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Uma neve úmida,

Remoinha preguiçosa,
Às vezes esperançosa,
Outras insípida,

O cão a uivar,
Noites em claro,
Talvez pelo faro,
Se guia o caminhar,

Coração tão perto,


E razão tão distante,
Mas José segue no instante,
Em que o caminho está incerto,

Um ciclo incessante,
Frequentemente angustiante,
José não encontra pela cidade,
O caminho à identidade,

Novamente a recomeçar,
No silêncio da partida,
Ritmicamente escuta-se a batida,
Ao duvidar,

Criar,
Outras,
Rotas,

José havia desistido,


Mas quando vê uma flor brotar,
Achando o sentido,
Ecoa aos altos,
A flor brota do asfalto,

A vida muda,
Quando entendemos,
Que o frio assusta,
Mas ainda podemos,
Continuar a uivar.

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