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Ciprign® 2009 da Organiadors Visios stor: Bibliogaf ISBN 978-85-7244-439-2 09.05 desaide 613.7 sora: Biomeciics Prosozto i Abreviaturas Introdugao... Sumario Beth Brait Ensaios.. Para uma filosofia do ato: Marilia Amorim Problemas da poética de Dostoiévski e estudos da linguagem Beth Brait Rabelais ¢ a sensagio carnavalesca do mundo... Rosse Marye Bernardi KO problema do conetido, Carlos Albert Face “ydlido e inserido no contexto”.. do material e da forma na arte verbal... sue 73 wees 95 Para uma filosofia do ato: a: tHe valido e inserido no contexto” Mexia Amorim na vid fredada a te slencione

dee db no ser en eum ser ent, enizad em nada. Tado penamento no crelaionado comigo ceuguano inperaioamente dco nfo ¢sende uma pesibildade pasiva, que poder no er, que paderia sr ons Balen Para uma filesofia do aro deve ser sido es in entre os anos de 1920 ¢.1924, loga depois de.seu primeiro texto publicado, Arte ¢ responsubilidade (1919), segundo varios especialistas, como é 0 caso de Katerina Clark e Michael Holquist! e Caryl Emerson? Permaneceu como_ manusctito inacabado ¢ sem titulo até ser publicade postumamente na ‘Riissia em 1986, sob 0 titulo XK flesafi posrupka, com introducto de. Bocharov. E provavelmente ao original que faz referéncia a revista Arn? *Milchail Bakhtin continua trabalhando em seu livro dedicado aos proble- mas da filosofia moral”, citagio feita por S. G. Borcharov, na introducéo a edigdo russa, O text co de manuscritos que Bakhtin guardado em um esconderijo em Saransk, ‘éncia somente seria pelo proprio Bakhtin nos anos 1970, quando jé se sentia a salvo das erseguigGes politicas. O esconderijo em questo data do periocio de rerorno de seu exilio oficial no Cazaquistéo. ¢ acordo com Clark e Holquise, esse é um perfodo de grande efervescéncia lectual e que contrasta com a situagéo social de caos ¢ pemtiria que a Ruissia apds a revolugio, Do mesmo modo, o entusiasmo ¢ vigor da ade intelectual do jovem Bakhtin concrastam com uma condigao de vida dificil e uma satide ja debilitada pela doenga dssea que iria acompané- te toda a vida. Isso se reflece na prépria escritura do texto, cuja grafia nento com a doenca. jam encontrados em péssimo estado e algumas palavras imediaamente apés € por essa rio esto . Queras foram objeto de uma leicura hipot ‘io existe tradugio para o portugues. O leicor poderé, santo, valer-se de trés verses, Cronologicamente, a primeira a aparecer no Ocidente é versio para o inglés, datada de 1993: M. M, Bakhtin, Toward ‘he Act, editada por Vadim Liapunov e Michael Holquist. Foi la do russo por Vadim Liapunoy, vem acompanhada de sete esclare- cedoras notas sobre a introdugio ¢ 175 notas sobre o texto, elaboradas pelo punov, Conta, ainda, com uma consistente apresentagio de mesmo feita por S. G. Boccharov. ‘Una segunda verso aparece em espanhol em 1997: Mijail M. Bs sofia del acto éhica de los borradoresy otras escritos. A tradugao foi feita por integra um conjunto formado por outros textos as Bakhtin ¢ Voloshinov/Bakhtin: “Autor y héroe en Ia atividade escé la vida y la palavra en la poesia: hacia uma poética sociologica” ¢ “De los borradores”, conjunto de esctitas de Bakhtin, recuperados de arquivo, elaborados por ele entre as décadas de 1940 e 1960. A edigio, muito bem em acompanhada de um “Prélogo”, assinado por Iris Zavala, um “Preficio de Ja tadutora’, de Tatiana Bubnova, a “Introduccién” & ediglo russa, de Serguei Botcharov, e, ainda, um posficio, “Para uma filosofia dela accién responsable”, de Augusto Pontio. Para realizagao deste texto, baseei-me na versio do texto russo, que aparece em francés em 2003: Mikhail Bakdhtine, 1e philosophic de Vacte,* por Ghislaine Capogna Barder, e traduzi codos os trechos aqui citados. Esta ¢ a primeira vex que o original russo foi traduzido em lingua francesa e isso no deixa de consticuir um fato novo para os bakchtinianos, uma ver ques mudanca delingua alvo, na leitura de uma tradugfo, traz sempre reinterpretacées impor- ‘antes, Aldm disso, a prépria tradutora— Gh presenga de elementos novos em relasio 20 original de 1986. Algumas palavras, fregmentos e passagens puderam ser decifrados apés a edigio de 1986 feita por Botcharoy, que, enquanzo nao sai a nova edigo russa, cedeu-os gentilmente & twadutora francesa, Borcharov cedeu também notas de rodapé do préprio Bakhtin {que nfo constavam do texto de 1986, No dizer da tradutora, “a redago con: até mesmo elfptica, confere-lhes [4s nocas] 4s vezes um cardter enigmético”, Seja pela diferenca da lingua, seja pelo meu novo lugar, a leitura da tradu- io francesa deueme a impressio de estar lendo um novo texto. Mas, de modo algum, esse texto no contraria o anterior do mesmo modo que o presente artigo nao contraria aquele que escrevi poucos anos atrés. Naquela ocasiao, cu falava da emogio em encontrar no primeiro grande texto de Bakhtin, so- mente posterior a “Arte e resp lade” (1919),” o projeto de uma obra que se cumpriu quase que por inteizo. E essa emogo permanece in uma flosofia do ato & a matzia filos6fica de tudo 0 que vem depois; confirma c esclarece os demais textos. Para tratar dessa relago matricial com os textos posteriores, remeco o Icitor a meu artigo, anteriormente mencionado. Aqui, goscaria entio de trabalhar ao contratio, isto ¢, tentando ide: especificidade ¢ a autonomia de Pea (daqui em diante utilizarei essa sigla para me seferit a Para uma filosofia do ato) em relagéo aos demais textos bakhcinia- nos, Antes de mais nada, tata-se de um texto essencialmente filoséfico que mereceria uma andlise balthtiniana profunda para lo por meio dos didlogos filoséficos que o atravessam ¢ 0 constituem, A quem responde, com quem concorda, de quem discorda etc.? O esbogo dessa andlise jé foi muito bem tragado por Sobral,’ que percorre de maneira minuciosa a extensa lista de fildsofos com quem Bakhtin esté dialogando ao longo de sua obra. Destaque- se entre eles, a flosofia alemd, em particular a de Kant, com quem Bakhrin Para

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