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REFRAÇÃO DA LUZ
Campina Grande-PB
Setembro de 2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 2
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 4
3 MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................................ 5
3.1 Materiais .................................................................................................................... 5
3.2 Métodos ..................................................................................................................... 5
3.2.1 Determinação do Índice de Refração de um Material ....................................... 5
A refração da luz é um fenômeno óptico que ocorre quando a luz passa de um meio
homogêneo e transparente para outro, também homogêneo e transparente. Porém, com a
mudança de meios, ocorre também uma variação na sua velocidade e no seu comprimento de
onda, gerando um desvio em relação a direção original. Para melhor entender o fenômeno de
refração imagine um raio de luz que passa de um meio para outro de superfície plana, conforme
mostra a Figura 1.
Figura 1 – fenômeno de refração
Fonte: Kuadro.com.br
O ângulo formado entre o raio de luz incidente e a reta normal é o ângulo de incidência,
também adotado como 𝜃1 e o ângulo formado entre o raio de luz refratado e a reta normal é
adotado como 𝜃2 . É importante ressaltar que o fenômeno da refração só ocorre quando a
propagação do feixe de luz possui velocidades diferentes nos dois meios de propagação.
Conhecendo os elementos de uma refração podemos entender o fenômeno através das
duas leis básicas que o regem.
1ª lei da Refração: regida pelo enunciado “O raio incidente, o raio refratado e a normal,
no ponto de incidência, estão contidos num mesmo plano”, ou seja, o raio incidente, o raio
refratado e a reta normal ao plano de incidência estão contidos no mesmo plano, que no caso
do desenho acima é o plano da tela.
2ª lei da Refração (Lei de Snell): A Lei de Snell-Descartes é aquela em que calcula-se o
valor do desvio sofrido pela refração da luz. Postula que “Os senos dos ângulos de incidência
e refracção são diretamente proporcionais às velocidades da onda nos respectivos meios”,
representado pela expressão: 𝑛1 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃1 = 𝑛2 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃2 .
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Com base nisto, entre os dois meios considerados na refração, chama-se mais refringente
o que apresenta maior índice de refração absoluto. O outro de menor índice de refração é,
logicamente, o menos refringente.
As lentes são dispositivos ópticos que funcionam por refração da luz e são muito
utilizadas no nosso dia a dia. De acordo com a curvatura apresentada, as lentes esféricas podem
ser classificadas como: Lentes convergentes, ou positivas: quando a parte do centro é mais
espessa que as bordas. Lentes divergentes, ou negativas: se o centro é mais fino que as bordas.
A figura a seguir mostra o formato de cada um desses tipos de lente:
Figura 2 - tipos de lentes convergentes e divergentes
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3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais
Fonte de luz branca 12 V – 21 W, chave liga-desliga, alimentação bivolt e sistema de
posicionamento do filamento;
Base metálica 8x70x3cmcom duas mantas magnéticas e escala lateral de 700 mm;
Superfície refletora conjugada: côncava, convexa e plana;
Diafragma com uma fenda;
Diagrama com cinco fendas;
Lente de vidro convergente plano-convexa com ∅ 60 mm, DF 120 mm,em moldura
plástica com fixação magnética;
Lente de vidro plano côncava com 50 mm, DF 100 mm, em moldura plástica com
fixação magnética;
Cavaleiro metálico;
Suporte para disco giratório;
Disco giratório ∅23 cm com escala angular e subdivisões de 1º.
Perfil em acrílico semicircular
Perfil em acrílico biconvexo
Perfil em acrílico bicôncavo
Perfil em acrílico retangular
Anteparo para projeção com fixador;
3.2 Métodos
Parte 1
Conforme ilustrado na figura 6, realizou-se a montagem do equipamento. Logo, em um
lado do cavaleiro metálico colocou-se o diafragma com uma fenda e do outro lado uma lente
convergente de distância focal de 12 cm. Nesse sentido, ajustou-se a posição do conjunto para
que o filamento da lâmpada ficasse no foco da lente.
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Assim, ligou-se a fonte de luz, ajustando, dessa forma, o raio luminoso bem no centro do
transferidor. Por fim, colocou-se o semicírculo no disco ótico, de forma que a parte plana ficasse
voltada para o foco de luz e ajustou o mesmo de maneira que o ângulo de incidência e de
refração fossem iguais a 0º. Desse modo, girou-se o disco ótico de forma que o ângulo de
incidência variasse de 10º em 10º. Nesse contexto, anotou-se as medidas dos ângulos de
refração correspondentes.
Parte 2
Primeiramente, montou-se o equipamento de forma análoga a montagem da parte 1, mas,
ao invés de colocar a parte plana da lente, foi colocada a parte circular do semicírculo voltado
para o feixe luminoso. Assim, girou-se o disco ótico variando o ângulo de incidência de 5º em
5º. Nesse contexto, anotou-se as medidas dos ângulos de refração correspondentes.
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Figura 7- Montagem para o experimento de lente convergente.
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Figura 10 - Montagem para o experimento do dióptro plano.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Parte 1
Com a realização da Parte 1 deste experimento, coletou-se os seguintes dados organizados
na Tabela 1, que serão utilizados para o cálculo do comprimento de onda da luz.
Assim, analisando a Tabela 1, tem-se que a razão sen(I)/sen(R) variou em valores bem
próximos e pequenos. Contudo, do ponto de vista teórico, esta razão deveria ser constante. Essa
pequena diferença entre os valores é decorrente de erros experimentais cometidos durante o
experimento, como erros na leitura dos ângulos pelos operadores e possível descalibração do
disco ótico, causando uma pequena alteração nos valores obtidos.
Nesse sentido, foi possível verificar duas leis da refração da luz:
1. O raio refratado está no plano de incidência.
2. Quando se faz variar o ângulo de incidência, o ângulo de refração varia de tal modo que
a razão dos senos destes ângulos é constante.
Parte 2
Com a realização da Parte 2 deste experimento, coletou-se os seguintes dados organizados
na Tabela 2, que apresenta os ângulos de refração para cada ângulo de incidência.
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Tabela 2 – Tabela que relaciona os valores dos ângulos de incidência e refração.
ÂNGULO DE ÂNGULO DE SEN (I) /
SEN (I) SEN (R)
INCIDÊNCIA (I) REFRAÇÃO (R) SEN (R)
5º 0,08 7,5º 0,13 0,61
10º 0,17 15,5º 0,26 0,65
15º 0,25 23º 0,39 0,64
20º 0,34 31,5º 0,52 0,65
25º 0,42 40º 0,64 0,65
30º 0,50 50º 0,76 0,65
35º 0,57 61,5º 0,87 0,65
40º 0,64 81º 0,97 0,65
45º 0,70 - - -
Como pode ser visualizado na Tabela 2, não foi possível completar os valores para o
ângulo de 45º pelo fato de que já havia sido atingido o ângulo crítico, que foi em torno de 43º,
fazendo com que a luz não passasse mais através da superfície que separava os dois meios,
ocorrendo o fenômeno da reflexão total.
Assim, experimentalmente, constatou-se que o ângulo crítico do acrílico é em torno de
43º, também chamado de ângulo de Brewster. Desta forma, para que ocorra a reflexão total, é
necessário que o ângulo de incidência seja superior ao ângulo limite, nesse caso, superior a 43º.
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Logo, a partir da observação no experimento, algumas propriedades do feixe luminoso na
lente convergente podem ser enunciadas:
Um raio de luz que atravessa a lente passando pelo centro óptico não sofre desvio;
Um raio de luz que incide na lente paralelamente ao seu eixo principal se refrata
passando pelo foco imagem;
Um raio de luz que incide na lente passando pelo foco objeto se refrata paralelamente
ao eixo principal.
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Tabela 3 – Relação dos valores medidos de Do e Di a fim de determinar o foco da lente.
N Do (cm) Di (cm) f (cm) I (cm) O (cm) Di/Do I/O
1 16 26 9,90 1,4 1 1,625 1,7
2 18 22,5 10,0 1,2 1 1,25 1,6
3 20 21 10,24 1,1 1 1,05 1,5
4 22 18,5 10,05 0,9 1 0,84 0,9
5 24 17,5 10,12 0,8 1 0,73 0,8
6 26 16,5 10,09 0,7 1 0,63 0,7
Dessa forma, a distância focal da lente foi calculada com base na equação de Gauss,
apresentada a seguir:
1 1 1
= +
𝑓 𝐷𝑜 𝐷𝑖
Todos os cálculos estão dispostos no final deste relatório, na parte de anexos. Nesse
contexto, realizou-se o cálculo do valor médio da distância focal, obtendo-se o valor de 10,07
cm para a distância focal média. Assim, a partir das medidas calculadas é possível verificar que
a razão Di/Do é aproximada a razão I/O. Desse modo, pode-se dizer que isso acontece por conta
da formação de triângulos para formar a imagem, o que significa que essas razões são
proporcionais, ou seja, o comprimento é proporcional à distância, quando se relaciona objeto e
imagem.
Assim, nota-se que a imagem projetada no anteparo é real e invertida, pois é formada
diretamente pelos raios refratados.
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Assim, com base na equação, apresentada abaixo, para o desvio lateral x, pode-se definir
o mesmo, sabendo que a espessura t do dióptro é equivalente a 2,9 cm.
𝑡𝑠𝑒𝑛 (𝜃1 − 𝜃2 ) 𝑡𝑠𝑒𝑛 (30° − 20°)
𝑥= = 2,9 = 0,488 𝑐𝑚
𝑐𝑜𝑠 (𝜃2 ) 𝑐𝑜𝑠 (20°)
Logo, o desvio lateral x é igual a 0,488 cm. Além disso, com base na segunda lei da
refração, explicitada pela equação a seguir, calculou-se o índice de refração do dióptro,
assumindo que o índice de refração no meio 1, no ar, seja igual a 1,0.
𝑛1 𝑠𝑒𝑛 (𝜃1 ) = 𝑛2 𝑠𝑒𝑛 (𝜃2 )
1 𝑠𝑒𝑛 (30°) = 𝑛2 𝑠𝑒𝑛 (20°)
𝑛2 = 1,46
Portanto, o índice de refração do dióptro é igual a 1,46.
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5 CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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ANEXO IV
𝟏 𝟏 𝟏
= +
𝒇 𝑫𝒐 𝑫𝒊
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