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revista do ADVOGADO AASP Contratos com o Poder Publico o contrato administrativo a administragao contratual. Sumaio 1 Inrodtugdo | 3. A consequénia:contato administatvo com fonte telativa de obs 4, A maldigo do regime 5.As novas configuragdes da_contratualidade administrativ 6. Manifestagdes da Administrago contratual | Bibiograta Eh introducio Nao é exagero dizer que 74 os urna trans no papel que contrato Direito Administrativo. Desde o final passado até os dias rejeigdo de que o Poder Piblico pu: se travar relagbes obrigacionais com os pi BANDEIRA DE MELLO, 1979, p. 681; 1967, p. 25 le falar 8s, até © momento atual, em que se 1 instrumento para exe atividades-fim da Administragio, ¢ no apena: somo instrumento para suas atividades-meio Nao € objetivo do presente texto aprofundar essa diseussio complexa ¢ polémica. Alguns au: AOREIRA 'S VORNINHO, 9 tém feito com grand 3; ALMEIDA, 2008 objetivo aqui éapenas delinear a trae teria da contrato de que participa a Adm nistragao Piiblica, apontando para a importancia do institato na const de ma Administagio dda Administragdo pasticipe da relagdo contratual Em seguida, t ei 05 principais elementos ca } racterizadores e dare’ uma nogio de contrato ad. | ministrative, Feito isso, passarei a tratar do regime uridico desses contratos, analisando criticamente 4 unicidade desse regime, No tdpico final, pro curarei enunciar algumas manifestagdes da nova lace, em que o Poder Piiblico partici- pa niio em condigao sobranceira, mas como parte da relagio obrigacional A génese da nocdo de contrato administrativo A ideia de contrato administrative nem sempre foi pacifica na doutrina, No século passadlo, im- portantes autores rejeitavam ¢ a ideia alegando que tal formula continha uma contradigao. Se 2 Administragao, centro da autoridade, participava da relagio, no poderia haver contrato. Este pres supunha autonomia da vontade e equivaléncia en: re partes contratantes. E o Estado-Administragao, portador do poder soberano, nem tinha vontade, er nivelado a outra parte contratan. te, Pattia-se af da concepedo de que, em se tiran- do as hipéteses de 0 Estado, autorizado por lei firmar contratos regidos pela legislagao civil (os wamados contratos privados da Administracao), nais contratos no haveria que se falar na rato existéncia de um tipo peculiai nistrativo, mas sim de um ato juridico bilateral Por essa visio, somente poderfamos falar de con. trato no mticlea da relago econdmico-financeira Embora ainda hoje haja autores que mnantenhat BANDEIRA essa posigio eritiea ao cone DE MELLO, 2002, p. 563) 6 debate restou su | perado partir dos anos de 1960 do século pas sado, firmando-se 2 dontrina por entender qu nstituto contrato pertenceria Teoria Geral do Direito ¢ que, no ambito do Diteito Administra tivo, 0 contrato seria revestida de certas caracte risticas peculiates, que conformariam 0 contrato administrative. As principais peculiaridades dessa espécie de contrato corte m3 presenga de cliusulas exorbitantes (MEIRELLES, 1990, p. | 191) ¢ ao fato de no existir na sua origem nem a liberdade em contratar, pois a escolha do privado seria submetida em regra ao dever de licitar, nem propriamente uma autonomia da vontade, pois a finalidade publica vineularia 0 agir da Adminis 08, p. 242 tragdo contratante (DI PIETRO, 2 MEIRELLES, 1990, p. 190) A doutrina brasileira consolidou-se em torno da tese de que os contratos adiinistrativos sto espécies do género contrato bilateral, tendo por objeto o fornecimento de bens, a prestagio de ser- vigs, a execugo de uma obra por um paticlar ) ou, ainda, a ai pessoa fisica ou juridi acio de bens piblicos ou a delegacdo da prestagdo de | um servigo priblico ou a outorga de direito priva tivo de use Para a forimagiio desse vinculo, seria necessirio o atendimento de determinados requisites ( licitag wtorizagtio expeetfica 0 orgamentaria, publica), limitadores da margern de liberdade da Administragao para contratar, Na execucao des da Administragao, c is chamadas acterizada pi cléusulas exorbitantes (ENTERRIA, FERNANDEZ, 1997, p. 692 se contrato, haveria uma posigio de supremacia | predicadoras da prertogativa pars | snilateralmente alterar, rescindir, intervir, fisc ar, De lizar © punir o pattc putro lado, ria, em favor do particular, uma erva quanto as chamadas cliusulas econdmicas da avenga | (prego, condigdes de pagamento, preservagio da equivaléneia monetaria, balango entre obrigagdes ¢ cemuneragio, ete.) de tal sorte que estas seria 1iJo apenas vinculantes para a Administragdo, mas fev

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