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Rafael Gimenez Mendonça

Lucien Febvre, no texto “FRENTE AO VENTO: MANIFESTO DOS NOVOS


ANNALES”, se propõem a efetuar uma análise acerca da função da história e do
historiador na Escola dos Annales. Febvre realiza uma série de indagações visando
informar o leitor sobre o grande fator sobre o qual se rege a história, a mudança e a
adaptação de uma população ou sociedade aos novos eventos e circunstâncias a
que são expostos. Portanto a história da humanidade é dada por um processo de
adaptação à uma nova problemática que lhe é apresentada, sendo indubitável a
resolução dessa problemática para se manterem enquanto indivíduos e sociedade.

Mediante tais fatos, o ofício do historiador se baseia em tentar interpretar os


modos com que a civilização se adaptou e a que fim essa adaptação levou, tendo
em conta que muitas vezes povos entrarem em conflitos e suas culturas e costumes
se entrelaçaram. O historiador deve, portanto, não se prender à um evento isolado,
mas sim à toda uma série de eventos que moldam o contexto daquele processo,
para que assim seja clara a história enquanto uma análise dos eventos e
explicações do evento.

Lebvre, mostrando os ideais da Escola dos Annales, relata que a história tem
função de pesquisar acerca de eventos passados para uma melhor compreensão do
que ocorreu e dos seus resultados, para que desse modo, seja clara parta o ser
humano do presente as possíveis resoluções para os conflitos atuais e os motivos
pelo qual algo deu errado no passado e pode ser aprimorado no presente, para que
concretize como algo indubitável ou muito mais firme. Além de servir como
parâmetro de comparação entre eventos do passado e do presente, para entender
as consequências, muitas vezes catastróficas que decisões sendo tomadas
atualmente, podem ter em alguns anos.

Portanto, a tarefa do historiador deve consistir em apresentar aos humanos,


seja civil, político, acadêmico ou pesquisador, os resquícios que há na história dos
fenômenos atuais, entretanto, jamais esquecendo que a história não é algo cíclico,
os eventos não são cíclicos, os acontecimentos não são cíclicos, os fenômenos
históricos não são cíclicos, portanto o determinismo histórico é algo inexistente, pois
pode sim haver algumas semelhanças entre acontecimentos, mas a sociedade é
outra, a política é outra, a economia é outra, e como a história entende que há uma
série de fatores envolvidos em um fenômeno histórico, é impossível que haja a
repetição do passado.

A Escola dos Annales, surge então, com uma diferença importante do


Materialismo histórico de Karl Marx, essa corrente não defende o ideal de que a
população seja influenciada majoritariamente pela questão material ou econômica
em que determinada classe se encontra, ou seja, local em que um grupo de
pessoas se encontra na pirâmide social determinada pelo seu poder de posse, e
consecutivamente pelo seu poder de mando.

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