Disciplina: Leitura dos Textos Pré-Socráticos. Data:10/04/2019
Docente: Camila do Espírito Santo Prado de Oliveira.
Discente: Odilon Rodrigues de Lima Netto
Durante toda minha vida, quando fui criando consciência, me
educando e tendo experiências comuns do ser humano, ficava confuso sempre que havia uma discussão, um debate ou até mesmo em conversa entre amigos, onde o assunto era delicado, tais como: o que justifica matar uma pessoa? , Qual a melhor forma de diminuir a violência? O Brasil deve ter pena de morte? O aborto deve ser descriminalizado? A sociedade brasileira é racista? A maconha deve ser legalizada? O Brasil é uma sociedade extremamente machista? Em alguns momentos eu era categórico e defendia pontos de vista baseado no senso comum, mas quando via argumentos convincentes contrários as minhas opiniões ficava sem saber o que era certo ou errado e por receio de ser preconceituoso me calava, mas a dúvida persistia e persiste.
Ao sair do ensino médio entrei para o curso de Tecnologia em
Automação Industrial, no Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE Campus Juazeiro do Norte, na qual debates como os acima citados eram raros, porém fora do ambiente universitário continuava as dúvidas e questionamentos. Cursei Automação Industrial mais por pressão familiar do que por interesse, pois como gostava de história e geografia pretendia cursar Direito, porém não obteve êxito no vestibular para essa graduação. Em Automação Industrial criei interesse pela área de Tecnologia da Informação, isso porque a grade do curso era bem diversificada, dando a oportunidade do aluno de ter contato com disciplinas voltadas a informática, após a graduação tive a ingressei numa pós-graduação em Aperfeiçoamento em Redes de Computadores na Faculdade de Juazeiro do Norte – FJN. Terminada a pós-graduação foquei em concursos da área de Tecnologia da Informação, em um desses concursos obtive êxito, que foi para instrutor de informática do Projeto E-jovem, (era um projeto do governo do estado do Ceará que oferecia cursos profissionalizantes na área de Tecnologia da Informação para alunos das escolas públicas) na verdade foi um processo seletivo para um contrato de um ano. Foi nesse acontecimento que tive o prazer de ser professor, e relembrar de algo que gostava bastante no ensino médio que era os seminários. Claro que ser professor é muito mais do que apresentar conteúdos, e aprende isso na prática. Apesar de estar numa situação privilegiada aos outros professores de disciplinas mais tradicionais, já que eu era responsável apenas por uma turma, tive experiências corriqueiras de um professor do ensino médio de escola pública. Como por exemplo: problemas com infraestrutura, relações interpessoais com colegas de trabalho, direção da escola, alunos, entre outros. Mas, apesar de tudo foi gratificante ao final do curso ver os alunos aprofundarem seu interesse pela a área de Tecnologia da Informação e ingressarem em graduações relacionadas.
Com o fim do contrato no projeto, fiquei realizando trabalhos
esporádicos, foi quando em 2018 recebi a notícia que a UFCA havia lançado o edital de graduados e transferidos, ao analisar o edital me interessei pelo o curso de filosofia e fui pesquisar sobre ele. Na minha pesquisa encontrei assuntos e disciplinas que se relacionaram perfeitamente com os meus questionamentos, além do mais, poderia ampliar o meu leque de oportunidades na área da educação. Fiz minha inscrição, fui aprovado e comecei a cursar licenciatura em filosofia no semestre 2018.2. Apesar da desvalorização do profissional da educação tem e sempre teve, acredito que, mais do que nunca o Brasil precisa investir em educação de um modo geral e especificamente em filosofia, tendo em vista a situação política do nosso país.