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FACULDADE DE DIREITO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III
PROF. KLAUS COHEN KOPLIN
- Avaliação 1: 25/04
- Avaliação 2: 04/07
- então, para responder à pergunta tem que saber que a partir do exercício de
um direito potestativo pode surgir uma prestação.
- Dinamarco nos fala de crises. As vezes a crise é uma incerteza. Qual é a crise
que a tutela executiva visa solucionar? A crise do adimplemento. Ou seja, o titular
do dever jurídico descumpriu a sua prestação. Art. 786 fala em não satisfazer;
preciso do inadimplemento da obrigação.
- Em 1994, foi criado um artigo essencial no CPC, Art. 461. E a partir desse
momento é necessário abrir espaço para outro tipo de execução. A execução
indireta não envolve sub-rogação, substituição; aqui, o juiz não substitui o que
alguém deveria ter feito e não fez. Aqui, tem-se o uso da força para intimidar o
devedor a fim de que ele mesmo (não o juiz) cumpra a obrigação. Aqui a
estrutura é diferente. A prestação continua sendo um ato do devedor. Exemplos:
Multa coercitiva (“Astreinds”), prisão civil, retenção CNH e passaporte (vem
sendo discutido na jurisprudência.
- Execução direta combina mais com obrigação de pagar (não significa que seja
a única forma), de entregar coisa. Execução indireta combina mais com a
obrigação de fazer ou de não fazer. Grande novidade do CPC é que ele permite
permeabilidade entre as duas formas de execução.
- técnicas executivas são medidas concretas que o juiz vai tomar para conseguir
o meio. Instrumentalizam a obtenção do direito. São técnicas pré estabelecidas,
que foram tipificadas pelo legislador. A principal é a penhora. Mas há formas de
execução atípica, que o juiz cria. Art. 536 dá arsenal gigante ao juiz; tem-se aqui
o que se chama de cláusula geral. Multa diária, por exemplo. Nosso sistema é
flexível a ponto de haver a possibilidade de o juiz criar medidas atípicas onde
normalmente seria típica.
- será que toda mudança no mundo dos fatos é execução? Toda atividade pós
sentença é execução ou só uma parte? Há alguns atos do juiz que são chamadas
de providencias registrais, que são averbações realizadas no registro público.
Por exemplo, a sentença que determina o divórcio será averbada no registro civil.
Sentença de adjudicação também. Dúvida de vários autores é se essas medidas
registrais entram dentro do conceito de execução? Melhores autores dizem que
não; são efeitos anexas à sentença. Então, execução não é tudo; é satisfação
da prestação.
- 1.2.1.1.
No caso deSentenças
a tutela executiva ser prestada “fase de cumprimento de sentença”,
declaratórias
a1.2.1.2. Sentença
execução se constitutiva
dá em uma fase do procedimento comum. Deve-se perceber que
existem duas funções jurisdicionais básicas: cognitiva (fase de conhecimento) e
executiva (fase de cumprimento de sentença – chamada assim desde 2005).
Antigamente havia dois processos separados; hoje, são duas fases de um
mesmo processo. Portanto, o procedimento comum começa com a petição inicial
e só termina com a satisfação do direito subjetivo, na fase de execução.
- segundo elemento que preciso ter muito claro é o fato de que temos dois tipos
básicos de sentença judicial. De um lado:
1.2.2. Tutela executiva que é prestada em processo autônomo, sem fase prévia de
conhecimento (“ação autônoma” ou “processo autônomo”)
- deve-se lembrar que toda demanda tem partes, pedido e causa de pedir como
seus elementos. Partes: aqui chama-se de exequente (autor da demanda
executória) e de executado (o réu da demanda executória). Pedido: imediato ou
mediato.
Há duas maneiras de entender execução civil e elas brigam uma com a outra.
Existe uma tradição na Europa (Itália, França, Alemanha) que levou ao CC de
73 e existe uma tradição rival, que se formou no canto da Europa. No direito
medieval é que se vê a formação de dois procedimentos executórios distintos.
- o processo civil do centro da europa foi pensado para não permitir o direito de
defesa. Então, eu não me defendo em outro processo; espécie de processo
incidental, de natureza cognitiva. No processo brasileiro entende-se que o
objetivo é retirar a força executiva do documento que amparou a petição inicial,
visando portanto uma ação desconstitutiva.
Tecnicamente isso parece soar bem; talvez isso funcione na Itália, Alemanha
ou Suíça, mas isso não funcionou no nosso país, não produziu os efeitos
esperados
b) Elementos comuns: petição inicial, citação (nova), defesa por meio dos
embargos do executado, penhora e atos posteriores
E o que caracteriza essa fase? 1) Essa fase não tem uma petição inicial,
começa com um requerimento menos formal do que a petição (isso se mantém
até hoje, mencionado no Art. 513 e 503 do código atual). 2) Ainda, como regra
geral, não há nova citação do executado, a partir dessa reforma. Então, o que
acontece, aqui, é que há uma intimação (muito se discutiu a natureza desta
intimação) e que deveria ser feita por nota de expediente na pessoa do advogado
do requisitado. 3) Outrossim, houve alteração quanto ao meio de defesa:
aboliram-se os embargos da execução. Se deixou os embargos somente nos
processos autônomos de execução de titulo extrajudicial e se criou outra figura
que se chama de impugnação ao cumprimento de sentença. Essa figura é uma
defesa dentro dos autos, dentro da execução (não é como embargos que é
protocolado fora dos autos dando origem à uma nova ação) seria o semelhante
à contestação.
b) Retorno à tradição luso-brasileira ancorada na experiência medieval
(Athos Gusmão Carneiro)
Vários juristas fazem análise sobre essas mudanças, mas o que o professor
mais gosta é o Sálvio de Figueiredo Teixeira e Athos Gusmão Carneiro, que foi
um dos autores dessa mini reforma. Ele faz leitura dessa reforma como se fosse
um retorno à nossa tradição luso-brasileira; não que seja a mesma coisa.
g. Sentença extingue
Norma estruturante
Norma mais importante
Não sentido de Alexy e Humberto Ávila (princípios e regras)
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS
Sobre tutela provisória: Tutela provisória aparece nos Arts. 294 – 311.
Basicamente, estas são as medidas liminares e estas servem unicamente para
possibilitar o ingresso provisório no patrimônio do sujeito ou para possibilitar a
realização provisória da obrigação de fazer ou de entregar coisa. Portanto,
liminar é uma decisão provisória, precária e que pode ser revisada e modificada
a qualquer tempo. Liminar, portanto, é uma execução baseada na aparência,
verossimilhança. Art. 300 e 296 são os que falam disso. Há um problema teórico
de se as liminares violam ou não o princípio do título? Por que a sentença seja
um título é entendível; fica claro uma ideia de uma certeza jurídica. Mas uma
decisão liminar, geralmente interlocutória, baseada em juízo mera aparência,
passível de ser reformulada, a qualquer tempo, é possível de ser considerado
título? Ou é uma violação ao princípio do título? Aqui há duas visões possíveis:
Diz Chiovenda que a jurisdição deve alcançar ao titular do direito tudo aquilo
que ele teria direito de obter. Jurisdição como substituição. Já que não posso
realizar justiça privada, o que a justiça deve fazer é dar um resultado semelhante.
Então, toda execução nesse sentido é específica, porque deve trazer ao
exequente (o que aciona a justiça) exatamente aquilo que o ordenamento
assegura para ele. A execução deve alcançar aquilo (pagamento, fazer,
omissão, entrega de coisa) não outra coisa. Esse princípio claramente questiona
o Art. 1142 do Code Civil. Se tenho direito de uma coisa, por esse princípio, devo
receber essa coisa e não o equivalente em dinheiro. Portanto, se eu tenho direito
de exigir o dinheiro preciso ter um código de processo civil que tenha regras
específicas que propiciem o pagamento em dinheiro. Esse princípio é bem
retratado no Art. 499:
6. Princípio da disponibilidade
Sendo titular/dono da prestação, ele dispõe da jurisdição estatal para a
execução. O exequente determina se e quando vai executar, bem como a
extensão do quanto vai exigir. Significa também que o exequente pode desistir
de toda a execução. Art. 775, direito de desistir da execução ou apenas de
alguma medida executiva, mas dependendo do momento da execução pode ser
preciso alguma manifestação do executado, conforme disposto no parágrafo
único; se extingue tudo sem precisar de manifestação nos casos em que só há
discussão processual; quando se estiver em discussão alguma questão de
mérito, se precisa da concordância do executado.
7. Tranparência patrimonial
Princípio novo, a princípio parece não estar funcionando ainda na prática.
O executado tem o dever de revelar ao juiz quais são seus bens penhoráveis,
seus valores e onde se encontram. Art. 772, III estabelece quem tem o dever de
colaborar com o juiz a respeito dos bens que podem ser sujeitados à execução.
Art. 774, V diz que comete ato atentatório contra a justiça aquele executado que
intimado não prestar as devidas informações sobre seu patrimônio; o parágrafo
único estabelece multa para o não cumprimento. Relaciona-se com o princípio
da colaboração (do executado para com a justiça).
8. Tipicidade dos meios executórios – hoje relativizado pelo Art. 139, IV.
PRINCÍPIOS GERAIS
Não são específicos da execução, mas que importam para ela também.
1. Princípio do Contraditório
2. Princípio da Colaboração
4. TÍTULO EXECUTIVO
c) Didier Jr.: No Brasil, Miguel Reale diz que temos a tendência de sintetizar as
ideias. Então, Didier cria, aqui, uma espécie de “teoria eclética” sintetizando as
duas visões, de Carnelutti e Liebman, que é, no fim das contas, a mais recorrente
na doutrina (prova e ato). Trata-se de um ato documentado. É ato
consubstanciado em um documento. Título executivo, nessa ótica, teria dois
aspectos: o documental e o de ato jurídico (resultado de um comportamento
humano que pega um aspecto geral e torna em uma sanção específica). Pode-
se dizer que o aspecto do ato jurídico é mais visível no título executivo judicial
(Art. 515); ali vê-se um ato do Estado, essencialmente, seja de um juiz, seja de
um árbitro. Já no título executivo extrajudicial (Art. 784) fica mais ressaltado o
aspecto documental. Ali tem-se por exemplo contratos assinados por
particulares, cheque, nota promissória, títulos de crédito em geral, etc...
- Então, para Freddie Didier título executivo não é condição da ação, até porque
o Código novo não menciona a expressão condição da ação. Se o código não
faz menção, significa que abandonou. Professor é mais adepto desta teoria
justamente por isso: porque não haveria de se falar em condições da ação, uma
vez que o CPC novo teria abandonado esta categoria.
4.3. Abstração
- Quando se fala que o juiz não investiga a existência do direito não significa que
ele não possa fazê-lo, mas que terá de ser provocado pelo executado. No
processo autônomo o meio de provocação normal é chamado de embargos à
execução.
4.4. Eficácia
- Art. 798, Inc. I, alínea C e D parece se chocar com essa ideia. Ao ler-se estas
alíneas parece que se exige algo a mais do que o título executivo. O que os
autores nos explicam? José Garcia Medina fala que formalmente é um
documento separado, mas materialmente entende-se que essas provas
mencionadas nas letras c e d são, na verdade, parte do título; se integram a ele.
Ou seja, a prova que fala nessas letras são provas pré-constituídas que compõe
o título. Se preciso fazer perícia, convocar testemunha, de qualquer outro meio
de prova que não possa ser trazido para a petição inicial, não se pode executar
a obrigação; ela não é exigível.
I) Certeza
II) Liquidez
III) Exigibilidade
- CPC é lei federal, mas tem-se uma serie de outras leis federais, fora do CPC
que também estabelece outros títulos executórios. Então, esta matéria é meio
complicada porque não é só o CPC que traz elenco de títulos executórios.
Encontro em leis extravagantes outros exemplos de títulos executivos. Por
exemplo, Lei. 8.906 (Estatuto da OAB), no Art. 23 diz que o contrato escrito de
honorários constitui título extrajudicial. E assim acontece em várias leis
extravagantes.
- Então, não é uma matéria que se pode aumentar de acordo com a vontade e
arbitrariamente, porque execução é matéria, essencialmente, de violência, força
e os ordenamentos jurídicos europeus limitam o uso da força. É uma ideia
bastante liberal, aliás.
- Aqui, ajuda muito o olhar para o processo penal; é a ideia do tipo penal. Preciso
conseguir realizar perfeito encaixe entre o fato concreto e o tipo penal definido
abstratamente pelo legislador. O mesmo ocorre com os títulos executivos: o
legislador estabeleceu uma “forma” para eles e eu preciso conseguir fazer o
perfeito encaixe. Perfeito encaixe, portanto, entre o documento que eu disponho
e a lista do Art. 515 ou 784. Princípio do título professor sugere lincar com o
princípio da legalidade, do direito penal. Parece surgir da mesma necessidade
liberal de conter a força do Estado.
- Com base nesse artigo (que é uma cláusula geral de negociação processual)
Freddie fala em um novo princípio processual: o do autorregramento da vontade.
Chega a dizer que não se pode pensar em processo justo se não houver essa
margem de liberdade conferida às partes; tratar-se-ia de um processo arbitrário.
Por que a palavra exigibilidade está grifada? O CPC anterior, pós reforma
de 2005, trazia a expressão existência da obrigação de prestar. Então surgiu
uma discussão acerca da exequibilidade da decisão declaratória (texto no
moodle). Justamente porque o CPC anterior usava a palavra existência. Se criou,
então, a partir disso, por Teori Zavaski uma corrente na doutrina dizendo que
bastaria a sentença reconhecer a existência da relação para que essa sentença
fosse exequível. Ora, a sentença declaratória se limita a reconhecer a existência
de um direito.
Em resumo, este Inc. I contempla duas coisas que o Código anterior não
contemplava: 1) decisão liminar 2) decisão interlocutória parcial de mérito.
Observa-se que esse rol restrito é no que refere à fase executiva. Durante
o processo de conhecimento do procedimento de jurisdição voluntária, pode-se
alegar o que quiser. Até a sentença que homologa, pode-se alegar o que quiser.
Depois disso, no procedimento executório, é que restringe-se o rol de alegações,
porque precluiu o direito de alegar outras matérias que não aquelas.
Trata-se de algum documento que tenha sido referendado (ou seja, não é
o guardanapo que assinei no bar) por alguma autoridade, como MP ou DPE. Por
exemplo, fui até o MP ou dentro do MP mesmo acontece alguma investigação e
foi lavrado o termo de transação. Se o meu acordo for referendado esse
referendo cumpre o mesmo papel da homologação judicial. Se eu levar o acordo
para ser referendado por essas entidades, o instrumento passa a ser título
executivo extrajudicial.
Ou seja, a escolha de qual título se vai fazer influi nas escolhas da defesa.
Inc. IV – isso aqui é direito das sucessões. Tenho título executivo próprio
do direito das sucessões chamado de certidão de partilha. Aparece Art. 665 do
CPC.
Ideia é que para eu, herdeiro, sucessor a título universal, para poder
receber minha porcentagem da herança (legatário recebe não uma
percentagem, mas um bem específico; inventariante é o que vai juntar os bens
do falecido e administrá-los até concluir o processo). Esse conjunto de
documentos é que se chama de formal de partilha. É um título com base no qual
o inventariante e os sucessores somente eles poderão reclamar a sua parcela.
Quem não é herdeiro, legatário; – sucessor em geral – quem for credor, por
exemplo) vou precisar de uma sentença formulada no processo civil.
Ideia é que em o perito não sendo pago, ele pega essa sentença que
aprovou seu valor de verba honorária e vai executar isso dentro do processo civil
porque essa decisão homologatória tem característica de título executivo.
Inc. VIII – a sentença estrangeira que trata esse inciso também inclui a
arbitral, não somente a judicial. A sentença neste inciso não é por si só título
executivo. Terei de testá-la para ver se não viola a ordem pública brasileira, se
não atenta aos direitos fundamentais brasileiros.
Inc. II - Novo CPC tentou organizar melhor a lista inserindo o inc. II. Escritura
publica é um documento lavrado pelo tabelião dotado de fé pública. Qualquer
obrigação de prestar lavrado pelo tabelião poderá ser executado, na noção de
que a palavra do tabelião tem garantia de legitimidade. Documento público. É
qualquer documento lavrado por autoridade pública. O que é autoridade pública?
Prefeito, câmara de vereadores, etc... No caso de documento público é
necessária assinatura pelo devedor. É preciso dar este reconhecimento à
existência do débito. Por exemplo, autorização de despesas firmada pelo
presidente da câmara de vereadores. Outro exemplo é o contrato administrativo,
firmado entre particular e público para fornecimento de mercadorias ou
prestação de serviços.
Inc. XII nos dá a informação de que esse rol do Art. 784 não é taxativo.
TAC é uma transação celebrada com o MP em relação a quem está infringindo
normas ambientais. Art. 5º, § 6º atribui força executiva. Outro exemplo é o
contrato escrito de honorário advocatícios, presente na Lei 8906 (Estatuo da
ordem) no Art. 24. Não é necessário que ele esteja assinado por testemunha.
Ultimo exemplo é condenação do tribunal de contas.
A letra b é o contrário: tem título executivo, mas ele poderia ao invés de propor
uma execução, propor uma ação de conhecimento e usar como prova pedindo
a condenação? CPC diz que sim, o mero fato de ter um título executivo não
impede ele de cobrá-lo por meio de ação de conhecimento. Parece um tanto
abestado fazer isso, porque ele poderia entrar diretamente com a execução e
naõ ter que passar por todo um processo demorado de conhecimento. Isso tem
a ver com as defesas do executado. Na fase de conhecimento ele pode alegar
qualquer defesa, mas quando tem nas mãos título de judicial está-se limitado às
defesas do Art. 525, § 1º.
a) Certeza – no título
c) Exigibilidade
5.3. INADIMPLEMENTO
6. COMPETÊNCIA
§ único - ___
Prova:
- tem-se a sentença executiva latu sensu, que coloca na esfera do autor algo que
deveria estar lá dentro mas não está. cRetira um valor que está na esfera do réu
e coloca na esfera do autor. O problema é que há dois tipos de sentença
executiva. Tem-se a sentença executiva que é autossatisfativa. Quando ela é
autossatifativa? Quando nós temos obrigação de prestar a declaração de
vontade. Só que é uma sentença que não precisa ser executada porque CPC diz
que com o transito em julgado se produzirão todos os efeitos da declaração de
vontade.
- conceito de execução.
7. PARTES NA EXECUÇÃO
7.1. NOMENCLATURA
Autor: exequente
Réu: executado
Então, o caput vai me falar que pode promover a execução forçada o credor a
quem a lei confere título executivo. Mas pode-se destrinchar isso em 3 situações
diferentes:
a. Credor do Título
Perito se encaixa aqui, porque ele é credor de título judicial, constante no inciso
V do Artigo 515 - “O crédito de auxiliar de justiça, quando as custas, emolumentos ou
honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial”.
b. Advogado
Crime é um ilícito penal que também pode repercutir na esfera civil. Vítimas são
aqueles que sofreram lesões na esfera penal, mas cujos efeitos repercutem em todo
ordenamento jurídico, incluindo a esfera cível. Então, essa vítima é o próprio credor,
sujeito e titular do direito subjetivo material. Aqui, o que tem-se é a execução de
sentença penal, via cumprimento de sentença, por novo processo, promovido pelo
autêntico credor, que é a vítima do crime.
Nestes casos deste inciso, tanto o herdeiro, como o espólio como os sucessores
podem promover a execução, se ela ainda não foi feita, e podem, também, prosseguir
nela, se já iniciada. Observe-se que o caso mais importante é o caso do herdeiro.
Espólio não tem personalidade jurídica, mas sim processual, podendo ser autor
ou réu, assim como condomínio e massa falida.
Tanto inciso I quanto II falam das hipóteses em que se adquire crédito, seja vivo,
seja morto.
MP poderá promover Ação Civil Pública em determinados casos (que não ver-
se-á agora). Tem-se que o direito objeto da ação não é do MP, mas um direito difuso
(pertencente a toda sociedade), um direito coletivo (pertencente a uma categoria ou uma
classe) ou é interesse individual-homogêneo (por exemplo, o de um grupo específico de
consumidores). Em ganhando o direito, apesar de não ser dele ele terá a legitimidade
de requerer o cumprimento de sentença. Observa-se que o MP não será advogado, ele
estará tendo autorização do ordenamento para pleitear, em nome próprio, direitos
sociais e individuais indisponíveis.
Quando professor falar da liquidação da sentença, ele vai explicar melhor como
funciona a liquidação e execução da sentença em processo coletivo).
MP possui uma prerrogativa esdrúxula, dentro do desenho dado pela CF. Na CF,
o MP só podem postular a tutela de direitos que tenham interesse social ou que sejam
individuais e indisponíveis. MP não tem na CF a tarefa de tutelar direitos individuais
disponíveis. Isso é tarefa da advocacia. MP não tem essa tarefa; só com relação aos
direitos individuais indisponíveis (direito à saúde, moradia, ...). Então, MP pode ajuizar
uma ação individual em favor de uma dada pessoa para um medicamento, porque
trata-se de direito à saúde. Mas não pode pleitear o direito de indenização em face de
dano moral.
Aqui, trata-se do cessionário, agora do débito. Pode parecer uma loucura – quem
seria doido de assumir o crédito de outra pessoa. É só pensar no direito empresarial em
que se tem fusões e aquisições de empresas. Uma sociedade que compra outra carrega
as dívidas da sociedade originária, que foi comprada. Tam e Gol se digladiando pelo
espólio da Avianca.
c. Fiador - Inc. IV
Penhor e anticrese entram aqui neste rol, mas são com relação a bens móveis.
8. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
8.1. CONCEITO
Art. 790:
Inc. I - sucessor a título singular significa que ela adquiriu um único bem; ela não
é Herdeira. Execução de Direito real significa que o objeto da execução não é uma
obrigação mas um direito real. Por exemplo, direito de propriedade, ou o direito de
superfície, ou o direito de usufruto. Exemplo da ação reivindicatória: movo a demanda
porque eu na qualidade de dono tenho direito de ir atrás do bem que é meu. Se o réu
aliena este bem durante a execução, o terceiro que comprou, vai se inserir na execução.
Essa figura não deve mas ela sucedeu o proprietário originário, portanto pode-se dizer
que o bem dela continuará sujeita a execução. De nada adianta, portanto, passar o bem
adiante, porque ele permanecerá objeto da execução. Ação reipersecutória é uma ação
obrigacional; estou litigando não como dono, mas como credor. Mas em relação à
própria coisa; ela é móvel e isso torna o dono proprietário com a tradição. Só que
suponha-se que descubro que após feita a combinação de compra e venda, a empresa
vendeu a tv que eu comprei para outrem; não é ainda propriedade porque se transmite
somente com a tradição mas pode reivindicar.
Inc. II - Depende de cada tipo societário. Que lei é essa? Código Civil ou 6.404.
Esse inciso também abrange as regras relativas à desconsideração da personalidade
jurídica. Aqui eu não estou simplesmente alcançando o patrimônio do sócio, não basta
simplesmente a inexistência de patrimônio; é necessário provar um comportamento
abusivo do sócio. Art. 795.
Observe-se que estou falando de bens particulares dos sócios; não estou
falando das quotas do sócio quando ele é executado. Hoje existe a possibildiade d
epenhroar quotas de sociedade limitada.
Inc. III - Este terceiro é detentor ou possuidor e portanto nada deve, mas ele tem
a posse do bem do executado. Doutrinadores falam que isso não é responsabilidade
secundária; devia estar no Art. 789, porque esses bens pertencem ao executado. O
único ponto é que estão em poder de terceiros.
Art. 794 fala dos bens do fiador. Lembre-se que os bens do fiador também se
sujeitam à execução. A princípio o fiador é responsável subsidiário, mas ele pode
renunciar ao benefício de ordem, se modo a responder solidariamente.
Art. 796 diz que antes da partilha quem responde é o espólio. Então, às dívidas
do morto não falecem junto com ele; às obrigações que ele contraiu continuam existindo
e eu enquanto credor do morto executarei o espólio (conjunto de bens e direitos que
dispõem de personalidade processual, também chamada de capacidade de ser parte).
Depois da partilha, o herdeiro responde, porque ele é o sucessor do morto. Essa
responsabilidade se limita às forças da herança, de modo que eu não responderei com
meu patrimônio pelas dívidas do morto; só os bens herdados por herança.
9. FRAUDE
Fraude contra credores caracteriza-se ainda que não haja nenhum processo em
curso; independe da pendência de qualquer demanda. Isso é essencial porque será
uma das diferenças com relação à fraude contra a execução.
Fraude contra credores não pode ser analisada de modo incidental; deve ser
ajuizado um processo específico, com cognição exauriente e o nome dessa ação
depende do ramo do direito: ação pauliana e ação revocatória. STJ decidiu que
incidentalmente em embargos de terceiro não posso anular negócio jurídico. Além disso,
não pode ser reconhecida de ofício.
No direito civil, não se exige mais, mas classicamente a fraude contra credores
exige um elemento subjetivo e objetivo. Este é chamado o eventus damni. Trata-se do
prejuízo, dano para o credor. E o elemento subejtivo é chamado de conclilium fraudis
significando a vontade de fraudar. Estou alienando o bem para sacanear o credor e
diminuir a chance de ele receber crédito. Hoje em dia, o que interessa não é a vontade
de fraudar do credor, mas o conhecimento da fraude por parte do terceiro adquirente.
tenta-se deixar essa questão mais objetiva, de análise do comportamento do terceiro e
largar de mão um pouco do aspecto subjetivo (afinal, não há como adentrar a cabeça
do devedor para saber suas intenções).
Essa fraude atinge o interesse público. E qual é ele? O interesse que se preste
a tutela jurisdicional na modalidade executiva; atenção a direitos.
Como o interesse é público esta fraude pode deve e será reconhecida na própria
execução. Além disso, pode ser reconhecida de ofício. Consequentemente a fraude
anterior não pode ser reconhecida de ofício.
Inc. I - O objeto da demanda aqui é a própria coisa; direito real mais importante
é a propriedade então a minha reivindicação é do domínio. Posso ter milhares de bens
mas o simples fato de o réu passar o imóvel a um terceiro quando o veículo é o próprio
objeto da demanda já configura ato de fraude à execução. Portanto, esse inciso trata de
hipótese que independe da insolvência; independe de ele ter ou não outors bens no
patrimônio.
Então, neste inciso o executado não precisa ser insolvente; ele pode ter milhares
de bens mas se ele se livrar seja onerando seja alienando daquele bem em específico
já se configura a fraude.
Inc. II - Aqui, eu litigo sobre um crédito. Fica configurada a fraude contanto que
eu averbe a pendência da execução no registro. Aqui, incide o mesmo problema
anteriormente mencionado. Art. 828 estabelece o exequente obtém do escrivão uma
certidão. Tem-se entendido que essa certidão independe de ordem judicial; o próprio
escrivão fornece isso. Mas uma certidão do que? Não é certidão de que iniciei a
execução, mas de que foi admitida pelo juiz (ou seja, o juiz despachou a petição inicial
do processo de execução de título extrajudicial). Portanto, não basta a propositura da
ação; ela tem de ser
Incisos II e III funcionam muito mais como requisitos do que hipóteses. Hipóteses
mesmo são os incisos I e o Inciso IV.
Inc. IV - aqui, tem-se essa hipótese em que havia uma ação em curso, pessoa
alienou seu patrimônio e ficou insolvente; ou seja, não tem outros bens livres no seu
patrimônio capazes de satisfazer o crédito. Dívida é superior ao patrimônio do sujeito.
Primeiro comentário a esse inciso é que ele fala de uma ação. Essa ação pode ser a
autônoma de execução de título extrajudicial como também a ação de conhecimento.
Fraude pode se configurar, portanto, ainda na fase de conhecimento
Artigo 792, parágrafo 2 não é tão bonzinho quanto a súmula. Tem-se dois
requisitos.
Nosso direito anterior seguia a risca a ideia de que a má-fé não se presume e
colocava esse ônus sobre o exequente. Então o direito anterior piorava a situação deste.
Novo CPC contudo passou a adotar a posição clara de proteção ao credor; momento
de facilitar a satisfação do crédito no discurso de liberalismo, de Estado mínimo. Nessa
mudança de paradigma, tira-se a necessidade de demonstração da ciência do
exequente e colocar no terceiro adquirente e assim facilitar a demonstração da fraude.
Para que? Para ir atrás do bem, mesmo que tenha sido repassado para o terceiro.
Feito esse comentário, o novo processo civil exige que o terceiro que está sendo
beneficiado pelo direito real tenha conhecimento acerca da pendência do processo. E a
pergunta é como que se caracteriza essa ciência? Essa ciência vai ser dada por três
pontos:
o Registro da penhora
Vou adquirir um cavalo que não está registrado. Será que vou perder depois em
execução? Eu que tenho que tomar estas cautelas e fazer pesquisas com relação ao
sujeito que está me vendendo o bem. Vou ter de pesquisar se há alguma ação em nome
do vendedor. Se há, pesquisar se esse sujeito vai ter bens. Mas quem em realidade na
prática do dia a dia ninguém toma essas cautelas. Mais do que isso, tenho que pesquisar
açÕes judiciais onde o vendedor se encontra e onde está o bem. Então, o que se vê
aqui é que claramente o código retirou o ônus do exequente e colocou no terceiro
adquirente
Código não pensou nos casos em que há sucessões sucessivas: p1 vende para
p2 que vende para p3 que vende para p4. Quanto mais forem os negócios sucessivos,
mais difícil vai ser demonstrar a má-fé. Depois de 4 negócios sucessivos não posso
exigir que o quarto adquirente faça uma pesquisa de todas essas compras para ver se
está pendente ação sobre aquele bem. Jurisprudência, então, vai dizer que quando há
reiteradas alienações sucessivas passa esse ônus a ser do exequente, e não mais do
terceiro comprador, porque quanto mais alienações tiver, mais difícil a demonstração de
que se procedeu à pesquisa necessária de que fala o parágrafo segundo.
Em primeiro lugar nós temos ineficácia relativa. A princípio não é ilícito negociar
durante a pendência de um processo judicial; o negócio é válido, mas apenas será
ineficaz no âmbito da execução. E essa ineficácia traz duas consequências: 1) Penhora.
Perante aquele processo (não todos) é como se a alienação não tivesse acontecido, o
que significa que ele vai sofrer a penhora do bem adquirido em fraude; 2) multa por ato
atentatório. No Art. 774 tem-se um elenco de situações que configuram atos atentatórios
à dignidade da justiça, trata-se de uma espécie de litigância de má-fé. Aqui, a ideia é
reprimir certas condutas de má-fé. Parágrafo único determina que a multa é tipificada
no valor de até 20% do valor atualizado da execução. Claro, se delimitar-se o valor da
dívida baixo então o valor da multa será baixo. Pensa-se que estou executando um
franqueado; neste caso, a multa pode chegar a milhões.
10. PENHORA
Penhora é um ato estatal de força realizada pelo poder judiciário. É um ato que
particulariza a coerção patrimonial. Então antes da penhora o devedor responde por
todos os seus bens e, após, a tutela executiva recai sobre um bem ou alguns bens
específicos. Então, com a penhora, a responsabilidade patrimonial se particulariza. Mas
não se deve imaginar que os demais bens estão liberados. Ele continua respondendo
com todos os bens, mas eu separei alguns que respondem especificamente pela
penhora.
Outro ponto é que penhora é diferente de aresto e portanto não tem finalidade
cautelar. Alguns autores brasileiros, por influência indevida do direito italiano quiseram
ver na penhora uma finalidade cautelar. Penhora é ato de execução/constrição, cujo
resultado é a obtenção do crédito. Tem finalidade satisfativa (o que não significa dizer
que ela efetivamente satisfaz; significa que ela e um primeiro passo num procedimento
que visa isso). Aresto, por sua vez, previsto no artigo 301 do CPC e uma medida
assecuratória que não tem como objetivo satisfazer ninguém, mas garantir a penhora.
Aresto é na verdade, uma medida que assegura que se tenha bens a serem penhorados
no futuro.
Em resumo, o arresto cautelar tem como objetivo impedir que o sujeito se livre
do seu patrimônio e com isso frustre a execução. Arresto portanto visa simplesmente
assegurar a satisfação futura. Depois se precisar vou penhorar o bem arrestado. O que
o juiz determina com o arresto é que se entregue o bem para um depositário para que
cuide do bem. Arresto, portanto, é uma medida cautelar e difere da penhora. Sendo uma
medida cautelar, pode ser pedida a qualquer tempo, inclusive. Pode pedir-se medidas
cautelares na própria petição inicial da fase de conhecimento. Na verdade, pode-se
pedir medidas cautelares antes do próprio processo - tutela cautelar antecedente.
10.2. EFEITOS DA PENHORA
A. Material:
E, por fim, tem-se a configuração de um crime (Art. 179). Mas esse crime não é
automático. Jurisprudência entende que o crime só se configura quando eu repasso o
bem para o terceiro. O crime não é vender a coisa; o crime é entregar o bem que foi
penhorado para o terceiro.
B. Processuais
Estes bens são do executado. Mas também os bens do executado que estejam
com terceiros (por exemplo o bem locado) ou terceiro responsável (que adquiriu o bem
em fraude a execução, sociedade que adquiriu o bem por desconsideração da pessoa
jurídica, …).
Já sei dos bens que posso penhorar (semoventes, direitos, crédito, …).
Caput diz que ˜são impenhoráveis˜. O antigo CPC trabalhava com a expressão
"absolutamente impenhorável. STJ tirou dessa alteração no novo código a conclusão
de que o juiz poderia relativizar esse elenco de bens do novo código. E relativizar
significa que mesmo bens não constantes da lista podem ser penhorados.
Inc. I - exemplos: o Art. 533; trata da indenização pela prática de ato ilícito.
Contestações de erro médico são frequentemente trabalhadas pelo professor. Às vezes
é necessário pagar pensamento vitalício. Ou mesmo acidente de ônibus. Caput do 533
prevê que em situações semelhantes a indenização pode ser representada por um
pensionamento. A vítima vai ganhar uma renda enquanto viver correspondente ao que
tinha antes do acidente. E o caput diz que pode-se usar como técnica executiva a
constituição de um capital do qual se extraia o valor da pensão mensal. Um exemplo é
o imóvel: vou tirar o bem do patrimônio do devedor e vou estabelecer que o rendimento
daquele imóvel será direcionado para o exequente a título de pensionamento vitalício.
Pois bem, o § 1º estabelece que esse capital separado se tornará inalienável e portanto
impenhorável. Não poderei, neste sentido, penhorar esse capital em razão de outras
dívidas do executado porque alguém “chegou primeiro”; alguém depende muito mais
deste bem para auferir esse sustento. Art. 190, em tese, segundo o fórum permanente
de processualistas civis, (enunciado 19, 20 ou 21) o pacto de impenhorabilidade é um
negócio jurídico processual possível. Posso então ter um acordo entre devedor e
vendedor estabelecendo que este ou aquele bem será impenhorável. Quem se prejudica
aqui é o credor. Art. 1911.
Inc. III - trata-se de bens pessoais. Aqui, igualmente é salvo os de elevado valor.
Existem pessoas que necessitam de óculos, cadeira de rodas, aparelho ortopédico,
lente de contato. O Antigo código elencava alguns desses pontos. Atualmente, isso é
elencado pela jurisprudência. O que geralmente é elencado como bens de alto valor
aqui é por exemplo, roupas luxuosas, relógios rolex, etc…
Inc. IV - trata de salários, em geral. Tudo que é rendimento que o sujeito recebe,
em resumo. Claramente, pode-se perceber que não se trata de presunção absoluta,
porque segundo o parágrafo segundo não se aplica a penhora do pagamento de
obrigação alimentícia. Outra limitação deste parágrafo é que a impenhorabilidade não
se aplica à importâncias excedentes a 50 salários mínimos. Portanto, limitou a
impenhorabilidade do salário mínimo também no tocante ao valor das parcelas.
Inc. VII - materiais necessários para obras em andamento. Tijolos, por exemplo,
porque isso poderia afetar a própria continuidade da obra. Esse inciso estabelece uma
ressalva importante que é que as próprias obras podem estar penhoradas e neste
sentido, na ideia de que o acessório segue o principal, a penhorabilidade da obra pode
afetar a impenhorabilidade do material necessário a ela.
Inc. VIII - Pequena propriedade rural. Nossa CF tentou proteger essa questão de
imóveis pequenos estabelecendo usucapião especial rural e uma das formas de
proteção consiste na impenhorabilidade. Mas no que consiste a pequena propriedade
rural? É aquela que não excede a um módulo rural. O estabelecimento de quanto seja
um módulo depende de cada região. Então, existe uma legislação regionalizada acerca
do que se consideraria um módulo. Se pensar-se no município de vitória dos palmares,
um dos mais extensos do estado do RS, não posso comparar com esteio, que é
considerado o menor município. Então, o que é considerado pequeno propriedade
depende do tamanho de cada município. E aqui tem-se a segunda condicionante que
é necessidade de trabalho familiar. A propriedade deve ser pequena, mas deve também
ser trabalhada, não podendo estar ali só para se acumular pedras, utilizar como
especulação.
Observa-se que isso não se aplica a bens públicos. Aliás, em que pese essa
ideia de impenhorabilidade de bens público, na jurisprudência encontra-se inúmeras
situações de penhora bens públicos, sobretudo de contas públicas. Portanto, penhora
de valores que estão na conta do estado. Mas não chamam, neste caso, de penhora,
mas sim bloqueio ou sequestro. É o exemplo de situações em que uma criança precisa
de um medicamento x a ser fornecido pelo estado, que, falido, não o fornece. Neste
caso, vai-se “penhorar” (sequestrar, em realidade) valores das contas públicas para
adquirir esse medicamento. Ou seja, mesmo a impenhorabilidade de bens públicos não
e algo absoluto e tem sido relativizada diante de um interesse prioritário.
Além disso, há duas outras situações fora deste artigo em que também ter-se-á
essa situação de possibilidade de penhora:
Artigo 835, § 3º - deve-se lembrar que a penhora pode recair sobre o bem dado
em garantia, como a hipoteca, por exemplo. Então, esse artigo parágrafo 3 não vai
seguir a ordem regular da penhora; vai-se direto para aquele bem.
c) Faturamento de empresa
Há algumas leis especiais no que tange a isso que merece atenção: art. 833 e
834 não esgotam todas as situações de impenhorabilidade. Existem outras hipóteses
fora do CPC em leis extravagantes que também configuram essa situação. Ver-se-á
aqui 2 situações:
Inciso VII - animais; não humanos podem ser penhorados. Cavalos de raça, cães
de raça, …
Aqui, também, se depreende que o sujeito pode não ter nenhum direito mas pode
estar movendo uma ação contra alguém. Neste caso, exequente poderá penhorar o
direito que o sujeito terá no final da ação de indenização. Se a pessoa recebeu dinheiro
naquela ação cível, esse dinheiro vai ser redirecionado ao exequente.
Essa tutela vai ser efetivada por meio eletrônico, o que significa que o juiz se
cadastrar em uma plataforma gerida pela autoridade supervisora do sistema financeiro
nacional - ou seja, o banco central - é essa plataforma se chama BACENJUD. O juiz
tem, então, um usuário e uma senha e ele que autoriza esse procedimento via meio
eletrônico.
1. Pesquisa e Bloqueio.
Banco Central vai identificar pelo meu CPF ou CNPJ todas as compras
efetuadas em meu nome. Por isso que o artigo 413, lá na petição inicial, manda colocar
cnpj ou cpf. Isso também vale para execução para poder viabilizar essa pesquisa. Feita
essa pesquisa vai haver o bloqueio da conta. Ou seja, o dinheiro continua na conta do
sujeito, mas está indisponível, de modo que não vai ter como utilizá-lo. Esse bloqueio
se dá sem ciência do executado. Não vou avisar que vou pesquisar e bloquear porque
ele vai dar um jeito de sumir com aquilo. A surpresa faz parte do negócio.
Nomeação do depositário: não tem contato direto é físico do bem; ele cuida do
bem é tem despesas a arcar.
Quando penhora-se bens, tem-se uma série de sujeitos que têm de ser
intimados. NO caso de imóvel, tem-se que intimar cônjuge do executado, porque
dependendo do regime de bens o cônjuge pode ser proprietário da metade do imóvel
ou veículo, no que se chama de meação. Ou seja, o cônjuge que nem é executado,
poderá ser coproprietário por intermédio da meação (o que só não acontece no regime
de separação absoluta, não se forma um patrimônio comum) é por isso será intimado,
para fazer a defesa da sua parte. Está defesa poderá ser feita por dois meios:
1. Oferecimento aos demais sócios para que paguem por ela, e impedir que tenha
alguém estranho na sociedade. OBviamente alguém vai aumentar sua
participação na sociedade
2. Se isso não acontecer, proceder-se-á a liquidação da quota. Na prática, significa
que a quota será extinto, também impedindo a entrada de uma pessoa estranha,
mas haverá diminuição do capital social.
3. Outra possibilidade é a aquisição da quota pela própria sociedade, sem extinção
da quota ou redução do capital social.
4. Se nada disso funcionar, proceder-se-á ao leilão judicial. Código não deixa isso
claro em relação à sociedade limitadas, mas o professor sustenta haver a
possibilidade de adjudicação por parte do exequente (ficar com a coisa, ao invés
de vendê-la). Vou me jogar dentro de uma sociedade limitada. Obviamente que
aqui a ideia é dar um jeito de pressionar ao pagamento e não a vontade em si
de ser sócio.
Auto: redigido pelo oficial de justiça, significando que ele que vai sair do
cartório, se deslocando ao bem e realizará apreensão fora do juízo.
Redigirá um auto, relatando o ocorrido e nomeando o depositário (é ele
quem realiza ou o juiz?). Observe-se que se a avaliação não exigir
conhecimentos especializados, pode ser realizada pelo oficial de justiça.
Termo: redigido pelo escrivão ou chefe de secretaria (JF) e faz a
apreensão (ficta) realizada em juízo.
Averbação na matrícula: lembrando que não é constitutivo da penhora,
porque ela considera-se completa com a lavratura do termo ou do auto;
é só para ciência de terceiros.
Deve-se lembrar que o oficial vai atribuir valor ao bem quando não forem
necessários conhecimentos específicos (de mercado financeiro, imobiliário, etc..). eve-
se destacar o parágrafo terceiro.
Novo CPC tem um contraditório forte como um dos seus principais pilares; por
isso tem-se um sistema específico de intimação para realização da penhora. Em
primeiro lugar, portanto, o artigo 841 determina a intimação do executado, na pessoa do
advogado por nota de expediente (serve para cumprimento de sentença também). § 3º
é bastante radical, porque estabelece que se a penhora for realizada na presença do
próprio executado (penhora de veículos e imóveis que não sejam impenhoráveis, por
exemplo), o sujeito é intimado na hora, no momento de realização da penhora.
Outra pessoa que precisa ser intimada, diz o artigo 842, é o cônjuge quando a
penhora recair sobre imovel ou um direito real que tenha por objeto bens imóveis.
Lembrando que pode-se penhorar direitos reais (usufruto, servidão, posse, etc..). E
dependendo do regime de bens do casamento, o cônjuge terá direito a meação (50%
doe propriedade sobre aquele bem) e por isso deve ser intimado para poder defender a
parte que lhe compete, a sua meação. Essa intimação não ocorre somente no regime
de separação absoluta, em que cada cônjuge tem seu patrimônio próprio. O cônjuge
intimado poderá se defender tanto via embargos de execução (ou impugnação ao
cumprimento de sentença), enquanto um meio de defesa, como também via embargos
de terceiro, enquanto ação de conhecimento de procedimento especial.
No artigo 674 delimita-se a intimação do terceiro proprietário do bem dado em
garantia. Portanto, não se é parte no processo e por mero equívoco acaba sendo
penhorado. Trata-se, assim, de um artigo que diz respeito à legitimidade ativa para
ajuizar essa ação. O § 2º, IV delimita que é considerado terceiro para fim de aplicação
do artigo:
IV - o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de
direito real de garantia, caso não tenha sido intimado, nos termos legais dos atos
expropriatórios respectivos.
Esse sujeito não é executado, não é o dono do imóvel, não detém o direito de
propriedade sobre o imóvel, mas ocorre que este imóvel garante o pagamento de uma
dívida dele; ou seja, ele tem um direito de garantia sobre o imóvel, como uma hipoteca
por exemplo. Então, essa situação é a de outro credor que não é exequente, mas foi
penhorado o bem que é garantia do adimplemento da sua obrigação. Trata-se, aqui, do
credor hipotecário. Portanto o bem sobre o qual incide um direito de garantia é
penhorado, de modo que é óbvio que o sujeito dono da garantia vai perdê-la e terá a
possibilidade de ver seu crédito prejudicado. Assim, é conferido a ele o direito de
acompanhar a execução e eventualmente arrematar o bem.
Inc. I - justamente o que se falava no item anterior. É a ideia de que foi penhorado
um bem sobre o qual incide um direito real de garantia, de modo que deve-se intimar o
titular do direito real. Não é o titular do bem, porque este é o executado e sua intimação
está prevista no artigo 841.
Inciso VI - trata do mesmo assunto (direito real limitado), mas do ponto de vista
de intimação do proprietário, quando a penhora recair sobre o direito de superfície,
enfiteuse ou concessão. Aqui, por exemplo, quem estaria sendo executado seria o
Grêmio e quem seria intimado seria o proprietário, seja ele qual for. Observa-se que
aqui não aliena-se o bem, mas o direito em si.
Inc. VII - trata da intimação da sociedade quando a penhora recair sobre quota
ou ação. Neste caso, se colocará dentro da sociedade o adquirente, que é alguém novo
na sociedade, razão pela qual se permite a intimação da sociedade para acompanhar o
processo de execução.
Fredie Didier diz que esse artigo não pode ser interpretado isoladamente de
modo que devem ser aplicadas as regras da falência, que também tratem de direito de
preferência. O nome dessa matéria é concurso singular de credores (não é concurso
universal).
Suponha-se que está em execução civil e se quer penhorar um bem mas tem
ação de conhecimento trabalhista que não chegou em execução; está-se acertando a
existência de um crédito que talvez nem exista. Parece que não há de se falar em
concurso singular de credores, porque só ocorre quando tem-se outra demanda que
também esteja em fase de execução (ação de execução fiscal, execução trabalhista); a
mera existência de uma demanda de conhecimento trabalhista não confere a
preferência de um crédito trabalhista que não foi nem declarado pelo poder judiciário. O
que se pode fazer é pedir uma medida cautelar de arresto do bem.
Tem-se três situações, que na verdade são quatro. Em primeiro lugar, tem-se a
A) substituição do bem penhorado, que significa trocá-lo por outro. Há dois
artigos que regem a substituição do bem penhorado. Portanto a circunstância é a
mesma mas ela pode ser apurada de modos diversos:
Inc. I - Quando a penhora não obedecer à ordem legal. Quando por exemplo o
juiz penhorou um carro, tendo dinheiro para penhorar.
Inc. II - quando a penhora não incidir sobre os bens designados em lei, contrato
ou ato judicial para o pagamento. Há de se destacar aqui o contrato.
Inc. IV - se tenho um bem que foi penhorado várias vezes, é natural que a
penhora recaia sobre outros que ainda não tenham sido penhorados. Então, sim, se
permite que um bem seja penhorado várias vezes
Inc. V - penhora de bens de pouca liquidez, que ninguém quer, como disquetes
e videocassetes.
Inc. II - quando o produto da alienação do bem não for suficiente para pagar o
exequente. É quando o bem é arrematado por um valor baixo que não é suficiente para
pagar o exequente. Neste caso, não acaba a execução; haverá nova penhora sobre
outros bens até que o valor seja suficiente para suprir o crédito.
Inc. III - o exequente desistir da primeira penhora, pedindo uma segunda. Neste
caso, haverá nova oportunidade de impugnação ao cumpriemnto e de embargos à
execução, com relação àquele novo bem penhorado.
Inc. I - O Branco que este inciso trata, para além do Banco do Brasil ou Caixa
Federal, é o banco público do qual o Estado ou o Distrito Federal possua mais da metade
do capital social integralizado, seja de economia mista seja empresa pública. Somente
na falta de algum dos bancos elencados, vai-se estes bens depositados para bancos
privados.
Governos dos Estados metem a mão nos depósitos judiciais. Isso foi
intensamente discutido em 2013 e 2014, quando os estados já tinham dívidas imensas,
e queriam alterar a parte de preferência para bancos públicos. Este artigo é estratégico,
porque se não existisse, senão todos, a grande parte dos estados já teria quebrado por
completo.
Inc. III - engloba os imóveis rurais de forma geral e para não prejudicar a
atividade produtiva destas pessoas este bem é depositado nas mãos do próprio
executado, mediante caução (garantia), por exemplo, passando adiante a fazenda como
garantia.
§ 1º fala que o próprio exequente pode ser nomeado depositário, se não houver
depositário judicial, já que ele tem interesse em vender o bem.
§ 2º fala que o executado pode ser nomeado depositário, nos casos de difícil
remoção ou quando anuir o exequente.
O normal, contudo, é o executado não ser depositário; é o bem ficar nas mãos
de um terceiro ou em um banco.
10.16. Avaliação
Chama-se atenção, aqui, para o artigo 873, que trata da situação da nova
avaliação. Avaliação é um ato formal, então não se vai ficar refazendo-a a bangu (até
porque tem uma série de atos posteriores também importantes neste processo). Mas
neste artigo estabelece-se três situações em que se pode requerer uma nova
avaliação.
Inc. III - aqui afigura-se claro que não são só as partes que podem requerer nova
avaliação, mas o próprio juiz exercendo seus poderes de direção processual, poderá
estabelecer isso, se houver dúvida fundada. Lembre-se do paradoxo probatório da prova
pericial, a que faz menção Danilo Knijnick e Michelle Taruffo: nomeia-se perito quando
o juiz não tem conhecimento técnico, mas esse mesmo juiz que não tem conhecimento
técnico algum terá de valorar a prova pericial. Aqui, a situação é semelhante a este
paradoxo, mas a diferença é que abre-se a possibilidade ao juiz de requisitar nova
avaliação e não de atribuir arbitrariamente um valor ele mesmo.
Aqui é importante a referência ao artigo 874, porque tendo uma nova avaliação,
pode-se ter que ajustar a penhora, reduzindo ou aumentando-a. Valor do bem
penhorado aumentou muito, então ver-se-á se consegue-se dividi-lo e com isso reduzir
a penhora.
Consenso. Uma das partes aceita a estimativa feita pela outra, seja pelo
executado seja pelo exequente. Portanto, em primeiro lugar, tem-se que
é possível que o próprio executado extinga o valor do bem. Não
necessariamente o oficial de justiça vai atribuir valor; pode haver uma
estimativa feita pelo próprio executado. Por outro lado, o exequente
também pode fazer isso: ele faz a pesquisa prévia de bens e coloca na
petição inicial ou no requerimento de cumprimento de sentença a lista de
bens penhoráveis e já ali estima-se qual seria o valor de cada bem. Veja-
se que, neste caso, o único beneficiado será ele mesmo. Além deste
consenso na proposta trazida pela outra parte, pode-se pensar aqui em
negócio jurídico processual.
11. EXPROPRIAÇÃO
Depois que realizei a penhora, que pode levar anos (intimações, nomeação de
depositário, realizou-se avaliação do bem), tem-se a etapa da alienação do bem
penhorado, que consiste na expropriação. Deve-se atentar para a diferença entre
expropriação e desapropriação. Esta é efetivada pelo poder judiciário com todo um
procedimento específico. O que se fala aqui é em expropriação, consistente na
transferência da propriedade do bem (para o exequente, para um terceiro, para um
familiar do acusado, etc..) para fins de pagamento da dívida.
11.2. Adjudicação
Deste artigo vê-se que a primeira coisa que deve ser tentada pelo juiz é a
adjudicação. A ideia portanto é que adjudicação é o meio preferencial, quando não há
possibilidade de obtenção do dinheiro, em si. O caráter prioritário dela implica em dizer
que ela será a primeira forma de expropriação, mas que também será a última, quando
não encontrar-se outros bem penhorados. Este caráter preferencial depreende-se
conjuntamente doa artigo 876 e 880.
Tem-se que pagar algo para adjudicar? Se o valor da avaliação do bem foi igual
ao valor da dívida, do valor pleiteado em execução eu não preciso pagar nada; basta
solicitar a adjudicação e me torno proprietário do bem. Mas dificilmente o valor da
avaliação é exatamente igual ao valor da dívida. O normal e mais recorrente é o valor
da avaliação ser diferente, para mais ou para menos, em relação ao valor do crédito que
está sendo executado.
Assim, se o valor do bem (da avaliação) for menor que o valor do crédito - no
caso de pexincha de querer comprar um bem pelo preço menor de mercado -, então a
execução continuará pelo saldo restante. Ou seja, ter-se-á que penhorar mais bens e
abrir-se-á novamente a possibilidade de adjudicação. Se, por outro lado, o valor da
avaliação for maior que o valor do crédito (estou executando 80 mil e o valor da
avaliação é 150 mil. Teria 70 mil de diferença) - caso de compra de um apartamento dos
sonhos, a qualquer custo - o requerente da adjudicação (exequente ou terceiros
interessados) deposita a diferença.
11.2.4. Procedimento
Com a adjudicação o executado vai perder a coisa para sempre. COm a penhora
não é perda, não é expropriação; é só primeiro passo. Há algumas possibilidades para
impedir, portanto, essa perda eterna, consistente na adjudicação:
11.3. ALIENAÇÃO
2.2.) Virtual (882, parágrafo 2). Ao invés da figura tradicional, que se conhece de filmes,
tem-se uma figura preferencial, que é vender o bem pela internet. O código, portanto,
estabelece uma prioridade pelo meio virtual.
Mas não posso, contudo, delegar para cada juiz de cada estado, essa
necessidade de fazer o estabelecimento do processo de maneira soberana, então o
parágrafo 3 confere um poder normativa aos tribunais dizendo que eles poderão editar
disposições complementares, regulamentando o desenho geral, dentro daquele estado
ou dentro daquela região se for justiça federal. Há dois atos normativos no nosso TJ que
é o Provimento número 24 da corregedoria geral de justiça e outro é um convênio
celebrado com o conselho regional de corretores de imóveis.
Parágrafo 4 permite que em não havendo nenhum credenciado no local
(subseção da JF; comarca), a escolha do leiloeiro e escolha do exequente.
Artigo 884 estabelece uma série de tarefas para esse leiloeiro público (observe-
se que tem-se o leiloeiro particular, que é a figura do leilão realizado por particular é,
neste caso, o sujeito é aquele que tem bastante contatos, é um empresário, um
professor, o que quer que seja, mas que tem habilidade para negócios - e tem-se o
leiloeiro público, que e, na verdade, um profissional ligado ao poder judiciário, é que
exerce a profissão efetiva de leiloeiro.
São marcados dois leilões, assim como era disposto no código antigo. No CPC
anterior no primeiro leilão não poderia o bem ser arrematado por valor inferior ao preço
mínimo, e no segundo qualquer valor desde que não fosse preço vil. Hoje também
temos dois leilões, mas é possível já no primeiro leilão que saia por valor inferior ao
preço mínimo/avaliação, desde que não seja considerado vil. NÃO TENHO CERTEZA
QUANTO AOS TERMOS E ETC.
Preço vil significa preço inaceitável; não dá para arrematar um imóvel que vale
mil reais por 10 pila. Na ausência de fixação pelo juiz de quanto é este valor mínimo,
tem-se uma norma subsidiária, do artigo 891, que determina que é vil o valor inferior a
50% da avaliação.
Artigo 896 não trata exatamente de uma regra geral, mas dá um indício do que
o ordenamento jurídico poderia aceitar como valor não vil. Esse artigo trata do imóvel
de incapaz e define que ele não pode ser arrematado se não alcançar pelo menos 80%
do preço da avaliação. Dá para perceber aqui que mais de 80% não seria preço vil;
então sei que na hora de fixar, tenho um critério sistemático que não considera vil 80%
ou mais.
Então, em princípio o valor será o da avaliação, mas poderá ser inferior desde
que não considerado vil (ou seja, inferiores ao valor estipulado pelo juiz como o mínimo).
POr exemplo, avaliação e de 1 milhão; ninguém comprou por esse preço, aí o juiz fixa
um mínimo de 800 reais; abaixo disso será considerado vil, mas acima até rola, mesmo
que abaixo do valor de avaliação.
Regras relativas ao edital que antecede a alienação judicial. Tem-se artigo 886
que estabelece o conteúdo deste edital. Fala em valor da avaliação e o preço mínimo
(vil). Inciso III - quando for imóvel, não vou realizar leilão onde está o imóvel, mas no
lugar onde está o leiloeiro. Inciso V - tem-se dois leilões presenciais e tem de constar
neste edital a data, hora e local de ambos. Inciso VI - é importante porque será fonte de
nulidade (Art. 903, § 1º, I)
Inciso III - intima-se o titular do direito real, quando a penhora recai sobre o bem.
Neste inciso tem-se também o direito de laje.
Quem pode oferecer o lance? Artigo 890 fala em quem tiver livre administração
de seus bens; ou seja, quem e dotado de capacidade civil plena. O estatuto do deficiente
estabelece que o deficiente e em princípio capaz. Então, nada impede que um lance
seja efetuado por um deficiente. Se ele não tem condições, tem-se a figura do apoiador.
Curador é um termo autoritário porque ele toma decisões pelo sujeito; apoiador, por
outro lado, ajuda a exercer a autonomia. Mas deve-se ter em mente também que esse
artigo também elenca uma série de pessoas que não podem oferecer lance, por conta
de ética profissional (por exemplo, é estranho ser lançador é advogado ao mesmo
tempo) e de probidade administrativa (proíbe MP, escrivão, etc…).
2) meio mais moderno que é por transferência eletrônica (alvará automatizado) a uma
conta fornecida pelo exequente, por petição.
Há possibilidade de levantar o valor, seja por alvará normal, seja por alvará
automatizado, pelo advogado da parte e não pelo exequente em si - artigo 105. Isso só
vai ocorrer se houver poder especial mencionado na procuração ("poder para receber é
dar valores"). Mesmo assim, na experiência do professor, tem-se enfrentado problemas.
Artigo 906, caput prevê a questão da quitação ao executado e o artigo 907 prevê
por sua vez que o que sobrar (depois que deduzi o principal, mais correção monetária,
juros, valor devido em sede penal, honorários sucumbencial, e custas processuais) e
devolvido ao executado.
Inc. I - Art. 313 fala da suspensão do processo em geral, parte geral do Código.
A regra no caso de morte do advogado só acontece se for o único representante da
pessoa; se outorguei poderes a vários a morte não é fator a tanto. Estatuto da pessoa
com deficiência, estabelece que a deficiência não retira a capacidade civil plena. Inciso
II do 313 é a razão pela qual há o “no que couber” neste inciso do 921 - no 313 tem-se
uma regra geral, mas no 921 há uma regra especial/específica sobre suspensão
convencional do processo. Portanto, havendo uma regra específica, não há de se fazer
em regra geral. O inciso VI ao falar de força maior, delimita situações como inundações.
315 trata da apuração de fato criminoso; sentença penal condenatória só configura
como título executivo só após o trânsito em julgado.
Inc. II - “em todo” significa que a suspensão pode ser só em parte. Deve-se ver
qual a extensão dos embargos, se está apenas discutindo partes, juros, … para
determinar se esta extensão será total ou não. deve-se lembrar que os embargos não
tem efeito suspensório necessário. depende do requisito de garantia do juízo, que é
basicamente sofrer penhora ou do depósito ou outro meio aceito pelo ordenamento.
Aqui, deve-se adicionar uma referência à impugnação de sentença, que, por erro do
código não foi adicionado, também poderá sustar o cumprimento de sentença; trata-se
das hipóteses do artigo 525, § 6º.
Inc. IV - Quando não aparecer ninguém para arrematar o bem e o alienante não
requerer a adjudicação nem indicar outros bens penhoráveis.
Inc. V - Ideia do artigo 916 e que o executado tem direito de dar uma entrada
(30%) é parcelar o resto da obrigação. Em princípio, trata-se de um direito dele.
infelizmente o legislador, limitou isso à execução de título extrajudicial. O legislador quis
excluir isso do cumprimento de sentença.
Mas existem outros casos de suspensão que não estão elencadas no artigo 921.
Isso é novo neste CPC; não existia antes. Em um primeiro momento, se não
forem localizados bens o juiz suspenderá o processo pelo prazo de 1 ano, não fazendo
diferença se for autônomo ou cumprimento de sentença. A prescrição ficou interrompida
pela citação na fase de conhecimento ou no próprio processo autônomo, de modo que
a prescrição zerou. deve-se lembrar que há duas prescrições: 1) visando a prescrição
da pretensão ao reconhecimento do direito. Essa ocorrerá na fase de conhecimento do
procedimento comum é se materializa na sentença; 2) prescrição da pretensão
executória, à satisfação, realização prática do direito. Então, e dessa segunda que se
está falando. A segunda tem mesmo prazo da primeira; se a primeira prescreve em 5
anos, então a segunda também.
Aqui, temos de ver o artigo 924, não sendo exaustivo. (Pegar Marinoni Código
Comentado é ver algumas ponderações sobre esse artigo).
Inc. I - Indeferimento da petição inicial (fala-se em inicial mas vale também para
cumprimento de sentença). esse inciso faz alusão a um dever de diálogo, presente no
artigo 801 manda o juiz intimar o exequente para corrigir a petição inicial de título
extrajudicial se não estiver acompanhada de documentos indispensáveis. Portanto,
antes de indeferir a petição inicial, ele deve notificar a parte para que possa corrigir.
Trata-se de dever de diálogo é de colaboração. Ainda, junto com esse artigo 801,
professor aplicaria também o aritgo 321. Este estabelece que o juiz deve indicar o que
tem de se fazer; as vezes não se sabe o que o juiz quer. Caso não haja a
complementação devida, haverá extinção sem resolução de mérito.
Inc. II - essa satisfação pode se dar por ato voluntário do executado. neste caso,
tem-se algo semelhante ao chamado reconhecimento jurídico do pedido 487, quando o
réu reconhece que o autor tem razão. a empresa processada ao depositar a quantia
reocnheceu que o exequente tinha razão. Ideia de que se cumpriu é porque reconheceu
a pretensão. Mas essa satisfação pode ser forçada também; aí incide penhora, leilão,
etc... tudo que vimos nas últimas aulas. doutrina fala que essa extinção aqui se dá com
resolução de mérito. “Mérito” porque e satisfação do credor; tutela de mérito já foi
prestada.
Inc. V - prescrição intercorrente então tem a ver não só com a suspensão mas
também com a extinção. Se deixar passar por muito tempo pós ele ser desarquivado, o
juiz extingue a execução, proferindo sentença.
Observe-se que nesses dois casos a extinção está condicionada ao que foi alegado, de
modo que só se extingue aquilo que foi questionado. Depende portanto da matéria
veiculada.
13.3. SENTENÇA
Função é totalmente diferente - tutela já foi prestada ou que não poderá mais ser
prestada. Função formal, voltada para encerramento do processo. É uma sentença
declaratória.
Extinção pode ser com ou sem resolução do mérito (terminativa), para efeitos do
artigo 485 é 487.
Recurso cabível é a apelação (por exemplo, juiz não intimou as partes antes de
decretar a prescrição, violando o dever de colaboração). Art. 1009. Em que situações
costuma-se apelar nessa sentença? Poderia ser objeto de pesquisa.
1. LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
h) Art. 512: diferença entre liquidação provisória e liquidação definitiva, que não
é exatamente igual à diferença entre cumprimento provisório e definitivo. O código diz
que liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, não necessitando a
espera do trânsito em julgado. Então, a nomenclatura funciona da seguinte forma:
liquidação é considerada definitiva quando já aconteceu o trânsito em julgado e depois,
então, haverá a execução definitiva (observa-se que primeiro liquida-se e depois
executa-se). A liquidação provisória, do artigo 512 é a liquidação da sentença que ainda
não transitou em julgado. E ainda não transitou porque está no prazo para recurso ou
porque existe um recurso pendente de análise e julgamento.
Obviamente que tem vezes que o recurso não impugna toda a sentença, só
algumas partes, aí poder-se-ia falar em execução parcial.
i) existem sentenças com partes líquidas e outras ilíquidas, como por exemplo,
aquelas que contam com uma parte de dano moral quantificada e outra parte com dano
material a quantificar. Art. 509 § 1º diz que posso promover simultaneamente execução
da parte líquida e a liquidação da parte ilíquida. Será confuso, porque ter-se-á duas
fases tramitando juntas. Ter-se-á uma fase ainda cognitiva que será a da liquidação,
juntamente com a fase executiva. Só que § 1º determina que isso ocorrerá em processos
apartados.
j) liquidação pode ser zero? Época das Ações da CRT, como exemplo, às vezes
o cálculo dava negativo. STJ vem entendendo que sim, pode, chegando à conclusão de
que não há valor nenhum a ser pago. Isso pode acontecer em execução de sentença
penal quando não se prova nenhum dano do crime. Credor, na liquidação civil da
sentença penal, não consegue fazer nenhuma prova, não tem documento, não tem
perícia, não tem testemunha. O que acontece é que em teoria dizer que a liquidação é
zero implica dizer que não há obrigação, afetando o próprio an debeatur. Como se sai
disso? Diz-se que a obrigação existe, mas é inexigível. É um jeito de fugir da crítica de
que isso afetaria a coisa julgada (porque se o poder judiciário disse que o crédito havia,
então a liquidação consiste só em pautar este valor e não em dizer que ele não existe).
Outro exemplo é a liquidação dos prejuízos na litigância de má-fé. Teoricamente,
quando se invoca a litigância de má-fé duas coisas acontecem: o litigante é multado e
ele tem de indenizar os prejuízos da outra parte, mas nem sempre ele vai demonstrar
prejuízo. Tem-se a obrigação e o an debeatur, mas ela não é exigível.
Só tem um artigo que fala disso, que é o artigo 510 e uma parte do 509. É uma
disciplina incompleta portanto.
No artigo 510 tem-se uma simplificação da prova parcial, dizendo que as partes
apresentarão pareceres e se for possível o juiz decidirá de acordo com estes pareceres,
talvez nem vindo-se a precisar de peritos. Busca este artigo fazer com que o juiz decida
independente de perito.
O problema de delimitar que tipo de decisão é continua e fica ainda pior porque
procedimento comum termina por sentença. Mas professor acredita que permanecerão
tomando a decisão de que consiste em decisão interlocutória, cabendo agravo e não
apelação.
2.1. Execução sentença que tutela obrigação de pagar quantia (sentença condenatória)
2) processo novo, distinto daquele em que houve a formação do título. Neste caso, exige
petição e citação (são os casos que já vimos, sentença arbitral, penal, estrangeira). Isso
está colocado no artigo 515, § 1º.
Despacho do requerimento: juiz não vai simplesmente autorizar, ele via fazer
examinação da sua própria competência, controla a legitimidade das partes e
principalmente o juiz pode de uma certa forma (não de maneira definitiva porque
depende do executor) questionar o valor da execução.
Juiz pode não concordar com o valor dado pelo exequente. Juiz exerce uma
espécie de controle. Pode concluir que haja algum tipo de excesso. Professor chamou
de incidente de apuração; seria uma oportunidade de discussão de cálculos. A lógica
então é a seguinte: a execução se inicia com o valor demonstrado pelo exequente, ams
a partir da constrição realizada pelo juiz, a penhora passa a observar este valor. Juiz
pode valer-se de contabilista. Depois, em impugnação o executado se manifesta. Os §
3º é 4º tratam da possibilidade de o juiz requisitar o fornecimento de documentos em
poder od executado ou de terceiros.
Artigo 219 coloca a diferença entre prazo material e prazo processual. O prazo
do artigo 523 de 15 dias é dias úteis ou corridos? Seria dias úteis, por tratar-se de prazo
processual. Em dobro quando litisconsórcio com procuradores diferentes é quando não
for processo eletrônico. Adianta-se que o prazo para impugnação de sentença é 15 dias
úteis é depois mais 15 dias para protocolar a sentença.
Observe-se que para início do prazo é necessária liquidez, mas é impossível
liquidez absoluta, de modo que o normal o início do prazo depende de mero cálculo
aritmético que possa ser feito pelo próprio devedor.
Artigo 526 diz que o réu antes mesmo de ser intimado poderá comparecer em
juízo é oferecer ov alro que entender devido. trata-se de uma espécie de exceção ao
contrário. eu mesmo me apresento, eu mesmo faço o cálculo aritmético e consigo no
juízo a prestação devida. O § 1º fala que o autor poderá ser ouvido é impugnar o valor
depositado é de 5 dias. § 2º diz que sob a diferença incidirão a multa de 10% e
honorários advocatícios. Esse artigo faz uma própria ameaça para o devedor (não é
executado, porque é ele quem está propondo a execução).
Impugnação foi criada por Pontes de Miranda, no parecer que ele ofereceu no
caso da siderúrgica Mannesmann, em que ele fala que o executado pode colaborar com
o juiz, lembrando-o de analisar certas matérias de ordem pública. Depois a
jurisprudência reconheceu um meio defensivo informal, geralmente apresentado antes
dos embargos, chamados de exceção à executividade. A jurisprudência do STJ evoluiu,
passando a admitir esse meio informal em matérias de ordem dispositiva também,
desde que não exijam dilação probatória. Exceção de pré executividade é uma criação
jurisprudencial em que tinha-se que sofrer a penhora para poder embargar-se; trata-se
de uma simples petição. Artigo 518 não chama de exceção de pré executividade, mas
é disso que se trata. Bem verdade, que ele foi pensado para questões que surgem
depois do prazo de impugnação, mas no fim das contas serve para tudo.
Inc. V - Excesso de execução; para alegar isso então tenho que dizer qual o
valor correto. Há essa obrigação por parte do código, sob pena de rejeição liminar de
impugnação. Então, a princípio se alegar o excesso mas não disser o quanto e, será
rejeitada a impugnação. Mas esse artigo parte do pressuposto de que o executado
poderia descobrir sozinho o valor, mas às vezes pode estar nas mãos do exequente.
2.2.1. Introdução
Noção e evolução: aqui, deve-se partir do artigo 497, que viabiliza a tutela
específicas das obrigações de fazer e de não fazer. Tutela específica significa
que o juiz via forçar o próprio devedor a cumprir a obrigação, de modo que a
sentença vai determinar a prática de atos indutivos e coercitivos. Mas as vezes
essa ordem não é muito eficiente, porque o sujeito ainda com os meios
coercitivos, não quer cumprir, nesse caso tem-se a obtenção por resultado
prático equivalente, significando que o juiz vai substituir o comportamento devido
do sujeito. Essa obtenção do resultado devido se relacionaria com coerção
direta. Se refere à eficácia mandamental (juiz dá ordem e o sujeito obedece) e o
resultado equivalente à eficácia mandamental executiva lato sensu.
Mas observe-se que isso nem sempre foi possível no direito brasileiro
porque tem-se um princípio de origem medieval segundo o qual nemo ad factum
preaecise cofi potest - ninguém pode ser obrigado precisamente a prestar um
fato. O homem livre não pode ser obrigado aquilo que não quer. Esse princípio
se transformou em dogma no código civil francês, em 1804. E nosso código de
1973 incorporou este princípio, em um viés patrimonialista. Então, durante
século XX não se permitia tutela específica do crédito, tudo se convertia em
obrigação de pagar. Sentença condenatória era um verdadeiro dogma, era o
preferencial, segundo Ovídio.
Art. 537. A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de
conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja
suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento
do preceito.
Pode-se pensar em 3 tipos de multa: (I) Multa coercitiva pode ser única,
incidindo uma única vez (parecia com a do 523). Geralmente aplicáveis a
obrigações de não fazer. Por exemplo, o sujeito está ameaçando expor a fórmula
da coca-cola. (II) Multa periódica. Terá um valor que incidirá sobre um dado
período e o período mais comum é o diário. Mas não é a única possibilidade de
período. É possível a multa estabelecida em outros perídoos, como mostra o
professor Guilherme Rizzo, a depender do ato praticaod. Pode ser um ato
praticado uma vez por semana; nesse caso, a multa será semanal. Pode, ainda,
ser mensal, anual, por hora, por dia, por segundos, ... (III) Multa Progressiva. Na
multa diária, tem-se um valor fixo que incide uma vez dentro do período de 24
horas. O valor individual, portanto, da multa é fixo; o que cresce é o valro
acumulado. Na multa progressiva o próprio valor individual da multa é que se
modifica. Ou seja, no primeiro dia é 1000 por dia; a partir do vigésimo dia é 5000
reais por dia. As alterações diárias pode ser para mais (que é o mais comum) ou
para menos.
Súmula 372: STJ sensibilizado pela TELECOM, entende que não cabe
multa coercitiva em ação de exibição de documentos. Qual o problema? É que
o novo CPC tem dois artigos que tratam de exibição de documentos, que é o 400
(exibição contra a parte), 403 (exibição de documentos a terceiros) indutivas,
coercitivas, mandamentais e condenatórias e o 403 é mais específico, falando
especificamente em multa. Então, tem-se uma súmula velha em razão de um
tipo específico de processo que foi o da TELECOM e um texto legal que não
parece mais sustentar essa posição.
título executivo;
memória de cálculo, demonstrando como se chegou no valor da
execução.
Prova da prestação, no caso de houver prestação a cargo do exequente.
Exequente tem direito de ter lavrada uma certidão de que foi admitida a
execução e levar a outros registros para conhecimento de terceiros. O detalhe
que se deve atentar é que não basta a certidão de distribuição da execução;
deve ser a certidão de admissão. Objetivo é evitar fraude à execução.
Haverá, então, citação. 829 determina que o sujeito é intimado para pagar
em 3 dias ou opor embargos, em 3 dias. Seria prazo processual e seria dias
úteis. Entende-se que o prazo começa a correr imediatamente à citação, não
esperando-se o mandado ser juntado. Qual o meio de citação? Código anterior
não aceitava citação pelo correio e exigia que fosse feita pelo oficial de justiça.
Novo CPC não traz mais essa regra; então, a doutrina tem entendido que o novo
CPC liberou este tipo de citação.
Natureza: embargos não são uma contestação; é uma nova ação, uma ação
incidental. Poder-se-ia comparar os embargos à reconvenção, que será autuada
e dará origem a um novo processo, autuado em apenso ao processo principal.
PROVA:
Depósito, quem é o depositário, o que ele tem de fazer, o que não pode fazer,
se cabe ou não cabe prisão civil
Intimações, preço vil (se o juiz não estabelecer nada é considerado o preço vil).