e prestar direta ou indiretamente os serviços públicos de


saneamento básico de interesse local, podendo delegar parcial ou integralmente, a pessoa jurídica
de direito público ou privado com adequada contratação, desde que atendidos os requisitos desta
lei, da Constituição Federal e demais dispositivos infraconstitucionais associados à prestação dos
serviços públicos de saneamento básico.

Art. 3° Para os efeitos desta lei considera-se:

I - saneamento básico como o conjunto dos sistemas relacionados ao abastecimento de água potável,
esgotamento sanitário, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas e limpeza urbana e manejo
de resíduos sólidos, sendo:

a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações


necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e
respectivos instrumentos de medição;

b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações operacionais de


coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações
prediais até o seu lançamento final no meio ambiente;

c) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e


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Município de Lauro de Freitas
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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção


para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas
nas áreas urbanas;

d) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações


operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo
originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas, e demais resíduos, conforme
classificação própria do plano de resíduos sólidos.

II - salubridade ambiental, como o estado de qualidade ambiental capaz de prevenir a ocorrência de


doenças relacionadas ao meio ambiente e de promover as condições ecológicas favoráveis ao pleno
gozo da saúde e do bem-estar da população.

III - saneamento ambiental, como o conjunto de ações que visam alcançar níveis crescentes de
salubridade ambiental, por meio do abastecimento de água potável, coleta e disposição sanitária de
resíduos líquidos, sólidos e gasosos, promoção da disciplina sanitária do uso e ocupação do solo,
prevenção e controle do excesso de ruídos, drenagem urbana, controle de vetores de doenças
transmissíveis e demais serviços e obras especializados.

IV - interesse local, como infraestrutura ou operação que atendam exclusivamente o município,


independentemente da localização territorial destas;

Art. 4° Não constitui serviço público a ação de saneamento básico executada por meio de soluções
individuais em residências unifamiliares.

Art. 5° O conteúdo de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos possuirá plano específico,
denominado, nos termos da Lei Federal nº 12.305/2010, de Plano Municipal de Gestão Integrada
de Resíduos Sólidos, e após instituído por lei própria, passará a compor o Plano Municipal de
Saneamento Básico.

SEÇÃO II
Dos Princípios

Art. 6° A Política Municipal de Saneamento Básico orientar-se-á, principalmente, pelos seguintes


princípios:

I - universalização e equidade de acesso;

II - integralidade dos serviços de saneamento básico;

III - disponibilidade dos serviços de saneamento básico;

IV - adequação às peculiaridades locais e regionais;

V - articulação de políticas para o saneamento básico;

VI - eficiência e sustentabilidade econômica;

VII - progressividade das soluções;


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VIII - transparência das ações;

IX - controle social;

X - segurança, qualidade e regularidade;

XI - integração das infraestruturas e serviços;

XII - modicidade tarifária;

XIII - desenvolvimento sustentável;

XIV - prevalência do interesse público coletivo sobre o privado e particular.

SEÇÃO III
Dos Objetivos

Art. 7° São objetivos expressos da Política Municipal de Saneamento Básico:

I - obter sistema de esgotamento sanitário público eficiente na totalidade do território do município;

II - gerar emprego, renda e melhoria das condições ambientais com a gestão inteligente dos
resíduos;

III - promover o término de pontos de alagamentos e deslizamentos críticos;

IV - contribuir para o desenvolvimento e a redução das desigualdades locais, a geração de emprego


e de renda e a inclusão social;

V - priorizar planos, programas e projetos que visem à implantação e ampliação dos serviços e
ações de saneamento básico nas áreas ocupadas por populações de baixa renda;

VI - proporcionar condições sanitárias adequadas e de salubridade ambiental à população do


município;

VII - assegurar que a aplicação ‘dos recursos financeiros administrados pelo poder público dê-se
segundo critérios de promoção da salubridade sanitária, de maximização da relação benefício-custo
e de maior retorno social;

VIII - incentivar a adoção de mecanismos de planejamento, regulação e fiscalização da prestação


dos serviços de saneamento básico;

IX - promover alternativas de gestão que viabilizem a auto sustentação econômica e financeira dos
serviços de saneamento básico, com ênfase na cooperação com os governos estadual e federal, bem
como com entidades municipalistas;

X - promover o desenvolvimento institucional do saneamento básico, estabelecendo meios para a


unidade e articulação das ações dos diferentes agentes, bem como do desenvolvimento de sua
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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

organização, capacidade técnica, gerencial, financeira e de recursos humanos contemplados as


especificidades locais;

XI - fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico, a adoção de tecnologias apropriadas e a


difusão dos conhecimentos gerados de interesse para o saneamento básico;

XII - minimizar os impactos ambientais relacionados à implantação e desenvolvimento das ações,


obras e serviços de saneamento básico e assegurar que sejam executadas de acordo com as normas
relativas à proteção do meio ambiente, ao uso e ocupação do solo e à saúde;

XIII - reduzir perdas e racionalizar o consumo de água potável.

XIV - promover ações para preservação dos mananciais de captação de água bruta

SEÇÃO IV
Das Diretrizes

Art. 8° São diretrizes expressas da Política Municipal de Saneamento Básico:

I - valorização do processo de planejamento e medidas preventivas;

II - adoção de critérios objetivos de elegibilidade e prioridade;

III - atuação integrada dos órgãos públicos municipais, estaduais e federais de saneamento básico;

IV - consideração às demandas socioeconômicas da população;

V - a bacia hidrográfica deverá ser considerada como unidade de planejamento para fins de
elaboração do plano municipal de saneamento básico, compatibilizando-se com o plano municipal
de saúde e de meio ambiente, com o plano diretor municipal e com o plano diretor de recursos
hídricos da região;

VI - incentivo ao desenvolvimento científico na área de saneamento básico, a capacitação


tecnológica da área, a formação de recursos humanos e a busca de alternativas adaptadas às
condições de cada local;

VII - adoção de indicadores e parâmetros sanitários e epidemiológicos e do nível de vida da


população como norteadores das ações de saneamento básico;

VIII - promoção de programas de educação sanitária;

IX - estímulo ao estabelecimento de adequada regulação dos serviços;

X - promover o compartilhamento da fiscalização das ações de saneamento básico.

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CAPÍTULO II
Do Sistema Municipal de Saneamento Básico

SEÇÃO I
Conceito e Composição

Art. 9° O sistema municipal de saneamento básico de Lauro de Freitas fica definido como o
conjunto de entidades e instrumentos institucionais que no âmbito das respectivas competências,
atribuições, prerrogativas e funções, integram-se, de modo articulado e cooperativo, para a
formulação das políticas, definição de estratégias, execução e avaliações das ações de saneamento
básico.

Art. 10 Fica instituído o sistema municipal de saneamento básico, com a seguinte composição de
entes:

I - órgão municipal central do saneamento básico;


II - reguladora e fiscalizadora dos serviços de saneamento básico;
III - prestadoras de serviços de saneamento básico;
IV - instância de controle social do saneamento básico e conselho gestor do FUNSAB;
V - gestor do fundo municipal de saneamento básico;

Art. 11 Fica instituído a seguinte composição de instrumentos:

I - plano municipal de saneamento básico - PMSB;


II - fórum municipal de saneamento básico- FOS;
III - sistema de informações em saneamento básico - SISBA;
IV - fundo municipal de saneamento básico - FUMSAB;
V- escola de saneamento básico- ESBA

SEÇÃO II
Ente I: Do Órgão Central de Saneamento Básico Municipal

Art. 12 Fica instituída, na estrutura da secretaria de infraestrutura – SEINFRA, a coordenação de


saneamento básico, identificada pela sigla “COSAB”, órgão central do saneamento básico do
município, responsável pela gestão, planejamento e acompanhamento do plano e da política
municipal de saneamento básico.

§1° Fica criado o cargo de coordenador de saneamento básico, grau equivalente a DAS-4B,
vinculado à secretaria de infraestrutura, a ser promovido mediante nomeação pela prefeita
municipal.

§2° Compete a COSAB, dentre outras atribuições:

I - executar os estudos e projetos para viabilizar a captação de recursos para o saneamento básico
municipal;

II - ser o interlocutor técnico do município com as pessoas jurídicas de direito público ou privado
que exerçam atividades no município relacionados ao saneamento básico;
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III - acompanhar, avaliar e auxiliar, no que couber:

a) a regulação e fiscalização da AGERSA;

b) as atividades da Embasa no âmbito da prestação dos serviços de água e esgotamento sanitário;

c) junto à secretaria de serviços públicos – SESP, as atividades relacionas ao plano municipal de


gestão integrada de resíduos sólidos;

d) junto à secretaria de infraestrutura- SEINFRA, as ações relativas à drenagem urbana;

e) junto à Defesa Civil Municipal, as ações de emergências e contingências relacionadas ao


saneamento básico;

f) as atividades da Câmara Técnica de Saneamento Básico e Ambiental, dentro do Conselho da


Cidade;

IV - revisar a cada quadriênio o Plano Municipal de Saneamento Básico com corpo técnico
multidisciplinar do próprio município;

V - organizar a cada triênio o Fórum Municipal de Saneamento Básico - FOS;

VI - gerir o Sistema Municipal de Informações do Saneamento Básico - SISBA;

VII - acompanhar, avaliar e auxiliar o Gestor do Fundo Municipal de Saneamento Básico;

VIII - Gerir a Escola de Saneamento Básico – ESBA.

SEÇÃO III
Ente II: Do Regulador e Fiscalizador do Saneamento Básico Municipal

Art. 13 Como município integrante da Região Metropolitana de Salvador (RMS), fica instituído
que a regulação dos serviços de saneamento básico será realizada pela Agência Reguladora de
Saneamento Básico do Estado da Bahia - AGERSA, órgão autônomo vinculado à Secretaria de
Infraestrutura Hídrica e Saneamento - SIHS do Estado da Bahia, nos termos da Lei Complementar
Estadual n° 41 de 13.06.2014, Art.8°, V, e art.20.

Art. 14 A regulação deverá atender aos princípios da: independência decisória, autonomia
administrativa, orçamentária e financeira; e, da transparência, da tecnicidade, da celeridade e da
objetividade das decisões.

Art. 15 Os objetivos da regulação são:

I - estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e para a satisfação dos
usuários;
II - garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas; prevenir e reprimir o abuso do
poder econômico, ressalvada a competência dos órgãos integrantes do sistema nacional de defesa
da concorrência;
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III - definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos como a
modicidade tarifária, mediante mecanismos que induzam a eficiência e eficácia dos serviços e que
permitam a apropriação social dos ganhos de produtividade.

Art. 16 O órgão ou a entidade regulatória deverá propor em resolução própria, com base na
legislação vigente, a fixação dos Direitos e Deveres dos Usuários, bem como as infrações e
penalidades no que couber. Essa resolução deverá ser apreciada e aprovada pela Câmara de
Saneamento Básico e Ambiental, que norteará o voto do Município do âmbito do Colegiado da
Entidade Metropolitana da Região Metropolitana de Salvador - EMRMS.

Art. 17 São atribuições da competência do órgão ou entidade responsável pela regulação e


fiscalização dos serviços públicos de saneamento básico a definição:

I - das normas técnicas relativas à qualidade, quantidade e regularidade dos serviços prestados aos
usuários e entre os diferentes prestadores envolvidos;

II - os padrões e indicadores de qualidade da prestação dos serviços; requisitos operacionais e de


manutenção dos sistemas; as metas progressivas de expansão e de qualidade dos serviços e os
respectivos prazos; regime, estrutura e níveis tarifários, bem como os procedimentos e prazos de
sua fixação, reajuste e revisão; medição, faturamento e cobrança de serviços; monitoramento dos
custos; avaliação da eficiência e eficácia dos serviços prestados; plano de contas e mecanismos de
informação, auditoria e certificação; subsídios tarifários e não tarifários; padrões de atendimento ao
público e mecanismos de participação e informação; e, medidas de contingências e de emergências,
inclusive racionamento.

III - das normas econômicas e financeiras relativas às tarifas, aos subsídios e aos pagamentos por
serviços prestados aos usuários e entre os diferentes prestadores envolvidos;

IV - dos mecanismos de pagamento de diferenças relativas a inadimplemento dos usuários, perdas


comerciais e físicas e outros créditos devidos, quando for o caso;

V - do sistema contábil específico para os prestadores que atuem em mais de um município.

Art. 18 O órgão ou entidade responsável pela regulação e fiscalização dos serviços públicos de
saneamento básico deverá proceder o monitoramento e fiscalização dos parâmetros para a garantia
do atendimento essencial à saúde pública, inclusive quanto ao volume mínimo per capita de água
para abastecimento público, observadas as normas nacionais relativas à potabilidade da água.

SEÇÃO IV
Ente III: Do Prestador de Serviços Públicos de Saneamento Básico

Art. 19 A prestação de serviços públicos de drenagem e manejo de águas e pluviais, assim como,
limpeza urbana e manejo de resíduos, ficam a cargo da administração direta, através da secretaria
de infraestrutura – SEINFRA e secretaria de serviços públicos – SESP, respectivamente.

Art. 20 Fica ratificado o Convênio de Cooperação Entre Entes Federados, celebrado entre o
Município de Lauro de Freitas e o Estado da Bahia, que prevê a gestão associada da prestação dos
serviços públicos de abastecimento de água, esgotamento sanitário, regulação e fiscalização do
saneamento básico no âmbito do Município.
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Art. 21 No âmbito da gestão associada autorizada pelo Convênio de Cooperação, fica o Poder
Executivo autorizado a celebrar contrato de programa com a Empresa Baiana de Águas e
Saneamento S/A – Embasa, mediante o cumprimento das condições de validade dos contratos
previstas no Art. 11, caput e incisos, da Lei Federal nº 11.445 de 5 de janeiro de 2007, que estabelece
a existência de plano de saneamento básico editado pelo Titular, a existência de estudo
comprovando a viabilidade técnica e econômico-financeira da prestação universal e integral dos
serviços na área de atendimento contratual, a existência de normas de regulação e fiscalização e a
realização de audiência e consulta pública a respeito da minuta do contrato de programa, bem como
mediante as tratativas dos termos do futuro contrato de programa a ser celebrado entre o Município
de Lauro de Freitas e a Empresa Baiana de Águas e Saneamento S/A, o qual deverá conter,
obrigatoriamente, as cláusulas que prevejam:

I - prestação dos serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário em toda a


área do Município, permitida a subcontratação, inclusive mediante parceria público-privada ou
locação de ativos por prazo superior a cinco anos, mediante autorização por meio de Lei Municipal
específica;

II - prazo de vigência de, no máximo, 30 (trinta) anos;

III - o prazo para universalização do acesso dos serviços públicos de abastecimento de água e de
esgotamento sanitário no Município.

IV - metas progressivas e graduais de expansão dos serviços, de qualidade, de eficiência e de uso


racional da água, da energia e de outros recursos naturais;

V - as prioridades de ação, às quais deverão ser compatíveis com as metas estabelecidas no Plano
Setorial de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário.

VI - a transferência de valores para o Fundo Municipal de Saneamento Básico, no montante de 3%


(três por cento) sobre a receita operacional líquida da Embasa, no Município, por mês que for
superavitário, para atendimento das finalidades previstas nesta Lei.

§1° A transferência que se refere o inciso VI só será iniciada após a assinatura do contrato de
programa com a Embasa.

§2° O gestor do Fundo deverá contabilizar e registrar individualizadamente os recursos e


rendimentos advindos da fonte do inciso VI.

§3° Os recursos e rendimentos originários do inciso VI serão utilizados apenas nos programas,
projetos e ações constantes no plano municipal de saneamento básico que sejam atinentes aos
componentes de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

§3°A Embasa deverá informar ao órgão central de saneamento básico do município, mensalmente,
as receitas e despesas das suas operações no município.

§4° O contrato de programa mencionado no caput será automaticamente extinto se o Estado da


Bahia vier a transferir o controle acionário da Empresa Baiana de Águas e Saneamento S/A –
Embasa para a iniciativa privada.

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§5° Até que seja celebrado o contrato de programa previsto no Convênio de Cooperação, deverá a
Empresa Baiana de Águas e Saneamento S/A – Embasa, assegurar a continuidade da prestação dos
serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário no âmbito do território do Município.

SEÇÃO V
Ente IV: Do Controle Social do Saneamento Básico

Art. 22 Fica instituída como Instância de Controle Social e Conselho Gestor do Fundo Municipal
de Saneamento Básico a Câmara Técnica de Saneamento Básico e Ambiental, inserida no Conselho
Municipal da Cidade.

§1° Compete a Câmara Técnica de Saneamento Básico e Ambiental, no âmbito do saneamento


básico, dentre outras funções:

I - formular as políticas de saneamento básico, definir estratégias e prioridades, acompanhar e


avaliar sua implementação.

II - discutir e aprovar a proposta de revisão do projeto de lei do Plano de Saneamento Básico para
o Município de Lauro de Freitas.

III - publicar o relatório “Avaliação do Plano e do Saneamento Básico em Lauro de Freitas” após o
Fórum Municipal de Saneamento Básico.

IV - deliberar sobre propostas de projetos de lei e programas de saneamento básico.

V - fomentar o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação tecnológica e a formação de


recursos humanos.

VI - fiscalizar e controlar a execução da Política Municipal de Saneamento Básico, especialmente


no que diz respeito ao fiel cumprimento de seus princípios e objetivos e a adequada prestação dos
serviços e utilização dos recursos.

VII - decidir sobre propostas de alteração da Política Municipal de Saneamento Básico.

VIII - atuar no sentido da viabilização de recursos destinados aos planos, programas e projetos de
saneamento básico.

IX - estabelecer diretrizes para a formulação de programas de aplicação dos recursos do Fundo


Municipal de Saneamento Básico.

X - estabelecer diretrizes e mecanismos para o acompanhamento, fiscalização e controle do Fundo


Municipal de Saneamento Básico.

XI - estimular a criação de Associações (ou Conselhos) Locais de Saneamento Básico.

XII - articular-se com outros conselhos existentes no Município e no Estado com vistas à
implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico.

XIII - criar seu regimento interno em consonância ao regimento do Conselho da Cidade.


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§2° A Câmara Técnica de Saneamento Básico e Ambiental do Conselho da Cidade será o Conselho
Gestor do Fundo Municipal de Saneamento Básico.

SEÇÃO VI
Ente V: Do Gestor do Fundo Municipal de Saneamento Básico

Art. 23 O chefe do executivo nomeará na estrutura da Secretaria da Fazenda – SEFAZ, um gestor


administrativo e financeiro do fundo municipal de saneamento básico, cujas principais atribuições
são:

I - encaminhar à coordenação de saneamento básico, secretaria de serviços públicos, chefe do


executivo, conselho gestor do Fundo e contabilidade geral do município:

a) mensalmente, as demonstrações de receitas e despesas do Fundo;

b) anualmente, o inventário dos bens móveis e imóveis e o balanço geral do fundo.

II - manter os controles necessários à execução orçamentária do fundo referentes a empenhos, à


liquidação e ao pagamento das despesas e aos recebimentos das receitas do Fundo;

III - manter, em coordenação com o setor de patrimônio do município, os controles necessários


sobre os bens patrimoniais com carga ao Fundo;

IV - firmar, com o responsável pelos controles da execução orçamentária, as demonstrações


mencionadas anteriormente;

V - providenciar, junto à contabilidade geral do Município, as demonstrações que indiquem a


situação econômico-financeira geral do fundo;

VI - apresentar anualmente análise e a avaliação da situação econômico-financeira do fundo


detectada nas demonstrações mencionadas.

VII- contabilizar individualzadamente as receitas e rendimentos oriundos da Embasa.

§1° Os recursos do Fundo somente serão aplicados em ações e projetos do plano municipal de
saneamento básico que tenham sido aprovados pela Câmara Técnica de Saneamento Básico e
Ambiental do Conselho da Cidade.

§2° A Câmara Técnica de Saneamento Básico e Ambiental poderá editar regulamento com o
objetivo de disciplinar a prestação de contas, publicidades e aplicações dos programas, projetos e
ações do plano.

§3° A movimentação e aplicação dos recursos será feita pelo titular do Executivo em conjunto com
o Gestor do Fundo, após aprovação da Câmara Técnica de Saneamento Básico e Ambiental do
Conselho da Cidade.

§4° O gestor do FUNSAB deverá manter registros individualizados das fontes estabelecidas no
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Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final

artigo 34 , incisos I e II, desta lei.

§5° O Gestor do FUNSAB fica autorizado a realizar a inscrição cadastral individualizada do Fundo
junto ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ, na Secretaria da Receita Federal do Brasil.

SEÇÃO VII
Instrumento I: Do Plano Municipal de Saneamento Básico

Art. 24 O Plano Municipal de Saneamento Básico, identificado pela sigla “PMSB”, principal
instrumento da Política Municipal de Saneamento Básico, instituído por esta Lei, tem alcance de
vinte anos, e será avaliado a cada três anos por ocasião do Fórum Municipal de Saneamento Básico,
e revisto a cada quatro anos, sempre anteriormente à elaboração do Plano Plurianual.

Art. 25 Os recursos financeiros para a implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico


deverão constar no Plano Plurianual, nas Diretrizes Orçamentárias e nos Orçamentos Anuais do
Município.

Art. 26 A proposta de revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico deverá ser iniciada pela
coordenação de saneamento básico e sua elaboração deve seguir os critérios da Lei Federal
n°11.445/2007 para realização inicial de um Plano Municipal de Saneamento Básico.

Parágrafo único. O Projeto de Lei relativo à revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico de
Lauro de Freitas, aprovado pela Câmara de Saneamento Básico e Ambiental, será encaminhado
pelo Prefeito(a) do Município à Câmara de Vereadores, até 30 de outubro do último ano para a sua
atualização.

Art. 27 O plano de saneamento básico é vinculante para o poder público municipal e serão inválidas
as normas de regulação ou termos contratuais que com ele conflitem.

SEÇÃO VIII
Instrumento II: Do Fórum Municipal de Saneamento Básico

Art. 28 Fica instituído o Fórum de Saneamento Básico, identificado pela sigla “FOS”, reunir-se-á
a cada três anos, no primeiro bimestre, sendo a primeira edição no ano de 2020, com a representação
dos vários segmentos sociais, tendo por objetivo principal avaliar integralmente o Plano Municipal
de Saneamento Básico vigente, as ações no âmbito do saneamento básico e propor as revisões
necessárias.

Art. 29 O Fórum será convocado e organizado, até 31 de dezembro do ano que o anteceder, pela
coordenação de saneamento básico, ou, extraordinariamente, pela Câmara Técnica de Saneamento
Básico e Ambiental do Conselho da Cidade.

Art. 30 O Fórum de Saneamento Básico terá sua normatização de funcionamento definidas em


regimento próprio, elaborada pela coordenação de saneamento básico, aprovadas pela Câmara
Técnica de Saneamento Básico do Conselho da Cidade e submetidas ao respectivo fórum na sua
primeira edição.
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Art. 31 Compete a Câmara Técnica de Saneamento Básico e Ambiental, emitir após o Fórum, até
31 de março de cada três anos, relatórios sob o título “Avaliação do Plano e do Saneamento Básico
em Lauro de Freitas”, que conterá, dentre outros:

I - avaliação do Diagnóstico e Prognóstico do Saneamento;

II - avaliação do cumprimento dos programas previstos no Plano Municipal de Saneamento Básico;

III - proposição de possíveis ajustes dos programas, cronogramas de obras e serviços e das
necessidades financeiras previstas;

SEÇÃO IX
Instrumento III: Sistema de Informações em Saneamento Básico

Art. 32 Fica instituído o Sistema Municipal de Informação em Saneamento Básico, identificado


pela sigla “SISBA”, que será gerido diretamente pelo município, através da coordenação de
saneamento básico, destinado a possibilitar a alimentação, armazenação e acesso aos dados de
saneamento básico do Município no que tange os quatro componentes do saneamento básico
previstos na Lei no. 11.445/07.

§ 1° As informações do Sistema Municipal de Informações em Saneamento Básico são públicas e


acessíveis a todos.

§ 2° Ao SISBA deverá tornar público as receitas e despesas das atividades atinentes aos serviços de
saneamento básico no município.

§ 3° Ao SISBA deverá tornar público anualmente a porcentagem de munícipes atendidos pelos


quatro componentes do saneamento básico.

§ 4° Os prestadores de serviço público de saneamento básico, reguladoras e fiscalizadoras,


fornecerão as informações necessárias para o funcionamento do SISBA.

§ 5° A estrutura organizacional e a forma de funcionamento do Sistema Municipal de Informações


em Saneamento Básico serão estabelecidas em regulamento.

§ 6º A secretaria municipal de saúde deverá informar ao SISBA os registros e indicadores dos


atendimentos relacionados as doenças de veiculação hídrica por localidade de incidência.

SEÇÃO X
Instrumento IV: Do Fundo Municipal de Saneamento Básico

Art. 33 Fica instituído o Fundo Municipal de Saneamento Básico, identificado pela sigla
“FUNSAB”, junto à Secretaria de Infraestrutura- SEINFRA, cujos recursos destinam-se a custear
programas, projetos e ações de saneamento básico e infraestrutura urbana, conforme estabelecido
no plano municipal de saneamento básico, especialmente os relativos a:

I - estudos e projetos para ampliação e aperfeiçoamento dos sistemas de abastecimento de água e


esgotamento sanitário;

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II - excecução de projetos de ampliação e manutenção dos sistemas de abastecimento de água e


esgotamento sanitário;

III - ampliação e manutenção do sistema de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas;

IV - ampliação e manutenção dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

V - drenagem, contenção de encostas e eliminação de riscos de alagamentos e deslizamentos;

VI - controle da ocupação das encostas, fundos de vale, talvegues e áreas de preservação permanente
ao longo dos cursos e espelhos d’água.

VII - estudos e projetos para minimizar a perda de água e seu uso racional;

VIII - ações de educação ambiental em relação ao saneamento básico;

IX - ações de reciclagem e reutilização de resíduos sólidos, inclusive por meio de associação ou


cooperativas de catadores de materiais recicláveis;

X - desapropriação de áreas para implantação das ações de responsabilidade do Fundo;

XI - desenvolvimento de sistema de informação em saneamento básico;

XII - formação e capacitação de recursos humanos em saneamento básico e educação ambiental.

§1° Não se admitirão propostas de aplicação de recursos do fundo que não esteja previsto no Plano
Municipal de Saneamento Básico previamente aprovados pela Câmara Técnica de Saneamento
Básico e Ambiental.

§2° Os investimentos para esgotamento sanitário terão prioridade sobre os demais componentes do
plano.

Art. 34 O FUNSAB será constituído de recursos provenientes:

I - 3% (três por cento) sobre a receita operacional líquida da Empresa Baiana de Águas e
Saneamento S/A – Embasa, por mês que for superavitário, a partir da assinatura do contrato de
programa, para atendimento das finalidades previstas nesta lei;

II - 1% (um por cento) dos valores contratados para os serviços de limpeza urbana, manejo de
resíduos sólidos e macro e microdrenagem;

III - das dotações orçamentárias, constantes do Orçamento Geral do Município a ele


especificamente destinadas;

IV - dos créditos adicionais a ele destinados;

V - das doações, reembolsos, legados ou subvenções de pessoas físicas ou jurídicas de direito


público ou privado, nacionais ou internacionais;

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VI - dos rendimentos obtidos com a aplicação de seu próprio patrimônio;

VII - de outras receitas eventuais.

§ 2º O montante dos recursos referidos no caput, não estipulados nesta lei, serão definidos por meio
de legislação específica.

§ 3° Os recursos do FUNSAB serão depositados em conta corrente, mantida em instituição


financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil, especialmente aberta para essa
finalidade.

§ 4° Todos os bens, materiais e equipamentos adquiridos com recursos do Fundo, farão parte do
patrimônio do Município.

§ 5° O orçamento do FUNSAB, integrará o orçamento do município, em obediência ao princípio


da unidade.

§ 6° O Fundo deve atender as disposições estabelecidas nas legislações Federais e Estaduais


aplicáveis, bem como, as constantes de normas dos Tribunais de Contas e da Controladoria Geral
do Município.

§7° Os termos de referência, editais e contratos posteriores à publicação desta lei, para contratação
de empresas que prestem serviços cujo o objeto esteja previsto no inciso II, devem constar como
obrigação contratual a ser suportada pelo contratado o recolhimento de 1% sobre o valor do
contrato, devendo o contratado incluir em cada processo de pagamento por medição realizada, o
comprovante de depósito ao FUNSAB.

SEÇÃO XI
Instrumento V: Da Escola de Saneamento Básico

Art. 35 Fica instituída a Escola de Saneamento Básico, identificada pela sigla “ESBA”.

Parágrafo único. Competirá ao órgão central municipal de saneamento básico, em cooperação com
demais órgãos do município e entes do sistema de saneamento básico, promover ações de educação
e capacitação de pessoal no conteúdo de saneamento básico.

CAPÍTULO III
Das Disposições Finais e Transitórias

Art. 36 Na ausência de redes públicas de esgotamento sanitário, serão admitidas soluções


individuais de afastamento e destinação final do esgotamento sanitário devidamente tratado.

§ 1° A solução definitiva será analisada a cada caso, conforme características do local. Para primeira
autorização que se refere o caput, o interessado deve ter projeto aprovado pelo órgão ambiental.

§ 2° Para continuar com o lançamento, o interessado por ocasião da renovação de alvará de


funcionamento e/ou da vigilância sanitária, renovação de licença ambiental ou primeira licença
ambiental do empreendimento em funcionamento deverá apresentar ao órgão ambiental municipal
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laudo de análise laboratorial do efluente final de esgoto tratado, assim como comprovação de
manutenção mensal do sistema de esgotamento sanitário.

§ 3° O laboratório deve ser acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e


Tecnologia - INMETRO;

§ 4° No laudo laboratorial deve ficar demonstrado que o efluente final do esgotamento sanitário
está atendendo os mesmos parâmetros de eficiência atualmente adotados para ligação inicial, assim
como os parâmetros da tabela 1 do anexo 1.

§ 5° Para lançamento em solo deverá comprovar e atender aos parâmetros de eficiência atualmente
adotados para aprovação inicial, bem como teste de percolação que comprove distância mínima de
1,50m (um metro e cinquenta centímetros) entre a base inferior do dispositivo e o lençol freático,
assim como parâmetros da tabela 2 do anexo 1.

§ 6° Servirá como comprovação de manutenção do sistema de esgotamento sanitário o contrato e


notas fiscais de execução dos serviços de manutenção mensal com empresa especializada, que
comprove vínculo com profissionais com habilitação relacionada ao saneamento básico, registrados
e regulares no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA ou Conselho Regional de
Química.

§ 7° Condomínio pluriresidencial cujo efluente final de esgoto tratado seja lançado na rede de
drenagem, deve apresentar anualmente no órgão ambiental o laudo laboratorial e comprovação de
manutenção dos parâmetros da tabela 1 do anexo 1.

§ 8° As exigências aqui impostas deixarão de existir quando houver rede coletora pública de esgoto
em funcionamento na rua onde o empreendimento estiver instalado. Nestes casos toda edificação
permanente urbana será conectada às redes públicas de esgotamento sanitário disponíveis e sujeita
ao pagamento das tarifas e de outros preços públicos decorrentes da conexão e do uso desses
serviços.

§ 9° O lançamento de esgoto tratado em corpo hídrico somente ocorrerá com outorga do INEMA;

§ 10° O órgão ambiental competente poderá, mediante fundamentação técnica:

I - acrescentar outras condições, padrões e parâmetros, ou torná-los mais restritivos; e/ou


II - exigir tecnologia ambientalmente adequada e economicamente viável para o tratamento dos
efluentes.

§ 11° Compete a secretaria de infraestrutura, após parecer favorável do órgão ambiental, conceder
autorização para escavação em logradouro público para ligação em corpo receptor.

Art. 37 A Política Municipal de Saneamento Básico e o Plano Municipal de Saneamento Básico de


Lauro de Freitas, serão encaminhados em meio digital a todos os municípios da EMRMS após
aprovação na Câmara de Vereadores e Publicação até 31 de dezembro de 2017.

Art. 38 Os órgãos e entidades municipais da área de saneamento básico serão reorganizados para
atender o disposto no Plano Municipal de Saneamento Básico e na Política Municipal de
Saneamento Básico, conforme definido nesta lei.
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Art. 39 Esta lei entra em vigor na data de sua Publicação.

Art. 40 Revogam-se as disposições em contrário.

Lauro de Freitas, dezembro de 2017.

Moema Isabel Passos Gramacho


Prefeita Municipal

Luis Maciel de Oliveira


Secretário de Governo

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ANEXO I

Tabela 1 – Parâmetros de eficiência do sistema de tratamento de esgoto sanitário comercial


ou pluriresidencial para lançamento em corpo receptor.

ELEMENTO PARÂMETRO

Coliformes Fecais (NMP/100 mL) <1000


DBO5 ≤60
Eficiência de remoção de DBO ≥ 80%
Nitrogênio Total (TKN) mg/l ≤30
Óleos e Graxas (vegetal ou animal) ≤50mg/L
Ph 6a9
Sólidos Suspensos Decantáveis (SSD) ≤ 1,0mL/L
Sólidos Suspensos Totais (SST) ≤120 mg/L
Temperatura °C ≤40

Tabela 2 – Parâmetros de eficiência para disposição de esgoto sanitário tratado comercial ou


pluriresidencial para lançamento em solo.

PARÂMETRO Valor Parâmetro Valor

DBO 5, 20 Inferior a 60 mg/L Oxigênio dissolvido Superior a 1,0 mg/L


DQO Inferior a 150 mg/L Sólidos sedimentáveis Inferior a 0,5 mg/L
Ph Entre 6,0 e 9,0 Sólidos não filtráveis totais Inferior a 50 mg/L
Temperatura Inferior a 40° C Coliformes fecais < 1000 NMP/100mL
os e graxas Inferiores a 50 mg/L Cloro residual livre 2,0<0,5 mg/L

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ANEXO II
PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES DE BASE

FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988: CONSTITUIÇÃO DO ESTADO LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE


INCISO IX DO ARTIGO 23.LEI DA BAHIA: CAPÍTULO IX. LEI LAURO DE FREITAS/BA: artigo 115.
FEDERAL Nº 11.445, DE 05 DE JANEIRO ORDINÁRIA DO ESTADO DA LEI Nº 1330, DE 30 DE DEZEMBRO DE
DE 2007: ESTABELECE DIRETRIZES BAHIA Nº 11.172 DE 01 DE 2008: INSTITUI O PLANO DIRETOR
NACIONAIS PARA O SANEAMENTO DEZEMBRO DE 2008: INSTITUI DEDESENVOLVIMENTO MUNICIPAL
BÁSICO; ALTERA AS LEIS NOS 6.766, PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA DE LAURO DE FREITAS, DE0FINE O
DE 19 DE DEZEMBRO DE 1979, 8.036, POLÍTICA ESTADUAL DE PERÍMETRO URBANO- PDDM. LEI Nº
DE 11 DE MAIO DE 1990, 8.666, DE 21 SANEAMENTO BÁSICO, 1329, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2008:
DE JUNHO DE 1993, 8.987, DE 13 DE DISCIPLINA O CONVÊNIO DE ESTABELECE PARÂMETROS PARA
FEVEREIRO DE 1995; REVOGA A LEI COOPERAÇÃO ENTRE ENTES CONSTRUÇÕES VERTICALIZADAS
NO6.528, DE 11 DE MAIO DE 1978; E DÁ FEDERADOS PARA NO MUNICÍPIO DE LAURO DE
OUTRAS PROVIDÊNCIAS. DECRETO AUTORIZAR A GESTÃO FREITAS, NA FORMA QUE INDICA E
FEDERAL Nº 7.217, DE 2010. ASSOCIADA DE SERVIÇOS DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. LEI
REGULAMENTA A LEI NO 11.445, DE 5 PÚBLICOS DE SANEAMENTO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE Nº
DE JANEIRO DE 2007, QUE BÁSICO E DÁ OUTRAS 1361/2009: INSTITUI A POLÍTICA
ESTABELECE DIRETRIZES PROVIDÊNCIAS. LEI Nº 12.932 AMBIENTAL INTEGRADA DO
NACIONAIS PARA O SANEAMENTO DE 07 DE JANEIRO DE 2014: MUNICÍPIO DE LAURO DE FREITAS E
BÁSICO, E DÁ OUTRAS INSTITUI A POLÍTICA DISPÕE SOBRE O SISTEMA
PROVIDÊNCIAS. INSTITUI A POLÍTICA ESTADUAL DE RESÍDUOS MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE,
NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS; SÓLIDOS, E DÁ OUTRAS SANEAMENTO E RECURSOS
ALTERA A LEI NO 9.605, DE 12 DE PROVIDÊNCIAS. HÍDRICOS PARA A
FEVEREIRO DE 1998; E DÁ OUTRAS ADMINISTRAÇÃO DA QUALIDADE
PROVIDÊNCIAS. DECRETO FEDERAL AMBIENTAL VISANDO O
Nº 8.629, DE 2015. DESENVOLVIMENTO
ALTERA O DECRETO Nº 7.217, DE 21 SUSTENTÁVEL, NA FORMA QUE
DE JUNHO DE 2010, QUE INDICA E DÁ OUTRAS
REGULAMENTA A LEI Nº 11.445, DE 5 PROVIDÊNCIAS. LEI Nº 945/2000.
DE JANEIRO DE 2007, QUE INSTITUI O CÓDIGO MUNICIPAL DE
ESTABELECE DIRETRIZES SAÚDE.
NACIONAIS PARA O SANEAMENTO LEI Nº 247/73: CRIA O CÓDIGO DE
BÁSICO. LEI FEDERAL Nº 10.257, DE POSTURA DO MUNICÍPIO DE LAURO
2001: ESTATUTO DAS CIDADES. LEI DE FREITAS. LEI ORDINÁRIA
FEDERAL Nº 9.433 DE 08 DE JANEIRO 1286/2007: INSTITUI DIRETRIZES
DE 1997: INSTITUI A POLÍTICA PARA O PARCELAMENTO DO SOLO
NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS, URBANO.LEI ORDINÁRIA 1279/2007:
CRIA O SISTEMA NACIONAL DE DISPÕE SOBRE OS DIREITOS DOS
GERENCIAMENTO DE RECURSOS USUÁRIOS DOS SERVIÇOS E DAS
HÍDRICOS, REGULAMENTA O INCISO AÇÕES DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE
XIX DO ART. 21 DA CONSTITUIÇÃO LAURO DE FREITAS E DÁ OUTRAS
FEDERAL, E ALTERA O ART. 1º DA LEI PROVIDÊNCIAS. LEI ORDINÁRIA
Nº 8.001, DE 13 DE MARÇO DE 1990, 1252/2007: REVISA E COMPLEMENTA
QUE MODIFICOU A LEI Nº 7.990, DE 28 O CÓDIGO DE OBRAS DO MUNICÍPIO
DE DEZEMBRO DE 1989. DE LAURO DE FREITAS, NA FORMA
QUE INDICA E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

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30. REFERÊNCIAS
ALTVATE.P.K Avaliação Do Desempenho De Um Tanque Séptico Modificado E Tratamento Complementar.
2008. Curitiba. UFPR. Disponível em: http://www.ppgerha.ufpr.br/publicacoes/dissertacoes/files/137-
Priscila_Karina_Altvater.pdf. Acesso em: Ago. de 2017.

BAHIA, Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia. Relatório de Fiscalização da AGERSA –
Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia de agosto de 2015, Unidades do sistema de
abastecimento de água e esgotamento sanitário do município de Lauro de Freitas BA, 2015.

BAHIA, Empresa Brasileira de Agropecuária - EMBRAPA. Solos do Nordeste. Disponível em:


http://www.uep.cnps.embrapa.br/solos/index.php?link=ba. Acesso em: Abr. de 2017

BAHIA, Secretaria de Saúde do Estado da Bahia - SESAB. Situação da Malária. 2013. Bahia, março 2014. Ano 1,
N° 1. Disponível em:
<http://www.suvisa.ba.gov.br/sites/default/files/boletim%20de%20Mal%C3%A1ria_2014.pub%201-6_0.pdf>.
Acesso em: Mar. de 2015.

BRASIL, Ministério da Saúde. SINAN. Sistema de Informação de Agravos de Notificação Compulsória.


Disponível em: < http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/>. Acesso em: Mar. de 2005.

BRASIL, Ministério das Cidades. Nacional de Saneamento Ambiental (org.). – Brasília, 2008. 48 p. Disponível
em: . Acesso

BRASIL, Ministério das Cidades. Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento - SNIS. Diagnostico dos
Serviços de Água e Esgoto 2012. Disponível em:
<http://www.snis.gov.br/PaginaCarrega.php?EWRErterterTERTer=103>. Acesso em: Jul. de 2015.

BRASIL, Ministério das Cidades. Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento - SNIS.. Série Histórica.
Disponível em: <http://app.cidades.gov.br/serieHistorica/>. Acesso em: Jul. de 2015.

BRASIL, Ministérios das Cidades. Esgotamento sanitário: operação e manutenção de estações elevatórias de
esgotos guia do profissional em treinamento: nível 1. RECESA

CAMAÇARI, Secretaria de Desenvolvimento Urbano – SEDUR. PMSB – Plano Municipal de Saneamento Básico,
Produto 05 Diagnóstico dos Serviços de Esgotamento de novembro de 2015 e Produto. Nov. de 2015.

CAMAÇARI, Secretaria de Desenvolvimento Urbano – SEDUR. PMSB – Plano Municipal de Saneamento Básico,
Produto 04 Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água. Nov. de 2015.

Caracterização do território. Disponível em: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/2075. Acesso em: Jun.


de 2017

COPASA, Glossário do Saneamento. Disponível em:


<http://www.mzweb.com.br/copasa/web/conteudo_pt.asp?tipo=19698&id=74922&idioma=0& conta=28>. Acesso
em: Fev. de 2017.

FILHO.S.S.F. Decantadores secundários de sistemas de lodos ativados: uma abordagem computacional. Revista
DAE-Sabesp.Nº171.MAI/JuN.1993. Disponível em: <
http://revistadae.com.br/artigos/artigo_edicao_171_n_23.pdf>. Acesso em: Jul. de 2017

GEOHIDRO/EMBASA – Plano de Abastecimento de Água da Região Metropilitana, Fase 1 – Tomo II Estudo


Básico Volume 01 – Estudo Populacional. Maio de 2005 revisão 03.

GEOHIDRO/HIGESA/EMBASA – Projeto Básico de Ampliação de Esgotamento de Lauro de Freitas de 30 de abril


de 2003.

HELLER, L. Relação entre saúde e saneamento na perspectiva do desenvolvimento. Disponível em: <

339
Município de Lauro de Freitas
Secretaria de Infraestrutura - SEINFRA
Plano Municipal de Saneamento Básico – Produto Final
http://www.scielo.br/pdf/csc/v3n2/7152.pdf>. Acesso em: Mar. de 2017.

HIDROSUL. Descrição Reator Anóxico. Disponível em:


http://www.hidrosul.com.br/equipamentosreatoranoxico.html. Acesso em:

LAPOLLI.F.R. Desinfecção de efluentes sanitários através de dióxido de cloro. UFSC. 2005. Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/esa/v10n3/a04v10n3.pdf>. Acesso em: Jul. de 2015.

SABEL.T.R. e BASSETI.F.J. Alternativas Ecoeficientes para Tratamento De Efluentes Em Comunidades


Rurais. Periódico Fórum Ambiental Paulista.V9.Nº1.2013. Disponível em: <
http://amigosdanatureza.org.br/publicacoes/index.php/forum_ambiental/artic>. Acesso em: Ago. de 2015.

SALVADOR, Secretaria Municipal dos Transportes Urbanos e Infraestrutura –SETIN. PMSB – Plano Municipal de
Saneamento Básico, Volume III- Sistemas de Abastecimento de Água e Esgoto Sanitário de Salvador, 2010.

SÃO PAULO (Estado), Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Guarulhos. SISTEMA CONDOMINIAL,
2015. Disponível em: <http://www.saaeguarulhos.sp.gov.br:8081/sistema-de-esgoto/sobre-o-sistema/esgoto-
condominal>. Acesso em: Ago. de 2015.

SCARAMUSSA & HENKES ² 2014 apud Melo. Estudo de caso a utilização do sistema condominial de
esgotamento sanitário como política pública para universalização do atendimento com redes de esgotos: o
exemplo clássico do distrito federal.

SOUZA, C.M.N., MORAES, L.R.S.; BERNARDES, R.S. Doenças relacionadas à precariedade dos sistemas de
águas pluviais: proposta de classificação ambiental e modelos causais. Cadernos de Saúde Coletiva, v.13, n.1, p.
157-168. 2005

SOUZA, C.M.N.; FREITAS, C.M. O saneamento na ótica da prevenção de doenças e da promoção da saúde. In:
XXX CONGRESO DE LA ASOCIACÓN INTERAMERICANA DE

SUBTIL.E.L. Tratamento de águas residuais utilizando emissários submarinos: Avaliação do Impacto da


remoção de nutrientes utilizando modelo numérico de eutrofização. Disponível em:
<http:///Asus/Downloads/Tese_Subtil_EduardoLu cas%20(1).pdf. Acesso em: 17.JUN.2015.

TRENTO/EMBASA – Projeto Hidráulico da Linha de Adução dos efluentes sanitários de Lauro de Freitas para
ECP/Emissario Submarino da Boca do Rio. 2014

UFC/EMBASA TOMO I – Projeto Hidáulico, Arquitetônico e Cilvil, Ampliação do Sistema Integrado de


Abasteciemento de Água de Salvador, Projeto Básico de Ampliação do Setor de Abastecimento do Reservatório
R23.

VON SPERLING, M. Princípios do tratamento biológico de águas residuárias. Vol. 4. Lodos ativados.
Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – UFMG. 1997.

VON SPERLING, M. Princípios do tratamento biológico de águas residuais. Vol. 2. Princípios básicos do
tratamento de esgoto. Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – UFMG. 211 p. 1996.

XXX CONGRESO DE LA ASOCIACÓN INTERAMERICANA DE INGENIERIA SANITÁRIA Y AMBIENTAL,


Punta Del Leste. Anais Eletrônicos. AIDIS, 2006

340
Apoio:

embasa C o m p a n h ia d e D e se n v o lv im e n to
U rb a n o d o E sta d o d a B a h ia inema
INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

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