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História da Filosofia

Antiga – Atividade II
A Questão da Virtude

Trabalho acadêmico realizado como requisito parcial


avaliativo da cadeira de Tópicos Especiais de História
da Filosofia Antiga, da Universidade Federal do Piauí.

João Gualberto da Costa Ribeiro Júnior


30/05/2012
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
Universidade Aberta do Piauí – UAPI
Graduação em Filosofia

ATIVIDADE II
A Questão da Virtude

Piracuruca, Maio de 2012.


História da Filosofia Antiga – Atividade II
A Questão da Virtude

Questão 01

Na fala de Sócrates (início do texto):

Os dois tipos de discursos proferidos por oradores;


Há oradores que discursam com a finalidade de levar o bem à comunidade,
assim como torna-los mais virtuosos, sempre que possível; Outro tipo de discurso
são os proferidos na finalidade de agradar a comunidade, geralmente em proveito
próprio, desconsiderando a comunidade sem levar em conta suas condições.

Qual deles é bom no sentido moral?


A oratória que leva em consideração os anseios da população e contribui para
o seu desenvolvimento, é tida como “boa oratória”, pela preocupação em melhorar a
alma da população, dizendo aquilo que deve ser dito, sem preocupar-se com o fato
de agradar ou não os ouvintes.

Questão 02

Os homens que se comprometem com o bem (o bem sempre se


relaciona a alma) são comparados aos artesãos1.

Por quê?
Assim como os artesãos trabalham sistemática e organizadamente a fim de
atingir um objetivo específico, isto é, a confecção de seu objeto de trabalho, os
homens que se comprometem com o bem não dirigem palavras a esmo, mas com um
objetivo, ou seja, espalhar o bem por meio de sua capacidade de oratória. Não falam
ao acaso, mas utilizam-se de um conjunto e arcabouço de palavras muito bem
justificadas, para embasar seus argumentos.

1 Ver em 504 a.
Sócrates denomina também de artesão o médico e os professores de
ginástica. Existe algum motivo para isso?
Por imprimirem ordem e regularidade no corpo, através de métodos bem
fundamentados, segundo a época, no intuito de prestar seus serviços em prol da
melhoria e do bem-estar geral.

Questão 03

A ordem e harmonia do corpo é sanidade, ou seja, quando o corpo está


sadio, significa que ele está equilibrado com a alma. Esta, por sua vez,
também precisa do equilíbrio do corpo para se harmonizar. Ambos
precisam estar em sintonia, pois isso é o que determina o surgimento
das virtudes.

Observe como Platão denomina esse equilíbrio2.


O equilíbrio é denominado justiça e temperança; representam
subentendidamente, a legalidade e a lei. Disto, segundo Sócrates, decorre a saúde e
outras virtudes corpóreas, além de pôr ordem nas coisas.

Ainda em 504 d-e, Platão mostra que a alma virtuosa tem como referência a
ordem e a lei, então a justiça na alma significa seguir essa ordem e essa lei.
Logo, que papel tem o bom discurso para a alma dos homens?
O bom discurso deve tentar fazer nascer a justiça e banir a injustiça; deve
implantar nos cidadãos a temperança e banir a intemperança. O bom discurso,
segundo Sócrates presta-se ao trabalho de renovação das almas dos que tem mais em
relação aos que tem menos, num mecanismo retroalimentativo.

2 Veja a passagem do texto em 504c-d.


História da Filosofia Antiga – Atividade II
A Questão da Virtude

Questão 04

Procure em 505b, a significação das expressões: “alma incontinente”,


“alma ímpia” e descubra quando a alma se encontra nessas condições.
Quando a alma é dita má, segundo Sócrates, sendo assim irracional, injusta,
incontinente, ímpia, encontra-se ela mergulhada em objetos de satisfação de desejos,
sendo, por meio do castigo, um modo de refrear as necessidades típicas do que é
considerado mal. Na alma ímpia, tem-se uma dedicação ao mal e à própria
satisfação, por natureza própria. Na alma incontinente, tem-se mecanismos
compulsivos de satisfações e necessidades.

Questão 05

Em 508a-b, Sócrates afirma para seu interlocutor o que torna a alma


virtuosa e a harmonia do mundo.

Descubra o que Sócrates quer dizer com a comparação entre a virtude e a


harmonia.
As virtudes são pautadas em aspectos lógicos mantidos estáveis e
preponderando a ordem por uma conjunção de fatores que, para a alma, são como
um bálsamo. Amizade, justiça, decoro temperança, ajudam no processo de suscitar
do ser, as virtudes latentes que, porventura hajam dentro dos mesmos. Para que haja
virtude, é necessário que o ser esteja harmonizado e para que a harmonia reine,
também é necessário que um arcabouço de virtudes se proliferem e emanem dos
seres. São, portanto, interdependentes.

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