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I – CRÍTICA DA SERVIDÃO DOGMÁTICA (E DO MISTICISMO)

---Exp. Int. livre de amarras, de qualquer origem, ou religião. Exp. nua, livre, 11.
--- O fato de que pressuposições religiosas tenham comandado a exp., não favoreceu ao
desenvolvimento da exp. em si, (nota 1 da pg. 11).

---Exp. interior como aquela que responde à necessidade, de toda a humanidade, de colocar
tudo em questão, sem repouso concebível, 11.
.Essa necessidade tem consequências mais completas sem as crenças religiosas, 11.

- O desconhecido como espaço que se abre pela abertura, sem limites, da exp., pois, “aquele
que já sabe não pode ir além de um horizonte conhecido”, 11.

---GB quer que a exp. leve para onde ela queira, e não para algo já estabelecido, 11. E a
exp., por ela mesma, não leva a “porto algum”, a nada de apaziguante, mas a um lugar de extravio,
11.
---Não-saber como princípio da exp., 11.
“A exp. não revela nada e não pode fundar a crença, nem partir dela”, 11.

“A exp. é colocar em jogo (à prova), na febre e na angústia, aquilo que um homem sabe pelo
fato de ser”, 12.
--- pela exp. não se pode dizer e conceitualizar o que viu, mas apenas “o que vi escapa ao
entendimento”, 12.
--- A fala que mata o sentimento do que se viu na exp., aquilo desconhecido que me fez senti-
lo na exp, torna-se um objeto morto pela fala, 12.

--- O sentimento de desconhecido na exp. como oposto à ideia de perfeição “à própria servidão, o
‘deve ser’”, 12.

- GB coloca como questão que a exp. de Deus, assim como a exp. poética, se diferem da exp.
interior, do desconhecido, pois aquelas sempre nos farão apreender, ou sentir, algo que diz respeito ao
familiar, diz respeito a nós mesmo, uma emoção da infância, ou o estranho pelo poético, que tal
estranhamento só se dá pelo confronto com o que é familiar, 12-13. Sugerem sempre algo já conhecido.
.Há um fio, nessas exps., que liga o apreendido ao eu, 13.
.Gb parece admitir, em parte, o método da teologia negativa para caracterizar a exp. do
desconhecido, o método da negação, 12.

--- O desconhecido dá a autoridade à exp. de Deus, ou do poético, mas não se trata dele, do
desconhecido. O desconhecido exige uma completa separação do que é, ou do que sugere, o familiar, o já
dito, o conhecido, 13.
---

II – EXPERIÊNCIA, ÚNICA AUTORIDADE, ÚNICO VALOR

--- A exp. interior não tem princípio em algo do conhecimento, dogmas, ciência, etc.
Sua causa é ela mesma, assim como seu fim. O que comanda a exp. é os próprios rumos da
exp, ela é a única autoridade, 14.
Autoridade implica rigor no método e uma comunidade, a quem tal autoridade se
apresenta, 14.

- Exp. como ir ao extremo do possível, do desconhecido, onde nega todas as


autoridades exteriores, nega os limites impostos. 15.

- A Exp. não funda um conhecimento, pois não lida com o saber, nela o saber se
dissolve. Na Exp. que GB fala, o conhecimento é ultrapassado, pois se ultrapassa os limites,
16.

- Não se pode explicar logicamente, irracionalmente, a exp. É preciso vive-la para


conhece-la, 16.
Na vivência da exp., as formas discursivas, que no discurso se separam, nela se
unem, numa fusão com conteúdo de exp. passadas, “deixando de fora apenas o discurso
pelo aqual tentamos separar estes objetos (fazendo deles respostas às dificuldades morais),
17. (parece o dionisíaco do nasc. Da tragédia)

--- Exp., p GB, como fim da separação sujeito-objeto, nessa fusão não se gera saber, só se
atinge o desconhecido, 17.

“ ‘Si-mesmo’ não é o sujeito isolado do mundo, mas um lugar de comunicação, de


fusão do sujeito e do objeto”, 17.

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