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1 – Sócrates, via Platão, fará ferozes críticas ao pensamento dos sofistas, muito em razão

deles privilegiarem a retórica e oratória em detrimento da busca pelas verdades. Assim, o


verdadeiro filósofo será aquele que realmente ama a verdade e a busca incessantemente.
Dentre os principais pensadores gregos, além de Sócrates, se destacam Platão e
Aristóteles, que irão discordar de como a filosofia irá auxiliar na busca pelas verdades.
Em relação a ética, mencione a distinção do entendimento de Platão e Aristóteles sobre o
ensino da ética. (3 pontos)
R: Sócrates e Platão irão discordar de Aristóteles no que diz respeito ao ensino da ética.
Para Sócrates e Platão, o filósofo não era um professor pois anda ensinava, mas
simplesmente mostrava o caminho a ser percorrido pelas pessoas para encontrar as
verdades, pois o conhecimento já teria sido adquirido em outra oportunidade anterior a
vida corpórea (teoria da reminiscência). Já Aristóteles defende que as virtudes, inclusive
a ética, não só poderia como deveria ser ensinada pelos filósofos. Seria essa aliás uma das
funções dos filósofos, o de ensinar a vida ética, a boa vida. A partir desses ensinamentos
é que os indivíduos deveriam, através do hábito, praticar a virtude da ética, portanto, após
aprender a vida ética, está deveria ser seguida pelo hábito, para que ao final da vida
pudesse aferir se o indivíduo teve ou não uma vida ética na maioria das suas ações, e por
conseguinte poder-se-ia dizer se ele teve uma eudaimonia, ou seja, uma boa vida.

2 – Em uma discussão no Órgão Especial do TJ/RJ, o Desembargador Tício afirmou que


deveriam buscar um patrocínio para a realização de um evento sobre o novo Código de
Processo Civil para poderem chamar vários especialistas de diversos Estados para ser
realizada uma ampla discussão, sendo repreendido pelo Desembargador Caio que afirmou
que receber patrocínio para eventos seria ilegal. O Desembargador Caio continuou a falar
e mencionou a importância da magistratura na consolidação da democracia no Brasil mas
criticou um ministro do STF que antes do julgamento teria dado uma entrevista afirmando
que a Corte já teria se decidido sobre uma questão versando sobre biografias não
autorizadas. Por fim, pediu a palavra o Desembargador Mévio, que bastante irritado com
essa decisão do STF, afirmou que foi uma decisão péssima e que os ministros seriam
idiotas em pensar daquela forma. Comente os três episódios narrados mencionando se
estão de acordo com a LOMAN e o Código de Ética da Magistratura. (3 pontos)
R: No primeiro caso, assiste razão ao Desembargador Tício, pois por decisão do CNJ, os
tribunais poderão receber financiamento de até 30% do valor do evento, nã havendo
portanto qualquer ato ilegal essa medida. Em relação à crítica feita pelo Desembargador
Caio, essa também assiste razão pois segundo o inciso II, do artigo 12 do Código de Ética
da Magistratura, o magistrado deve abster-se de emitir opiniões sobre processos ainda
pendente de julgamento. Por fim, por mais que seja legítimo criticar decisões exarados
por outros órgãos e tribunais, existe uma razoabilidade, e de acordo com o artigo 22 do
Código de Ética da Magistratura, os magistrados sempre devem agir com cortesia, e nesse
caso, as críticas passaram do que poderia ser considerado razoável.

3 – Em uma discussão em sala de aula sobre os votos de um ministro do STF, o aluno


João afirmou que acredita que tal postura do referido ministro soava estranha, e que ele
deve estar querendo alguma coisa com essa sua atual postura. Pedro interrompeu João e
afirmou que conhece o mencionado ministro e que ele apenas julga buscando notoriedade,
e que vota de acordo com o que lhe dá maior prazer, sem se preocupar com os votos dos
demais ministros e nem mesmo com a sociedade em si. Carmen entrou na conversa e
discordou de ambos, dizendo que leu recentemente um voto do referido ministro e que
percebeu uma grande preocupação do mesmo na busca por uma solução que pudesse ser
benéfica para todos indistintamente. Sandra pediu a palavra e disse que leu outro voto do
referido ministro sobre direito à saúde e que percebeu naquele voto que o ministro sabia
que não poderia atender a toda a coletividade, mas procuraria atender o máximo que
pudesse para que a maioria tivesse um bem estar grande. A partir da referida discussão
entre os alunos, mencione e explique as teorias éticas que cada um dos mesmos utilizou
em seus argumentos.
R: O aluno João utilizou em sua crítica da teoria ética contemporânea denominada
egoísmo psicológico, onde não há uma certeza, mas uma dúvida quanto as reais intenções
daquele que praticou um ato ora sob análise. Já o aluno Pedro utilizou em seu argumento
da teoria denominada egoísmo ético, que consiste na ideia de que aquele que pratica está
preocupado apenas, ou principalmente, com seu bem estar, com aquilo que lhe causa um
maior grau de felicidade. Carmen utilizou-se da teoria ética kantiana, que é aquela que
acredita que a resposta correta será sempre aquela que pode ser universalizável. Por fim,
Sandra utilizou-se da teoria ética denominada utilitarista, que parte da premissa da
impossibilidade de atender a todos em seus anseios, e assim, a resposta correta será
sempre aquele que leve o maior grau de felicidade a um maior número de pessoas, mesmo
que para isso você tenha que levar algum grau de infelicidade a um grupo menor.

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