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Saiba um pouco mais das Agências

Reguladoras do Brasil!
Elas foram criadas para fiscalizar a prestação de serviços públicos praticados pela iniciativa privada.
A Regulação pode ser entendida como um conjunto de medidas e ações do Governo que envolvem
a criação de normas, o controle e a fiscalização de segmentos de mercado explorados por empresas para
assegurar o interesse público.
A regulação federal das mais diversas atividades e setores da economia, pelo Estado, está
diretamente ligada aos direitos do cidadão como consumidor e a proteção da sociedade como um todo.
Atualmente, existem doze (12) agências reguladoras federais, São elas:

Agência Nacional de Águas


A Agência Nacional de Águas (ANA) é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério do
Desenvolvimento Regional, e responsável pela implementação da gestão dos recursos hídricos brasileiros.
Foi criada pela lei 9.984/2000 e regulamentada pelo decreto nº 3.692/2000. Já a lei das águas (lei nº
9.433/97) instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento
de Recursos Hídricos (SINGREH).
Tem como missão regulamentar o uso das águas dos rios e lagos de domínio da União e implementar
o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, garantindo o seu uso sustentável, evitando a
poluição e o desperdício, e assegurando água de boa qualidade e em quantidade suficiente para a atual e
as futuras gerações.
Em 27 de julho de 1999, na cerimônia de abertura do seminário Água, o desafio do próximo milênio,
realizado no Palácio do Planalto, foram lançadas as bases do que seria a Agência Nacional de Águas (ANA):
órgão autônomo e com continuidade administrativa, que atuaria no gerenciamento dos recursos hídricos.
Nessa época, o projeto de criação da agência foi encaminhado ao Congresso Nacional, com aprovação em
7 de junho de 2000. Foi transformado na Lei nº 9.984, sancionada pelo presidente da República em
exercício, Marco Maciel, no dia 17 de julho do mesmo ano.

Agência Nacional de Aviação Civil


A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) é uma agência reguladora federal cuja
responsabilidade é normatizar e supervisionar a atividade de aviação civil no Brasil, tanto no que toca seus
aspectos econômicos quanto no que diz respeito à segurança técnica do setor.

A substituição de órgãos diretamente ligados ao governo por uma autarquia, em 2005, visou a uma
administração mais autônoma e técnica da aviação civil nacional, buscada por meio de descentralização
administrativa e menor influência política direta. Muitos especialistas defenderam a medida argumentando
que ela influenciaria positivamente o setor atraindo investimentos, dada a criação de um ambiente
econômico propício devido à criação e manutenção de regras novas e estáveis.

Em 2017 a ANAC autorizou as operadoras aéreas a cobrarem pelo transporte das bagagens dos
passageiros sob a promessa de que tal medida reduziria os preços das passagens. Entretanto, no período
imediatamente posterior a liberação da cobrança, entre junho e setembro de 2017, os preços foram
majorados em 35,9%, segundo dados da FGV. De acordo com levantamento do IBGE, entretanto, a
elevação foi mais moderada, de 16,9%.

Agência Nacional de Telecomunicações


A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) foi criada pela Lei 9.472, de 16 de julho de
1997 – mais conhecida como Lei Geral de Telecomunicações (LGT), sendo a primeira agência reguladora
a ser instalada no Brasil, em 5 de novembro daquele mesmo ano.
A criação da Anatel fez parte do processo de reformulação das telecomunicações brasileiras iniciado
com a promulgação da Emenda Constitucional 8/1995, que eliminou a exclusividade na exploração dos
serviços públicos a empresas sob controle acionário estatal, permitindo a privatização e introduzindo o
regime de competição. O Estado passava da função de provedor para a de regulador dos serviços.
De acordo com o planejamento estratégico da Anatel para o período 2015 a 2024, sua missão é
"regular o setor de telecomunicações para contribuir com o desenvolvimento do Brasil."
A Agência é uma autarquia administrativamente independente, financeiramente autônoma, não
subordinada hierarquicamente a nenhum órgão de governo. Última instância administrativa, as decisões da
Anatel só podem ser contestadas judicialmente. As normas elaboradas pela Agência são antes submetidas
a consulta pública, seus atos são acompanhados por exposição formal de motivos que os justifiquem. Em
determinados casos são promovidas audiências públicas para a manifestação presencial da sociedade. As
atas de reuniões e os documentos relativos às decisões do Conselho Diretor e à atuação da Anatel
encontram-se disponíveis ao público na Biblioteca da Agência.
Agência Nacional do Cinema
A Agência Nacional do Cinema (Ancine) é um órgão oficial do governo federal do Brasil, constituída
como agência reguladora, com sede na cidade de Brasília, cujo objetivo é fomentar, regular e fiscalizar a
indústria cinematográfica e videofonográfica nacional. A agência foi criada no governo do presidente
Fernando Henrique Cardoso, em 6 de setembro de 2001, através da Medida Provisória n.º 2.228-1,
posteriormente regulamentada pela Lei nº 10.454 em 13 de maio de 2002. Com isso, passou a ser dotada
de autonomia administrativa e financeira e vinculada diretamente à Presidência da República. Em 13 de
outubro de 2003 passou a ser vinculada ao Ministério da Cultura.

Agência Nacional de Energia Elétrica


A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é uma autarquia sob regime especial (Agência
Reguladora), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, com sede e fórum no Distrito Federal, com a
finalidade de produção, transmissão e comercialização de energia elétrica, em conformidade com as
políticas e diretrizes do governo federal. A ANEEL foi criada pela Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996,
durante o primeiro mandato do Presidente Fernando Henrique Cardoso.
O quadro de pessoal efetivo da ANEEL, instituído pela Lei nº 10.871/2004, é composto por 365
cargos da carreira de Especialista em Regulação, 200 cargos da carreira de Analista Administrativo e 200
cargos da carreira de Técnico Administrativo.

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e


Biocombustíveis
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), criada em 1997 pela lei n
º 9.478, é o órgão regulador das atividades que integram as indústrias de petróleo e gás natural e de
biocombustíveis no Brasil. Suas atividades foram iniciadas em 14 de janeiro de 1998. Vinculada ao Ministério
das Minas e Energia é a autarquia federal responsável pela execução da política nacional para o setor.

Agência Nacional de Saúde Suplementar


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é uma agência reguladora vinculada ao
Ministério da Saúde do Brasil, que regula o mercado de planos privados de saúde por determinação da Lei
n° 9.656 de 3 de junho de 1998.
Autarquia especial federal, foi criada pela Lei n° 9.961 de 28 de janeiro de 2000, sendo responsável
em promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regular as operadoras
setoriais, a relação entre prestadoras e consumidores e contribuir para o desenvolvimento das ações de
saúde no país. Seu principal escopo é regulamentar os produtos e serviços no setor de saúde suplementar,
com limites e deveres expostos na Lei nº 9.565/1998 e delineados na doutrina e jurisprudência.
É sediada na cidade do Rio de Janeiro. Sua estrutura é composta por 5 diretorias, cujos responsáveis
são escolhidos pelo Poder Executivo Federal para mandatos fixos de 3 anos, com possibilidade de uma
recondução de mandato, por mais 3 anos. Esses diretores precisam ser sabatinados pelo Senado Federal.

Agência Nacional de Transportes Aquaviários


Agência Nacional de Transportes Aquaviário (ANTAQ) é uma autarquia especial brasileira, com
autonomia administrativa e funcional, vinculada ao Ministério da Infraestrutura. Ela é responsável pela
regulamentação, controle tarifário, estudo e desenvolvimento do transporte Aquaviário no Brasil.

Agência Nacional de Transportes Terrestres


A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) é uma autarquia federal brasileira
responsável pela regulação das atividades de exploração da infraestrutura ferroviária e rodoviária federal e
de prestação de serviços de transporte terrestre, conforme o artigo 1º do decreto que regulamenta suas
atividades. Atua também no modal dutoviário, como será visto mais adiante. Segundo o artigo 21 de sua Lei
de criação, trata-se de uma entidade integrante da Administração Federal indireta, vinculada ao Ministério
da Infraestrutura e submetida ao regime autárquico especial, caracterizado pela independência
administrativa, autonomia financeira e funcional e mandato fixo de seus dirigentes.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária


Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é uma agência reguladora, sob a forma de
autarquia de regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde. A agência exerce o controle sanitário de
todos os produtos e serviços (nacionais ou importados) submetidos à vigilância sanitária, tais como
medicamentos, alimentos, cosméticos, saneantes, derivados do tabaco, produtos médicos, sangue,
hemoderivados e serviços de saúde.
A autarquia é também responsável pela aprovação dos produtos e serviços submetidos à vigilância
sanitária, para posterior comercialização, implementação e produção no país e elaboração de regulamentos
técnicos com características de identidade e qualidade de produtos sujeitos à vigilância sanitária. Além disso,
em conjunto com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços controla os portos, aeroportos e
fronteiras nos assuntos relacionados à vigilância sanitária. Sua atuação abrange também o monitoramento
e a fiscalização dos ambientes, processos, insumos e tecnologias relacionados à saúde. A autarquia tem
atuação na esfera econômica, ao monitorar os preços de medicamentos e ao participar da Câmara de
Medicamentos (CMED).
A autarquia foi criada no governo Fernando Henrique Cardoso pela lei nº 9.782, de 26 de janeiro de
1999. Sua missão é: "Promover e proteger a saúde da população e intervir nos riscos decorrentes da
produção e do uso de produtos e serviços sujeitos à vigilância sanitária, em ação coordenada com os
estados, os municípios e o Distrito Federal, de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde, para
a melhoria da qualidade de vida da população brasileira. ”
Atualmente a Diretoria Colegiada é composta por William Dib, Diretor-presidente e diretor das
diretorias de Gestão Institucional - DIGES e de Controle e Monitoramento Sanitários - DIMON; Fernando
Mendes Garcia Neto, diretor da Diretoria de Coordenação e Articulação do Sistema Nacional de Vigilância
Sanitária - DSNVS; Renato Alencar Porto, diretor da Diretoria de Regulação Sanitária - DIREG; e Alessandra
Bastos Soares, diretora da Diretoria de Autorização e Registro Sanitários - DIARE. Em setembro de 2018,
William Dib foi nomeado diretor-presidente, após um período em que Fernando Mendes (ex-diretor da
DIARE) havia atuado como diretor-presidente substituto e diretor da DSNVS seguindo o afastamento do ex-
diretor-presidente Jarbas Barbosa, que assumiu a posição de vice-diretor da Organização Pan-Americana
da Saúde (OPAS).

Agência Nacional de Mineração


A Agência Nacional de Mineração (ANM) é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério de Minas
e Energia, responsável pela gestão da atividade de mineração e dos recursos minerais brasileiros, também
com a hidrocarbonetos e substâncias nucleares.
A ANM foi criada por meio da Medida Provisória n° 791, de 25 de julho de 2017. A referida norma
tramitou no Congresso Nacional do Brasil, tendo sido aprovada na forma do Projeto de Lei de Conversão n°
37/2017, conforme redação final que consta no relatório aprovado, estando encaminhada para sanção
presidencial.
Tal norma, publicada em conjuntamente as Medidas Provisórias n° 789 e 790, cria novas regras na
mineração, modernizando o antigo Código de Mineração. Entre as mudanças está o aumento do teto da
multa por infrações, que passa de R$ 2,5 mil para R$ 30 milhões.
No entanto, apesar de as Medidas Provisórias n° 789 e n° 791 terem sido aprovadas no Congresso,
a MP790, em razão de não ter sido votada na Câmara dos Deputados por falta de consenso no plenário até
a data limite de 28 de novembro de 2017, caducou e, portanto, perdeu sua eficácia legal a partir de 29 de
novembro de 2017.
De acordo com o teor da referida Medida Provisória, a ANM tem como missão substituir o então
Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), ora extinto, nas suas funções de Estado que
englobam o planejamento da exploração mineral e o aproveitamento dos recursos minerais, assegurando,
controlando e fiscalizando o exercício das atividades de mineração, além de regular o uso dos recursos
minerais de domínio da União, observando a utilidade pública e o interesse nacional, garantindo
racionalidade do aproveitamento dos bens minerais, da concessão do subsolo, irreparabilidade financeira e
estrutural à sociedade e a sustentabilidade do meio ambiente.
Segundo o entendimento da Procuradoria-Geral Federal (PGF) da Advocacia Geral da União (AGU),
manifestado através do Parecer n° 00233/2017/PF-DNPM-SEDE/PGF/AGU, o DNPM continua exercendo
normalmente as suas funções institucionais, valendo-se de sua Estrutura Regimental e Organizacional atual,
conforme prevê o art. 35 da Medida Provisória no 791/2017. A ANM foi criada pela Medida Provisória nº
791/2017, mas se encontra pendente de instalação para início das suas atividades, conforme estabelece o
art. 34 do referido diploma legal, e a agência criada somente iniciará as suas atividades com a entrada em
vigor do decreto presidencial que aprovar a sua estrutura regimental, quando o DNPM restará
definitivamente extinto.

Agência Espacial Brasileira


Agência Espacial Brasileira (AEB) é a uma autarquia do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação responsável pelo programa espacial do Brasil. Ela opera um espaço porto em Alcântara,
Maranhão, e uma base de lançamento espacial na Barreira do Inferno, Rio Grande do Norte. A agência deu
ao país um papel de destaque no setor aeroespacial na América do Sul e tecnicamente fez do Brasil um
parceiro do projeto da Estação Espacial Internacional (EEI). Anteriormente, o programa espacial esteve sob
o controle dos militares brasileiros; ele foi transferido para o controle civil em 10 de fevereiro de 1994.
A AEB sofreu um grande revés em 2003, quando a explosão de um foguete matou 21 técnicos. O
Brasil lançou com sucesso o seu primeiro foguete ao espaço em 23 de outubro de 2004, a partir do Centro
de Lançamento de Alcântara; foi um VSB-30 lançado em uma missão sub orbital. Este lançamento foi
seguido por vários outros bem-sucedidos.
Em 30 de março de 2006, o astronauta Marcos Pontes tornou-se o primeiro brasileiro e lusófono a ir
ao espaço, onde ficou na EEI por uma semana. Durante a sua viagem, Pontes realizou oito experimentos
selecionados pela AEB. Ele pousou no Cazaquistão em 8 de abril de 2006, com a tripulação da Expedição
12.
A Agência Espacial Brasileira tem prosseguido uma política de desenvolvimento conjunto de
tecnologia com programas espaciais mais avançados. Inicialmente, houve uma forte tentativa de cooperação
com os Estados Unidos, mas depois de dificuldades em termos de transferência tecnológica, o Brasil tentou
outros projetos, como parcerias com China, Índia, Rússia e Ucrânia.
ARSESP – Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de...

ARTESP – Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do...

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