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TEORIA GERAL
- Integra o DireitoPúblico.
- Suas fontes normativas estão no próprio ordenamento jurídico estatal.
- Somente o Estado tem o poder de editar normas de direito processual.
b) Fontes formais:
São as que lhe conferem o caráter de direito positivo. São as fontes formais são aquelas que
estão positivadas no ordenamento jurídico. Dividem-se em:
-Fontes formais diretas: que abrangem a lei em sentido genérico (atos normativos e
administrativos editados pelo poder público) e o costume. Podem ser consideradas primárias (CLT,
CDC, Lei de Ação Civil Pública, etc.) ou subsidiárias (NCPC).
- Fontes formais indiretas: que são aquelas extraídas da doutrina e da jurisprudência.
- Fontes formais de explicitação: também chamadas de fontes integrativas do direito
processual, tais como a analogia, os princípios gerais de direito e a equidade. Na verdade não são
fontes em si, mas apenas servem para integrar quando não houver fontes diretas ou indiretas.
6. Princípio da proteçãoprocessual
Compensar a desigualdade existente na realidade socioeconômica entre empregado e
empregador, criando uma desigualdade jurídica em sentido amplo. Princípio da proteção se
subdivide em 3 subprincípios: prevalência da condição mais benéfica, in dubio pro operário e
interpretação da norma mais favorável ao trabalhador.
9. Princípio da indisponibilidade
Direitos dos trabalhadores previstos na CFsão indisponíveis
13. Dispositivo/demanda
O juiz deve ficar adstrito ao pedido da parte.
Exceção – princípio da ultrapetição: o juiz do trabalho pode decidir de forma diferente da
requerida. Ocorre quando a lei permite que, na concessão de um determinado direito, seja concedido
outro ao autor, por serem pedidos interligados.
15. Instrumentalidade
Se não houve prejuízo, não há que se falar em nulidade.
18. Celeridade
Decorre do caráter alimentar dos créditos trabalhistas.
19. Despersonificação do empregador
A reforma trabalhista disse que agora esse instituto deve obedecer aos mesmos requisitos do
NCPC. Essa questão, porém, é controvertida na doutrina.
Lacuna no NCPC
Art. 15, NCPC: “na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou
administrativos, as disposições deste código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente”.
O CPC tem aplicação subsidiária a CLT – hipótese de lacuna total, diferentemente das
situações em que há aplicação supletiva, vez que a lacuna é parcial.
Há 03 principais espécies de lacunas (Maria Helena Diniz):
- Normativa: há ausência de norma sobre determinados casos.
- Ontológica: existe a norma, mas ela sofre de um claro envelhecimento em relação aos
valores que permeavam os fatos sociais, políticos e econômicos que a inspiraram no passado, isto é, no
momento da sua vigência inicial. Noutro falar, a norma não mais corresponde aos atos sociais, em
virtude da sua incompatibilidade histórica com o desenvolvimento das relações sociais, econômicas
e políticas. Ex.: união estável entre pessoas do mesmo sexo.
- Axiológica: ausência de norma justa, isto é, existe um preceito normativo, mas se for
aplicado, a solução do caso será manifestamente injusta.
EficáciadasNormasdeDireitoProcessualdoTrabalho
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# Comissão de Conciliação Prévia: foram propostas várias ADIN’s contra o artigo 625-D da
CLT, mas o STF não o declarou inconstitucional, interpretando-o conforme a Constituição e, assim, a
passagem pela CCP é facultativa, podendo o trabalhador ir direto ao Judiciário, ainda que tenha a CCP
na empresa ou no sindicato da categoria.
o Relações de trabalho:
o Acidente do trabalho:
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o Greve:
o Representação sindical:
Pode ser decidida meritoriamente pela JT, produzindo coisa julgada material e sendo objeto de
ação rescisória.
# Lembrar que compete a JT julgar os conflitos inter e intrasindicais celetistas. Se a discussão
envolver representatividade sindical de servidores públicos estatutários tratando-se de relação
institucional e não de trabalho, deve ser julgada pela JC.
- Mandado de segurança:
Os juízes das Varas do Trabalho são competentes para processar e julgar MS e HD. Obs. 1:
lembrar que a JT não tem competência para julgar a processar MS impetrado por servidor
público estatutário.
o Conflito de competência:
Ocorre quando dois órgãos se proclamam competentes (conflito positivo) ou
incompetentes (conflito negativo) para processar e julgar determinado processo.
Podem ocorrer entre:
- Juízes do trabalho e juízes de direito investidos na jurisdição da JT.
- Tribunais Regionais doTrabalho.
- Juízos e Tribunais do Trabalho e órgãos da Justiça Ordinária.
De acordo com a Súmula 420, TST, não se configura conflito de competência entre Tribunal
Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada.
São legitimados para suscitar: os próprios juízes e tribunais, o MPT ou as partes interessadas,
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desde que se trata de competência absoluta. A incompetência relativa só pode ser arguida pela parte.
A parte que ofereceu exceção de incompetência ou ao contestar arguiu preliminar de
incompetência absoluta do juízo não pode suscitar conflito de competência – preclusão lógica.
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o Dano moral oupatrimonial: Justiça Comum.
Competência territorial
o Exceção de incompetência:
A incompetência relativa deve ser suscitada em exceção de incompetência. A
incompetência absoluta pode ser alegada em preliminar de contestação ou em qualquer peça no curso
do processo.
A exceção de incompetência suspende o processo principal.
A não oposição de exceção de incompetência na primeira manifestação do reclamado
prorroga a competência do juízo.
A decisão proferida pelo magistrado é uma decisão interlocutória, a qual é irrecorrível de
imediato. Tal decisão só poderá ser recorrida no recurso ordinário, devendo fazer um protesto nos
autos para que a matéria não preclua.
Obs.: Caso acolhida a exceção e os autos sejam remetidos para outro tribunal regional, ou
seja, em outra região (outro estado), será possível interpor por recurso ordinário. Essa é a única
hipótese em que uma decisão interlocutória será recorrível por recurso ordinário.
Concluindo: o réu deve apresentar exceção de incompetência relativa 5 dias após ser
citado da RT. São contados dias úteis, não inclui o primeiro e inclui o último.
Ação Trabalhista
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Processo e Procedimento
SUMARÍSSIMO SÚMARIO
Causa até 40 salários-mínimos. Causas até 2 salários-mínimos.
Não podem ser partes as pessoas jurídicas É permitido que as pessoas jurídicas de
de direito público. direito público sejam partes.
2 testemunhas. 3 testemunhas.
A testemunha comparece espontaneamente,
mas, caso ela não compareça, o juiz determinará A testemunha comparece
a intimação somente se comprovar que houve o espontaneamente, mas, caso ela não
convite. compareça, o juiz mandará intimá-las.
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o Procedimento especial
Ex.: inquérito judicial para falta grave e procedimento de jurisdição voluntária (exige
advogado e não pode ser o mesmo para as partes).
Prazos processuais
2- Quanto à natureza:
CONTAGEM DO PRAZO:
São contados em dias úteis, excluindo o dia do começo e contando o dia do vencimento (art.
775, CLT).
Há uma distinção entre o inicio do prazo e o inicio da contagem do prazo. O início do prazo é a
partir da publicação da decisão e o inicio da contagem do prazo é no dia seguinte ao da publicação.
Se a sentença for proferida na própria audiência, conta o prazo 48 horas depois da juntada da
ata da audiência no processo.
Quando a intimação for pelo correio no sábado, o inicio do prazo vai ser na segunda e na terça
vai começar a contagem do prazo.
Resposta do Réu
o Ônus da prova
o Meios de prova
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Para que a parte seja considerada como confessa, porém, é necessário constar
expressamente na ata que ela foi intimada para a audiência e que ela deveria depor sob a pena de
confissão.
A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão
ficta, não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores.
2) Testemunhal
Quem não pode ser testemunha?
CLT, Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo
íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e
seu depoimento valerá como simples informação.
3) Documental:
No processo do trabalho, a prova documental pode ser relativizada em face da prova material
produzida, visto o princípio do direito material da primazia da realidade e busca da verdade real.
Assim, a prova testemunhal pode formar a convicção do magistrado contrária à prova documental,
o que é muito diferente do processo civil.
O art. 830 da CLT prevê que: “o documento em cópia oferecido para prova poderá ser
declarado autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal”.
No Mandado de Segurança, a prova deve ser documental e pré- constituída. Se o advogado
não juntar os documentos em cópia e autenticados, o juiz indeferirá a petição inicial. Em se
tratando de mandado de segurança, é inaplicável o artigo 321 do CPC (emenda da inicial diante de
irregularidade) quando verificada a ausência do documento indispensável ou de sua autenticação.
4) Pericial:
Existem casos em que a prova pericial é obrigatória, a exemplo do art. 195, CLT:
Quem deve pagar a perícia e o assistente técnico? A perícia será paga por quem for
sucumbente no pedido da perícia. Assim, o pagamento não é antecipado.
O juiz não está adstrito ao laudo, mas ele terá que ser
fundamentação bem razoável para poder afastar o laudo do perito.
5) Inspeção judicial:
Tem sido bastante utilizada, principalmente no caso das horas in itinere. O juiz pode de
ofício realizar essa inspeção? Sim.
e) Princípio da fungibilidade:
Em caso de manifesta dúvida quanto ao cabimento do recurso, havendo a possibilidade
aparente de interposição de dois recursos, o julgador poderá receber o recurso interposto
erroneamente como aquele que deveria ter sido interposto.
No processo do trabalho, não há possibilidade de mais de um recurso para a mesma
decisão, motivo pelo qual não há aplicação da fungibilidade no processo do trabalho.
No entanto, a súmula 421, II, do TST, dispõe que se a parte opor embargos de declaração
de decisão monocrática, pedindo efeito modificativo, sem haver um dos 4 vícios, o relator converterá
os embargos em agravo interno (ou regimental, se houver previsão no regimento interno), em face
dos princípios da fungibilidade e celeridade processual, submetendo-o ao pronunciamento do
Colegiado, intimando-se o recorrente para, em 5 dias, complementar as razões recursais, ajustando- as
ao art. 1021, parágrafo 1º, do CPC.
f) Princípio da voluntariedade:
O recurso é ato voluntário das partes.
E a remessa necessária (ou recurso ordinário ex officio previsto no Decreto-Lei nº 779/69)?
Quando o juiz julga uma causa total ou parcialmente procedente contra pessoa jurídica de
direito público, é necessário que ele remeta os autos ao Tribunal para que a decisão seja mantida ou
reformada, não estando sujeita ao contraditório, não cabendo recurso adesivo. É por isso que o Nelson
Nery defende que a remessa necessária é uma condição de eficácia da decisão.
Se o juiz não remeter de ofício os autos para o Tribunal, o Presidente do Tribunal pode
avocar a remessa dos autos para que ele julgue.
g) Princípio da proibição da reformatio in pejus:
Se a parte recorre da sentença sobre o capítulo que foi prejudicado, o acórdão não poderá
reforma-la para prejudicar a parte, salvo em caso de recurso pela outra parte que devolva a matéria para
o Tribunal ou em caso de matéria de ordem pública reconhecível de ofício.
Nas questões processuais não precisa respeitar esse princípio, só nas questões relacionas ao
mérito.
O art. 1013, parágrafo 2º c/c art. 485, parágrafo 3º, ambos do CPC, versa sobre o caso de a parte
ser manifestamente ilegítima, mas o juiz analisar o mérito e julgar procedente os pedidos, o
Tribunal poderá conhecer o recurso da parte ilegítima que recorrer do capítulo que reconheceu a
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sua ilegitimidade, e, se entender que a parte é de fato ilegítima, poderá anular a sentença, pois o
juiz a quo deveria ter extinguindo todo o feito sem resolução de mérito. Isso o professor entende
que é a aplicação do efeito translativo, que é quando as matérias de ordem pública são automaticamente
transferidas para o juízo ad quem, sem previsão no recurso da parte. O efeito translativo não colide com
o princípio da proibição da reformatio in pejus.
h) Princípio da taxatividade:
Os recursos tem que estar previstos em lei ou, excepcionalmente, nos regimentos internos
dos tribunais, e, portanto, quando se fala em recurso, a interpretação é sempre restritiva. Mesmo
assim, há quem sustente que os recursos previstos nos regimentos internos são inconstitucionais,
visto que eles teriam que restringir a tratar de procedimento e recurso é matéria processual.
o Efeitos
1) Devolutivo: o art. 899 prevê que os recursos interpostos terão efeitos apenas
devolutivos, possibilitando a execução provisória até a penhora.
O TST segue a doutrina que divide o efeito devolutivo em “extensão e profundidade”,
conforme dispõe a sumula 393:
- Em extensão (art. 899, CLT; e 1013, CPC).
- Em profundidade (art. 1013, parágrafo 1º, CPC): só vai haver transferência das
questões ao juízo ad quem relativamente ao capítulo impugnado.
As questões de ordem pública conhecidas de oficio são automaticamente transferidas ao
tribunal pelo efeito translativo.
4) Translativo (arts. 1013, parágrafos 1º e 2 c/c 485, parágrafo 3º): transfere ao tribunal a
apreciação dos fundamentos da inicial ou da defesa não examinados pela sentença ainda que não
renovados em contrarrazões, desde que relativos ao capitulo impugnado. Isso ocorrerá quando se
tratar de matéria de ordem pública cognoscível de ofício.
5) Substitutivo (art. 1008, CPC): só ocorrerá quando houver reforma da decisão. Quando
houver anulação não, visto que deverá ser proferida
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nova sentença. E quando o tribunal extingue de ofício o processo por força do efeito translativo? Esse
acórdão substituirá a sentença.
6) Extensivo (art. 1005, CPC): o recurso interposto por um dos litisconsortes a todos
aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.
7) Regressivo (art. 332, CPC): o próprio juiz que proferiu a decisão pode revê-la. É o juízo
de retratação.
8) Expansivo (art. 1013, parágrafo 3º, CPC): aplica-se quando o Tribunal anular a
sentença, mas resolver o mérito quando o processo estiver em condições de imediato julgamento.
9) Modificativo (art. 897-A, parágrafo 2º, CLT; TST, súmula 421): todos os recursos tem.
O efeito modificativo existe no caso do juízo ad quem reformar a sentença. No caso de embargos de
declaração, será feito pelo próprio órgão julgador que proferiu a decisão impugnada.
10) Interruptivo (CLT, 897-A, parágrafo 3º): é inerente apenas aos embargos de declaração,
de interromper o curso dos prazos dos demais prazos recursais. Só não haverá o efeito interruptivo,
quando os ED’s não foremconhecidos nas hipóteses do art. 497-A, parágrafo 3º, da CLT.
o Pressupostos recursais
Assim como as ações possuem condições e o os processos possuem pressupostos processuais
para que o juiz possa analisar o mérito, os recursos também possuem pressupostos de
admissibilidade para que sejam conhecidos (juízo de admissibilidade) e providos ou não providos
(juízo de mérito).
o Embargos de declaração
Os embargos de declaração têm por objetivo tornar a decisão mais clara, expungindo dela
qualquer tipo de omissão, se prestando também, em situações excepcionais, alterar o conteúdo do
julgado.
A CLT, no art. 897-A, prevê que cabe embargos de sentença ou acórdão. No entanto, o
CPC, no art. 1022, prevê que cabe embargos de qualquer decisão judicial. Assim, visto que o próprio
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juiz que analisa os embargos, não havendo incidência do duplo grau de jurisdicional, o princípio
da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias não obsta a oposição de embargos de
declaração, aplicando-se, assim, supletivamente o CPC.
A obscuridade não acarreta modificação da decisão, pois ela só será aclarada. O efeito
modificativo só ocorrerá em hipóteses de omissão, obscuridade e equívoco na apreciação dos
pressupostos objetivos de admissibilidade recursal (preparo, tempestividade, etc.).
Os embargos de declaração hoje constituem um instrumento poderoso nas mãos do
advogado, pois permite que seja exigido do juiz que ele se posicione sobre toda a fundamentação
necessária prevista no parágrafo 1º, do art. 489 do CPC, conforme previsão do parágrafo único, inciso
II, do art. 1022 do CPC, nos seguintes termos:
Prazo de 5dias.
o Recurso ordinário
É equivalente a apelação no processo civil.
Cabe também em algumas decisões interlocutórias. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art.
893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de
decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial
do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo
Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para
Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art.
799, § 2º, da CLT.
Tanto a decisão que admite exceção de incompetência e remete para outro tribunal, quanto
para quando admite a incompetência em relação a matéria.
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