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# REFAZENDO SONHOS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ


ESTRATÉGIAS PARA A PREVENÇÃO Á VIOLENCIA SEXUAL CONTRA
CRIANÇAS E ADOLESCENTES

ANTONIO LIMA DOS SANTOS

RESUMO DO MODULO I, II, III, IV, V e VI

SIMÕES FILHO- BA
2018
25/08/2018

DIREITOS HUMANOS: CRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS NO BRASIL


(Graça Gadelha)

Falar de direitos humanos no Brasil é um desafio, pois a luta é ferrenha. Mesmo com
os avanços, ainda há grandes omissão para a promoção, defesa e sustentação do
direito das crianças e dos adolescentes.
No mesmo período, houve um avanço tanto no Brasil referente ao reconhecimento do
direito de cidadania, quanto no mundo sobre a proteção integral dos direitos da
criança. O início deste marco se dar ao inserir artigos que reconhece o direito de ser
criança, que serviu de bases para as normas das Nações Unidas sobre o Direito da
Criança/1989. Este resultado veio de mobilização social, de onde surgiu consenso
para aprovar as emendas – “Crianças e Adolescente” e Crianças-Prioridade Nacional”.
No dia 13 de julho de 1990 o Brasil aprovou o ECA pela Lei federal nº 8.069. São
fixados a responsabilidade quando ameaçar ou violar esses direitos assegurados. A
partir desta conquista fica a proposta e responsabilidade para o exercício de
buscarmos assegurar por intermédio de criar os Conselhos de Direitos, Conselhos
Tutelares e Conselhos da Juventude, que promova políticas de atenção a crianças,
adolescente e Jovens.
No Brasil e na América Latina o Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança
e do Adolescente) em 2011, acatou o Plano Decenal dos Direitos Humanos de
Crianças e Adolescentes que é uma representação prógona. Na emenda
Constitucional em 2010 de nº 65ª o jovem foi posto em prioridade. Logo após em 2013
foi aprovado no senado o projeto de lei do Estatuto da Juventude, onde indica o
SINAJUVE. A Carta Magna em 1988 é o referencial para admitir os direitos das
crianças, adolescente e jovens.
Na sociedade medieval europeia não existia a concepção de criança, até a idade dos
6 anos recebiam cuidados mais criteriosos, após eram tratadas como adultos em
miniaturas. Do século XVIII em diante a criança recebe o status de “criança”, e a norma
legal de proteção o alcançou no século XIX, no ano de 1919 há exigência do criar
meio legal para proteger a criança no espaço de trabalho. Em 1978 Ariés traz
aprofundamento sobre infância, que até a Era Moderna as crianças passavam a
frequentar o mundo adulto por volta dos sete anos de idade, referente ao adolescente
diz que até o século XVIII não se falava, pois era criança para fase adulta. No Brasil
a família passa ser a base da sociedade a Constituição de 1988 traz que tem especial
proteção, e é neste núcleo como até família contemporânea estrutura significados.
A juventude está na faixa de 15 a 29 anos, é uma etapa da vida marcada pela
autonomia e independência. A 1ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de
Juventude definiu as prioridades para as políticas nacionais

COMPREENDENDO O SISTEMA DE GARANTIA DE DIREITO (Graça Gadelha)

O sistema de Garantia de Direitos pode ser compreendido a partir de três conceitos


padrão: o direito à sobrevivência (vida, saúde e alimentação), o direito ao
desenvolvimento (educação, cultura, profissionalização e lazer) e o direito à
integridade (liberdade, respeito e dignidade). Assim o direito brasileiro busca
assegurar uma Proteção Integral, por intermédio da doutrina do cuidado o “tomar de
conta”, reconhecendo que são sujeito de direitos e que tem absoluta prioridade e que
são seres em condição peculiar de desenvolvimento, para que de fato essa
prerrogativa chegue nas mãos de quem é de direito o ECA estrutura o SGD (Sistema
de Garantia de Direito), sustentado na Proteção Integral, que é formado por princípios,
regras de ações tratando da proteção integral e proteção especial, sua finalidade é
promover a exigibilidade do direito, definido papeis e responsabilidades. É composto
de eixos e daí as instituições, atores, tarefas e atribuições orientam: Promoção
(orienta e organiza a atenção), Controle Social (estão presentes todos os conselhos,
inclusive o CMDCA), Defesa e Responsabilidades (atores escolhidos pelo social e
poder público, C. Tutelar, Juizado, Promotoria, as Policias).

CARTILHA EDUCATIVA CHEGA DE SILÊNCIO!

No Brasil é necessário para combater a violência sexual conhecer os diferentes


cenários, pois é multidimensional, e suas raízes estão aprofundadas na história
econômicas, culturais, sociais e psicológicas, é um produto construído da
desigualdade, materializada geralmente em quem se encontram em alguma
desvantagem. O conceito de negligência é a negação ou a falta de compromisso com
as responsabilidades familiar, comunitária, social e governamental, é falta de proteção
e de cuidado com a criança e do adolescente.
Existe vários tipos de violência, a física que são ações infligida a criança ou
adolescente, psicológica que é conduta de discriminação e de depreciação ou
desrespeito a criança ou adolescente, como bullying, alienação parental, e
testemunha; violência institucional é aquela praticada por instituição pública ou
conveniada, e no caso também de revitimização que é quando a vítima em
depoimento é levada a lembrar de forma dolorosa; a violência sexual é conduta que
constranja e induza a pratica ou presenciar o sexos, exposição do corpo em foto ou
vídeo, neste ponto se encontra o abuso sexual, exploração sexual, tráfico de pessoas;
pornografia infantil, que se diferencia entre: sexting, sextosión, cyberbullying,
grooming, sexcasting.
Segundo a lei nº 13.341/2017 a criança e adolescente é prioridade absoluta, e
devermos assegura proteção integral e as oportunidades e facilidades para viver sem
violência, preservando sua saúde física, mental e desenvolvimento moral, intelectual
e social.
Em cada município deve existir a rede de proteção, e a proposta de sua existência é
desenvolver ações conjuntas e compartilhadas, se aliançando ao social e as
instituições para promover a proteção e a defesa dos direitos da criança e
adolescentes, as instituições que integram o SGD e as redes de proteção são:
Conselho de Direito da Criança e do Adolescente com aliança com a delegacia;
Ministério Público junto com o Conselho Tutelar; Defensoria Pública junto com as
varas e Juizados. A responsabilidade de denúncia é de todos, pois a ameaça ou
violação dos direitos de crianças e adolescente é compromisso da sociedade, é nossa!

TAREFA DO MODULO I
Pensando na rede de serviços de S. Filho:
1). Qual a rede que temos?
R- O CMDCA, CREAS, CRAS, Conselho Tutelar, Vara da Infância e Juventude,
Educação, ONGs, Saúde, Ministério Público e Poder Judiciário.

2). Qual a rede que queremos ter?


R- Penso em uma Rede “Sociedade Brasileira Ativa” no combate destas mazelas
que estão envolvendo as nossas crianças, adolescentes e juventudes.

3). Como aproximar a rede que temos da rede que queremos?


R- Entrando neste exercício, tomando minha responsabilidade, buscando se colocar
de forma assertiva neste âmbito.

Desenvolvimento de Criança e Adolescentes: O trabalho Infantil como Fator de


Risco

Crianças e Adolescente estão em fase de desenvolvimento, em outras palavras estão


em rompimento do invólucro para descoberta do que está envolvido, este período
envolve diversas mudanças tanto físicas como neurológicas, precisamos refletir sobre
o direito de ser e viver plenamente este momento. E um momento único e particular,
onde vivem um crescimento e se posicionam com uma nova postura, eles sentem e
percebem de forma diferente dos adultos e entre eles mesmo.
A infância é o período que vai desde o nascimento até a adolescência, até os doze
anos, marcado pelo desenvolvimento físico, ganho de peso e altura, onde acontece
as mudanças para definição da personalidade. Durante o período infantil usa muito da
imaginação e das brincadeiras, pois é a sua forma de aprender com fantasia e
interpretação dos símbolos, neste momento tem necessidade da coletividade, e é
neste grupo que aprende, essa é a fase mágica.
A adolescência é a fase da transição da infância para juventude, é parte de um
processo de amadurecimento e aprendizado da vida. Está entre os doze anos aos os
dezoito anos, porem na questão psíquica este período pode prolongar-se concluindo
na autonomia e empoderamento. Neste período a muitas mudanças biológicas,
afetivas, psicológicas e sociais, o início é na puberdade, transformações corporais e
crescimento físico, como a maturação sexual. Neste período existe várias crises e
reflexões, e sua grande contribuição para a afirmação do si mesmo.
Na faixa dos 06 aos 09 anos é marcado pelo início da criança no processo do ensino
formal, onde as relações pessoais e sociais são ampliadas, esta fase é concretizada
pelo o interesse de pertencer ao grupo, a vida social passa ser importante e é comum
o que se chama de melhor amigo nesta fase, desenvolvi o discernimento para o certo
ou errado, consolida o pensamento logico apresentando o abstrato, também aumenta-
se a concentração, capacidade de compreensão e enfrentamento das situações
emocionais, apresenta os sentimentos, as percepções e adquire autonomia em
relação a família.
Dos 10 aos 12 anos é a transição da infância para a adolescência, aqui está o rito de
passagem para puberdade, crescimento corporal e amadurecimento dos órgãos
sexuais. Esse crescimento muda a autoimagem das crianças e adolescentes, os
conflitos são vivenciados com intensidade. A transgressão aos limites e rotinas
aparece nessa faixa etária, demandando uma intervenção dos educadores e
familiares, nesta idade eles gostam de aprender e se interessam por desafios.
Na idade dos 13 aos 15 anos é o início da adolescência, marcado por uma crise de
identidade e sentimentos de ambivalência, relacionado ao o corpo, valores e lugar na
sociedade, busca resposta para a pergunta “Quem sou eu? ” Está fase trás o luto do
corpo da criança, e sentimentos de ambivalência por ainda não ter um corpo de adulto,
é uma passagem dolorosa marcada por idas e vindas. Aqui existe também uma maior
autoconsciência e reorganização da personalidade, emoções contraditórias, e busca
de identificação por intermédios dos grupos, este período é marcado pela a conclusão
do ensino fundamental e a entrada do ensino médio. Esses momentos têm caráter
transitório e deve ser vivenciado de forma plena para que seja saudável e adequado.
Se tratando do trabalho infantil, ele é um fator de risco ao desenvolvimento das
crianças e dos adolescentes, é um evento negativo que pode aumentar probabilidade
de problemas físicos, sociais e emocional. Situações de trabalhos improprias a saúde
e ao desenvolvimento físico podem causar prejuízos à saúde.

A ESCOLA COMO O ESPAÇO MAIS PRÓXIMO DA REVELAÇÃO DA VIOLENCIA


E O CUIDADO DE CRIANÇA E DE ADOLESCENTE.

A escola é resultado de uma construção social, e está em um lugar estratégico por


causa da sua função de educar e transmitir valores, normas e regras de uma
sociedade. Educação escolar é parte de políticas públicas e integram as ações de
rede de proteção da criança e do adolescente. Por isso a Constituição diz: É dever da
família, da sociedade e do Estado assegurar a criança, ao adolescente e ao jovem,
com absoluta prioridade...
Segundo o brasileiro Paulo Sergio Pinheiro a violência é uma ameaça à sobrevivência,
ao bem-estar e as perspectivas futuras das crianças. A violência tem grave
consequência sobre o desenvolvimento da criança, sobre sua saúde e sobre a sua
capacidade de aprendizagem. Mesmo no lugar estratégico a escola está ainda longe
de cumprir esse papel de proteção, e de contribuir para a política de enfrentamento
do abuso e da exploração sexual. A escola pode ser um observatório para monitorar
o bem-estar da criança, como identificar situações problemáticas. Sendo o segundo
lugar social da criança já que o primeiro é o da sua família, e pode ser um ambiente
de importante referência para a criança, não apenas como o local de socialização,
porem como espaço onde possa encontrar apoio para revelar situações de conflitos e
violência.
A pessoa do professor está mais perto para estabelecer relação de confiança com a
criança, e ele tem a possibilidade para observar, cotidianamente, as mudanças
comportamentais que a criança ou adolescente venha a presentar. O papel que a
escol ocupa na rede de proteção está amparada no ECA (Brasil, 1990) art. 53, diz
toda criança e adolescente tem direito a educação em igualdade de condições para o
acesso, a permanência e a conclusão dos estudos na escola... Mesmo assim existe
dificuldade para escola lidar com este tema e os direitos da criança e do adolescente,
ela pode ser um recurso fundamental no reconhecimento precoce dos sinais de abuso
da criança, podendo ser o lugar mais próximo do que pode fugir ao olhar dos pais, por
isso professores e gestores necessitam de novas competências para reconhecer os
sinais de possíveis abusos, e atuar na proteção da criança.
Os profissionais da educação necessitam ser formados para identificar, e atender e
dar encaminhamento correto a situações de violência sexual contra crianças e
adolescentes. E a escola precisa cumprir a determinação legal do ECA, que é de
comunicar a família que a sua prioridade é garantir a proteção da criança, e que em
casos de abuso, adotará iniciativas legais, e notificar o conselho tutelar. Podemos criar
uma nova história nestas páginas, por intermédio de apoiar e oferecer novas
oportunidades, um presente mais equilibrado para as nossas crianças e adolescentes.

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