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SUMÁRIO

AULA 17 ................................................................................................................................................................................................ 2
AULA 18 ................................................................................................................................................................................................ 3
AULA 19 ................................................................................................................................................................................................ 4
AULA 20 ................................................................................................................................................................................................ 4
AULA 17

ATOS ADMINISTRATIVOS

PARTES DA DEFINIÇÃO SIGNIFICADO


“Declaração Jurídica” É uma manifestação que produz
efeitos jurídicos como criar,
declarar, modificar e extinguir
direitos ou obrigações.
“Provém do Estado ou de lhe faça Quando se diz que provém do
as vezes” Estado, se quer dizer que os três
Poderes Estatais praticam atos
administrativos, ainda que
atipicamente (como o Poder
Legislativo e Judiciário). Como a
função administrativa é delegável a
particulares, os concessionários e
permissionários exercitam função
administrativa e por isso podem
produzir também atos
administrativos.
“No exercício de prerrogativas O ato administrativo é praticado na
públicas” posição de autoridade, como fruto
da supremacia do interesse
público sobre o particular.
“Providências jurídicas Os atos administrativos são, via de
complementares da lei” regra, infralegal, ou seja,
complementam e executam uma
Lei.
“Sujeito a controle de Todo ato administrativo, dentro de
legitimidade por órgão certos limites, pode ser revisto
jurisdicional” pelo Poder Judiciário, se for
provocado.

01. (FCC-ANALISTA JUDICIÁRIO– TJ/PI) Quanto aos atos administrativos, é correto afirmar que:

(A) não podem ser praticados nas Mesas Legislativas.


(B) não podem ser praticados por dirigentes de autarquias e das fundações.
(C) cabem exclusivamente aos órgãos executivos.
(D) podem ser emanados de autoridades judiciárias.
(E) sua prática é vedada aos administradores de empresas estatais e serviços delegados.

“DISSOLUÇÃO DE UMA PASSEATA TUMULTUOSA”.

MOTIVO: é uma ocorrência antecedente que provoca a edição do ato. Na situação, qual o motivo? O tu-
multo.
OBJETO: é o efeito jurídico IMEDIATO do ato. É o resultado prático, a consequência gerada pelo ato. Na
situação, qual o objeto? A dissolução propriamente dita.

FINALIDADE: é o efeito jurídico MEDIATO do ato. É o algo que a administração quer alcançar. Na situação,
qual a finalidade? Proteção da ordem pública.
02. (FCC-ANALISTA JUDICIÁRIO– ÁREA JUDICIÁRIA – TRE ACRE- Quanto aos elementos do ato admi-
nistrativo, pode-se afirmar que:

(A) "sujeito é aquele a quem o ato se destina ou sobre quem ele versa".
(B) "motivo é o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato".
(C) "objeto é a finalidade a ser alcançada pelo ato".
(D) "fim é o efeito jurídico imediato que o ato produz".
(E) "competência é o modo pelo qual o ato se exterioriza ou deve ser feito".

ATO VINCULADO
COMPETENCIA
FINALIDADE
FORMA Elementos Vinculados
MOTIVO
OBJETO

ATO DISCRICIONÁRIO
COMPETENCIA Elemento Vinculado
FINALIDADE Elemento Vinculado
FORMA Elemento Vinculado
MOTIVO Elemento Discricionário
OBJETO Elemento Discricionário

GABARITO – AULA 17
01 02
D B

AULA 18

Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídi-
cos, quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;


II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas
e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

§1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância
com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão par-
te integrante do ato.
§ 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reprodu-
za os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados
§ 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará da res-
pectiva ata ou de termo escrito.

AULA 19

Observações:

Essas observações só devem ser utilizadas se a questão de concurso, de algum modo, falar sobre esses
pontos. Não falando, aplique as informações do esquema. Mas se a questão pedir um pouco mais, aplique
também as seguintes observações:

1) Ilegalidade é obviamente o ato que está desacordo com a Lei. Veja, por exemplo, o caso dos vícios nos
elementos do ato administrativo. Mas não só. Hodiernamente se entende, que se um ato estiver desrespei-
tando um princípio, como o da proporcionalidade/razoabilidade, o ato também estará ilegal e, portanto, po-
derá ser anulado.

2) Conforme se observa no esquema, o Poder Judiciário não pode revogar atos de um outro Poder. Se as-
sim pudesse, estaria entrando no mérito administrativo, e isso é proibido. Entretanto, se o Poder Judiciário
estiver no exercício de sua função administrativa, nada impede que ele possa revogar os seus próprios atos.
Mas note: ele não pode NUNCA revogar atos de um outro Poder, só os seus.

3) A anulação pode, eventualmente, ter efeitos ex nunc. Ocorrerá, por exemplo, quando um ato for do tipo
ampliativo e o destinatário do ato estiver de boa fé. Por exemplo: Fulano, servidor público, está recebendo
determinada gratificação, e, posteriormente, se descobre que esse pagamento é ilegal. Esse ato de gratifi-
cação é um ato ampliativo na esfera de direito do servidor, só que agora deverá ser anulado (já que está
ilegal). Nesse caso, como o servidor estava de boa-fé, não está obrigado a devolver o que recebeu, porque
a anulação terá efeitos ex nunc.

AULA 20

4) A anulação possui limite temporal, ao contrário da revogação, que só possui limites materiais. Pois bem,
diz o art. 54 da Lei 9784/99 : “ O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram
efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados,
salvo comprovada má-fé”.

5) A doutrina, tal como Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, arrola alguns tipos de atos que não podem ser
revogados. São os tais limites materiais da revogação. Acompanhe:
- os atos consumados, que exauriram seus efeitos;
- os atos vinculados, porque nesses o administrador não tem liberdade de atuação;
-os atos que geram direitos adquiridos, gravados como garantia constitucional ( CF, art 5°, XXXVI);
- os atos que integram um procedimento, pois a cada novo ato ocorre a preclusão com relação ao ato anteri-
or;
- os chamados “meros atos administrativos”, porque seus efeitos são previamente estabelecidos em lei.

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