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1841
Il na do S. Gonsalo N. l-h
1 ..tI.
Copia do D iario que fez o Dr. Francisco José de La-
Cerda e Almeida, sendo mandado por Sua J)[agesla-
de Fulelissima para as demarcações de Seus Reae s
Dom inios na America Portugueza , servindo n'ella
de Astronomo.
ANNO DE 1780.
ANNO DE 1'2'81.
J A.. -EIRO 1. - Tende navegado 4 t Iegoas pGr duns g randes
~m,ea das q e faz O rio vimos a foz cio Rio Jlati'lllic 110 me io
da segunda en seada; e andando mais 4 legoas fizemos alto. ( 8 1
- 2 - l'a \'ega ndo ti lep:oas pelo rumo de SE che ga .
mos fi desembocadura do Rio Urubaxi , onde pernoitamos,
c 8Gh ,i a sua Lat. A. de 26'. ( [)
- 3 - Duas legoa s acima do re ferido rio e tá o R io
Uajuanà I e corrend o d'aqui o rio pura Poente pernoi am o.
na foz do Pio Uncuix i I cuja Lat. A. é 27 ' VaI' , E 100
,10' D efronte do Uajuan á es tá S. Isabel . . ( (j t
...- 4 - Qllasi 2 i legoas acima d' este r io está o Xivara: d' el.
le torna o rio a dircc çno de N por 2! legoas I e vira depois
para Poente. Pouzamos defronte - do Ri-4) .1IaruvijaI que est á
na margem Septentrional. (7i
- 5 - " es te dia anelamos 8 legoas pelo rumo de 0 1 O. ( 8
- (j - [ avegn mos (j t legoas com rumo de SSE, ou I por
diz er melhor I para Poente. (6 :i'
- 7 - Fizemos alto defr onte do Rio Cavabory, que vem
de [orte com andamento de 7 I tendo navegado a ultima
pelo rumo de S I e as outras por varias ense a das , (7
- 8 - T en do na vecado 2 i legoas por uma en seada I chc.
g amos a povon çüo denom inada N . Sr» do Loreto , e anti.
gamente Massa rn mby I e nav eg ando n'este dia 11 leg oas
pelo rumo geral de P oente, pouzam os na povoa ção de S .
Pedro I sit a na margem Septen trional. ( 11
- {) - D'esta povoa ç ão principiamos a navega r por um
enseada que corre a 80 I em cujo fim e tá a povo aç ão pc.
quena de St,O Antonio distante dn de S. Pedro 4 legoa s, o
fomos pouza r no Rio Marie com a marcha de 5 t legoas, (5 t
- 10 - C om andamento de 8 legoas para Poente fizemo
alto I e ja o rio tem muitas pedras. (8
- 11 - Di sta o Rio Curicuria ü d'oste pouzo 5 logoas j
e entrando por elIe tem na s suas margens uma s serra s I
onde os Indios costumão pegar com visgo, que na s arvores
dei tão I os galos chamados ú. se rr a do tamanho de lima
g rand e pomba, e muito vist osos; a com andamento de 7
lcgon s pelo rumo de 0 1 O fiz alto. (7
- 12 - Navegamos 3 legoas por entre Ilhas o ped ras
at é li povoa ção S. Bernardo dos Comunaes, (3
- 13 - Dista a Fortaleza de S. Gabriel da povoaç ão de
S . Bernardo 5 lego as, que as navega mos com cu sto I som.
pre por entre pedr as I faz endo o ri o v rias cachueiras I sendo
a maior e ma is difficultosa de se passar a que está qua sí
meia leg ou debaixo do mesmo Forte. C ousa de meia lagoa
abai xo do mesmo eRlá outra povoação denominada N, Sr »
do Nazareth, N'est e forte nos demoramos até o dia 16
Lat, A. 0° 5' Var, NE 13'1 . . (3
-- 16 - Corren do o 1'10 pnrn ONO andamos por en tro
pedras 7 t legoas I tendo deixado acima do Forte a povoa no
de S, Jlligucl. (7 t
- 17 - Com 2 legoas de nav ega ção entramos pelo Rio
Vaup es I que segue a mesma direc ção do R io N eg ro I da
sor te que 's e não fosse mais estreito e de agoas difforc ute
e tornaria o dieto Gunu p ês ou Uaup éa pelo • -eg ró , qllo
de 'de a barra d'e te Rio Guaup ês toma para N , como adi un-
te se dirá. leia leg oa acima da Loca cio rio está a gra nd
povoa ção de S. Joaquim, cujo director tinha subido por
este rio á caça, digamog assim, do gentio Mncú. ( 2 .~
_ 18 - N eregando para Poente, rumo que tem o r io.
caminhamos 7 t legoas . ' (7 }
_ 19 - Com 7 t Icgoas de na vegaçJo pelo mesmo rumo
fizem os alto . . (7 !
- 20 - Um a leg oa nav rgamos pa ra Poente, e depois 2 J
para S, d'onrle navegam os mais 3 pa ra Poente , com i nch o
'I1Ul{JO para S no fim. (5 t
_ 21 - NO ~'e legoas andamos n'este dia 101' varias cn-
sendas, (9
- Andamos 5 t legoas - pnra ONO até a boca do
Rio Tiquic , que diz em ser quasi ina veg nvel pelas muita s
cachoeiras que tem. Do Rio Tiqu ie vira o rio pum N 1 E
pO l' 2 legoas , c com andamento depois de 1 legoa pelo rumo
de NO fizemos alto' com andamento total de 8 t lc -
gons . (8 ~
- 22 - A ndamos f de legoa para N, o depois 3 t até
n primeira cachoeira do Unup ús , d'onde voltamos por não
a podermos varar, tnnto por ser g ran de a emb arca ção em
qne hiamos , como por falta de gente; c ch egamos a S. Joa-
quim no dia 24, tendo descido pejo mesmo rio 42 logoas. ( 40 3
- 25 - Da boca do Rio Guaup és to ma o Rio Negro para
• e andamos por elle 4 t legoa s até San ct'An71a, povoa.
çüo sita na m rgem Oriental, c fizemos alto com 6 -! le-
goas. (6 t
- 26 - Tendo nav crrado 2 t lp.goas encontramos n foz do Rio
lssana na margem Oecident nl , e acima d'clle meia Icgo;4
11 povoaç ão de N. Sr » da Guia, e por tei com ;) t I -
g ons. (5 ~
- 27 - Com 3 t legoas de navega ç ão vimos a povoa ç ão
de S . João Baptista na margem Ori en tal; e te ndo naveg ado
mais 3 t pouznmos na. foz do R io X ie. (7
- 28 - Andamos para ENE 7 t legoas u'cste din, (7 -~.
- 29 - D uas legons c meia na vega mos pelo rumo de TE
para ch egarmos á ult ima povoaç ão nossa, e F ort a leza de.
nominada S. Jo sé de Maruhitunn s , e andando mai s :J le-
goas para N fizem os alto , - (6
*
- 30 - T end o nav ~ ga do 3 lego as vol tamos P:Ull Il urccllos
\lO R io Negro, c findou est a diligencia. .
A . NO DE 1 7 S
.
- "
\' cõcs nec('snrias: Lat. A . 11 0 ó4' 46" Long. a12° 28:
"30" . (
-4 D emoramos-nol:! nind este d ia para o mesmo fim.
-5 1 "este dia e 110 s g llinte tivemos a mesma demo .
ra.
_ 7 Segui mos via gem pelo G unporê acima, c te ndo
na veg a do fi legoas com o ru mo ge ra l de L, fizemos al-
to. (O
_ 8 - Pes te dia na "eg am ol:! {j leg oas.
1 ( li
_ !) _ F omos pe rno ita r lia foz do Ri o Oauterios , qu o
<1csagna pelo la do esq uerd o , te ndo o ri o fei to muito la rg a"
voltas , c co m :) legoHs de viage m. ( !j
_ 10 - T endo II U " ('g ado 1 t lagoa ch egamos á foz do
R io Cauterinhos , que co rre pu ral lelo a o utro , c com G Ic.
goas de viagem c hegamos a' , Curral. ( fi
_ 1 1 - COIII 1 tlcsroa de via:,rem chega mos ao Forte do
Princ ipe da Beira , o nde fomos hem rocuh idos do C ouuna n-
dante e ma is O ffic ia es da ~uilrni(:ão : L ut, A. 12" 20 ' Lo ng.
por va rias observações 312" 57 ' 30". . '
r- 18 - P a rt idos do Forte do Prin c ipo da B e ira UlIIIIlS
pcr noitar em uma ronda, que está defronte do Rio Itona.
mas, q ue desagoa pelo lado direito. (1 t
I !) - Com 2 lcgoas de murcha chegamos á p.o"O:l ' ito
de S. ,ligllcl de Lamego , povoa ç ão de Indios ; c com IImi~
de lima pOllzamos de fro n te da foz do Rio Haure . ( :1
20 - Com 2 1 leg oas de I archa ch ega mos á pCl"(ucn >t
po voação de Lçomil , onde j antamos , c depo is ;,eguimo" vi:••
,g('m , U n!1I·pgalllos 4 legoa. . (4
_ ~l - Com rumo gera! de .l usceuto segu'mos via gelll .
c na vegamos 5 lcgoas. ( !j
_ 22 - 1 'este dia ant amos () leg oas. ( (;
_ 2:3 - P assa mos u'es tc d ia pelo 3,0 Rio C(W' rios , as .
_ si I denomina dos pelo G entio d 'e 'te nome , que habita n'cl-
les. Ta \'el-{a nlos fi f leg ons, (!j ~
_ :.l.i - Pa ssa mos pe la boca. do Rio S. .Jlfi"lIel . que en-
tra pelo la do de S j e como tiremos vento andamos 8 lu·
gons. . (8
_ 25 _ Pernoitam os meia It"' oa acima da foz do 'Rio 8 .
Simao-grande , '1U O ent ra pelo la do esque rdo . ( (j
_ 20 - Co m (j I\·gous de marcha c iJeg:lllltls de front e d;L
boc a do Rio S . íimãoziului , que entra pulo la do direito,
mas duvido qu e seja r io. ( ti
_ 27 - N'es te d ia se foi re con iccc r o Ri o S. S imãoz i -
n ho , q ue se a ch ou n ão se r r io , mas si m sallg ra J unl'O , 1'01'
onde des ug o.l o II S llg oa s rl'uquullu enm pun ha .
•_ 28 - N a vegll daH 4 leg oas ch elpmos ao des tncarnentn
das Pedras , cuj a L at, A. é 12<> 52' 35" Long . 31 ·1" 37'
:10" VaI'. NE 100 (4
_ 30 - El'i o 8 h. qua ndo sahimos d' este des ta cnme n to ,
e navegauns 2 Icgoas ch/ga mos á foz do Rio T anguiahos,
que entra pelo lad o d ire ito, (Ú
_ :$ 1 - ~ "c~ te dia. a ndamos li } l..g oas. (5f
li-
nm o 1." - "-aveg , mos '7 kgou!'l , e
' Y F.Y , f{
o n o ra'l. mn ' "
tas vo ta s rniud as. (1
_ 2 - N a "e gamos 5 lc:;ü:ls I ÍJ ·1 cost an do n Il ha com-
prida. ( [,
_ a_ Aca ba da a ilha d icr n , qlle tem de cxt cusl o 4 ~
1 g aa .' . fi emos alto com 4 f I ~ !!na s qu asi no fim da ilha ,
e da outra parte e..tá o Rio tio.' J Inquens , ou "'. .I (1~é. (,1 f
_ 4 _ Ch egamos pelo me io dia no loga r chamado Qu inze
Ga zas; c a 2 ~ le go.ls ' IC : II Hl c:;ü~ a C(l,W l Il cdowla , OH
V IZ ClI , q ue fica de fron te do Rio Curumbiara. A nda mos r) ~. Ic.
goas. ( ;) :1
_ 5 _ O r io supra ent ra do l a (~'l I'i;ql' rrlo , e tendo nu-
" e;;ado 3 Il1goas chp.gallltl~ to foz tio R io CuluTlIrill1tos, filie
eletillg ua pelo lado en ple l'do , C ' Pl" luc no. qnc j ulgo ter :'
suas cabec eiras nas S erra s dos Guarnjó s . que av isl umo
n 'cst e d ia. N av egando ma is uma Icgoa pussu mos pelas La .
ranjeirns. A lidamos 5 legoas. ( r,
__ 6 _ Com 5 lcg oa s de cam inho chegamos fi um logar
flue chrun üo porto dos G UlI l'llj lÍs. D ist üo as se r ras di e ta
(res te po rto fi legous de m áo ca mi nh o , e u'elle h n ouro
de born loq ue. ( ;;
_ 7 _ D uas Icgoas e moia ac ima d' este port o est á a
boca do 1 io P aragaii , quo dcsagoa pela ma rge m mc ri din-
n ~. (6
__ 8 N un 'g amos G lc;;on s. ( 11
'- _ ,U Andamos 4 ~' lcgoa s , c pernoit a mos n o prin ci pio
elo es tirão da ja ngada . ( ,I f
10 j'a\'('galn o s ,4 lt'go, (4
11 March am os 4 ~. (41
1'2 And am os:-' Jr gou ~ . (5
1:l Andamos o uras fJ. ( 5
1'1 l -a y('gnmos ~ ~' I c~oa s nl é a ponta de lima scr ra ,
fjue sn pponho ser a ll,\lrClllida dc da que d izem priuc ipi a
.lefl'o n te da V ill» Bellu. P OIICO uc inm e~ (1 o R io do P iolho .
e fornos pomoita r defro n te da s 'l'U1T PS . ( 4 t
_ 15 - Quatro legons ucim está da parte esque rda o
R io Branco . ou do P iolho , e n uv ",. mos fi legoas . ( fi
_ 10 _ I'assamos por limas ilh a , a qu e chum ão as Tres
Barras, (5 t
17 "este dia na vcrrnmos 4 legoas. (4
18 1 Ta W g UIl1 0 S 5 Il:g uas . (5
in P OIIZUIllOS ponc o a c ima do R io l'crdc. ( rl
eo 1 Ta vcgamos 5 l e ~olls . ( ;;
21 " ,~stc dia a ndam os 5 legoa~ . ( :.>
22 E n'cste 5 ;,. ( ::; t
2:3 T endo n nveg. do 2 \cgO!l3 passa nj(J~ ,'(:\a boca .1.)
Rio Galcra , que desu gon pelo lado as qnc rdo , e Ioruos pc r.
n oitnr no Cuhat ão , (Ô
_ 24 - - 1 'este dia nos demo ramos 11'e te le ga r.
_ 2" _ Tav ega mos 4 t lcgoas , p:l'> sa mos pe la Loca elo
1' io Capi/:ary, pequeno , c de [lOuc u ex te nsão . ( r,
_ 2fi - ! " clit~ dia an damos G leg om:. ( .
_ 0
a lto para nov am .n te 'I uda, uos ver nos ig'lI 'i k
fu ro , 'l'H), ap ezu r da tcrrn nltn , q uo se vi a , CU \. 1111, "
esta Jllgr,a com a G aí bn I po is com a U:]f)rn!l'l era i tn p ) '.
i I'el • pela cu-cuustuno in d ter 'P 10 . corno crru -! u e nt
a!' reverru a o velho , ou para melhor d zcr , 11 te 1 tll:1. o Sl;U
depoimcnto . pois achando nó'! vn ri as C Oll .,US \ '0'1' '''ada s ,
P fiam admi ~ n l' que falha s: esta. que com tal tu Cf rt c z .r
8 ,S veravu , E do suppor , p lo qu e tcn os vis t • ClU c tn
fl'll'lCll commun icn ção , qu e d i ziu h a ver do J'Ja wliorú pn n l
a [Ibc ra hu , sei-ia trocada pc o crevcnte elo dop unen to ,
f! quereria o velho dize r da Güua 1'; ru U be ..nbu . Recol he .
l'<1o-~e o i ndolgadorcs sem a c hnreru cousa que servi se a
mtento,
- 22 - D~" en~rlllado por meio d ta nt as te ta tivas , lil-
r1i ~n , c perda: de dias , q'Je n ão havia cornrnunic: çü o do
i b udioré para a Uberaba , ne n iar: fi G lIiha. fom co ' .
fUllldo a mar em occidenlal da dieta • Iau rlio-ê , , qual f.' z
p Ol' es ta pa ' te algumas en seada s , e tem defron te de uma
na suns pon tas U '113. ilha peq uen • co mo dizia o vel ho ,
T endo na vcg ndo 4 lcgoa s faz vo lt a para L. e fizem o pOU .
zo na fakln do m te. 'l'le lhe serve de m'lrgclll ori n tal ,
ten do atravessado o se \ fun do co m andam ento de 1 legou . t
- 23 - Continuamos a seg ui r u margolll o rie ital , e tcn-
do n av ega do lim a leg oa , nos rne tte mos em um se r radã u ,
qu e li ido fomo s snhir ao mon te C he n é , e fornos pernoita r
nu D ou r: do. sem quo li hassemos furos por' on de se c o rn ,
munica sse c 'ta Insrou e m te m po dc se ccas com o Pa l'ugu a y .
posto qlle as ngoas azora corri , I) pur pautannes l' ur:J (I
d ic to I'a rhgllay por es ta par te q 1C hoje n t rav essn mos. C or.
re a lag oa pelo se u ma ior comprimento . que é de 4 le.
{!' ~as . a lT1'\O . SSO , e a sua I!!rgnra é de I :'r I(' g oa cone ,
tu n tern en te , se m fazer caso de a lgu rnus te rras enchn rcu dn
'luo a ub ·;;r::o . C om murc ha de :J Io,ruas c heg a mos ao D o I.
r ado.
24 - Urna legou e ~ a ai : o do Dou ';\(;0 está a boc a do
Chené , li que r.:Iwmão Rio Chel/é : f' cu I pelo no ten ho 0111 ido
, ;~t' r, \I1 ~ ..:hamo lwc,a Ull ~ 1'.1 do I i P.orl'l ulo s ~ a cn l nll 1, COIII
Ido d'este uro no Porr idos j n está tapada, e ão na cg
DI, is por ella . Continu i J(iJ ' ,· lagp.m encontramos um sang ra.
ouro largo e fundo 1 t 1 gu li a ixo do Chené, pel o qual en -
tramo uma legoa, e vim os se r riesago douro do Mandro rein •
l orê lll fecha": cl ma n o n o fm da lagoa . P e rn oita mo.!
COI\1 m rcha de 6 le 0 '1 •
_ 23 - T e m! n: 'ano 2 ~ lcgoas, deixa mos na margem
ori» 1 ':1 a boca " plc triou I do Parnauay-mirim; e com mar-
C:l.1 de 7 le'.!oas JW' I :G,b fIOS no carand.rzal com m rrc ha d Sul.
_ 2U - Cu l ' l u r eli a de l:l legoas chcg\lmo~' á ovoa çno
e Alboquerqu , corr e ndo sempre o iu a 'u! '111 va ria s
volta s . E s _:.J 10" U<I '; '10 é ( 1 ise uveis , (In 8 passão a virin-
cheios de .lI ic , c J 11 1~7.; o commnndunto d 'dla só cuid e
m utilisnr-se ":0 suor d'elles. S6 es üo fartos de palma-
tondas , co rr e ntes, c ro d: s de pão. '
_ 27 e 28 - Pa m det erminarmos a lo ng it ll,le d'este logar
velo E clip e do 2 ,0 S uell ite , 1I0S dem ora mos n' estu pOI'na.
ç:l o , rli vor t idns das materiuli .ludcs do Cumru an du ntc. Fo i
de ter minada a Lat. 1no o' 8" o a Long. a·:!o a' 15".
_ 29 - Ac ompa nha dos de 11m J os é P a z, tido por pmcti-
co do Hi o 'I'umengos , fizemus viag;lI11 por elle a cima; o
I assadas a dua s pru ueira lcgoas , suhi mos na peqne na buh in de
Cac ê r , qlla tem de comprido lima legou , e out ro ta n to
de largo. Com marcha de ,1 11'[;0' s para Poen te fizemos
pOIIZO .
_ 30 - "'ave amos 4 t Icgoas pa ra r' por meio de eu·
J" ndus , P. campo" , m qllc n06 l.ersu adissumo s qlle da ri.
umos no mauo m um orunde r io, como dizia o prac tico.
Jt'LIl O l.0 - D ua le rua a nda mos pa ra ' E , até qne, en·
trando no matto , '!lIO!! o rio do pr uct ico , que era UIIl.:l
bal.ia , que ti nha 4 ) bru ças de compr ido , e 8 de la rgo .
"'- 0 é e .te o primeiro irupo tor , a que se dá credito, Pelo
que vimos, fica dosvenccido tal r io T a menrros, pois n ão
é mais do que um cal1po alagado . Volturncs com brevi .
dade panl ve r se ob _'crva vam os lL irnme rs ão du l.0 S atel,
li te no dia 2 de Julho; o fornos dormi r no legar do pouzo
do dia 29.
_ 2 - C heg a m o"; e a friage m que veio nos impedio o
podermos faz er a obser va ção.
_ :3 - P elo m esmo el buraço n ão se gu imos pelo Paraguay
a nossa der rota .
- 4. - Findas 3 t I güas rle marcha de Alboqu rq uc pelo
P a ra g uay a rum o de ~ [usccnle , entramos por um a ng rarl ollro
dn pa rte direita pa ra recon hec er mos um a l.ahiu , de CI'lf:
dav a noticia li c hnma do praet ico JOlS ó Paes j e por nio
110 S pUl!ermos ud ianta r , e a tal' tempo pelo matto, ti.
ze rnos POllZO no princ ipio de u ma bnhia milito pequena
dist a nt e do rio t d le,Q;oa, e m an dam os reconhecer o
matto para ma is fac ilme nt e pode rmos rorn pel-o , pelo dose-
jo que tinhamos de vel-a , pr.r dizer o dicto pruct ico
qu e Ma milito g ra nde , e quo sahia per to do E lIlbntct cm.
- fi - tr vessando a P qnena dieta bahia ro rnp 1110 ' t
C l('goa do mntto , c rah irno na bahia procurada; q 10 be
deo a co nhece r a fabulo sa informa fio do practico , poie
6 tinha mei a lt'goa 110 dinmetro , e não tinha communi ,
cn çüo pa ra o P urag uuy pur parte al guma, por cujo moti,
o lhe humamos lagu ; e pUC'j ue os mon tes que a cerca -
\ ' 11 0 ostav ão ch eio s de Cury , tinta av ermelhada I c dizia
11 m a nonimo , sem lá c heg ar, qu e nq uillo e ra Sinahrio na .
ivo I lhe !luzcmos o nome de Lago Si nabrino, Confirmou- se
depois ser C ury o ve rme lho dos monte s, por un s pedaço
{I UO 11panhamos : fizemos pouzo no Ioga r do dia 4,
- 6 - Com uma le roa de na vega ç ão ch eg am o á boca
meridional do P"7 aglwy-mirim , e com ma is 7 t á pri mei ra
boca du Ria T aqlUl r!J, frequ en tada pela s can õas com mer,
ciantes, que da Frcguezia de Araritaguaba , Ca pita n ia do
:;. Pa ulo , navegüo pa ra o C iyabá em tempo seco , !l0rque
fins c heias cort ão de mais lo nge por ca mpos alagados , e
vem a s uhi r em difle rentcs pa rt s do R io C uyub ã,
- 7 - Quatro legoas ubnix o do Rio T aq uury es tá o R io
].[ondeg o , antigamen te Bote tc 1, pelo qual primeirnm nte
lln vegavão as dietas ca n õas pam o Cu y a b á : e por mui
el iligencia que fizemos em descobri r o morro un ico e desta..
cndo , de que fulla 11 momo riu do velh o , d'onde desc ubr ira
o tabulo o rio P ara guay-guassú, n ão o ac ha mos , s6 sim va-
ri ns co linas , qna si contignas a serrnuia , qu e t inh am os se-
gu ido j e f.'l.t igado s e persuadidos da falsidade da existenci
do mcucionado rio fizemos POllZO uma logoa abaixo do Mon.
dego em lima Colina chamada de Alboqllcr'lue. C om 12 le-
gOIlS de marcha , ou navegação . chega mos á vis ta de dou
fi qllflnOS montes , POl' entre os quaes corre o Paragu a y,
Ia falda do que está para Po en te e tá fundado o novo
presíd io de Coimbra.
7 9 - Co m cinco minutos de n a vega ção chegamos
c te destaca mento , onde fomos bom recebidos do Comman-
dante d' elle , c elos seus desgraçados soldados j porêm mui.
to mal hospedad os por ser tão c teril e ás pe ro aquelle peque.
no monte, qne so produz pim enta; e os mo re gos são tan-
tos , que nào deixão criar uma só galinha ; e ja chegar o
a c. tingllir a s cabras 11I. tuudo a ma is de ao. Desde a boca
do Taquary corre o rio a S O. Demoramos-nos n'ost
r!lsacam ento at é o dia 10 , c sahimos no dia 11, tendo
achado a sua Lat. A. 19 0 55' L ong. 320 0 l ' 45" VaI'.
' E 10° 39' .
- 11 - N 'cste dia sa hirn os de C oimbra, c navegando ria
a baixo 9 legoas encontram os 1111I mat to de carandas , li qu o
r-stava contigu a uma cn tr nda 0\1 boca , que pcrtendia o
C ap itão i\la nue! J osé, se m mai or exame , fosse a foz 11e
um rio, a que elle c hama 1 q~ro . Por este motivo entra .
mos por ellu com o rumo de N , e na yegando u ma legoa
fizemos alt o no me io da ngoa, por n ão ha ver terra.
- 12 - D 'este logar f'ieg uindo o rumo de NO na vega mo!!
G lerroa s por grandc;, pant nu a cs , íuud o logo perdido a r ,r.
ó4 dó! rio dieta entrada, c c ca bando tu do nos lTl'il nd
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ANNO DE 1 '2' 8 8 .
I O Gen tio que os Paulistas ach arã o n' aqu clle continen te se ch io.
mava Gentio Cuyabá, e d'aq ui é que a. povoaç ao , c ViIIa. t ornou e
nom e. - i O. Gent ios ach ados n'est e rio erao dotad os de membros
viris maiores qu e o commum dos out ros: e ' por iHSO a est es ch amara
porru dos, c d'aqui tornou o rio nome. - I e 4 Pa ragu ay , e T aquary
tornar ão seus nom es dos Indios que ahi se achar ão com oa mesm os
nomes, - I E sta li uma nova. povoação 01\ colon ia fu ndad a pelo
actu al Ge neral de M atto-Grosso Luiz de Albuquerque dp I ello Per eira
e Cac êres. D• . I eu appellido tomou e nora s.
sahir no Cuvllbzi acima da lua foz. 1 Ta vcgamo5 ( 1 le 0 1\
tudo ao No;·te t. ( 4 !
_ 29 _ C om 10 ou 11 braças de andamento perdeo o
rio a sua forma de encanado, c entrei por um panta-
nal , pelo qual estava espalhado o rio com infinitas entra-
das , que fazi a difficil achar o verdadeiro caminho que fi
devia segui r; e n ão obstante vir 11m guia, tido por ITJ ito
experiente , seguimos por duas vezes umas verédas falsas.
Este espraiado do rio fez diminuir tanto a sua profundidade,
que muitas vezes era preciso varar a canõa por cima da s
arêas. Navegamos 5 t legoas: A 22 0 de N para E. ( 5.·l
_ 30 - Naveguei 2 t por entre agoa-pés do pantanal,
retrocedendo de varias ver édas , que seg uí , porque as achu-
va secas; a té que final mente sa h i u um Ioga r que chamão
Boqueirão , pon to em que o r io tor na novamen te a correr
encanado por entre umas ma rgens . filie tinhão de um ate
dous pa lmos de alt ura . Fu i ~egu i n d o c ..te anal , vencendo
a correnteza d'agoa, e algumas veze c \lb a ndo nos bai-
xios , pois nas par tes concavas da nsead tinha muito
irrcgular fundo de 5.. 7, e 10 palmos. A la rgur a 110 r io
é com milito pouca mu dança de 22 braças: A',H u t de ...
para E . ( fi
_ 3 1 - Co m marcha de S legoas passei. deixando na ma l'.
gem orien ta l um sangradouro , ca na l a n tigo que es tá cn tu-
pido das arêas , incon venicu tc que tem succedido a outros
muitos , c succederá tamb ém a este por onde vou na \'cg a n -
do; pois a qua lida de do terren o baixo e arenoso, como
tambem a pDuca altura do r io em var ias pa rtes o está pro.
mettendo. Do meio dia pura t : rde ja as r ibanceiras tinhüo
de 4 para 5 palmos de al tura. Naveguei 7 t legoas : .\ ~8°
UI') N para E. (7t
'ovE~[ n RO l.Q- 1Ta veg uei n'este dia conse r va ndo o r io a
mesma altura de r iban ceiras da tarde a ntecedent e, o mes-
mo fundo , e a mesma la rg ura. Não permittio o tempo ob •
•ervnr a immersão do 1.0 Satellite de Jupi ter : A 43u de
N para E .
_ 2 - D as 10 h . por diante forão as margens do rio di.
minuindo a sua alt ura até chegarem a de um palmo, que
e conservou pe lo resto do dia. P assei 12 ilhas pequ enas.
Det er minei a L ut, d'este loga r , que achei de 18° l~' 59" •
li V aro N E 9!) 30'. Nave~uci (j 1 legoas: A 53° de 1
para E. (Üt
_ 3 - Principiei a marcha por um panta na l , posto que
não t ão es praiado. e suhjeito a perdas C O l1l0 o pri mciro ,
eom tu do t ão ha ixo, que uma esp écie de ri bancei ra, 1(l1C
tinha, com qua lqu er repi que te se innundaria. )-ui pernoita r
uma legoa acima do P Oll ZO Alegre , ten do deixado na ma r.
•
arng unv , defronle do monte chamado Dourado: A 6° } da
E para S. <. s t
_ !) _ Correo hoj e o r io enlre N ascente e S, obrigadu
t alvez de um a co rdi lheira , qu e 00 longe se di visavn des-
de hontem , qua ndo a prõa ten dia pa ra o i asccnte r A
:3 o ,ie E pa ra S. t7 }
_ 1() - ma legoa acima do pom~o está uma praia con-
t ig ua á ponta e principio da cordi lhe ira , de que tenho
fa lindo , ond e o Ge ntio Cavulleiro cos tuma a tra vess a r o Ta.
quary. Vi ras tos fresc os . e es tacas em que pre nder ão 05 -
ca val los. As primeiras pedr as que encontrei, c que dão o
n ome de Bel iag n, dist üo 4 legoas da partida , e sã o co mo
u ns princ ipies das cachooi ras : e com effeito na vegarlas ma is
2 4 de lego:1- chegu ei á pr imeira cachoeira c hamada da
B urru . que te m i2!j br a ças de extensão, cuja metade foi
pa ;;sada co m a canõn cal'l'egada, e a outra com ella in.
te ir auientc va zia, po r se precipitar o rio com grande vio-
lcnciu por canaes muito es t re itos . e ch eios de porlrns , o
muito inclinados: A 13 0 t
de E para S: Lat. A. 18" 33' 58"
Long. 3220 3i' 18" ( 6 -}
_ 11 - No fim da referic a ca choeira est á a foz do Rio
Cuxiim de 25 braças de largo, po r ond e entrei parll. por
clle sllgu ir via gem. E ste rio logo diminue co nsiderav el-
me nte a su a larg ura , pois na di stan ci a de 3 t de legoa.
e pon to e m que n' elle desagoa pela ma rgem meridional o
R io 'I'nqnary-mirirn t
de 15 braças de largo. o de pouca
IIgoa , ju ti nha 10 bra ças. Pouc o aci ma do referido Ta.
qua ry-rnirim est á a p rimeira cach oeira denominada da ilha,
P a ssa da uma sirgn , e descarregada inteiramente a cun õu ,
a me tte rüo por um est reito de 10 br a ças de la"l'g r). e pa ~.
sado elle fi vararão por um can al quo tinha 2 palmos do
ngoa; pOl' q ua nto de out ra pa rt e estava um salto de a bra-
ças de altu ra . N'esta manobr a se consum irão 4 horas.
ma lC'gQU aci ma d'es ta cachoeira ha outr a chamada Gi.
quiiaya , que for ma um n vistosa cascata , e foi pass ada 11
meia ca rga. A out ra cachoe ira . q ue se chama C ho ra d,~i ra .
(J que dista da precedente 1 t . do legoa. é um pla no i n.
cl inado com fundo de pedra s, pelo qual co rre o rio e m
varies cnchocs co m gra nde veloci dade. Fu i pe rnoit a i' com
ma is uma legoa de ma rc ha no principio <lu o tra cacheei -
ra : A 3 0 de E pa ra S . ~o
_ 12 - Pa ssad .i esta cachoeira donorniunda Ava nha nduvil '
mi rim t com a ca nõa vazia, e pOI' um canal de 2 00 Lru -
t Taq uarç- mlrim quer dizer T "'1uary pe'll1rn o , para diatinc çüo
I1 c out ro 'I'uquary quo é g ranue. - t A vanltll ll il at'II- 'IIliri m: ./l v ,í ,[ner
dizer gente : nlunula ca quer dizer correr. lIa uadi çüo 'I"" 11111 Sueury
de oxtra ordinnrin granl1eza en laçou a 11111 Iudi o para o cng ulir , o '1''')
es te COIII a faca qu o tra zia lhe cortou O cs piu haço , O a sim se snlvurn,
E nl:lo correrão to-Ios , c ,l'a hi tomou o nome o logar . Bem cut~n,l i "o
'I"e este caso foi succc dido em outro !"!.iar do Tu-tõ , ond e ha outra ea·
choc ira maior do mesmo nome; e estu por ser 1l('ql1r;D~ oham a-ee miri m.
,li de exten ão , cheguei com pequeno andamento a ou ír
chamada Avanhandava-guassú. Transportadas as cargas por
um descarregadouro de 300 bra ça s, foi conduzida a can ôa
po r um unico canal. que tem esta cachoeira. por ondo cor.
re COlO grande furta I pois vai represada entre margens de
pedi a por um es treito de 3 braças. No fim d'este canal
foi varada ~ canóa por cima de uns penedos para salvar
o salto I que dá principio á cachoeira. Con sumirão-se n'e sta
manobra toda 6 t h. I trabalhando eflec tivarnente ~6 homens.
Meia legoa dista nte d'esta está outra menos furiosa, deno -
minada do Ja/lry t, porque no fim d'ella está na margem
oriental Ulll rIO rl'este nornu , o do 10 braças de largo 1II
sua foz: A 52 0 de E para S. (,
- 13 - A navegação d'este dia foi summarnente trabalho.
la; pois alem de passar em 5 í legoas set e cachoeiras ch a-
madas de André Alves, da Pedra Redonda, do Vami.
canga, do Bicudo , das Anhumas t, do Robalo, e do AI.
varo I não naveguei lima legoa interpoladamentc sobre
rio rnnn so , ou sobro plan o hori zontal, pois o leito tio ri o
foi 11m continuado plano inclinado co m fundo de pedra, qu e
to do foi subido com grande tra balho á força de varejões,
que j a no dia preceden te se tinhão armado de espontõe s de
ferro j a ccrescendo ta mbem u circu ust uncia de na\'cgar por
entre montanhas de considera r ei al tura . N avegada a pr i-
meira legoa o mei a ch eg uei a um mout e su mmamente alto,
que estava como de proposito a berto a pic ão e a prum o,
por en tre o qual cor ria o rio pla cid amente , apllzar de ter
n 'este Ioga r 5 bra ças de la rgo. E digna de se ver e de
se adm ira r esta obra da N at ure za. ma legoa ac ima d' es te
P aredão está outro pouco inferior a o pr imeiro , e immc.
din to á sua ext rem idade superior !Im r ibeirão de larga e n-
trada , e da parte do meio dia. E prova vel que nas suas
cabece ira s, Ijue sã o estes mon tes , por en tre os quaes co rre
o Cuxiim , haj a ouro; pois me a ssev era o g uia que se
chama Salvador R ibeiro H omem, que ' em _uma praia que
fica pouco mais a baix o do referido ri beirão, e na ca ch eei,
ra da hora dcira , a chara ou ro que most ra ra ser de suo
bido qui la te. l or fal ta de inst rumentos prop rios n ão fiz a
mes ma oxpc rieu cia : A 44° de E para S. ( 5 !-
- 14 - A primei ra visita que tive ao sa hir do pouzo foi
li dos T res Irmãos, n oruc que dão a tres ca choeiras. que
se succedorn urnas ás outras, e a cllas imrncdiatamcnte est á
a chamada das F urnas , que se passa co m a can ôa vazia,
(j vara ndo-o por c ima dos penedos. Du as legoas e meia
[fi] 1 'hr/lldu qu er dizer êrna , ave bem celebre pela sua grande,
7,;\, c velocidade 110 correr , y quer dizer agoa, E porque tal vez o.
primeiros ahi acharão d'es aas aves, poz orão ao rio ° nom e de: X ha n,
GUj'. vu J ~b uh at.duy,
a s agoas 00 R io Purdo , ja sem c nchoci ra s , é tal que
c o r rem 2 mi lhas c 7 dec im os e m uma hora . A la rg u ra d'es-
te rio na sua foz tem 6 4 brac us . ( 10
O res to do dia na vegu ci subindo pelo R io Grand e , cuja
larg u ra a valio, at é a c ha r p a rt e d'onde possa m edir t r ig o .
nomet r ic a nrente , por n ão pode r fa zer d 'o utra sorre , 1'111
30ll bra ça s. As s uas agoas 1:I ,-lO barrentas e pest ilcntus , ma"
pelos seus est i r oes , ilhas , e nM f tos , tem tod a a IIHI ~l'stlldll
d e 11 111 grande l"i<;>. ! . <.1 v gue i 2 ~ de legou : A 3:t u de
pu ra E. (2 ?
_ :J - 4 ' n n 'gllci pe la s I!ralldeil ons udus d'cs te rio 5 le-
g oas e l , im pedi ndo- me lima grande trovoada , qu e so br e.
veio, o poder se guir ma is av ante, 1 ão ohstunt« o es ta r.
mo s abr igadus da furi« do veuto , com t udo foi prcci';(J d..".
c lIl'I'eg a r a cun õa pa ra se n üo aln gar com o I ovimeuro
e iml'lIbo das ondas. Distante do P O" ZIl 2 } lego as d('s ag o.lU
pc la marg em oc c idental o /fio Or elha de Ouça, f) Inai ,;
a ciinn dou>; I'iheil' üp s : A 10'j do E para S . (;1 ,
_ ,i - A chuva continuou po r tod a a noite sem iutc r.
rupI;âo ulglllna: 11Iio só todos a passamos ensoprulos , mas
tarubcm me 1'(;7. perder a 1,!J ;crva l; ào da iu un e rs ã o do l ,?
Sutcllito de Jupi tc r. As arvores mostr ão 'lUIl o riu sohe a
2 :i palmos de altura : A fJU de N pa ra E . Acima do pOli.
zo :l} Jpgoa est á lima peqll ena i lha chan.udu de 1\1 a nuel
H omem. E ste criminoso se refu giou nas s uas visinha\ll;n s .
!r'III)O f razido c om s igo uma veneranda Jma ;:;clIJ do S cuho r
Bom .JEZ IJS. Vendo-se dep" is obr iga do a r etirar-se, n ;l fl
'pi por q llC mo t ivo , tiz um lll'q llcno rancho dI) palha, c
n'ulle deix ou abr; O'ada das in j u rra « do te m po a n "pe:tavl'1
] uI ~ gl'l1l . R ecolhendo- se para :-:l, P a ulo li I e O :llll h~ r c iaIJI P,
uchou-cr , e que rendo ('(Jnlblzil-a , é tr:Hlir;iio l'ollstall lP,
q ue n.io a pnd cr ão u hulur , ;..;IId fcita de lenho de lI11'dI O:
cre gravidade; P UI' i "o a duix ar ão , c {i ,i d l'roi~ c on d UZI.
da para a Vill a tin Cu y ab ,í co m a til ci lid a de natu ral . (> Ó
v"nNa da e re sp eitada n 'e stn Vitla de qu e tomou u nome.
Al úm de .ia te r ouvido este caso a mui tos indi vid uos , m'o
repl'tio no v mente um nct to do drcto "lanu el H on c r I . (~lIalfl
i neompn-heusi bilin sun t j udicia tua Domine ! (7 :
_ ;j _ ,' leia h~goa acima do POll ZO, e no fim UI' umu
ilha . despeja as suas n"onS pela parte do Poe n e o Rio
'erde de 42 hru çus de largo; e 4 I",goas e } d ist ante d 'c',:-
te, ,~ d u parte oppostu d sagoa o Ili» A gllopr.!! [a) de l:.!
Itr:ll;as de largo. Abeiru r ão hoj e ao r io varias pedrus , enlre
as qune,; haviao algll llllls iílratas. de q\lf: íil. ll\.!!lIin p rn vi.
munt o ; c pod e ri a talve z fa z er m u io r, e dI' nm is l:'\f]lIi.-itllS .
se o r io j a n ;LO t iv ss o to mado ba ' Ia n te a;;"a . P ara me
livrur de lima i m ine nte tro vnru ln , en trei . e pouz ci e rn IIlll
r ihl'ir,i o que dcnol llinc i do ahrigo: A 18".1 ;' para ;. (fi.
() _ A bulhu , q ue lia ba rl'l do r ibe iru o fazii:..u os dou-
[a] .1gOlll'CY '111er diz er 3:!oa de ngo a-pé , Agoa-pé é uma hcrva
de fulha larva e gro~sa, qu e "" cria sobre a' agoas.
flulos, me n ão deix ou do r mi r . e na ,i " o ': m erü o tant a s IC
P ira c nnju ba s , peixe de esca ma pra tea da U nii mozo , e 05
P ia buss ús qu e sa lt a vão pa ra a cauõ u , que rue vi obriga.
d.) a cor rer as c ort in as lia barrnca pura me livrar do
c hoque d'a lgu ns que duia uiui to , COIIIO me tinha mos trado
a experieucia. Pe las ;$ h. da ta rde passei front eando a bar.
ra do Rio SUl'llriy , que ve m du occidente , e cuja largura
deixei de medir lJur não poder ntruvessur o rio por cau .
~a das ondas ; ma s pelo q ue me pareceo excede ri a a r,u
bra ças. E tradic c üo constante qlle urna cun õu , qu e es c a -
pnra de um ataque do Gent io P a iag lJá nas visinhun cns do
R 'o Cuvub á, subi ra pelo R io POITU l US , e por outro (1110
u'/) lo de.tu as suas U (TOUS, e qH e c om u ma peljue na nl .
ra<;.iu pa~sara pa ra o Sucu riv , de Ijlle e stou fa lluudo , sem
ter o incouunodo das cachoe ira s , de que tenho tratado j
mas qu e em recompensa e nco nt ra ra muito G e ntio Caiupó ;
1'01' cujo mo ti 1'0 tin hão desprezado esta navega ção q ue pa.
rcce devin se r pre fe rida á que pr esentemente se ía z , Im
n üo houvesse li interesse de cx tc ndc r os domiuios de S . M . F.
CplO Dcos glla r·,je , o mais que podesso se r . proc urando 11
l'<lr.lg'lIay. Oxalií qu e deba ixo do pre te x to da ma is fa ci]
n al 'cg a ç to para Cuy.ib i e l\Iatt o- G rosso des is tisse S . M.
C tuhol ica a parte q ue tem no [t io P araná, e na lIIur genl
oric utu l do R io Pa :·a g ua)'. da foz do R iu G rande para o
T, p:lra pur este 80 na vega!' a té () Parng uay (ca so as
c ac:\CJ li ra s ,res te g"unde r io ° pc rmi tt üo ) e >'cgu ir depoi s a
o r-Iiuuri n n :l\ 'C'g '[': -LO pa ril as die tas V illa«. Pernoit e i n a foz
du l t :o 'I' icté CU ;}} 7 logoa" de nave,gal;ào : A [) O de N
pa ra E. (7
7 - D ~ ; x fl d o o R io Parau á , qu e me d izem ter, subi u.
ti", ru.iis mciu d ia tie l'i a ,rclII, u.n sa lto chnn mdo Uru b úpu n ,
g .l [fl] , !I H vegu ci subi n do pe lo R io 'l'iet ê , cu j a foz tem de
l'l l'g o 70 bru ça s, Com 5 h. rle n ill'cg a ç ão, e ma rcha (h
:1 Ip.'!oa ,{ e ' c !lCgu ei ao gra nde snl to , de nomina do I t a pu.
1'.1 [b] C Uj '1 f i~ . lI' a se de ixa ve r no m a pa j unc to, F oi va ,
ru da li cu n õ.i em 5 h . por UITI plano d'! 4,1 palmos de ul -
to, 1I!13 U nt a é a altura do salto , . de 60 bra ças de ex-
ten s.to, A ci lll'l d'este sa lto na distancia de u ma legoa es tá.
ou tr.i c ac hoeira chamada I tnpn ra- miri m , (!'IO em na da se
a ssi m ilha ÍL primeiru : A 80" de N para E. ( fi ~.
- 8 - As :3 cachoeiras chamadas do s 'I'res Irmãos se pa s.
snr ão bem fac ihn eute , mas o Itupirú (e] le vou toda a ta l'.
toda esta n~\· cg n ç ão . - [fi] T'irata raca. I'irá é peixe t taru ca e stalo .
T ornou este nom e t porque n'cst o JOg'ar CR PCiXCR tàz i ~ o rumor corn o r-s,
t alos . - [b) Vaic ursjtuh« O tl G nnlcury tyba, Gu a icury ú uma cspccie
de coquinhos <lo arv oredo baixo. 'l'yba que r dizer cocal , 0\1 ma tto ri"
cocos, F icou-l he o nomc pela abundancia d'estes coc os. - [1;] I l upeha ,
ou Ytu-pcba , é cac hoeira chat a, por ser essa a su a figura. - [dJ Am.
rangllá ou Araracan guaba , denota o log ar onde comer ão cabe ça de Arara t
ponj'1O ,/cu ng a sil:" iJic;l c abc ça : glLQVQ comer,
- 11 - , c acho eira chamada j l a lt o- S eeo d is ta do pOli .
z o t de If'goa , II da 111m 2 t , e a Yrupune rna [a] 4 t. A '
ion ti uua dus c huvas tem ench ido o r io de forma , que se
va i ta zc ndo tra bal ho siss irn u a sua subida. Ta vf'g uei 5 le.
g oar; e ±:
A 31') de E pa ra S. (fl ~
- 15 - Pela s 10 h. c heguei ;í c a choe ira q ue chnrn no E s.
curamucu [b] , c pela s 1 ao 'alt o Avunhun da va [r] , tendo de i,
x.ulo lima Jeg oa ab ai xo d' el le , c da parte se pt c n t ri ona l uiu
m ed irmo rio . 'p ie o de nouun ei do S. J osé . Um qu arto do
)" ,!!.. a a n tes de c heg a r ao salto cor re o rio (lOI' fundo de
I cd r: , e re presa do entre el lns , q uu t:lh a naveg a ç ão laho.
riosa , e muito arriscada : A 7 0 de E para :::l. (4 t
- 1(j - 1 .ío obstante esta r o tempo promettcndo chuva
. c des ca 1"1"('''0\1 a canõ a po r IIIl1 descu rr cgurlor de 363 ora.
«;as, e depo is se deo prmci pi» á SU ' l varn ç ão , '1l1e levou
at é - ás fi da ta rde, sendo va rada pela d is ta nc ia de HHl
l' rrll:ml , c pcl'l alt ura de 5 3 puhu os , '1110 tanto tom o sal.
fo, que se faz medunho, 1H1O s6 pelo em ia te da s a g oas
dosp cn hudus , mas t am ur-m pdos pc ncdos , e ilhas, qlle pe.
la sua lurg uru tem for mado varios cu naes e quedas. Qllan.
do u rio cst ú m a is r ico cresce o va rador mai s 100 braças.
- 17 - Pa ssei duas ca ch u iras chamadas A vauhunrh va,
mir im, e a do Campo : 1: 14" t de E para S. (7 f
! - O Ci'paço pu r onde n:l\'cg uei, que (los,:o d izer q'JO
t:,i 11 m só e~tir ;lo , é li vre de c uchoe irns ; mas a c o rre nt e
do rio flJ i mu i ra p;lb, e II US s uas margen s ha muitus a r.
\ oru s , qu e lhe .hruuão J bu ti c: beir as , a s qu ues d ão 1Il11
fru c to , o ma is saboroso qu e te nho comido. lIa 4 es p écie
dcllus : a s g ra ndes , que tc r.i uma poleg ada d d iumetru ,
510 de c ür neg ra, c na scem pelos t ron cos com pé COIl!.
p rido como a ce rej : j as P u nherua s que diflercm das grau.
dos lia grandeza e 110 I é cur to ; a ' pintadas , c as 1I1I mi .
xruuu s,i o n: outras duas espr-ci es , e nascem em arvore
mais bnixus , e SIO do tnm unho de 'uma baila de a rc a buz.
:\ cu sc n de tod as cll as é delza-la , c tem a virt ude adst rin.
/!l·ut ., e SlO t .io ac ida q ue d 'ellas se fa z opt imo vinn .... re ,
I
ra] l't uJ1(/n~m 'l , ,'uI ·;, U tupan cmn , '1u;r dizer cachoeira m al sue ,
r.~ d Íib. porq ue com o ja 1J 0ki, y tll é cachoeira, ] JallClll a mal su cce,
dicla . A razüo ori ~ i n:\fi a d'est c nome ig-noro. - [l'J Escoramnça r vulgo
I:~ ~~~m u ça , é 1I111.l c ac hoei ra flue peja su a couflguraçao parece UIU
cav allo cscaramu çuu .lo. D'aqui to mou (\ nome. - [e] vauhanda v.. I
j" fica no udo '1"'1 é lo;;' r onde a g ent e corre .
- ~7-
pou- ivocn tIO), 'I' ambau-rni rim , e g uassú . P ela imrncrsão do 1.°
. A Satellite de Jupiter achei que 11 L ong. d'este lagar é 328"
c se 2 1'30" , c a L a t. A . 2 1° 4;J' 2 1"; A 25° de E pa ra S . (6 l
. lo. - 20 - Navegado o primeiro quarto de legoa pas se i 11
(;'j ~ c ac hoe ira Tumbufiriricn , e 3 legoas distante d'e sta a cha.
E~~ muda Vamicunga [/>]. P ouze i com 7 legoas ele' marcha pou .
dei. co acima da foz do Rio J acarépipira-guass ú de 5 bru eus
111111 de la rgo . c da parte B oreal , e o p ri meiro que deita na
) d 611as aguas no Tietê: A 18" de E ' para S . (7f
o de - :! 1 - Ven c idas 3 logoa s e f de na vega ç iio passei fron.
uh". toa ndo u jj,z do Rw J acarépipira-mirim (c] da m esma parte
.j .!.
2
(!o guu ,;sú: A 74 0 de E para S. ( (j t
iuvu - :!2 - Pouco depoi s de estar em ma rcha passei a ca.
ora. c hoe iru ch amada Congouhn , de legoa e f do ex tensão; d'es ta
UII se segue o S a pé {ti] , o Barueri-gu assú , c mirim [eJ. e o B uu-
150 r ú, com pre hcn dulus e m 7 legoa s e i, que tanto naveguei
sn], n' es te dia: A aso de E para S. (7 t
O:IS - :la - A primeira ca ch oeira q ue pass ei, e que dista uma
pc· Icgoa do ponto da partida. foi a chamada I ta puã [f], e
11111. poucu de pois a do S iti o , a ssim chamada por estar fro n,
tel ra ao logar c ham ado P utun duba [g] , onde ja houverão mo.
r ada res , que se reti rar ão por es ta re m muito longe rio pas.
to espiritual. e não pela nlá qu alidade dos maltas , qU Q
ficguudo se ex pli cava um piloto, que tambem n 'cste l o~ar
tin ha mor a do, e rão aq uclles a nata das terras. E com efle i.
to, se pelo cop ado e viçoso das arvores , e pela g rossura
dos troncos se pode julgar da boa ou má qua lidade da te r.
ra, posso diz er que não se rá faci l a char-se me lhores. Esta
tapera está. no pr inci pio de Ulll cs tirão : A 51° de E para S .
Pela distancia de nma lego a uhaixo do POU7.0 de ixe i t res
poços chamados Nhapuuúp á-rnirim [ h), c g unss ú, e dos L a n çoes,
E stes pOI;OS são uns lagares milito fundos . c q ne tem do
15 pal'a 20 braças de profundidade , COll1 0 me assever ão
-a ri as pessoas que ve m na minha compa nhia , c que por
eri, 011 Baryr iy , que quer dizer agoa de Ila ryry. Il arin é uma espcci e
de caeté , que tem flor vermelh a c sem entes pretas. - [ f ] Itap u ã ,
qucr dizer pedra rcdonda : porque it a é pedra , puli , redonda. A' ligu .
r a da pedra d'esta ca cho eira se deve o seu nuurc, - (1.'] Put und uba ,
ou P utu udyva , quer dizer lagar onde escure ce a vista . por ser cote um
est irao gra nde do rio, que com a vista se uno alcança bem o fim. -
(hJ Nhul'anltl'á quer dizer espancado,
s
cze o tem medi do, n ão por curiosidn de , mas pOI.qu
n'elles vem pcscar cm tempo seco. como cm \'1\" ClrU5
de pcixe , e a lin ha do que us âo lhes mo stra fi prolun.
dulad c. E os n ão pude sondar pela viol c nciu , c om qu
co rria o r io po r cst t r com h.ist .. nte a goa . A eff rvcs cen,
cia d' llg oa n'rstes log ares prov êm do m uito peixe qu e u 'el,
Ip hu , e prin c ipalme nt e de Uni c ha ma do J u ú , q ue é do
t ul g rnndcz. , q ue me asse verou o g ll;a q ue , a br in do com
um páo a boca de U!Il q " matturu , por cll a pod ia e nt ra r
111ll ho mem s m c nxovalh. r <H vestidos. Dei - I' e cr dit o ,
por<]ue vi um que ti n ha 7 pnlmos , c n a co rniri va vinhão
mais tes ternunlu s tle v. s ta ; e por que fil a l.n c n te e m dous
mezes de comm un ica ção le n ho observado fJ 'lO o gu ia é
homem , que nem por graça deixa de falla r ve rd ad e - vir.
t udo , ql\e raras ve zes se e nco n tra , pr incipnlmc n tc em ho .
meus d'e$ta profiss t o. (7 f
- 24 - Com :3 h. de navcg rll;-O pa ssei II cachociri nha do
Banhu ron [a] , e PUllCO u cii uu 111\1 poçu do m smo nome . Um
quart o de ''' goa ac ima d' esto poço, c da par te concn va
rln e nseada se avi sta {l di st an c ia de :l Ir ....ons para N E UIl9
montes que 11 es ch urn ão do A ra ra quaru [b], que pela ta rde
q ua ndo lhes ba te o so l re pr ese nta um a grand c idade . Por
esta i' este planeta entre nuve ns n :1 0 logre i d'cs tn rlclic iosn
llf)rs pp.c tiva . E tra d iç ão qlle n'est es m on tes ha mui to 0111'0 .
Var ias pe 'soa s tem ten ta do clll' g ar a elles , e °
n 10 tem
c onseguido ! elos muito. pantann es c obstuculos qlle e ncon -
ti.. o: ITl<.lS cu me pcrs undo qu e c-tu tentati va tem s ido foi-
ta 1'01' home ns pus ila 11[11\(':, o fracos scrtu nis tas, po is n ã o
é c rivei que em 3 ic'g oas de terr no possa haver obstaculo ,
filie co m te mp o e tra halho SlJ II :iO \(:' nça. I'ouzei mc ia le-
g oa acima do Ilio Pira cicaba que dcsp ja as . lias a go li
pe la m nrgern Uoreal por umu abertura de 28 br a us : A
15 ~ de E pa ra S . ( fi t
- 25 - Co m a per da da. agoas do R io Pira c ic ab a [c] e
reduz io a la rg ura do R io T ie te a ,10 braças , la rg ura q ue
c aba , cuja F reguezia tem 8.000 almas , fizesse al li uma povoa çao , com
que se frequentaria o comm erci o para o Cuy abá por todo. o. sobre.
dictos rios. N 110 sO ser viri a aOB povo. de S . Roque , Sor ocab a , e Tta,
petíninga , mas tambem aos negocia nt e8 de fora. a08 quacs seria ma is
util Vir a S oroca ba carregar canõ as , do qu e a A rar ita gu aba , porque
evit..ria o toda. a. cachoeiras qu e existe m da foz do R io S oroeaba para
c im a. A povoa çno é necessá ria para 'Iue BC fa ção can õas , c para h aver
g ente n'esse unico varad or. Bem sc sa bc a necessidade qu c esta C api,
t ania tcm do ouro do C uya b ã e se n50 devc conserv ar fech ada CRIa
n ova porta. - [a] Supupema , ou Sapopem a , é uma espccic de fi.
g llcir as, de cujas ra Iz,'s se fazem boas gam ell aB, N 'osto logar ha d'es ,
t,,,, arv oredos. - [L] Bujuq , é um a eapccie de andurinhas , que faz em
seus ninhos pela . pedra. d'esta , c de outras cac hoeiras. - [c] Pira:
pom, é logar onde o peixe salta ; pois pi rá é peixe, IJOra 'Iucr dizer
salt a : de fa ct o nos mezcs dc J unho , e J ulho, elo que o rio esta seco .
o peixe nao pode su bir, e que rendo avanç ar ago a sal ta pela s pedras .
e o apanh ao em seco. - [d I Ltag assaxa. Itá, é pedra i gassavf1 que r
dizer que atravessa o rio. Com eflci to esta cachoeira tClII corno uma
cinta de pedra , que atravessa o rio. - [e] T iriricu , 011 yxururuc a ,
que qu er dizer agoa que est ã chiando ou fcr.cndo. - [fI Itnnkae n ,
qu er d izer pedra qu e falIa ; pois com effeito ;.'e.la cachoeina h.. urna
csp ecie da ech o. - [g j A van!inand u"va . ou Av areman osaava. Avaré .
é P.•drc j ma nouava quer dizer morreo. lia t radi çao que n'cst e laga r
naufragou um Pad re : d'ahi ae chamou ao logar e cachoeira A\' arema.-
ncsa ava j e corrupto vocabulo  varemanduava .
•
rim I e lJ'/lf3.,Ú pela eppostn , e comprohcndidos est I ri:
rios no espaço de uma leg oa, duas cachoeiras cha mndas
Itapcma-nu nssu e mirim, c um poço do mesmo nom e; A
28° de .E para S. (7 t
- 20 - Passei as cachoeiras de i\Iathias Pcrcs , e do
Garcia . e tr es Poços, Su puperna-enirim (a], e g llassu , e o
Cu russá j e pouzei defro nte do L a s itio d'est e rio com an-
damento de 8 legoas e t : A 35° de E para S. (8 t
- 3D - Todo es te dia navegu ei por ent re infi n id ade de
sitios fundi dos em ambas as margens do rio, e tão «on-
t iguos I que não sei como os moradores tem terras pa 1'11.
a c ultura, se é que nec essitüo d'ellas , pois, pelo que vi I
vivem em uma co ntinuada inacç ão, N ão de ixei de admirar
a multid ão de r apazes , qu e no terreiro de u ma da!'! casas
se jun ta vão para ver passa r a ca n ôa j o que mos t ra muito
bem a bondade do clima, n ão só pela fecund ida de da s rnu,
lhe rcs , mas tambe rn pela boa nutr iç ão. principa lme nte pe.
los poucos que na te nra idade fallee em I pois pela sua sue-
c essiva al tur a se conhece a successiva idade de cada um .
P assei 6 cachoeiras, a sab er : os Pil ües , o Bujuy [b) , o Pio
r apora [c), g rande e peri gosa I o Pirapora-rnirim , a I!agas.
s nva- rniri m (d] . e g uassú , e fiz alto com an dame nto de
4 legoas c -: : A 17" de E pura S. (4 f
- 31 - Com o fim do un no dei tambem fim á minha
navegação, tendo passa do pelas caehoeiras do Machado ,
T ir ir ic a (e], I ta nh nem [f), Ava rernandoava (g], Jurumi-
caba , cuj a F reguczia tem 8.000 almas, fizesse al li uma povoa çao , com
que se frequent aria ° eommercio para ° Cuyabá por todos os sobr e.
dictos rios. N ilo so serviria a09 povos de S . Roque , Sorocaba , e I ta,
pet ininga , mal tam bem aos nego ciantes do fora , aos quacs seria. mais
u til Vir a S oroca ba. carregar can õas , do que a. Ararita guaba, porque
evitariao todas a. cac hoeiras que existem da foz do Rio Sorocaba para
c ima. A povoaçno é nccessaria par a que se façao canõas , e para haver
g ente n'esse un ieo vara dor. Bem se sa be a nec essida de qu e es ta Capi,
tan ia tem do ou ro do C uyab ã e ee na o de ve conserva r fechada es ta
nova porta. - [a] Supu pema , ou S apopeina , é uma espccic de fi.
g uciras , de cuja. ra iz,'. se fazem boas gamellas. N' csto lo~ar ha d'es,
te. a rvoredos, - (b] BujllY. é uma es pccie de anduri nl:as, qu e fazem
seus ninho s pela s pedras d'esta , e de outra s ca cho eiras. ~ (c] P irc :
p om, é logar onde o peixe salta j pois pirá é peixe, para quer dizer
sa lta : de facto nos mezos de J un hu, e J ulho , em qce o rio esta seco ,
o peixe nao pode subir , e querendo avançar ago~ salta pela s pedras ,
e o npanh ao em seco. - (d ] Ltog assata, Itá, é pedra j g assava que r
dizer qu o atravessa o rio. Com efiàito esta cachoeira tem corno urna
cinta de pedra , que atravessa o rio. - [eJ T iririca , 011 y xuru ruca ,
qu e quer dizer agoa que está chiando ou fervendo. -.:. [f ) Ltan liaen ,
quer dizer pedra que falIa ; pois com elfeito .,'c"ta cachoeira ha urna
esp écie dEI echo, - [gJ AIllITémanduava , ou Av areman ossav:l. Atl aré .
é Pa dre ; manOlBalla quer dizer morre o. Ha tradição que n' cete lag ar
naufr agou um Padre; d'ahi 8e chamou ao 10glU' o cachoeira Av a rem a,
co 'UVa : e corrupto vocabulo Â.varem anduava.
•
1 -
r im (al, c Ac ung uor« (b), a ultimo. e li 113 . a qu e ha n'est 11
rios at é Araritaguaba I em cujo porto dei fundo com 4 lc-
goas e { de navegação: A 17 0 do E para S. (4 t
(~)
c Vil a. c! a p ra , . ~ u to.
17 8.
•
- ". -
Rio Cuxiim. Esta cachoeira tem 725 bracas de ext ensão ;
metade d'ella foi passada com a can õn carregada [a) e a
outra parte com ella inteiramente vazia por se precipitar
o rio com grande violencia por canaes de pedras muito
estreitos e de muita inclinaç ão, e entro os quaes ha aI.
guns pequ enos saltos.
- )1 - f O fim da referida cacho eira está 11 barra. do Rio
•
- ,. ..
tem eahido sem interrupção, me n ão derão legar de lt
pode r fa zer a semelhantes horas , e em noite tão esc ura,
e tenebr osa. Com o dia me puz em marcha, e pela s 2 h.
fui j an ta r na confiuenci a do P araná com andame nto de 10
lego. s.
Nã o c anse admiração o n avegar 10 legoas e m menos
de 6 h., pois n'esta parte que ja se pode c hamar r io man -
s o , e de ponco decl ive I a veloci dade d'agoa é de duas mi o
-Ihns e. te deci mos por hora, G astei na descida d'est e
ri o 7 dias , pois vim com algum " ag a r em razão do meu
officio , que o tempo , que ordinariamonto gas tão os ma is,
é de [) ou 6 dias , ao mesm o tempo q ue quando a estaç ão
é favoravel , e o r io es tá baixo , gastão em o subi r 50,
e 6 0 dias. A sua la rg ura na foz é de 64 bra ças. - O
r es ta nte do dia na veg uei su bindo por este gra nde r io. cuja
larg ura a valio em 300 br aça s , em quan to o n ão messo trio
gonometricame nte se houv er corn mod idade para o poder fn-
Zero As suas ngoa s são ba rr entas, principalmen te n'este
ternpo , e causã o sezões j mas pelos se us esti r ões I ilhas ,
) iba nce iras I C ma ttos I te m toda a magestade de um gran.
de rio.
- 3 - 1 Tavegue i 5 f de legou pelas grandes enseadas d'os-
te rio, im ped indo- me um a grande trovoada o seguir a vnn-
te , N ão obstante estar alguma causa nbrigndo da furia
do vento, foi com tud o preciso descarregar :, canõa para
HJ n f; o alaga r , e molh ar a carga. Passei pelo Rio Orelha
de Onça, qu e desagoa pela margem occidental.
- 4 - A chuva que continuou por toda a noite sem in.
terrup ção nos fez passar lima muito má noite, pois por
mui ta e mu ito grossa pa SSOll os nossos toldos, e ensopou
as red es, que são as camas do sertão I que bem como ma.
cas se nt ão ás nrvores , c n'cllas se dorme. Cresce o rio
mais de 30 palmos.
- õ - Meia lego a a cima do pouzo conflue o Rio Verde
de 42 braças de largo pela parte do poente: e quatro lo-
goas aci ma d'este, e da parte oppost a vem o R io Agua.
pey de 12 braças. Para livrar-me dos perigos de uma iunni-
nente tro voada e n tre i e pouzei dentro de um rib eir ão
de 4 braças, que den ominei do Abrigo: o que restava do
dia gastei em divert ir- me ve ndo na dar dentro do r ibeirão
de lIgoa cl ara infi ni dade de doi ra dos : mas nem um só quiz
pegar no a nzol , não ~6 pOl' causa da diufanidade da agoa,
mas t a mbem por a ndare m fart os,
-:- (j - A bulha I que os doirados fizer ão no ribeir ão em
toda a noit e , me n ão de ixou dormir, e por isso do nra-
d rugada ma nde i lev nn tar ba rracas , c segu ir via gem: for üo
ta ntas as pira canj ubas , pe ixe de escama pratea da, e m io
rnozo , c os pi ubussüs , que sa lta vüo para a can õa atrn hi-
{los pela luz, qu o para pode r ver os rum os trazia na ca-
mera , quo me ví obrigado a correr as cort inas d' ellu , e
fa zer a lto pa ra livra r-me de segundo ch oque , visto ter-me
maltratado nu C:U'U o choque que recebi de um piabussü :
na s para se n ão perde r o tem po , ma nde i p õr a luz 'n
c io da c nn õu : saltarão pa rti de ntro tantos pei xes , qu
'ào 11 m bom j, t r, e fiei mos vingados do des pr eso , que
a i .ca t i nhao le ito os doira dos no R ihe irão do A br igo ,
Pe h s :3 h. da tarde passe i fro ntoando a foz do R io
ucu ryü '. qu e " em do occiden t , e 'lIj a la rgllfll me parece0
de 50 bra ças. 1 ernoirei na bu rra do R io Ti e tê, que tom
tle la r rr ira 7 bra ças, Pe la ah'gria qllc tiverão os caro'.
arlns de dW~llrelll au rio , que hn ulu o seu paiz nata li-
cio • • e e ufurecer ão , c e ntre ~randes O'ritMias , e viva
~'l!;t, rão-m ' em salvas fra '1'0 é meio de pol vora , e u ns
pOli co" de a g'oa-ardentc. T ulvez que fi alegr ia fosse fiu ,
gid' • e servi e de pr etexto pa1'll subir a fr a sq ueira a ribn [a] .
-- 7 - Doixudo O Rio Grande , q'le me dize m ter uma
I!ra nde cachoeira chamad o Urubupungá I subindo-se mui "
H 0 11 -1 lego.•s , naveguei subindo pelo Rio Tieté , Com 5
hora de n a veg a fio ch gllei ao grandc sa lto chamado Itá.
pur a . F oi a c un ôa varada e m 5 h. por um pla no inclina ,
.10 ele 60 brn' ;.Il.q de extcnsüo , e 1·1 pa lmos de altu ra . qlle
I: nta é a do sa lto, A meia le oa rle distanci a ou ve-e a
hulha da queda eI'agoa dcspenhnd n . É este Ulll salto di gll O
de ve r-se, n ão só pe la be lleza da co nfigllração. c posição
,Ir s pedras, e ca naes , po r o nde se de-pe nha a agem , c o mo
"ela gul' u turin da luta dos poixes com 11 ng oa, que na di.
l.gl.<lIcia de pr oteuderem . ve ncer o salto, 11 que lhes é
J llpO ivc l , uud ão I' vol .os n'uquell t UI' ilhoes c fe rvcdou ,
1"0:> rl'agoa s clando S' I O" '11e ad m irü o : a cxpor ie nc iu d'cs.
ta via gem me tem mu- t rn do , ll"e qUILllto mais revõlta está
a a goa no s sal tos e ac hoei ras , onde ha pei xe". melhor
pes ca ria se Ia z , pois nao t'lzem f. ni mo n ia em pl'gar na
J cu, S 'g ue-se a este salto a cachoeira l tá iu ru- mirim , quo
m nada se a ssi.uilha á primeira .
- 8 - As tres achoei ras ch. urarlus os T res Ir mãos forã o
I a (ida s fa cilrne u te ; run s o I tu pirú le vo u toda a tarde , e
1<.;11I li. ia leg oa de ux te nsã o. ' o principio d'esta cachoeira
en co ntre i a u ns n ('g o c i anl c ~ , q ue cs tu vão enxugando Oi!
f.•rd os , qu e se t in h:io mo lhado 0111 t ros cal õus , q'le rinhno
,hido a o fi n lo . naufragio " te em qn' n ão só perderão lodo
HHlllli ul n to ' luO n 'ellns vinil-o, mas ta mbem uma b a PUl' .
t · da cn rga: t i \'0 la t imn d'e, tc:; pobres hc me ns , não .6
pelo p rej uizo , corno p ela faltn q uo lhes lia ia de fa ze r o
ma u tuneuto até chegare m 11 Cnmupuum , pois n 'este tempo
l'fll que os rios vão tomando diariamente mui tas agoas •
.!'e ·c m tnmhe m os dias el e n a veg a ç ã o,
Se reil ect inuos nos cont inuados trabalhes e pr ej u izo s ,
f te a in da hoje re cebem 03 neg oc ia n tes n'c te j a bem t r i o
log J rest abc lecco . O bom effeit • que ellas fizera o :lo est e temera .
8C
ASNO DE 1'189.
~ o' . O D E 1 '790 .
Villu de Iguu pe . •••.••• 3:iOO 3D' 0" - 2.1 0 42' 35"- 7 0 36'
ViII" de C ana ne a •.•••• 33 00 6' 0 "- 2~jf' O' 35"- 7 n ':"J7'
V illa ele Pura na gllá .• .. :129° :3fj' 0"- 2:",0 31' ao"- o ' Cu
Yilla de Gu urn tu bu • •• • 32UO :30' 0"- 25° ;:-)2' 25 " - 8° ao'
Vill a ele Arnra pir, .•••• - 25° 14' 30"
B arra do R . ele U na •.• - 2 40 :.W' 5 0"
la rru ela Bertiog a • ••• • - :2:3° s L' 35"
' illu de S . S eb a st ião . .. 3:l3° O' 0"- 23° 47 ' 40 " - 6° 45 '
' illa de U batuba •• • •• • :333" :>0' 0 "- 23° 26' 3"- 6° 3 0'
P u utu de N . da Ilha de Ta
St. n Catharina • •• • •• - 2 7° 22 ' 3D" Cu
Villa de N. S. do Do st cr- Pa
ro da diet a Ilha •• • • •• . 3 2 9 0 211' 0" - 2 7° 35 ' 36"- 9 0 47' Ti
R io de Ja nei ro ••• ••••• 3:1·to 50 ' 15'.'- 22° 54' 15 "
C abo Frio .. ...•..••• • 330 0 2' 13" - 22 0 58' 8"
P o utn do S du I lh a de
~ .a Cathurin a • • • . . • • • •. • • . •• • • • • • ~no 50 ' O"
- 89-
Longitud88 , L atitudes, e Variações da Buesola , dos
Iog ares abaixo declorados , dos quaes se faz men-
ção n'estc D iori o , •suppotulo a Ilha do F erro 20~
30' para o Occidente de Paris.
Long. t.« A. Varo N E.
B arra do Rio Gunporé.. 312° 58 ' 30 " -11° 54' 46"- 9° 30'
'1\. F orte do Principe dn Beira 3 13° 27' 30"-12° 26' 0"- \}0 40'
S. D estaca mento das Pedras 315 0 7' 31 "-12° 52 ' 35"- lO"
Villa Bella 318" 12' 0"- 15° O' 3"-lGo 3 0'
III Villu Mar ia .•• • , • •• ••• 3200 32' 0"-160 3' 33 "
OI' Villa do Cnvnhá .••.• .• 32~0 5' 15" -15° 35' 59"-100
til. S. Pedro d'EI-Rei ...... 32lO 32' 15"-16° lO' 4"- 9° 30 '
e· Barrn do Rio Cuyabá , .. 321° 20' 0"-170 19' 43" - 100
Alboquerqne •••••••••• 32()0 33 ' 15" - 19" O' 8"-10° :10'
Ba rr a do Taquary ••• t : 32 (,°50' 18" -10° 15' l G"
Coim bra N ovn 32Do 3 l' 45"- H)CI 55' 0"-10°39'
Ba rra do Cu xiim 32:l° 7' 18"- 18° 33' 5B"- Do
Fazenda de Cumnpuurn .. 324° A' 45 "-19 u 35 ' 14"- 9° 27 '
UI Cidade de S. Pa ulo... .. 33 1° 2:2' 30"-23° 32' 58"- 7 0 ir,'
De. LA-CERDA.
Pago L ins. E rros, E mendas.
5 20 51' ••• ••• • ••••• 57'
7 15 Lat. 58° 8' • • • • •L a t. A. 58' 8"
"
41 8 :to. •••..••. •. 8 t
29 17 L ong, 3 16° ..... Long. 3170
3 19 Long. 32° •• ••• .L ong. :3200
73 37 occasição•• •• •• occ sião
8 40 esquorsilas••••• •exquisitas
- - - -- - -- - - --
S . Paulo. - 1841. - Na 1'ypogn phia de C OSTA S u.n;ll14o