Você está na página 1de 19

Universidade Federal de Campina Grande – UFCG

Centro de Ciências e Tecnologia - CCT


Disciplina: Física Experimental II - Turma: 03
Docente: Laerson
Discente: José Urbano G. de Macêdo Júnior (117.211.239)

REFRAÇÃO DA LUZ

Relatório Apresentado à Disciplina de Física


Experimental II da Unidade Acadêmica de
Física do CCT da UFCG como requisito para
obtenção de parte da nota na citada
disciplina.

Campina Grande-PB
Setembro de 2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 2
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 4
3 MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................................ 5
3.1 Materiais .................................................................................................................... 5
3.2 Métodos ..................................................................................................................... 5
3.2.1 Determinação do Índice de Refração de um Material ....................................... 5

3.2.2 Refração da Luz - Lente Convergente ............................................................... 6

3.2.3 Refração da Luz - Lente Divergente .................................................................. 7

3.2.4 Distância Focal de uma Lente Convergente ...................................................... 7

3.2.5 Dioptro Plano ..................................................................................................... 8

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................................... 10


4.1 Determinação do Índice de Refração de um Material ............................................. 10
4.2 Refração da Luz - Lente Convergente..................................................................... 11
4.3 Refração da Luz - Lente Divergente ....................................................................... 12
4.4 Distância Focal de uma Lente Convergente ............................................................ 12
4.5 Dioptro Plano .......................................................................................................... 13
5 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 15
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 17
1 INTRODUÇÃO

A refração da luz é um fenômeno óptico que ocorre quando a luz passa de um meio
homogêneo e transparente para outro, também homogêneo e transparente. Porém, com a
mudança de meios, ocorre também uma variação na sua velocidade e no seu comprimento de
onda, gerando um desvio em relação a direção original. Para melhor entender o fenômeno de
refração imagine um raio de luz que passa de um meio para outro de superfície plana, conforme
mostra a Figura 1.
Figura 1 – fenômeno de refração

Fonte: Kuadro.com.br
O ângulo formado entre o raio de luz incidente e a reta normal é o ângulo de incidência,
também adotado como 𝜃1 e o ângulo formado entre o raio de luz refratado e a reta normal é
adotado como 𝜃2 . É importante ressaltar que o fenômeno da refração só ocorre quando a
propagação do feixe de luz possui velocidades diferentes nos dois meios de propagação.
Conhecendo os elementos de uma refração podemos entender o fenômeno através das
duas leis básicas que o regem.
1ª lei da Refração: regida pelo enunciado “O raio incidente, o raio refratado e a normal,
no ponto de incidência, estão contidos num mesmo plano”, ou seja, o raio incidente, o raio
refratado e a reta normal ao plano de incidência estão contidos no mesmo plano, que no caso
do desenho acima é o plano da tela.
2ª lei da Refração (Lei de Snell): A Lei de Snell-Descartes é aquela em que calcula-se o
valor do desvio sofrido pela refração da luz. Postula que “Os senos dos ângulos de incidência
e refracção são diretamente proporcionais às velocidades da onda nos respectivos meios”,
representado pela expressão: 𝑛1 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃1 = 𝑛2 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃2 .

2
Com base nisto, entre os dois meios considerados na refração, chama-se mais refringente
o que apresenta maior índice de refração absoluto. O outro de menor índice de refração é,
logicamente, o menos refringente.
As lentes são dispositivos ópticos que funcionam por refração da luz e são muito
utilizadas no nosso dia a dia. De acordo com a curvatura apresentada, as lentes esféricas podem
ser classificadas como: Lentes convergentes, ou positivas: quando a parte do centro é mais
espessa que as bordas. Lentes divergentes, ou negativas: se o centro é mais fino que as bordas.
A figura a seguir mostra o formato de cada um desses tipos de lente:
Figura 2 - tipos de lentes convergentes e divergentes

Além do formato, as lentes também podem ser classificadas de acordo com o


comportamento óptico dos raios de luz após atingi-las. Nesse caso, elas podem ser divergentes
ou convergentes.
Em uma lente divergente, quando os raios de luz incidem paralelos ao eixo principal,
eles sofrem dupla refração e se espalham. O foco dessas lentes é formado pelo encontro de
projeções dos raios de luz incidentes, ele é classificado como virtual.
Nas lentes convergentes, os raios de luz incidem paralelos ao eixo principal e, após
sofrerem refração, se concentram em um único ponto, este ponto é o foco. Este foco é
classificado como foco real, pois é fruto do encontro dos raios de luz refratados.
3
2 OBJETIVOS

Verificar na prática as leis de refração da luz e realizar observações acerca dos


experimentos realizados e resultados obtidos, e assim, estudar a formação de imagens.
Desta forma, tem-se os seguintes objetivos:
 Verificar a veracidade das leis de refração;
 Estabelecer o ângulo crítico do acrílico e verificar o fenômeno da reflexão interna total;
 Estudar o comportamento dos feixes luminosos quando incidem em lentes convergentes
e divergentes;
 Identificar os principais elementos das lentes convergentes e divergentes;
 Determinar a distância focal de uma lente convergente;
 Estudar a formação da imagem a partir de uma lente convergente com um objeto além
do ponto antiprincipal (dobro da distância focal);
 Determinar os valores dos ângulos de incidência e refração no dióptro plano e a
espessura do mesmo, e assim, calcular o desvio lateral;
 Estabelecer o índice de refração do dióptro plano.

4
3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais
 Fonte de luz branca 12 V – 21 W, chave liga-desliga, alimentação bivolt e sistema de
posicionamento do filamento;
 Base metálica 8x70x3cmcom duas mantas magnéticas e escala lateral de 700 mm;
 Superfície refletora conjugada: côncava, convexa e plana;
 Diafragma com uma fenda;
 Diagrama com cinco fendas;
 Lente de vidro convergente plano-convexa com ∅ 60 mm, DF 120 mm,em moldura
plástica com fixação magnética;
 Lente de vidro plano côncava com 50 mm, DF 100 mm, em moldura plástica com
fixação magnética;
 Cavaleiro metálico;
 Suporte para disco giratório;
 Disco giratório ∅23 cm com escala angular e subdivisões de 1º.
 Perfil em acrílico semicircular
 Perfil em acrílico biconvexo
 Perfil em acrílico bicôncavo
 Perfil em acrílico retangular
 Anteparo para projeção com fixador;

3.2 Métodos

3.2.1 Determinação do Índice de Refração de um Material

Parte 1
Conforme ilustrado na figura 6, realizou-se a montagem do equipamento. Logo, em um
lado do cavaleiro metálico colocou-se o diafragma com uma fenda e do outro lado uma lente
convergente de distância focal de 12 cm. Nesse sentido, ajustou-se a posição do conjunto para
que o filamento da lâmpada ficasse no foco da lente.

5
Assim, ligou-se a fonte de luz, ajustando, dessa forma, o raio luminoso bem no centro do
transferidor. Por fim, colocou-se o semicírculo no disco ótico, de forma que a parte plana ficasse
voltada para o foco de luz e ajustou o mesmo de maneira que o ângulo de incidência e de
refração fossem iguais a 0º. Desse modo, girou-se o disco ótico de forma que o ângulo de
incidência variasse de 10º em 10º. Nesse contexto, anotou-se as medidas dos ângulos de
refração correspondentes.

Figura 6 - Montagem para o experimento determinação do índice de refração de um material.

Parte 2
Primeiramente, montou-se o equipamento de forma análoga a montagem da parte 1, mas,
ao invés de colocar a parte plana da lente, foi colocada a parte circular do semicírculo voltado
para o feixe luminoso. Assim, girou-se o disco ótico variando o ângulo de incidência de 5º em
5º. Nesse contexto, anotou-se as medidas dos ângulos de refração correspondentes.

3.2.2 Refração da Luz - Lente Convergente

Primeiramente, montou-se o experimento conforme a figura 7. Logo, colocou-se o


diafragma de cinco fendas e ligou-se a fonte de luz. Assim, posicionou-se a lente convergente
para a correção do feixe, ou seja, para que fiquem paralelos entre si. Em seguida, colocou-se
no disco ótico o perfil de acrílico biconvexo e, logo após, ajustou-se o feixe luminoso
paralelamente ao eixo principal da lente convergente. Depois da devida observação do
experimento, colocou-se um papel em branco entre o disco giratório e a lente biconvexa para
desenhar a lente e a trajetória dos feixes luminosos a fim de determinar o foco da lente.

6
Figura 7- Montagem para o experimento de lente convergente.

3.2.3 Refração da Luz - Lente Divergente

Primeiramente, montou-se o experimento conforme a figura 8, de forma análoga ao


experimento anterior. Logo, colocou-se no disco ótico o perfil de acrílico biconvexo e, logo
após, ajustou-se o feixe luminoso paralelamente ao eixo principal da lente divergente. Depois
da devida observação do experimento, colocou-se um papel em branco entre o disco giratório
e a lente bicôncava para desenhar a lente e a trajetória dos feixes luminosos a fim de determinar
o foco da lente.
Figura 8 - Montagem para o experimento de lente divergente.

3.2.4 Distância Focal de uma Lente Convergente

Primeiramente, montou-se o experimento conforme a figura 9. Assim, colocou-se na


frente da fonte luminosa e a uma distância de 4 cm uma lente convergente de distância focal
igual a 5 cm, utilizada para iluminar o objeto (letra F). Em seguida, ligou-se a fonte de luz e
7
colocou-se o objeto na frente da lente ajustando, desse modo, a posição do objeto de modo que
ficasse bem iluminado.
Logo, utilizou-se uma lente convergente de distância focal 10 cm para projetar o objeto
no anteparo, essa lente, por sua vez, foi colocada a uma distância de 16 cm do objeto. Sob esse
viés, ajustou-se a posição do anteparo para que a imagem projetada ficasse com boa nitidez,
medindo, logo após, a distância entre a imagem e a lente, o comprimento do objeto e o
comprimento da imagem. Portanto, repetiu-se os mesmos procedimentos alterando a distância
entre a lente e o objeto.
Figura 9 - Montagem para o experimento distância focal de uma lente convergente.

3.2.5 Dioptro Plano

Primeiramente, montou-se o experimento conforme a figura 10. Assim, colocou-se em


um lado do cavaleiro metálico o diafragma com uma fenda e do outro lado uma lente
convergente de distância focal de 12 cm. Logo, ajustou-se a posição do conjunto para que o
filamento da lâmpada fique no foco da lente.
Sob esse contexto, ligou-se a fonte de luz e ajustou-se o raio luminoso bem no centro do
transferidor. Dessa maneira, inseriu-se o dióptro plano no disco ótico e ajustou o mesmo no
disco de tal modo que o ângulo de incidência e o ângulo de refração sejam iguais a 0º.
Em seguida, girou-se o disco a fim de obter um ângulo de incidência de 30º. Por fim,
colocou-se um papel entre o dióptro e o disco ótico a fim de desenhar o dióptro e as trajetórias
dos feixes incidente e refratado. Ao retirar o papel o desenho foi completado com feixes. Nesse
sentido, foi medida a espessura t do dióptro, bem como, com o auxílio de um transferidor,
também mediu-se os ângulos.

8
Figura 10 - Montagem para o experimento do dióptro plano.

9
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Determinação do Índice de Refração de um Material

Parte 1
Com a realização da Parte 1 deste experimento, coletou-se os seguintes dados organizados
na Tabela 1, que serão utilizados para o cálculo do comprimento de onda da luz.

Tabela 1 – Tabela de dados obtidos para determinação do índice de refração de um material


ÂNGULO DE ÂNGULO DE SEN (I) /
SEN (I) SEN (R)
INCIDÊNCIA (I) REFRAÇÃO (R) SEN (R)
10º 0,17 7º 0,12 1,42
20º 0,34 13,5º 0,23 1,48
30º 0,50 20º 0,34 1,47
40º 0,64 26º 0,43 1,48
50º 0,76 31,5º 0,52 1,46

Assim, analisando a Tabela 1, tem-se que a razão sen(I)/sen(R) variou em valores bem
próximos e pequenos. Contudo, do ponto de vista teórico, esta razão deveria ser constante. Essa
pequena diferença entre os valores é decorrente de erros experimentais cometidos durante o
experimento, como erros na leitura dos ângulos pelos operadores e possível descalibração do
disco ótico, causando uma pequena alteração nos valores obtidos.
Nesse sentido, foi possível verificar duas leis da refração da luz:
1. O raio refratado está no plano de incidência.
2. Quando se faz variar o ângulo de incidência, o ângulo de refração varia de tal modo que
a razão dos senos destes ângulos é constante.

Parte 2
Com a realização da Parte 2 deste experimento, coletou-se os seguintes dados organizados
na Tabela 2, que apresenta os ângulos de refração para cada ângulo de incidência.

10
Tabela 2 – Tabela que relaciona os valores dos ângulos de incidência e refração.
ÂNGULO DE ÂNGULO DE SEN (I) /
SEN (I) SEN (R)
INCIDÊNCIA (I) REFRAÇÃO (R) SEN (R)
5º 0,08 7,5º 0,13 0,61
10º 0,17 15,5º 0,26 0,65
15º 0,25 23º 0,39 0,64
20º 0,34 31,5º 0,52 0,65
25º 0,42 40º 0,64 0,65
30º 0,50 50º 0,76 0,65
35º 0,57 61,5º 0,87 0,65
40º 0,64 81º 0,97 0,65
45º 0,70 - - -

Como pode ser visualizado na Tabela 2, não foi possível completar os valores para o
ângulo de 45º pelo fato de que já havia sido atingido o ângulo crítico, que foi em torno de 43º,
fazendo com que a luz não passasse mais através da superfície que separava os dois meios,
ocorrendo o fenômeno da reflexão total.
Assim, experimentalmente, constatou-se que o ângulo crítico do acrílico é em torno de
43º, também chamado de ângulo de Brewster. Desta forma, para que ocorra a reflexão total, é
necessário que o ângulo de incidência seja superior ao ângulo limite, nesse caso, superior a 43º.

4.2 Refração da Luz - Lente Convergente

Com a realização deste experimento, foi possível verificar os principais elementos da


lente convergente, que foi ilustrado em um papel e colocado como anexo (Anexo I) neste
relatório. Com a ilustração, verificou-se que o foco da lente é um valor em torno de 10,8 cm e
raio de curvatura com valor em torno de 21,6 cm.
Além disso, pode-se verificar que o ponto de cruzamento do feixe luminoso convergente
com o eixo principal da lente convergente é denominado de foco principal. Desse modo, o foco
gerado por uma lente convergente é real, criado pelo encontro dos feixes refratados, situado,
portanto, do lado da luz refratada.

11
Logo, a partir da observação no experimento, algumas propriedades do feixe luminoso na
lente convergente podem ser enunciadas:
 Um raio de luz que atravessa a lente passando pelo centro óptico não sofre desvio;
 Um raio de luz que incide na lente paralelamente ao seu eixo principal se refrata
passando pelo foco imagem;
 Um raio de luz que incide na lente passando pelo foco objeto se refrata paralelamente
ao eixo principal.

4.3 Refração da Luz - Lente Divergente

Com a realização deste experimento, foi possível verificar os principais elementos da


lente divergente, que foi ilustrado em um papel e colocado como anexo (Anexo II) neste
relatório. Com a ilustração, verificou-se que o foco da lente é um valor em torno de 6,9 cm e
raio de curvatura com valor em torno de 13,8 cm.
Além disso, pode-se visualizar que os raios de luz refratados divergem, assim, o ponto
de cruzamento do feixe foi gerado a partir do seu prolongamento, criando assim um foco virtual.
Desta forma, o foco em uma lente divergente é virtual, situado, portanto, do lado da luz
incidente.
Logo, a partir da observação no experimento, algumas propriedades do feixe luminoso na
lente divergente podem ser enunciadas:
 Um raio de luz que atravessa a lente passando pelo centro óptico não sofre desvio;
 Um raio de luz que incide na lente paralelamente ao seu eixo principal se refrata
passando pelo foco imagem;
 Um raio de luz que incide na lente passando pelo foco objeto se refrata paralelamente
ao eixo principal.

4.4 Distância Focal de uma Lente Convergente

A partir da realização dos procedimentos experimentais, coletou-se dados que foram


dispostos na Tabela 3, a seguir. Esta tabela apresenta a relação entre as posições do objeto (Do),
posições da imagem (Di) e o foco (f) calculado, bem como as medidas do comprimento do
objeto e da imagem para cada um dos casos.

12
Tabela 3 – Relação dos valores medidos de Do e Di a fim de determinar o foco da lente.
N Do (cm) Di (cm) f (cm) I (cm) O (cm) Di/Do I/O
1 16 26 9,90 1,4 1 1,625 1,7
2 18 22,5 10,0 1,2 1 1,25 1,6
3 20 21 10,24 1,1 1 1,05 1,5
4 22 18,5 10,05 0,9 1 0,84 0,9
5 24 17,5 10,12 0,8 1 0,73 0,8
6 26 16,5 10,09 0,7 1 0,63 0,7

Dessa forma, a distância focal da lente foi calculada com base na equação de Gauss,
apresentada a seguir:
1 1 1
= +
𝑓 𝐷𝑜 𝐷𝑖
Todos os cálculos estão dispostos no final deste relatório, na parte de anexos. Nesse
contexto, realizou-se o cálculo do valor médio da distância focal, obtendo-se o valor de 10,07
cm para a distância focal média. Assim, a partir das medidas calculadas é possível verificar que
a razão Di/Do é aproximada a razão I/O. Desse modo, pode-se dizer que isso acontece por conta
da formação de triângulos para formar a imagem, o que significa que essas razões são
proporcionais, ou seja, o comprimento é proporcional à distância, quando se relaciona objeto e
imagem.
Assim, nota-se que a imagem projetada no anteparo é real e invertida, pois é formada
diretamente pelos raios refratados.

4.5 Dioptro Plano

Com a realização deste experimento, obteve-se 𝜃1 =30º para o ângulo de incidência e


𝜃2 =20º para o ângulo que o raio refratado faz com a normal. Foi realizado um desenho do que
se foi visualizado e colocado em anexo neste relatório (Anexo III). Com estes dados e sabendo
que ângulos alternos possuem o mesmo valor, pode-se inferir que 𝜃3 =20º e que 𝜃4 =30º.

13
Assim, com base na equação, apresentada abaixo, para o desvio lateral x, pode-se definir
o mesmo, sabendo que a espessura t do dióptro é equivalente a 2,9 cm.
𝑡𝑠𝑒𝑛 (𝜃1 − 𝜃2 ) 𝑡𝑠𝑒𝑛 (30° − 20°)
𝑥= = 2,9 = 0,488 𝑐𝑚
𝑐𝑜𝑠 (𝜃2 ) 𝑐𝑜𝑠 (20°)
Logo, o desvio lateral x é igual a 0,488 cm. Além disso, com base na segunda lei da
refração, explicitada pela equação a seguir, calculou-se o índice de refração do dióptro,
assumindo que o índice de refração no meio 1, no ar, seja igual a 1,0.
𝑛1 𝑠𝑒𝑛 (𝜃1 ) = 𝑛2 𝑠𝑒𝑛 (𝜃2 )
1 𝑠𝑒𝑛 (30°) = 𝑛2 𝑠𝑒𝑛 (20°)
𝑛2 = 1,46
Portanto, o índice de refração do dióptro é igual a 1,46.

14
5 CONCLUSÃO

Através dos experimentos realizados tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais


sobre as leis de refração e suas características, verificando assim, que a razão entreo seno do
ângulo de incidência e o seno do ângulo de refração é constante. Além disso, foi verificado o
fenômeno da reflexão interna total no acrílico, definindo de maneira experimental que o ângulo
crítico para o acrílico é em torno de 43º, de forma tal que para qualquer ângulo de incidência
maior que este, ocorre a reflexão total.
No experimento de refração da luz em lentes convergentes e divergentes foi possível
verificar a real aparência e comportamento dos feixes luminosos quando incidem sobre cada
uma destas lentes esféricas. Assim, percebeu-se que nas lentes convergentes a luz refratada
converge formando um foco real, e no caso das lentes divergentes o raio refratado diverge e o
prolongamento dos feixes de luz refratados formam um foco virtual. Nesse contexto, ainda foi
possível verificar os principais elementos de ambas as lentes e o comportamento dos raios
luminosos nos mesmos.
Assim, sob o contexto do experimento de determinação da distância focal de uma lente
divergente, foi possível estabelecer uma medida aproximada da distância focal da lente. Desse
modo, com o auxílio da equação de Gauss, realizou-se sucessivas medições da distância focal,
a partir da variação das distâncias objeto-imagem, determinando-se assim o valor médio da
distância focal de uma lente convergente, que é da ordem de 10,07 cm, muito próximo do valor
real. Nesse sentido, pôde-se constatar que a relação Di/Do deve ser igual a I/O, mas
experimentalmente, por conta de erros de leitura, por exemplo, esse valor foi apenas
aproximado. Dessa maneira, isso demonstra a proporcionalidade entre os comprimentos e
distâncias do objeto e imagem.
Com base nas propriedades dos raios luminosos, por meio de um desenho, estudou-se as
características das imagens formadas no anteparo por meio da lente convergente, com um objeto
colocado além do ponto antiprincipal (dobro da distância focal), concluindo-se assim, que a
imagem formada é menor que o objeto, invertida e real.
Por fim, a partir da execução do experimento de dióptro plano, foi possível definir os
ângulos de incidência e refração, a espessura do dióptro e o desvio lateral. Logo, pode-se
determinar também o índice de refração do dióptro experimentalmente, obtendo um valor de
1,46, ou seja, maior que o índice de refração do ar, o que significa que o feixe luminoso dentro
deste tende a se aproximar da reta normal.
15
Desta forma, de acordo com o que foi apresentado acima, foi possível concluir que toda
a teoria abordada para a execução e verificação dos demais experimentos foi comprovada, e
através destes experimentos foi possível uma melhor assimilação de grande parte do conteúdo
apresentado. Porém, no decorrer do experimento houve alguns empecilhos tais como a claridade
do laboratório, e por isso, encontraram-se dificuldades para fazer uma melhor leitura dos
ângulos durante do experimento.

16
REFERÊNCIAS

NASCIMENTO, Pedro Luiz. Apostila de Laboratório de Óptica, eletricidade e


magnetismo, Física Experimental 2, 2012.1. Universidade Federal de Campina Grande – CCT
– Unidade Acadêmica de Física.
TEIXEIRA, Mariane Mendes. "Lentes"; Brasil Escola. Disponível em
<https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lentes-1.htm>. Acesso em 18 de setembro de 2018.

17
ANEXO IV

 Cálculo da distância focal da lente

𝟏 𝟏 𝟏
= +
𝒇 𝑫𝒐 𝑫𝒊

Do=16 cm ∴ Di=26,0 cm Do=22 cm ∴ Di=18,5 cm


𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
= + → 𝒇 = 𝟎𝟗, 𝟗𝟎 𝒄𝒎 = + → 𝒇 = 𝟏𝟎, 𝟎𝟓 𝒄𝒎
𝒇 𝟏𝟔 𝟐𝟔, 𝟎 𝒇 𝟐𝟐 𝟏𝟖, 𝟓

Do=18 cm ∴ Di=22,5 cm Do=24 cm ∴ Di=17,5 cm


𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
= + → 𝒇 = 𝟏𝟎, 𝟎𝟎 𝒄𝒎 = + → 𝒇 = 𝟏𝟎, 𝟏𝟐 𝒄𝒎
𝒇 𝟏𝟖 𝟐𝟐, 𝟓 𝒇 𝟐𝟒 𝟏𝟕, 𝟓

Do=20 cm ∴ Di=21 cm Do=26 cm ∴ Di=16,5 cm


𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
= + → 𝒇 = 𝟏𝟎, 𝟐𝟒 𝒄𝒎 = + → 𝒇 = 𝟏𝟎, 𝟎𝟗 𝒄𝒎
𝒇 𝟐𝟎 𝟐𝟏, 𝟎 𝒇 𝟐𝟔 𝟏𝟔, 𝟓

- Valor médio da distância focal


9,90+10,00+10,24+10,05+10,12+10,09
𝑓̅ = = 10,07 𝑐𝑚
6

18

Você também pode gostar