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Escola Clássica
Escola positivista
Seria uma Nova corrente de pensamento em relação ao direito penal e teve como
principal idealizador Augusto Comte. Nesse momento o crime começa a ser examinado sobre
a visão sociológica, o criminoso estudado tornou-se o foco principal das Investigações
biopsicológicas. Teve origem no momento em que houveram grandes desenvolvimento das
Ciências Sociais.
De forma que esse fato trouxe novas concepções acerca dos estudos, no qual a escola
positiva expos a real necessidade de defender de forma mais ativa o corpo social contra a ação
do criminoso de forma a destacar as questões sociais que estão relacionadas ao indivíduo. Os
pensamentos relacionados a escola positivista tentou direcionar o direito as mesmas
metodologias de observação e investigação que eram utilizados nos estudos relacionados a
outras disciplinas tais como a Biologia, Antropologia, Psiquiatria entre outros. Entretanto logo
começou-se a identificar nesses métodos de observação, que os mesos não tinham
aplicabilidade em algo tão circunstancial a Norma Jurídica.
A Escola Positiva se apresentou em três momentos diferenciados, de forma que em cada
um desses houveram características diversas. Essas fases foram: Fase antropológica (Cesare
Lombroso); Fase sociológica (Enrico Ferri); e Fase jurídica (Rafael Garofalo).
A escola positivista Biológica foi iniciada pelo médico Cesare Lombroso, e o mesmo
tinha a concepção de que criminoso nato é aquele que nasce com a predisposição orgânica ao
crime. Após vários e vários anos estudando cadáveres de diversos criminosos Lombroso passou
a defender a ideia de que os indivíduos já nasciam com predisposição a prática do Crime e que
apresentavam anormalidades anatômicas próprias de indivíduos criminosos. Entretanto essas
concepções não eram suficientes para dar explicações cabíveis acerca da etiologia do delito
então o mesmo tentou buscar essas respostas numa doença chamada epilepsia.
Garofalo jurista que participou da primeira fase da escola positiva. Como contribuição
principal a sua criminologia que foi publicado em 1885. Suas contribuições não foram tão
expressivas quantas de Lombroso e Ferri, e acabava refletindo ceticismo relação a readaptação
do indivíduo criminoso. Esse ceticismo lista acabava por justificar suas concepções e ideias
radicais em favor da realização da pena de morte.
Tendo como ponto de partida as ideias de Darwin, trazendo aplicabilidade da seleção
natural processo sociocultural do homem Garofalo sugere a necessidade de aplicabilidade de
uma pena de morte aos delinquentes que não tinham uma capacidade de adaptação e seriam de
fato considerado criminosos natos.
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Destaca-se que o pensamento do jurista não era corrigir o delinquente, mas sim a
incapacidade deste ou seja aplicabilidade da pena mas não objetivava fazer a ressocialização do
criminoso.
Ferri concretizou a gênese da sociologia Criminal. Esse adotou a concepção de Romagnosi
acerca da defesa Social, mediante intimidação de fora geral. O conceito defendido por Ferri
migrava-se da responsabilidade moral para a social. Logo após a publicação de sua obra
Criminal, Ferri adota as ideias de Garofalo acerca da prevenção especial e o papel de Lombroso
aos conhecimentos de antropologia, produzido os ideais da doutrinação que se tornou o alicerce
da escola positiva.
A escola moderna alemã teve como principais características: método lógico abstrato e
indutivo-experimental; distinção entre imputáveis e inimputáveis; crime é fenômeno humano-
social e fato jurídico; função finalística da pena.
Essa nova forma de enxergar foi caracterizada como uma maneira de renovação das
metodologias dl os critérios jurídicos das ciências direcionadas ao direito penal, cujo principal
destaque foi enaltecer o verdadeiro componente do direito penal, tal qual o crime como
acontecimento jurídico. Não desprezando a importância do conhecimento causal-explicativa
acerca do crime, mantendo apenas que o direito sendo um conhecimento normativo. Sua
metodologia de estudo seria técnico-jurídico ou lógico abstrato.
Escola Técnico-Jurídica
Em reação aos conceitos surgido durante a escola positivista, foi criado o tecnicismo
jurídico-penal. Em 1905 na universidade de Sassari, Arturo Rocco anuncia em sua aula magna
as problemáticas acerca das metodologias no estudo do direito penal, no qual era composto por
ideias do próprio Rocco, essa passou a ser denominada de Escola Técnico-Jurídica.
Essa nova concepção acerca do direito jurídico acabou sendo caracterizada como uma
renovação nas metodologias do que propriamente sendo uma escola, de que se almejou a
restauração dos critérios jurídicos da ciência do direito penal, cujo auge foi direcionar o real
objeto do direito penal, o crime, como acontecimento jurídico.
As principais características da escola técnico -jurídica são: o delito é um fenômeno
jurídico, de composição individualizada e social; a penalidade é resultado do crime cometido,
cuja aplicabilidade aos imputáveis objetiva prevenção especial e geral; medidas de segurança
são direcionadas aos inimputáveis; responsabilidade moral; metodologia técnico-jurídico; nega
a ação da filosofia no âmbito penal.
Escola Correcionalista
Em 1839 surge a escola correcionalista, com a dissertação de Karl Roder, tem como
embasamento a filosofia de Krause, que fazia parte do idealismo romântico defendido durante
o século XIX.Os principais seguidores dessa escola foram da Espanha :Giner de los Ríos,
Alfredo Calderón, Concepción Arenal, Rafael Salillas e Pedro Dorado Montero, com destaque
para El Derecho Protector de los Criminales que seguiam o correcionalismo espanhol.
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Teoria Neokantista
Essa teoria surge no sul do ocidente, no final século XX, nessa teoria o crime pode ser
entendido através de três pensamentos: Fato típico (se mostrando através da conduta, resultado,
nexo e tipicidade); Ilicitude; Bilidade. Quando falamos em fato típico esse tem a seguinte
formação (conduta no lugar de ação), inserindo também nesse contexto a omissão. Sendo assim,
os neokantista optavam por falar em ações comportamentais, incluindo dessa forma a ação e a
omissão (diferencial entre a teoria clássica).
Para essa teoria a conceituação acerca do crime era uma tríade, pois o dolo e a culpa
fazem parte da culpabilidade. Pela primeira vez se fez uso da expressão conduta. Realçando o
teor naturalístico demonstrado pela teoria. A teoria Neokantista objetivou trazer novas
concepções que eventualmente valorizariam o conceito de conduta. Sendo assim as ações
realizadas pelo homem tidas como condutas, sendo assim essa passa a ser vista como atividades
que resultam da vontade do mundo exterior.
A conceituação dada para conduta se refere a praticas comportamentais humanas de
forma voluntária que acabam por provocar a modificações no mundo exterior(mundo físico ,o
que é encontrado na teoria clássica).algumas características podem ser destacadas da teoria
Neokantista, tais como :inclusão de ação e omissão ;permanência de dolo e culpa na
culpabilidade ; admissão de elementos não descritivos(subjetivos e normativos ),tonando-se
algo contraditório pois dolo e culpa estão estritamente correlacionados a culpabilidade e o
alicerce desses seria a causalista . Uma segunda diferença se comparado a teria clássica seria a
adoção da teoria normativa da culpabilidade.
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Baseando-se no que foi exposto até agora, entende-se que a conduta referente ao
neokantismo é o ato ou omissão, não mais passível de neutralidade, no qual demonstra uma
valoração negativa da jurisprudência. Assim como ocorre no causalismo, o dolo e a culpa ainda
fazem parte da culpabilidade.
O grande diferencial da causalista está inserida na val oração da conduta e demonstração
da omissão. Partindo dessas concepções se ´pode chegar a conclusão de que o Neokantismo
seria uma evolução do causalismo, ressaltando que o neokantismo adota alguns preceitos do
causalismo, mas com algumas considerações.
realidade para que os ideais do direito penal possam atuar de forma a participar adequadamente
do comportamento antropológico e das relações socioculturais.
Mostra-se em 1983, seus ideais parecidos com Normativista do Direito Penal, sobre uma
visão diferente da de Roxin. Mas também diferente do ontologismo finalista. De forma
comparativa o normativismo dualista que foi defendido por Roxin aceita que suas ideias
objetivem o acréscimo de uma razão prática no qual os conceitos protegidos pelo sistema penal
estão adicionados de uma razão prática.
Esses são limitados por conceito material fático de fora do próprio sistema (o direito
penal ao produzir conceitos jurídicos –penais está susceptível as situações limitantes do meio
externo do sistema penal). Entre tanto o normativismo monista, defendido por Jakobs, tem
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De acordo com alguns conceitos muito estudiosos relatam que essa radicalização do
normatilismo defendido por Jakobs era cientificamente descabível, dificultando decerta forma
a maneira de limitação do poder de punição estatal, para atender as reais demandas da
sociedade, não sendo apenas meros interesses simbólicos.
É importante destacar que a produção dogmática, perde a aparti dessas concepções a
capacidade crítica e se modela como algo contraproducente, sendo visto como ferramenta
individual para a garantia diante dos excessos da ação estatal.
Tanto as escolas penais quanto as teorias acerca do direito penal passaram por diferentes
transformações, e essas foram as grandes responsáveis pelas mudanças relacionadas a novas
formas de encarar o direito penal e a jurisprudência.
No decorrer do tempo foram formuladas diversa correntes de pensamento acerca do
crime, do delito e do homem ser que vive em sociedade. Todas essas teorias reforçaram a
importância do direito penal nas ações que o homem desempenha na sociedade, bem como o
mesmo é responsabilizado diante de suas manifestações. Ressalta-se ainda que essas
concepções acerca da pena e de quem é penalizado realça o papel estatal na manutenção da
ordem jurídica e social bem como o importância que o estado nesse tipo de ação.
Os grandes pensadores do direito penal atuaram mediante a todas as transformações
socioculturais e sociopolíticas que o homem vivenciava em sociedade, e esses foram os grandes
responsáveis pelas contribuições positivas no direito penal. Atualmente o que se tem de
embasamento ideológico, esse foi fruto das escolas penais e de diversas teorias que promoveram
o aperfeiçoamento das ideias defendidas sobre direito penal.
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REFERÊNCIAS
BITENCOURT, Cesar Roberto. Tratado de direito Penal. 24. ed. – São Paulo: Saraiva
Educação, 2018.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de direito penal. Parte geral, Parte especial.7º ed.
Revisada, atualizada e ampliada. São Paulo. Editora Revista dos Tribunais, 2011.
MASSON, Cleber. Direito penal esquematizado - Parte geral - vol.1.10.ª ed. rev., atual. e
ampl. - Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016.