Você está na página 1de 2

RESUMO 18.

1 Destinos metabólicos dos grupos amino

Humanos obtêm uma pequena fração de sua energia oxidativa a partir do catabolismo dos
aminoácidos. Os aminoácidos provêm da degradação normal de proteínas celulares
(reciclagem), da degradação de proteínas da dieta e da degradação de proteínas teciduais
no lugar de outros combustíveis, durante o jejum ou no diabetes melito não controlado.

Proteases degradam as proteínas da dieta no estômago e no intestino delgado. A maioria


das proteases é primeiramente sintetizada como zimogênios inativos.

A primeira etapa no catabolismo dos aminoácidos é separar o grupo amino do esqueleto


de carbono. Na maior parte dos casos, o grupo amino é transferido para o a-cetoglutarato,
formando glutamato. Essa reação de transaminação requer a coenzima piridoxal-fosfato.

O glutamato é transportado à mitocôndria hepática, onde a glutamato-desidrogenase


libera o grupo amino na forma de íon amônio (NH4). A amônia produzida em outros
tecidos é transportada ao fígado como o nitrogênio amídico da glutamina ou, no
transporte a partir do músculo-esquelético, como o grupo amino da alanina.

O piruvato produzido pela desaminação da alanina no fígado é convertido em glicose,


a qual é transportada de volta ao músculo como parte do ciclo da glicose-alanina.

RESUMO 18.2 Excreção de nitrogênio e o ciclo da ureia

A amônia é altamente tóxica para os tecidos animais. No ciclo da ureia, a ornitina


combina-se com a amônia, na forma de carbamoil-fosfato, para formar citrulina. Um
segundo grupo amino é transferido para a citrulina a partir do aspartato, para formar
arginina – o precursor imediato da ureia. A arginase catalisa a hidrólise da arginina em
ureia e ornitina; assim, a ornitina é regenerada a cada volta do ciclo.

O ciclo da ureia resulta na conversão líquida de oxaloacetato em fumarato, ambos


intermediárias do ciclo do ácido cítrico. Desse modo, os dois ciclos estão interconectados.

A atividade do ciclo da ureia é regulada no nível de síntese de suas enzimas e por


regulação alostérica da enzima que catalisa a formação de carbamoil-fosfato.

RESUMO 18.3 Rotas de degradação dos aminoácidos

Após a remoção dos grupos amino, os esqueletos de carbono dos aminoácidos sofrem
oxidação a compostos capazes de entrar no ciclo do ácido cítrico para oxidação a CO2 e
H2O. As reações dessas rotas necessitam de diversos cofatores, incluindo o tetra-
hidrofolato e a S-adenosilmetionina, em reações de transferência de um carbono, e a tetra-
hidrobiopterina na oxidação da fenilalanina pela fenilalanina-hidroxilase.

Dependendo de seu produto final de degradação, alguns aminoácidos podem ser


convertidos em corpos cetônicos, alguns em glicose e alguns em ambos. Assim, a
degradação dos aminoácidos está integrada ao metabolismo intermediário, podendo ser
crucial para a sobrevivência em condições nas quais os aminoácidos são uma fonte
significativa de energia metabólica.

Os esqueletos de carbono dos aminoácidos entram no ciclo do ácido cítrico por meio de
cinco intermediários: acetil-CoA, a-cetoglutarato, succinil-CoA, fumarato e oxaloacetato.
Alguns são degradados em piruvato, que pode ser convertido em acetil-CoA ou em
oxaloacetato.

Os aminoácidos que produzem piruvato são a alanina, a cisteína, a glicina, a serina, a


treonina e o triptofano. A leucina, a lisina, a fenilalanina e o triptofano produzem acetil-
CoA, via acetoacetil-CoA. A isoleucina, a leucina, a treonina e o triptofano também
produzem acetil-CoA diretamente.

A arginina, o glutamato, a glutamina, a histidina e a prolina produzem a-cetoglutarato; a


isoleucina, a metionina, a treonina e a valina produzem succinil-CoA; quatro átomos de
carbono da fenilalanina e da tirosina levam à produção de fumarato; a asparagina e o
aspartato produzem oxaloacetato.

Os aminoácidos de cadeia ramificada (isoleucina, leucina e valina), diferentemente dos


demais aminoácidos, são degradados apenas em tecidos extra-hepáticos.

Diversas doenças humanas graves são causadas por defeitos genéticos nas enzimas do
catabolismo dos aminoácidos.

Você também pode gostar