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ESTÁGIO CURRICULAR

GRUPO Nº 3

ELEMENTOS DO GRUPO:
Aurea de Oliveira
Carlos da Silva
Delcia Cauxeiro
Ernesta Mununga
Evanilde Ferreira
Geraldo Rangel
Jéssica Kizua
João Nestor
Jurema dos Santos
Mário Queiroz
Exmo. Senhor
Juiz de Direito do Tribunal
Da Comarca do Kwanza Norte

PROCESSO Nº 1043/14-B

RÉPLICA

Manuel Sebastião António, autor nos autos acima cotados, vem mui respeitosamente
apresentar a réplica nos termos e com os seguintes fundamentos:

Dos Factos:

No dia 2 de Março de 2003, o autor e o réu celebraram um contrato de arrendamento de


um prédio urbano sito na Rua 4 de Abril, em N’Dalatando, para fins habitacionais, por
um período de 2 anos, com um valor mensal de 625.000,00 (seiscentos e vinte e cinco
mil kwanzas). O contrato foi celebrado por escritura pública e registado.

Não corresponde à verdade o que consta no articulado 2º da referida contestação e o


autor possui prova documental (o contrato de arrendamento) conforme está supracitado
na petição inicial.

As benfeitorias foram todas realizadas mediante aviso prévio e aprovadas pelo réu
conforme está supracitado no articulado 6º da petição inicial. E conforme constam nas
provas documentais (cartas, e-mails, facturas e recibos trocados entre as partes).

As benfeitorias efectuadas pelo autor foram sim voluptuárias, tendo um custo de


15.000.000,00 (quinze milhões de kwanzas), mas estas foram benfeitorias necessárias e
úteis (citadas no articulado 4º da contestação), as benfeitorias citadas no articulado 5º da
referida contestação correspondem à verdade e à necessidade de lazer do arrendatário,
porém a benfeitoria de maior custo foi a instalação das câmaras de vigilância e
colocação de cerca eléctrica, estas por sua vez foram instaladas devido a falta de
segurança na localidade onde está situado o prédio urbano.

Na cláusula 10ª do referido contrato, foi dito que cada uma das partes pode ter a
iniciativa de efectuar as obras de benfeitorias necessárias e úteis, ao imóvel, mediante
previa comunicação à outra parte. De acordo ao disposto podemos ver que o autor
cumpriu com o previsto no contrato e deseja que o réu faça o mesmo. O articulado 6º da
contestação não corresponde à verdade.

Apesar do que foi estabelecido no contrato, o autor continuou a pagar a renda mensal,
durante o período referido na petição inicial, apesar de não ter de o fazer, no sentido de
chamar à razão o réu, tendo o feito até à data, o que não veio a acontecer.

Do Direito:

O contrato de arrendamento foi celebrado ao abrigo dos artigos 1022º e ss do Código


Civil, em sintonia com o princípio da liberdade contratual, tendo sido efectuado por
escritura pública e registo, conforme a alínea a) do nº 1 do artigo 1029º do Código Civil
e o artigo 9º da Lei nº 25/15 de 23 de Outubro;

Foi sob a autonomia das suas vontades que ambos acordaram deduzir os custos das
benfeitorias e a forma de aceitação. Apesar de o princípio geral consagrado quanto à
forma das declarações negociais ser a liberdade da forma (artigo 219º do Código Civil),
o autor e o réu, para as comunicações entre si, optaram pela forma escrita.

O autor arroga-se novamente nos termos do artigo 1273º do Código Civil, a que o réu o
ressarça dos custos com as benfeitorias necessárias e úteis.
Do Pedido:

Nesta conformidade, o autor pede novamente a V. Ex.ª que julgue esta acção
procedente e provada e que condene o réu a pagar ao autor a título de benfeitorias ou
com fundamento instituído do enriquecimento sem causa, a quantia de 15.000.000,00
(quinze milhões de kwanzas), sendo o referido crédito garantido por direito de retenção
tendo por objecto o imóvel arrendado.

O Advogado

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