Penhane BOLETIM OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO DE APOIO E ASSISTÊNCIA JURÍDICA AS COMUNIDADES
Director Executivo: Rui Vasconcelos* Sede: AAAJC* Telefone: 20030252*Cidade de Tete* Bairro Chingodzi* Editado em Português e Inglês
Fórum Nacional de Florestas traça Plano Estratégico até 2024
A maior agremiação das organizações da Sociedade
Civil moçambicana sobre Florestas, o Fórum Nacional
de Florestas, FNF, está reunida em Nampula, no tra-
çado das linhas de orientação do desenho do seu Pla-
no Estratégico para um horizonte de 5 anos. Estão
preocupadas as organizações da Sociedade Civil. En-
carram que Moçambique tem 34 milhões de hectares
de floresta natural, cobrindo 43% da sua área, entre-
tanto, a exploração irracional e insustentável de flo-
restas, está deixar pobres as comunidades locais e,
consequentemente, o país. É entendimento do FNF
que as florestas fornecem bens e serviços às comuni-
dades locais, incluindo alimento, energia, medica-
mentos, materiais de construção e mobiliário e em
algumas comunidades rurais, as florestas, de miom-
bo, por exemplo, contribuem com quase 20% do ren-
dimento monetário familiar e 40% do rendimento de
subsistência, não monetário. As florestas fornecem
serviços de ecossistema de valor local e global. Embo-
ra as florestas no país tenham um enorme valor e po-
tencial não realizado, está assente que estão a sofrer
uma desproporcional eliminação de forma acelerada.
É recorrente a percepção de que o Inventário Florestal
Nacional 2018 que indicou 267 mil hectares de flores-
tas que foram perdidas anualmente no período entre
2003 e 2013, uma taxa histórica de desmatamento de
0,79%. Isso resultou em 40 milhões de tCO2 emitidos
AKSM e FONGA na coordenação do FNF
A previsão do fim da operacionalização do Plano es-
tratégico que ora se elabora, é 2024, uma vez que logo
que sua “manufactura” terminar, arranca seu exercício.
Este modelo de trabalho está relacionado com o facto de
parte das actividades implementadas por FNF, que na
verdade é pelos seus membros, está já em curso. Estão
neste relevante workshop de elaboração do Plano Estra-
tégico do FNF, a ORAM de Manica, FOJOCOM, FÓ-
RUM Terra de Nampula, Manica, ASSAMA, AKSM,
ADEL Sofala, FONGA, AAAJC, AMA, MALHALHE
entre outras. Destes, importa referir que a coordenação
Quem somos? Associação de Apoio e Assistência Jurídica as Comunidades (AAAJC), é uma organização da Sociedade Civil Moçambicana, não-
governamental, sem fins lucrativos, de âmbito nacional, fundada em 2008 e com os seus estatutos legalmente publicados em 2010 no Boletim da República nº. 2, III serie, 4º suplemento de 19
de Janeiro. A sede é na cidade de Tete.
anualmente, 57% do total de emissões de gases de efei-
to estufa dos 67 milhões de tCO2 emitidos no país.
Uma vez que as potenciais causas do desmatamento e
da degradação florestal são a pobreza, crescimento po-
pulacional e a procura internacional pela madeira pre-
ciosa, a pobreza rural e a pressão da população, as fon-
tes alternativas de renda são limitadas, o que tem con-
tribuído para ao uso insustentável da floresta. Mais do
que isso, a conversão para agricultura de pequena es-
cala é o principal condutor para o desmatamento, res-
ponsável por 65% da perda florestal. Alguns partici-
pantes do “brain storming” de Nampula na elaboração
do Plano Estratégico entendem que os principais im-
pulsionadores da degradação são a extracção da bio-
massa e a exploração insustentável, algumas vezes ile-
gal, da madeira. E indicam o desmatamento e a degra-
dação florestal como contribuintes com o alto custo
para as comunidades locais, para a economia nacional
e a para as comunidades a nível global. E porque com a
perda de florestas, as comunidades locais perdem o
acesso aos produtos florestais dos quais dependem,
também reduzem a sua resiliência ao impacto climático
e aos fluxos de água que as florestas regulam. E como
se isto fosse pouco, a receita nacional diminui devido
ao subaproveitamento dos recursos florestais. Dos re-
cursos naturais renováveis que Moçambique possui, as
florestas são o segundo maior contribuinte para o capi-
tal natural, depois das terras agrícolas.
do FNF é feita pelo AKSM de Manica e o FONGA da
província de Gaza. Da missão do Fórum Nacional de
Florestas, está a componente promoção de cadeias de
valor sustentáveis de florestas e agricultura, a produção
agro-florestal, a produção sustentável de carvão vegetal,
as concessões florestais comunitárias, o turismo comuni-
tário e as plantações florestais comerciais.
Parceiros:
 Penhane OFICIAL NEWS LETTER OF THE ASSOCIATION FOR SUPPORT AND LEGAL ASSISTANCE TO COMUNITIES

Director Executivo Rui Vasconcelos* Sede: AAAJC* Telefone: 20030252*Cidade de Tete* Bairro Chingodzi* Editado em Português e
Edition nº112

National Forestry Forum traces Strategic Plan until 2024

The largest association of Mozambican civil society organiza- annually, 57% of total greenhouse gas emissions from the 67

tions on Forests, the National Forestry Forum, has been meet- million tCO2 emitted in the country. Since the potential

ing since 3 July in Nampula, in drawing the guidelines of the causes of deforestation and forest degradation are poverty,

design of its Strategic Plan for a 5 year horizon. Civil society population growth and international demand for precious

organizations are concerned. They note that Mozambique has timber, rural poverty and population pressure, alternative

34 million hectares of natural forest, covering 43% of its area; sources of income are limited, which has contributed to the

however, the irrational and unsustainable exploitation of use unsustainable forest. More than that, conversion to small

forests is leaving the local communities and, consequently, -scale agriculture is the main driver for deforestation, ac-

the country poor. It is NFF's understanding that forests pro- counting for 65% of forest loss. Some participants in Nam-

vide goods and services to local communities, including pula's "brain storming" in the elaboration of the Strategic

food, energy, medicines, building materials and furniture, Plan understand that the main drivers of degradation are the

and in some rural communities, miombo forests, for example, extraction of biomass and the unsustainable, sometimes ille-

contribute almost 20% household income and 40% of non- gal, exploitation of timber. They point to deforestation and

monetary subsistence income. Forests provide ecosystem forest degradation as contributors to the high cost to local

services of local and global value. Although the country's communities, to the national economy and to communities

forests have enormous value and unfulfilled potential, it is globally. And because with the loss of forests, local commu-

common ground that they are undergoing a disproportionate nities lose access to the forest products on which they de-

elimination in an accelerated manner. It is recurrent to the pend, they also reduce their resilience to the climate impact

perception that the National Forestry Inventory 2018 that and water flows that the forests regulate. And as if that were

indicated a 267 thousand hectares of forests were lost annual- not enough, the national income decreases due to underutili-

ly in the period between 2003 and 2013, a historical deforesta- zation of forest resources. Of the renewable natural re-

tion rate of 0.79%. This resulted in 40 million tCO2 emitted sources that Mozambique owns, forests are the second larg-

est contributor to natural capital, after agricultural land.

AKSM and FONGA in the coordination of the NFF

The forecast of the beginning of the operationalization HALHE. Of these, it should be noted that the coordi-
of the Strategic Plan that is elaborated now, is 2024, nation of the FNF is carried out by the AKSM of Mani-
once as soon as its "manufacture" finishes, its exercise ca and the FONGA of the province of Gaza. The mis-
begins. This work model is related to the fact that sion of the National Forest Forum is to promote sus-
some of the activities implemented by NFF, which is tainable value chains of forests and agriculture, agro-
actually by its members, is already underway. They forestry, sustainable charcoal production, community
are in this relevant workshop of elaboration of the forestry concessions, community tourism and com-
Strategic Plan of the NFF, the ORAM of Manica, FOJO- mercial forest plantations.
COM, FORUM Terra of Nampula, ASSAMA, AKSM-
Manica, ADEL Sofala, FONGA, AAAJC, AMA, MAL-
Partners:
Who Are We? The Association for Support and Legal Assistance to Communities (AAAJC) is an mozambican
Civil Society Organization (CSO) based in Tete province, non-governmental and non proffit, created in 2008 by a group of Paralegals in natural resources and development law, formed by the Center for Legal and Judicial Training
(CFJJ), now Ministry of Justice, who decided to organize themselves based on their knowledge to promote social and economic development and respect for human rights based on observance of the principles of social justice,
equity and sustainability. Its scope of action was limited to the areas of economic development and poverty reduction in a participatory manner, legal support to communities and citizens, environmental education, conflict
resolution, advocacy of public policies and human rights. In 2010, following the implementation of some initiatives and completing the process of its constitution, the organization was formally legalized with statutes published in