Você está na página 1de 11

América do Sul

A América do Sul é um subcontinente que compreende a porção meridional da


América. Sua extensão é de 17.819.100 km², abrangendo 12% da superfície terrestre e
6% da população mundial. Une-se à América Central, ao norte, pelo istmo do Panamá e
separa-se da Antártica pelo estreito de Drake. Tem uma extensão de 7.500 km desde o
mar do Caribe até o cabo Horn, ponto extremo sul do continente. Os outros pontos
extremos da América do Sul são: ao norte a Punta Gallinas, na Colômbia, ao leste a
Ponta do Seixas, no Brasil, e a oeste a Punta Pariñas, no Peru. Seus limites naturais são:
ao norte com o mar do Caribe; a leste, nordeste e sudeste com o oceano Atlântico; e a
oeste com o oceano Pacífico.[2]

No século XIX, o continente recebeu cerca de 15 milhões de imigrantes provenientes da


Europa,[3] e sofreu influências culturais e ideológicas tanto dos Estados Unidos quanto
da Europa. A rápida urbanização superou a oferta de emprego e moradia.

Como esforço para estimular o comércio, a produção e a integração sul-americana como


um todo, firmaram-se acordos e organizações econômicos como o Pacto do ABC em
1915, a Comunidade Andina de Nações (CAN) em 1969, a Associação Latino-
Americana de Livre Comércio (ALALC) em 1960, que foi substituída pela Associação
Latino-Americana de Desenvolvimento e Intercâmbio (ALADI) em 1981,[4][5] o
Mercado Comum do Sul (Mercosul) em 1995.[6] E em 23 de maio de 2008, foi assinado
o Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) na cidade de
Brasília, onde foi estruturada e oficializada a União estabelecendo oficialmente a
integração econômica entre os Estados soberanos do subcontinente em meio à III
Cúpula de Chefas e Chefes de Estado e de Governo da América do Sul.

A América do Sul possui vastos recursos naturais e graves problemas econômicos e


sociais.[7] Em razão do alto endividamento externo e interno, vários países sul-
americanos aplicam as políticas do Fundo Monetário Internacional (FMI), que
comprimem as contas públicas mas não eliminam as crises.

A indústria está concentrada no beneficiamento de produtos agrícolas e na produção de


bens de consumo, com destaque para a indústria automobilística. No Brasil e na
Argentina encontra-se mais diversificada, abrangendo setores como extração, refino de
petróleo e siderurgia. O Brasil é responsável por cerca de três quintos da produção
industrial sul-americana. A mineração inclui a extração de petróleo (com destaque para
a Venezuela), cobre, estanho, manganês, ferro e outros. A agricultura é intensiva nas
áreas tropicais, onde há culturas voltadas para a exportação (café, cacau, banana, cana-
de-açúcar, cereais). A pecuária é praticada em larga escala no sul e no centro

Civilizações pré-colombianas

Os chibchas ou muiscas foram uma das principais civilizações indígenas pré-incaicas,


concentrados na atual Colômbia. Junto com os quíchua nos Andes e os aimarás no
Altiplano,[11] formavam os três grupos sedentários mais importantes do subcontinente. A
cultura chavín, no atual Peru, estabeleceu uma rede comercial e agricultura
desenvolvida a partir de 900 a.C..[12] Além destes e antes dos incas, houve outras
civilizações (povos organizados em cidades, não em tribos e aldeias) sul-americanas e
também outros povos que não chegaram a ser civilizações.

Originalmente, os incas eram um clã específico entre o povo quíchua (ou quéchua), que
habitava os Andes. Embora sem conhecerem a escrita nem a roda, os incas e os povos
subjugados construíram um Estado altamente avançado. Em 1530, o Império Inca
estava em seu auge, com o imperador Huayna Capac. Este, no entanto, ao morrer
deixou como herança um império partilhado entre seus filhos, o que ocasionou uma
guerra civil entre os dois irmãos. Foi nesse contexto que os conquistadores espanhóis
chegaram

Geografia

A América do Sul ocupa uma área de 17.819.100 km², localiza-se a 60º00'00" de


longitude oeste do Meridiano de Greenwich e a 20º00'00" de latitude sul da Linha do
Equador e com fusos horários -6, -5, -4, -3 e -2 horas em relação a hora mundial GMT.
Quatro quintos do continente ficam abaixo da Linha do Equador. No planeta Terra, o
continente faz parte do continente pan-americano. É banhado pelo mar do Caribe,
oceano Atlântico e oceano Pacífico. O continente é cortado por dois círculos
imaginários: A linha do Equador que passa pelo país homônimo, Peru, Colômbia e
Brasil e o Trópico de Capricórnio, que corta Chile, Argentina, Paraguai e Brasil.

No continente, existem tipos bem diversos de ambiente. A oeste fica a extensa cadeia
montanhosa dos Andes, que atinge até 6.700m de altitude em alguns pontos. O norte é
quase completamente tomado pela densa e úmida Floresta Amazônica. Na região central
do continente predomina áreas alagadas que incluem o Pantanal brasileiro e Chaco
boliviano. Mais para o sul há planícies e cerrados. Na costa leste, a floresta costeira
original cedeu lugar à ocupação industrial e agrícola.

[editar] Geologia e relevo

Imagem de satélite da América do Sul[34][35] Primitivamente ligada à África, com a


qual compunha o continente da Gonduana, a América do Sul era representada,
basicamente, por três massas cristalinas: o escudo Brasileiro, o escudo Guiano e o
escudo Patagônico. Os escudos Brasileiro e Guiano apresentam traços de dobramentos
antigos, pré-cambrianos e pré-devonianos, o mesmo se verificando no Cretáceo com o
escudo Patagônico. No Cretáceo, quando parece ter-se iniciado o desligamento do bloco
africano do brasileiro, dobraram-se as camadas sedimentares acumuladas, dando origem
à cordilheira dos Andes, já no Terciário. Uma vez formada, ocorreu quase
simultaneamente a regressão dos mares que cobriam as partes mais baixas dos escudos
ou entre estes e os Andes.
Com relação à bacia Amazônica, o levantamento do bloco andino barrou o escoamento
das águas para oeste e, com o aumento da sedimentação, a bacia adquiriu um aspecto
lagunar. A evolução da sedimentação da bacia do Orinoco não teve seqüência muito
diferente da bacia Amazônica.

A Cordilheira dos Andes na fronteira do Chile com a Argentina.Quanto à planície do


Pampa, pois, ao que parece, a sedimentação, até o final do Mesozóico, ocorreu em
ambiente marinho ou em conjunto de grandes lagunas. Mas no Terciário, com a
formação dos Andes, o braço de mar que separava o escudo Patagônico do Brasileiro
regrediu. De outro lado, no Mesozóico e Paleozóico, os sedimentos provieram das áreas
cristalinas das áreas soerguidas do norte (planalto Brasileiro) ou do sul (escudo
Patagônico), enquanto no Terciário a planície começou também a receber os sedimentos
dos Andes. O relevo dessa área possui características próprias. A planície Amazônica é
um imenso funil que desce suavemente em direção ao Atlântico a partir dos sopés
andinos. Na planície Amazônica, encontra-se a maior rede hidrográfica do mundo, com
uma área de cerca de 7.000.000 km².

Ao norte da planície Amazônica, estendendo-se por quase 500.000 km², surge a bacia
do Orinoco. A planície do Orinoco é continuada para o sul através de lhanos do Beni, de
Mojos, Guarayos e de Chiquitos. Ao sul da Bolívia, inicia-se o Chaco. Ao sul do Chaco,
estendem-se os pampas, onde formaram bacias sem escoamento para o mar. A noroeste
da província de Buenos Aires, erguem-se as serras pampianas. A serra de Famatina
(cerca de 6.000 metros) é a mais alta desse conjunto, onde também se destacam outras
serras.

O Salar de Talar no Deserto do Atacama, próximo a San Pedro de Atacama.Diferente é


o aspecto morfológico geral da região situada a leste das referidas planícies, formando a
segunda importante faixa de relevo da América do Sul. Trata-se do planalto Brasileiro e
seu prolongamento para o norte, o planalto das Guianas. Este último, estende-se pela
fronteira brasileira com as Guianas e com a Venezuela. A escarpa do planalto, do lado
sul, desce abruptamente. Para o norte, em direção à planície do Orinoco, suas vertentes
são mais suaves. Depois da interrupção produzida pela planície a área planaltina
prossegue para o sul, constituindo-se no planalto Brasileiro, com cerca de 5.000.000
km².
Interrompidas mais o sul pelos depósitos pampianos, as formas planaltinas reaparecem
ao sul do rio Colorado (Argentina), constituindo o planalto da Patagônia. Apesar do
domínio das formações continentais, há sinais de transgressão marinha na costa. A
superfície atual parece corresponder a um peneplano, cuja formação data do fim do
Plioceno. Movimentos posteriores de soerguimento aprofundaram os vales na massa
sedimentar. Os vales patagônicos, que em regra se caracterizam por uma topografia
semi-desértica, possuem perfis longitudinais com forte inclinação, largos talvegues
cercados por altas vertentes. Como os soerguimentos pós-pliocênicos não se fizeram
uniformemente, restaram áreas deprimidas.

Parque Nacional Torres del Paine no Chile.O oeste da América do Sul é ocupado pela
terceira grande faixa morfo-estrutural e que constitui a extensa cordilheira dos Andes. A
par dessas três áreas morfo-estruturais, observa-se um grande contraste morfológico
entre o litoral do Atlântico (16 mil quilômetros de extensão) e o do Pacífico (nove mil
quilômetros). O litoral atlântico é, em geral, baixo, de fraco declive, arenoso ou
constituído de depósitos fluviais e ostenta uma larga plataforma continental. Os rios
desempenharam papel importante na configuração do litoral, de grande parte das ilhas
da foz do Amazonas e do delta do Paraná. Mas tiveram importância também a erosão
marinha e os movimentos epirogênicos.

As grandes altitudes das costas do Pacífico se opõem imensas profundidades


submarinas, quase não existindo plataforma continental. A única área mais acidentada é
a situada ao sul, onde aparecem ilhas e arquipélagos, como o de Chonos, Madre de
Díos, Reina Adelaide, além da ilha da Terra do Fogo, separada do continente pelo
estreito de Magalhães.

[editar] Solos

Milhares de quilômetros quadrados de solo escuro, de origem eólica e aluvial, ocorrem


nos pampas da Argentina e Uruguai, onde se encontram algumas das melhores terras do
mundo. Pequenas áreas de bons solos aparecem também nos vales andinos e da costa
ocidental, especialmente no vale longitudinal do Chile, na planície equatoriana de
Guayas, e no vale colombiano do Cauca. Excelentes também são as terras roxas da
bacia do Paraná no Brasil, originadas da desagregação dos afloramentos basálticos e
atualmente propícias à cultura cafeeira, somente encontrando rival nos solos vulcânicos
dos Andes colombianos.

As terras da bacia Amazônica em geral são pobres; existem solos férteis em pequenas
áreas de terras aluviais, porém sujeitas a inundações. A infertilidade e a elevada acidez
fazem com que a maior parte das terras da planície tropical sejam ruins para a
agricultura.

[editar] Clima

[36] A distribuição das temperaturas médias na região apresenta uma regularidade


constante a partir dos 30º de latitude sul, quando as isotermas tendem, cada vez mais, a
se confundir com os graus de latitude.

Nas latitudes temperadas, os invernos são mais amenos e os verões mais quentes do que
na América do Norte. Pelo fato de sua parte mais extensa do continente localizar-se na
zona equatorial, a região possui mais áreas de planícies tropicais do que qualquer outro
continente.

Mapa climático da América do Sul de acordo com a classificação climática de Köppen-


Geiger.As temperaturas médias anuais na bacia Amazônica oscilam em torno de 27 °C,
com pequenas variações estacionais. Entre o lago de Maracaibo e a foz do Orinoco,
predomina um clima tropical do tipo senegalês, que engloba também partes do território
brasileiro.

O centro-leste do planalto Brasileiro possui clima tropical úmido e quente. As partes


norte e leste do pampa argentino possuem clima temperado oceânico, enquanto as faixas
oeste e leste tem clima temperado. Nos pontos mais elevados da região andina, os
climas são mais frios do tipo norueguês. Nos planaltos andinos, predomina o clima
quente, embora amenizado pela altitude, enquanto na faixa costeira, registra-se um
clima equatorial do tipo guineano. Deste ponto até o norte do litoral chileno aparecem,
sucessivamente, climas mediterrâneo oceânico, temperado do tipo bretão e, já na Terra
do Fogo, clima frio do tipo siberiano.

A distribuição das chuvas relaciona-se com o regime dos ventos e das massas de ar. Na
maior parte da região tropical a leste dos Andes, os ventos que sopram do nordeste, leste
e sudeste carregam umidade do Atlântico, provocando abundante precipitação
pluviométrica. Nos lhanos do Orinoco e no planalto das Guianas, as precipitações vão
de moderadas a elevadas. O litoral colombiano do Pacífico e o norte do Equador são
regiões bastante chuvosas. O deserto de Atacama, ao longo desse trecho da costa, é uma
das regiões mais secas do mundo. Os trechos central e meridional do Chile são sujeitos
a ciclones, e a maior parte da Patagônia argentina é desértica. Nos pampas da Argentina,
Uruguai e Sul do Brasil a pluviosidade é moderada, com chuvas bem distribuídas
durante o ano. As condições moderadamente secas do Chaco opõem-se a intensa
pluviosidade da região oriental do Paraguai. Na costa do semiárido Nordeste brasileiro
as chuvas estão ligadas a um regime de monções.

Fatores importantes na determinação dos climas são as correntes marítimas, como as de


corrente de Humboldt e das Malvinas. A corrente equatorial do Atlântico Sul esbarra no
litoral do Nordeste e aí divide-se em duas outras: a corrente do Brasil e uma corrente
costeira que flui para o noroeste rumo às Antilhas.

[editar] Hidrografia

As Cataratas do Iguaçu, no Parque Nacional do Iguaçu.Os mais importantes sistemas


hidrográficos da América do Sul — o do Amazonas (o mais vasto), do Orinoco e do
Paraná-rio da Prata — têm a maior parte de suas bacias de drenagem na planície. Os três
sistemas, em conjunto, drenam uma área de cerca de 9.583.000 km².[37]

A maior parte dos lagos da América do Sul localiza-se nos Andes ou ao longo de seu
sopé. Entre os lagos andinos, destacam-se o Titicaca e o Poopó. A mais importante
formação lacustre do norte é o lago de Maracaibo, na Venezuela, e na costa oriental
salienta-se a lagoa dos Patos, no Brasil.

[editar] Vegetação

[38]

A Floresta Amazônica, a mais rica e biodiversa floresta tropical do mundo.A cobertura


vegetal é complexa, especialmente nos planaltos e nas áreas em que ocorrem diferenças
de precipitação pluviométrica. As florestas tropicais úmidas são bastante extensas,
cobrindo a bacia Amazônica.

Uma zona semicircular de florestas temperadas de araucária reveste parte do planalto


Meridional Brasileiro, enquanto a floresta fria estende-se sobre os Andes centro-
meridionais chilenos, e florestas tropicais descontínuas compreendem a região do
Chaco.
Existem vastas áreas de campos e savanas. No Nordeste brasileiro, sob um clima
semiárido, aparece a caatinga e, correspondendo ao clima tropical, estendem-se os
cerrados do Brasil central. Os páramos, vegetação estépica de altitude, cobrem amplas
porções dos planaltos interandinos do Equador e do Peru setentrional, enquanto os
pampas apresentam a mesma vegetação. E a vegetação desértica das punas, predomina
em larga faixa do litoral do Pacífico, no Peru centro-meridional, norte do Chile e
nordeste da Argentina.

[editar] Fauna

[39]

Lhama, animal típico dos andes.Os animais nativos da América do Sul pertencem, em
sua maioria, ao chamado domínio neotrópico da zoogeografia. A fauna das florestas
tropicais carateriza-se pela abundância de macacos, antas, roedores e répteis. Os mais
característicos membros da fauna amazônica são o peixe-boi, mamífero aquático e
vegetariano, e a piranha.

A região dos Andes, as estepes frias e desertos da Patagônia possuem uma fauna
peculiaríssima, como os quatro membros do ramo americano de camelídeos: guanaco,
lhama, alpaca e vicunha.

A pradarias situadas no sul do Amazonas possuem uma fauna caracteristicamente


transicional. Nessa área ocorrem espécies tropicais, ao mesmo tempo que animais das
regiões mais frias.

[editar] Demografia

Ver artigo principal: Demografia da América do Sul

[editar] Grupos étnicos

Meninas brasileiras descendentes de africanos.Para a formação étnica da população sul-


americana predominaram três etnias: índios, brancos e negros. Em muitos países
predominam os mestiços de espanhóis com indígenas, como é o caso da Colômbia,
Equador, Paraguai e Venezuela. Em apenas dois países os povos indígenas são maioria:
no Peru e na Bolívia. Grandes populações de ascendência africana são encontradas no
Brasil, na Colômbia e na Venezuela.

Os países de forte ascendência europeia são a Argentina, o Uruguai, o Chile, e o Brasil.


[40][41][42][43] Os dois primeiros países tem sua população derivada de imigrantes
espanhóis e italianos e, no caso do Sul e sudeste meridional do Brasil (principalmente
São Paulo), derivada de imigrantes portugueses, italianos, alemães e espanhóis.[3]

O Chile recebeu uma grande onda de imigrantes europeus, principalmente no norte, sul
e costa. Ao longo do século XVIII e início do século XX. Os imigrantes europeus que
chegaram no Chile são maioritariamente espanhóis, alemães, ingleses (incluindo o
escocês e irlandês), italianos, franceses, austríacos, holandeses, suíços, escandinavos,
portugueses, gregos e croatas.

O maior grupo étnico que compõe a população chilena veio da Espanha e do País
Basco, ao sul da França. As estimativas de descendentes de bascos no Chile variam de
10% (1.600.000) até 27% (4.500.000).[44][45] [46] [47] [48] 1848 foi um ano de
grande imigração de alemães e franceses, a imigração de alemães foi patrocinada pelo
governo chileno para fins de colonização para as regiões meridionais do país. Esses
alemães (também suíços e austríacos), significativamente atraídos pela composição
natural das províncias do Valdivia, Osorno e Llanquihue foram colocados em terras
dadas pelo governo chileno para povoar a região. Porque o sul do Chile era
praticamente desabitado, a influência desta imigração alemã foi muito forte, comparável
à América Latina apenas com a imigração alemã do sul do Brasil. Há também um
grande número de alemães que chegaram ao Chile, após a Primeira e Segunda Guerra
Mundial, especialmente no sul (Punta Arenas, Puerto Varas, Frutillar, Puerto Montt,
Temuco, etc.) A embaixada alemã no Chile estima que entre 500,000 a 600,000
chilenos são de origem alemã.[49] Além disso, estima-se que cerca de 5% da população
chilena é descendente de imigrantes de origem asiática, principalmente do Oriente
Médio (ou seja, palestinos, sírios, libaneses e armênios), são cerca de 800.000 pessoas.
[50] É importante ressaltar que os israelitas, tanto judeus como não-cidadãos judeus da
nação de Israel podem ser incluídos. Chile abriga uma grande população de imigrantes,
principalmente cristã, do Oriente Médio.[51] Acredita-se que cerca de 500.000
descedentes de palestinos residem no Chile.[52][53] Outros grupos de imigrantes
historicamente significativos são: os croatas, cujo número de descendentes é estimado
em 380.000 pessoas, o equivalente a 2,4% da população.[54][55] No entanto, outras
fontes dizem que 4,6% da população do Chile podem ter alguma ascendência croata.
[56] Além disso, mais de 700.000 chilenos de origem britânica (Inglaterra, País de
Gales e Escócia), o que corresponde a 4,5% da população.[57] Os chilenos de
ascendência grega são estimados entre 90.000 e 120.000 pessoas,[58] a maioria deles
vive no Santiago ou Antofagasta, Chile é um dos 5 países com mais descendentes de
gregos no mundo.[59] Os descendentes de suíços somam o número 90.000,[60] também
estimo-se que cerca de 5% da população chilena tem alguma ascendência francesa.[61]
Os descendentes de italianos estão entre 600.000 e 800.000 pessoas.

Presidente Lula e membros da comunidade ítalo-brasilera durante a Festa da Uva.A


imigração alemã no Brasil foi o movimento migratório ocorrido nos séculos XIX e XX
de alemães para várias regiões do Brasil. As causas deste processo podem ser
encontradas nos freqüentes problemas sociais que ocorriam na Europa e a fartura de
terras no Brasil. Atualmente, estima-se que dezoito milhões ou 10% dos brasileiros têm
ao menos um antepassado alemão.[62] O Brasil abriga hoje a maior comunidade
ucraniana da América Latina, contando com 1 milhão de pessoas[63]

Mulher peruana e seu filho de ascendência indígena.Grandes minorias étnicas incluem


os árabes e japoneses no Brasil, chineses (cantoneses) no Peru e os indianos na Guiana.

[editar] Evolução étnica

Índios guarani.As populações primitivas da América do Sul, os ameríndios, de


caracteres antropológicos mongoloides, distribuíam-se, no período colonial, em grupos.
Os métodos de redução e conquista variaram, de acordo com o estágio de civilização
dos nativos.

Na região dominada pelos portugueses, os colonizadores escravizaram os índios


espalhados pelo interior, levando às terras propícias para fazer a colonização. Com esse
objetivo, foram organizadas expedições de busca aos escravos índios, como bandeiras.
Essa obra de conquista, foi acompanhada pelas missões religiosas, que também
procuravam "reduzir" os gentios e fazê-los produzir, mas através de outros métodos e
com o objetivo de cristianização.

Com essa obra de conquista veio juntar-se ao indígena um outro contingente, o branco,
ibérico principalmente. Na primeira fase, o conquistador interessou pelo ameríndio,
sobretudo como mão-de-obra. Não tardou, porém, que os europeus, especialmente os
portugueses, se desiludissem quanto à eficiência do ameríndio escravizado. Como o
indígena não se adaptasse bem a agricultura, os colonizadores começaram a importação,
como os escravos, de negros africanos, que vieram a constituir o terceiro elemento
importante na formação étnica das populações sul-americanas.

É a partir do final do século XIX, todavia, que se assiste a entrada em massa de


imigrantes europeus em diversos países latino-americanos. Essa imigração se
concentrou sobretudo na Argentina, no Chile, no Uruguai e no Brasil. São os italianos
que chegam em maior número, superando inclusive espanhóis e portugueses.[64][65]

[editar] Composição da população

A população branca predomina na região, mas é considerável a porcentagem de


mestiços, enquanto os indígenas constituem minoria. Na Colômbia, 75% da população
correspondem a mestiços e 1% aos ameríndios.[66] Na Venezuela, 2% dos habitantes
são ameríndios, 21% europeus ibéricos, 10% afro-americanos e 67% eurameríndios.[67]
A população brasileira é formada principalmente por descendentes de povos indígenas,
colonos portugueses, escravos africanos e de imigrantes europeus.

No Brasil, são considerados pardos (caboclos, cafuzos e mulatos), mas o número de


mestiços deve ser maior, estando diluídos nos 49,7% considerados brancos.[68] 95% do
contingente populacional do Paraguai, compõem-se de índios e mestiços,[69] enquanto
o Uruguai é país predominante branco (88%), correspondendo os mestiços e negros a
8% e 4% respectivamente.[70] A população chilena é principalmente Branca de origem
europeia, 95% da população.[40][41][42][43][71] Uma descrição pormenorizada da
etnia mostra que 52,7% (8.8 milhões) - 90% (15 milhões) da população são
descendentes de europeus.[40][72] Outro estudo que analisou o genótipo mostrou que
30% da população é classificada como caucasica descendentes directos dos europeus e
65% (brancos-mestiços), com um fenótipo branco,[73] e na Argentina, onde foi maior o
aniquilamento de indígenas e onde o escravo negro não penetrou, a população é quase
inteiramente branca (90%).[40] No entanto, outros estudos mostram que 56% da
população da Argentina, tem ancestralidade ameríndia.[74] Nos países andinos e
caribenhos, entretanto, os índices de ameríndios e mestiços são consideráveis:

Equador: índios (25%), mestiços (65%), negros (3%) e brancos (7%);[75]

Peru: índios (45%), mestiços (37%), brancos (15%) e negros, orientais e outros (3%);
[76]

Bolívia: ameríndios (55%), mestiços (30%), brancos (15%);[77]

Guiana: hindus (50)%, negros (36%), índios (7%), brancos, chineses e outros (7)%;[78]

Guiana Francesa: crioulos (80%);


Suriname: 37% indianos, 31% crioulos, 15% indonésios, 10% negros, 7% índios,
chineses e europeus.[79]

[editar] População

Ver página anexa: Lista das maiores cidades da América do Sul

[80]

A população da América do Sul não se distribui uniformemente, havendo áreas


rarefeitas, ao lado de outras de densidade relativamente elevada.[81] Alguns fatores de
ordem física e humana contribuem para isso. Entre as causas de rarefação demográfica,
salientam-se:

A existência de regiões desérticas, como a Patagônia, o pampa seco, o Atacama e a


Sechura;

As zonas de florestas equatoriais, como a Amazônia;

As áreas de campos, onde a criação extensiva de gado contribui para a escassez


demográfica.

Quanto aos fatores que têm determinado maiores concentrações de população destacam-
se:

As faixas litorâneas bem abrigadas e dotadas de portos naturais;

As costas de clima relativamente benigno;

Os vales de alguns rios navegáveis, como o Amazonas, Orinoco, Cauca, Paraná;

E as regiões naturalmente férteis, onde se desenvolveu uma atividade agrícola


apropriada, como o eixo Rio-São Paulo, no Brasil, a província de Buenos Aires, na
Argentina, e o vale central do Chile.

A população da América do Sul teve o maior índice de crescimento no mundo entre


1920 e 1960. O declínio da mortalidade, determinado em grande parte pela elevação dos
padrões de higiene pública, foi a causa fundamental dessa expansão demográfica. Outro
fator que contribuiu para esse aumento foi a imigração. Desde 1800, cerca de 12
milhões de imigrantes chegaram à região. Desse total, cerca de 4 milhões vieram da
Espanha, 4 milhões da Itália, 2 milhões de Portugal e o restante da Alemanha, Polônia,
Síria, Japão, China e outros países.

Você também pode gostar