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O Barroco na Itália
Barroco Francês
Barroco Inglês
Durante grande parte do século XVII a música inglesa continuou ligada ao período
Renascentista. Ao final da era Elizabetana, nomes como Gibbons e Byrd deram início a
uma nova tradição instrumental que foi seguida por Lawes e Purcell, cujos trios sonatas
e fantasias para violas demonstram uma destacada originalidade acoplada a uma técnica
de excepcional qualidade.
A grande genialidade da música inglesa barroca vai encontrar sua característica e
grandeza no gênero vocal, seja no repertório sacro – hinos anglicanos e oratórios – ou no
terreno da musica teatral, a semi-opera, tão bem ilustrada por Purcell em “The Fairy
Queen”.
Mas a ópera inglesa, depois de um promissor começo com Blow – “Venus and Adonis”
– e Purcell, teve que render-se ao estilo italiano implantado por Händel.
Georg Friedrich Händel (1685-1759) nasceu e
formou-se na Alemanha, mas viveu e morreu na
Inglaterra, também viajou para a Itália, em 1707,
quando apresentou-se como virtuose no órgão. Chegou
a fundar uma casa de ópera na Inglaterra, entretanto,
teve que enfrentar as disputas com adversários italianos
e aplacar os maus gênios de primas-donnas e castratti,
que disputavam a atenção nos palcos e fora deles.
Recebe na Inglaterra, a missão de criar um teatro real
de ópera, que seria conhecido também como a Royal
Academy of Music. Foram escritas 14 óperas para essa
entre 1720 e 1728, o que conferiu grande fama a ele em
toda a Europa. De 1740 em diante, Händel passa a se
dedicar mais à composição de oratórios, dentre os quais
“O Messias” e “Judas Macabeu”.
Sua ópera apresenta influência do estilo italiano, já seus coros, marchas e danças trazem
influência da ópera francesa de Lully.
Formas Musicais
A ópera
Em florença, na Itália, durante o final do século XVI,
um grupo de escritores e músicos deram a si próprios o
nome de Cammerata. Chegaram a conclusão que o
elaborado tecido contrapontístico da música de canto
obscurecia o sentido das palavras, deixando assim de
exprimir adequadamente o plano afetivo das emoções
que caberia justamente a palavra.
Assim, começaram a estabelecer um estilo mais
simples, que chamaram monodia, por ter uma única
linha vocal, sustentada por uma linha de baixo
instrumental sobre a qual eram construídos os acordes.
À princípio, a música escrita no estilo monódico foi
chamada de La Nuove Musiche (A nova música).
Em 1597, essas novas idéias foram aplicadas a todo um
drama musical. A obra “Dafne” que pode ser
considerada de fato a primeira ópera. A música escrita
por Jacopo Peri infelizmente se perdeu, e restaram dela
apenas alguns fragmentos. Outras óperas foram aparecendo, e a idéia se tornou cada vez
mais popular. As primeiras incluíam pequenos coros, danças e peças instrumentais, com
uma tessitura simples, a cargo de uma pequena “orquestra”. Entretanto, os longos trechos
de recitativos soavam monótonos.
O “Orfeo” de Monteverdi, composto em 1607, é de fato, a primeira grande ópera, com
uma música que realmente acentua o impacto dramático da história. Usando intervalos
cromáticos e espaçados na parte do canto, enquanto o acompanhamento fornece
inesperadas harmonias, incluindo dissonâncias.
Mais tarde, no século XVII, os compositores continuaram a usar o recitativo, embora
passem a utilizar com mais freqüência as árias. A orquestra também tinha suas peças para
tocar durante a ópera. Também havia a presença de coros. Enquanto os recitativos tiravam
o seu ritmo do discurso, as árias e coros freqüentemente usavam os da dança.
Na inglaterra, o gênero demorou a ser adotado. A única ópera inglesa do século XVII é
“Dido e Enéias” de Henry Purcell.
Abertura Italiana
Abertura dividida em três partes: rápida-lenta-rápida
Abertura Francesa
Estilo usado por Lully e Rameau, compunha-se de um início lento e majestoso de ritmo
incisivo e pontuado, levando a uma seção mais rápida, com o emprego da imitação. A
isso, seguia-se uma ou mais danças (o ballet), ou talvez a repetição lenta da seção inicial.
A ária da capo
Presente na obra de Scarlatti, compunha-se de uma forma ternária (ABA), mas na qual
não se escreviam as duas primeiras seções. Ao final de cada seção “B”, o compositor
escrevia da capo (ou simplesmente “D.C”), significando “a partir do começo”. Na
repetição da primeira parte, esperava-se que o cantor ou cantora desse sua contribuição
pessoal, introduzindo ornamentos.
Oratório
Nascido mais ou menos a mesma época que a ópera, o oratório é outra importante forma
de música vocal. O nome vem do Oratório de São Filipe de Néri, em Roma, onde foram
apresentadas as primeiras composições desse tipo.
No início, os oratórios eram muito similares às óperas, compondo-se de recitativos, árias
e coros. A diferença principal é que os oratórios baseavam-se em histórias sacras tiradas
da Bíblia. Com o decorrer do tempo, os oratórios deixaram de ser representados
teatralmente como as óperas e passaram a ser apenas apresentações musicais,
preferencialmente realizadas em igrejas e salas de concerto.
Cantata
São obras para solistas e coro, acompanhados por orquestra e contínuo, lembrando um
oratório em miniatura. Freqüentemente as cantatas de Bach começam com um coro
pesado, prosseguem com recitativos, árias e duetos para solistas, e terminam com um
coral sóbrio em estilo luterano.
Fuga
Durante o período barroco, a música
instrumental passa a ter, pela primeira vez, a
mesma importância que a música vocal. Os
compositores ainda usavam formas
populares na Renascença como a canzona, o
ricercar, a tocata, a fantasia e as variações.
A estas vieram somar outras formas e
concepções novas como a fuga, o prelúdio
coral, a suíte, a sonata e o concerto.
A fuga é uma peça contrapontística que se
fundamenta essencialmente na técnica da
imitação. Geralmente é escrita em três ou
quatro partes, chamadas vozes (não
importando se a peça é instrumental ou
vocal). Estas são referidas como soprano,
alto, tenor e baixo.
A estrutura da fuga é um tanto complexa,
mas basicamente traz a seguinte idéia: toda a
peça se desenvolve a partir de uma melodia
razoavelmente curta, mas de acentuado
caráter musical. A essa melodia se dá o nome
de tema (no sentido de tema de discussão).
Este aparece pela primeira vez em uma só voz. Depois é imitado pelas outras vozes, cada
qual de uma vez e em sua altura adequada.
Durante toda a fuga, o tema aparece em novas tonalidades. Essas entradas são separadas
por seções denominadas episódios. O compositor tanto pode fundamentar o episódio em
uma idéia tirada do próprio tema, como valer-se de novos motivos musicais.
A palavra fuga dá idéia de vozes escapando ou se perseguindo, a cada vez que entram
com o tema. Às vezes, um compositor pode escrever uma peça ao estilo de fuga sem
contudo compor uma fuga completa.
Bach escreveu magníficas fugas para órgão, para cravo e clavicórdio.
Suíte
Os compositores da Renascença algumas vezes ligavam uma dança a outra (por exemplo,
a pavana e a galharda). Os compositores barrocos ampliaram essa concepção, chegando
a forma da suíte: um grupo de peças para um ou mais instrumentos. Houve muitas suítes
escritas para cravo, e o esquema mais comum acabou abrangendo uma série de quatro
danças de diferentes países: uma allemande, no compasso 4/4, em ritmo moderado; uma
courante francesa, no compasso 6/4 ou 3/2, moderadamente rápida; ou uma courante
italiana, em 3/4 ou 3/8, bem mais rápida; uma sarabanda espanhola, em vagaroso
compasso ternário, quase sempre com os segundos tempos acentuados; uma alegre giga,
geralmente em tempos compostos (6/8). Entretanto, antes ou depois da giga poderia
introduzir-se uma ou mais danças, como o minueto, a bourrée, a gavota ou o passe-pied.
E algumas vezes a suíte poderia começar com um prelúdio (ou peça de abertura).
Todas as peças da suíte possuem a mesma tonalidade e estão na forma binária: duas
seções, “A” e “B”, normalmente repetindo-se. Entretanto, alguns compositores franceses,
como Couperin, gostavam de incluir em suas suítes peças na forma rondó, em que um
tema principal se alterna com episódios contrastantes (ABACA…).
A suíte às vezes é conhecida por outros nomes. Purcell chamava as suas de “lições”,
Couperin de “ordem”, e Bach algumas vezes usou o termo “partita”.
Sonatas
A palavra sonata vem do latim sonare, que significa “soar”; por conseguinte, é uma peça
para ser tocada (em oposição à cantata, música para ser cantada). Boa parcela das sonatas
barrocas foi composta para dois violinos e contínuo (um violoncelo e um cravo por
exemplo).
Os compositores às chamavam trio-sonatas; referindo-se às três linhas de música
realmente impressas (os dois violinos e o baixo cifrado), embora de fato fossem
necessários quatro executantes.
Às vezes um dos violinos, ou ambos, eram substituídos por flautas ou óboes, e há sonatas
que foram escritas para um só instrumento melódico, ao lado de um contínuo.
A sonata barroca poderia ser de duas espécies: a sonata de câmara, destinada a pequenas
salas, e a de chiesa (de igreja), na qual os instrumentos contínuos provavelmente eram o
órgão e, talvez, o fagote.
Os dois tipos normalmente constituíam em quatro movimentos, quase sempre na mesma
tonalidade, mas com andamentos contrastantes (lento-rápido-lento-rápido). Em geral, os
movimentos tinham a forma binária. A sonata de câmara era praticamente uma suíte e,
como tal, incluía danças. Já a de igreja tinha caráter mais sério, com os movimentos mais
rápidos muitas vezes escritos em estilo de fuga.
Concerto Grosso
Concerto solo
Do concerto grosso nasceu o concerto solo, no qual um único instrumento é lançado
contra a massa de uma orquestra de cordas.
Essa ideia de oposição, com o decorrer dos anos, fortaleceu-se ainda mais, e o compositor
frequentemente fornecia ao solista algumas passagens difíceis e expressivas. Quase
sempre os concertos solo eram compostos de três movimentos (rápido-lento-rápido). Os
dois movimentos rápidos apresentam-se na forma ritornelo. Essa palavra quer dizer
retorno e, no caso refere-se ao tema principal, que era tocado pela orquestra no princípio
do movimento, voltando depois mais ou menos completo, após as partes de solo, tocadas
com pequeno apoio orquestral.
Os compositores marcavam as seções de ritornello com a palavra tutti (todos), de modo
que o esquema básico na forma de ritornello seria: tutti1-solo1-tutti2-solo2-tutti3-solo3.
História
Particularidades do estilo
Monodia;
Homofonia com uma voz diferente cantando por cima do
acompanhamento, como nas árias italianas;
Expressões mais dramáticas, como na ópera.
Combinações de Instrumentações e vozes mais variadas em
conjunto a oratórios e cantatas
Notes inégales (Francês para "notas desiguais") usadas. Técnica
barroca que envolvia o uso de notas pontuadas que eram usadas
para substituir notas não pontuadas, dentro de um mesmo tempo
que alternavam entre duração de valores longos e curtos;
A ária (curta peça cantada em uma cantata, ou instrumental na
suíte);
O Ritornelo (estilo que contém breve passagens instrumentais entre
os versos cantados);
O concertante (o estilo que contrasta entre a orquestra e os
instrumentos solos, ou pequeno grupo de instrumentistas);
Instrumentação precisa anotada (no período anterior, a
Renascença, a partitura raramente listava os instrumentos);
Notação musical escrita idiomaticamente melhor para cada
instrumento específico.
Notação musical para interpretação virtuosa, tanto instrumental
como vocal
Ornamentação
Desenvolvimento profuso na tonalidade da música ocidental (escala
maior e menor)
Cadenza, uma seção ad lib nas cadências das partituras para o
virtuoso improvisar.
Estilos
As obras para teclado eram algumas vezes escritas para grupos maiores.
Novamente, existe um grande número de obras de Bach escrita tanto para
os instrumentos solos, como concertos e o mesmo tema se apresenta em
arranjos de concerto para orquestra, ou suíte. Grandes trabalhos de Bach
que culminaram na música da Idade Barroca inclui: o Cravo bem
temperado, as Variações Goldberg, e a Arte da Fuga.
Vocal
Ópera
o Zarzuela
o Opera seria
o Opera comique
o Opera-ballet
Mascarada
Oratório
Paixão (música)
Cantata
Missa (música)
Hino
Monodia
Estilo coral
o Clássica
Bizarra
Instrumental
Concerto grosso
Fuga
Suíte
o Allemande
o Courante
o Sarabanda
o Gigue
o Gavota
o Minueto
Sonata
o Sonata da câmara
o Sonata da chiesa
o Sonata em trio
Partita
Canzona
Sinfonia
Fantasia
Ricercar
Tocata
Prelúdio
Chacona
Passacaglia
Prelúdio Coral
Stylus fantasticus
Compositores
Alemanha
Itália
Portugal e Brasil
Linha do tempo