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1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 2
2. DIVISÃO DO DIREITO CONSTITUCIONAL............................................................................................................ 2
3. ESTADO DE DIREITO ................................................................................................................................................ 2
4. CONSTITUCIONALISMO........................................................................................................................................... 4
5. NORMAS CONSTITUCIONAIS ESTRUTURANTES ............................................................................................... 6
6. SISTEMAS CONSTITUCIONAIS E DIVISÃO DOS PODERES ............................................................................... 7
6.1 FORMAS DE GOVERNO ...................................................................................................................................... 7
6.2 SISTEMAS DE GOVERNO ................................................................................................................................... 7
6.3 FEDERAÇÃO ......................................................................................................................................................... 9
7. LEGISLAÇÃO CITADA ............................................................................................................................................ 12
8. LISTA DE QUESTÕES NÃO COMENTADAS ........................................................................................................ 14
3. ESTADO DE DIREITO
Em concursos públicos, quando se trata de Estado de Direito, passa-se por três fases do Estado. A
primeira, conhecida como o absolutismo, onde há uma ausência de limites ao exercício do poder, tendo o
Estado como fim em si mesmo. O sistema absolutista pode ser estudado a partir de três vertentes: com a
carta de João Sem-Terra, na Inglaterra, em 1215; com a Declaração de Independência dos Estados
Americanos; e com a história da Europa Ocidental, quando se estuda o constitucionalismo francês, no
momento de transição do sistema feudal para o absolutismo. Neste sistema, os vassalos obedeciam ao senhor
feudal e esta relação de poder do senhor feudal sobre seus serventes estava limitado unicamente a sua
propriedade.
Com o crescimento da população, o espaço nos feudos passou a não comportar toda a população,
começando, assim, a formar vilarejos ao redor dos castelos feudais povoados por pessoas que não tinham
4. CONSTITUCIONALISMO
CONSTITUCIONALISMO
SUPREMACIA DO LIMITES AO
INDIVÍDUO PODER
O Constitucionalismo é o instrumento que limita o poder do Estado, uma vez que é o sistema
resultante dos movimentos sociais que buscavam a limitação deste poder. Independentemente da vertente
escolhida e estudada, a resultante veio a ser o movimento constitucionalista, que, através das Constituições,
cria e estipula os limites e o modo pelo qual o poder e exercido em uma nação.
A principal característica do constitucionalismo é que ele se baseia na afirmação da supremacia do
indivíduo e na limitação do poder dos governantes. Quando se fala em supremacia do indivíduo, se
pressupõe a democracia e os direitos fundamentais. Por outro lado, quando se fala em limitação do poder,
menciona-se a separação dos poderes. Mas no caso da República Federativa do Brasil, se fala também da
formafederativa do Estado.
Constitucionalismo é um discurso vem sendo aplicado desde então em todos os locais das três
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Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.
Art. 1º, p.u: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente,
nos termos desta Constituição.
Deste modo, com este sistema, há a vinculação do Estado a limites que protegem os cidadãos de
um poder que efetivamente necessita de limites (direitos fundamentais). Quando se fala que o poder é do
cidadão e que, além disso, os representantes têm que respeitar o que é essencial a eles como seres humanos,
se está dizendo que, em um Estado Democrático, o indivíduo tem supremacia.
Por outro lado, quando se fala em limites ao poder, está a se utilizar uma prática discursiva que
agrada a todos, pois há a separação dos poderes, em que o governo é dividido em três funções essenciais,
quais sejam, legislativa, executiva e judicial. Três poderes independentes e harmônicos entre si, que têm,
ao lado de sua independência para os tratos de seus assuntos próprios, dever de guardar uma relação
harmônica uns com os outros. Assim, por exemplo, o judiciário não interfere no legislativo, a não ser que
seja extremamente necessário, como quando se trata de legislações inconstitucionais.
Ainda em relação a separação dos poderes, Montesquieu não estabelecia o poder judiciário como de
mesmo grau que os poderes legislativo (Câmara dos Lordes e Câmara Comum) e executivo, servindo, o
judiciário, apenas para julgar casos concretos preferencialmente por sorteio e com jurisdição limitada no
tempo. O escrito por Montesquieu foi utilizado no modelo inglês e grego, não existindo, assim, um poder
judiciário tão protagonista como existe atualmente no sistema brasileiro.
Após a publicação do Livro de Montesquieu, intitulado de O Espírito das Leis, os americanos
começaram a pensar em um texto constitucional diferenciado, que servisse aos interesses de um modelo de
Estado que não era conhecido, que foi chamado de sistema de Estado Federado. Até este momento, não se
conhecia a Federação.
A Federação surge com a Constituição dos Estados Unidos da América, ou seja, Estados que eram
soberanos/independentes e se uniram para formar um todo, conservando sua autonomia e transferindo a
soberania para o todo. Assim, os americanos adaptaram a teoria de Montesquieu para a criação da Federação.
Quando se criou a Federação, o mais importante era manter a coesão do todo; a junção dos Estados.
Tudo que não se queria era que algum Estado Federado deixasse a Federação e, para isso, foi criada a
Suprema Corte Americana, com a previsão de juízes federais vitalícios e nomeados pelo presidente, para
defender a lei e a Constituição contra eventuais desrespeitos e abusos por parte das legislações estaduais.
Os limites de poder, ao molde americano, foram escolhidos para a República Federativa do Brasil,
utilizando o modelo americano de Constituição como espelho. A influência americana não é vista só na
Constituição Brasileira, como também no sistema de diversos países sul-americanos, como Argentina e
DEMOCRACIA FEDERAÇÃO
DIREITOS SEPARAÇÃO DE
FUNDAMENTAIS PODERES
Art. 60, § 4º: Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
PRESIDENCIALISMO PARLAMENTARISMO
Presidente = Chefe de Estado e Chefe de Primeiro Ministro = Chefe de Governo
Governo Rei/Presidente = Chefe de Estado
Presidente governa sozinho Chefe de Governo governa com auxílio do
parlamento
Destituição por meio de impeachment Destituição feita pelo parlamento, quando
há a perda da confiança.
Presidencialismo de coalizão Bipartição do legislativo
Multipartidarismo
» Federação x Confederação
Como já estudado, a Federação é quando há a associação de vários Estados-membros que não
possuem soberania, mas que detêm autonomia para legislar dentro de seu território. Estes Estados-
membros respondem ao poder federal do seu todo, da União Federal, que detém a soberania. Conforme Paulo
Bonavides:
“No Estado Federal deparam-se vários Estados que se associam com vistas a uma interação harmônica de
seus destinos. Não possuem esses Estados soberania externa e do ponto de vista da soberania interna se
acham em parte sujeitos a um poder único, que é o poder federal, e em parte conservam sua independência,
movendo-se livremente na esfera da competência constitucional que lhes for atribuída para efeito de auto-
organização”.
Por outro lado, na Confederação, a relação entre os Estados é menos consistente, o que viabiliza a
possibilidade jurídica de secessão, e não há um poder político único, pois os Estados confederados
mantêm as respectivas soberanias. Por isso, a atividade unitária da Confederação projeta-se apenas no
campo internacional, jamais no campo interno.
Um exemplo recente de Confederação, na qual houve desmembramento, é a União Europeia, onde
os Estados possuem a sua soberania. Aqui, nenhum país perde sua soberania, tanto é assim, que é permitida a
sua saída da Confederação, como ocorreu com o Reino Unido.
» Autonomia e participação
“A posição dos Estados-membros no sistema federativo não se cifra apenas no desempenho de sua
autonomia constitucional em matéria legislativa, executiva ou judiciária, senão que cumpre ver ao lado
dessa autonomia aqueles pontos da organização federal em que os Estados federados aparecem por sua vez
tomando parte ativa e indispensável na elaboração e no mecanismo da Constituição Federal”.
O Estado-membro não só desempenha a sua autonomia interna, mas também exerce postura
proativa para a nação. Por este motivo que, cada Estado tem três senadores representantes participando de
forma ativa na legislação federal.
Essa postura ativa decorre do exercício do poder legislativo em âmbito federal, por parte de um
Estado-membro, a partir da participação nas deliberações parlamentares do sistema bicameral. Isto
porque, Estados federados adotam o bicameralismo, também chamado de legislativo dual: com uma câmara
composta por representantes do povo, normalmente eleitos pelo sistema proporcional, e uma câmara
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Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta
Constituição.
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei,
vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a
execução de funções públicas de interesse comum.
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os
princípios desta Constituição.
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado,
na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez
dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os
princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
(...)
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
(...)
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os
meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na
forma desta Constituição.
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios
desta Constituição.
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na
forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o
planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e
aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios
estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto
e simultâneo realizado em todo o País;
5. (FGV/TJ-SC – 2015) A ordem constitucional de 1988, mantendo a tradição brasileira, seguiu o sistema
federativo. Assim, a existência de uma Constituição Federal denota que:
a) todos os entes federados estão submetidos aos comandos estatuídos pela União, somente podendo
legislar quando autorizados por esta;
b) a união dos entes federados é provisória, podendo ser dissolvida sempre que for o desejo do povo, que
pode ser consultado em plebiscito;
c) todos os entes federados contam com os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, independentes e
harmônicos entre si;
d) existe uma descentralização política entre os entes federados, que exercem as competências ali
previstas;
e) existe uma união indissolúvel entre Estados, Municípios, Territórios e o Distrito Federal.
GABARITO
1.c 2.a 3.c 4.errado
5.d 6.a 7.a 8.c
9.c 10.c