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Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 17: 000-000, 2007.

Estaca de Lauraceae em contexto funerário


(sítio Jaboticabeira II, Santa Catarina, Brasil)

Gina Faraco Bianchini*


Rita Scheel-Ybert**
Maria Dulce Gaspar***

BIANCHINI, G.F.; SCHEEL-YBERT, R.; GASPAR, M.D. Estaca de Lauraceae em


contexto funerário (sítio Jaboticabeira II, Santa Catarina, Brasil). Revista do Museu
de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 17: 000: 000, 2007.

Resumo: A antracologia tem contribuído com numerosas informações


relativas à utilização de recursos vegetais por grupos sambaquieiros. A análise
antracológica de uma estaca carbonizada associada a uma estrutura funerária
do sítio Jabuticabeira-II permitiu a identificação de uma Lauraceae (Ocotea sp.)
e levantou hipóteses sobre a prática de coleta seletiva de recursos vegetais. Esta
seleção poderia ser orientada por aspectos funcionais associados às características
da madeira e/ou por aspectos simbólicos associados ao domínio cosmológico
do grupo.

Palavras-chave: Antracologia – Paleoetnobotânica – Sambaquis –


Ritual funerário.

Introdução ções e domínios como alimentação, constru-


ção, fabricação de artefatos, transformação de

O s recursos vegetais desempenham


importante papel para diversas
culturas humanas desde seus primórdios
matérias-primas (combustível) e ritual.
Tais aplicações exigem um profundo
conhecimento das propriedades e potenciais de
(Prance 2005), servindo como fonte variada e determinadas espécies, resultando numa relação
abundante de suprimentos que pode ser íntima entre humanos e plantas que é condição
empregada em um universo infinito de aplica- necessária tanto para a coleta e extração quanto
para o processamento de vegetais. Estudos
etnográficos mostram que é freqüente a especia-
lização de conhecimento em diferentes segmen-
(*) Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de
Janeiro-UFRJ. Programa de Pós-Graduação em Arqueolo-
tos que um mesmo grupo social (homens/
gia. ginabianchini@hotmail.com mulheres, jovens/adultos, líderes/não líderes).
(**) Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro- Em comunidades caiçaras do litoral sul de São
UFRJ. Departamento de Geologia e Paleontologia, Setor de Paulo, por exemplo, o conjunto de atividades
Paleobotânica e Paleopalinologia. scheelybert@mn.ufrj.br
(***) Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de
praticadas e o grau de familiaridade com cada
Janeiro-UFRJ. Departamento de Antropologia. ambiente conduzem a um conhecimento
madugaspar@terra.com.br diferenciado entre homens (vegetação mais

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Estaca de Lauraceae em contexto funerário (sítio Jaboticabeira II, Santa Catarina, Brasil).
Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 17: 000-000, 2007.

distante da casa) e mulheres (recursos próximos com relação à reconstituição paleoambiental, à


à base familiar) (Hanazaki 2001). economia de combustível e à dieta (Scheel-
Por outro lado, a eleição de determina- Ybert 1999, 2001, 2003; Scheel-Ybert et al.
das espécies para um uso específico está 2003). No entanto, ainda há uma série de
freqüentemente associada não somente às suas questões com as quais a análise dos vestígios
propriedades físico-químicas, mas sim a fatores vegetais pode contribuir, desde que sejam
simbólicos e/ou cosmológicos que ultrapas- seguidos procedimentos de campo especial-
sam princípios funcionais. Aspectos cognitivos, mente estabelecidos para a recuperação destes
enquanto domínios inerentes aos seres huma- vestígios (Scheel-Ybert et al. 2005).
nos, influenciaram fortemente o modo pelo Este artigo se propõe a discutir alguns
qual plantas foram e/ou deixaram de ser aspectos da utilização de madeira por um
utilizadas e/ou incorporadas ao cotidiano de grupo sambaquieiro, partindo da análise
diversas sociedades. antracológica de fragmentos de carvão resgata-
Mas tratar destas questões em contexto dos de um buraco de estaca associada a uma
arqueológico é tarefa difícil por uma série de estrutura funerária do sítio Jabuticabeira-II.
razões. Vestígios vegetais compõem uma Existem evidências de um forte investimento
parcela ínfima da maior parte dos registros no cuidado com os mortos dentro da soiedade
materiais, o que se deve essencialmente à ação sambaquieira (Klökler 2001; Gaspar 2000;
de processos tafonômicos. Além disso, a Fish 2000), de modo que as estruturas associadas
dificuldade inerente ao trabalho de identifica- à parafernália ritualística certamente teriam um
ção botânica faz com que poucos pesquisado- alto valor simbólico que deve ser considerado.
res se lancem neste desafio, com isso reduzin-
do ainda mais as informações disponíveis
sobre o tema. A raridade de vestígios resulta Material e métodos
numa impressão errônea de que a relação com
o universo vegetal seria secundária em relação a O sítio Jabuticabeira-II localiza-se no
atividades de caça e pesca. No entanto, os município de Jaguaruna, litoral sul do estado de
vegetais fizeram parte do universo humano no Santa Catarina, georreferenciado pelas coorde-
passado de modo muito intenso, ao contrário nadas 699489/6835694 UTM. Apresenta uma
do que vem sendo geralmente afirmado em superfície de 400 m x 150 m, elevando-se a
reconstituições arqueológicas. cerca de 8 m de altura. O sítio é formado por
No Brasil, até o final da década de 90, os uma série de camadas alternadas que refletem
vestígios vegetais eram muito pouco considera- níveis de atividade de ocupação (camadas
dos junto à pesquisa arqueológica. A possibili- funerárias) e níveis de construção (camadas de
dade de uso dos recursos vegetais no cotidiano conchas e sedimento arenoso). As camadas
de grupos pré-históricos era deduzida indireta- funerárias apresentam um grande número de
mente de inferências baseadas em artefatos líticos artefatos, restos de fauna, fragmentos de carvão
funcionalmente associados ao processamento de e estruturas de combustão. Nelas ocorrem
vegetais. A partir de meados desta década, a também diversos sepultamentos, ao redor dos
obtenção de um maior número de evidências quais se distribuem numerosos buracos de
diretas destes recursos foi possibilitada pelo estacas de forma circular ou semicircular (Fig.
investimento em técnicas de resgate, em 1). Estruturas similares são recorrentes no
escavações por decapagens e pelo uso de registro arqueológico de diferentes grupos,
flotação (Scheel-Ybert 2004). A partir da sendo geralmente associadas a feições funerárias
divulgação da antracologia, os carvões arqueo- ou de moradia (Dias Jr. 1980; Gaspar 2000;
lógicos deixaram de ser simplesmente uma Schmitz 2006; Prous 1992). No caso do sítio
fonte de material para datação radiocarbônica, Jabuticabeira-II, as evidências têm demonstrado
passando também a ilustrar a utilização dos se tratar de estruturas associadas à parafernália
vegetais na cultura sambaquieira, especialmente ritual funerária (Fish 2000).

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Maria Dulce Gaspar

Fig. 1. Aspecto da escavação no Sambaqui Jabuticabeira-II, ilustrando uma área funerária com
sepultamentos e buracos de estaca.

O material analisado foi resgatado de um Resultados


buraco de estaca associado ao sepultamento 12
do Locus 1 (perfil 1.25, feição 1.25.4). Esta Todos os fragmentos analisados foram
estrutura foi descrita como uma superfície com identificados como pertencendo ao gênero Ocotea,
buracos de estacas, areia cinza e cinzas (Simões da família Lauraceae, plantas vernaculamente
2007). conhecidas como canela. Os fragmentos são
No total, 66 fragmentos de carvão muito provavelmente provenientes de um
foram coletados. Todo o material foi único indivíduo, sendo que vários deles
analisado em microscopia de luz refletida apresentam características de um nó, o que
com campo claro e campo escuro, após pode estar relacionado a aspectos tafonômicos
quebra manual dos fragmentos segundo os de preservação diferencial.
três planos fundamentais da madeira As características anatômicas comumente
(transversal, longitudinal tangencial e encontradas em Lauraceae são: porosidade difusa;
longitudinal radial). As descrições poros solitários e múltiplos, freqüentemente em
morfométricas e qualitativas da anatomia cadeias; placas de perfuração simples, raramen-
do lenho seguiram normas estabelecidas te escalariformes; parênquima paratraqueal
internacionalmente (IAWA Committee escasso ou vasicêntrico, ocasionalmente
1989). A determinação taxonômica foi aliforme, com bandas terminais em alguns
feita com o auxílio do banco de dados gêneros; raios geralmente 2-3 seriados, homo-
“Atlas Brasil” (Scheel-Ybert et al. 2006), e gêneos a fracamente heterogêneos, geralmente
da comparação com amostras atuais da com presença de células oleíferas (Metcalfe &
antracoteca do Museu Nacional (UFRJ) e Chalk 1950).
com dados publicados na literatura (cf. Os fragmentos analisados apresentaram as
Scheel-Ybert 2004; Scheel-Ybert et al. seguintes características: anéis de crescimento
2006). ausentes ou indistintos; poros difusos, dispersos,

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solitários e múltiplos de 2 a 4, com diâmetro contribui para que esta família seja, de modo
tangencial de 50-100 µm; 30 a 50 poros por geral, considerada de difícil identificação.
mm2; tiloses freqüentes; placas de perfuração Somado a isso, a carência de estudos e conse-
simples; pontoações intervasculares alternas, qüentemente de descrições sobre a anatomia
medindo 8-12 µm; pontoações radiovasculares da madeira para grande parte das espécies
alongadas horizontalmente, maiores que as restringe a identificação taxonômica ao nível de
intervasculares; parênquima paratraqueal gênero (Werff 1991).
vasicêntrico; raios (2)3-4 seriados, 11 por mm,
subhomogêneos (células procumbentes com
uma fileira marginal de células eretas); numero- Discussão
sas células oleíferas associadas aos raios e ao
parênquima axial (Fig. 2). Os fragmentos analisados no sítio Jabutica-
A família das Lauraceae inclui cerca de beira-II permitem inferir que estes constituíam
2500 espécies agrupadas em cerca de 50 uma estaca associada à estrutura funerária, a
gêneros, dos quais 25 ocorrem no Brasil. qual provavelmente foi queimada acidental-
Destaca-se na composição florística de diversas mente. A canela, madeira utilizada nesta estaca,
fitofisionomias nativas, em especial as da possui propriedades específicas de resistência e
Região Sul (floresta ombrófila densa, floresta durabilidade, aspectos que provavelmente
ombrófila mista e, com menor diversidade, foram levados em consideração na escolha
floresta aluvial e restinga). Geralmente são deste espécime.
árvores e arbustos aromáticos, estando entre as Diversos indicadores têm demonstrado a
principais espécies consideradas como produ- existência de uma intensa preocupação e
toras de madeira de lei (Souza & Lorenzi “cuidado com o corpo” na cultura sambaquieira
2005). (Klökler 2001; Gaspar 2000; Fish 2000;
O gênero Ocotea, com ampla distribuição Gaspar et al. 2007). Isto é indicado pelos
desde o México e sul da Flórida até a Argenti- acompanhamentos funerários, pela disposição
na, é o que apresenta o maior número de das camadas funerárias, geralmente evitando a
espécies nos Neotrópicos (cerca de 300). No interposição dos corpos no solo, e pelo
Brasil, estima-se que existam entre 120 e 160 próprio processo construtivo e proporções
espécies (Baitello 2001). monumentais do sítio (Gaspar 2000). Em vista
A reduzida variabilidade de caracteres disso, pode-se levantar a hipótese de que
morfo-anatômicos entre as diversas espécies haveria um investimento significativo na

Fig. 2. Ocotea sp (Lauraceae). Micrografias em microscopia eletrônica de varredura de um fragmento de estaca


carbonizada. A. Plano transversal. B. Plano longitudinal tangencial. C. Plano longitudinal radial.

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Maria Dulce Gaspar

confecção da estrutura funerária, em termos de pela coleta ou outros, que acompanhariam a


seleção das madeiras que a compõem e de expedição para indicar as árvores a serem
construção da mesma. Considerando que o utilizadas. Em outros casos, este saber pode ser
ritual funerário foi um aspecto central da amplamente difundido na comunidade, sendo
cultura sambaquieira, é de se esperar que todo a identificação acessível a grande parte dos
o material que integrava a cerimônia tivesse indivíduos do grupo.
sido escolhido criteriosamente, integrando Espécies de Ocotea ocorrem nas forma-
elementos cujas características fossem conside- ções litorâneas, mas são muito comuns nas
radas oportunas de acordo com o universo matas de encosta. Na hipótese de a madeira
simbólico do grupo. utilizada corresponder a um taxon florestal,
A seleção de uma madeira orientada pela isso implicaria num grande deslocamento de
necessidade de garantir durabilidade e resistên- membros do grupo sambaquieiro para obten-
cia corrobora a idéia de zelo. A importância ção deste material e numa grande familiaridade
desta estrutura tanto pode estar relacionada à do grupo, ou ao menos de alguns membros
necessidade de permanência, atuando como um detentores de conhecimentos diferenciados,
marco espacial do sepultamento, quanto com com as áreas de encosta da região.
um elemento de sustentação que poderia estar
relacionado à prática de prováveis oferendas.
Além disso, considerando que os rituais Conclusão
mortuários foram provavelmente cuidadosa-
mente elaborados, a utilização de uma madeira Este artigo aborda a utilização de recursos
que produz essências agradáveis pode ser vegetais dentro de uma perspectiva inovadora,
significativa. As evidências arqueológicas sublinhando sua relevância não somente como
indicam uma grande proximidade entre as fonte de subsistência e produção de artefatos,
estacas e as fogueiras, de modo que elas mas também e especialmente no que se refere
estavam sujeitas à ação do calor, o que provo- aos aspectos simbólicos que regem as escolhas
caria a volatilização de óleos essenciais. de grupos culturais.
Por outro lado, a coleta desta madeira Esta abordagem paleoetnobotânica poderá
deve ter exigido um certo investimento. A trazer à luz uma série de informações importan-
caminhada envolvendo a busca de uma tes sobre o comportamento sociocultural dos
espécie/espécimen adequada(o), a derrubada grupos sambaquieiros, abrangendo aspectos
da árvore ou ramo e seu transporte são como área de captação de recursos, coleta
atividades que exigiriam força física, resistência generizada, seleção de espécies de acordo com
e habilidade em lidar com os instrumentos, estratificações sociais dentro do grupo, entre
sugerindo uma atividade relacionada com o outros.
sexo masculino. Porém, um maior investimento na análise
A identificação de uma dada espécie de material botânico é necessário para que seja
dentro da mata exige um conhecimento possível avançar no conhecimento destas
profundo dos recursos vegetais, além de uma relações. Para isso, é imprescindível um maior
estreita relação com o ambiente. Esta atividade cuidado no resgate destes vestígios, que muitas
pode ser atribuição de membros do grupo vezes passam despercebidos no contexto
dotados de um conhecimento diferenciado, arqueológico mas que são portadores de uma
que poderiam ser os indivíduos responsáveis insuspeitada diversidade de informações.

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Estaca de Lauraceae em contexto funerário (sítio Jaboticabeira II, Santa Catarina, Brasil).
Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 17: 000-000, 2007.

BIANCHINI, G.F.; SCHEEL-YBERT, R.; GASPAR, M.D. Lauraceae post in


funerary context (Jabuticabeira-II site, Santa Catarina, Brazil). Revista do Museu de
Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 17: 000: 000, 2007.

Abstract: Anthracology contributes with important information about use


of plant resources by sambaqui moundbuilders. Analysis of a charred post
associated to a funerary feature from site Jabuticabeira-II identified a Lauraceae
(Ocotea sp.) and allowed to hypothesize about selective plant gathering. This
selection might be driven by functional aspects of the wood characters and/or
by symbolic aspects related to the cosmological domain from the group.

Keywords: Anthracology – Palaeoethnobotany – Shellmounds –


Mortuary ritual.

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Recebido para publicação em 31 de outubro de 2007.

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